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por eles regulados (2) é o do principal estabelecimento do devedor. Com a ressalva de que, se
este estabelecimento principal não estiver situado no Brasil, torna-se competente o foro da
casa filial situada dentro do nosso país. art.3 e 7.
Logo, no exame inicial do pedido de recuperação judicial o juiz não irá se deter em apreciar o
mérito do mesmo, limitando-se apenas a verificar se este atende as exigências de ordem
processual impostas pela legislação processual comum (CPC) e pela LFR.
Assim, quando o juiz defere o processamento da recuperação judicial não está concedendo ao
devedor a recuperação em si, está apenas admitindo tal pedido como processualmente idôneo,
deixando o exame de mérito, após o qual irá deferir ou não a recuperação judicial, para um
momento futuro.
a sentença declaratória de falência é o ato jurídico que dá início à execução coletiva, sendo o
exórdio da falência propriamente dita, pois instaura o juízo universal da quebra.
Contra a massa falida não são exigíveis juros vencidos após a decretação da falência,
previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado não bastar para o pagamento dos credores
subordinados. Excetuam-se desta disposição os juros das debêntures e dos créditos com
garantia real, mas por eles responde, exclusivamente, o produto dos bens que constituem a
garantia.
A sentença também fixará o termo legal da falência, que poderá ser fixado em até 90 dias
antes do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do primeiro protesto por falta
de pagamento, exceto se cancelado.
Termo legal é o lapso temporal anterior à decretação da falência, no qual os atos praticados
pelo devedor são considerados fraudulentos, podendo ser declarados ineficazes em relação à
massa falida, através da ação revocatória, independente de sua intenção de fraudar. O termo
legal na lei revogada era de 60 dias. Na atual passou para 90 dias.
c)que o falido apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores,
indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já
não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência. Vide Súmula 280 STJ, que diz que o
artigo 35 do DL 7661/45 (que tratava da prisão administrativa do falido que faltava com seus
deveres) foi revogado pela CF/88.
d)nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do
caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35
da Lei 11.101/2005.
Na alienação da empresa falida ou de suas filiais não haverá sucessão do arrematante nas
obrigações do devedor, inclusive de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho
e as decorrentes de acidentes do trabalho. Por se tratar de Lei Especial, a nova legislação
falimentar afasta a regra geral dos artigos 10 e 448 da CLT. Na Legislação Tributária foi
inserido o parágrafo primeiro do artigo 133, pela LC 118/2005, onde preceitua que não se
aplica as disposições do artigo 133 do CTN na hipótese de alienação judicial.
A Ação Revocatória, também conhecida como Ação Pauliana, funda-se no direito que assiste
aos credores para revogarem ou anularem os atos praticados por seu devedor em prejuízo de
seus créditos, desde que na sua feitura se verifiquem o ânimo de fraude ou dolo, tendente a
furtar-se ao pagamento da dívida.
Porém há diferenças em relação à ação revocatória em âmbito civil e a ação revocatória em
âmbito falimentar, em relação às provas de fraude. No âmbito civil, a prova de fraude ou má-fé
de alheação ou oneração de bens do executado já são suficientes para a procedência da ação.
Já no âmbito falimentar, a ação revocatória não se mostra adstrita a essa prova, sendo o
remédio jurídico destinado a revogar a eficácia do ato jurídico praticado pelo falido em prejuízo
da massa ou de seus credores, tendo seus fundamentos nos artigos 52 e 53 da Lei 7.661/45
Nela a legitimidade de propositura da ação é do síndico e deferindo-se o direito aos credores
se o síndico não a intentar no prazo de 30 dias previsto no artigo 54. No âmbito civil, este
direito cabe apenas ao credor prejudicado pelo ato fraudulento, nos termos dos artigos 106 e
seguintes do Código Civil.
E lembre-se: o pedido de restituição da coisa em espécie não acontecerá nos seguintes casos:
-se houve sub-rogação do bem, o reclamante terá direito à coisa sub-rogada;
- se o bem reclamado se perdeu, receberá o reclamante o valor estimado;
- se foi vendido pela massa, na hipótese do artigo 76 caput da Lei de Falências, ou pelo falido,
em qualquer hipótese, o reclamante terá direito ao preço pago pelo bem. Em se tratando de
desembolso da massa, este deverá ser feito em imediata execução do julgado no pedido
restitutório, não tendo o crédito do reclamante, a natureza da dívida da massa.