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DEUS fala com Moisés no meio da sarça

(Êxodo 3:1-5)

Esta mensagem relata a história de Moisés, desde o seu


nascimento até à sua fase adulta. Moisés foi escolhido por
Deus, assim como todos nós. Moisés entendeu que havia
um projecto de salvação para ele e para o seu povo e um
dia atendeu à chamada de DEUS.

O Senhor providenciou tudo para que Moisés (ainda recém-


nascido) recebesse livramento do inimigo, pois, o faraó do
Egipto, onde ele nasceu, mandou matar todas as crianças
hebraicas. Por ser hebreu, Moisés foi colocado no rio,
dentro de um cestinho, e foi encontrado pela filha do faraó,
que o criou. É interessante observar que a sua mãe foi
contratada pela princesa para ser a ama de Moisés. Então,
desde criancinha, Moisés ouvia a palavra do Senhor, através
da sua mãe, e conheceu o projecto de salvação que Deus
tinha preparado para ele e para o seu povo. A mãe aqui
tipifica a igreja fiel que fala do Senhor para os filhos que
vivem no mundo. É a igreja que evangeliza, que leva a
palavra aos que vivem no Egipto.

Moisés tinha todas as possibilidades de tornar-se o próximo


faraó do Egipto. Ele foi criado como filho adoptivo da
princesa. Mas, um dia, Moisés tomou uma decisão na sua
vida. A palavra diz que Moisés viu um egípcio açoitando um
hebreu e interveio a favor do hebreu, matando o egípcio.
Ele poderia ter-se decidido a favor do egípcio e matado o
hebreu. Mas, algo em seu coração o fez intervir a favor do
hebreu. Ele matou o egípcio e enterrou-o pensando que
ninguém iria descobrir. Mais tarde, todos souberam e até
faraó tomou conhecimento do facto. Moisés, o futuro faraó
do Egipto, estava agora numa situação complicada. Depois
de ser amado no Egipto, ser querido e desejado pelo faraó,
agora era odiado, inclusive pelo faraó. Moisés, então, foge
do Egipto e vai para o deserto de Midiã. Moisés, conheceu
os princípios da Obra do Senhor, foi ensinado para conhecer
o Deus de Israel. Mas, a bíblia não mostra que ele
experienciou o DEUS de Israel antes de fugir para o
deserto. Após a morte do egípcio, Faraó tornou-se o maior
inimigo de Moisés. Quando tomamos a decisão de
abandonar o mundo, matamos o egípcio e Faraó torna-se o
nosso maior inimigo. Jesus disse: “Se o mundo vos ODEIA,
sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas
porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo,
por isso é que o mundo vos odeia.” (João 15:18-19)

Quando optamos seguir o Senhor, a primeira atitude é


matar o egípcio. Matar o egípcio é matar as influências e o
domínio do mundo na nossa vida. Existem dois tipos de
pessoas, o egípcio e o hebreu, mas Moisés decidiu matar o
egípcio. O homem pode encaixar-se dentro de dois tipos de
natureza, o carnal e o Espiritual. O apóstolo Paulo disse que
a carne tende para as coisas do mundo, mas o Espírito para
servir a DEUS. Essa era a luta que Paulo se travava a cada
momento. A primeira vitória de Moisés foi matar o egípcio,
contrariar a sua carne e o seu mundo para experimentar
um novo viver.

É muito comum ver servos de DEUS perseguidos. Moisés


fugiu para o deserto de Midiã onde teve uma grande
experiência que marcaria a grande Obra que Deus iria
realizar na vida dele. A Obra não poderia começar de outra
forma, senão com uma experiência de fogo. É o derramar
do Espírito Santo. Esta é a experiência da igreja que vive a
Obra do Espírito Santo, é a experiência da igreja vive seus
últimos instantes sobre a face da terra, por isso, o fogo
está sendo derramado. A palavra diz: “E há-de ser que,
depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos
terão sonhos, os vossos jovens terão visões.” (Joel 2:28)

No monte Horebe, Moisés viu a sarça ardendo, o que no


deserto era comum, pois a temperatura pode chegar perto
de 60 graus centígrados. No deserto é comum, arbustos
secos se incendiarem. A sarça é um arbusto espinhento,
muito comum no deserto desta região. Mas, o que chamou
a atenção de Moisés não foi a sarça em chamas, mas o
facto do arbusto não se consumir. Moisés foi educado para
ser faraó e tinha uma vasta cultura para a época, ele
conhecia a matemática, a engenharia, a física, a
astronomia e outras ciências, mas não conseguia
compreender como era possível a sarça não se consumir
com o fogo. Moisés disse para si: “Agora me virarei para lá,
e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima.”
Mas DEUS disse-lhe para não se aproximar e para tirar os
sapatos dos seus pés.

Esta é a história do crente. Depois de matar a velha


natureza e ser odiado pelo mundo, ele tem uma experiência
na sua vida com o fogo glorioso do Espírito Santo. Agora o
crente conhece o Senhor não apenas de ouvir falar, mas de
experimenta-lo pessoalmente. Por mais que a mãe de
Moisés falasse com ele a respeito da Obra do Senhor não
era suficiente, ele tinha que ter uma experiência pessoal,
ele tinha que ouvir a voz de DEUS, ele tinha que ver e
sentir o fogo do Espírito Santo. DEUS, falava com Moisés,
por meio da sarça-ardente.

A sarça é tipo do Homem. É um arbusto seco do deserto,


aparentemente sem vida, frágil e quando se incendeia é
consumido muito rapidamente. Alguns segundos depois, o
fogo apaga-se, porque o combustível que alimenta o fogo
se consume com rapidez. O fogo deste mundo é assim.
Surgem Homens com as suas filosofias e doutrinas, mas,
são como bolas de fogo no meio do deserto, evidenciam-se
notavelmente e, em seguida desaparecem com a mesma
rapidez como surgiram. O Homem é assim, às vezes vemos
estrelas cadentes, são arbustos que vem e se vão com o
fogo consumidor deste mundo. A Morte chega, a fama
acaba, os anos passam. Assim é a vida do Homem neste
mundo. O mesmo fogo que o eleva é o mesmo que o
destrói.

O fogo de DEUS não é o que destrói, mas é o que preserva


a sarça, o Homem. Moisés, apesar das suas capacidades
intelectuais, não tinha sobre si o fogo da glória de Deus.
Moisés teve que deixar o Egipto, o cargo de faraó, para
poder contemplar a glória de Deus ardendo sobre a sarça.
Muitos estão neste estágio, tem cultura, tem conhecimento,
mas não têm uma experiência com o Senhor. São arbustos
secos. A “igreja” está lotada de arbustos secos. Uns estão
de fato e gravata, outros perfumados, outros ainda com
brincos, outros com instrumentos na mão, uns são
doutores, outros professores, donas de casa, etc. Todos nós
somos arbustos secos totalmente dependentes do Senhor.
Mas, louvamos a DEUS pela esperança que temos nos
nossos corações em Jesus. Glorificamos o Senhor porque
há um fogo maravilhoso sobre nós. A chama do Senhor
arde na nossa vida. Louvamos a DEUS porque, um dia, o
Senhor nos fez subir ao monte Horebe e pudemos conhecer
todo o esplendor da sua glória através do derramar do fogo
do Espírito Santo sobre nós, um fogo que nos preserva e
não nos consome.

No dia em que nós conhecemos o Senhor e vimos a sua


glória, DEUS bradou e nos chamou pelo nosso nome, no
meio da sarça. Moisés espantou-se porque DEUS o
conhecia. Quando as pessoas entram na igreja ficam
maravilhadas com o fogo que não se apaga e com a glória
de DEUS. DEUS nos conhece e quer falar connosco.
Moisés, então, respondeu: “Eis-me aqui”. Esta deve ser a
atitude do crente quando ouve o chamar do Senhor para a
sua Obra. É uma atitude definida. Eis-me aqui Senhor,
disposto para obedecer e trabalhar na tua Obra
maravilhosa. Eis-me aqui Senhor, para receber o baptismo
com o Espírito Santo.

A maior lição é que DEUS escolhe sarças para recair sobre


elas o fogo de seu poder. Há um povo que é como sarça,
pequeno, frágil, imperfeito, somos nós. Mas, louvamos o
Senhor por nos escolher e transformar em sarças ardentes
pelo fogo da sua glória. É o fogo que preserva e não o que
consome. DEUS usou uma sarça para falar com Moisés.
Louvado seja o Senhor, porque tem usado muitas sarças
para falar com muitas outras almas necessitadas e aflitas.
DEUS quer habitar no seu coração. O Senhor quer a chama
ardendo nos nossos corações. Sobre a sarça está o fogo do
Espírito, o Senhor revela-se aos corações de muitos Moisés.

Há um povo que está sendo levado por Deus ao monte


Horebe, para receber o fogo da glória, o poder do Espírito
Santo. O monte tipifica a igreja do Senhor. O monte tipifica
Jerusalém Celestial. É o fogo maravilhoso sendo derramado
sobre tantas sarças. E como é bom sentir o calor do Espírito
no nosso coração. Como é bom saber que a glória de Deus,
que a majestade do Senhor está sobre o seu povo.

E o Senhor lhe disse: “Não te chegues para cá; tira os


sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é
terra santa”. O desejo de Moisés era se aproximar logo.
Mas, agora, vem a outra lição que Deus queria dar a
Moisés: “tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em
que tu estás é terra santa”. Há um segredo na Obra, ela é
santa, é perfeita e imaculada. O Homem é de natureza
falhada, mas a Obra é perfeita. Não podemos pisar, chegar
diante do Senhor com os mesmos sapatos que pisaram o
mundo. Moisés usava sandálias velhas e era com elas que
iria chegar diante do Senhor. Ele tinha caminhado pelo
deserto, os seus sapatos estavam sujos e contaminados. O
Senhor disse: “não, não te chegues para cá”.

O Senhor nos chamou hoje ao monte Horebe, porque este


lugar é santo e não porque existem sarças muito boas. O
lugar é santo porque a glória de DEUS está ele. O lugar é
santo porque DEUS fez cair sobre a sarça o seu fogo.

Tira os sapatos dos teus pés, toma um caminho novo,


muda a tua vida. Este é o convite que DEUS nos faz. DEUS
quer transformar a nossa vida, através de um coração
ardendo pela chama do Espírito, nos preserva em graça.
Esta é a Obra para a qual o Senhor nos chamou, a herança
de uma terra santa e eterna.

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