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oar Tesi 2 O campo elétrico e o potencial elétrico i acacia | ‘uando se coloca uma ‘quantitativamente a partir do | ane saan ico, | pontodo espaco, a regio em do qual este capitulo se ocupa. tomo deer nods lens tan { ponto do espago sobre a diferenga de potencial, i audguirea que exprime a capacidade do propriedae, nao pssuida campo em realizar trabalho. inicialmente, de atrair ou AA diferenga de potencial (que repelir outros corpos tem algo de semelhante a um Essas desnivel) éa grandeza + do espago, responsivel pelo movimento provocadas pela presenca de das cargas no interior de um. ‘cargas, io expressas fio elétrico. i . . 2.1 | 0 CAMPO ELETRICO te carregados é uma forea que age a distincia, Ela se faz » Asbrargnimiras | Sors‘corpon que ineragem, A exisiencia de oe . O que tara passe! a tranonsond foea através espa? | "Vamos imaginar que um dos corpos carregados esteja sobre a Terra ¢ 0 outro sobre um planeta de um sistema solar imagindrio, distante dez anos-luz da Terra Sapunteari a elas, nada pase se rrver com eee Spear da Vea 0 Capt 1 4a Fiza toca ‘bata ‘ascot dos prpreades do pro sada por Pavers ‘dezado cca Ase propa com voce fata, angie poras eata vermaisdstartes Quanto inasaastads de A “trom esses pnts, maisarde char es Infomagio de que ests flemvats, Se subitamente anularmos a carga do corpo eletrizado que se encontra sobre a Terra, a forga que ele exerce sobre 0 outro deveria anulat-se instantaneamente. Nao podemos considerar, porém, que a forca se transmita com velocidade infinita, se a luz, que € a “coisa” mais veloz existente na natureza, leva dez ‘anos para percorrer a distancia entre a Terra e aquele planeta. Essa dificuldade pode ser superada pensando de outra maneira ‘Vamos entio dizer que, quando um corpo A esté eletrcamente car- regado, cria-se em todo 0 espaco circundante uma situacio nova diferente da que existia anteriormente, quando A estava descarrega- do. O fato de eletrizarmos esse corpo modifica as propriedades do ‘espago que o circunda, no sentido em que 0 espaco passa a abrigar forces elétricas, o que antes no ocortia, Outro corpo eletricamente ccarregado (B), colocado em qualquer ponto do espago, comegaré, ‘num dado instante, a “sentir” uma forga elétrica causada por A. O fato de que 0 corpo carregado B "sinta” uma forga elétrica tem qualquer ponto do espaco que citcunda 0 corpo carregado A pode ser expresso da seguinte forma: dizemos que a carga Q, do corpo A gera no espaco circundante um campo elétrico. Reciprocamente, diremos também que wma regido do espaco abriga um campo elétrico (ou que ela é um campo elétrico) se, colocando um corpo carregado C num ponto qualquer dessa regio do espago, observarmos que esse corpo fica submetido a forcas de origem elétrica. Tal corpo C & chamado corpo de prova, precisa ser muito pequeno (puntiforme) para permitir a observa- ‘Gio e a medida do campo elétrico em todos os pontos do espaco. aspecto essencial dessa nova abordagem € que 0 campo clétrico gerado pela carga Q, num ponto P existe independente- ‘mente de haver em P um corpo carregado. Quando colocamos rnesse ponto P um corpo carregado, a forca que passa a agir sobre cle € devida ao campo elétrico que jd preexistia ali, ¢ ndo a uma agio direta, a distancia, do corpo A sobre 0 segundo corpo. Evidentemente, também 0 corpo carregado que esté em P gera ‘um campo elétrico no espaco circundante. ‘© conceito de campo eléirico, aqui introduzido para 0 caso de ‘apenas um corpo carregado, é, na verdade, um conceito geral: se uum certo niimero de corpos Aj, As, As, estao dispostos em posighes fixas e tém, respectivamente, cargas Q), Q2, Qsy cles ‘geram um campo elétrico em todo 0 espaco circundante. Pode- os constatar isso explorando 0 espaco com uma carga de prova ¢ observando que ela softe a ago de forcas elétricas (figura 2.2) 287 ELETROMAGNETISMO 22) Acad pnt do espa podemosasncar un ‘tarcampo lic. Nesta figura. nears uma arg de proved 2, tember, na praia sia impose cumulus porto una carga to garde ‘Ato do Coulomt @ Grete poprcna 20 velo d cogs de ova O VETOR-CAMPO-ELETRICO Para descrever quantitativamente conceito de campo elétrico, vamos definir um vetor-campo-elétrico F para cada ponto do espago. Vejamos como isso € feito. Colocamos num ponto P uma carga de prova positiva +q ¢ spedunoud orcs Bape bas mekao elt Die a eats lee F pela quantidade de carga +4. O campo elétrico E no ponto P € definido como a razao entre a forca elétrica que age sobre a ‘carga de prova nesse ponto e 0 valor da propria carga: get 4 No Sistema Internacional, 0 campo elétrico € medido em rnewtons por coulomb (NIC), A vantagem dessa nova grandeza é que ela nao depende do valor da carga de prova utilizada para medi-la. Mesmo que a ‘carga de prova valha 0 dobro, o triplo,..., obteremos sempre 0 mesmo valor para 0 campo elétrico, pois a forca também do- brard, triplicara, Consideremos, por exemplo, o campo elétrico gerado por ‘uma tinica carga Q, seja ela positiva ou negativa. carga de prova-vg Neste A forca que a carga Q exerce sobre a carga de prova +4, colocada a distancia r, € dada pela lei de Coulomb: Como vemos, a carga de prova q nio aparece na expres- sio do campo elétrico. Se tivéssemos utilizado outra carga de prova, o campo elgtrico seria 0 mesmo. A orientacao de £ é a mesma de F, porque dividimos 0 vetor F'pelo nimero positivo +4. ‘ 288 3M x 201 Feat x 20-00 Cameco campo erica ene redo sonia ‘aece as poprecases lta do espa ness8 ‘eae Exercicio Qual é a intensidade do campo elétrico E’ gerado no viicuo por tuma carga de 12 x 10° C num ponto a 6 cm de distancia? Soluedo Temos: y 12x10*C E 42x10°C 8,99 « 10" 8,99 x12. 3,19 N 1 Resposta (0 campo elétrico gerado por essa carga & distincia de 6cm, no vacuo, € de 30000 NIC. cat Em geral, 0 campo elétrico depende apenas das cargas que © geram e do ponto em que € medido. ‘Se usissemos uma carga de prova unitéria, ou seja, igual a +1C, E coincidiria com F. Podemos, portanto, afirmar que 0 vetor-campo-elétrico gerado num ponto é a forca que age so- bre uma carga unitdria colocada nesse ponto. Por exemplo, se ‘0 campo elétrico em P & igual a 3N/C, isso significa que, co- locando em P uma carga de 1, ela “sentira” uma forca de 3N. Se, no entanto, colocassemos em P uma carga de 2C, ela softeria a aio de uma forca dobrada, ou seja, de ON. De fato, da definigio de campo elétrico, concluimos que: Fea Conhecendo £' num ponto, poderemos calcular a forca que ‘© campo exerce sobre qualquer catga posta nesse ponto. Para tanto, basta multiplicar o vetor E pelo valor da carga q. A direcio da forga sera a mesma do campo. Se a carga for posi- tiva, o sentido também sera o mesmo. Se for negat do sera contririo (pois estaremos multiplicando um vetor por uum niimero negativo). © conhecimento do campo elétrico em todos 08 pontos de uma regio é uma informacio muito importante, Ela nos possi bilita calcular a forca que atua sobre qualquer carga posta em ‘qualquer ponto, ainda que desconhecamos quais e quantas so as ‘cargas que getam 0 campo elétrico. 289 24 ‘Como vimos em todos esses exemplos, a palavra “campo” indica 0 conjunto dos valores que uma grandeza fisica assume ‘em cada ponto de uma certa regio do espaco. Se a grandeza é representada por um vetor, dizemos que 0 campo € vetorial (campo de forga, de velocidade, ...). Se, ao contrario, tratar-se de uma grandeza escalar, dizemos que 0 campo € escalar (de pressio, de temperatura, ..). LINHAS DE CAMPO. REPRESENTACAO GRAFICA DO CAMPO ELETRICO Para visualizar 0 campo elétrico gerado por um conjunto de cargas, podemos tracar uma série de vetores em diferentes pontos do espaco. Eles tém a direcao € o sentido que 0 camy elétrico apresenta em cada um desses pontos, ¢ Seu comp! mento € proporcional 3 intensidade do campo. pal Suporposici (ou sia, pela some vetorial) dos campos isola. rados plas cargas Soe. ‘ intensidade do campo ‘tice dimin 0 ‘campo criado em cada ELETROMAGNETISMO eur cara veto se er wuld ates a inna apo, Atungont a wna cova um prt ra ea gue {hea cana nese porto ® {wm amesmainlnarza que ‘uve Wo tem 42d Mesinca | No entanto, essa representagiio € pouco conveniente, porque, | se desenharmos o vetor £ apenas em poucos pontos, o resultado seri muito impreciso. Por outro lado, desenhando £ num grande rnimero de pontos, a representacao se tornard muito confusa, Por essa razio, dé-se preferéncia a outro tipo de represen- tacio visual, baseado nas linhas de campo. Vejamos como isso E feito. Uma carga de prova + q 6 colocada num ponto P de um campo elétrico gerado por um conjunto de cargas fixas. Sobre a carga + q age ume forga representada pelo vetor F. Figure 29, Patindo do um 5 sequindo es ds vetares qe reprosontam as forgas do campo que jm sobre ume carga de provaobtemes uma linha ‘ue permite vsualizar tio. Essa re Saasoree eee cont ‘Vamos entio deslocar de um pequeno trecho As a carga + q, na direcdo e sentido da forga F,, até 0 ponto P>, A forga que age sobre 0 corpo de prova nesse novo ponto é F' que, em geral, difere de F}. Em seguida, deslocamos, também de As, a carga + q na direcao e sentido de F,, Nesse novo ponto P;, a forga do ‘campo sera F;, ¢ assim por diante. No final, teremos uma linha poligonal feita de pequenos segmentos P; P2= P2 P. As. Se tomarmos trechos As cada vez menores, a poligonal tenderi a uma curva, que € uma linha cuja direcio se modifica continuamente, de modo nio-brusco. Por fim, orientamos essa ‘curva, marcando sobre ela uma ponta de seta, que indica a direcao do campo elétrico. Essa curva orientada recebe 0 nome de linha de campo. Ela permite determinar a diregdo e 0 sentido do vetor-campo- elétrico em qualquer de seus pontos. A tangente @ linha de campo num de seus pontos indica a direcio de E nesse ponto. O sentido de £’é aquele em que se percorre a linha de campo. Figura 210. Num ‘qualquer Po campe ‘ltrico € é tangent & cy (QUESTAO. Porque as eas a canpooétenruca se inteceptan? vant dso 60 jt ds ina ‘apo, mas ines 6 0 eampe ete. Convém ter em mente que as linhas de campo ndo correspon- dem a coisa alguma que exista no mundo real. Elas so apenas uma representagio eficaz da maneira como 0 campo varia numa Para cada ponto de um campo elétrico podemos desenhar ‘uma (e somente uma) linha de campo. Fazer isso para todos os pontos resultaria, porém, num actimulo de linhas. Por con- Yencio, opta-se entio por desenhar apenas um nimero limita- do deltas, de modo que sua densidade seja proporcional & intensidade do campo em cada regio. As linhas de um campo elétrico gerado por uma carga clétrica puntiforme sao semi-retas. Elas partem do ponto onde esti colocada a carga Q, se esta for positiva, ou rumam para , se ela for negativa. Quando o campo elétrico é gerado por duas ou mais cargas elétricas puntiformes, as linhas de campo sio, em geral, linhas curvas. Por exemplo, na figura abaixo sdo representadas as linhas de um campo elétrico gerado por duas cargas puntiformes de sinais opostos, para dois diferentes pares de cargas. Figura 212 Linhas de campos elétrcos gorados por argas de sinas poston. ‘Na primeira figura, as cargas tom a mesma Intensidade: na ELETROMAGNETISMO Asc psa se tne arom sins de ‘campo. As cara negatives So camo pas one as ins desomboc Un sistema conti por ‘as pleas eonatas| parla sore as qua se ops cara de sais ‘capac 2.5 Analgament, oampo ‘yaitacona a Tera fealeaun abate poste ferqunto wna pdt cai 0 foto Tera fa ope! a targa doa pata coresponde 8 arpa de prov Vamos agora tomar duas placas paralelas. Sobre uma de~ las, distribuiremos uniformemente cargas positivas; sobre a outra, cargas negativas. Essas cargas geram, na regiao situada entre as placas € distante de suas bordas, um campo elétrico uniforme. Um campo uniforme tem sempre a mesma dire- Gio, sentido ¢ intensidade, ou seja, nao muda de um ponto para outro. As linhas de campo que permite visualizé-lo sio Tetas paralelas separadas por distancias iguais, Como vemos nesse exemplo, as linhas do campo nascem nas cargas positivas € mortem nas negativas. Elas também podem afastar-se até o infinito, ou mesmo provir do infinito. Em qualquer dos casos, porém, pelo menos uma de suas ex- tremidades estard localizada numa carga elétrica. A ENERGIA POTENCIAL ELETRICA Um campo elétrico possui energia, que pode ser usada para realizar trabalho. A forca que 0 campo exerce nos dif rentes pontos do espago € capaz de acelerar (ou trear) as car- gas elétricas. Consideremos, por exemplo, 0 campo elétrico gerado por uma carga negativa Q , a qual, para simplificar, remos concentrada num ponto do espaco. Uma carga positiva de prova q*, colocada em outro ponto do campo clétrico, sera atraida para a fonte O°. Enquanto essa carga q° se desloca, a forca do campo realiza um trabalho positivo. Figura 214.0 campo lero grado por uma carga tixa tal uma elas duas cargas. Como a carga de prova adquire velocidade e, portanto, energia cinética, os joules gastos na realizacao desse tra- balho hao de ser subtraidos de alguma outra forma de energia. Tal como ocorre no caso da gravidade (item 10.5 da 204 Figura 213. Um capacitor ‘tm dispositive das placas condutoras que {ho eletreadas com Aisposigto das inhes de ampo no desento. Els

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