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Ambientalismo na berlinda

O Rio Grande do Sul tem um profundo valor no ponto de vista histórico na questão
ambiental. Com referências saudosas e de extrema importância como Balduino
Rambo, José Lutzemberger e Henrique HRoessleresler o estado teve um importante
papel na indução de políticas públicas que busquem o desenvolvimento sustentável.
Mas, nos últimos anos, temos perdido espaço nesta temática, principalmente por
omissão dos sucessivos governantes.

Nos anos 70 e 80, a grande luta dos ambientalistas era a possibilidade de participar das
decisões, ajudar a decidira. Era preciso efetivar mecanismos de gestão ambiental
participativa. Na década de 90, pós constituição e 1988, o grande desafio estava em
organizar as estruturas públicas para efetivar programas ambientais nas diferentes
esferas. Hoje, temos os mecanismos legais, o espaço para participar e um modelo de
desenvolvimento que não leva em conta a preservação ambiental.

É neste cenário que o atual movimento ambientalista gaúcho, através da Assembléia


Permanente de Entidades Ecológicas (APEDEMA) reúne-se pela vigésima oitava vez no
Encontro Estadual de Entidades Ecológicas (EEEE), que ocorre no final de agosto em
Viamão, no Assentamento da Reforma Agrária Filhos de Sepé, dentro dos limites da
Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande.

Mas, nesta perspectiva, quais os desafios atuais do ambientalismo? Este é um dos


temas centrais do encontro. Quem é o ambientalista contemporâneo, quais suas lutas,
os seus espaços de participação e principalmente, qual será a estratégia futura.

O estado sofre uma crise ambiental institucional. O legislativo não ouve a sociedade e
não respeita a coletividade. O executivo ainda não entendeu que a questão ambiental
deve permear todos os seus órgãos e que os espaços de controle social precisam ter
mais autonomia e garantia de mais poder de decisão as entidades ambientais.

Enfim, vários sãos os temas a serem debatidos e aprofundados no EEEE. Em todos os


momentos históricos das políticas ambientais, os conceitos estabelecidos pelo
movimento ambientalista foram os principais elementos que permitiram avanços
significativos nas ações dos governos. É inegável que nosso estado precisa recuperar
seu espaço de liderança na defesa do meio ambiente. Para isso, duas questões são
necessárias e urgentes, sendo que o fortalecimento do ambientalismo é a principal
delas. A segunda, e crucial, é o compromisso dos governos e da sociedade com um
tema que vai nos dizer qual o tempo de vida que teremos no planeta. Que sejamos
todos AMBIENTALISTAS.

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