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UNIVERSIDADE DO SUL DE

SANTA CATARINA
• CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA
SAÚDE
• CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
• DISCIPLINA: BASES DA CLÍNICA
CIRÚRGICA E CIRURGIA EXPERIMENTAL

Prof.: Sandro P. Berni Brum


AMBIENTE, EQUIPE
CIRÚRGICA E
INSTRUMENTAL

Prof.: Sandro P. Berni Brum


AMBIENTE CIRÚRGICO
• Área especial do hospital destinada a realização de atos
operatórios,onde estão concentrados recursos representados por
equipamentos e materiais que possam ser utilizados com eficiência
e segurança pela equipe cirúrgica, bem como pelo pessoal
responsável pelos serviços auxiliares, em benefício do paciente.
• Obs.: Entende-se por serviços auxiliares o preparo pré-operatório
do paciente, a administração de anestesia, o controle monitorizado
das variáveis fisiológicas, o desempenho da enfermagem
especializada em centro cirúrgico, a colaboração do laboratório
clínico e banco de sangue e finalmente a recuperação pós
operatória imediata do paciente
AMBIENTE CIRÚRGICO
• DIMENSIONAMENTO: Podemos ter critérios
fixos: - 5% da área total do hospital ou 3m2/leito
hospitalar.
• Porém, inúmeros fatores devem ser considerados e
analisados, tais como: número de leitos cirúrgicos
do hospital,especialidades médicas que
funcionam,número de cirurgias por dia, horário de
utilização e funcionamento do centro cirúrgico,
entre outros
AMBIENTE CIRÚRGICO

• LOCALIZAÇÃO: É importante que esteja localizado


em local de fácil acesso (próximo às unidades que
recebam casos cirúrgicos), afastado das zonas mais
poluídas (ruídos, poeira e lixo) onde o trânsito de
pessoal seja o menor possível. De preferência nos
andares mais elevados.
• As salas de operações devem estar protegidas de tal
forma que não recebam insolação direta ou intermação,
seja pela orientação adequada ou por meios artificiais
AMBIENTE CIRÚRGICO
• Genericamente temos três zonas: a) ¨Zona de
Proteção¨- vestiários (acesso dos profissionais) b)
¨Zona Asséptica ou Estéril¨- salas de operação e
subesterilização c) ¨Zona Limpa¨- todos os
demais componentes do agrupamento cirúrgico
• Obs.: Área de Transferência - acesso para os
pacientes
AMBIENTE CIRÚRGICO
• COMPONENTES PROPRIAMENTE
DITOS:
• 1- Vestiários: Em número de dois ( um para
cada sexo), contém sanitários, chuveiro e
armários. Encontram-se na entrada da
unidade e devem ser as únicas vias de
acesso utilizadas para os que aí trabalham
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 2- Sala de Recepção dos Pacientes: É
aquela na qual os pacientes que serão
operados serão recebidos e permanecerão
até o momento de serem conduzidos para a
sala de operações. Deverá ser protegida por
uma ante-sala ( área de transferência)
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 3- Corredores - Constituem local de grande
disseminação de infecção. Atualmente temos os
conceitos de corredor central(considerado limpo)-por
onde entram a equipe, o paciente, os instrumentos e
materiais estéreis e o de corredor
periférico(considerado contaminado)- por onde saem
todos os elementos que entraram na sala de operações.
Evitando-se o cruzamento do fluxo de pessoas e
instrumentos potencialmente contaminados com o não
contaminado
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 4- Lavabo: Situam-se fora da sala de
operação e anexos às mesmas. Em geral
temos um para cada duas salas com no
mínimo duas torneiras (sistemas de controle
de abertura variável)
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5- Sala de Operação: Em geral o número de salas
corresponde a 5% do total de leitos cirúrgicos do
hospital(Laufman,1970).Outra relação proposta é
de uma sala cirúrgica para cada 50 leitos de um
hospital geral(Martin,1974). O tamanho da sala
cirúrgica depende da especialidade a qual se
destina. A área mínima deve ser 25m2 com largura
mínima de 4m (Oftalmologia). As salas para
Cirurgia Geral devem ter 30 a 35m2, já para
Cirurgia Cardíaca 35 a 45m2.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5- Sala de Operação: Deve dispor de mesa
cirúrgica, mesas de instrumental, mesa para o
anestesista, mesa auxiliar para a circulante (para
pacotes com campos estéreis ou complemento de
instrumentos), foco principal de luz, aparelhos de
anestesia e respiração artificial conectados a rede
de oxigênio e anestésicos. Além de local para os
fios e outros materiais utilizados durante a
cirurgia.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5- Sala de Operação: Iluminação- Hoje utiliza-se
exclusivamente iluminação artificial.Deve-se
considerar os seguintes aspectos: iluminação
adequada do campo operatório, eliminação de
sombras,redução de reflexos, eliminação do
excesso de calor no campo operatório, suficiente
iluminação geral na sala e proteção contra
ocasional interrupção por falta de energia
elétrica( através de geradores)
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5- Sala de Operação: Ventilação- O sistema de ventilação é
o aspecto que encerra maior polêmica nos últimos anos.
Envolve o fornecimento de ar em condições adequadas
(passagem do ar por filtros), a remoção de partículas
potencialmente contaminantes e de gases anestésicos (flluxo
laminar linear do ar com 15 a 20 renovações completas do
ar por hora, com corrente aérea de 0,3 a 0,4m/s,para evitar
turbulências) e impedir a entrada na sala de cirurgia de
partículas potencialmente contaminantes oriundas de áreas
adjacentes ao centro cirúrgico (diferença de pressão)
AMBIENTE CIRÚRGICO
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5-Sala de Operação: Temperatura - o ideal
para a equipe cirúrgica é de 19 a 21oC. Já
para o paciente: temp. menor que 21oC
todos estarão hipotérmicos ao final da
cirurgia, entre 21 e 24oC- 70%
normotérmicos e entre 24 e 26oC todos
terminaram normotérmicos
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 5- Sala de Operação: Umidade: ideal 45 a
55% . A umidade baixa predispõe a faíscas
elétricas e perda excessiva d’água pelo
paciente. A umidade elevada facilita o
desenvolvimento de bactérias e atrapalha o
funcionamento de equipamentos elétricos
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 6- Sala de Subesterilização: Dotada de
autoclave de alta pressão e alta velocidade,
destinada a rápida e segura esterilização de
instrumentos metálicos que acidentalmente
contaminem durante a cirurgia e cuja
utilização seja imprescindível. Uma sala
atende duas salas de operação.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 7- Sala Auxiliar: Não obrigatória. Ex.: Para
montagem de equipamento de circulação
extra-corpórea
• 8- Sala de Equipamentos: Local onde ficam
os equipamentos em condição de utilização
imediata. Ex.: bisturi elétrico, respiradores,
microscópio cirúrgico)
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 9- Depósito de Material: Local onde fica
armazenado o material esterilizado
proveniente do centro de esterilização. Ex.:
aventais, pacotes de campos, caixa com
material esterilizado.
• Obs.: o material não utilizado dentro de 8
dias deve retornar ao centro de
esterilização.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 10- Sala de Recuperação Pós-Anestésica: É o local para
onde os pacientes são conduzidos imediatamente após a
realização dos atos operatórios com o objetivo de melhor
controlar a recuperação da sua consciência e suas funções
vitais. Em geral uma área ampla onde são colocadas camas
especiais lado a lado( respeitando-se a área mínima de 7m2),
normalmente divididas por sexo. Deve dispor de área de
isolamento físico destinada a pacientes que foram
submetidos a cirurgia contaminada.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 10- Sala de Recuperação Pós-Anestésica: O responsável por
este setor é o Anestesiologista, embora a equipe cirúrgica
também participe do controle clínico do paciente nesta
unidade. O doente permanece até recuperação completa da
consciência e sinais vitais recebendo alta pelo
Anestesiologista. Deve conter monitores cardíacos,
oxímetros, respiradores artificiais ,material e medicação
para uso em emergência. A enfermagem deve ser treinada e
especializada para cuidar de pacientes graves
AMBIENTE CIRÚRGICO
• 11-Salas de Conforto
• 12-Serviços Auxiliares- Radiologia, Anatomia Patológica e
Laboratório Clínico
• 13- Administração- Chefia do Centro Cirúrgico,
Supervisora do Serviço de Enfermagem, Serviço de
Anestesia e Secretaria Geral do Centro Cirúrgico
• 14- Central de Gasoterapia- Local onde situam-se os
registros e manômetros das entradas destinadas a oxigênio,
ar comprimido e gases anestésicos.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• Algumas características importantes: Piso,
paredes, portas, cor e fluxos além de sistemas de
segurança (Infecção, eletricidade, incêndio,
explosão, falta de energia e manutenção geral)
• O conceito moderno de Ambiente Cirúrgico não
inclui o centro de material esterilizado,que é
definido como uma unidade hospitalar autônoma.
AMBIENTE CIRÚRGICO
• COMPORTAMENTO NO CENTRO CIRÚRGICO: Deve-
se entrar devidamente paramentado e consciente do delicado
trabalho que ali se realiza, evitando conversas
desnecessárias,circulação pelos corredores e por várias salas
de operação
• Cirurgias Contaminadas - não deve-se entrar na sala e a
equipe cirúrgica deverá trocar de roupas e pro-pés deixando
os sujos na sala de operação e colocando outros limpos no
corredor (a sala deverá ser submetida às técnicas de
assepsia)
AMBIENTE CIRÚRGICO
• COMPORTAMENTO NO AMBIENTE
CIRÚRGICO: Deve-se evitar entrar com doenças
infecciosas sistêmicas ou localizadas , o pessoal que
assiste a uma cirurgia deve não deve tocar nos
campos esterilizados ou obstruir o trânsito da
enfermeira circulante. Por fim grande cuidado deve
ser empregado no transporte do doente para a sala
de recuperação.
EQUIPE CIRÚRGICA
• O ato operatório deve ser executado dentro
de uma rotina, de modo seguro e cômodo.
Para tanto , a equipe cirúrgica deve
funcionar como um todo, cada elemento
cumprindo sua função em harmonia e
sincronia.
EQUIPE CIRÚRGICA
• COMPOSIÇÃO: Cirurgião, 1o auxiliar,2o auxiliar
( facultativo), instrumentador e anestesiologista
• Funções: Cirurgião - Chefe da Equipe. É o integrante mais
experimentado e capacitado do grupo. Deve realizar o ato
operatório, manter a disciplina e a ordem da equipe,de
comum acordo com o anestesiologista escolher o melhor
tipo de anestesia para o caso, comandar a correta antissepsia
da pele do paciente, escolher a melhor via de acesso e
incisão realizando o procedimento dentro da melhor técnica
EQUIPE CIRÚRGICA
• Funções do 1o auxiliar: Compete a eventual substituição
do cirurgião, a colocação do paciente na mesa operatória
,cuidar para que o instrumental e/ou material especiais
para a cirurgia sejam providenciados a tempo, a
antissepsia da pele do paciente, colocação de campos ,
apresentar pinças hemostáticas para ligadura definitiva,
afastar estruturas anatômicas, dar nós (quando solicitado
pelo cirurgião), cortar fios e assumir a chefia da equipe
quando o cirurgião entrar apenas no tempo nobre
EQUIPE CIRÚRGICA
• Funções do 2o auxiliar: Necessário em
intervenções de maior porte. Deve afastar
estruturas anatômicas instruído pelo
cirurgião, apresentar pinças hemostáticas
para ligaduras definitivas, realizar outras
tarefas a critério do cirurgião.
EQUIPE CIRÚRGICA
• Funções do Instrumentador: Responsável pela
mesa de instrumentos e materiais. Deve ser o
primeiro a entrar na sala e preparar com
antecedência a mesa de instrumentos, conhecer o
nome e o uso de cada instrumento, manter o
material em condição de uso imediato,
providenciar instrumental ou material especial
para determinada operação, além do material de
rotina, entre outras.
EQUIPE CIRÚRGICA
• Funções do Anestesiologista: Deve
prescrever o pré-anestésico e de comum
acordo com o cirurgião empregar o tipo
anestesia mais adequado para o
paciente.Deve permanecer de forma
ininterrupta durante a operação e
acompanhar o paciente na fase de
recuperação anestésica.
EQUIPE CIRÚRGICA
• Colocação da Equipe Cirúrgica: Variará
com os diversos tipos operações nas
especialidades.
INSTRUMENTAL
• Segundo suas funções podem ser divididos em:
Instrumental de diérese (bisturi e tesouras)
• Instrumental de hemostasia (pinças hemostáticas de
diversos tamanho)
• Instrumental de síntese (porta agulhas, agulhas, pinças
anatômicas e ¨dente de rato¨
• Instrumental especial ( em determinado tempo de operações
especializadas)
• Instrumental auxiliar (pinças de campo e afastadores)
INSTRUMENTAL
• Classificação das Agulhas: Curvas, semi-
retas e retas (podem ser prismáticas ou
cortantes e cilíndricas ou atraumáticas).
• Material Cirúrgico: considera-se aquele que
é consumido durante o ato operatório, sem
ser reutilizado, tais como: gaze,
compressas,fios, drenos e seringas.

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