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AMA-ME DO JEITO QUE ÉS

(Marie-Claire – Ma prière
aujourd’hui)

Conheço tua miséria, os combates e as tribulações de teu coração, a fraqueza e


as enfermidades de teu corpo; sei de tua covardia, de teus pecados, de teus
desfalecimentos.
Mesmo assim: dá-me teu coração; ama-me como és.
Se tu esperas ser anjo para entregar-te ao amor, nunca amarás.
Mesmo recaindo sempre naquelas faltas que gostaria de nunca teres conhecido,
mesmo sendo covarde na prática da virtude, não deixes de amar-me, entrega-
te a mim, ao meu amor por ti.
Ama-me do jeito que és. A cada instante e em qualquer situação em que te
encontrares, no fervor ou na aridez, na felicidade ou na infelicidade.
Ama-me do jeito que és. Quero o amor do teu pobre coração.
Se para amar, esperas ser perfeito, não me amarás nunca.
Será que eu não poderia transformar cada grão de areia num diamante
resplandecente de pureza, nobreza e amor? Será que eu não poderia, com um
único aceno de minha vontade, fazer surgir do nada milhares de santos, mil
vezes mais perfeitos e amorosos do que aqueles que já criei?
Será que não sou o Onipotente? Quero deixar no nada aqueles seres
maravilhosos, preferindo teu pobre coração.
Deixa-te amar por mim: desejo teu coração. Claro que pretendo melhorar-
te. Até lá, amo-te como és. E quero que tu faças o mesmo; quero ver, lá do
fundo de tua miséria, subir o amor.
Amo em ti até a fraqueza. Gosto do amor dos pobres, quero que da tua própria
inteligência suba sem cessar este grito: “Senhor, eu te amo!”
O que importa para mim, é o cantar do teu coração e tua vontade para amar-me
como és, cada dia um pouco mais, com meu Amor que pus em teu coração.
Que necessidade tenho de tua ciência, de teus talentos? Não são virtudes que
espero de ti.
Até se eu te desse algumas, és tão fraco que logo apareceria o amor próprio
subindo-te à cabeça: não te importes com isso.
Eu poderia ter-te destinado a grandes coisas. Entretanto, não passará de servo
inútil; tirarei até o pouco que tens, pois te criei apenas para o amor. Ama!.
O amor fará com que realizes tudo o mais sem perceber.
Não procures outra coisa senão preencher o momento presente com teu amor;
hoje, qual mendigo, fico esperando à porta de teu coração, Eu, o Senhor dos
senhores.
Fico batendo e esperando: abre logo, não me faças esperar, alegando tua
miséria.
Tua indigência, se a conhecesses plenamente, morrerias de dor.
A única coisa que poderia ferir-me o coração seria ver-te duvidando de mim,
desconfiado.
Quero que penses em mim a cada hora do dia e da noite; quero que até a ação
mais insignificante seja feita por amor.
Na hora do sofrimento, eu serei tua força. Se me amares, farei com que ames
muito além do que podias sonhar. Lembra-te porém: Ama-me do jeito que és!
Não espere ser santo para entregar-te ao amor! Do contrário, nunca me amarás.
Lembra-te mais ainda que a santidade que sonhas consiste acima de tudo em
“deixar-te amar por mim”
Somente essa experiência será transformadora de vida e de teus
relacionamentos.
O que te peço é que acolhas o meu Amor que é pura gratuidade e misericórdia.
É o “Amor Primeiro”, “Amor, Fonte de Amor”.
Entrega tua vida em minhas mãos de Pai que te conheço e te chamo pelo nome.
Eu te criei por amor e meu Amor é que dá vida e santidade! Não são tuas
virtudes que eu espero!
O que eu busco és tu mesmo, o obra prima que criei para minha glória!
Conheço a tua beleza, tua capacidade de ser bom, criatura feita à minha imagem
e semelhança!
“Deixa-te conduzir por mim” é o que eu te peço hoje.
Entrega-te ao meu Amor!

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