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28 Fevereiro 2009 29

DESPORTO
Benfica só tem 2,2 milhões de adeptos Lori Sandri demitido Liedson: Queiroz sacode água do capote
O brasileiro Lori Sandri foi
O Benfica é o clube mais popular em Portugal, com 2,2 milhões demitido do comando técnico Carlos Queiroz demarcou-se da questão da naturalização do
de adeptos, segundo a avaliação da Sportt+Markt (empresa de do Marítimo, na sequência da avançado Liedson, apesar de considerar o brasileiro como um
estudos de marketing alemã) dedicado à época de 2008/09, que derrota com a Académica (3-1). dos melhores na sua posição a actuar em Portugal. “O Liedson é
reduz a menos de metade o número de simpatizantes A decisão foi comunicada ao um dos jogadores, como grande marcador, mais relevantes do
contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). treinador pelo presidente do futebol português em termos da sua posição. Se é convocável ou
Segundo dados de um outro estudo da “Vox Populi”, INE e clube insular, Carlos Pereira, não para a selecção nacional é outra questão que não deve ser
Secretaria de Estado das Comunidades, de Março de 2006, o após uma reunião entre ambos. debatida desta maneira”, afirmou Queiroz, que prefere não entrar
Benfica reunia mais de 4,75 milhões de adeptos só em Portugal, Carlos Carvalhal será o em polémicas, salientando que as naturalizações, a serem
mais de 5,5 milhões na Europa e mais de 14 milhões no Mundo. substituto de Lori Sandri. discutidas, se-lo-ão na AR, e não no seio da FPF.

O “levezinho” ainda
deu um ar da sua
graça ao enviar uma
bola poste dos azuis.
Frango à Helton
E ficou-se por aí...

e caldeirada à Bento
O frango de Helton, numa altura em que o FC Porto parecia ter o jogo
controlado frente a um Atlético de Madrid que não mostrava argumentos
suficientes para levar de vencida os azuis, poderia ter comprometido a pas-
sagem aos quartos de final da equipa portuguesa. Porém, dando mostras de
um querer assinalável, os comandados de Jesualdo deram a volta àquele
texto que se escrevia, todo, em português, com algumas tímidas notas em
castelhano. O FC Porto marimbou-se para o ambiente que fervilhava
naquele Calderon e mostrou a nuestros hermanos que não tinha pressa de
resolver já a questão, esperando aguardar mais uns dias para festejar intra-
muros a anunciada passagem à eliminatória seguinte. Se não houver surpre-
sas... como em Alvalade, onde um Sporting, autoritário uns dias antes
frente ao Benfica, se resolveu mascarar de equipa amadora e foi completa-
mente reduzido a cinzas naquela quarta-feira das ditas.
Bento de nome, diabinho teimoso nas opções, o treinador cozinhou uma
caldeirada suficientemente apaladada para os gostos germânicos... que
comeram e repetiram. Seguindo o seu já conhecido lema que reza que em

Benfica sofre... mas ganha pontos


A divisão de pontos no estádio do Dragão, entre FC dividiram o mal pelas aldeias e não passaram de um nulo
equipa que ganha mexe-se, Paulo Bento revolucionou a defesa, teimou
num Rochemback gordo e lento e apostou naquele Romagnoli que é capaz
do melhor... e do pior. Para ganhar altura mudou a defesa (boa, Bento, só
sofreram um golo de cabeça!) mas foi por baixo que se construiu a golea-
Porto e Sporting, foi um bom resultado... para o Benfica. que não espelha, na realidade, o que se passou dentro de da. E foi por baixo, também, que se nivelou a exibição do Sporting. Para
De facto, na véspera, os encarnados já se haviam desem- campo. Embora sem golos e com pouquíssimas oportu- esquecer... ou para mais tarde recordar?
baraçado da complicada equipa do Leixões, embora ter- nidades para tal, o jogo foi, pelo menos, emotivo, aqui e
minassem o jogo com aquele credo na boca a que nos ali com exagero de picardias, capítulo onde os portistas Bayern de Munique
habituaram de há uns tempos a esta parte. terão ganho algum avanço. agradece as facilidades
concedidas...
Não fosse a enorme fífia de um Elvis que não é Quem esperava um Sporting traumatizado pela golea-
Presley, que chutou “desafinado” para a própria baliza, e da de quarta-feira terá ficado admirado pela postura da
os encarnados passariam, certamente, pior bocado do equipa em campo, que não deixou espaço nem tempo
que aquele que experimentaram. Mesmo assim, devido à para que os virtuosos do Norte exibissem as suas con-
lesão de Carlos Martins - também facto habitual neste hecidas habilidades. Nem Lucho, tão pouco Hulk ou
Benfica de mazelas várias - os benfiquistas voltaram a mesmo Rodriguez conseguiram criar grandes problemas
ter a sua dose de sofrimento, com a equipa a enviar bolas à defesa leonina, bem mais consistente do que frente ao
para a bancada nos instantes finais do encontro. Não Bayern. Embora não tenha ido para o Dragão jogar à
havia naquele meio campo jogador que segurasse o defesa, o certo é que Paulo Bento teve maiores cuidados
esférico, e os leixonenses, rápidos e organizados, fize- neste sector. Por isso, o “levezinho” terá realizado um
ram pairar sobre a Luz o velho fantasma do empate. jogo à medida do seu peso, light demais para as preten-
Lá mais para cima, na Invicta que esta época já viu sões de um Sporting que viu a sua distância manter-se
derrotas do seu clube mais emblemático, azuis e verdes quanto ao FC Porto, perdendo pontos para o Benfica.
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