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DIREITO CONSTITUCIONAL I

TEORIA GERAL DO ESTADO


(AULA 9)

AS FORMAS DE ESTADO
(ESTADO UNITÁRIO E ESTADO FEDERAL)

1- CONCEITO

Referem-se à projeção do poder dentro do território, levando-se em


consideração a existência, a intensidade e o conteúdo de
descentralização político-administrativo e jurídico de cada Estado.

2- FORMAS DE ESTADO (MODERNO)

A) Unitário
B) Federal
C) Regional (forma intermediária – divergência doutrinária. Ex:
Espanha e Itália)

3- O ESTADO UNITÁRIO.

3.1) CONCEITO

“Caracteriza-se como aquele que apresenta uma organização


política singular, com um governo único de plena jurisdição
nacional, sem divisões internas. Todos os cidadãos estão sujeitos a
uma autoridade única, ao mesmo regime constitucional e a uma
ordem jurídica comum.

3.2) CARACTERIZAÇÃO

A) Centralização política-administrativa e jurídica em um único


polo governamental (obs: as funções administrativas podem ser
descentralizadas à órgãos sem autonomia.

B) Poder central autônomo e soberano – único polo governamental


que exerce plenamente o governo.

3.3) EXEMPLOS DE ESTADOS UNITÁRIOS: Brasil (1824/1834);


França; Paraguai; Chile; entre outros.
4- O ESTADO FEDERAL (FEDERAÇÃO).

4.1) CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS.

- Tem suas raízes na experiência histórica dos Estados Unidos,


com a independência das treze colônias que formaram,
inicialmente, uma Confederação, materializada como um tratado
internacional entre os treze Estados soberanos, em 1777.

- A vontade do estabelecimento de um novo patamar de


relacionamento entre os Estados, até então soberanos
(confederados), permitindo uma direção unificante.

- Ocorreu, assim, a formação de um pacto federativo norte-


americano (Convenção da Filadélfia), possibilitando, assim, que
eles, agora abdicando da soberania, passassem a integrar um
novo Estado (Estado Federal Norte-Americano – Constituição de
1787), onde passariam a ter autonomia.

4.2) CONCEITO DE FERAÇÃO.

A) ETIMOLOGICAMENTE = pacto ou aliança.

B) JURIDICAMENTE, o Estado federal é aquele composto por


unidades federativas autônomas, não dotadas de soberania, que
se submetem a uma Constituição Federal.

4.3) CARACTERIZAÇÃO:

A) A existência de um Poder ou entidade central (União), dotado


de autonomia, a qual confunde-se com o próprio Estado federal,
e de Poderes ou entidades parciais (estados-membros,
províncias ou cantões), autônomas, dotadas de um mesmo
patamar hierárquico na federação.

B) Descentralização política, administrativa e jurídica do poder


ou funções de governo.
4.4) EXEMPLOS DE ESTADOS FEDERADOS – Brasil e Estados
Unidos.

4.5) CARACTERÍSTICAS DO FEDERALISMO.

A) Repartição Constitucional de competências e rendas.

- justifica-se pela existência de entidades federativas autônomas;


mantém o equilíbrio federativo.

B) Possibilidade de auto-organização por uma Constituição


própria.

C) Rigidez constitucional.

- artigo 60, parágrafo 4º, inciso I, da C.F.

D) Indissolubilidade do vínculo federativo.

- não se admite a secessão (separação).

E) Participação das entidades parciais federativas na


elaboração de normas gerais.

- existência de Senado Federal (artigo 52, da C.F.)

F) Existência de um Tribunal Constitucional.

- S.T.F. (Supremo Tribunal Federal – artigos 101 a 103, da C.F.),


guardião da Constituição e do pacto federativo.

G) Possibilidade de intervenção federal nos Estados-membros.

- mantém o pacto federativo, diante de graves ameaças (art. 34 a


36 da C.F.). Segundo Celso Bastos, “a intervenção consiste no
afastamento temporário pela União das prerrogativas totais ou
parciais próprias da autonomia dos Estados-membros,
prevalecendo a vontade do ente interventor.

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