1 Crônicas 29.1-17 O consumismo tem crescido no meio evangélico enquanto que as contribuições vão ficando cada vez mais escassas. A consciência que mais tem sido fácil de ser tingida com a verdade de que se necessita contribuir com a obra de Deus, tem sido na grande maioria aquelas que foram avisadas que haverá um retorno financeiro acima do que deram. A quantidade de crentes inadimplentes no comércio segundo determinadas fontes, leva-nos ao entendimento do por que a inadimplência também tem crescido nas igrejas. O apego ao dinheiro e por não dizer o anseio incontrolável por possuir coisas tem lançado a obra de Deus para segundo plano, quando não fica totalmente fora dos planos pessoais de muitos irmãos. Se sabemos que devemos fazer o bem e assim não fazemos, nisto pecamos diz a Bíblia. Se sabemos que devemos contribuir para com a obra de Deus e assim não fazemos fica claro que Deus não tem ocupado o primeiro lugar em nossas vidas, como também fica claro que há um problema de falta de fé em Deus, no que Ele pode prover para cada um dos que afirmam crer nele. Se sabemos que a obra de Deus não subsiste apenas com nossos louvores, orações, participações pessoais e boas intenções, mas com contribuição financeira também, mas não cooperamos, então estamos sendo incrédulos, negligentes e péssimos exemplos para os que estão fora do evangelho. 1. O PROPÓSITO DO LIVRO DE I e II CRÔNICA O livro de 1 e 2 Crônicas foram escritos após o povo de Israel retornar do exílio na Babilônia. Um dos grandes problemas daqueles que voltaram do exílio era se aproximar de Deus novamente, ter a mesma visão de como Deus e sua casa eram importantes e viverem de forma consagrada a Deus. O templo havia sido destruído e a falta de motivação, e por não dizer razão, era visto na vida de todos. É por isso que o profeta Ageu encontrou dificuldade para conscientizar o povo da necessidade de reconstruir a casa de Deus. O templo lembrava a presença viva no meio do povo. O desprezo pela construção desse templo dizia muito do desprezo do povo pelo próprio Deus. Se o povo não ligava para a existência do templo era porque já não ligava para a existência de Deus. Malaquias, todavia, encontra outro problema, porem, dentro do mesmo tema. Havia o templo, mas, não a fidelidade nas ofertas e dízimos, única forma de mantê-los em atividade. Segundo Deus, por meio do profeta, tal atitude não era diferente de roubo e por isso aqueles que fossem infiéis receberiam de conformidade com sua prática. Vejamos pois, o que o cronista relatou sobre a relação financeira do crente com a obra de Deus na época do rei Davi como exemplo para o seu tempo e para nós. 2. A OBRA É GRANDE E É PARA DEUS, 1 Primeiramente Davi vê que o motivo e a justificativa para se contribuir para a construção do templo de Salomão estão na inexperiência do próprio Salomão, mas principalmente no fato da obra ser grande e se destinar ao próprio Deus. Davi julgava que Salomão fosse inexperiente ainda após sua morte para poder empreender uma campanha de arrecadação de contribuição de tão grande porte. Pelos anos de atividade sobre o trono de Israel e sendo já bastante experiente na administração do reino, Davi imaginava como seria difícil para alguém que estivesse começando a reinar ficar adiante de tão difícil tarefa. Ou seja, Davi supunha que tirar do bolso para dar para a construção da casa de Deus já era algo muito dificultoso para as pessoas crentes de sua época. A outra verdade que Davi sabia que podia deixar bem claro ao tomar a frente dessa campanha era que toda a obra era estritamente direcionada para o próprio Deus. Que não era o homem que iria partilhar ou mesmo ter parte a possuir nessa grande construção. O destaque que ele faz em dizer que a obra era grande e não é para homens, mas para Deus que era Senhor, deixa bem claro para cada um de nós o grau de seriedade e temor que Davi demonstrava ter para com Deus. Assim as pessoas no período pós-exílio deviam também entender que a razão de cada um contribuir estava no fato de ser para Deus. Cada um de nós hoje deve pensar também assim. Se essa consciência não levar um crente a ser um fiel contribuinte para a obra de Deus nada mais o fará. Será que Deus merece a sua fidelidade? Será que Deus merece que você possa dizimar de tudo quando ganhar? Qual o tamanho da obra de Deus hoje? Será que é grande também? Certamente a obra de Deus ainda é grande, mas, a nossa obra será do tamanho de nossas contribuições e na medida de nossa fidelidade. 3. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER FEITA POR AMOR A DEUS, 2,3 Uma outra verdade que Davi ressalta como razão para contribuição para a obra de Deus era o amor que ele nutria por ela e claro que pelo próprio Deus. Ninguém pode amar a casa de Deus, com ênfase em Deus como ele o faz, sem amar a Deus. O amor nos faz ver aquilo que antes era invisível aos nossos olhos e uma coisa que por muito tempo fica invisível aos olhos das pessoas é que contribuir para Deus é a coisa mais certa na vida. Davi diz que “porque amo a casa de meu Deus, que dou para casa do meu Deus”. Davi ao contribuir para essa obra que diz amar demonstra todo zelo e todo amor para com o dono da casa a usa a expressão meu Deus duas vezes no verso 3. No primeiro capitulo do livro do profeta Ageu é demonstrado lá que a falta de percepção de construir a casa de Deus se devia ao fato de o povo está mais preocupado com suas próprias casas. O povo amava mais a si mesmo e mais a sua casa que a casa do próprio Deus. Quando o cronista escreve essa passagem ele tentava com isso mostrar o amor de Davi para com Deus através de sua casa e assim tentar motivar o povo a amar a Deus novamente e contribuir para coma a obra de Deus. É claro que pode existir e existem pessoas que contribuem sem sentir um mínimo de amor para com Deus e sua casa. Essa contribuição, todavia, foge da razão porque é dada e perde também o seu significado porque a qualquer momento pode ser interrompida e causar desequilíbrio nas contas da casa de Deus. O tempo passou, mas a razão continua a mesma porque a obra de Deus ainda está de pé e por isso se deve contribuir para ela com amor. É o amor que faz com que as coisas durem e persistam mesmo em tempos de dificuldades. Se alguém ama a Deus de verdade, sua contribuição será verdadeira e de indispensável utilidade para a manutenção do reino de Deus. Ame a Deus. 4. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER FEITA ESPONTANEAMENTE, 5 Davi também não cria que a oferta devesse ser dada à força, obrigatoriamente, contra a própria vontade e disposição da pessoa. Uma oferta dada a força é prejudicial a vida do crente, porém, não sentir vontade espontânea para contribuir é sinal de baixa espiritualidade. A espontaneidade em contribuir diz muito do desejo de se consagrar ao Senhor, como da vontade de se ter uma vida agradável a Deus. Trazer ofertas liberalmente sem que ninguém esteja obrigando é um caminho para a consagração, pois, segundo Davi a oferta de bens, dinheiro e riquezas também é parte do culto a Deus. Davi como rei podia baixar um decreto e determinar que todos dessem e quanto deveriam dar, mas estaria interferindo na disposição que cada um devia ter de pela própria consciência se entregar a Deus. Se uma pessoa não se sente livre e a vontade para ofertar e dizimar para uma obra grande e que era para o próprio Deus, obrigá-la não ajudaria em nada em sua falta de fé. O cronista esperava que o povo após o retorno da Babilônia olhasse para a vida de Davi que tanto admiravam e imitassem seu exemplo. Hoje também não é diferente e ninguém é obrigado a nada. É pela fé também que a pessoa deve se sentir livre para contribuir para a casa de Deus por saber a obra é Dele e que Ele merece que façamos assim. Cada um deve se esforçar por viver e manifestar na prática que é salvo. E se na prática uma pessoa não demonstra amar a Deus, a sua obra e que não se sente livre para dar para Deus, muito menos será salva. Discutam o assunto, debatam as questões, pois, isso será para a vida de cada um e da própria igreja. Pr Wellington 18/05/2011 16:48 Essa lição continuará