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2009

Projeto para abertura


de empresa
Atuação na indústria da construção civil

Acadêmicos:
Carolina Lemos Osadtchuk Moreira
Leandro Bolzan de Rezende
Lucilene Alves de Freitas Sobral
Tatiane de Queiroz Florentino

Administração – UFMS 0
Elaboração e Avaliação de Projetos
Sumário

1. Sumário Executivo ................................................................................................................................................1


2. Desenvolvimento ..................................................................................................................................................2
2.1. Estudo de Mercado.......................................................................................................................................2
2.1.1. Aspectos mercadológicos da indústria da construção civil ..................................................................2
2.1.1.1. Panorama da indústria com base nas grandes empresas ................................................................4
2.1.1.2. Tipos de obras e serviços de construção mais executados ..............................................................8
2.1.1.3. Déficit Habitacional e inadequação de moradias ...........................................................................13
2.1.1.3.1. Déficit Habitacional.........................................................................................................................14
2.1.1.3.2. Inadequação de moradias ..............................................................................................................18
2.1.1.4. Atuação do governo na indústria da construção civil ....................................................................22
2.1.1.4.1. Programa de Aceleração do Crescimento – PAC ............................................................................22
2.1.1.4.2. Minha Casa, Minha Vida .................................................................................................................24
2.1.1.4.3. Colher na massa..............................................................................................................................26
2.1.1.4.4. Escola da Construção ......................................................................................................................27
2.1.1.5. Conclusão sobre a situação mercadológica da indústria da construção civil em Campo Grande .28
2.1.2. Perfil socioeconômico de Campo Grande, MS ...................................................................................29
2.1.3. Análise da Concorrência .....................................................................................................................33
2.1.3.1. Conclusão sobre a concorrência na indústria da construção civil em Campo Grande...................36
2.2. Estrutura Organizacional ............................................................................................................................37
2.2.1. Processos Básicos ...............................................................................................................................37
2.2.2. Organograma Funcional .....................................................................................................................42
2.2.3. Layout e localização ............................................................................................................................43
2.2.4. Formação societária ...........................................................................................................................48
2.2.5. Portfólio inicial ....................................................................................................................................48
2.3. Viabilidade Financeira ................................................................................................................................50
2.3.1. Cenário pessimista ..............................................................................................................................51
2.3.2. Cenário provável .................................................................................................................................52
2.3.3. Cenário otimista..................................................................................................................................53
3. Conclusão............................................................................................................................................................54
Referência Bibliográfica ..............................................................................................................................................55
ANEXO I.......................................................................................................................................................................57
ANEXO II......................................................................................................................................................................64
ANEXO III.....................................................................................................................................................................65
ANEXO IV ....................................................................................................................................................................70
1. Sumário Executivo

As características marcantes da indústria da construção civil estão relacionadas à


grande contribuição desta para a composição dos produtos internos brutos da União,
Estado e municípios, a abundância de crédito para financiamento imobiliário e o elevado
déficit habitacional. A concorrência, ao se tratar de empreendimentos imobiliários, é
altamente informal, sendo a construção realizada por autônomos e a venda, quando não
realizada pelos próprios, realizada por empresas da construção civil. A estrutura
organizacional de uma empresa de construção civil é altamente enxuta, uma vez que é
caracterizada pela execução de suas atividades na forma de projetos. Resumidamente, o
momento é propício para a entrada no mercado da construção civil, haja vista, além dos
aspectos apresentados, a existência de grande número de incentivos por parte dos governos
e entidades atuantes no setor.

1
2. Desenvolvimento

2.1. Estudo de Mercado

2.1.1. Aspectos mercadológicos da indústria da construção civil

A indústria da construção civil representou, em 2008, 5,1% do Produto Interno Bruto


brasileiro (IBGE, 2009a) que em valores correntes significou R$ 124,940 bilhões de reais
(IBGE, 2009b). A participação do setor na composição do PIB tem sido crescente nos últimos
anos, conforme se pode observar pela Tabela 1:

Tabela 1 – Participação da construção civil na composição do PIB – 2003-2008

Participação 2003 2004 2005 2006 2007 2008


Valor corrente
68,934 84,868 90,228 96,286 107,108 124,940
(bilhões de reais)
Percentual do PIB (%) 4,7 5,1 4,9 4,7 4,8 5,1
Fonte: IBGE (2009a); IBGE (2009b)

A Pesquisa Anual da Indústria da Construção Civil – PAIC (2006) indicou que o total
de empresas atuando no setor da construção civil no Brasil é de 109 mil, as quais são
responsáveis pela geração de 1,5 milhão de postos de trabalhos, a um valor total de
remuneração na casa dos R$ 17,4 bilhões de reais.

As obras e serviços realizados no Brasil em 2006 correspondem a R$ 110,7 bilhões de


reais, sendo que 42,6%, ou seja, R$ 47,1 bilhões de reais (IBGE, 2008), foram realizados para
o setor público. Os números comparativos daquele ano com o anterior podem ser
observados na Tabela 2:

Tabela 2 – Dados gerais da indústria da construção – 2005-2006

Construção
Valor das Receita
Número de Pessoal para Valor
Ano Salários construções operacional
empresas ocupado entidades adicionado
executadas líquida
públicas
1.000 R$ 1.000.000,00
2005 107 1.584 15.417 97.966 39.515 96.673 54.346
2006 109 1.556 17.405 110.684 47.143 105.598 61.157
Fonte: IBGE (2008)

Observa-se com base nas tabelas acima que o setor experimenta um saudável
crescimento no Brasil. As possíveis causas para o desenvolvimento da indústria da
construção civil são o aumento do crédito imobiliário, crescimento da renda familiar e a

2
redução do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI de diversos insumos para a
construção (IBGE, 2008).

A oferta de crédito imobiliário, fator de suma importância para o setor da construção


civil, cresce ano após ano. Em 2008, o valor total distribuído por intermédio do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE, foi de R$ 29,996 bilhões de reais. Os valores
emprestados foram destinados a construção de 298.496 unidades residenciais e comerciais
(BACEN, 2009). Os gráficos 1 e 2 representam o crescimento dos recursos para
financiamento imobiliário.

Gráfico 1 – Financiamento imobiliários concedidos (aquisição e construção) – valores

29,96
30

25
Bilhões de reais

18,25
20

15
9,31
10
4,79
5 1,91 1,87 2,22 3
1,77

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Ano

Fonte: BACEN (2009)

Gráfico 2 – Financiamento imobiliários concedidos (aquisição e construção) – unidades

298.496
300.000

250.000
194.853
200.000
Unidades

150.000 111.988
100.000
53.786 60.768
36.333 35.756 28.902 36.446
50.000

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Ano

Fonte: BACEN (2009)


3
O número total de empresas do setor de construção civil conforme a PAIC 2006 é de
109.144 mil, distribuídas entre 3 grupos segundo o número de pessoal ocupado, quais
sejam: até 4 pessoas ocupadas; entre 5 a 29; e com 30 ou mais pessoas ocupadas. A tabela 3
compila os dados do número de empresas e de pessoal ocupado.

Tabela 3 – número de empresas por grupo com pessoal ocupado – 2003-2006

Entre 5 a 29 Com 30 ou mais


Até 4 pessoas
Ano Critério pessoas pessoas
ocupadas
ocupadas ocupadas
Número de empresas 89.417 22.120 7.465
2003
Pessoal ocupado 304.490 268.230 913.555
Número de empresas 80.761 21.054 7.188
2004
Pessoal ocupado 274.496 268.904 1.035.621
Número de empresas 77.811 21.230 7.463
2005
Pessoal ocupado 338.493 277.644 968.249
Número de empresas 79.149 22.216 7.779
2006
Pessoal ocupado 254.800 260.713 1.040.112
Fonte: IBGE (2008)

2.1.1.1. Panorama da indústria com base nas grandes empresas

Para traçar o panorama do setor o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


utilizou as grande empresas como referência, uma vez que estas são responsáveis por
grande parte dos valores construídos e do número de pessoas ocupadas. Considera-se
grande empresa aquela que possuem 250 ou mais pessoas ocupadas, conforme preconiza a
Comissão das Comunidades Européias.

O percentual de grandes empresas, bem como os valores pelos quais essas empresas
são responsáveis podem ser visualizados através da tabela 4 a seguir.

Tabela 4 – Participação das grandes empresas no total da indústria da construção e índice


de produtividade, segundo as faixas de pessoal ocupado – 1996/2000/2006

Participação das grandes empresas no total da indústria da construção (%) Índice de


Faixa de Construção produtivida
Número de Valor das
pessoal Pessoal para Valor de frente a
empresas Salários construções
ocupado ocupado entidades adicionado média do
(1) executadas
públicas setor
1996

250 ou
21,7 65,0 70,7 71,1 76,0 70,0 7,7
mais

- entre 18,6 35,8 32,9 33,9 33,7 32,7 -8,6

4
250 e 999

- acima
3,0 29,2 37,8 37,2 42,3 37,3 27,8
de 1000

2000

250 ou
16,6 59,6 65,3 62,6 69,3 60,2 0,9
mais

- entre
14,0 29,4 26,2 26,8 26,6 27,2 -7,6
250 e 999

- acima
2,7 30,2 39,1 35,8 42,8 33,0 9,1
de 1000

2006

250 ou
16,5 59,9 67,5 64,0 68,3 63,5 6,0
mais

- entre
14,2 32,4 29,7 32,0 32,5 31,3 -3,6
250 e 999

- acima
2,2 27,5 37,8 32,0 35,8 32,2 17,3
de 1000
Fonte: IBGE (2008)
(1) Foram consideradas somente as empresas com mais de 40 pessoas ocupadas, tendo em
vista que até 2001 a PAIC não abrangia empresas com menos de 40 pessoas ocupadas. A
partir de 2005 a pesquisa começou a ser constituída pelas empresas de uma ou mais
pessoas ocupadas.

Pela análise da tabela 4, verifica-se que as grandes empresas, apesar de em menor


quantidade, são responsáveis por mais da metade dos empregos e valores construídos,
tanto para iniciativa privada quanto para o setor público.

Em 2006 as grandes empresas foram responsáveis por 59,9% dos postos de trabalho,
ou seja, 932.044 empregos. Ainda no que tange a mão-de-obra, as grandes empresas
desembolsaram o montante de R$ 11,748 bilhões reais com salários. Essa média é superior
a do setor, o que se observa através da relação do percentual de empregos gerados e
salários pagos. Nesse ponto, as empresas com mais de 1000 funcionários pagaram salários
bem superiores a média da indústria, enquanto as empresas entre 250 e 999 pessoal
adotaram política contrária, remunerando abaixo da média.

Apesar de estarem em menor número, as grandes empresas foram responsáveis por


grande parte dos valores construídos. Em 2006, o valor construído por essas empresas foi
de R$ 70,837 bilhões de reais, 64% total do setor. No segmento de obras públicas o valor
realizado foi ainda maior, isto é, 68,3% ou R$ 32,198 bilhões de reais.

5
A análise do índice de produtividade frente a média do setor revela que as empresas
de grande porte são muito mais produtivas que o restante do setor. Segundo IBGE (2008),
os possíveis motivos para o aumento da produtividade, conforme o aumento do porte da
empresa, são:

Volume de capital elevado: permite a execução continuada das obras, evitando-se


perdas com tempo ocioso, bem como o ganho de economia de escala nas compras;

Eficiência administrativa: com o incremento no porte da empresa, cresce a


necessidade de aumento da eficiência administrativa, especialmente no que tange
aos processos de compra, administração de pessoal e tecnologia empregada;

Acesso a financiamento: além das linhas normais de financiamento, empresas de


grande porte têm a facilidade de obter recursos provenientes de investidores da
bolsa de valores; e

Inovação: conforme o porte da empresa aumenta a necessidade de pessoal mais


experiente e melhor preparado tecnicamente, o que acaba por permitir melhores
condições de inovação de processos. Além do valor agregado pela qualidade das
pessoas empregadas, as grandes empresas têm a possibilidade de facilmente
adquirir tecnologias inovadoras.

Na comparação entre 1996 e 2000 houve uma diminuição na participação das


grandes empresas com a redução dos valores das construções construídas caindo 8,5
pontos percentuais. Grande parte desse resultado é de responsabilidade das empresas que
possuem entre 250 e 999 funcionários, onde o recuo observado foi de 7,1 pontos
percentuais. As grandes empresas com mais de 1000 funcionários sofreram menos,
perdendo somente 1,4 pontos percentuais em relação a 1996, porém, a despeito desses
números, houve um crescimento no número de pessoas empregadas e valor de salários
pagos. Observa-se, ainda, nas empresas com mais de 1000 funcionários uma diminuição do
número de empresas.

Comparando os anos de 2000 e 2006, o cenário observado é inverso, isto é, a


participação das grandes empresas nessa comparação aumenta. A diferença entre valores
construídos é de 1,4 ponto percentual, saindo de 62,6% para 64%. Esse número positivo
deve-se, principalmente, às empresas entre 250 e 999 funcionários, que aumentaram seus
valores em 5,2 pontos percentuais, ou seja, passam de 26,8% para 32%. Essas empresas,
apesar de crescimento em todos os índices indicados, ainda possuem produtividade abaixo
da média do setor. As empresas com mais de 1000 funcionários, apesar do crescimento do
setor, continuam a retração experimentada em anos anteriores, tendo os valores
construídos regredido 3,8 pontos percentuais. Mesmo regredindo sua participação no
mercado essas empresas praticamente dobraram seu índice de produtividade, passando de
9,1% para 17,3%.

6
A análise do período mais longo, entre 1996 e 2006, revela que as grandes empresas
estão perdendo representatividade no setor, o que significa que as pequenas e médias
empresas estão ganhando espaço na indústria da construção.

No cenário mais longo pode-se verificar que as empresas que têm entre 250 e 999
funcionários perderam pouco em valores construídos, saindo de 33,9% para 32%. O número
de pessoas empregadas e salários pagos também diminuíram, perdendo 3,4 e 3,2 pontos
percentuais, respectivamente. A despeito da retração da participação dessas empresas no
mercado, elas se tornaram mais produtivas, apesar de ainda se encontrarem abaixo da
média do setor.

As empresas com mais de 1000 funcionários também observaram, nesses 10 anos,


retração nos valores construídos, saindo de 37,2% para 32%. Os percentuais relativos ao
valor adicionado e à produtividade seguem a mesma tendência de baixa, perdendo 5,1 e
10,5 pontos percentuais respectivamente. O número de empresas com mais de 1000
funcionários também reduziu, revelando uma tendência de concentração dos valores
executados na mão de poucas empresas. Apesar da diminuição de concorrentes, o número
de vagas de trabalho não sofreu muita alteração, perdendo somente 1,7 pontos
percentuais.

Segundo IBGE (2008) a especialização na execução de determinadas fases da obra


por algumas empresas de pequeno porte permitiu a contratação de mais empresas,
reduzindo a participação quase que exclusiva das grandes empresas. As grandes empresas
também sofreram com a diminuição dos investimentos públicos na construção civil, uma vez
que são elas as grandes responsáveis pelas execuções de obras públicas.

Tabela 5 – Participação do pessoal ocupado e do valor das construções executadas, no


total das empresas e nas grandes empresas, no Centro-Oeste

Participação (%)
Pessoal ocupado Valor das construções executadas
Grande Região e
Total das Grandes Total das Grandes
Estados
empresas (1) empresas empresas empresas
1996 2006 1996 2006 1996 2006 1996 2006
Centro-Oeste 8,1 8,5 7,5 7,9 6,8 9,4 6,8 8,4
Mato Grosso do Sul 1,4 1,1 0,6 1,0 0,6 1,0 0,6 0,9
Mato Grosso 0,6 1,5 0,7 1,6 0,9 1,1 0,8 0,9
Goiás 3,4 2,8 3,8 2,0 3,3 3,3 3,5 2,6
Distrito Federal 2,7 3,1 2,5 3,2 2,0 4,0 1,8 3,9
Fonte: IBGE (2008)
(1) empresas com mais de 40 funcionários

No sentido contrário da média das grandes empresas no Brasil, Mato Grosso do Sul
aumenta o percentual de valores das construções executadas, tanto no total das empresas,
onde se incluem as pequenas e médias construtoras, quanto nas grandes empresas. No total
das construtoras em Mato Grosso do Sul o crescimento é de 66,6%, saindo de 0,6% para 1%
7
e somente entre as grandes empresas o crescimento é de 50%, passando de 0,6% para
0,9%.

Mato Grosso do Sul, no total das empresas de construção, passa, entre 1996 e 2006,
a empregar menos pessoas (21,42%), ao passo que as grandes empresas crescem em
pessoal empregado (66,6%).

O crescimento recente do setor, 2000 a 2006, tem como um dos fatores


contribuintes o acesso a financiamentos através da abertura de capital na Bolsa de Valores
de São Paulo (IBGE, 2008). A captação desses recursos propiciou às indústrias do setor a
capacidade de realizarem novos empreendimentos, bem como adquirirem outras empresas.
A incorporação de empresas de especializadas em determinados nichos permitiu às grandes
empresas entrarem no “segmento de baixa renda”, imóveis de R$ 40 mil a R$ 100 mil, e
“segmento econômico”, entre R$ 100 mil e R$ 200 mil (DIAS, 2008 apud IBGE, 2008).

IBGE (2008) aponta que a causa do crescimento da indústria da construção civil no


Centro-Oeste e em Mato Grosso do Sul é a expansão das atividades agroindustriais.

2.1.1.2. Tipos de obras e serviços de construção mais executados

O IBGE divide os tipos de obras e serviços realizados, sejam obras novas, reformas ou
manutenção, em quatro grandes categorias, a saber: obras residenciais; edificações
industriais, comerciais e outras edificações não-residenciais; obras de infra-estrutura; e
outras obras. Dentro dessas categorias são distribuídos 54 produtos que dão conta de
quanto é gasto ou quantas empresas atuam em determinados serviços específicos.

A tabela 6 apresenta os valores realizados por grupo de produtos e/ou serviços nos
anos de 2005 e 2006:

Tabela 6 – Valor das obras e/ou serviços da construção segundo os grupos de produtos
e/ou serviços – Brasil – 2005/2006

Empresas com 5 ou mais pessoas ocupadas


Grupos de produtos e/ou serviços
Valor (1000 R$) 2006/2005 (%)
da construção
2005 2006 Variação Composição
Obras residenciais 17.546.309 19.199.998 9,4 1,9
Edificações industriais, comerciais e
18.330.829 22.034.345 20,2 4,4
outras edificações não-residenciais
Obras de infra-estrutura 30.620.050 36.906.518 20,5 7,4
Outras obras 18.478.601 22.549.334 22,0 4,8
TOTAL 84.975.788 100.690.195 18,5 18,5
Fonte: IBGE (2008)

8
Através da análise da tabela 6, verifica-se que a variação entre 2005 e 2006 dos
valores construídos em obras residenciais aumentou em 9,4%. Essa melhora deve-se pela
mudança da legislação1, o que incentivou a concessão e tomada de crédito, bem como o
aumento dos valores liberados para financiamentos imobiliários, conforme visto através do
gráfico 1. A tabela 7, a seguir, detalha os valores concedidos para financiamento imobiliário
residencial:

Tabela 7 – Financiamentos concedidos através do SBPE para imóveis residenciais – Brasil –


2005-2008

Emprego dos financiamentos 2005 2006 2007 2008


Imóvel Unidades 8.093 12.679 21.148 32.662
Novo Valor 713.364.861 1.093.161.377 2.111.006.642 3.804.020.744
Aquisição

Imóvel Unidades 18.191 55.666 85.568 104.035


Usado Valor 1.203.536.115 3.724.375.877 6.530.779.929 9.813.092.160
Unidades 26.284 68.345 106.716 136.697
TOTAL
Valor 1.916.900.976 4.817.537.254 8.641.786.571 13.617.112.904
Unidades 32.996 38.388 78.450 147.355
Empresário
Construção

Valor 2.606.353.582 4.064.649.623 7.810.545.109 14.490.373.863


Pessoal Unidades 592 4.563 8.342 10.765
física Valor 38.999.320 244.746.033 589.406.374 902.822.066
Unidades 33.588 42.951 86.792 158.120
TOTAL
Valor 2.645.352.902 4.309.395.656 8.399.951.483 15.393.195.929
Unidades 59.872 111.296 193.508 294.817
TOTAL GERAL
Valor 4.562.253.878 9.126.932.910 17.041.738.054 29.010.308.833
Fonte: BACEN (2009)

O Banco Central concedeu em 2006, ano da última PAIC publicada pelo IBGE, R$
9.126.932.910,00 bilhões de reais, valor 100% maior em relação a 2005. Esse montante foi
utilizado para o financiamento de 111.296 unidades habitacionais, quantidade 85,88%
maior em relação ao ano anterior, sendo que o maior aumento ocorreu na compra de
imóveis usados, 206%, e na construção por pessoas físicas, 670%.

Através da análise da tabela 7, pode-se verificar que o Banco Central concedeu R$


29.010.308.833,00 bilhões de reais em 2008, valor que é 70,23% maior em relação a 2007 e
217,85% em relação a 2006. Verifica-se que os valores concedidos pelo Banco Central têm
crescido de forma acelerada nos últimos anos, possibilitando a construção e aquisição de
várias unidades habitacionais.

O valor descentralizado pelo Banco Central em 2008 mostra que, apesar da crise de
crédito enfrentada em todo o mundo e no Brasil, o setor não sofreu com a escassez de
crédito, pelo contrário, encontra facilidade na aquisição de tais investimentos.

1
Regime especial tributário do patrimônio de afetação, Lei 10.931, de 2 de agosto de 2004, Capítulo I; Lei do
incontroverso, Lei 10.931, de 2 de agosto de 2004, Capítulo V, art. 50; e alienação fundiária, Lei 9.514, de 20 de
novembro de 1997.

9
O gráfico 3 a seguir apresenta a divisão da execução das obras e serviços residenciais
conforme o porte da empresa, tomando por base o pessoal ocupado.

Gráfico 3 – Valor das obras e serviços residenciais, segundo as faixas de pessoal ocupado –
Brasil – 2006

5,50%

23,60%
5 até 249 pessoas ocupadas

70,90% 250 a 999 pessoas ocupadas


mais de 1000 pessoas ocupadas

Fonte: IBGE (2008)

Uma rápida análise no gráfico 3 permite concluir que o segmento de obras e serviços
residenciais é dominado por empresas de pequeno porte, isto é, aquela que possuem entre
5 e 249 pessoas ocupadas. Pode-se concluir, ainda, que conforme aumenta o porte da
empresa, menos essa se interessa pelo segmento de imóveis residenciais.

A tabela 6 traz que o segmento de edificações industriais, comerciais e outras


edificações não-residenciais cresceu 20,2%, passando a construir, em 2006, R$
22.034.345.000,00 bilhões de reais. Segundo IBGE (2008) os principais agentes responsáveis
pelo crescimento do segmento foram os acréscimos em obras em escolas, hospitais, hotéis
e garagens (49,9%), galpões e edifícios industriais (26,7%), montagens industriais (31,6%),
plantas para mineração (101,6%) e instalações desportivas (45,8%)2.

O segmento de obras e serviços de edificações industriais, comerciais e outras


edificações não-residenciais é equilibrado na relação entre pequenas e grandes empresas.
As empresas que possuem entre 5 e 249 pessoas ocupam a maior parte do segmento, sendo
responsáveis por 56,3%, ou seja, R$ 12.305.336.235,00 bilhões de reais. Entre as grandes
empresas, as quais dominam 43,7% do segmento, o segmento é dividido praticamente de
forma igual, sendo que as empresas que possuem entre 250 e 999 pessoas ocupadas
possuem 21,15% e as com mais de 1000 pessoas ocupadas possuem 22,55% do total.

A seguir, o gráfico 4 apresenta os dados de participação das empresas conforme o


número de pessoal ocupado.

2
Crescimento do produto devido aos investimentos para a realização dos Jogos Pan-Americanos ocorridos no
Rio de Janeiro, em 2007. (IBGE, 2008)

10
Gráfico 4 – Valor das obras e serviços de edificações industriais, comerciais e outras
edificações não-residenciais, segundo as faixas de pessoal ocupado – Brasil – 2006

22,55%

5 até 249 pessoas ocupadas


56,30%
21,15% 250 a 999 pessoas ocupadas
mais de 1000 pessoas ocupadas

Fonte: IBGE (2008)

As obras de infra-estrutura foram o segmento que mais cresceu entre 2005 e 2006,
aumentando 20,5% e passando a ser responsável pela construção de R$ 36.906.518.000,00
bilhões de reais. Os produtos que mais contribuíram para a alavancagem do segmento
foram as rodovias (31,5%), pontes e túneis (54,8%), dutos (69,7%), obras marítimas e fluviais
(221%) e redes de transmissão e distribuição de energia elétrica (26,1%) (IBGE, 2008).

O gráfico 5 apresenta os dados sobre a distribuição dos valores executados nas obras
e serviços de infra-estrutura, conforme o número de pessoas ocupadas pelas empresas.

Gráfico 5 – Valor das obras e serviços de infra-estrutura, segundo as faixas de pessoal


ocupado – Brasil – 2006

34,10% 34,70%
5 até 249 pessoas ocupadas
250 a 999 pessoas ocupadas
mais de 1000 pessoas ocupadas
31,20%

Fonte: IBGE (2008)

Através da análise do gráfico 5, pode-se notar que o segmento de obras e serviços de


infra-estrutura é dominado pelas empresas de grande porte, uma vez que requer elevados
investimentos, prazos, custos, pessoal altamente especializado, dentre outros fatores que
11
são mais acessíveis às grandes empresas. As grandes empresas são responsáveis por 65,3%
do segmento, sendo 31,2% referente as empresas entre 250 e 999 pessoas ocupadas e
34,1% referente as empresas com mais de 1000 pessoas ocupadas. Juntas respondem por
R$ 24.099.956.254,00 bilhões de reais.

O último segmento trazido pela tabela 6, chamado de outras obras, respondeu por
R$ 22.549.334.000,00 bilhões de reais em 2006, um crescimento de 22% em relação ao ano
anterior. Os produtos que mais pesaram para o crescimento segundo o IBGE (2008) foram
os trabalhos prévios da construção (26%), instalações elétricas e de telecomunicações
(27,8%) e as obras de acabamento (25,8%).

O segmento de outras obras é dominado pelas pequenas empresas, as quais


respondem por 56,4% dos valores construídos, enquanto as grande empresas representam
43,3%, sendo 22,3% referente as empresas que possuem entre 250 e 999 pessoas ocupadas
e 21,3% referente as empresas que possuem mais de 1000 pessoas ocupadas.

Gráfico 6 – Valor das outras obras, segundo as faixas de pessoal ocupado – Brasil – 2006

21,30%

5 até 249 pessoas ocupadas


22,30% 56,40%
250 a 999 pessoas ocupadas
mais de 1000 pessoas ocupadas

Fonte: IBGE (2008)

A tabela 8 a seguir compila os dados apresentados anteriormente sobre os


percentuais das obras realizadas em 2006 pelas empresas com mais de 5 pessoas ocupadas
no Brasil. Nota-se da análise da tabela 8 que os valores executados encontram-se
equilibrados3 entre pequenas e grandes empresas, porém, ressalva-se que o número de
empresas concorrentes entre as grandes são muito menores que a quantidade observada
entre as pequenas empresas.

3
Os percentuais finais apresentados na tabela 8 diferem dos apresentados na tabela 4, tendo em vista que
naquela foram consideradas somente as empresas com mais de 40 pessoas ocupadas, haja vista que até 2001
a PAIC não abrangia empresas com menos de 40 pessoas ocupadas. A partir de 2005 a pesquisa começou a ser
constituída pelas empresas de uma ou mais pessoas ocupadas.

12
Tabela 8 – Valor das obras e serviços executados e por tipo, segundo faixa de pessoal
ocupado – Brasil – 2006

Porte da empresa por pessoal ocupado


Total
Grupos de produtos e/ou serviços 5 até 249 Entre 250 e 999 Mais de 1000
construído em
da construção pessoas pessoas pessoas
2006
ocupadas ocupadas ocupadas
(1000 R$)
Obras residenciais 19.199.998,00 13.612.798,58 4.531.199,53 1.055.999,89
Edificações industriais, comerciais e
22.034.345,00 12.405.336,24 4.660.263,97 4.968.744,80
outras edificações não-residenciais
Obras de infra-estrutura 36.906.518,00 12.806.561,75 11.514.833,62 12.585.122,64
Outras obras 22.549.334,00 12.717.824,38 5.028.501,48 4.803.008,14
25.734.798,59 23.412.875,47
TOTAL 100.690.195,00 51.542.520,94
49.147.674,06
Fonte: IBGE (2008)

2.1.1.3. Déficit Habitacional e inadequação de moradias

A Fundação João Pinheiro, em convênio com o Ministério das Cidades, realiza


anualmente com base nos dados do IBGE o cálculo do déficit habitacional no Brasil. As
necessidades habitacionais são divididas por aquela organização em dois grupos, déficit
habitacional e inadequação de moradias.

O déficit habitacional diz respeito à necessidade imediata de construção de novas


unidades habitacionais, enquanto a inadequação de moradias diz respeito à qualidade do
estoque de habitações e seus reflexos na vida dos moradores.

Segundo FJP (2005) o déficit habitacional “engloba as moradias sem condição de


serem habitadas devido à precariedade das construções ou em virtude de terem sofrido
desgaste da estrutura física e que devem ser repostas, quanto á necessidade de incremento
de estoque, decorrente da coabitação familiar ou da moradia em locais destinados a fins
não residenciais”. O déficit habitacional ocorre, portanto, por necessidade de reposição do
estoque ou por incremento do mesmo.

A reposição do estoque dá-se em razão dos domicílios rústicos, os quais não


possuem paredes de alvenaria ou madeira aparelhada, o que implica em maior risco e
desconforto para os moradores. Acrescenta-se a reposição do estoque aqueles que, devido
o desgaste pelo tempo4 tem sua estrutura comprometida e precisam ser repostas.

O déficit por incremento de estoque é mais claro e evidente, pois engloba os


domicílios improvisados e a coabitação familiar, sendo que os primeiros são locais

4
A Fundação João Pinheiro tomou por base 50 anos como o limite para necessidade de reposição da
habitação.

13
destinados a fins não-residenciais que estejam sendo usados para fins residenciais, e os
segundos compreendem as famílias secundárias que vivem juntas a outras e as que vivem
em cômodos cedidos ou alugados.

As habitações inadequadas são as que não proporcionam a seus moradores


condições desejáveis de habitabilidade, o que não implica, contudo, necessidade de
construção de novas unidades (FJP, 2005).

A classificação das habitações como inadequadas são decorrentes da “carência de


infra-estrutura, com adensamento excessivo de moradores, com problemas de natureza
fundiária, em alto grau de depreciação ou sem unidade sanitária domiciliar exclusiva” (FJP,
2005). O adensamento excessivo de moradores ocorre quando o número médio de
moradores é superior a três por dormitórios. A carência de infra-estrutura ocorre quando
não se dispõe de acesso a iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água com
canalização interna, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e coleta de lixo.

2.1.1.3.1. Déficit Habitacional

Apresentados os conceitos que norteiam a classificação das necessidades


habitacionais, podem-se apresentar os dados propriamente ditos sobre o déficit
habitacional. A tabela 9 demonstra os dados em nível nacional.

Tabela 9 – Déficit habitacional, por situação do domicílio – Brasil – 2000/2004-2006

Déficit habitacional Percentual em relação


Ano (unidades habitacionais) ao total de domicílios
Total Urbana Rural Total Urbana Rural
2000 7.222.645 5.469.851 1.752.794 16,1 14,6 23,7
2004 7.804.619 6.340.292 1.464.327 15,1 14,5 18,4
2005 7.902.699 6.414.143 1.488.556 14,9 14,3 18,2
2006 7.934.719 6.543.469 1.391.250 14,5 14,1 16,8
Fonte: FJP (2008)

Como pode-ser verificar o déficit habitacional brasileiro diminui, em termos


percentuais, ao longo dos últimos anos. Apesar da diminuição da necessidade de novas
unidades habitacionais, o percentual de redução alcançado ainda é muito acanhado, uma
vez que a diferença, em seis anos, foi de 1,6%. Por outro lado, a diminuição do déficit
habitacional rural foi mais considerável, chegando a 6,9%, o que revela o aumento do
investimento habitacional no campo, uma vez que a quantidade de unidades habitacionais
necessárias também diminuiu no mesmo período, passando para 1.391.250.

Em Mato Grosso do Sul o índice relativo de déficit habitacional retraiu mais que a
média nacional, chegando a 3,4% de queda. Diferente do observado nacionalmente, no
14
Estado o número de unidades habitacionais também sofreu queda, passando a 90.739 em
2006. A tabela 10 a seguir demonstra a evolução do déficit habitacional entre 2000 e 2006.

Tabela 10 – Déficit habitacional total e percentual em relação ao número total de


domicílios – Mato Grosso do Sul – 2000/2004-2006

Percentual em Relação
Déficit Habitacional Total
Estado aos Domicílios
2000 2004 2005 2006 2000 2004 2005 2006
Mato Grosso
93.862 93.811 87.182 90.739 16,7 14,6 12,8 13,3
do Sul
Fonte: FJP (2008)

O déficit habitacional municipal foi calculado pela Fundação João Pinheiro através do
Censo Populacional de 2000, sendo os dados referentes a Campo Grande, MS, apresentados
na tabela 11 a seguir. Como os dados disponíveis são referentes a 2000, o que retrata uma
realidade um pouco distante da atual, a demanda habitacional será projeta tomando por
base o Censo Populacional de 2007, mesmo sob pena de perder a exatidão estatística. A
opção pela projeção dá-se em razão do crescimento observado da população campo-
grandense no período, cerca de 9,17%, e o fato da diferença em razão de projeção não
chegar a afetar a tomada de decisão para entrada no mercado.

Tabela 11 – Déficit habitacional básico – municípios em Mato Grosso do Sul – 2000/2007P

Déficit habitacional básico (1) Percentual em relação


Município (unidades habitacionais) ao total de domicílios
Total Urbana Rural Total Urbana Rural
Campo Grande 18.251 17.997 254
9,84 9,82 11,26
Campo Grande 2007P (2) 22.039 21.994 45
Corumbá 5.347 4.341 1.006 23,98 21,78 42,39
Dourados 3.712 2.869 843 8,22 6,91 23,12
Aquidauana 2.583 1.734 849 22,58 19,10 35,94
Ponta Porã 1.877 1.406 471 12,19 10,05 33,26
Três Lagoas 1.792 1.769 23 7,98 8,49 1,44
Coxim 1.425 1.252 173 17,14 17,00 18,21
Nova Andradina 1.342 1.080 262 13,77 13,07 17,68
Naviraí 1.275 1.139 136 12,90 12,84 13,43
Paranaíba 1.125 999 126 9,87 10,54 6,55
Jardim 803 720 83 13,55 12,97 22,02
Maracaju 588 484 104 8,51 8,68 7,80
DEMAIS MUNICÍPIOS (3) 36.062 18.725 17.337 17,32 13,01 26,97
Fonte: FJP (2005a); IBGE (2009c) – Adaptado pelos autores
(1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e
dos rústicos.
(2) Valor projetado a partir do Censo Populacional 2007, com base no percentual em relação
ao número total de domicílios.
15
(3) Municípios de população na cidade, inferior a 20.000 habitantes.

Os dados apresentados na tabela anterior demonstram que Campo Grande


apresenta o maior déficit habitacional do Estado com 18.251 unidades habitacionais, uma
diferença de mais de três vezes o valor da segunda cidade com maior déficit habitacional em
Mato Grosso do Sul. Em relação à média brasileira e estadual, Campo Grande apresenta
percentual em relação ao número de domicílio total menor, com apenas 9,84%.

A tabela 12 a seguir apresenta os dados de déficit habitacional por faixa de renda


média familiar mensal para os anos de 2000 e 2006, o que permite verificar a evolução
desse índice dentro das classes sociais.

Tabela 12 – Déficit habitacional urbano, por faixa de renda média familiar mensal – Brasil
e Mato Grosso do Sul – 2000/2006 (percentual)

2000 2006
Distribuição Até 3 De 3 a 5 Mais de Até 3 De 3 a 5 Mais de
s.m. s.m. 5 s.m. s.m. s.m. 5 s.m.
Brasil 82,5 9,4 8,1 90,7 5,5 3,8
Mato Grosso do Sul 85,6 8,3 6,1 89,7 4,2 6,1
Fonte: FJP (2008)

Através da divisão do déficit habitacional por renda fica evidente que a população de
rendimento familiar mensal até 3 salários mínimos é a que mais sofre com a falta de
habitação. Verifica-se, ainda, que o percentual do déficit dessa classe aumentou 4,1% entre
2000 e 2006 em Mato Grosso do Sul, enquanto a população de 3 a 5 salários mínimos
reduziu pela metade a necessidade de unidades habitacionais.

O déficit habitacional por renda em Campo Grande, MS, considerando-se somente a


coabitação familiar e os domicílios improvisados urbanos, é representado pela tabela 13 a
seguir.

Tabela 13 – Coabitação familiar e domicílios improvisados urbanos, por faixa de renda


média familiar mensal – Campo Grande, MS– 2000/2007P

Faixas de renda média familiar mensal (em salários mínimos)


Cidade Até 3 De 3 a 5 De 5 a 10 Mais de 10
Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %
Campo Grande 11.383 2.192 1.365 696
72,80 14,02 8,73 4,45
Campo Grande 2007P (1) 13.911 2.679 1668 850
Fonte: FJP (2005b); IBGE (2009c) – Adaptado pelos autores
(1) Valor projetado a partir do Censo Populacional 2007, com base no percentual em relação
ao número total de domicílios urbanos menos domicílios rústicos.

Em Campo Grande, assim como no restante do país, o maior déficit é observado


entre a população com rendimento médio familiar mensal até 3 salários mínimos. Esse tipo

16
de população é o grande alvo dos programas habitacionais dos governos. As demais
populações são atendidas por alguns programas habitacionais, porém sem muitas
vantagens como quem tem rendimento até 3 salários mínimos, o que desloca essa demanda
para o Sistema Financeiro Habitacional.

O déficit habitacional em Campo Grande é composto por quatro situações de


domicílios, a saber: domicílios impróprios; famílias conviventes; cômodos; e domicílios
rústicos. O gráfico 7 representa a distribuição dessas variáveis dentro do déficit habitacional
campo-grandense.

Gráfico 7 – Componentes do déficit habitacional básico, por situação do domicílio –


Campo Grande, MS – 2000

14000 13.228
12000

10000

8000
6000
Urbano
4000
Rural
2000 646
131
1.762
42 2.361
0 0
81
Domicílios
Impróprios Famílias
Conviventes Cômodos
Domicílios
Rústicos

Fonte: FJP (2005b)

O gráfico 7 permite verificar que o maior componente do déficit habitacional são as


famílias conviventes, as quais respondem por 72,70% do valor total, seguido pelos
domicílios rústicos com 13,38%, cômodos com 9,66% e, por último, domicílios impróprios
com 4,26%. A distribuição por rendimento médio familiar mensal é apresentada na tabela
14 a seguir.

17
Tabela 14 – Componentes do déficit habitacional básico, por faixa de renda média familiar
mensal – Campo Grande, MS– 2000/2007P (1)

Faixas de renda média familiar mensal (em salários mínimos)


Cidade Ano Até 3 De 3 a 5 De 5 a 10 Mais de 10
Absoluto % Absoluto % Absoluto % Absoluto %
Domicílios 2000 334 113 102 97
51,70 17,49 15,79 15,02
Improvisados 2007P 485 164 148 141
Coabitação 2000 9.720 1.826 1.136 546
73,48 13,80 8,59 4,13
Familiar 2007P 11.775 2.211 1.376 662
2000 1.329 253 127 53
Cômodos 75,43 14,36 7,21 3,01
2007P 1.605 306 153 64
Domicílios 2000 2.442
Rústicos 2007P 2.949
Fonte: FJP (2005b); IBGE (2009c) – Adaptado pelos autores
(1) Valor projetado a partir do Censo Populacional 2007, com base no percentual em relação
ao número total de domicílios.

O último componente que adicionado ao déficit habitacional são os aglomerados


subnormais, os quais, por definição são “o conjunto constituído por no mínimo 51 unidades
habitacionais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade
alheia (pública ou particular), dispostas, em geral, de forma desordenada e densa, e
carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais” (FJP, 2005c). Em Campo Grande,
MS, existiam, em 2000, 113 aglomerados com famílias conviventes e 11 em cômodos,
perfazendo 124 aglomerados subnormais.

2.1.1.3.2. Inadequação de moradias

Como visto anteriormente, os domicílios inadequados são aqueles que, por sua
condição, não geram necessidade de construção de uma nova unidade habitacional. Os
critérios que tornam um domicílio inadequado são (FJP, 2008):

Inadequação fundiária;
Domicílios sem banheiro;
Carência de infra-estrutura;
Adensamento excessivo; e
Cobertura inadequada5.

A tabela 15 apresenta os dados de inadequação de domicílios no Brasil, Mato Grosso


do Sul e Campo Grande, MS, entre os anos de 2000 e 2006.

5
O critério de cobertura inadequada foi incorporada ao cálculo do déficit habitacional a partir de 2006.

18
Tabela 15 – Evolução da inadequação de domicílios – Brasil, Mato Grosso do Sul –
2000/2005/2006

Mato Campo Grande


Condição Ano Brasil Grosso do Domicílios Agrupamento
Sul Permanentes subnormais
2000 1.508.744 21.585 6.072 182
Inadequação Fundiária 2005 1.739.231 8.641 - -
2006 1.795.213 8.256 - -
2000 2.024.935 21.913 11.503 114
Adensamento Excessivo 2005 1.885.785 20.677 - -
2006 1.814.869 19.873 - -
2000 1.466.701 14.603 6.091 170
Domicílio sem banheiro 2005 1.027.487 5.863 - -
2006 950.835 6.728 - -
2000 10.261.076 364.940 130.887 596
Carência de infra-
2005 11.319.673 469.583 - -
estrutura
2006 11.247.197 421.553 - -
Fonte: FJP (2008); FJP (2005b)

Através da análise da tabela 15 pode-se verificar que o índice de inadequação


fundiária cresceu no Brasil nos últimos anos, ao passo que em Mato Grosso do Sul o número
de domicílios nessa situação diminuiu, ao ponto que o índice de 2006 é menos da metade
do que em 2000.

Os números referentes ao adensamento excessivo e domicílio sem banheiro


reduziram entre os anos de 2000 e 2006. Ressalva-se que o número de domicílios sem
banheiro aumentou entre 2005 e 2006, porém, no horizonte mais longo, a tendência é de
queda. Ao contrário dos demais índices, que tiveram queda, o número de domicílios com
carência de infra-estrutura aumentou em todas as esferas.

A fim de detalhar os números de inadequação dos domicílios, a tabela 16 apresenta


os valores conforme o rendimento médio familiar mensal.

Tabela 16 – Inadequação de domicílios por rendimento médio familiar mensal – Campo


Grande, MS – 2000

Faixas de renda mensal familiar (em salários mínimos)


Condição Até 3 s.m. De 3 a 5 s.m. Mais de 5 s.m.
Absoluto % Absoluto % Absoluto %
Inadequação Fundiária 3.632 59,82 1.116 18,38 1.324 21,81
Adensamento Excessivo 7.479 65,02 2.316 20,13 1.708 14,85
Domicílio sem banheiro 4.937 81,05 812 13,33 342 5,61
Carência de infra-estrutura 55.282 42,24 28.550 21,81 47.055 35,95
Fonte: FJP (2008); FJP (2005b)

19
Da mesma forma que os índices de déficit habitacional, a inadequação de domicílios
é mais encontrada entre a população com rendimento médio familiar mensal de até 3
salários mínimos.

Dentre os índices de inadequação de domicílios, a carência de infra-estrutura é, de


longe, a mais representativa. A fim de identificar os principais critérios que contribuem para
a carência de infra-estrutura nos domicílios e, por conseqüência, possíveis serviços e obras a
serem realizados, as tabelas de 17 a 19 apresentam a quantidade de domicílios carentes
com um, dois ou três critérios.

Tabela 17 – Domicílios urbanos com um critério de carência de infra-estrutura, por tipo de


ocupação e rendimento médio familiar mensal – Campo Grande, MS – 2000

Tipo de Iluminação Abastecimento Esgoto Coleta de


Total
domicílio Elétrica de Água Sanitário Lixo
Domicílios
10 4.721 108.660 139 113.530
Permanentes
Até 3 s.m. 10 938 44.914 66 45.928
De 3 a 5 s.m. - 653 24.367 32 25.052
Mais de 5 s.m. - 3.130 39.379 41 42.550
Aglomerados
- 33 400 - 433
Subnormais
Fonte: FJP (2005b)

Através da tabela 17 pode-se perceber que a grande carência de serviços públicos


em Campo Grande, MS, encontra-se no sistema de esgoto sanitário. Ademais, nota-se que
tal carência não exclusividade da população de rendimento médio familiar mensal até 3
salários mínimos, mas um problema abrangente na cidade de Campo Grande, MS.

A tabela 18 apresenta os domicílios urbanos com dois critérios de carência de infra-


estrutura.

Tabela 18 – Domicílios urbanos com dois critérios de carência de infra-estrutura, por tipo
de ocupação e rendimento médio familiar mensal – Campo Grande, MS – 2000

Iluminação Iluminação
Tipo de Iluminação Água e Água e Esgoto e
Elétrica e Elétrica e Total
domicílio e Lixo Esgoto Lixo Lixo
Água Esgoto
Domicílios
10 149 - 14.008 93 1.750 16.010
Permanentes
Até 3 s.m. - 116 - 6.979 27 1.299 8.421
De 3 a 5 s.m. 10 19 - 2.949 41 215 3.234
Mais de 5 s.m. - 14 - 4.080 25 236 4.355
Aglomerados
- - - 95 - 53 148
Subnormais
Fonte: FJP (2005b)

20
Verifica-se que o esgoto continua o problema mais significativo nos domicílios com
dois critérios de carência de infra-estrutura, porém é mais significativa entre a população
com rendimento médio familiar mensal, onde responde por praticamente 50% dos
domicílios nessa condição.

Por último, os domicílios com três critérios de carência de infra-estrutura são


apresentados na tabela 19 a seguir.

Tabela 19 – Domicílios urbanos com três critérios de carência de infra-estrutura, por tipo
de ocupação e rendimento médio familiar mensal – Campo Grande, MS – 2000

Tipo de Iluminação, Iluminação, Iluminação, Água, Esgoto


Total
domicílio Água e Esgoto Água e Lixo Esgoto e Lixo e Lixo
Domicílios
102 - - 1.155 1.257
Permanentes
Até 3 s.m. 81 - - 762 843
De 3 a 5 s.m. 21 - - 243 264
Mais de 5 s.m. - - - 150 150
Aglomerados
- - - 15 15
Subnormais
Fonte: FJP (2005b)

Os domicílios com três critérios de carência de infra-estrutura, aqueles que


apresentam as piores condições de moradia, têm problemas com as redes de água, esgoto e
coleta de lixo. Nesses domicílios a população que mais encontra problemas é a que possui
até 3 salários mínimos de rendimento médio familiar mensal.

A fim de resumir as tabelas de 17 a 19, a tabela 20 apresenta o número de domicílios


não atendidos por serviços de infra-estrutura, por serviço público.

Tabela 20 – Domicílios urbanos não atendidos por serviços de infra-estrutura – Campo


Grande, MS – 2000

Iluminação Água Esgoto Água e Esgoto Lixo Total


Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %
361 0,20 20.179 11.01 125.914 68,69 15.355 8,38 3.227 1,76 165.036
Fonte: FJP (2005b)

A partir da análise das tabelas anteriores e pela consolidação da tabela 20 pode-se


verificar que existe uma grande carência no sistema de esgoto de Campo Grande, MS,
revelando-se um grande mercado para atuação. Além disso, considerando-se todos os
serviços, constata-se que o número de domicílios não atendidos por algum serviço de infra-
estrutura é muito maior que o número de domicílios adequados, os quais constam com
apenas 48.369 unidades habitacionais, o que representa 26,39% dos domicílios urbanos
campo-grandenses.

21
Por último, a tabela 21 apresenta o número de domicílios vagos, os quais poderiam
contribuir para sanar o problema do déficit habitacional.

Tabela 21 – Domicílios particulares permanentes e domicílios vagos – Campo Grande, MS


– 2000

Domicílios Particulares Permanentes Domicílios Vagos


Total Urbana Rural Total Urbana Rural
185.558 183.302 2.256 25.848 25.243 605
Fonte: FJP (2005b)

Como verificado na tabela 21, o número de domicílios vagos é de 25.848, o que


representa 13,92% dos domicílios particulares permanentes. Comparando o número de
domicílios vagos com o déficit habitacional básico apresentado na tabela 11, pode-se
concluir que os domicílios vagos seriam suficientes para suprir o déficit campo-grandense.
Ressalva-se que os domicílios vagos não apresentam classificação por rendimento, uma vez
que não existem famílias residindo, o que deixa a dúvida sobre qual percentual desse
número atenderia as diversas classes de rendimento.

Outro dado que contrasta com o déficit habitacional, especialmente ao referente às


famílias com rendimento até 3 salários mínimos, é o número de inscritos para atendimento
em programas populares de habitação junto a Agência Municipal de Habitação. Segundo a
AGEHAB, o número de solicitantes é de mais de cem mil, muito além do déficit levantado
pelo Fundação João Pinheiro.

2.1.1.4. Atuação do governo na indústria da construção civil

O governo, em seus três níveis, procura implementar medidas para alavancar a


indústria da construção civil, uma vez que essa se traduz em um importante vetor para o
crescimento do PIB, a geração de renda e a empregabilidade.

Nesse breve estudo, será analisado a contribuição do Programa de Aceleração do


Crescimento, PAC, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, para artigos
da construção civil, os programas “Minha Casa, Minha Vida”, “Colher na Massa” e a “Escola
da Construção”.

2.1.1.4.1. Programa de Aceleração do Crescimento – PAC

O PAC foi lançado pelo governo federal em 2007 e tem como objetivo principal a
“elevação do patamar de investimento na economia, mais precisamente pelo aumento das

22
inversões em infra-estrutura (logística, energia e infra-estrutura social e urbana)”
(SINDUSCON-SP, 2007).

O PAC constitui um conjunto de medidas necessárias para a retomada do


crescimento econômico no país através do investimento entre os anos de 2007 a 2010 de R$
503,9 bilhões de reais. O valor total provem de diversas fontes, onde vale citar o próprio
Orçamento Geral da União, da Seguridade Social, orçamento das estatais, contrapartida dos
Estados e municípios, investimentos da empresas privadas, dos bancos e das famílias
(SINDUSCON-SP, 2007).

O maior direcionamento de recursos do PAC é para o setor de infra-estrutura de


energia, sendo que a maior parte do investimento virá do orçamento da Petrobras. O
segundo maior aporte é para o setor de habitação e saneamento, com maior destaque para
o primeiro. No saneamento a meta do PAC é que, até 2010, que os índices de domicílios
com acesso a água seja de 86%, de rede de esgoto 55% e de coleta de lixo 47%. Os recursos
para habitação e saneamento provem do Orçamento Geral da União, FGTS e a contrapartida
dos Estrados e municípios (SINDUSCON-SP, 2007).

Os investimentos em logística representam 12% do valor do PAC, a menor parcela.


Os recursos para investimento nesse setor virão do Orçamento Geral da União, do BNDES e,
em menor proporção, de Parcerias Público Privadas (SINDUSCON-SP, 2007).

O PAC prevê, ainda, a “suspensão da cobrança de PIS e Confins na compra de


insumos e serviços utilizados em novos projetos de infra-estrutura de longo prazo”
(SINDUSCON-SP, 2007).

A tabela 22 a seguir apresenta os investimentos em alguns setores da construção,


comparando com anos anteriores e seus efeitos na geração de renda e novos postos de
trabalho.

Tabela 22 – Investimentos em alguns setores da construção, previstos e atuais

Investimento (R$ bilhões) Novos


Renda
Setores postos de
PAC Atuais (1) Incremento gerada
trabalho (2)
Rodovias pavimentadas 8,360 9,858 - 1,499 - 1,286 - 44.072
Geração de energia 19,600 5,213 14,387 12,350 423.131
Saneamento (rede geral) 10,000 3,185 6,815 5,850 200.433
Habitação Social 10,500 3,455 7,045 6,047 207.198
Habitação SBPE/SFI 16,075 9,486 6,589 5,656 193.775
Outros - - 12,488 10,719 367.270
Total 64,535 31,197 45,825 39,335 1.347.735
Percentual do PIB de 2005 3,33% 1,61% 2,37% 2,03% 1,67%
Fonte: SINDUSCON-SP (2007)
(1) valores de 2004
(2) em relação ao total de população ocupada em 2004 segundo a PNAD
23
Verifica-se que o PAC é importante programa para crescimento da economia
brasileira, porém não se pode ter em mente que os valores planejados serão efetivamente
executados. Nesse sentido, a FVG Projetos em parceria o SINDUSCON-SP realizou uma
projeção de cenários em que somente 70% dos recursos sejam de fato executados. A tabela
23 apresenta essa projeção.

Tabela 23 – Produto da construção, taxas de crescimento anual

com PAC
Cenário de
Ano 70% dos
referência Integral
investimentos
2006 4,5% 4,5% 4,5%
2007 5,0% 8,6% 7,4%
2008 5,3% 15,0% 11,4%
2009 5,8% 11,2% 8,9%
2010 5,4% 4,9% 4,5%
Média 5,4% 9,9% 8,0%
Fonte: SINDUSCON-SP (2007)

Nota-se que mesmo num cenário onde somente 70% dos investimentos sejam
realizados o percentual de crescimento em relação ao cenário base é considerável.
Resumidamente pode-se dizer que o momento é propício para entrada no mercado, uma
vez que o governo está priorizando os investimentos em infra-estrutura, o que passa,
necessariamente, pela construção civil.

2.1.1.4.2. Minha Casa, Minha Vida

O programa “Minha Casa, Minha Vida” é uma iniciativa do Governo Federal para
redução do déficit habitacional no Brasil. O objetivo do programa é a implementação do
Plano Nacional de Habitação com a construção de 1 milhão de moradias. O objetivo deve
ser alcançado através da priorização do acesso a moradia pelas famílias de baixa renda e da
geração de renda e emprego (SENADO, 2009).

Minha Casa, Minha Vida tem como meta a construção de 1 milhão de moradias para
famílias até 10 salários mínimos de rendimento médio familiar mensal. De modo geral o
programa propiciará às famílias com renda até 3 salários mínimos o subsídio integral com
isenção do seguro, para as famílias entre 3 e 6 salários mínimos o aumento do subsídio
parcial com financiamento com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor
e para as famílias entre 6 e 10 salários mínimos o estímulo à compra com redução dos
custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor (SENADO, 2009).

Os recursos para implementação do programa são apresentados na tabela 24 a


seguir.
24
Tabela 24 – Recursos do programa “Minha Casa, Minha Vida”

Investimentos, por origem (R$ bilhões)


Programa
União FGTS Total
Subsídio para moradia 16,0 - 16,0
Subsídio em financiamento do FGTS 2,5 7,5 10,0
Fundo garantidor em
2,0 - 2,0
financiamentos do FGTS
Refinanciamento de prestações 1,0 - 1,0
Seguro em financiamentos do FGTS 1,0 - 1,0
Financiamento à infra-estrutura 5,0 - 5,0
Financiamento à cadeia produtiva - 1,0 1,0
TOTAL 25,5 8,5 34,0
Fonte: SENADO (2009)

Os valores apresentados acima se destinam a redução do déficit habitacional em


14%. A quantidade total de unidades habitacionais está dividido da seguinte forma: 400 mil
para famílias com rendimento entre 0 a 3 salários mínimos; 200 mil para rendimento entre 3
a 4 salários mínimos; 100 mil para rendimento entre 4 a 5 salários mínimos; 100 mil para
rendimentos entre 5 a 6 salários mínimos; e 200 mil para rendimentos entre 6 a 10 salários
mínimos. Inicialmente, Mato Grosso do Sul tem previsão de receber investimento para
construção de 12.244 unidades habitacionais (SENADO, 2009).

Para a faixa de rendimento médio familiar mensal até 3 salários mínimos estão
previstas 400 mil unidades e o desembolso de R$ 16 bilhões de reais. O valor da prestação é
de até 10% da renda, por até 10 anos (SENADO, 2009). A contratação destinada a essa faixa
de rendimento é voltada a empreendimentos na planta com especificações e custos
definidos. São possíveis duas plantas padronizadas, uma primeira para casas, as quais
possuem 35m2 com sala, cozinha, banheiro, 2 dormitórios e área externa com tanque, e
uma segunda opção para apartamentos, os quais possuem 42m 2 com sala, cozinha, área de
serviço, banheiro e 2 dormitórios. As empreiteiras devem possuir análise de risco aprovada
pela Caixa Econômica Federal a menos de 12 meses. Os recursos são liberados 48 horas
após a solicitação mediante medição mensal da execução da obra a ser realizada pela Caixa
Econômica Federal, sendo possível a antecipação dos valores referentes à primeira parcela
(CEF, 2009).

Famílias com rendimento médio familiar mensal entre 3 e 6 salários mínimos o valor
a ser desembolsado é de R$ 10 bilhões de reais, para construção de mais 400 mil unidades
habitacionais, sendo que a possibilidade de comprometimento da renda é maior, isto é,
20%. As taxas de juros para essa faixa de rendimento é dividida em duas outras, a primeira
para famílias com rendimento entre 3 a 5 salários mínimos, cuja a taxa de juros é de 5% a.a.,
mesma da atual, porém a renda máxima passa a ser de R$ 2.325,00 reais, e para famílias
com rendimento entre 5 a 6 salários mínimos, cuja taxa de juros passa a ser 2,16% menor,
chegando a 6% a.a. (SENADO, 2009).

25
O fundo garantidor, que se presta a manutenção do financiamento em caso de perda
da fonte de rendimento, receberá aporte de R$ 1 bilhão de reais. O número de prestações
garantidas varia conforme a faixa de rendimento, começando com 36 prestações para
famílias com rendimentos entre 3 a 5 salários mínimos, 24 prestações para famílias com
rendimento entre 5 a 8 salários mínimos e 12 prestações para famílias com rendimento
entre 8 a 10 salários mínimos (SENADO, 2009).

Além do financiamento habitacional o programa fomentará o desenvolvimento da


cadeia produtiva da construção civil através do aumento da competitividade, da qualidade
das construções e das empresas construtoras.

O cartão BNDES é voltado para micro, pequenas e médias empresas que desejam
financiar materiais, componentes e sistemas construtivos e serviços de certificação. Os
valores disponíveis são de até R$ 500 mil por empresa, parcelados entre 3 a 48 prestações
mensais (SENADO, 2009).

O aumento da qualidade da construção tem por objetivo elevar o patamar de


qualidade das construtoras, fornecedoras de materiais, componentes e sistemas
construtivos através do financiamento de avaliação da conformidade, capacitação técnica
de pessoal, implementação de sistemas de gestão da qualidade e melhoria da qualidade de
processos e produtos (SENADO, 2009).

A construção industrializada destina-se a promover investimentos em alternativas


construtivas de menor custo, prazo de entrega, impacto ambiental e maior qualidade
construtiva através do financiamento de plantas para desenvolvimento de casas ou
produtos pré-moldadas ou pré-fabricadas, capacitação técnica do pessoal, capital de giro
associado a projetos de investimentos e máquinas e equipamentos nacionais (SENADO,
2009).

As despesas com cartórios de registro de imóveis também foram reduzidas entre 75


a 100%. Além das reduções previstas, o programa reduz o prazo para registro de
incorporações e para liberação de licenças ambientais (SENADO, 2009).

2.1.1.4.3. Colher na massa

O projeto Colher na Massa é uma iniciativa do Governo do Estado com o Sindicato da


Indústria da Construção Civil de Mato Grosso do Sul para qualificar mão-de-obra para esta
indústria. O SENAI, instituição escolhida para capacitar os alunos, abriu turmas nos períodos
matutino e vespertino para cinco cursos, a saber: eletricista de instalações prediais de baixa
tensão; carpintaria; pedreiro; pintor de obras; e pedreiro (MS NOTÍCIAS, 2009).

26
A meta do projeto é capacitar, até o fim de 2009, 800 trabalhadores nas áreas
apontadas como deficitárias pelo empresariado da indústria da construção em Campo
Grande. O projeto busca capacitar os trabalhadores sem que os mesmos tenham que se
deslocar até a sede principal do SENAI, realizando os cursos em pólos dentro dos bairros
escolhidos. Os pólos do SENAI que realizam os cursos estão localizados nos bairros Aero
Rancho, Jardim Bastião, São Conrado, Tijuca 2, Jardim Alto do São Francisco, Vila Vilma e
Coophasul, além da própria sede do SENAI da Capital (MS NOTÍCIAS, 2009).

2.1.1.4.4. Escola da Construção

A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, FIEMS, iniciou estudo para
implantar na capital a Escola da Construção, instituição destinada a qualificação gratuita de
mão-de-obra para a indústria da construção civil em Mato Grosso do Sul. O projeto conta
com a participação do SINDUSCON-MS, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e
Prefeitura Municipal de Campo Grande (PORTAL MS, 2009).

O projeto procura seguir o modelo implantado em Mato Grosso, onde a escola


construída em 2007, possui área de 20 mil metros quadrados, sendo 3,4 mil metros
quadrados de área construída. Além das salas de aula a escola possui biblioteca, mini-
auditório, refeitório e laboratórios de eletricidade predial, eletricidade industrial e
comandos elétricos, hidráulica, laboratório de alvenaria e revestimento (PORTAL MS, 2009).

A escola de Mato Grosso, modelo a ser adotado em Campo Grande, oferece 60


cursos nas áreas de construção civil e pesada, eletroeletrônica, metal-mecânica, tecnologia
da informação, segurança no trabalho, gestão e cerâmica (PORTAL MS, 2009).

A prefeitura de Campo Grande já doou para a FIEMS uma área de seis mil metros
quadrados próxima ao aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento estimado
é da ordem de R$ 5,2 milhões e a FIEMS está fazendo gestões junto ao Governo do Estado
para tornar o projeto realidade (PORTAL MS, 2009).

A FIEMS projetou a abertura de duas mil vagas para 2009, cinco mil em 2010 e outras
cinco mil em 2011 no intuito de sanar o déficit de mão-de-obra na indústria da construção
civil em Mato Grosso do Sul. Campo Grande possui um déficit de cinco mil trabalhadores e o
restante do Estado outros cinco mil (PORTAL MS, 2009).

27
2.1.1.5. Conclusão sobre a situação mercadológica da indústria da construção civil em
Campo Grande

Concluindo de forma resumida sobre a situação mercadológica da indústria da


construção civil em Mato Grosso do Sul e Campo Grande pode-se tomar com base os
seguintes critérios:

Participação na composição do PIB;


Financiamentos concedidos para a construção civil;
Crescimento da indústria;
Déficit habitacional; e
Mão-de-obra.

O primeiro critério apresentado, a participação da indústria na composição do PIB,


demonstra o grau de relevância do setor na economia. A indústria contribui em nível
razoável para a composição do PIB e vem sendo observado um crescimento ao longo dos
últimos anos. Fruto dessa participação crescente o Governo tem tomado várias medidas
para alavancar o setor, o que é extremamente favorável ao desenvolvimento da indústria.

Os financiamentos concedidos para a construção civil são os maiores observados na


história do país. Mesmo em meio a uma crise de crédito mundial os montantes
disponibilizados para a construção civil permitem o desenvolvimento do setor.

Fruto das duas primeiras observações, dentre outros fatores, a indústria tem
observado um crescimento ao longo dos últimos anos, tanto em valores construídos como
em número de obras. O momento econômico tranqüilo vivenciado pelo Brasil tem
permitido o crescimento dos investimentos públicos e privados, o que conseqüentemente
acaba gerando investimentos dentro da indústria da construção civil.

O déficit habitacional é um problema antigo vivido no Brasil. Apesar das medidas


para saneamento desse déficit, se mantida a taxa de investimento atual, ele só seria
resolvido em mais de 20 anos, isso em termos relativos, pois quando se observa o número
absoluto do déficit a situação é contrária, ao longo dos anos a quantidade necessária cresce
lentamente. Em razão disso, a construção de imóveis mostra-se um mercado com
possibilidade de exploração por um horizonte temporal razoável.

O déficit de mão-de-obra existe em Mato Grosso do Sul é da ordem de dez mil


trabalhadores, porém os atores envolvidos com a indústria da construção civil, SINDUSCON-
MS, FIEMS, SENAI, Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Campo Grande, tem
implementado medidas e realizado planejamentos para combater essa deficiência.

28
2.1.2. Perfil socioeconômico de Campo Grande, MS

A cidade de Campo Grande possui extensão territorial de 8.096 km², sendo


35.302,82 ha de área urbana. Sua população em 2007 era de 724.524 habitantes,
distribuídos em 74 bairros e 7 regiões urbanas.

A população campo-grandense cresceu anualmente em média 1,33% de 2000 a


2007, a menor taxa registrada desde o Censo de 1960. Ainda assim a população cresceu, em
números absolutos, em 60.903 pessoas e a taxa de urbanização ficou estabelecida em
98,66% e a rural 1,34% em 2007.

A cidade de Campo Grande corresponde a 32% da população do Estado, sendo o 23º


município em volume populacional em nível nacional. Os dados do IBGE demonstram que a
população cresceu de 1991 a 2007 cerca três pontos percentuais, representando uma
variação de 198.398 mil habitantes ao longo desses anos, conforme pode ser verificado pelo
gráfico 8 a seguir:

Gráfico 8 – Crescimento populacional – Campo Grande, MS – 1991 – 2007

800.000
700.000
526.126 596.331 663.621 724.524
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0

1991
1996
2000
2007

Fonte: IBGE (2009c)

29
A população campo-grandense é composta, em sua maioria, por pessoas do sexo
feminino, sendo esta relação correspondente a um excedente de mais 23.055 mulheres em
comparação ao número de homens. A tabela 25 a seguir demonstra a evolução da
população campo-grandense entre os anos de 2000 e 2007:

Tabela 25 – População total, urbana e rural e taxa de urbanização – Campo Grande, MS –


1991 – 2007

População / Taxa de urbanização 1991 2000 2007


População total 526.126 663.621 724.524
Masculina 257.697 322.703 348.613
Feminina 268.429 340.918 371.668
Urbana 518.687 655.914 714.790
Rural 7.439 7.707 9.734
Taxa de urbanização 98,59 98,84% 98,66%
Fonte: IBGE (2009c)

Dentre outros fatores, nota-se através da análise da tabela 25 que a população


feminina saltou de 340.918 para 371.668 mulheres. Podemos observar, ainda, que a
população rural em 1991 era de 7.439 e em 2007 passou a ser de 9.734, demonstrando que
a população rural também teve um crescimento significativo assim como a população
urbana, o que explica declinado 0,18% na taxa de urbanização nesse período.

A população economicamente ativa (15 a 64 anos), em 2007, correspondia a 69,24%


da população, o grupo de crianças de 0 a 14 anos correspondeu 24,13%, e o grupo de idosos
de mais de 65 anos 6,02%. Tais dados revelam um estreitamento na base da pirâmide
etária. A tabela 26 apresenta os dados sobre a evolução dos grandes grupos de idade em
Campo Grande entre os anos de 1996 e 2007.

Tabela 26 – Evolução dos grandes grupos de idade– Campo Grande, MS – 1996 – 2007

1996 2000 2007


Grandes grupos de idade
%
0 – 14 30,80 28,45 24,13
15 – 64 64,69 66,73 69,24
65 ou mais 4,51 4,82 6,02
Fonte: IBGE (2009c)

30
A tabela 26 traz informações interessantes que permitem concluir sobre a dinâmica
da evolução da população campo-grandense. Nota-se que entre 1996 e 2007 a população
até 14 anos, percentualmente, reduziu, o que indica uma taxa de natalidade menor,
representando numa menor oferta de mão-de-obra futura. Por outro lado, verifica-se um
envelhecimento da população, reduzindo, da mesma forma, a quantidade de mão-de-obra
disponível e aumentando os gastos governamentais mais acentuados em razão da condição
de saúde.

A frota de veículos em Campo Grande registrava números de 302.827 em sua


totalidade, sendo que deste total, 162.471 são automóveis. A distribuição desses veículos
em Campo Grande é da razão de cerca de 1 automóvel para cada 4 habitantes, tomando por
base o ano de 2007. Entre os anos de 2003 e 2007 observa-se um aumento de 78.152
veículos, conforme pode ser observado na tabela 27:

Tabela 27 – Frota de veículos – Campo Grande, MS – 2003 – 2007

Tipo de Veículos 2003 2004 2005 2006 2007


Automóvel 131.182 137.484 144.959 152.818 162.471
Caminhão 11.368 11.529 11.9220 12.277 12.966
Caminhonete 23.153 24.100 25.331 26.384 27.347
Caminhoneta 4.116 4.805 5.301 5.645 6.010
Microônibus 530 568 568 562 580
Ônibus 1.296 1.342 1.361 1.399 1.438
Motocicleta 37.229 41.691 48.291 55.113 65.011
Outros 15.801 17.839 20.179 22.969 26.951
Total 224.675 239.359 257.910 277.167 302.827
Fonte: PLANURB (2008).

Campo Grande experimenta um desenvolvimento no setor industrial através da


instalação de novas indústrias na capital, sobretudo localizadas estrategicamente nas saídas
da cidade e no pólo industrial. Apesar do crescimento industrial, o principal setor da
economia campo-grandense ainda continua sendo o de prestação de serviços. Na
construção civil, observa-se uma diminuição no número de empresas, passando de 219 para
110 entre os anos de 2000 e 2006. A tabela 28 apresenta os dados sobre a quantidade de
estabelecimentos comerciais entre os anos de 2000 e 2006:

31
Tabela 28 – Estabelecimentos de serviços por ramo de atividade – Campo Grande, MS –
2000 – 2006

Número de estabelecimentos
Atividade
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Armazenagem 66 66 68 67 50 46 43
Comunicação e diversão 98 107 118 123 66 47 44
Construção Civil 219 227 247 261 150 116 110
Diversos 201 215 215 213 96 71 75
Editorial e gráfica 11 15 17 18 12 8 6
Higiene e estética 22 24 25 26 16 17 17
Manutenção inst. máquinas e
130 131 125 117 48 41 38
equipamentos
Saúde 41 38 33 31 20 16 13
Transporte 264 319 358 396 376 329 323
Não especificados 160 191 219 290 285 392 465
Total 1.212 1.333 1.425 1.542 1.119 1.083 1.134
Fonte: PLANURB (2008)

No campo financeiro Campo Grande possui o menor PIB do Estado, porém sua
divisão entre a população, PIB per capita, ainda é menor que outras cidades de Mato Grosso
do Sul, conforme se pode verificar na tabela 29:

Tabela 29 – Produto Interno Bruto – Campo Grande, MS – 2006

Impostos sobre PIB a preço de


produtos líquidos mercado PIB per capita
Municípios
de subsídios corrente
Milhares de reais
Campo Grande 1.434.213 7.839.567 10.244
Chapadão do Sul 67.232 314.913 19.557
Corumbá 447.696 1.973.945 19.527
Dourados 280.299 1.930.401 10.359
Ponta Porã 69.538 504.810 7.389
Três Lagoas 140.016 1.167.816 13.406
Fonte: PLANURB (2008)

O Produto Interno Bruto a preço de mercado corrente apresentado na tabela 29 é


detalhado a seguir no gráfico 9:

32
Gráfico 9 – Produto Interno Bruto a preço de mercado corrente – Campo Grande, MS –
2006

6.000.000

5.000.000 5.112.485
4.000.000

3.000.000
2.000.000
1.219.480
1.000.000 73.389

Valor adicionado
na agropecuária Valor adicionado
na Indústria Valor adicionado
nos Serviços

Fonte: PLANURB (2008)

Como se verifica através do gráfico 9, apesar do Estado ter como vocação principal o
setor agropecuário, são os serviços que contribuem mais para a composição do PIB.
Enquanto a agropecuária contribui com R$ 73.389.000,00, os serviços contribuem com R$
5.112.485.000,00.

2.1.3. Análise da Concorrência

A concorrência entre as empresas geralmente assume a forma de disputas em


publicidade, preços, produtos diferenciados, aumento da quantidade e qualidade de
serviços ao cliente. Essa rivalidade que ocorre na indústria é fruto da percepção da empresa
de possíveis oportunidades para melhorar a posição existente (PORTER, 1989).

Os motivos que podem levar a concorrência são:

Concorrentes numerosos ou bem equilibrados: naturalmente, quando existem


diversas empresas, a probabilidade de divergência de filosofias é mais comum. A
existência de empresas equilibradas gera a possibilidade de enfrentamentos, uma
vez que todas detêm condições iguais de competição, algo que não ocorre quando o
mercado é mais concentrado, uma vez que as grandes indústrias impõem disciplina
às demais;

33
Crescimento lento da indústria: com o crescimento lento dos mercados, as
indústrias tendem a disputar qualquer participação disponível, diferentemente de
mercados em crescimento, onde a empresa pode simplesmente acompanhar o
crescimento;
Custos fixos ou de armazenagem altos: nessa situação as empresas tendem a
produzir toda sua capacidade e dar saída para o mercado a qualquer preço, uma vez
que os custos fixos e de armazenagem altos tornam a rentabilidade reduzida;
Ausência de diferenciação ou custos de mudança: a ausência de diferenciação entre
os produtos gera uma disputa em termos de preços, uma vez que não existe nenhum
diferencial competitivo entre os produtos ofertados;
Capacidade aumentada em grandes incrementos: o aumento da capacidade
produtiva pode gerar um desequilíbrio entre oferta e demanda, provocando uma
disputa pela demanda diminuída em relação à oferta;
Concorrentes divergentes: naturalmente, concorrentes com formas divergentes de
competir têm estratégias diferentes, as quais pode em determinado momento
confrontar com interesses de outras partes, o que, inevitavelmente, gera a
competição;
Grandes interesses estratégicos: quando uma determinada empresa considera
importante o sucesso em determinado segmento, de modo a contribuir para a
estratégia global, acabam existindo competições internas na indústria;
Barreiras de saída elevadas: quando os custos de saída são elevados, tais como
acordos trabalhistas, pouca liquidez de patrimônio, dentre outros, determinas
indústrias permanecem no mercado, o que aumenta a competição dentro do
segmento.

Seguindo os motivos apontados por Porter que levam a concorrência, pode-se dizer
que a indústria da construção civil possui numerosos concorrentes que estão razoavelmente
equilibrados. Em entrevista realizada com um dos diretores do SINDUSCON-MS chegou ao
número de 700 concorrentes em Mato Grosso do Sul, sendo que se estima que somente
10% desse número estejam, de fato, atuando na indústria.

Apesar do crescimento acelerado da indústria, nota-se que a quantidade de


concorrentes não seguiu o mesmo ritmo, permanecendo pouco alterado. O que se observa
por este número e a quantidade de pessoal ocupado é que as empresas aumentaram sua
capacidade através da contratação de novos trabalhadores.

Os custos fixos dentro da indústria da construção civil não são elevados, uma vez que
as empresas trabalham com projetos e, em grande parte, o maquinário empregado para a
empreitada é alugado para aquele projeto específico e somente para a etapa necessária.

Em razão de a indústria trabalhar por projetos, a diferenciação é absoluta, não


havendo necessidade de disputa em termos de preço. Dentro da construção civil esse tipo

34
de disputa ocorre entre as empresas que trabalham com obras públicas, o que torna a
entrada nesse ramo uma decisão de risco, pois a margem de lucro é menor, a quantidade de
concorrentes é maior e existe a preferência por alguns concorrentes em detrimento de
outros.

A característica de trabalhar em projetos faz com que a indústria acompanhe a


demanda e não o contrário, evitando disputas em razão do desequilíbrio entre oferta e
demanda.

Dentro da construção civil, duas estratégias são predominantes: oferta de


empreendimento a mercado e outra para empreendimentos públicos. Em razão dessa
característica, não existe competição entre empresas que atuam nesses diferentes nichos.
Algumas empresas de menor porte atuam em ambos os segmentos, orbitando entre
serviços de engenharia para alguns órgãos públicos e construção de imóveis sob
encomenda.

As barreiras de entrada e saída são muito pequenas em razão dos custos de entradas
serem igualmente pequenos. Como a indústria da construção civil trabalha por projeto, ela
pode locar a estrutura para aquele determinado empreendimento e depois voltar a sua
estrutura enxuta de administração.

Os concorrentes de maior relevância em Campo Grande são os apresentados na


tabela 30 (todos os demais apresentados no ANEXO I):

Tabela 30 – Análise da concorrência

Empresas
Critérios
1 2 3 4 5 6
Preço médio por m² 5 1 3 4 4 4
Tempo médio de entrega 3 3 3 5 5 5
Experiência 5 5 3 5 5 4
Força da marca 3 5 4 4 4 4
Qualidade do produto 4 5 4 4 4 4
Empresas:
1. MRV Engenharia
2. Plaenge Empreendimento Ltda
3. Vanguard Home
4. Nova Cap Empreendimentos Imobiliários
5. Financial Imobiliária
6. Imobiliária Casa X

Fonte: Pesquisa de campo junto aos empreendimentos citados.

35
2.1.3.1. Conclusão sobre a concorrência na indústria da construção civil em Campo
Grande

A análise de concorrência foi realizada através de uma pesquisa de campo junto às


empresas citadas na tabela 30. Uma parte da pesquisa foi feita por telefonemas e outra
durante o Feirão da Caixa, que aconteceu entre os dias 18 e 20 de junho, na sede do
Sebrae/MS.

Analisando o quadro de concorrência, o preço médio por metro quadrado foi


calculado de acordo com o preço médio vendido do imóvel dividido pelo tamanho de área
construída do mesmo. Nesse ponto a Plaenge ficou com a avaliação 1, pois seus imóveis são
para clientes de maior poder aquisitivo, ficando o preço do metro quadrado em torno de R$
4.000,00. A MRV garantiu a avaliação 5, pois seus apartamentos são vendidos em média por
R$ 82.000,00, ou seja, cerca de R$ 2.000,00 o m². As imobiliárias Nova Cap, Casa X e
Financial tiveram a pontuação 4, pois vendem imóveis com o valor do m² em média de R$
2.500,00 (esse valor pode variar dependendo da localização e do acabamento).

No critério tempo médio de entrega, as empresas Plaenge, MRV e Vanguard vendem


seus apartamentos ainda na planta e o prazo para entrega fica em torno de 20 meses,
portanto tiveram a avaliação 3. As imobiliárias conseguiram a pontuação 5, pois muitos
imóveis já estão a pronta entrega, e para os que estão ocupados o prazo de entrega é curto,
cerca de 2 meses.

Quanto à experiência das empresas analisadas, a Vanguard recebeu uma pontuação


três, pois é nova no mercado (mesmo fazendo parte do grupo Plaenge). A MRV, Plaenge,
Nova Cap e Financial receberam avaliação 5 em razão de estarem há mais de 20 anos
atuando no mercado imobiliário.

No critério força da marca, a Plaenge conquistou a pontuação 5, por ser uma marca
bem lembrada e conhecida entre os campo-grandenses (a empresa preza muito pelo
marketing). A Nova Cap, Financial e Casa X também são bem reconhecidas, por isso
receberam 4. A Vanguard, mesmo tendo sua entrada recente no mercado, teve a avaliação
4, devido sua marca ter sido bem difundida no início.

Analisando o quesito qualidade do produto, a Plaenge recebeu avaliação máxima,


pois seus produtos são de alta qualidade e acabamento. A MRV recebeu a pontuação 3, por
seus apartamentos serem de valor mais baixo, o que pressupõe que o material utilizado e o
acabamento sejam inferiores. As imobiliárias Nova Cap, Casa X e Financial tiveram
pontuação 4, pois há em seu portfólio produtos variados para atenderem a necessidade de
cada consumidor. A Vanguard ficou com 4, devido seus apartamentos serem de boa
qualidade e material, porém ainda inferior a Plaenge.

36
Com relação à análise da concorrência das construtoras e empresas de engenharia,
através de estudos e pesquisas junto a Caixa Econômica Federal e SINDUSCON-MS, chegou-
se a conclusão que os concorrentes diretos da empresa proposta são, em geral, autônomos
que constroem e vendem para imobiliárias ou, até mesmo, diretamente ao mercado.

Diante da situação de concorrência em campo-grande, isto é, diminuição do número


de concorrentes e atuação principal de poucos players, recomenda-se a entrada no
mercado.

2.2. Estrutura Organizacional

2.2.1. Processos Básicos

Os processos básicos de uma empresa que atua na indústria da construção civil são cinco, os
quais são listados a seguir:

1. Concepção de imóvel padronizado;


2. Concepção de imóvel personalizado;
3. Reformas;
4. Regularização de obras;
5. Construção do imóvel.

Partindo da lista anterior, passa-se a detalhar cada processo. A figura 1 a seguir apresente o
fluxograma da concepção de um imóvel padronizado.

Figura 1 – Concepção de imóvel padronizado

Fonte: autores

As atividades envolvidas no processo de concepção de imóveis padronizado são:

1. Escolha da localização: a escolha da localização dá-se com base em alguns critérios


de atratividade, tais quais: existência de água encanada; existência de energia;
existência de sistema de coleta de lixo; pavimentação; índice de criminalidade;
existência de outros serviços (telefonia fixa, internet, TV por assinatura);

37
proximidade de escolas, hospitais, supermercados, centro; valor da terra; relação
atrativa dos valores terra/construção;
2. Pesquisa de mercado: escolhida a localidade, faz-se uma pesquisa de mercado para
se verificar as preferências de consumo daquela população, ou seja, preferem casas
individuais? Condomínios? Sobrados? Quantos quartos (comparando com média de
moradores das residências do bairro – IBGE)? Quantos banheiros (proporção
quartos/banheiros)? Cozinha separada ou junto a outro ambiente? Churrasqueira?
Piscina?
3. Elaboração do esboça da planta: com base na pesquisa de mercado e das
características sociais e econômicas do bairro, faz-se o esboço de um projeto de
imóveis para aquela localização. Quando aprovado passa-se a elaboração do
orçamento do projeto;
4. Elaboração do orçamento: com base no projeto planejado, faz-se o orçamento com
base no valor do metro quadrado de acabamento médio. Caso a relação de custo de
construção/valor provável de venda esteja dentro do valor mínimo de 50% realiza-se
a construção;
5. Construção dos imóveis: aprovada a planta e o orçamento é realizada a construção
dos imóveis;
6. Disponibiliza para venda: depois de concluída a construção o imóvel é
disponibilizada para o setor comercial para a venda, o qual fará a divulgação em site
próprio, sites especializados na venda de imóveis, imobiliárias e jornais.

O processo de construção de um imóvel personalizado difere em alguns pontos em


relação ao padronizado. A figura 2 apresenta o fluxograma do processo de construção de
imóveis personalizados:

Figura 2 – Concepção de imóvel personalizado

Fonte: autores

As atividades envolvidas no processo de concepção de imóveis personalizados são:

1. Solicitação de orçamento pelo cliente: o cliente solicita orçamento no escritório de


vendas da empresa;

38
2. Elaboração do esboço de planta: com base nas preferências do cliente, faz-se o
esboço de um projeto de imóvel. Quando aprovado passa-se a elaboração do
orçamento do projeto;
3. Elaboração do orçamento: com base no projeto planejado, faz-se o orçamento com
as opções de escolha de padrão de acabamento baixo, médio ou alto.
4. Construção do imóvel: aprovada a planta e o orçamento é realizada a construção do
imóvel;
5. Faturamento: o faturamento pode ocorrer ao final da obra ou durante através da
realização da medição das etapas;
6. Entrega de documentos da obra: por fim é entregue toda a documentação referente
ao imóvel, bem como DVD personalizado com fotos e vídeos de todas as etapas da
construção.

Outro processo que compõe o portfólio de uma empresa de construção civil é o


serviço de reforma de imóveis. A figura 3 ilustra o fluxograma de uma reforma:

Figura 3 – Reforma

Fonte: autores

1. Solicitação de orçamento pelo cliente: o cliente solicita orçamento no escritório de


vendas da empresa;
2. Elaboração do orçamento: com base no projeto planejado, faz-se o orçamento com
as opções de escolha de padrão de acabamento baixo, médio ou alto.
3. Escritura: escritura ou extrato de matrícula ou contrato registrado no Cartório de
Registro de Imóveis e averbado na PMCG, comprovando a titularidade e propriedade
do imóvel;

39
4. ART: Anotação e Responsabilidade Técnica (ART) do(s) autor(es) e responsável(eis)
técnico(s) pela execução da obra, devidamente recolhida;
5. Memorial descritivo: Memorial Descritivo (Padrão da PMCG) devidamente assinado
pelo(s) proprietário(s) e responsável(eis) técnico(s) pela obra;
6. Projeto arquitetônico: Projeto Arquitetônico devidamente assinado pelo(s)
proprietário(s) e responsável(eis) técnico(s) pela obra;
7. Realização da reforma: de posse do alvará para início da obra é realizada a reforma
propriamente dita;
8. Medição pelo cliente: terminada a obra o cliente é requisitado para que ateste se o
executado é compatível com o que foi acordado;
9. Entrega de documentos atualizados: aprovada o serviço realizado, o cliente recebe
os documentos do imóvel devidamente atualizado com a reforma realizada.
Processo similar a reforma é a regularização, uma vez que a ordem foi, apenas,
invertida. A figura 4 apresenta o fluxograma de uma regularização:

Figura 4 – Regularização

Fonte: autores

1. Solicitação de orçamento pelo cliente: o cliente solicita orçamento no escritório de


vendas da empresa;
2. Elaboração do orçamento: com base no projeto executado, faz-se o orçamento da
regularização da obra;
3. Escritura: escritura ou extrato de matrícula ou contrato registrado no Cartório de
Registro de Imóveis e averbado na PMCG, comprovando a titularidade e propriedade
do imóvel;
4. ART: Anotação e Responsabilidade Técnica (ART) do(s) autor(es) e responsável(eis)
técnico(s) pela execução da obra, devidamente recolhida;
5. Projeto arquitetônico: Projeto Arquitetônico devidamente assinado pelo(s)
proprietário(s) e responsável(eis) técnico(s) pela obra;
6. Entrega de documentos atualizados: aprovado pela prefeitura o pedido, o cliente
recebe os documentos do imóvel devidamente atualizado.

40
O processo de execução das obras é o de construção propriamente dita, seguindo
este uma seqüência lógica e técnica toda própria e variável de projeto para projeto. Apesar
da possibilidade de variação de um projeto para outro, de modo geral, as obras seguem a
seqüência apresentada na figura 5 a seguir:

Figura 5 – Construção

Fonte: autores

1. Limpeza e terraplanagem do terreno: procedimento inicial no qual todas as plantas,


pedras e imperfeições do terreno são retiradas, dando espaço a um terreno plano e
adequado a construção do projeto;
2. Infraestrutura: etapa na qual são feitas as bases do imóvel, isto é, os serviços gerais
de fundação;
3. Paredes e painéis: etapa onde as paredes são erguidas (alvenaria de vedação);
4. Esquadrias de madeira: etapa onde as portas são acrescentadas;
5. Esquadrias metálicas: etapa onde as janelas são acrescentadas;
6. Cobertura: etapa onde a laje da casa, para que, posteriormente, seja feita a
estrutura de madeira que suportará o telhado propriamente dito, bem como a
realização da cobertura através da colocação de telhas.
7. Revestimento de paredes internas e teto: etapa onde são feitos os rebocos e
acabamentos de paredes internas e teto;
8. Pisos internos: etapa na qual é feita a regularização da base para posterior
colocação dos acabamentos;
9. Instalações hidráulicas: etapa na qual as redes de água fria (tubos e conexões de
PVC soldável marrom e registros e válvulas), de esgoto (tubos e conexões de PVC

41
ponta, bolsa e virola branco), de águas pluviais e aparelhos metálicos (lavatórios,
torneiras, tanque, cubas, etc...) são acrescidos a obra;
10. Instalações elétricas: etapa de instalação de tomadas, interruptores, aparelhos e
equipamentos elétricos e todo o restante da rede de baixa tensão (quadro, caixas,
disjuntores, etc...);
11. Pintura: etapa de acabamento da obra com a cobertura dos revestimentos com tinta
e/ou textura;
12. Limpeza geral: limpeza de entulhos e lixos para entrega da obra.

2.2.2. Organograma Funcional

Baseado nos processos básicos definidos anteriormente pode-se estipular uma


estrutura organizacional mínima para o funcionamento da empresa. A estrutura a seguir
pode ser ampliada conforme a carteira de cliente crescer e a complexidade das atividades
não permita a existência de uma estrutura enxuta. A figura 6 a seguir apresente o
organograma básico da empresa:

Figura 6 – Organograma funcional

Fonte: autores

A partir do organograma apresentado através da figura anterior podemos definir


sucintamente a descrição de cargos das referidas funções.

42
Direção: responsável pela coordenação estratégica da empresa, aprovação de
projetos padronizados, aprovação de contratações. Inicialmente, deve ser
acumulada com as funções de administração ou projetos, dependendo da
composição do quadro social;
Administrativo – Financeiro: responsável por todas as atividades de subsistência da
empresa, tais como aquisição de materiais, contratação de serviços básicos,
pagamento de fornecedores, faturamento de obras, controle financeiro, controle
contábil, seleção e recrutamento, planejamento de marketing, dentre outras
atividades afins. Preferencialmente o cargo deve ser preenchido por administrador,
haja vista a necessidade de competências atinentes àquela formação;
Vendas: responsável pelo atendimento aos clientes, apresentação do portfólio de
serviços da empresa, atualização do banco de dados de clientes, atualização do site
da empresa, atualização do banco de imóveis junto aos sites especializados e
imobiliária, sendo o substituto, eventual, do gestor administrativo/financeiro. Não
exigisse formação, porém é importante a existência de vocação para a área
administrativa;
Projetos: responsável pelo desenvolvimento dos projetos, orçamentos, condução
das obras, documentação referente aos projetos, providências junto aos órgãos de
controle e prefeitura, bem como qualquer atividade que envolva a concepção e
desenvolvimento dos projetos. Quando envolver compras deverá informar ao
administrativo/financeiro. Deve ser preenchido por engenheiro, tendo em vista as
competências necessárias e a exigência de engenheiro vinculado. Os demais cargos
que compõem o setor de projetos só são efetivados durante a execução das obras;
o Mestre-de-obra: responsável por chefiar a equipe de obras de modo que
todos sigam o planejamento realizado pelo engenheiro, garantindo a
qualidade, prazo e orçamento do projeto;
 Pedreiros: responsáveis pela execução da construção das obras.

2.2.3. Layout e localização

Tendo por base os processos básicos e o organograma funcional da empresa é


possível determinar um layout básico e sua respectiva lista de mobiliários e equipamentos
necessários para o início das atividades. A seguir, na figura 7, segue a disposição do
mobiliário e equipamentos (imagem ampliada no ANEXO II):

43
Figura 7 – Layout

Fonte: autores

A partir dos processos e layout básicos podem-se definir como investimento mínimo
para o empreendimento os seguintes itens:

Tabela 31 – Investimento inicial em mobiliário

Marca / Valor
Nr Descrição do material Qtd Valor Total
Modelo Unitário
1 Adesivo parede LU Vendas 5 40,00 200,00
Panasonic /
2 Aparelho fac-símile 1 499,00 499,00
KXFT932
Intelbrás /
3 Aparelho telefônico sem fio 2 89,90 179,80
4070121
Multivisão /
4 Apoio ergonômico para pés 3 38,90 116,70
61788633
Office e Cia /
5 Armário para arquivo 0,90x0,40x1,60m 3 479,11 1.437,33
51056FO
Bebedouro de coluna para garrafa de 20 Esmaltec /
6 1 539,00 539,00
litros EGC35B
Cadeira de escritório tipo presidente com Assentex /
7 9 299,00 2.691,00
encosto para braços CPGKPT
8 Cafeteira elétrica expresso/cappuccino Chiave 1 339,00 339,00
Computador (Processador Core 2 Duo,
9 Positivo / LG 2 1.299,00 2.598,00
4Gb RAM, HD 500Gb, LCD 15´´)
Condicionador de ar de 12.000 btus tipo
10 split com controle remoto, selo de York / YJEA12 1 1.349,00 1.349,00
eficiência energética A.
Condicionador de ar de 24.000 btus tipo
Komeko /
11 split com controle remoto, selo de 1 2.199,00 2.199,00
KOS24FC
eficiência energética A.
44
Conjunto de sofá executivo de 2 e 3 três
12 Gralha / Berlim 1 1.199,00 1.199,00
lugares
13 Extintor de incêndio ABC 8 kg Real Fire 2 160,00 320,00
Atlas / Tropical
14 Fogão elétrico de 4 bocas 1 349,00 349,00
Plus 4
Brastemp /
15 Forno de micro-ondas 18 litros 1 329,00 329,00
BMS25A
Office e Cia /
16 Gaveteiro móvel com 4 gavetas pequenas 3 444,36 1.333,08
51016FO
Geladeira 337 litros, selo de eficiência
17 Dako / REDK38 1 1.099,00 1.099,00
energética A
Impressora multifuncional laser (scanner, Lexmark /
18 1 1.249,00 1.249,00
impressora, copiadora) X9575
19 Lixeira basculante para banheiro 10 lts Sanremo 1 16,30 16,30
Clean Max
20 Lixeira para copo d´água 1 15,00 15,00
Higiene
21 Lixeira para cozinha 05 lts Pavão 1 15,00 15,00
22 Lixeira para escritório 20x29cm Brinox 4 54,90 219,60
Mesa de centro (acabamento vidro e Geiza /
23 1 149,00 149,00
madeira) Patrimar
Mesa para escritório em L de Office e Cia /
24 3 612,84 1.838,52
1,40x1,60x0,80. 511416D
LevelOne /
25 Modem ADSL 2+/Switch wireless 1 299,00 299,00
WBR3600
Force Line /
26 Mouse óptico USB (notebook) 1 27,90 27,90
4708
27 No-break 700kva SMS / 27902 2 399,00 798,00
Notebook (3Gb RAM, HD 500Gb, LCD 14´´,
Positivo / SIM
28 processador Core 2 Duo, placa 1 1.799,00 1.799,00
1450
aceleradora gráfica off-board)
Soho /
29 PABX 2 linhas e 4 ramais 1 549,00 549,00
Leucotron
Persianas em tecido com blackout (1,80 x Confecções
30 4 277,00 1.108,00
1,50) Pantanal
Placa (4,00 x 1,00) com iluminação para
31 - 1 600,00 600,00
fachada da empresa
32 Placa de identificação para portas Letra fácil 4 42,00 168,00
33 Programa ArchiCad Start Edition 2008 PINI 1 2.400,00 2.400,00
Serviço de pintura Látex PVA em parede
34 interna com duas demãos, sem massa PINI 304 9,00 2.736,00
corrida (m2)
Carlos Art
35 Suporte ergonômico para monitor 2 15,00 30,00
Metal
36 Suporte ergonômico para notebook Tucano Gold 1 15,00 15,00
Utile
37 Suporte para copo d´agua 1 19,00 19,00
Oportunidades

45
Fort Solutions
38 Teclado tipo ABNT-2 (notebook) 1 50,00 50,00
/ 98113
Sharp / LC-
39 TV LCD 32´´ 1 1.799,00 1.799,00
32R24B
40 Vaso com planta tamanho médio Palma Magna 2 71,00 142,00
41 Vaso com planta tamanho pequeno Palma Magna 3 31,00 93,00
42 Website da empresa Art´s Brasil 1 500,00 500,00
TOTAL 33.412,23
Fonte: autores

As despesas mensais associadas à operação da empresa são descritos na tabela 32 a


seguir:

Tabela 32 – Despesas operacionais

Valor
Nr Despesa Valor Anual
Mensal
1 Água e esgotos 30,00 360,00
2 Alimentação (café, água, etc) 100,00 1.200,00
3 Aluguel 1.000,00 12.000,00
4 Assinatura de revistas 20,00 240,00
5 Energia Elétrica 300,00 3.600,00
6 Internet 100,00 1.200,00
7 Material de expediente 100,00 1.200,00
8 Salário de administrador 2.000,00 24.000,00
9 Salário de atendente administrativo 800,00 9.600,00
10 Salário de engenheiro civil 4.500,00 54.000,00
11 Telefonia Fixa 200,00 2.400,00
TOTAL 9.150,00 109.800,00
Fonte: autores

Tomando por base o layout necessário para o desempenho das funções, passasse a
localização de um imóvel adequado às necessidades da empresa. A contratação de serviços
de engenharia não é realizada por impulso, o que permite a localização do escritório em
uma região de menor movimento. Os critérios que levam a escolha da localização
apresentada na figura 8 são:

Endereço: Avenida Afonso Pena, nº 919, bairro Amambaí, Campo Grande, MS. O
endereço citado está localizado na principal Avenida de Campo Grande, o que
aumenta a visibilidade da empresa;
Preço: o valor do aluguel, R$ 1.000,00, para a localização e para a área
disponibilizada, é muito competitivo, haja vista que os demais locais possuem valor
superior ao cotado;
Arquitetura: a localização apresentada possui arquitetura moderna, o que contribui
para a associação da imagem de modernidade aos produtos da empresa;

46
Figura 8 – Localização da empresa

Fonte: Google Maps

A arquitetura da localização escolhida é apresentada na figura 9 a seguir:

Figura 9 – Localização da empresa

Fonte: Infoimóveis

47
2.2.4. Formação societária

A constituição da empresa ora planejada será formalizada da seguinte maneira:

1. Objeto: construção de edificações residenciais, industriais e comerciais, serviços


técnicos de engenharia e arquitetura, sinalização viária, serviços de infraestrutura
rodoviária, saneamento básico e esgoto;
2. Ato constitutivo: ANEXO III;
3. Tipo de sociedade formada: sociedade limitada;
4. Capital subscrito: R$ 100.000,00;
5. Nome empresarial adotado: Runway Construções Ltda;
6. Porte da empresa: micro-empresa;
7. Regime de tributação: simples nacional.

2.2.5. Portfólio inicial

Os produtos iniciais da empresa são os descritos através dos processos apresentados


no item 2.2.1 deste documento, quais sejam: imóveis personalizados, imóveis padronizados,
reformas e regularização de obras.

Os preços iniciais sugeridos são os seguintes:

Imóveis personalizados: o contratante poderá optar por duas formas de compra,


quais sejam, a contratação dos serviços do engenheiro da empresa ou a contratação
da construção inteiramente financiada pela empresa. No primeiro caso, o preço ao
cliente será de R$ 8.000,00 e, no segundo, caso serão de R$ 800,00 o m2 para o
acabamento de padrão simples, R$ 1.000,00 o m2 para o acabamento de médio
padrão e R$ 1.500,00 o m2 para o acabamento de alto padrão.
Regularização de obras: os projetos de regularização são precificados a R$ 1.500,00
(hidráulico, hidrosanitário, elétrico, arquitetônico), exceto o projeto estrutural que é
cotado a R$ 2.500,00.
Reformas: assim como o caso dos imóveis personalizados, o contratante poderá
optar pelo serviço completo com a realização das obras ou apenas o valor
correspondente a utilização dos serviços técnicos da empresa. No primeiro caso
serão seguidos os valores da tabela PINI, disponível na internet através do sítio
www.pini.com.br, e, no segundo caso, serão cobrados os valores correspondentes
aos projetos elaborados.
Imóveis padronizados (Anexo IV): o empreendimento inicial é composto de quatro
residências de aproximadamente 55m2 localizadas no loteamento Água Limpa Park

48
nas proximidades da Universidade Católica Dom Bosco. O valor de venda é de R$
90.000,00. As figuras de 10 a 12 ilustram o empreendimento.
Figura 10 – Planta do empreendimento inicial

Fonte: Marcos Castedo Ferraz (www.marquiteto.com.br)


Figura 11 – Localização do empreendimento inicial

Fonte: Marcos Castedo Ferraz (www.marquiteto.com.br)

49
Figura 12 – Empreendimento inicial

Fonte: Marcos Castedo Ferraz (www.marquiteto.com.br)

2.3. Viabilidade Financeira

A projeção dos cenários financeiros foi realizada através dos dados de apoio
apresentados na tabela 33 e para um horizonte de dez anos:

Tabela 33 – Cenários possíveis

Variável Cenário Pessimista Cenário Provável Cenário Otimista


Taxa de utilização 40% 65% 90%
Venda de imóveis padronizados 4 8 11
Venda de imóveis personalizados 14 24 33
Reformas 9 15 20
Regularização de obras 14 24 33
Atendente SEMPRE SEMPRE SEMPRE
Administrador NÃO A PARTIR DE 65% SEMPRE
Engenheiro SEMPRE SEMPRE SEMPRE
Fonte: autores

50
2.3.1. Cenário pessimista

TAXA UTILIZAÇÃO (%) 0,2 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4
ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RECEITA TOTAL 270.500,00 410.500,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00 547.000,00
VENDA IMÓVEIS PADRONIZADOS 180.000,00 270.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00 360.000,00
VENDA IMÓVEIS PERSONALIZADOS 56.000,00 88.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00 112.000,00
REFORMAS 24.000,00 36.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00 54.000,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 10.500,00 16.500,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00 21.000,00
CMV 109.800,00 165.400,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00 221.100,00
IMÓVEIS PADRONIZADOS 94.000,00 141.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00 188.000,00
IMÓVEIS PERSONALIZADOS 9.100,00 14.300,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00 18.200,00
REFORMAS 6.000,00 9.000,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00 13.500,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 700,00 1.100,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00 1.400,00
LUCRO BRUTO 160.700,00 245.100,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00 325.900,00
DESPESAS FIXAS 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00
DESPESAS MARKETING 8.035,00 12.255,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00 16.295,00
SALÁRIOS 63.600,00 63.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00
INVESTIMENTO INICIAL/ATUALIZAÇÃO 33.412,23 0,00 0,00 0,00 6.797,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.797,00
CAPITAL DE GIRO 27.058,75 28.113,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75 29.123,75
SERVIÇOS DE CONTABILIDADE 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00
LUCRO TRIBUTÁVEL 6.394,02 118.931,25 170.681,25 170.681,25 163.884,25 170.681,25 170.681,25 170.681,25 170.681,25 163.884,25
IMPOSTOS 345,28 6.422,29 9.216,79 9.216,79 8.849,75 9.216,79 9.216,79 9.216,79 9.216,79 8.849,75
LUCRO LÍQUIDO 6.048,74 112.508,96 161.464,46 161.464,46 155.034,50 161.464,46 161.464,46 161.464,46 161.464,46 155.034,50

51
2.3.2. Cenário provável

TAXA UTILIZAÇÃO (%) 0,4 0,5 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65 0,65
ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RECEITA TOTAL 547.000,00 777.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00 1.038.000,00
VENDA IMÓVEIS PADRONIZADOS 360.000,00 540.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00 720.000,00
VENDA IMÓVEIS PERSONALIZADOS 112.000,00 144.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00 192.000,00
REFORMAS 54.000,00 66.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 21.000,00 27.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00 36.000,00
CMV 221.100,00 323.700,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00 432.100,00
IMÓVEIS PADRONIZADOS 188.000,00 282.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00 376.000,00
IMÓVEIS PERSONALIZADOS 18.200,00 23.400,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00 31.200,00
REFORMAS 13.500,00 16.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00 22.500,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 1.400,00 1.800,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00 2.400,00
LUCRO BRUTO 325.900,00 453.300,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00 605.900,00
DESPESAS FIXAS 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00
DESPESAS MARKETING 16.295,00 22.665,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00 30.295,00
SALÁRIOS 63.600,00 63.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00
INVESTIMENTO INICIAL/ATUALIZAÇÃO 33.412,23 0,00 0,00 0,00 6.797,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.797,00
CAPITAL DE GIRO 29.123,75 30.716,25 32.623,75 32.623,75 32.623,75 32.623,75 32.623,75 32.623,75 32.623,75 32.623,75
SERVIÇOS DE CONTABILIDADE 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00
LUCRO TRIBUTÁVEL 161.269,02 314.118,75 433.181,25 433.181,25 426.384,25 433.181,25 433.181,25 433.181,25 433.181,25 426.384,25
IMPOSTOS 8.708,53 16.962,41 23.391,79 23.391,79 23.024,75 23.391,79 23.391,79 23.391,79 23.391,79 23.024,75
LUCRO LÍQUIDO 152.560,49 297.156,34 409.789,46 409.789,46 403.359,50 409.789,46 409.789,46 409.789,46 409.789,46 403.359,50

52
2.3.3. Cenário otimista

TAXA UTILIZAÇÃO (%) 0,7 0,8 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RECEITA TOTAL 1.053.500,00 1.193.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00 1.423.500,00
VENDA IMÓVEIS PADRONIZADOS 720.000,00 810.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00 990.000,00
VENDA IMÓVEIS PERSONALIZADOS 200.000,00 232.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00 264.000,00
REFORMAS 96.000,00 108.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00 120.000,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 37.500,00 43.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00 49.500,00
CMV 435.000,00 490.600,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00 593.200,00
IMÓVEIS PADRONIZADOS 376.000,00 423.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00 517.000,00
IMÓVEIS PERSONALIZADOS 32.500,00 37.700,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00 42.900,00
REFORMAS 24.000,00 27.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS 2.500,00 2.900,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00 3.300,00
LUCRO BRUTO 618.500,00 702.900,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00 830.300,00
DESPESAS FIXAS 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00 22.200,00
DESPESAS MARKETING 30.925,00 35.145,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00 41.515,00
SALÁRIOS 63.600,00 63.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00 87.600,00
INVESTIMENTO INICIAL/ATUALIZAÇÃO 33.412,23 0,00 0,00 0,00 6.797,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.797,00
CAPITAL DE GIRO 32.781,25 33.836,25 35.428,75 35.428,75 35.428,75 35.428,75 35.428,75 35.428,75 35.428,75 35.428,75
SERVIÇOS DE CONTABILIDADE 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00 9.600,00
LUCRO TRIBUTÁVEL 435.581,52 548.118,75 643.556,25 643.556,25 636.759,25 643.556,25 643.556,25 643.556,25 643.556,25 636.759,25
IMPOSTOS 23.521,40 29.598,41 34.752,04 34.752,04 34.385,00 34.752,04 34.752,04 34.752,04 34.752,04 34.385,00
LUCRO LÍQUIDO 412.060,12 518.520,34 608.804,21 608.804,21 602.374,25 608.804,21 608.804,21 608.804,21 608.804,21 602.374,25

53
3. Conclusão

Após apresentados os dados sobre a indústria da construção civil que influenciam a


tomada de decisão de entrada de um novo estabelecimento comercial, conclui-se pela
viabilidade tendo em vista os seguintes fatores:

Conjuntura econômica da indústria: a construção civil encontra-se em momento


muito favorável, com crescimento sustentado durantes os anos, e linhas de crédito
imobiliário abundantes e facilitadas. Além das condições econômicas favoráveis, o
déficit habitacional cresce, em termos absolutos, a cada ano;
Incentivo governamental: em todas as esferas de governo existem incentivos para o
desenvolvimento da indústria da construção civil. Resumidamente, pode-se citar o
Programa de Aceleração do Crescimento, os programas Minha Casa, Minha Vida,
Colher na Massa, Escola da Construção, e, ainda, a redução do Imposto sobre
Produto Industrializado;
Concorrência: o número de empresas na indústria da construção civil tem caído com
o passar o tempo, o que representa a diminuição da concorrência. Não foi constado
nenhum fator decisivo para saída dessas empresas do mercado, o que leva a crer que
a razão pode ter sido a falta de abordagens mercadológicas adequadas ou a má
gestão administrativa;
Perfil socieconômico de Campo Grande: a capital sul-mato-grossense apresenta
condições favoráveis para entrada no mercado da construção civil, haja vista o
constante crescimento populacional que, em Mato Grosso do Sul, é o maior
existente;
Estrutura organizacional: a estrutura organizacional de uma empresa do setor da
construção civil é extremamente enxuta, dada a peculiaridade da realização de
serviços técnicos e de empreitadas por projetos, onde a equipe empregada pode ser
mobilizada e empregada conforme a necessidade de cada projeto. Tais fatores
contribuem para facilitar a gestão administrativa, o que permite a redução dos custos
operacionais;
Viabilidade econômica: em todas as simulações de cenários realizadas o
empreendimento em questão apresenta sustentabilidade, mesmo nos anos iniciais
de funcionamento, onde a taxa de utilização da capacidade é reduzida.

54
Referência Bibliográfica

BACEN, BANCO CENTRAL DO BRASIL. Financiamento Imobiliários e Habitacionais (SBPE) –


dezembro/2008. Brasília, DF, 2009. Disponível em: < http://www.bcb.gov.br/fis/SFH/port/
est2008/12/quadro211.pdf>. Acesso em: mar. 2009.

CEF, Caixa Econômica Federal. Minha Casa, Minha Vida. Brasília, DF, 2009.

FJP, FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit Habitacional no Brasil – 2006. Belo Horizonte, MG,
2008. Disponível em: <http://www.fjp.mg.gov.br/index.php?option=com_docman&task=
doc_download&gid=74&Itemid=>. Acesso em: abr, 2009.

______.Déficit Habitacional no Brasil – municípios selecionados e microrregiões geográficas.


Belo Horizonte, MG, 2005. Disponível em: <colocar link aqui>. Acesso em: abr, 2009

______.Déficit Habitacional no Brasil - municípios selecionados e microrregiões geográficas.


Belo Horizonte, MG, 2005. Disponível em: <http://www.fjp.mg.gov.br/produtos/cei/
aplicativo_de_consultas.exe>. Acesso em: abr, 2009A

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Em 2008, PIB cresceu 5,1% e


chegou a R$ 2,9 trilhões. Rio de Janeiro, RJ, 2009. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1330
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______. Pesquisa Anual da Indústria da Construção Civil – volume 16 – 2006. Rio de Janeiro:
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______. Censo Populacional 2007. Rio de Janeiro, RJ, 2009. Disponível em: <http://www.
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MS NOTÍCIAS. Senai forma no dia 22 duas turmas do Colher na Massa. Disponível em:
<http://www.msnoticias.com.br/noticia_imprimir.php?id=10347>. Acesso em: abr, 2009.

55
PLANURB, Prefeitura Municipal de Campo Grande. Perfil socioeconômico de Campo Grande.
Campo Grande, MS, 2008.

PORTAL MS. FIEMS inicia estudos para erguer Escola da Construção Civil de Campo Grande.
Disponível em: <http://www.portalms.com.br/noticias/Fiems-inicia-estudos-para-erguer>.
Acesso em: abr, 2009.

SENADO. Minha Casa, Minha Vida. Brasília, DF, 2009.

SINDUSCON-SP, SINDICATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE SÃO PAULO. Conjuntura da


Construção – Ano V – nº 1. São Paulo, 2007. Trimestral.

56
ANEXO I

CASAS OU APARTAMENTOS (CONSTRUÇÃO) - PRÉDIOS OU EDIFÍCIOS (CONSTRUÇÃO) - ADMINISTRAÇÃO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES EM GERAL (CONSTRUÇÃO)

Nº EMPRESA ENDEREÇO COMPLEMENTO BAIRRO TELEFONE TIPO


1 A J L CONSTRUÇÕES LTDA R TIETÊ, 190 N/A VILA SOBRINHO (67) 3027-7366 ME
2 A.C.C.CONTE R QUATORZE DE JULHO, 363 JARDIM ALVORADA (67) 725-9293 ME
3 A.C.CONSTRUTORA LTDA R DOMINGOS APARECIDO BISSOLI, 423 BLOCO 11 VILA NOVA CAMPO GRANDE (67) 3352-2545
4 ABDMINISTRA LTDA R RUI BARBOSA, 1909 SALA 11 BLC2 CENTRO (67) 382-2145 ME
5 ABITARE CONSTRUÇÕES LTDA R VINTE E SEIS DE AGOSTO, 1239 AMAMBAÍ (67) 325-8822 ME
6 ACOVA E CAMPOS R PEDRO DE TOLEDO, 581 N/A VILA PIRATININGA (67) 346-3248 ME
7 ADRIANO RODRIGUES DE LIMA R PIRIÁ, 453 N/A GUANANDI (67) 3385-5574 ME
8 AJL CONSTRUÇÕES LTDA AV MASCARENHAS DE MORAES, 1193 N/A SÃO FRANCISCO (67) 3027-7366 ME
9 AJOTA ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA R EUCLIDES DA CUNHA, 1685 N/A SANTA FÉ (67) 326-1777 ME
10 ÁLAMO CONSTRUÇÃO CIVIL & SINALIZAÇÃO URBANA LTDA R BARÃO DE LADÁRIO, 635 2ª SEÇÃO VILA SOBRINHO (67) 3361-9166 ME
11 ALE INDÚSTRIA COMERCIO E CONSTRUÇÕES LTDA R SETE DE SETEMBRO, 140 CENTRO (67) 431-3247 ME
12 ALFA ENGENHARIA LTDA R SÃO REMO, 179 N/A VILLAS BOAS (67) 342-1994 ME
13 ALONSO ANICESIO MARIANO - ME R CARLOS GINDRI, 288 N/A VILA PALMIRA (67) 388-0461 ME
14 ALTERNATIVA SINGULAR COMERCIO E TRANSPORTES LTDA R PARAGUAI, 852 N/A VILA PROGRESSO (67) 342-1623 ME
15 AM3 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA RUA MARECHAL RONDON, 1636 SALAS 901/902 CENTRO (67) 3042-9676 MD
16 AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA R ITÁPOLIS, 379 N/A JARDIM IBIRAPUERA (67) 361-1945 ME
ESQ C/ LUIZ
17 ANEES SALIM SAAD R DOUTOR ARTHUR JORGE, 760 JARDIM SÃO BENTO (67) 324-3981 PQ
BRAILLE LA2 Q
18 ANFER CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA R DONA DORINHA DE FIGUEIREDO, 470 N/A VILA PROGRESSO (67) 3348-1397 ME
ARARA AZUL - PROJETOS, CONSTRUÇÕES E
19 RUA FERNANDO CORREA DA COSTA, 762 CENTRO (67) 312-6701 PQ
INCORPORAÇÕES LTDA
APTº 22 - BLOCO C
20 ARCA CONSTRUTORA LTDA R QUATORZE DE JULHO, 5141 SÃO FRANCISCO (67) 356-0093 ME
10
21 ARCA CONSTRUTORA LTDA R PADRE JOÃO CRIPPA, 3553 SÃO FRANCISCO (67) 3025-3770 ME

57
22 ARRIMO ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA RUA ESTRELA DO SUL , 64 N/A VILAS BOAS (67) 361-1945 ME
23 ARTUR HORING LOTE 04 , N/A QUADRA 39 VL IZOLINA A BARROS (67) 286-1491 ME
24 ATENGE ENGENHARIA LTDA R JOAQUIM MURTINHO, 2100 SALA 2 JARDIM DOS ESTADOS (67) 3382-4118 ME
R- TENENTE AVIADOR PEDRO CORREA
25 ATOMUS ENGENHARIA LTDA N/A JARDIM AMÉRICA () 326-2829 ME
DUNCAN, 203
26 AVELINO MARCIANO DA SANTANA - ME R REGENTE FEIJÓ, 54 N/A JARDIM PAULISTA (67) 3342-3131 ME
27 CANAÃ ENGENHARIA LTDA R PORTUGAL, 28 N/A JARDIM AMÉRICA (67) 342-4597 ME
28 CAYOMA CONSTRUÇÕES LTDA RUA ANDRELANDIA, 160 N/A PORTINHO PACHE (67) 387-1473 PQ
29 CCC CONSTRUTORA E COMÉRCIO LTDA R SÃO SEPÉ, 1706 N/A VILA CÉLIA (67) 351-5883 ME
30 CEDRO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA AV MATO GROSSO, 2262 N/A VILA LIA (67) 384-5345 ME
31 CENO COMERCIO ENGENHARIA E OBRAS LTDA AV DAS BANDEIRAS, S/N PROLONGAMENTO VILA PIRATININGA (67) 386-6022 ME
32 CENTROSUL CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS LTDA AV MARECHAL DEODORO, 1975 N/A GUNANDY (67) 385-8448 ME
CERQUEIRA CARVALHO ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES
33 RUA SANTANA , 1440 N/A VL PORTINHO PACHE (67) 387-2968 ME
LTDA
CMBC-COOP DE MATERIAIS BÁSICOS E DE CONSTRUÇÕES
34 R RUI BARBOSA, 3300 N/A CENTRO (67) 383-2043 ME
LTDA
35 COBEL CONSTRUTORA DE OBRAS DE ENGENHARIA LTDA RUA JOAQUIM MURTINHO, 5842 DESBARRANCADO (67) 3348-1000 GD
36 COBRAVI CONSTRUTORA LTDA R DOUTOR SÍLVIO DE ANDRADE, 177 VILA PLANALTO (67) 324-8714 PQ
37 CONCREVIA CONSTRUTORA LTDA R JÚPITER, 829 VILA ALTO SUMARÉ (67) 384-5654 ME
38 CONDOMÍNIO EDIFÍCIO AMSTERDAM R TREZE DE MAIO, 773 N/A CENTRO (67) 726-9338 ME
ESQUINA C/R
39 CONDOMÍNIO EDIFÍCIO CASA NOBRE RUA PIRATININGA , SN SANTA FE (67) 383-1776 PQ
NORTELANDIA SN
40 CONECTA PRÉ MOLDADOS LTDA AV CORONEL ANTONINO, 5541 N/A NOVA LIMA (67) 355-4165 ME
41 CONSIL ENGENHARIA LTDA AV MANOEL JOAQUIM MORAES, 1441 N/A TIJUCA | (67) 383-1608 PQ
42 CONSTAL LTDA R MIGUEL ABUHASSAM, 497 RESIDENCIAL OLIVEIRA II (67) 385-1277 ME
JARDIM ALTO SÃO
43 CONSTRUFAZ ENGENHARIA LTDA R DAS PAINEIRAS, 566 (67) 321-6279 ME
FRANCISCO
44 CONSTRUTORA C2 LTDA R NORUEGA, 797 VILA JACY (67) 3380-6903 ME
45 CONSTRUTORA DEGRAU LTDA R CARLINDA TOGNINI, 518 VILA PROGRESSO (67) 342-2127 MD
46 CONSTRUTORA FERREIRA SOARES LTDA R AMAZONAS, 2075 N/A VILA CÉLIA (67) 351-0648 ME
47 CONSTRUTORA MAKSOUD RAHE LTDA R RIO GRANDE DO SUL, 1836 SALA 06 VILA CÉLIA (67) 351-8122 ME
48 CONSTRUTORA MASA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA R SÃO PAULO, 955 N/A VILA ROSA (67) 351-0203 ME

58
49 CONSTRUTORA OLIVEIRA SILVA LTDA R FREDERICO SOARES, 925 N/A SANTA FÉ (67) 326-6821 PQ
50 CONSTRUTORA PLANALTO LTDA AVENIDA AFONSO PENA , 3504 SL 127 12 A CENTRO () 384-5625 ME
51 CONSTRUTORA RIWAL LTDA R DAS PAINEIRAS, 280 N/A SÃO FRANCISCO (67) 382-6178 ME
52 CONSTRUTORA SÃO MARCOS R BAHIA, 1359 N/A VILA CÉLIA (67) 3025-5555 PQ
R DOUTOR FRANCISCO FERREIRA DE
53 CONSTRUTORA SOAL LTDA UNIVERSITÁRIO (67) 387-2675 ME
SOUZA, 444
54 CONSUR CONSTRUÇÕES URBANAS LTDA R TAPAJÓS, 333 N/A CRUZEIRO (67) 742-6284 ME
55 COSAN ENGENHARIA LTDA R BUENOS AIRES, 326 N/A VILA LUCINDA (67) 351-4974 ME
56 DELTA DESENVOLVIMENTO ENGENHARIA LTDA R MARECHAL RONDON, 339 N/A AMAMBAÍ (67) 382-6920 ME
57 DESTAC RUA JOSÉ HORÁCIO, 08 N/A VILA NICOMENDES (67) 341-9060 ME
58 DIRCEU JUNIOR TONIETTI DE ALMEIDA ME RUA GAL.PAULO XAVIER, 165 N/A JD UMUARAMA (67) 782-3540 ME
59 DUCON ENGENHARIA LTDA R DO SUCRE, 253 N/A PORTINHO PACHE (67) 342-5011 ME
60 E M P CONSTRUTORA LTDA AVENIDA MARECHAL DEODORO, 934 JARDIM LEBLON (67) 385-3052 PQ
61 ELIZEU FERREIRA CAMPOS & CIA AV. CAPITAL, 1514 SALA 01 PROX. V.MARGARIDA (67) 383-1776 PQ
62 ELO PLANEJAMENTO E ASSESSORIA LTDA RUA RUI BARBOSA, 4479 N/A CENTRO (67) 324-7450 ME
EMBRASCOP EMPRESA BRASILEIRA DE CONSTRUÇÕES E
63 AVENIDA DO POETA, 840 LOJA 02 DO DESBARRANCADO (67) 721-0012 ME
PROJETOS LTDA
64 EMPREITEIRA CONSTRUMIL LTDA - ME R PIMENTA BUENO, 499 N/A AMAMBAÍ () 3425-1313 ME
65 EMPREITEIRA FEITOSA R JOÃO DA MATA, 389 JARDIM DO ZÉ PEREIRA (67) 362-4369 ME
66 EMPREITEIRA H S LTDA R AUGUSTO DOS ANJOS, 1270 UNIVERSITÁRIO (67) 387-1485 ME
67 EMPREITEIRA K.M.C. LTDA R QUINZE DE NOVEMBRO, 331 N/A CENTRO (67) 321-0595 PQ
68 ENGEFIX CONSTRUÇÕES LTDA EPP RUA SÃO MIGUEL, 587 CASA 02, SEÇÃO 02 VILA PROGRESSO (67) 351-0113 ME
69 ENGEPAR ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES LTDA AVENIDA TRÊS BARRAS, 846 JARDIM VILAS BOAS (67) 3041-1777 ME
70 ESCUDO CONSTRUÇÕES E OBRAS LTDA R PALOMAR, 114 JARDIM IPANEMA (67) 982-0489 ME
71 F I PAULO CEZAR MARTINS ZIGNANI NOGUEIRA R SETE DE SETEMBRO, 595 CENTRO (67) 596-1227 ME
72 FELIX OLAZAR RUA BÚZIOS, 322 N/A VILA GIOCONDO ORSI (67) 383-2788 ME
73 GIMENEZ ENGENHARIA LTDA R JACINTO MAXIMO GOMES, 193 N/A CORONEL ANTONINO (67) 3354-2087 ME
74 GOLD CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA TRAV BEGONIAS , 79 N/A VILA GLORIA (67) 321-9250 ME
75 GUATOS COMERCIO E SERVIÇOS LTDA R JOSÉ ALBERTO PEREIRA, 47 N/A MONTE CASTELO (67) 3356-7388 GD
76 HADDAD ENGENHEIROS ASSOCIADOS LTDA R QUATORZE DE JULHO, 84 N/A VILA SANTA DOROTÉIA (67) 3742-5353 PQ

59
77 HERNANDES DA COSTA JUNIOR ME R NAOR LEMES BARBOSA, 455 FUNDOS JARDIM ITAMARACÁ (67) 3388-4400 ME
78 HF ENGENHARIA COM E CONSTRUÇÕES LTDA R MANOEL CAVALCANTE PROENÇA, 188 N/A VILA BANDEIRANTES (67) 385-8877 PQ
HIDRUS ENGENHARIA SANEAMENTO E PRESERVAÇÃO SALA 03 BL B ED.
79 R QUATORZE DE JULHO, 1817 CENTRO (67) 341-1564 ME
AMBIENTAL LTDA ME ITAMARATI
10 ANDAR SALA
80 IMPERTEC ENGENHARIA LTDA R DOM AQUINO, 1354 CENTRO (67) 782-0902 ME
107
81 JBV CONSTRUÇÕES LTDA R DOS GUARANIS, 389 N/A JARDIM PETRÓPOLIS (67) 365-2812 ME
82 JOSÉ JANIL OLIVEIRA DE SOUZA TV TAMBAIBA, 214 N/A VILA MORENINHA III (67) 393-2759 ME
83 JOSIAS SOARES NABUCO R PIMENTEIRA, 1789 N/A SANTA CAMÉLIA (67) 3361-7992 ME
84 JR2 CONSTRUTORA LTDA R GENERAL PAULO XAVIER, 165 N/A JARDIM UMUARAMA (67) 349-1960 PQ
85 JUAREZ PAULO DA SILVA RUA ELVIRA PACHECO SAMPAIO, 1368 CASA 3 UNIVERSITARIO (67) 387-7788 ME
86 JW SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES LTDA EPP RUA CORIOLANO FERRAZ, 113 AMAMBAI (67) 341-6953 ME
87 KM ARQUITETURA LTDA R DOUTOR ARMANDO DA CUNHA, 262 VILLAS BOAS (67) 341-4328 ME
88 KROONNA CONSTRUÇÕES E COMERCIO LTDA RUA OVIDIO SERRA , 39 N/A SÃO FRANCISCO (67) 331-2453 ME
89 L P M CONSTRUÇÕES E COMERCIO LTDA RUA SAO MIGUEL , 288 N/A VILA PROGRESSO (67) 742-3090 ME
90 LEAL MARQUES EMPREENDIMENTOS LTDA R PINTO D ÁGUA, 708 RECANTO DOS PÁSSAROS (67) 363-2452 ME
91 LOCAÇAMBA LOCADORA DE CAÇAMBA LTDA R MARANHÃO, 50 VILA CÉLIA (67) 3352-9000 ME
92 MADRI CONSTRUTORA LTDA R IRAQUE, 542 CASA 05 SÃO LUIZ 02 (67) 387-1877 ME
93 MARIA DE JESUS RIQUELME DE OLIVEIRA RUA DELAMARE, 173 N/A JARDIM TARUMA (67) 783-5929 ME
94 MARIA FERNANDES DOS SANTOS MARTINS R ALCINDO GASPARINI, 620 MATA DO JACINTO N/A (67) 354-1178 ME
95 MBM CONSTRUÇÕES E COMERCIO LTDA RUA COTEGIPE , 463 N/A JD PAQUETA (67) 384-4353 ME
96 MEGA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA R RIO GRANDE DO SUL, 1811 VILA CÉLIA (67) 3026-7070 ME
97 MELLO VIEIRA FUNDAÇÕES LTDA RUA SÃO TOMÉ, 144 N/A VILA PROGRESSO (67) 342-1240 PQ
98 METTA AGROCENTER LTDA RUA CEARA , 1043 VILA SANTOS GOMES (67) 3316-6500 PQ
99 MMP DE ALMEIDA R NICOLA VITICOW, 351 LAR DO TRABALHADOR (67) 361-1478 ME
100 MORIAH EMPREITEIRA DE OBRAS E SERVIÇOS LTDA-ME R DAS PALMAS, 109 JARDIM JÓQUEI CLUB (67) 321-7903 ME
R DESEMBARGADOR EURINDO NEVES,
101 MR CONSTRUÇÃO COMERCIALIZAÇÃO DE IMÓVEIS LTDA CORONEL ANTONINO (67) 3341-1108 MD
867
102 NATALÍCIO ACHAR PERALTA R LAGOA DOURADA, 31 N/A LAGOA PARK (67) 380-0444 ME
103 OPUS ENGENHARIA LTDA R ESTEVÃO CAPRIATA, 397 N/A VILA PROGRESSO (67) 3342-3377 ME
104 OSHIRO-PROJETOS E ENGENHARIA LTDA R DOUTOR ARTHUR JORGE, 2591 MONTE CASTELO (67) 724-5649 ME

60
105 OTEC-CONSTRUÇÃO E PLANEJAMENTO LTDA R JOAQUIM MURTINHO, 3077 N/A ALMEIDA LIMA (67) 251-5800 ME
106 PACTUAL CONSTRUÇÕES LTDA AV REDENTOR, 1388 N/A JARDIM NOROESTE (67) 3344-4424 ME
107 PAIM & GARCEZ LTDA R DOS JASMINS, 352 CASA O3 JARDIM JÓQUEI CLUB (67) 983-1302 ME
CONJUNTO ARNALDO
108 PAULO FERREIRA DE ANDRADE R DOS SERVIDORES PÚBLICOS, 401 () 669-3225
ESTEVÃO DE FIGUEIREDO
109 PGA ENGENHARIA LTDA R CEARÁ, 904 SANTOS GOMES (67) 721-1032 ME
110 PILLAR SISTEMAS CONSTRUTIVOS LTDA R EUCLIDES DA CUNHA, 752 CENTRO (67) 383-5100 ME
111 PIRES CONSTRUÇÕES LTDA R DA SEQUOIA, 1780 JARDIM FLAMBOYANT II (67) 341-1268 ME
112 PLAENGE EMPREENDIMENTOS LTDA R MARACAJU, 1122 CENTRO (67) 312-1000 MD
113 PLANEL PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS L R ESTEVÃO CAPRIATA, 897 VILA PROGRESSO (67) 342-3688 PQ
114 PLANENGE ENGENHARIA LTDA R HÉLIO CASTRO MAIA, 95 JARDIM PAULISTA (67) 342-2852 PQ
115 PLATTEN ENGENHARIA E PLANEJAMENTO LTDA R DOS BARBOSAS, 511 SALA 1 AMAMBAÍ (67) 324-0408 PQ
116 POLICOM ENGENHARIA LTDA. R PEDRO CELESTINO, 1951 1 ANDAR SALA2 CENTRO (67) 382-8951 ME
117 POLIGONAL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA AV TRÊS BARRAS, 876 VILLAS BOAS (67) 3341-5161 ME
PARQUE RESIDENCIAL
118 PONTUAL CONSTRUÇÕES LTDA R ARIEL FERNANDES DE SOUZA, 661 N/A (67) 734-4382
MARIA A PEDROSSIAN
POTENCIAL CONSULTORIA PROJETOS E CONSTRUÇÕES
119 R ARCÊNIA, 539 VILA GIOCONDO ORSI (67) 783-3440 ME
LTDA
120 PRACON PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA AV DUAS VILAS, 541 JARDIM IMPERIAL (67) 751-9541 ME
121 PROENCO PROJETO ENGENH E CONSTRUÇÃO LTDA R ALEGRETE, 2060 N/A CORONEL ANTONINO (67) 351-1412 ME
122 PRO-FORMA ENGENHARIA LTDA R SETE DE SETEMBRO, 497 SALA 2 CENTRO (67) 724-7093 ME
123 PROGEMIX - PROGRAMAS GERAIS DE ENGE. E CONS.LTDA R BARIRI, 53 N/A VILA GLÓRIA (67) 383-1776 ME
124 PRÓ-HIDRO PROJETOS DE ENGENHARIA S/S LTDA R SANTA TEREZA, 47 BLOCO D SALA 05 (67) 3324-4235 ME
125 PROJECT - TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO LTDA R SÃO SEPÉ, 386 N/A CORONEL ANTONINO (67) 3351-7700 ME
126 PROJEL LTDA AV BANDEIRANTES, 1014 AMAMBAÍ (67) 382-9273 ME
PROJENTEC PROJETOS, ENGENHARIA, TECNOLOGIA E
127 R NIOAQUE, 400 VILA SANTO AMARO (67) 761-2750 ME
CONST LTDA
128 RAINER GARCIA MINANTI R JOSÉ TAVARES DO COUTO, 263 N/A CENTRO (67) 366-1313 ME
129 RBN - CONSTRUÇÕES CIVIS LTDA RUA LAGUNA 245 SÃO FRANCISCO (67) 365-4257 ME
130 RC - PLAC COMÉRCIO DE FORROS E DIVISÓRIAS LTDA R TRINDADE, 243 N/A VILA PROGRESSO (67) 342-3439
APTO. 18N BLOCO
131 REAL CONSTRUÇÃO CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA AV FERNANDO CORRÊA DA COSTA, 910 CENTRO (67) 324-1131 ME
A

61
132 RECONPINT - REFORMA, CONSTRUÇÃO E PINTURA LTDA R RINO LEVI, 38 N/A CONJ . JOSE ABRAO (67) 365-7866 ME
133 RENA EMPREITEIRA DE SERVIÇOS LTDA RUA MEXICO, 262 N/A JARDIM AMÉRICA (67) 342-2732 ME
134 RG ENGENHARIA LTDA R JOSÉ MARIA HUGO RODRIGUES, 54 N/A JARDIM UMUARAMA (67) 341-4010 ME
135 RICARDO MENDES MIRANDA ME R TENENTE TINOCO, 21 N/A (67) 384-5583 ME
136 RR CONSTRUÇÃO CIVIL LTDA R LAGUNA, 245 N/A CABREÚVA (67) 3025-7511 ME
137 RR-ENGENHARIA INDUSTRIAL E COMERCIO DE OBRAS LTDA R URUGUAIANA, 681 N/A CORONEL ANTONINO (67) 782-7919 ME
138 RURAL TÉCNICA ENGENHARIA R BRIGADEIRO THIAGO, 1597 UNIVERSITÁRIO (67) 388-6353 ME
139 SALOMÃO CANDIA & CIA LTDA VINTE E CINCO DE DEZEMBRO, 832 SALA 2 CENTRO (67) 325-6711 ME
140 SANDRA REGINA BARBOSA BARRETO R PAISSANDU, 812 N/A AMAMBAÍ (67) 3326-2638 ME
141 SBS EMPREENDIMENTOS LTDA R ITÁPOLIS, 205 N/A JARDIM IBIRAPUERA (67) 341-2399 ME
142 SERVIPRES PAVIMENTAÇÕES E OBRAS LTDA R LAGUNA, 2454 N/A SÃO FRANCISCO (67) 384-5593 ME
143 SOCENGE CONSTRUÇÕES LTDA R DAS ORQUÍDEAS, 17 N/A JARDIM JÓQUEI CLUB (67) 342-9644 ME
144 SOENGER ENGENHARIA LTDA R JOSÉ DE FREITAS GUIMARÃES, 75 JARDIM IBIRAPUERA (67) 341-3741 ME
145 SÓLIDA CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA R ENGENHEIRO ROBERTO MANGE, 1230 N/A VILA TAQUARUSSU (67) 384-0423 ME
146 TAUROS ENGENHARIA E ARQUITETURA LTDA R SÃO JOÃO, 430 N/A JARDIM VILAS BOAS (67) 341-4478 ME
TECKNOS EMPREITEIRA MÃO DE OBRA CONSTRUÇÃO CIVIL
147 RUA DA ENSEADA, 55 N/A COOPHAVILA II (67) 385-1607 ME
LTDA-ME
148 TÉCNICA AVALIAÇÕES LTDA R VINTE E SEIS DE AGOSTO, 384 5º ANDAR SL 52 CENTRO (67) 3025-6798 ME
149 TECNIFH TECNOLOGIA E CONSTRUÇÕES LTDA RUA BARIRI 53 - FUNDOS VILA GLÓRIA (67) 384-1155 ME
150 TECOL TECNOLOGIA ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA R ROBERTO P. RODRIGUES, 220 SALA 6 JARDIM DOS ESTADOS (67) 326-4513 ME
151 TECON ENGENHARIA LTDA R EUCLIDES DA CUNHA, 538 N/A JARDIM DOS ESTADOS (67) 382-9282 ME
152 THIME CONSTRUTORA E PLANEJAMENTO LTDA R HÉLIO CASTRO MAIA, 704 JARDIM PAULISTA (67) 3042-3145 ME
153 UZZE BENEFICIAMENTO E COMÉRCIO DE MADEIRA GRANDE ANEL RODOVIÁRIOS NR8700 KM 8,7 ESTANCIA LAGEADOE (67) 387-3000 ME
154 V B C ENGENHARIA LTDA RUA SÃO BARTOLOMEU, 103 VILA NASSER (67) 3365-1766 ME
155 VALE ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA AV. AFONSO PENA, 3504 SALA 98 CENTRO (67) 325-6060 PQ
156 VALMOR JOSE REGIS ME R SERINGUEIRA, 28 N/A COPHATRABALHO (67) 368-5175 ME
157 VÉRTICE PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA R JOAQUIM MURTINHO, 288 N/A CENTRO (67) 382-8504 PQ
R 13 DE MAIO 2500 18 AND. SALA
158 WAJDI IBRAIM CONSTRUÇÃO E EMPREEND. LTDA CENTRO (67) 382-6683 ME
1805
159 WEST CONSTRUÇÃO LTDA R LUÍS BRAILLE, 309 N/A MONTE CASTELO (67) 3331-6587 ME

62
160 WOLMER TARDIN FILHO R MANOEL INÁCIO DE SOUZA, 1476 SANTA FÉ (67) 326-8577 ME
161 ZORTÉA CONSTRUÇÕES LTDA AV EDUARDO ELIAS ZAHRAN, 1084 N/A JARDIM TV MORENA (67) 3027-8000 GD

63
ANEXO II

64
ANEXO III

CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA LIMITADA

RUNWAY CONSTRUÇÕES LTDA

Carolina Lemos Osadtchuk Moreira, brasileira, casada por regime parcial de bens,
administradora, nascido aos vinte e sete de janeiro de 1984, portador da Carteira de
Identidade N.º 1392660, expedida por SSP/MS, portador do CPF N.º 017.272.532.63,
residente e domiciliado na Rua Boaventura da Silva, 465, Apto 01, Bairro Taveirópolis,
Campo Grande/MS, CEP: 79090-151.

Lucilene Alves de Freitas Sobral, brasileira, casada por regime parcial de bens,
administradora, nascido aos treze de janeiro de 1983, portador da Carteira de Identidade N.º
5698742, expedida por SSP/MS, portador do CPF N.º 236.852.987.52, residente e
domiciliado na Semiramis, 313, Casa 39, Bairro Rita Vieira I, Campo Grande/MS, CEP: 79050-
560.

Leandro Bolzan, brasileiro, casado por regime parcial de bens, administrador, nascido aos
quinze de julho de 1979, portador da Carteira de Identidade N.º 15489632, expedida por
SSP/MS, portador do CPF N.º 589.269.458.32, residente e domiciliado na Avenida 1° de
Maio, 285, Bairro São Bento, Campo Grande/MS, CEP: 79080-125.

Tatiane de Queiroz Florentino, brasileira, solteira, administradora, nascido aos vinte e nove
de janeiro de 1983, portador da Carteira de Identidade N.º 5698742, expedida por SSP/MS,
portador do CPF N.º 236.852.987.52, residente e domiciliado na Pedro Álvares Cabral, 560,
Bairro Tijuca, Campo Grande/MS, CEP 79060-541.

Têm entre si justo e contratado a constituição de uma sociedade empresária


limitada, que se regerá pelas cláusulas e condições seguintes, e nas omissões, pela legislação
específica que disciplina essa forma societária, tendo sido adotado para seu regramento, na
ausência deste instrumento e das regras definidas para as sociedades empresárias limitadas,
as previstas para as sociedades simples.

Cláusula Primeira: Da Denominação Social, Sede e Filiais

A sociedade reger-se-á sob a denominação social de Runway Construções


LTDA e terá sede na Avenida Afonso Pena, nº 919, bairro Amambaí, Campo Grande, MS,
podendo abrir filiais e outras dependências em qualquer parte do território nacional ou fora
dele, atribuindo-lhes o capital nominal que julgar necessário ao fim colimado.
65
Cláusula Segunda: Do Prazo de Duração

O prazo de duração da sociedade será por tempo indeterminado, tendo como


início de suas atividades a data de registro na Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do
Sul.

Cláusula Terceira: Dos Objetivos Sociais

A sociedade terá por objetivo a exploração do ramo de Construção Civil, cujo


objeto será a construção de edificações residenciais, industriais e comerciais, serviços
técnicos de engenharia e arquitetura, sinalização viária, serviços de infraestrutura
rodoviária, saneamento básico e esgoto.

Cláusula Quarta: Do Capital Social

O Capital social é de R$ 100.000,00 (cem mil reais), dividido em 100.000 (cem


mil) quotas, no valor unitário de R$ 1,00 (um real), subscrito e integralizado em moeda
corrente do País neste ato, distribuído entre os sócios da seguinte forma:

Vr. Unitário Vr. Total


Nome % N. de Quotas
R$ R$
Carolina Lemos Osadtchuk Moreira 25% 25.000 1,00 25.000,00
Lucilene Alves de Freitas Sobral 25% 25.000 1,00 25.000,00
Leandro Bolzan de Rezende 25% 25.000 1,00 25.000,00
Tatiane de Queiroz Florentino 25% 25.000 1,00 25.000,00
TOTAL 100% 100.000 1,00 100.000,00
Parágrafo Único. A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, nos
termos do artigo 1.052 da Lei n.º 10.406 de 10 de janeiro de 2002.

Cláusula Quinta: Da Administração e Uso da Denominação Social

A administração da sociedade e o uso da denominação social será exercida


pelo sócio Leandro Bolzan de Rezende. Ao administrador caberá a prática de todo e
qualquer ato administrativo, tal como: representação da sociedade ativa, passiva, judicial e
extra-judicialmente, perante quaisquer terceiros, tais como: repartições públicas federais,
estaduais e municipais, autarquias, o comércio em geral e estabelecimentos bancários.

Parágrafo Primeiro. É obrigatória a assinatura em conjunto dos


administradores Carolina Lemos Osadtchuk Moreira, Lucilene Alves de Freitas Sobral e
Tatiane de Queiroz Florentino, quando se tratar da assunção de dívidas, empréstimos e
financiamentos para a própria empresa e a aquisição ou alienação de bens móveis e imóveis.

66
Parágrafo Segundo. Os administradores estão proibidos de firmar atos que
envolvam a sociedade em negócios ou operações estranhas aos fins sociais, tais como:
fianças, avais, endossos, garantias e outros documentos de mero favor, em benefício próprio
ou de terceiros.

Cláusula Sexta: Do Pró-Labore

A título de remuneração pró-labore, o administrador fará jus a uma retirada


mensal, cuja importância será previamente estipulada.

Cláusula Sétima: Do Exercício Social e Demonstrações Financeiras

O exercício social coincidirá com o ano civil. Ao final de cada exercício serão
levantadas as demonstrações financeiras. Os lucros ou prejuízos verificados serão
distribuídos ou suportados pelos sócios na proporção de suas participações societárias.

Parágrafo Primeiro. A critério dos sócios e no atendimento dos interesses da


sociedade, a totalidade ou parte dos lucros poderá ter a destinação determinada pelos
quotistas, não podendo jamais, haver a compensação de prejuízos em detrimento do capital
social.

Parágrafo Segundo. A reunião dos sócios dar-se-á obrigatoriamente até o dia


30 de abril do exercício subseqüente ao da apuração dos resultados, para aprovação das
contas do exercício findo, e em qualquer ocasião necessária a deliberações sociais de
interesse geral ou de qualquer quotista, cientes os sócios por escrito com 30 (trinta) dias de
antecedência.

Cláusula Oitava: Da Cessão e Transferência das Quotas Sociais

É livre a cessão de quotas entre os sócios ou a aquisição destas se já liberadas


pela própria sociedade, cabendo a esta o direito de preferência; porém, a cessão das
mesmas a terceiros, dependerá da prévia anuência dos sócios, considerando-se todavia,
liberado o alienante para realizar a cessão, se no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir
da sua manifestação, o outro sócio não se pronunciar.

Cláusula Nona: Da Dissolução da Sociedade

A sociedade poderá dissolver pela morte, interdição, falência ou insolvência


de quaisquer de seus sócios e nos casos previstos em lei, podendo com a anuência do sócio

67
remanescente ser admitido na sociedade o sucessor detentor da titularidade das quotas
patrimoniais.

Parágrafo Primeiro. Na retirada de sócio prevista no caput ou no art. 1.029 da


Lei n.º 10.406 de 10/01/2002, a sociedade levantará balanço especial na data do evento, o
qual deverá estar concluído no prazo de 30 (trinta) dias.

Este balanço, ou o do último exercício social se dentro do prazo retro, será


precedido de uma avaliação técnica de todos os ativos da sociedade, devendo ser
observadas na elaboração do mesmo, todas as provisões e reservas admitidas pela legislação
fiscal e comercial.
Parágrafo Segundo. O herdeiro do sócio falecido deverá em 15 (quinze) dias
da apresentação do balanço especial, manifestar a sua vontade de ser integrado ou não à
sociedade, sucedendo-o nos direitos e obrigações.
Caso não exerça esta faculdade no prazo estabelecido, ou não haja
concordância do sócio remanescente, receberá todos os seus haveres apurados no balanço
especial, a que se referiu o parágrafo anterior, em 24 (vinte e quatro) prestações mensais,
iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente, vencendo a primeira delas em 30 (trinta)
dias da data do aludido balanço, acrescidas ainda de juros de 12% (doze por cento) ao ano.

Parágrafo Terceiro. Na hipótese de interdição de qualquer dos sócios,


persistirá ele no quadro social, cabendo ao curador nomeado substituí-lo em todos os atos,
vedado o exercício de cargo de direção.

Parágrafo Quarto. Fica estabelecido que, caso seja apurado prejuízo no


balanço especial, este será deduzido dos créditos existentes, proporcionalmente às quotas
de cada sócio.

Parágrafo Quinto. No caso de restar apenas um dos sócios no quadro social,


deverá a sociedade ter o ingresso de novo sócio no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob
pena de sua liquidação.

Parágrafo Sexto. O exercício dos direitos e deveres previstos no caput regem-


se em qualquer circunstância pelo princípio da proporcionalidade da participação societária
nos termos da legislação vigente.

Cláusula Décima: Da Declaração de Desimpedimento

Os sócios declaram, sob as penas da lei, e em especial ao que dispõe o art.


1.011, §1º da Lei n.º 10.406 de 10/01/2002, que não estão condenados em nenhum dos
crimes previstos em lei ou enquadrados nas restrições legais que possam impedi-los de
exercer a administração de sociedade empresária.
Cláusula Décima Primeira: Do Foro Contratual ou de Eleição

Os casos omissos ou dúvidas que surgirem na vigência do presente


instrumento serão dirimidos de acordo com a legislação aplicável, e em especial, segundo as
68
disposições contidas na Lei n.º 10.406 de 10/01/2002, no que concerne às sociedades
simples, tendo sido eleito pelas partes contratantes o foro da Cidade de Campo Grande,
Estado de Mato Grosso do Sul, renunciado-se a qualquer outro por mais privilegiado que
seja.

E por estarem em perfeito acordo, em tudo quanto neste instrumento foi


lavrado, obrigam-se as partes a cumprir o presente contrato social, assinando-o em 3 (três)
vias de igual teor e forma, a fim de surtir os efeitos legais.

Campo Grande, ____ de _________ de 2009.

Carolina Lemos Osadtchuk Moreira Leandro Bolzan de Rezende

Lucilene Alves de Freiras Sobral Tatiane de Queiroz Florentino

69
ANEXO IV

70

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