A partir do conhecimento directo da BE da Escola/ Agrupamento de que sou
Professora - bibliotecária, e tendo por objectivo a melhoria da sua acção, sugiro as seguintes acções futuras no âmbito do Subdomínio D.3.:
Duas coisas que a BE devesse deixar de fazer:
1. Fazer o tratamento documental de nível superior e a informatização.
Esta actividade consome demasiado tempo, necessário para a actuação a nível pedagógico e para o papel instrucional do PB; a minha equipa não possui qualquer formação nem motivação, o que deixa esta tarefa completamente a meu cargo, gerando stress e atraso na disponibilização dos recursos. Embora haja algum apoio do SABE, é insuficiente e a situação poderia ser resolvida com a intervenção da BM e a partilha de catálogos.
2. Planificar o desenvolvimento da colecção sem a afectação de verba.
Na minha escola a Direcção não dota a BE de verba própria em sede de orçamento, tendo-me sido dito para apresentar os pedidos que depois se decidiria. Ora o planeamento rigoroso da colecção é uma tarefa essencial e exigente; contudo, esta forma de trabalhar, sem qualquer noção da verba disponível, leva a que muitas vezes ele se afigure desnecessário, uma vez que raramente é concretizado conforme o previsto, acabando por depender da verba que a Direcção decide despender. Retira também autonomia e segurança ao PB, que nunca sabe se está a pedir a mais ou a menos e tem frequentemente de fazer ajustes significativos ao planeamento inicial.
Duas coisas que a BE devesse continuar a fazer
1. Realizar actividades variadas para promoção da colecção e divulgação de
recursos para os vários tipos de utilizador. Estas actividades facilitam a optimização dos recursos, abrindo possibilidades para a sua integração nas actividades lectivas e extra-lectivas; criam uma relação dinâmica entre a BE e os seus utilizadores; geram alguma responsabilização e comprometimento, particularmente junto dos docentes.
1 FORMANDA: Maria Filomena Rocha Turma 10 Sessão 6 – Pontos 5 da Actividade
2. Avaliar periodicamente a colecção e procurar responder às solicitações dos
utilizadores. A adequação da colecção às necessidades reforça o uso da BE para os vários fins dos diversos públicos, e aumenta os hábitos de leitura e pesquisa.
Duas coisas que a BE devesse começar a fazer
1. Elaborar o documento Política de Desenvolvimento da Colecção, garantindo
a constituição de um grupo alargado para o efeito, conforme prevê a legislação. Este documento deve orientar a política documental da escola/ agrupamento e a sua elaboração está prevista no Regulamento Interno do Agrupamento. Ao ser elaborado por uma grupo que integra elementos fora da BE, cria responsabilização e pode assegurar mais facilmente o financiamento necessário. O documento deve definir o processo de avaliação da colecção e a sua actualização sistemática também em função da inventariação de necessidades. Além disso, também ajudará a normalizar os procedimentos de selecção, desbaste, aquisição, organização e circulação dos recursos documentais.
2. Iniciar a informatização do fundo documental com vista à disponibilização de
um catálogo online. Esta actividade é urgente para facilitar a recuperação da informação e, acredito, aumentar os índices de pesquisa nos suportes impressos. Como referi acima, seria muito produtivo que se recorresse a uma parceria com a BM ou outras BES, mas, se não for possível, terá de ser mesmo o PB, com prejuízo de outras tarefas, a concretizá-la. A sensibilização da Direcção para esta tarefa é indispensável.