You are on page 1of 2

AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE TUTELA

ANTECIPADA
Petição inicial em Ação de Interdição com Pedido de Tutela Antecipada, na qual a requrente alega ser seu
irmão portador de uma perturbação mental denominada esqizofrenia, e para que o interditando continue
recebendo o benefício do INSS, recebido mensalmente pela requerente, é necessário que a mesma faça o
recadastramento e que comprove ser ela a curadora do beneficiário. Assim tendo em vista o resguardo do
direito ao benefício pelo interditando, a autora requer a expedição de mandado a fim de garantir a atualização
dos dados do beneficiário em tempo hábil.

EXMº SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL COMARCA DA (XXX)

DEFENSORIA DATIVA

(XXX), brasileira, casada, aposentada, carteira de identidade nº (xxx), inscrita no CPF/MF sob o nº (xxx), título
de eleitor nº (xxx), residente e domiciliada na rua (xxx) nº (xxx), bairro (xxx), CEP (xxx), nesta capital, por
intermédio de sua defensora infra-assinado (DOC. 01, 02, 03) com escritório no endereço supramencionado,
vem, perante V. Exª, para propor 

AÇÃO DE INTERDIÇÃO C/ PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

nos termos do art. 1.177 inc. II do Código de Processo Civil c/c o art. 1.767 e ss. do Código Civil; de (XXX),
brasileiro, solteiro, sem profissão definida, filho de (XXX) e (XXX), falecidos (DOC. 04 e 05) nascido em (xxx)
(DOC. 06), portador da carteira de identidade nº (xxx) (DOC. 07), inscrito no CPF sob o nº (xxx) (DOC.08),
residente e domiciliado no mesmo endereço da Requerente, pelos motivos e razões expostas a seguir:

1. O interditando, irmão da Requerente, desde os seus 18 (dezoito) anos, apresenta perturbação mental, com
a enfermidade denominada de esquizofrênia, para a qual vem sendo tratado e encontra-se sob cuidados
médicos do psiquiatra (XXX), consoante prova o documento em anexo (DOC. 09), que lhe impossibilita
discernimento para reger sua pessoa.

Declara a Requerente que o interditando não possui bens e recebe benefício do INSS desde abril de 1983
(DOC. 10, f. 1 e 2) – Renda Mensal Vitalícia por Incapacidade (Doc. 11, f. 1 e 2), o qual vem sendo recebido
mensalmente pela Requerente. 

Porém, para continuar recebendo tal benefício, a Requerente deveria proceder a atualização do cadastro do
beneficiário até a data de 24 de setembro último passado segundo exigência do INSS e não o fez por falta do
requisito essencial, ou seja, a comprovação de que a Requerente é a Curadora de (XXX)– beneficiário do
INSS.

2. Diante do relato supra, a Requerente, já qualificada com a documentação anexada (DOC. 12, 13, 14, 15)
pretende a interdição do Interditando e sua nomeação como Curadora, para os fins de direito, inclusive para
proceder o recadastramento urgente no INSS para, assim, evitar a suspensão do benefício junto à
Previdência Social, hoje em valor equivalente a R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais).

A Renda Mensal Vitalícia por Incapacidade a que teve direito, o beneficiário, durante mais de vinte anos,
poderá ser cassada pelo INSS por falta de recadastramento exigido pela Previdência Social oficial. 

3. Desta maneira, segundo precedentes, em casos especialíssimos, presente a força maior ou o estado de
necessidade, cabe antecipação de tutela – art. 273, § 2º do Código de Processo Civil, cuja tutela visa a
antecipação de efeitos de sentença meritória e exige presença de direito material que apresenta o caso
concreto.
É cabível na presente situação, a antecipação de tutela, providência cautelar introduzida por força da redação
conferida ao artigo 273, do Código de Processo Civil, haja vista a prova inequívoca da verossimilhança,
somada ao receio de dano irreparável, presentes a força maior ou o estado de necessidade, ou seja, a
necessidade de proceder o recadastramento do Interditando conforme exige o INSS para evitar a suspensão
do benefício recebido ; uma vez, reconhecida sua natureza de cunho alimentar.

4. Demonstrado por atestado médico ser o Interditando portador de deficiência mental, razão pela qual deverá
ser decretada a sua interdição, é de ser deferida a antecipação de tutela para possibilitar o recadastramento
do beneficiário e, dessa forma, evitar a suspensão do benefício de prestação continuada que goza o
Interditando, tendo em vista o cunho alimentar das prestações previdenciárias como já se afirmou
anteriormente.

Isto posto, requer:

a concessão da tutela antecipada, considerando presentes os pressupostos essenciais para tal medida, com
a respectiva expedição de mandado para possibilitar a Requerente proceder o recadastramento do
Interditando no INSS;

a citação do interditando para comparecer em dia e hora designados para seu interrogatório, oferecendo
impugnação no prazo legal, querendo, e, finalmente, contestada ou não, seja julgado procedente o pedido, a
nomeação da curadora provisória – a Requerente – até a decretação definitiva da interdição requerida, com a
nomeação igualmente da Requerente para sua curadora, expedindo-se o mandado ao registro civil,
publicação de editais, além das outras formalidades de praxe; 

c) a intervenção do representante do Ministério Público para acompanhar o feito;

a procedência da Ação com a conseqüente concessão da interdição nos termos da exordial;

a determinação do pagamento da verba honorária, nos termos da Lei complementar nº 155/97, à defensora
dativa infra-assinada.

e)a produção de provas por todos os meios em direito admitidos, notadamente a documental e a pericial,
além da oitiva das testemunhas arroladas a seguir:

(XXX)
CI nº (xxx)
CPF nº (xxx)
Rua (xxx) nº (xxx), bairo (xxx)– cep (xxx) – cidade (xxx).

(XXX)
CI nº (xxx)
CPF nº (xxx)
Rua (xxx) nº (xxx), bairo (xxx)– cep (xxx) – cidade (xxx).

Dá-se ao pedido o valor de R$ 100,00 para fins fiscais.

Nestes termos,
pede deferimento.

Glaci de Oliveira Pinto Vargas


OAB/SC 17922-A

You might also like