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SOFRIMENTO ESPONTANEO - BEM HÁJA

SOFRIMENTO ESPONTANEO
BEM HÁJA

Trabalho pouco trabalhado por

Victor David

Vitor David Pág.: 1/9


SOFRIMENTO ESPONTANEO - BEM HÁJA

SOFRIMENTO ESPONTANEO - BEM HÁJA


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO página : 371 CAPÍTULO XXV - BUSCAI E ACHAREIS

«Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará

1. Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto,
quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.

Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? - Ou, se
pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? - Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar
boas coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que está
nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a
11.)

2. Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra:


Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte,
da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em
acção as forças da inteligência.

Na infância da Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do


alimento, dos meios de se preservar das intempéries e de se defender dos seus inimigos.
Deus, porém, lhe deu, a mais do que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e
é esse desejo que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua posição, que o leva
às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência, porquanto é a Ciência que
lhe proporciona o que lhe falta. Pelas suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o
moral se lhe depura. As necessidades do corpo sucedem as do espírito: depois do
alimento material, precisa ele do alimento espiritual. É assim que o homem passa da
selvageria à civilização.

Mas, bem pouca coisa é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o


progresso que cada um realiza individualmente no curso da vida. Como poderia então
progredir a Humanidade, sem a preexistência e a reexistência da alma? Se as almas se
fossem todos os dias, para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria
incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo, de aprender tudo.
Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais adiantado do
que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento todo o trabalho
intelectual teria de recomeçar. Ao contrário, voltando com o progresso que já realizou e
adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma passa gradualmente da barbárie à
civilização material e desta à civilização moral. (Vede: cap. N, nº 17.)

3. Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se


teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria
permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do
trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa
maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo
com a que hajas feito.

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4. Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem


ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e
invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o
incomodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse,
o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de
nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar
o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o
caminho que a ela conduz, dizendo-lhes: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-
as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (0 Livro dos
Médiuns, 2' Parte, cap. XXVI, nºs 291 e seguintes.)

5. Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos
clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi
a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias,
vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão recusados; batei à nossa porta e
ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com
humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias
forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das
palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.»

Esta passagem do Evangelho Segundo o Espiritismo prepara-nos para ouvir falar no


sofrimento, com a esperança de alcançar o alívio. Porquanto nós desejamos o alívio, sem o
trabalho de o procurar condignamente, e a resenha aqui efectuada é com o propósito de
motivar as pessoas a procurar e compreender, à luz do Espiritismo.

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Que fique bem claro que nos referimos ao sofrimento espontâneo ou seja, aquele
que nos aparece no caminho, sem que nós, no momento, o tenhamos provocado
conscientemente.

Que o saibamos interpretar como consequência de uma ou várias faltas que cometemos
em relação à Lei Divina «– a cada um segundo as suas obras»; «- temos que pagar até o
último centi»l - Disse-nos Jesus

Analisando a visão dos espíritos desecarnados e “conscientes da vida espiritual”


chegam-nos pensamentos como o de um Espírito que se denomina como um Levita do
Senhor, numa psicografia de Fernando Lacerda:

«A dor conduz-nos à perfeição, como a imperfeição nos conduz à dor»

«Depois de passarmos dessa vida vemos que o único, bem que nela desfrutámos, foi a
dor com que nos conformámos»

Allan Kardec no Livro dos Espíritos compara o estado dos encarnados e desencarnados
com o viajante, em que o viajante quando percorre o sopé da montanha ele apenas vai vendo
o que o ponto onde se encontra da estrada lhe permite ver, mas quando ele sobe à montanha
(desencarna) ele tem a oportunidade de ver o percurso que efectuou e de escolher para onde
quer ir e saber o percurso que vai encontrar e faz-se de novo ao caminho.....

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Graças a Deus e a Jesus, à dois mil anos, o caminho fui-nos mostrado, mas muitos de
nós não nos demos ao trabalho de o ouvir, compreender e seguir no exemplo, e conforme por
Ele prometido veio o Consolador ajudar-nos a ver o caminho, na interpretação da afirmação de
Jesus «em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo»; «a cada um
segundo as suas obras», e assim ficámos a saber, que aquilo que vamos encontrando é aquilo
que fizemos, e aquilo que fizermos é o que iremos encontrar.

«…até que pagues o último centavo», não significa ter que pagar tal e qual, mas sim o
mesmo valor, pois no decorrer das nossas obras, a divindade opera o saldo das obras boas e
más, segundo a justiça divina. «… porque o amor cobre uma multidão de pecados» a obra boa
do amar como Jesus ensinou, desvaloriza uma multidão de obras más.

O SOFRIMENTO ESPONTANEO É MOTIVO DE:

AGRADECIMENTO A DEUS

Pela oportunidade de resgatar as nossas faltas

Pela libertação das energias negativas acumuladas pelas nossas faltas, criadas por
maus pensamentos (no desejar mal, na inveja,...), no mau uso da palavra, (nas agressões
verbais, na calúnia,...) nas obras (agressões físicas, mentira) e por consequência a
negatividade que se aproxima por afinidade.

ALEGRIA

Após o resgate bem sucedido, com a libertação das energias negativas, dá-nos espaço
para maior energia positiva, que temos de trabalhar para obter, praticando o bem. Porque só
se formos portadores de energia positiva é que podemos candidatar-nos à elevação espiritual,
ao reino dos Céus.

RESIGNAÇÃO
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO página : 110 CAPÍTULO V - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

«Motivos de resignação

12. Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados,
Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o
padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos


felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da divida que as
vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas
dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes
por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a
tranquilidade no porvir.

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O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o


credor diz: «Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do
restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última
parcela.» Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se
libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu
credor, não lhe ficará agradecido?

Tal o sentido das palavras: «Bem-aventurados os aflitos, pois que serão


consolados.» São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado,
estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro,
jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a divida,
porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e
inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida actual,
será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de
submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos
com resignação, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova divida contraímos, que nos
faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. É por isso que teremos de
recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma
cota e a tomássemos de novo por empréstimo.

Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que
comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: «Aqui tens a paga dos teus dias
de trabalho»; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade,
que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos
mundanos: «Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e
recomeçai a tarefa.»

13. O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o


modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe
afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida
espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no
infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto
(rapidamente) passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima
e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente,
para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta e a dor o
oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser
diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a
moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a
receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente.

Daí tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da
alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à
tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.»

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Quanta justiça e lógica nestas palavras, só de verdadeiros consoladores à tutela


de Jesus.

Para dizer mais sobre a resignação só vincular a necessidade de:

Confiança em DEUS que é Pai e que sua lei é justa

Esperança porque depois da tempestade vem a bonança

Persistência na luta pela vida sem se revoltarem contra ninguém nem passar por
cima de ninguém. Muita atenção, dar campo, passivamente à doença(física/psíquica),
pode ser uma atitude suicida.

Cada um tem que carregar a sua cruz, mas todos podemos nos entre ajudar.

MAR ALTO
Pelo espírito Emmanuel - Psicógrafia de Francisco Cândido Xavier - Pão Nosso(livro)

«“E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes
para pescar.” - (LUCAS, 5:4.)

Este versículo nos leva a meditar nos companheiros de luta que se sentem abandonados na
experiência humana.

Inquietante sensação de soledade (solidão) lhes corta o coração.

Choram de saudade, de dor, renovando as amarguras próprias.

Acreditam que o destino lhes reservou a taça da infinita amargura.

Rememoram, compungidos, (trazem no estado de aflição de novo à memória), os dias da


infância, da juventude, das esperanças crestadas (desfalecidas) nos conflitos do mundo.

No íntimo, experimentam, a cada instante, o vago tropel (tumulto) das reminiscências que
dilatam as impressões de vazio.

Entretanto, essas horas de amargas pertencem a todas as criaturas mortais.

Se alguém não as viveu em determinada região do caminho, espere sua oportunidade,


porquanto, de modo geral, quase todo Espírito se retira da carne, quando os frios sinais do
inverno se multiplicam em torno.

Em surgido, pois, a tua época de dificuldade, convence-te de que chegaram para tua alma
os dias de serviço em “mar alto”, o tempo de procurar os valores justos, sem o incentivo de certas
ilusões da experiência material. Se te encontras sozinho, se te sentes ao abandono, lembra-te de
que, além do túmulo, há companheiros que te assistem e esperam carinhosamente.

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O Pai nunca deixa os filhos desamparados, assim, se te vês presentemente sem laços
domésticos, sem amigos certos na paisagem transitória do Planeta, é que Jesus te enviou a pleno
mar da experiência, a fim de provares tuas conquistas em supremas lições.»

RECEITA PARA RESIGNAÇÃO DE CARA ALEGRE

ESCLARECIMENTO E COMPREENSÃO

Conhece a verdade e ela te libertará - Jesus

Mas para conhecer a verdade é preciso procurá-la

Procura e acharás - Jesus

Mas não basta conhece-la é preciso compreende-la e para compreende-la é


preciso raciocinar, pensar, juntar as ideias e os factos, analisar, tirar conclusões é
preciso estudar racionalmente

Vejamos o que nos diz Suely Caldas Schubert - Obsessão desobsessão - Página:
100 e 101

«Milhares de anos em que utilizamos o nosso pensamento para o mal, para a


destruição. Milénios de dor e sofrimento. Séculos de experiência dolorosas. Nossa
colheita tem sido de pranto, para que nas fontes do sentimento dilacerado pudéssemos
mudar o rumo do pensamento envolvido no mal, preso ao jugo dos instintos inferiores.

Pensamentos viciados. Mente subjugada à escravidão das paixões. Caminhos que


escolhemos por vontade própria. Deixamos passar as oportunidades de modificar o
nosso clima mental e nos comprometemos cada vez mais com a retaguarda de sombras,
que hoje nos está cobrando pesado ónus (pesada divida)

Profundamente habituados a orientar erroneamente (de forma errada) a direcção do


nosso pensamento, eis que surge o Espiritismo, como bênção de acréscimo da
Misericórdia Divina, para nos libertar. E demonstrar que a liberdade tem que ser
conquistada com empenho de todas as nossas energias e com o selo de nossa
responsabilidade.

Liberdade e responsabilidade. Para merecermos uma temos que assumir a


segunda.

Dos tormentosos processos obsessivos, o homem só se libertará quando entender o


quanto é responsável pelo próprio tormento e pelos que infligiu aos que hoje lhe batem
às portas do coração, roubando a paz que julgava merecer.»

Mas para pensar de forma positiva é necessário dar corda ao atributo que Deus
nos deu e que é a alavanca para que tudo aquilo que se pretenda e que é única e
simplesmente da nossa responsabilidade e essa alavanca dá-se pelo nome de
Vontade..................

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Suely Caldas Schubert - Obsessão desobsessão - Página: 104 e 105

«Até hoje o ser humano não se preocupou o suficiente, ou não despertou para essa
incrível força que traz no imo (íntimo) da alma: a Vontade.

Acostumou-se, sim, a ter má-vontade para tudo o que dá mais trabalho e que
exige perseverança, esforço e abnegação.

«Como todas as demais potencialidades latentes em nós, a Vontade, para a grande


maioria, é somente accionada para aquilo que for mais fácil, menos custoso ou, o que é
pior, para destruir.

......Modificar o estado mental é arejar a mente, higienizando-a através de


pensamentos sadios, optimistas, edificantes. É substituir as reflexões depressivas,
mórbidas, que ressumam (destilem) tédio, solidão e tristeza por pensamentos contrários
a esse estado interior, num exercício constante, que se renova a cada dia, aprendendo a
olhar a vida com olhos optimistas, corajosos e, sobretudo, plenos de esperança.

É abrir as janelas da alma através da prece, permitindo que um novo sol brilhe
dentro de si mesmo, gerando um clima interior que favoreça a aproximação de Espíritos
Bondosos. Isto só será possível mobilizando a Vontade, que, segundo esclarece
Emmanuel; “é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o
movimento ou a inércia da máquina”.

.....

A Vontade é, pois, o comando geral da nossa existência. Ela é a manifestação do


ser como individualidade, no uso do seu livre-arbítrio. Temos a liberdade de escolher,
de optar, mas só o faremos quando usarmos a Vontade.»

Durante e após o processo de tomada de conhecimento e sua compreensão, faz-


se necessário caminhar no sentido da transformação interior, segundo aquilo em que
se acredita conscientemente.

E a par de todo este processo de aprendizado e transformação, a forma da


sublimidade que nos cura os males, é a prática da caridade, pois não foi ao acaso que
Jesus disse, «o bem que fizeres ao próximo estarás a faze-lo a Mim mesmo»; e
Francisco de Assis na mensagem sublime que «é dando que se recebe», e quando um
trabalhador da seara espírita que tivera um enfarte e o seu médico lhe disse que tinha
a vida por um fio, ele foi acorrer pedir ao Chico Xavier a intervenção do Dr. Bezerra de
Menezes, e este, enviou-lhe o recado, que dizia o seguinte: trabalhe irmão que o
trabalho engrossa o fio. E como exemplo temos o Padre Cruz, que, não foi aceite na
Ordem de Jesus, por se prever que a doença que era portador, lhe seria fatal com
pouco mais de 20 anos, e graças à sua entrega total ao bem fazer, veio a ter a
oportunidade de entrar para a Ordem que tanto desejava com cerca de 80 anos de
idade.

Por isso meus amigos vamos dar corda à vontade e pedir a Deus que através dos
Seus Mensageiros que nos ajudem na caminhada.

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SOFRIMENTO ESPONTANEO - BEM HÁJA

Só somos ignorantes porque assim o preservamos

A MARCHA
Pelo espírito Emmanuel - Psicógrafia de Francisco Cândido Xavier - Pão Nosso(livro)

"Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte." - Jesus. (LUCAS, 13:33.)

«Importa seguir sempre, em busca da edificação espiritual definitiva. Indispensável


caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em
degraus de ascensão.

Traçando o seu programa, referia-se Jesus à marcha na direcção de Jerusalém, onde o


esperava a derradeira glorificação pelo martírio. Podemos aplicar, porém, o ensinamento às
nossas experiências incessantes no roteiro da Jerusalém de nossos testemunhos redentores.

É imprescindível, todavia, esclarecer a característica dessa jornada para a aquisição dos


bens eternos.

Acreditam muitos que caminhar é invadir as situações de evidência no mundo,


conquistando posições de destaque transitório ou trazendo as mais vastas expressões financeiras
ao círculo pessoal.

Entretanto, não é isso.

Nesse particular, os chamados "homens de rotina" talvez detenham maiores


probabilidades a seu favor.

A personalidade dominante, em situações efêmeras, tem a marcha inçada de perigos, de


responsabilidades complexas, de ameaças atrozes. A sensação de altura aumenta a sensação de
queda.

É preciso caminhar sempre, mas a jornada compete ao Espírito eterno, no terreno das
conquistas interiores.

Muitas vezes, certas criaturas que se presumem nos mais altos pontos da viagem, para a
Sabedoria Divina se encontram apenas paralisadas na contemplação de fogos-fátuos.

Que ninguém se engane nas estações de falso repouso.

Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se e atender ao Cristo, diariamente. Para


fixarmos semelhante lição em nós, temos nascido na Terra, partilhando-lhe as lutas, gastando-lhe
os corpos e nela tornaremos a renascer.»

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