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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PORTO ALEGRE
2009
ELIEZER PEDROSO ROSA
PORTO ALEGRE
2009
Dedico este trabalho à minha companheira
Mariana, pelo apoio e pelas idéias que
ajudaram a compor a pesquisa.
“Quando o extraordinário se torna
cotidiano, é a revolução.”
Ernesto “Che” Guevara
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .............................................................................. 14
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................. 15
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15
1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................ 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 19
2.1 ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO NOS DOIS MODELOS ................................. 19
2.1.1 Visão clássica da economia e da administração ......................................... 19
2.1.2 Economia e administração em economia solidária..................................... 21
2.2 COMPARAÇÃO ENTRE OS MODELOS ADMINISTRATIVOS DA EMPRESA
CAPITALISTA E DOS EMPREENDIMENTOS SOLIDÁRIOS ................................... 26
2.2.1 Gestão: heterogestão x autogestão.............................................................. 26
2.2.2 Colaboração: solidária x competitiva .......................................................... 32
2.2.3 Democracia .................................................................................................... 36
2.2.4 Divisão do trabalho ........................................................................................ 40
2.2.5 Pessoas: recursos humanos x sujeitos ....................................................... 45
2.2.6 Sustentabilidade ............................................................................................. 51
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 56
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 56
3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 58
3.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS ................................ 58
3.4 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS ................................................................... 59
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA ................................................... 61
4.1 PESQUISA HISTÓRICA .................................................................................... 61
4.2 PESQUISA EMPÍRICA ...................................................................................... 73
4.2.1 Descrição do processo de seleção das organizações ................................ 73
4.2.2 Caracterização das organizações pesquisadas .......................................... 74
4.2.2.1 Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos (Univens) ......................... 74
4.2.2.2 Henrique Fontana & Cia. LTDA (DiTrevi Jeans) ............................................ 78
4.2.2.3 Coopermodas ................................................................................................ 81
4.2.2.4 Anglia Industrial LTDA (Confraria Masculina) ................................................ 83
4.2.2.5 Construsol ..................................................................................................... 86
4.2.2.6 ACTI Com. Serv. de roupa LTDA (Office Collection) ..................................... 88
4.2.2.7 Gerasol .......................................................................................................... 90
4.2.2.8 JAAN Ind. Com. Confecções LTDA (JAAN Uniformes) ................................. 92
4.3 ANÁLISE COMPARATIVA DAS ORGANIZAÇÕES ............................................ 95
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES .........................................................................106
REFERÊNCIAS.......................................................................................................111
APENDICE A – Roteiro de entrevista ...................................................................116
10
1 INTRODUÇÃO
1.3 JUSTIFICATIVA
casa) sem perder o sentido mais comum (economizar, usar racionalmente as fontes
de riqueza, com menos tempo e recurso).
Pretende-se investigar as potencialidades e limites desta iniciativa a partir da
comparação com o modelo atual de organização e com as metodologias tradicionais
de administração de empresas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
1
A heterogestão aplica a administração hierárquica, formada por níveis sucessivos de autoridade,
entre os quais as informações e consultas fluem de baixo para cima e as ordens e instruções de cima
para baixo (SINGER, 2008).
22
2
A autogestão é um modelo de organização democrática que privilegia a democracia direta e que não
dispõe de hierarquias. As decisões são tomadas através de assembléias (MOTHÉ, 2009).
24
para os seus problemas. Porém, há muitos desafios a serem enfrentados para sua
consolidação de ordem política, econômica e ético-cultural.
A estes novos conceitos e princípios de economia e administração é que o
trabalho se filiará para a análise comparativa dos modelos administrativos da
empresa capitalista e dos empreendimentos de economia solidária.
previamente por escrito, que devem cobrir todas as áreas da organização. Assim
como no taylorismo, as rotinas e os procedimentos devem ser padronizados. A
distribuição das atividades deve ser feita de maneira impessoal, ou seja, em termos
de cargos e funções previamente estabelecidos. Os cargos devem ser estabelecidos
segundo o princípio da hierarquia: cada cargo ou função inferior deve estar sob o
controle da supervisão de um cargo superior. Daí a necessidade de hierarquia para
definir as chefias nos vários escalões de autoridade. Weber afirma que a escolha
das pessoas na organização não deve se basear em preferências pessoais, mas sim
no mérito e na competência técnica; com isso, defende a especialização da
administração através de sua profissionalização. No modelo burocrático, a posse
dos meios de produção e a administração da empresa não precisam coincidir, pois
administrar requer conhecimentos especializados que o proprietário ou os acionistas
não necessariamente dominam. Desta forma, a heterogestão se efetiva como
necessidade de especialização técnica da função administrativa (CHIAVENATO,
1983).
A teoria de Weber de fato foi utilizada, e, apesar de ter sofrido as chamadas
disfunções, ela se evidencia no domínio da classe dos administradores sobre a
autoridade nos mais diversos tipos de organização, como empresas, governos e até
mesmo Organizações Não-Governamentais (ONGs). Essa nova classe social,
conhecida hoje como tecnoburocracia, constitui o centro do poder no capitalismo
pós-industrial. Gustavo Luis Gutierrez (1992) em um artigo da Revista de
Administração de Empresas faz a seguinte citação:
Embora a posse legal dos meios de produção ainda esteja na mão dos
capitalistas, no curso das últimas décadas, a administração real dos
instrumentos de produção tem resvalado, constantemente, e cada vez
mais, das mãos dos capitalistas para os administradores. É que a
administração dos ramos mais importantes da indústria moderna
transcende o privilégio legal da posse e requer, demanda, exige
competência especializada (GUTIERREZ, 1992, p. 61).
Singer (2008, p. 17) aponta que esta descrição da empresa não é totalmente
realista “porque não considera os efeitos da competição entre setores e grupos de
empregados situados nos níveis intermediários e elevados da hierarquia gerencial”,
sobretudo nas grandes empresas, onde grupos rivais disputam a destinação dos
fundos de investimento, “cada um demandando mais capital para expandir o setor
em que exerce poder” (SINGER, 2008, p. 17).
Cada diretor ou gerente busca obter mais verbas para os seus setores. A
competição exacerbada entre setores e grupos rivais, embora sempre vise aumentar
a lucratividade, pode prejudicar o funcionamento da empresas como um todo. Entra
em jogo o prestígio do profissional tecnoburocrata, em busca de autodivulgação nos
meios de comunicação, onde tenta vender-se a preços crescentes. A alta gestão
precisa coibir o que seria excesso de competição, sem coibir a competição sadia,
vista como essencial para obter o esforço máximo dos empregados. Mas, para tanto,
seria preciso que ela tivesse toda a informação sobre o que se passa na empresa, o
que a própria competição torna improvável (GUTIERREZ, 1992; SINGER, 2008).
Com o intuito de solucionar estes problemas, teorias mais recentes da
administração vem criando novos modelos organizacionais baseados no estudo das
relações humanas, na redução dos níveis hierárquicos, na administração
participativa, nos grupos semi-autônomos, nos ciclos da qualidade total, etc.; porém,
estes novos modelos ainda não conseguiram acabar com características
remanescentes das teorias anteriores na maioria das organizações e nem subverter
a sua característica fundamental de heterogestão. Singer (2008, p. 18) diz que
“dentro dessa contradição a heterogestão funciona, sempre à procura de novas
fórmulas que lhe permitam extrair o máximo de trabalho e eficiência do pessoal
empregado”.
As escolas da administração realizaram as mais diversas abordagens sobre
as organizações e o seu funcionamento, buscando alcançar por diferentes vias um
modelo ideal de organização. Este modelo ideal, dentro do sistema capitalista,
significa obter o total comprometimento dos empregados, conciliando os seus
interesses com os da organização, e a maior rentabilidade para o capitalista sobre o
seu investimento. Entretanto, as principais dificuldades encontradas pelos teóricos
da administração em atingir este objetivo podem ser resumidas em um problema
fundamental, que extrapola a forma com que uma empresa se organiza
internamente. Este problema se reflete na lógica do próprio sistema econômico
29
A competição é boa de dois pontos de vista: ela permite [...] escolher o que
mais nos satisfaz pelo menor preço; e ela faz com que o melhor vença [...].
(Mas) o que acontece com os empresários e empregados das empresas
que quebram? [...] o capitalismo produz desigualdade crescente,
verdadeira polarização entre ganhadores e perdedores. Enquanto os
primeiros acumulam capital, galgam posições e avançam nas carreiras, os
últimos acumulam dívidas pelas quais pagam juros cada vez maiores, são
demitidos [...] tornam-se inempregáveis [...]. (SINGER apud ARROYO,
2008, p. 77).
2.2.3 Democracia
cargo em caso de abuso de poder, buscando evitar assim a formação de uma elite
de poder na organização e preservar a sua democracia. (SCHNEIDER, 2003).
O projeto de democratização presente na economia solidária claramente não
se limita a uma nova forma de organização econômica, mas visa também um projeto
de sociedade. Alguns governos locais já estão desenvolvendo projetos de ampliação
da democracia formal do Estado liberal, mesclando práticas representativas com
participativas, através da criação de fóruns regionais e assembléias de orçamento
participativo, que geralmente apóiam e recebem apoio das iniciativas de economia
solidária (ARROYO; SCHUCH, 2006). No momento da criação da democracia, na
Grécia Antiga, os cidadãos decidiam em praça pública o destino da cidade, tratando
diretamente de seus interesses. Hoje, a economia solidária visa restabelecer o
sentido original da democracia de forma efetivamente participativa, tratando não
somente de um novo modelo de organização empresarial, mas sim desta como um
meio para uma sociedade mais justa e democrática.
Através do livre comércio entre as nações, Smith afirmava que cada país
desenvolveria os produtos que estivesse mais apto a oferecer ao mercado mundial,
formando assim uma divisão internacional do trabalho. Esta divisão do trabalho
direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a
produzir um determinado produto ou partes de um produto. Por exemplo, um carro,
que pode ter os seus componentes oriundos de diversos países. Smith afirmou que
esse processo permite que cada país que se especializar nas mercadorias possa
produzir a um menor custo, e com isso, aumentar a riqueza total do mundo (SMITH,
42
3
Heteronomia é um conceito criado por Kant, que corresponde às leis recebidas. Ao contrário de
autonomia, consiste na sujeição do indivíduo à vontade de terceiros ou de uma coletividade.
44
distribuição do trabalho foi a experiência dos kibutzim (palavra hebraica que significa
“estabelecimento coletivo”) israelenses, onde se formou uma sociedade comunal em
sistema de rodízio para todas as atividades. Os trabalhadores passavam por
experiências em diversas atividades até se estabelecerem em uma área. Também
houve atividades menores, mas de benefício de todos, como a limpeza dos
banheiros, que deveriam ser exercidas rotativamente por todos os membros. Esse
projeto também acaba por desenvolver um modelo de vida em comunidade nos
moldes dos princípios solidários, demonstrando como uma forma de organização
originada na economia pode expandir-se para outros campos da vida social. Os
kibutzim são chamados cooperativas integrais justamente por agregarem em sua
estrutura a promoção de serviços sociais aos associados, como educação, saúde e
moradia, com os mesmos princípios que regem as relações econômicas, tais como
cooperação, solidariedade e divisão não-hierárquica do trabalho (GOMIDE, 2003).
Esse sistema pode promover a desalienação do trabalhador, que passa a
conhecer as atividades necessárias a sua sobrevivência e o seu papel na sociedade.
Dessa forma, a divisão do trabalho, quando necessária, passa a ser um processo
consciente e definido pelos próprios trabalhadores. Esse processo pode suscitar,
inclusive, uma nova dinâmica para a divisão internacional do trabalho, através da
adoção de práticas de comércio justo 4, que visem estabelecer uma nova relação
entre os países ricos do norte e os países pobres do sul do mundo, e que não
busque apenas menores custos de produção e maior lucratividade, mas sim, a
sustentabilidade econômica e social em escala global (COTERA; ORTIZ, 2009).
4
Comércio justo é o processo de intercâmbio de produção-distribuição-consumo, visando um
desenvolvimento solidário e sustentável. Esse desenvolvimento procura beneficiar, sobretudo, os
produtores excluídos ou empobrecidos, possibilitando melhores condições econômicas, sociais,
políticas, culturais, ambientais e éticas [...], tais como o preço justo para os produtores, educação
para os consumidores e desenvolvimento humano para todos e todas, respeitando os direitos
humanos e o meio ambiente de forma integral. O comércio justo traduz-se no encontro fundamental
entre produtores responsáveis e consumidores éticos (COTERA; ORTIZ, 2009).
46
2.2.6 Sustentabilidade
socioeconômicos, além de grande parte ser transferida para outros países, pela
apropriação de lucros das multinacionais, por exemplo. No Brasil, uma minoria
pratica padrões de consumo semelhantes aos dos países desenvolvidos e uma
enorme maioria sobrevive em situação de pobreza e miséria. É a enorme
concentração de renda verificada no país que, entre outros motivos, impede que o
crescimento econômico ocorrido ao longo da história se transforme em
desenvolvimento econômico (ARROYO; SHUCH, 2006).
É possível identificar certa evolução do conceito de desenvolvimento
econômico ao longo do último século. Inicialmente associado ao crescimento
material, nos anos 50 e 60 este conceito atualizou-se com a inclusão de questões
sociais, em decorrência da situação dos países afetados pela Segunda Guerra
Mundial. Recentemente, o debate em torno deste termo passou a incluir questões
ambientais. Desde o início dos anos 70 a questão ambiental vem mobilizando partes
crescentes da opinião pública, deflagrada pela crise energética global e pela
preocupação em relação aos grandes acidentes ambientais causados por petroleiros
e usinas atômicas, entre outros. A partir de então, se iniciaram diversos estudos
sobre os perigos da poluição e sobre os limites do uso indiscriminado dos recursos
naturais do planeta. Em meados dos anos 1970, Celso Furtado já alertava que, se
todos os países do mundo pudessem atingir o nível de desenvolvimento econômico
dos países ricos, não haveria recursos suficientes no planeta para sustentar este
desenvolvimento, devido aos níveis de consumo praticados por estes países:
nível de utilização dos recursos naturais na produção e manter por bastante tempo o
crescimento da base material das populações, é forçoso reconhecer que cedo ou
tarde o limite da capacidade produtiva do planeta será atingido. Nesta mesma linha
de pensamento, Lisboa (2005) afirma que:
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
100
I g = (C d + (Ce * 0,5)) *
30
produção. Ela conta também com uma loja própria que atua no varejo e como
pronta-entrega para outros lojistas; no entanto, a comercialização se dá
principalmente através de representantes. Ocorrem três lançamentos de coleções
durante o ano: primavera-verão, alto-verão, e outono-inverno. Dentro das etapas do
processo produtivo, primeiramente é desenvolvido o design da coleção; após a
aprovação dos protótipos, são confeccionadas 18 amostras de cada modelo, que
são repassadas aos representantes. Os representantes visitam os clientes em seus
Estados e enviam os pedidos à produção, que é subdividida nas seguintes fases:
molde, risco, infesto do tecido (processo de abertura do tecido na mesa de corte),
corte, separação, costura, acabamento, embalagem e expedição.
Grande parte dos processos já estão padronizados e a produção é realizada
de forma “mecânica” pelos trabalhadores. Os supervisores de produção realizam a
distribuição das tarefas entre os trabalhadores e controlam a seqüência do trabalho
na fábrica. Os trabalhadores estão dispostos entre os setores segundo as suas
especialidades. Não se verifica a possibilidade de autonomia dos trabalhadores no
desempenho das suas tarefas; no entanto, há rotatividade de trabalhadores entre
tarefas semelhantes. A programação da produção é determinada pelos sócios-
diretores e gerentes da fábrica através de uma reunião que é realizada a cada
bimestre. Nesta reunião são estabelecidas metas diárias de produção, que são
repassadas aos trabalhadores no chão de fábrica pelos gerentes. Esporadicamente
são realizadas novas reuniões de cúpula para controlar o cumprimento das metas do
período. Normalmente não há o envolvimento dos trabalhadores nos processos de
tomada de decisão; eventualmente alguns trabalhadores são consultados, quando
ocorre algum problema mais sério na produção, mas essa prática não é muito usual.
Os gestores percebem o interesse por parte de alguns trabalhadores em dar a sua
opinião sobre os processos de gestão da empresa; no entanto, os sócios preferem
não utilizar métodos de participação dos funcionários. Não existe nenhum
instrumento formal na empresa para a coleta da opinião dos trabalhadores, nem
eleições para os cargos de gerência ou supervisão: todos os ocupantes de cargos
de chefia são selecionados pelos proprietários da empresa.
O critério para a definição dos salários dos trabalhadores de produção é o
piso estabelecido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de
Porto Alegre, que hoje se situa em R$ 506,26 para novos contratados e R$ 556,61
para efetivados (após os 90 dias do contrato de experiência). Não há nenhuma
80
4.2.2.3 Coopermodas
ponto de vista social, pois a sociedade não ficará melhor ou pior por conta deles.
São todos produtos de mercado que atendem a uma demanda específica como
muitos outros. Deste modo, a sua organização busca apenas diferenciá-los para
atingir uma maior penetração a um preço adequado.
4.2.2.5 Construsol
5
O poder de barganha é definido por Michael Porter como uma das cinco forças de mercado que
devem ser estudadas para que uma organização possa desenvolver uma estratégia empresarial
eficiente (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL, 2000).
88
organização; os funcionários são subordinados aos gerentes, que por sua vez são
subordinados aos proprietários. Os processos de produção já estão todos
previamente definidos, de modo que não se verifica muito espaço para a autonomia
dos trabalhadores no desenvolvimento das suas funções. A empresa não realiza um
controle de produção baseado no estabelecimento de metas como as demais: o
controle sobre o ritmo de produção é realizado diretamente pelos gerentes. Alguns
gerentes consultam, de maneira informal, a opinião de seus funcionários para a
tomada de decisões, mas este procedimento depende do perfil de cada gerente,
uma vez que não se trata de uma política estabelecida pela organização. Alguns
trabalhadores demonstram interesse em expor as suas opiniões sobre a gestão da
produção e da empresa como um todo, mas esta oportunidade não é explorada de
forma ampliada pela empresa. Nenhum instrumento formal é adotado para a
efetivação de práticas democráticas, como a realização de assembléias para
definição dos rumos da organização, a coleta da opinião dos trabalhadores ou a
realização de eleições para os cargos de gestores.
O processo produtivo se inicia através da realização do pedido, que é
encaminhado por algum dos escritórios comerciais da empresa; logo após, as peças
são destinadas ao corte, à costura, ao acabamento, à supervisão da qualidade e,
por fim, à expedição. Não há rotatividade por parte dos trabalhadores entre as
diferentes tarefas da produção devido ao alto nível de especialização exigido para
cada tarefa. Assim como as demais empresas capitalistas entrevistadas, a Office
Collection se baseia no piso do Sindicato do Vestuário para definir os salários dos
seus funcionários, e não existe nenhuma política de repartição de lucros. Existe um
sistema de treinamento dentro da própria empresa, pelo qual passam todos os
funcionários recém-contratados antes de iniciarem as suas atividades na empresa.
Segundo Becker, a principal causa das pessoas se desligarem da empresa é o
stress excessivo na produção.
Com relação às formas de colaboração interna, a noção de interdependência
é estimulada entre os trabalhadores, com o objetivo de favorecer a cooperação na
busca pelos resultados. Já com relação às formas de colaboração externa, de
acordo com Becker, a empresa possui um produto diferenciado de alto padrão, com
um longo histórico de reconhecimento da sua qualidade pelo mercado, que facilita
suas vendas e fideliza os seus clientes. Deste modo, a estratégia de atuação no
90
mercado adotada pela empresa é a do Oceano Azul 6, uma vez que não há
preocupação em relação aos seus concorrentes. A empresa opera de forma isolada
no mercado, não participando de nenhuma rede ou cadeia produtiva. Desde a sua
fundação, ela nunca recebeu nenhum tipo de apoio ou benefício por parte do
Estado.
4.2.2.7 Gerasol
6
Modelo de estratégia desenvolvida por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, que afirma que as
empresas, ao invés de concorrer com os seus rivais no mercado, devem buscar novos nichos e
diferenciar os seus produtos, fazendo da concorrência um fator irrelevante (MINTZBERG;
AHLSTRAND; LAMPEL, 2000).
91
forma que uma complemente o trabalho da outra. A única estratégia para tornar a
cooperativa competitiva é o controle do preço em relação ao mercado, realizando
inclusive pesquisas neste sentido. Perguntada sobre a relação entre a organização e
os seus concorrentes de mercado, Sagiomo afirmou que prevalece a cooperação, já
que há integração entre os empreendimentos de economia solidária, através de
fóruns, feiras e diversas atividades em conjunto, sendo que a Gerasol participa de
diversas organizações e eventos deste tipo. A maior parte do apoio recebido pela
cooperativa vem de sindicatos e de instituições ligadas à economia solidária, através
da doação de máquinas e equipamentos; entretanto, atualmente as trabalhadoras da
cooperativa estão recebendo aulas de administração realizadas pela Prefeitura
Municipal de Gravataí, que recentemente criou a Secretaria Municipal da Economia
Solidária, com o objetivo de apoiar estes empreendimentos.
O principal instrumento democrático utilizado na cooperativa é a assembléia
geral, porém, devido ao pequeno número de cooperadas e à baixa demanda de
serviço, não há freqüência exata, sendo que os trabalhadores se reúnem quando há
necessidade. A meta é que a assembléia se realize uma vez por mês. As eleições
para cargos dirigentes e conselho fiscal se realizam de 3 em 3 anos, sendo que
todos os trabalhadores têm igual direito à candidatura.
Porquanto a Gerasol trabalhe freqüentemente por facção, as etapas do
processo produtivo se dão da seguinte maneira: geralmente, o tecido já vem
cortado, sendo que o que é realizado na cooperativa é a costura. Como as fábricas
são maiores do que as cooperativas, são elas que determinam o valor a ser pago
por unidade. Por não possuir poder de barganha, a cooperativa tem de aceitar um
valor irrisório pelo seu serviço. No entanto, esta é uma modalidade de trabalho que
possui uma demanda mais estável do que a dos clientes próprios da cooperativa e
ela viabiliza sua continuidade. O ideal da cooperativa é que ela possa trabalhar cada
vez mais com seus próprios produtos e clientes. O fator que determina a divisão do
trabalho na cooperativa é a experiência; porém, todos os trabalhadores realizam
diversas tarefas, e uns auxiliam aos outros em suas tarefas: os trabalhadores mais
rápidos, que terminam antes o seu trabalho, ajudam os outros para que todos
possam ter o mesmo rendimento. A maior importância da cooperativa, na visão de
Sagiomo, é a qualidade dos produtos, que geram uma boa imagem. Neste
momento, a cooperativa está focada em obter uma sede própria, pois atualmente
está funcionando na casa de um dos cooperados.
92
Shopping Total e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua fábrica está
estabelecida na Rua Amapá, número 511, no bairro Nonoai, em Porto Alegre, onde
atualmente trabalham 20 funcionários, sendo 10 destes alocados na produção.
Nesta empresa foi entrevistado o Sr. Arthur Pereira, que ocupa atualmente o cargo
de Administrador da Produção.
A empresa está dividida em 5 setores: administrativo, corte, produção,
serigrafia e acabamento. Por não possuir lojas próprias, todos os pedidos são
realizados diretamente pelos clientes através do seu site ou via telefone. Existem 3
níveis hierárquicos na empresa, compostos pelos sócios, gerentes e trabalhadores.
Todos os processos são padronizados. No início do dia, os gestores organizam e
distribuem as tarefas entre os trabalhadores e determinam a forma com que elas
devem ser desempenhadas, informando-os sobre as metas de produção. Não se
verifica a possibilidade de autonomia por parte dos trabalhadores no desempenho
das suas tarefas. Os trabalhadores não são envolvidos nas questões estratégicas;
eventualmente, eles participam das decisões de assuntos operacionais da produção,
quando surgem problemas no desenvolvimento do seu trabalho, como falta de tecido
ou a necessidade de adaptação de alguma peça. A postura estimulada internamente
pela organização é de cooperação, mas externamente as relações são
absolutamente competitivas, sendo que a empresa não participa de nenhuma rede
ou cadeia produtiva. A estratégia de competição da JAAN Uniformes se baseia no
posicionamento, através da ênfase na qualidade e exclusividade dos seus produtos,
bem como na rapidez da produção e na entrega dos pedidos, que geralmente
supera a de seus concorrentes. Além disso, a empresa possui um site e uma equipe
de vendedores para impulsionar suas vendas.
Na primeira etapa do processo produtivo, os vendedores encaminham os
pedidos para o departamento comercial, que tem a função de verificar o tipo de
material necessário para a produção e a sua disponibilidade em estoque. Logo após,
os tecidos são enviados para a etapa de risco e corte. Em seguida, as peças são
costuradas e fechadas. O último estágio é o de acabamento, onde são pregados os
botões e as peças são passadas e embaladas. Em média, o tempo de entrega do
pedido ao cliente é de 15 dias. Cada setor já possui a sua divisão pré-estabelecida e
os trabalhadores são alocados segundo as suas especialidades. A rotatividade dos
trabalhadores entre as tarefas só ocorre em situações excepcionais, quando há, por
exemplo, um pedido de grande urgência e os funcionários são recolocados para que
94
Autonomia Há grande Há grande Há grande Há grande Não há autonomia Não há Não há autonomia Não há
autonomia por parte autonomia por autonomia por autonomia por por parte dos autonomia por por parte dos autonomia por
dos dos trabalhadores parte dos parte dos parte dos trabalhadores parte dos trabalhadores parte dos
trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores
Circulação de Circulação de Circulação de Não há processo Circulação de A gerência repassa A gerência A gerência A gerência
informações informações definido para a informações somente repassa somente repassa somente repassa somente
informações operacionais, táticas através de circulação de informal através informações informações informações informações
entre os e estratégicas assembléia anual informações dos coordenadores referentes à referentes à referentes à referentes à
trabalhadores através de e de reuniões produção produção produção produção
Gestão
Estratégias A única estratégia Não há estratégia Não há estratégia A única estratégia As estratégias A principal A principal As estratégias
competitiva é manter competitiva competitiva competitiva é competitivas são estratégia estratégia competitivas são
competitivas o preço de mercado manter o preço de diferenciar o competitiva é competitiva é a qualidade do
mercado produto e manter o manter o custo elevar a qualidade produto e a
preço acessível interno o mais dos produtos rapidez da
baixo possível entrega dos
pedidos
102
Relação com Não há preocupação Não há Não há Há integração com Há relação Há relação Não há preocupa- Há relação
com concorrentes, preocupação com preocupação com empreendimentos competitiva com os competitiva com ção com concor- competitiva com
concorrentes pois a organização já concorrentes, mas concorrentes semelhantes concorrentes no os concorrentes rentes, pois a os concorrentes
possui uma fatia de pode-se dizer que mercado no mercado organização já no mercado
mercado consolidada há competitividade possui uma fatia
de mercado
consolidada
Participação Participa de uma Não participa de Não participa de Participa de Não participa de Não participa de Não participa de Não participa de
cadeia produtiva, a rede ou cadeia rede ou cadeia organizações de rede ou cadeia rede ou cadeia rede ou cadeia rede ou cadeia
em redes ou Justa Trama produtiva produtiva economia solidária produtiva produtiva produtiva produtiva
cadeias
Apoios Já recebeu apoio Nunca recebeu Já recebeu apoio Já recebeu apoio Nunca recebeu Nunca recebeu Nunca recebeu Nunca recebeu
governamental, de apoio de ONGs e governamental, de apoio apoio apoio apoio
recebidos ONGs e sindicatos sindicatos ONGs e sindicatos
Instrumento Há assembléia geral Há assembléia Há assembléia Há assembléia Não há nenhum Não há nenhum Não há nenhum Não há nenhum
geral geral geral instrumento formal instrumento de instrumento formal instrumento de
de coleta de de coleta da coleta da opinião de coleta da coleta da opinião
opinião dos opinião dos dos trabalhadores opinião dos dos trabalhadores
trabalhadores trabalhadores, mas trabalhadores,
são realizadas mas são realiza-
consultas informais das consultas
informais
Democracia
Freqüência A assembléia geral A assembléia geral Não há Não há freqüência Não há freqüência Não há freqüência
ocorre mensalmente ocorre anualmente freqüência definida para a definida definida
da coleta de definida para a assembléia geral
- -
opiniões assembléia geral
Eleições Há eleição para Há eleição para Há eleição para Há eleição para Não há eleições Não há eleições Não há eleições Não há eleições
cargos dirigentes cargos dirigentes cargos dirigentes cargos dirigentes para cargos para cargos para cargos para cargos
dirigentes dirigentes dirigentes dirigentes
Freqüência De 3 em 3 anos para De ocorrem de 2 De 2 em 2 anos De 3 em 3 anos
direção executiva em 2 anos para
das eleições (mas a presidente se direção executiva
perpetua no cargo) e e anualmente para - - - -
anualmente para conselho fiscal
conselho fiscal
Etapas do As etapas do As etapas do As etapas do As etapas do As etapas do As etapas do As etapas do As etapas do
processo produtivo processo produtivo processo processo produtivo processo produtivo processo processo produtivo processo
Divisão do Trabalho
processo são bem definidas, e são bem definidas, produtivo são são bem definidas, são bem definidas, produtivo são são bem definidas, produtivo são
produtivo todas são realizadas mas parte do bem definidas, mas a organização e todas são bem definidas, e e todas são bem definidas, e
na própria processo é mas a trabalha por facção realizadas na todas são realizadas na todas são
organização terceirizada organização própria realizadas na própria realizadas na
trabalha por organização própria organização própria
facção organização organização
Critérios de Conforme Conforme Conforme Conforme Conforme Conforme Conforme Conforme
especialização do especialização do especialização do especialização do especialização do especialização do especialização do especialização do
divisão do trabalhador trabalhador trabalhador trabalhador trabalhador trabalhador trabalhador trabalhador
trabalho
103
Rotatividade Pode haver Pode haver Pode haver Pode haver Pode haver Não há Não há Não há
rotatividade entre rotatividade entre rotatividade entre rotatividade entre rotatividade rotatividade rotatividade rotatividade
entre tarefas tarefas e entre tarefas e entre tarefas e entre tarefas e entre somente entre
setores setores setores setores tarefas similares
Importância Atende a Mantém Mantém Atende as Propicia a A organização Colabora com a Colabora com a
necessidades financeiramente os financeiramente necessidades dos realização do não se enxerga boa imagem dos boa imagem dos
social da básicas de consumo trabalhadores os trabalhadores clientes com desejo de como importante clientes, já que clientes, já que
organização e leva à auto- produtos de consumo dos do ponto de vista trabalha com trabalha com
realização dos qualidade clientes social uniformes uniformes
trabalhadores
Principal Crescimento da Manter Crescimento da Obter uma sede Expandir as Proporcionar um Atingir cada vez Ser reconhecida
organização para financeiramente as organização para própria para vendas para todo o produto mais clientes no mercado por
objetivo da garantir o sustento e agregar mais viabilizar o país diferenciado por sua qualidade
organização trabalhadoras e
agregar novos trabalhadores crescimento da um preço
suas famílias
trabalhadores organização adequado
Critérios de Nos setores de corte Os trabalhadores Divisão igualitária Divisão igualitária A organização A organização A organização A organização
e serigrafia, a divisão que realizam suas de ganhos de ganhos segue o padrão da segue o padrão segue o padrão da segue o padrão
definição de de ganhos é atividades em casa indústria e do da indústria e do indústria e do da indústria e do
remuneração igualitária; na recebem por comércio para comércio para comércio para comércio para
dos costura, a produção, e os que definir os salários definir os salários definir os salários definir os salários
trabalhadores remuneração é trabalham na
definida por cooperativa
produção dividem os
rendimentos
igualitariamente
Escala de 3 vezes 5 vezes, mas pode Não há diferença Não há diferença 10 vezes 4 vezes 2 vezes (sem
chegar a 10 vezes de ganhos de ganhos considerar
diferença de - comissões dos
rendimentos vendedores)
Pessoas
Divisão de Divisão igualitária de Não há divisão de Divisão igualitária Divisão igualitária Não há divisão de Não há divisão de Não há divisão de Não há divisão de
excedentes excedentes devido de excedentes de excedentes lucros lucros lucros lucros
lucros a dificuldades
financeiras
Qualificação Há treinamentos A qualificação A qualificação A qualificação Há uma política de Eventualmente é Eventualmente é Eventualmente é
internos e parcerias continuada dos continuada dos continuada dos capacitação estimulada a estimulada a estimulada a
continuada com instituições de trabalhadores não trabalhadores trabalhadores não interna de qualificação qualificação qualificação
dos ensino é propiciada não é propiciada é propiciada estagiários continuada dos continuada dos continuada dos
trabalhadores trabalhadores trabalhadores trabalhadores
Critérios para Morar nas Conhecer o Conhecer o Conhecer o Entrevista, Habilidade, Disposição de Indicação
proximidades e trabalho e pagar trabalho; mas trabalho; verificação do experiência, aprender, pois os
entrada de pagar cota de cota de ingresso ainda não houve atualmente a cota histórico em outras custo, etc. processos são
pessoas ingresso novos ingressos de ingresso não é empresas e ensinados lá
cobrada análise da dentro
estrutura familiar
104
Critérios para Todo desligamento é Todo desligamento Ainda não houve Só ocorrem A decisão é do A decisão é do A decisão é A decisão é do
votado em é votado em nenhum desligamentos por proprietário e dos proprietário e dos somente do proprietário e dos
desligamento assembléia assembléia desligamento vontade do gestores gestores proprietário gestores
de pessoas trabalhador
Projetos Realiza diversos Não realiza Não realiza Não realiza Não realiza Não realiza Não realiza Não realiza
projetos projetos projetos projetos projetos projetos projetos projetos
socioambien- socioambientais socioambientais socioambientais socioambientais socioambientais socioambientais socioambientais socioambientais
tais
Critérios Há critérios de Não há critérios de Não há critérios Não há critérios de Não há critérios de Não há critérios Não há critérios de Não há critérios
sustentabilidade para sustentabilidade de sustentabilidade sustentabilidade de sustentabilidade de
sustentáveis seleção de para seleção de sustentabilidade para seleção de para seleção de sustentabilidade para seleção de sustentabilidade
para seleção fornecedores fornecedores para seleção de fornecedores fornecedores para seleção de fornecedores para seleção de
Sustentabilidade
Consumo Há reaproveitamento Há Não há práticas Há Não há práticas de Não há práticas Não há práticas de Não há práticas
e doação de sobras reaproveitamento de consumo reaproveitamento consumo de consumo consumo de consumo
responsável de produção e doação de responsável e doação de responsável responsável responsável responsável
sobras de sobras de
produção produção
Composição Conforme preço de Conforme preço de Conforme preço Conforme o preço De acordo com os De acordo com De acordo com os De acordo com
mercado mercado de mercado de mercado custos os custos custos os custos
de preços
Inclusão Há política de Não há nenhuma Não há nenhuma Não há nenhuma Não há nenhuma Não há nenhuma Não há nenhuma Não há nenhuma
inclusão dos política de inclusão política de política de inclusão política de inclusão política de política de inclusão política de
trabalhadores da inclusão inclusão inclusão
comunidade
Quadro 2 – Análise comparativa das organizações pesquisadas segundo os tipos ideais construídos e os indicadores de desenvolvimento
Legenda:
Desenvolvido
Em desenvolvimento
Não-desenvolvido
Indicadores
Desenvolvidos Em desenvolvimento Não-desenvolvidos Índice Geral de
(Peso=1) (Peso=0,5) (Peso=0) Desenvolvimento
Organização
Univens 23 6 1 86,66%
Coopermodas 10 8 12 46,66%
Construsol 12 5 13 48,33%
Gerasol 16 8 6 66,66%
DiTrevi 5 9 16 31,66%
Confraria Masculina 3 5 22 18,33%
Office Collection 4 10 16 30%
JAAN Uniformes 3 6 21 20%
30
25
20
15
Desenvolvidos
10 Em desenvolvimento
Não-desenvolvidos
0
vi
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a
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l
so
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JA
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on
C
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2006.
CORAGGIO, José Luis. Economia do Trabalho. In: CATTANI, Antonio David (Org.)
et al. Dicionário Internacional da Outra Economia. 1. ed. São Paulo: Almedina
Brasil, 2009. p.120-127.
COTERA, Alfonso; ORTIZ, Humberto. Comércio Justo. In: CATTANI, Antonio David
(Org.) et al. Dicionário Internacional da Outra Economia. 1. ed. São Paulo:
Almedina Brasil, 2009. p. 60-67.
GAIGER, Luis Inácio. Eficiência. In: CATTANI, Antonio David (Org.) et al. Dicionário
Internacional da Outra Economia. 1. ed. São Paulo: Almedina Brasil, 2009. p.169-
174.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1996.
MOTHÉ, Daniel. Autogestão. In: CATTANI, Antonio David (Org.) et al. Dicionário
Internacional da Outra Economia. 1. ed. São Paulo: Almedina Brasil, 2009. p.26-
30.
PINHEIRO, Márcia; ATHAYDE, Phydia de. Ninguém é uma Ilha. Carta Capital. São
Paulo, ano XV, n.538, p. 40-42, mar. 2009.
SINGER, Paul. Aprender Economia. 24. ed. São Paulo: Contexto, 2006.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. 1. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
Formulário
Perfil do entrevistado:
Empresa: ___________________________________________________
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Idade: _________
Cor: ( ) Branco ( ) Preto ( ) Pardo ( ) Amarelo ( ) Índio ( ) Não sei responder
Função na empresa: _______________
Tempo de trabalho na empresa: ______
Grau de escolaridade: ______________
Renda:
( ) até 1 salário mínimo ( ) de 1 a 2 salários mínimos
( ) de 2 a 3 salários mínimos ( ) de 3 a 4 quatro salários mínimos
( ) acima de 4 salários mínimos
Gestão:
Colaboração:
6) Como você avalia a postura fomentada internamente pela sua organização entre
os trabalhadores na busca pelos resultados? Busca-se mais a cooperação ou a
competitividade?
Democracia:
11) Existe algum instrumento formal na sua organização para coleta da opinião dos
trabalhadores sobre os rumos da organização, como assembléias, plenárias, etc.?
14) Caso existam, com qual freqüência há alternância de trabalhadores nos cargos
de direção?
118
Divisão do Trabalho:
18) Na sua visão, qual a importância dos produtos da sua organização frente à
sociedade? E qual a importância dos trabalhadores nesse processo?
Pessoas:
22) Existe alguma política para divisão de lucros/excedentes? Quais os critérios para
a repartição?
Sustentabilidade:
27) A organização possui algum critério que valorize o respeito ao meio ambiente e
a remuneração justa dos trabalhadores na seleção dos seus fornecedores?