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SEMINÁRIO DO GT DE SAÚDE INDÍGENA

REGIÃO NORTE – AMAZÔNIA LEGAL I

Brasília-DF, junho de 2009

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SEMINÁRIO DO GT DE SAÚDE INDÍGENA
REGIÃO NORTE – AMAZÔNIA LEGAL I

1. Apresentação

O 2º Seminário do GT de Saúde Indígena realizado na Região Norte é a efetivação do


encaminhamento feito pelo GT, instituído pela Portaria nº 3034/GAB/MS e nomeado
através da Portaria nº 3035/GAB/MS.

O GT em referência construiu, nas várias reuniões realizadas, um documento preliminar,


contendo 19 itens para ser apresentado nos seminários regionais e que envolve a
autonomia dos DSEIs, integração dos sistemas de informação, criação da secretaria
especial de saúde indígena, comissões intergestores, VigiSus, fortalecimento da
participação e do controle social, atenção à saúde dos povos indígenas e saneamento
ambiental.

O documento foi então apresentado no Seminário da Região Centro-Oeste e Norte –


Amazônia Legal I, e os representantes dos povos indígenas, trabalhadores de saúde e
gestores presentes no evento tiveram condições de analisar, debater e dar sugestões.

Havendo, também, apresentação pela Consultoria contratada através do Projeto Vigisus


II, que tratou da Atenção, Gestão, Financiamento, Organização, Monitoramento,
Avaliação e Plano de Implementação dos Modelos.

Concluídas as apresentações, os participantes solicitaram esclarecimentos e dirimiram


dúvidas. O Plenário foi dividido em dois grupos de discussão, um dos usuários indígenas
e outro dos trabalhadores de saúde e gestores. Ambos debateram e sugeriram ações que
entenderam necessárias para melhorar a saúde da população indígena. Na plenária final,
apresentaram o resultado que se somará aos resultados dos demais seminários
regionais.

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Dia 24 de junho de 2009.

2. Abertura

Mesa de abertura - Antônio Alves de Souza - Coordenador do GT de Saúde Indígena e


Secretário de Gestão Estratégica e Participativa/MS; Faustino Lins Barbosa - Diretor
Executivo da Fundação Nacional de Saúde; Irânia Marques - Representante da
Fundação Nacional do Índio - FUNAI; Wanderley Guenka - Diretor do DESAI/FUNASA;
Valdenir França - Coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena e
representante do Conselho Nacional de Saúde/MS; Marcos Apurinã - Vice-coordenador
das Organizações da Amazônia Brasileira - COIAB.

Nas falas da mesa foram abordados os seguintes aspectos:

Marcos Apurinã disse que: representa os povos indígenas nacional e


internacionalmente; a luta dos indígenas vem ocorrendo há mais de 500 anos; reconhece
avanços nas ações de serviços de saúde realizados pela FUNASA ao longo dos dez
anos, mas não foram suficientes para garantir saúde com qualidade; a COIAB, há mais de
25 anos vem contribuindo na defesa dos interesses das populações indígenas; a máquina
do Governo é burocrática e desrespeita a cultura indígena; as políticas indígenas não são
implentadas de acordo com as necessidades, em razão da ideologia do branco; a saúde
indígena não deveria ser terceirizada; a FUNASA não tem um debate para as políticas de
saúde, e nem propostas de fortalecimento do controle social; o GT de Saúde Indígena
deveria ser propositivo em apontar soluções para as necessidades da assistência à saúde
dos povos indígenas; o Abril Indígena é um espaço onde os indígenas manifestam as
suas reivindicações e dizem como devem ser formuladas e implementadas as políticas; a
FUNASA não pode mais brincar de fazer saúde indígena; é preciso acabar com a política
de jogar índios contra índios; a corrupção indígena, se existe, é proveniente da culpa dos
brancos; os indígenas estão morrendo embora haja recursos para as ações e serviços de
saúde; os seus parentes não estão divididos, querem a Secretaria Especial de Saúde
Indígena, bem como a autonomia dos DESEIs; a autonomia dos DESEIs e criação da
Secretaria são necessárias para dar sustentabilidade ao Subsistema e é importante saber
onde e como vai funcionar; defende a participação das lideranças da COIAB no seminário
de Belém; as críticas são construtivas e objetivam melhorar a qualidade do Subsistema,
respeitando as diferenças, as culturas e as práticas das populações indígenas; se fosse

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possível, gostaria que a FUNASA trocasse de lugar com os indígenas nas aldeias para
sentir o quanto é cruel ficar sem assistência.

Valdenir França (Etnia Baré) registrou na sua fala que: a autonomia dos DESEIs e a
criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena foi aprovada no Seminário Nacional
“Desafios da Saúde Indígena; Gestão e Controle Social”, realizado em Brasília nos dias
27 e 28 de novembro de 2008, assim como a realização de cinco seminários regionais,
que estão sendo feitos em parceria com a FUNAI, FUNASA e Ministério da Saúde; estão
sendo realizadas visitas às aldeias para conhecer in loco a realidade das populações
indígenas; é preciso acabar com transportes de pacientes em motor rabeta e com
combustível emprestado; há precarização no atendimento à saúde indígena; é necessário
a construção de um processo democrático, envolvendo gestores, trabalhadores e
indígenas; o foco do debate no Seminário deve ser autonomia dos DESEIs e a criação da
Secretaria Especial; haverá um momento específico para os indígenas debaterem e
encaminharem as suas propostas relacionadas aos problemas da Região Norte, como
será a autonomia dos DESEIs e a criação da Secretaria.

Wanderley Guenka em seu pronunciamento destacou que: o SUS é o sistema de saúde


mais avançado do mundo, e em seus 20 anos muito já realizou e grandes são os desafios
a serem superados; o Subsistema Indígena foi instituído sem autonomia dos Distritos
Sanitários Indígenas e sem a formulação e a implantação de uma política de recursos
humanos; o Decreto 6.878 sobre autonomia dos DESEIs, publicado no DOU, em 19 de
junho de 2009, não é suficiente para garantir saúde com qualidade para as populações
indígenas, é necessário sim a construção de um novo modelo de gestão que comtemple a
política de recursos humanos, respeite a multietinicidade, e seja de responsabilidade de
todos; as população indígenas e ribeirinhas são discriminalizadas e marginalizadas; não
é destruindo um sistema que se vai construir outro melhor; há terras indígenas maior que
países, cuja acessibilidade e o distanciamento são fatores que impendem o
desenvolvimento de ações e serviços de saúde que satisfaçam as necessidades das
populações indígenas; as informações sobre recursos da FUNASA são colocadas à
disposição do controle social; as denúncias, quando existirem, devem ser formalizadas
para que possam ser devidamente apuradas; em 2007 foram investidos 27 milhões em
equipamentos.

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Irânia Marques ressaltou em sua fala que: a iniciativa do Governo para resolver os
problemas de saúde indígena deve contar com o esforço de todos; a saúde indígena é
também de responsabilidade da FUNAI; a construção e o fortalecimento do Subsistema
Indígena representam grandes desafios que só serão superados se trabalhados em
conjunto com os gestores/prestadores, trabalhadores e usuários indígenas; o Subsistema
é uma luta especialmente dos indígenas na perspectiva de respeito a diversidade e
especificidade de cada povo; os estados e municípios devem contribuir para uma
assistência de qualidade aos povos indígenas; a autonomia dos DESEIs não pode ficar no
papel; é necessário identificar quais os fatores que dificultam a gestão das ações da
saúde indígena; a Amazônia é imensa assim como os desafios, que podem ser
superados com a responsabilidade de todos e, principalmente, do comprometimento do
governo Lula que defende políticas de inclusão.

Faustino Lins Barbosa ponderou que: os trabalhadores, consultores e gestores do


Subsistema de Saúde Indígena têm uma participação qualificada nas ações que são
desenvolvidas; as dificuldades existem, mas devem ser discutidas de forma transparente,
vez que os recursos e orçamentos são finitos; a corrupção existe, porém deve ser
combatida; as parcerias precisam ser melhoradas e as ações priorizadas; os modelos de
gestão devem ser debatidos e construídos de maneira que atendam a realidade dos
povos indígenas; a taxa de crescimento da população indígena ao contrário do que é dito
está em processo de crescimento; a FUNASA tem empenhado em desenvolver um
trabalho sério no sentido de resolver os problemas demandados pelos povos indígenas;
não é mudando de lugar que a situação da saúde indígena vai melhorar e sim com o
esforço conjunto de todas as áreas afins; as mudanças que estão sendo propostas devem
ser bem pensadas para que não prejudiquem toda comunidade indígena; a construção
do novo modelo de assistência tem que priorizar perfis adequados de recursos humanos,
gestores responsáveis e competentes, assim como controle social fortalecido.

Antônio Alves de Souza na sua intervenção deixou claro que: a sua responsabilidade
enquanto coordenador do GT de Saúde Indígena é muito grande, haja vista que deve
contemplar um processo de construção coletiva, com voz e sentimento dos povos
indígenas, além do conhecimento dessas populações; o Subsistema precisa refletir a
necessidade dos povos indígenas configuradas na sua lógica de saúde, que deve ser com
qualidade de vida; a autonomia dos DESEIs e a criação da Secretaria Especial de Saúde
Indígena é uma ação de governo, garantida nas conquistas da Constituição Federal de

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1988, na Lei Orgânica da Saúde (8.080 e 8.142), Lei Sérgio Arouca, que institui o
Subsistema de Saúde Indígena (34 DESEIs); a autonomia dos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas é um processo que precisa ser construído com responsabilidade; o
controle social necessita ser efetivado e fortalecido nas suas representações; os
CONDISIs é uma conquista de cidadania, assim como os conselhos de saúde; a garantia
do sistema de saúde é complexa, e no caso da saúde indígena, muito mais, vez que
envolve a questão da terra, do transporte, da alimentação, dentre outras questões; o
governo precisa desenvolver ações intersetoriais e revisar para avançar, o que significa
enfrentar os desafios; a decisão é de construir com os indígenas e não para os indígenas,
aprendendo e incorporando suas logísticas a partir de cada realidade; reconhece as
dificuldades, mas entende que devam ser envidados esforços para superá-la; as leis
devem ser elaboradas para garantir a cidadania da população, principalmente, dos
indígenas; é importante que o Ministério Público, Contraladoria Geral da União, Tribunal
de Contas da União conheçam in loco a realidade do Vale do Javari, bem como outros
comunidades indígenas que sofrem com a falta de assistência; a autonomia dos DESEIs
foi instituída pelo Decreto 6.878 de 19 de junho de 2009, porém não é automática, deve
ser garantida a sua plena capacidade operacional até 31 de dezembro de 2010; a
autonomia representou um grande avanço e deve ser reconhecida como uma das
maiores demandas da população indígena, que foi atendida pelo atual governo; haverá
uma reunião do GT Saúde Indígena, antes do seminário de Belém, para discutir a
proposta de Recursos Humanos (servidores atuais da FUNASA, cedidos e novos,
educação permanente, especialização e política de incentivo) e a profissionalização da
gestão (chefia de acordo com o cargo, orçamento condizente, parcerias para formulação
de políticas complexas, atendimento de alta complexidade via Hospitais Universitários e
Campus de Extensão, debate democrático do serviço civil obrigatório, especialmente nas
áreas indígenas); garantia da gestão participativa e fortalecimento do controle social são
fatores fundamentais para a construção de uma política pública de saúde diferenciada
para as populações indígenas; nas iniciativas das ações de saúde voltadas às populações
indígenas, deve haver respeito e valorização dos conhecimentos dos pajés.

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3. Esclarecimentos sobre o processo de trabalho da Consultoria – Luciana
Benevides (Consultoria do Projeto VigiSUS II) e Apresentação do resultado da
consultoria contratada pelo Projeto VigiSUS II: Modelos de Atenção, Gestão,
Financiamento, Organização, Monitoramento e Avaliação.

Hermézio Serrano Filho, que estava coordenando naquele momento os trabalhos,


informou aos presentes como os trabalhos seriam realizados no Seminário. Citou que o
tempo está um pouco curto, mas dentro do esperado. Parabenizou as declarações
manifestadas pelos componentes da mesa de abertura, que foram muito feliz e
esclarecedoras. Agradeceu a todos e também convocou seus Deuses para auxiliar nos
trabalhos.

Luciana Benevides iniciou situando o Projeto VigiSUS II que deveria levar em


consideração todos os aspectos de saúde indígena no seu resultado. Explicou que foram
contratados consultores e técnicos, várias reuniões foram realizadas, com o desafio de
encontrar o caminho para melhorar o atendimento. O trabalho resultante traz propostas,
idéias para os melhores caminhos para os DSEIs, levando em consideração a autonomia,
para melhor atender os indígenas. Informou que está sendo entregue um CD aos Chefes
do DSEIs e Presidentes de CONDISI com as propostas. Convidou à mesa Dr. Armando
Raggio e Dr. Marcos Pellegrini para apresentarem o resultado do trabalho e as propostas.

4. Apresentação do Dr. Armando Raggio

Marco conceitual

1. A Vigilância da Saúde como modelo de atenção

Subsistema de Saúde Indígena:


Análise de Situação e Opções para o Futuro Orientação por problemas
Identificar, com auto referência, um problema, descrevê-lo, explicá-lo
e montar operações para enfrentá-lo, articulando conheceres e
fazeres num território determinado, especialmente na microárea, eis a
Modelo de Atenção essência do enfoque por problemas (Mendes 1999, p173)

Reunião do GT | 04 de Dezembro de 2008 | Brasília-DF

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Marco conceitual Marco conceitual

1.3 Educação permanente em saúde como ferramenta de


1. Vigilância da Saúde como modelo de atenção
qualificação da atenção

Territorialização A educação permanente é uma oportunidade para produzir diálogo e


[] território, é mais que uma extensão geográfica, é o espaço onde vivem cooperação entre os profissionais, entre os serviços e entre gestão,
grupos sociais, suas relações e condições de subsistência, de trabalho, de atenção, formação e controle social, para que as áreas se potencializem
renda, de habitação, de acesso à educação e o seu saber preexistente, e ampliem a capacidade do sistema para enfrentar e resolver problemas
como parte do meio ambiente, possuidor de uma cultura, de concepções com qualidade.
sobre saúde e doença, de família, de sociedade, etc.
Como espaço coletivo a educação permanente em saúde deve privilegiar
[] território como espaço de ação das práticas de vigilância da saúde a comunidade e suas perspectivas sobre a saúde.
permite apreender a dinâmica das populações que nele habitam, as
condições de vida e as diferentes situações ambientais que as afetam E uma oportunidade de construir pactos para ampliar os compromissos
(MONKEN e BARCELLOS, 2007). com o interesse público.

Marco conceitual Diretrizes e Estratégias


A Vigilância da Saúde como modelo de atenção

Modelo Sujeito Objeto Meios de Forma de organização


trabalho I Adotar o modelo de vigilância da saúde como modelo de atenção à
saúde indígena
Médico Especialistas, Doença, Tecnologia Rede de serviços de
assistencia paramédicos doentes médica saúde e hospital
l privatista
Sanitarista Sanitaristas, Modos de Tecnologia Campanhas, programas 1. considerar as aldeias/comunidades como território prioritário da atuação
auxiliares transmissão, sanitária especiais, sistema de
fatores de risco vig. epidemiológica e das equipes de saúde;
sanitária 2. envolver as comunidades na priorização de problemas de saúde,
Vigilância Equipe de Danos, Tecnologias : Políticas públicas construção da rede explicativa e proposição de ações;
da saúde saúde, riscos,proble comunicação saudáveis, ações 3. considerar as relações das comunidades indígenas entre si e suas
população, mas, social, intersetoriais,
relações com a sociedade envolvente para delimitação dos territórios
necessidades planejamento e intervenções
e programação especificas (prevenção, distritais e organização do fluxo de referência;
determinantes local promoção,
dos modos de situacional, recuperação),
vida e saúde médica e operações sobre
sanitária problemas da
população e de grupos
populacionais
Fonte: Adaptado de PAIM, J, Modelos assistenciais e vigilância da saúde. Informe Epidemiológico SUS 1998.

Diretrizes e Estratégias Diretrizes e Estratégias


II Implementar a educação permanente como estratégia de qualificação
I Adotar o modelo de vigilância da saúde como modelo de atenção à
dos serviços e adequação ética e cultural das práticas sanitárias
saúde indígena
1. qualificar os gestores da saúde indígena para compreensão do
processo de educação permanente em saúde;
4. priorizar a formação de agentes indígenas de saúde considerando a
2. incluir temas relacionados à pedagogia e antropologia no processo de
importância de seu papel de mediador entre as comunidades e demais
capacitação de profissionais;
profissionais e o processo de formação como meio dos profissionais de
3. criar grupo de apoiadores/preceptores para atender as demandas por
saúde aprofundarem seus conhecimentos sobre a cultura e a
capacitação a partir de discussões envolvendo usuários, profissionais
organização social das comunidades;
e gestores da saúde indígena;
5. efetivar a integração dos agentes indígenas de saúde às equipes;
4. estabelecer parcerias com instituições de ensino para criação de
6. garantir aos agentes indígenas de saúde os equipamentos e insumos
cursos de educação à distância vinculados ao processo de trabalho
necessários para o desenvolvimento de suas atividades, bem como
visando a especialização dos profissionais das equipes de saúde,
acesso a meios de transporte e comunicação;
promovendo sua permanência.
7. garantir a infra-estrutura adequada para o funcionamento dos
estabelecimentos de saúde em Terras Indígenas.

Diretrizes e Estratégias Diretrizes e Estratégias

III Promover a adequação ética e cultural das práticas sanitárias e a IV Direcionar as ações de educação em saúde no sentido de promover o
articulação com as medicinas tradicionais indígenas, reconhecendo envolvimento das pessoas nas decisões relacionadas à sua própria
seus especialistas como interlocutores legítimos saúde e naquelas relacionadas aos grupos sociais a que pertencem

1. promover reuniões periódicas com as comunidades visando fomentar


1. incluir a reflexão antropológica no conteúdo das capacitações de
a reflexão sobre a realidade e as causas dos problemas enfrentados;
profissionais de saúde;
2. apoiar as comunidades na busca de parcerias para desenvolvimento
2. inclusão efetiva de antropólogos como membros das equipes de
de projetos específicos que possam ter impacto sobre a melhoria das
saúde, especialmente nas que atuam em comunidades com pouco
condições de vida.
contato com a sociedade envolvente;
3. envolver lideranças, especialistas em medicina tradicional,
3. apoiar iniciativas comunitárias de fortalecimento da medicina
professores e outros agentes nas ações de educação em saúde
tradicional,
4. incorporar especialistas indígenas como instrutores no processo
de capacitação das equipes,
5. Apoiar a atuação de especialistas indígenas nos estabelecimentos
de saúde quando solicitados.

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Diretrizes e Estratégias Diretrizes e Estratégias

V Promover a utilização da metodologia epidemiológica para o VI Implantar os programas estratégicos segundo as prioridades
monitoramento do quadro sanitário da população indígena e subsídio estabelecidas segundo o perfil epidemiológico das regiões distritais
para orientação das ações

1. capacitar profissionais de saúde e disponibilizar materiais para


1. capacitar equipes para utilização da metodologia epidemiológica; consulta;
2. estabelecer rotinas de análise de dados nos distritos; 2. garantir a disponibilidade de insumos, equipamentos e
3. implantar e alimentar os sistemas nacionais de informação nos retaguarda especializada;
distritos; 3. garantir que as adaptações, quando julgadas necessárias, sejam
4. incluir a variável etnia nos sistemas de notificação de doenças e feitas com a participação de especialistas das áreas específicas;
agravos; 4. realizar visitas periódicas às comunidades de acordo com
5. definir o fluxo de informações entre distritos, municípios e estados; visando.
6. criar e implantar módulo de doenças de notificação compulsória no
SIASI.

Diretrizes e Estratégias

VII Adotar o “ciclo da assistência farmacêutica” como modelo


organizacional, conforme diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos, da Política Nacional de Assistência Farmacêutica
Subsistema de Saúde Indígena:
Análise de Situação e Opções para o Futuro
1. realizar capacitação permanente dos profissionais de saúde para a
gestão da assistência farmacêutica e o uso racional de
medicamentos.
Apresentação das Diretrizes Gerais e
2. adotar relações de medicamentos essenciais, conforme critérios Estratégias dos Modelos de
epidemiológicos, técnicos e econômicos. Gestão, Financiamento, Organização e
3. articular com todos os níveis de atenção à saúde visando garantir o
acesso aos medicamentos, especialmente no que se refere aos Monitoramento & Avaliação
programas de medicamentos estratégicos e excepcionais. do Subsistema de Saúde Indígena
Seminário Regional | 24 e 25 junho de 2009 | Manaus - AM

Análise da Situação:
Problemas

 Duplicação de funções administrativas e de capacitação


Subsistema de Saúde Indígena: entre várias áreas do DESAI, das COREs e dos DSEIs
Análise de Situação e Opções para o Futuro
 Centralização e pequena autonomia dos DSEI
 Débil articulação entre os fluxos de recursos, de
Apresentação das Diretrizes Gerais e planejamento e de avaliação
Estratégias do Modelo de Organização  Multiplicidade de fluxos financeiros contribui para diluir as
do Subsistema de Saúde Indígena linhas de autoridade
 Falta de instrumentos para pactuar e monitorar parcerias
 Excesso de controles administrativos e fragilidade dos
Seminário Regional| 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus - AM controles sociais e por pares

Simplificar a Estrutura
Objetivos
Estrutura organizacional que permita reverter :  Organizar a multiplicidade de fluxos financeiros e
administrativos inter organizacionais
 Duplicação e a dispersão de autoridade →
Concentrar a autoridade e simplificar estrutura  Relativizar a rígida separação entre atividades
técnicas e administrativas intra organizacionais
 Centralização e falta de autonomia → promover
capacidade de gestão e coordenação de pactos  As estruturas do DESAI e dos DSEI passam a ser
mais flexíveis e horizontalizadas, contando com
equipes matriciais
 Burocratização e fragilidades dos controles social
e por pares → fortalecer governança
 A CORE deixa de atuar como nível intermediário

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Autonomia
Concentrar a autoridade  Ampliar a capacidade de gestão dos subdistritos e Casais

 A estrutura deve ser tal que seja possível indicar


o responsável por um território  Estudar alternativas que ampliem a autonomia dos
subdistritos e Casais inclusive como executores de despesa
 5 níveis territoriais dos quais 3 são níveis de
gestão: (1 e 2) Micro Áreas e Áreas; (3) Subdistrito; (4)  Estudar alternativas para formação de consórcios inter
Distrito; (5) Autoridade Nacional distritais - compra de medicamentos e equipamentos e
 O responsável pelo território pactuará o conjunto gestão da referência e contra-referência
de serviços com a autoridade a quem responde e
com o controle social  Fortalecimento das parcerias entre gestores federais,
estaduais, distritais e municipais e a interface com o SUS
 O chefe do distrito passa a responder diretamente
ao responsável pela Autoridade Nacional  Tornar os distritos mais robustos. Ampliar sua área de
 Possível revisão da conformação geográfica abrangência?

Equipes Matriciais Governança


 Fortalecer os conselhos local, dos subdistritos, distrital,
 Autoridade nacional: diretoria e até 6 equipes CISI
matriciais com especialistas + suporte
administrativo (contratos, RH, licitações
nacionais); responsabilidade por grupos de DSEIs  Conselhos e Fórum de presidentes como mecanismos
 Distritos: chefe do distrito, equipes de de troca de experiências, pactuação, aferição da
profissionais responsáveis pelas operações satisfação e inovação
técnicas e administrativas, responsabilidade por
grupos de subdistrito  Câmara técnica junto à autoridade nacional para
 Subdistrito: chefe do pólo, chefe dos postos e revisão permanente das diretrizes do subsistema
equipes de saúde
 Casai  Aproveitar o aperfeiçoamento das ferramentas de M&A,
 Micro área: AIS responsável para incentivar o controle por pares

Ações – Curto Prazo


 Elaboração de cartografias; definição de
territórios
Subsistema de Saúde Indígena:
Análise de Situação e Opções para o Futuro
 Organização de equipes matricias - autoridade
nacional e distritos

 Treinamento de gestores em processos de Apresentação das Diretrizes Gerais e


pactuação Estratégias do Modelo de Gestão
do Subsistema de Saúde Indígena
 Levantamento dos custos do controle social
Seminário Regional | 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus - AM
 Padronização de formulários – referência e contra

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS


Subsistema de Saúde Indígena SSI Subsistema de Saúde Indígena SSI
AUTONOMIA + RESPONSABILIDADE SANITÁRIA* AUTORIDADE SANITÁRIA DISTRITAL

 Chefe de Distrito Sanitário Especial Indígena

 habilitação profissional
 Cultura de desempenho

 vínculo de servidor público


 Agilidade na gestão financeira

 experiência técnica administrativa e política


 Desenvolvimento da capacidade gestora

*Lei de Responsabilidade Sanitária em tramitação na Câmara Federal


 integridade reconhecida

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS Subsistema de Saúde Indígena SSI
Subsistema de Saúde Indígena SSI Instâncias de Deliberação e Decisão
Acordos de Gestão

 Conselho Nacional de Saúde


 produção dos serviços conforme o acordado  Comissão Intersetorial de Saúde Indígena
 Conselho Distrital de Saúde Indígena
 qualidade dos serviços no padrão acordado  Conselho Estadual e/ou Municipal de Saúde

 recursos usados dentro dos valores totais orçados Execução

 diferentes atores colaboram para atenção integral  Colegiado Nacional de Gestão da Saúde Indígena
 Colegiado Distrital de Gestão da Saúde Indígena

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS


Subsistema de Saúde Indígena SSI Subsistema de Saúde Indígena SSI
RECURSOS HUMANOS PLANEJAMENTO, PACTUAÇÃO E AVALIAÇÃO

 Quadro de servidores próprios  Planos Distritais de Saúde Indígena


(avaliação de gestão e de gerência)

 Desenvolvimento de RH + Incentivos Manual de Orientação Básica = MOB 2010

 Educação Permanente em Saúde  Pactuação e articulação do SSI ao SUS


( Comissões Intergestores e Colegiados Regionais do Pacto de Gestão)

 Humanização da Atenção a Saúde

MODELO DE FINANCIAMENTO
Diagnóstico - Execução Orçamentária

Subsistema de Saúde Indígena:


Análise de Situação e Opções para o Futuro  Orçamento liquidado em 2007:
 R$ 504 milhões.
Apresentação das Diretrizes Gerais e
Estratégias do Modelo de Financiamento
do Subsistema de Saúde Indígena  Recursos gastos localmente:
 59% da Funasa e 41% da SAS/MS.
Seminário Regional | 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus - AM

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Diagnóstico - Execução Orçamentária Diagnóstico - Execução Orçamentária

 Execução orçamentária de 2003 a 2007: Gasto per capita em 2007: R$


987,10
Aumento de 154% nos recursos para a Maior gasto: Goiás (R$ 2.310,00)
saúde indígena, ao passo que o Menor gasto: RS (R$ 332,00)
crescimento dos recursos do MS foi de
74%;
Gasto público per capita com saúde
Desaceleração do crescimento.
em 2006: R$ 450,00

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MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO
Diagnóstico - Gargalos Diagnóstico - Gargalos
Duplicidade de fontes de recursos para a  Desigualdades de acesso aos recursos
atenção básica à saúde indígena; disponíveis dentro de um mesmo Distrito
Sanitário Especial Indígena;
Fragmentação da alocação de recursos
 Pequena capacidade de gerenciamento
entre executores; sobre os recursos repassados aos
Heterogeneidade nos critérios utilizados hospitais na forma de extra-teto para
cuidado de pacientes indígenas;
para cálculo dos valores repassados;
 Dissociação entre competência para
Situações diferenciadas dos distritos ordenar despesas (COREs) e a execução
frente às realidades de saúde dos de ações e serviços (DSEIs).
sistemas estaduais e municipais.

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Diagnóstico - Desafios Desafios
 Equilíbrio entre particularidades dos povos
indígenas + diversidade regional  Gestão e financiamento associados ao
desempenho.
 elaboração de desenho de mecanismos que
possa ser implementado para a alocação  Prestação de contas de metas e não
da totalidade dos recursos. financeira.

> Multiplicidade de fontes e mecanismos  Comando único não somente da gestão


de repasse: simplificação do como também sobre o financiamento
financiamento, de forma a reger a (ampla autonomia distrital).
totalidade dos recursos.

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Desenho Desenho

Extinção dos diferentes mecanismos


Um desenho flexível, que comporte
de repasses de recursos e
as particularidades dos povos substituição por uma única fórmula;
indígenas;
Mecanismos de incentivos para
indução de avanços gerenciais;
Utilização de uma concepção
modular; Espaço para a mediação de conflitos,
em que a disputa pelos recursos seja
Incorporação de fatores incrementais realizada com base em informações
aos módulos de atendimento; técnicas.

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Pré-requisitos Apresentação
Passo 1: Centralização dos repasses no Fórmula:
mesmo órgão.
Despesas de custeio;
Passo 2: Centralização dos recursos
recebidos na Autoridade Nacional e em 34 Não segue a lógica de partilha de
unidades gestoras. recursos vinculada a Ações
Programáticas do Orçamento Geral da
Passo 3: Fortalecimento dos DSEI como
fundos financeiros ou orçamentários. União;
Passo 4: Contratação de procedimentos Fixação de parâmetros iniciais para o
de média e alta complexidade pelos DSEI repasse de recursos e a realização de
Passo 5: Pactuação dos investimentos. diversas rodadas de ajuste semestrais,
ao longo de um período de três anos.

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MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO
Fórmula para Alocação Inicial de Fórmula para Alocação Inicial de
Recursos Recursos
8 Fatores:
Rodadas de Ajuste: recursos não
F1 - Equipe Básica de profissionais de
comprovados serão revertidos ao saúde definida de acordo com critérios
Fundo de Ajuste, até o limite de 5% estabelecidos;
do valor inicial destinado ao Distrito. F2 - Equipe Complementar formada por
DSEIs que comprovarem despesas outros profissionais vinculados à
superiores à sua dotação inicial atenção e ao suporte
poderão receber, nos seis meses F3 – Encargos trabalhistas e
seguintes, parte dos recursos do previdenciários
Fundo de Ajuste. F4 – Despesas Correntes de Saúde -
materiais de consumo e insumos

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Fórmula para Alocação Inicial de Fórmula para Alocação Inicial de
Recursos Recursos
Fórmula de Alocação Inicial do Distrito
Fatores:
(FAID)
F5 – Despesas de Gestão e de
Capacitação FAID = F1+ F2 + F3 + F4 + F5 +F6 + F7 + F8
F6 – Despesas Operacionais - acesso e de
comunicação Fundo Geral de Recursos da Saúde
F7 – Despesas de contra-referência de Indígena (FGRSI)
média e alta complexidade Σ FAID dos 34 Distritos = 90% dos recursos
F8 – Fator epidemiológico e sócio-cultural Despesas de transporte aéreo e necessidades
emergenciais = 10% dos recursos.

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Metas de Investimento Metas de Financiamento
 Apresentação de Plano de Investimentos (PI)
nas rodadas de ajuste: Apresentação de Planos de
 justificativa do investimento; Necessidades de Financiamento (PNF)
 impacto sobre a capacidade de prestação de nas rodadas de ajuste:
serviços;
 expansão esperada do custeio; necessidades adicionais de recursos
 redução nos gastos com logística. correntes;
 Critérios de priorização:precariedade de infra- necessidades de recursos de capital.
estrutura; impactos sobre a ampliação e melhoria da Construção de Metas de Financiamento
atenção à saúde; impactos sobre a redução de custos
da atenção à saúde. por Distrito e sua consolidação em
Quadro de Metas de Financiamento da
Saúde Indígena.

MODELO DE FINANCIAMENTO
MODELO DE FINANCIAMENTO
Compras de serviços e formas de
Apropriação de Custos
pagamento

Comprovocação de gastos para Compra centralizada ou


comprovação de custos: aumento da descentralizada
eficiência na utilização dos recursos. Tendência à recentralização
Experiência piloto de Sistema para Decisão:
Apropriação de Custos. Economias de escala+ reduções de
custos adm. + diminuição das
Capacitação dos DSEIs. necessidades de pessoal › custos de
Implementação nos demais DSEIs. inadequações a necessidades e
demandas = centralização
Reclamação: morosidade no
suprimento de insumo.

13
MODELO DE FINANCIAMENTO
MODELO DE FINANCIAMENTO
Compras de serviços e formas de
Prestação de Contas
pagamento
 Mudança da lógica de prestação de
 Compras centralizadas e distribuição
contas: do monitoramento por meio do
descentralizadas pode ser alternativa controle de gastos financeiros para a
para alguns insumos. avaliação de metas e resultados.
 Vinculação entre cumprimento de metas e
 Capacitação e emponderamento de
transferência de recursos.
DSEIs como gestores das compras.
 Etapas:
 Gestão da saúde indígena: DSEIs  Controle de gastos nas rodadas de ajuste;
 Execução: direta, convênios, contratação  Criação de sistema de apropriação de custos;
de func. públicos ou terceirizados.  Monitoramento de repasses baseado em
metas.

MODELO DE FINANCIAMENTO MODELO DE FINANCIAMENTO


Plano de Ação - curto prazo Plano de Ação - curto prazo
Eixo Metas Indicadores Ações
Eixo Metas Indicadores Ações ImplementaçãodeSistema Metodologia eescolha de Nº devisitas in locoemunidades Escolhados DSEIs integrantes do
Centralização dos repasses em Viabilizar politicamente a Nº de reuniões com atores-chave Atividades de debate e para Apropriaçãode Custos experiência-piloto de saúde. NomeaçãodeDSEIs- piloto;
um mesmo órgão aglutinação de recursos definição política a nível piloto; Estudo para elaborar
nacional/interisntitucional
Elaboraçãodemetodologiapara metodologia.
(reuniões CONDISI, Conselhos
Distritais, Reuniões GT de
apropriaçãodecustos.
transição, FUNASA, MS e CNS). Criação doSistemade
Autonomia da gestão dos Criação de Classificação de DSEIs segundo Estudos para estabelecer Apropriaçãode custos.
recursos em 34 unidades categorização/classificação de critérios epidemiológicos, de metodologia; Coleta de dados; Compras deserviços e formas Conhecimentodo Planilhas de custos incorridos com Coleta dedados acerca de
gestoras DSEIs e capacitação das áreas gestão, de acesso e de infra- classificar DSEIs depagamento custo/benefício relacionado acompracentralizadavs preços decomprade insumos,
de administração e orçamento estrutura. Atividades de debate para comas modalidades de descentralizadade insumos, gastos detransporteelogística,
legitimar a categorização;
compra incluindodistribuiçãoe gastos dearmazenamento;
capacitação das áreas de
administração e orçamento). dispensação; coleta deinformações acerca
Adoção da Fórmula Preparação para adoção da Debates acerca dos fatores da Relaçãodos benefícios decada debenefícios dacompra
Fórmula fórmula; Estudos para verificação modalidade; central. vs descentralizada;
Montagem de estrutura central Propostas de acerca da disponibilidade de Cômputo dedesperdícios de determinaçãodas
dotada de capacidade de detalhamento/revisão; dados; insumos (prazo devalidade modalidades decompra por
avaliação e capacitada a Coleta de informações acerca Coleta de informações e
vencido, prescriçãoinadequada). itemdedespesa.
prestar assistência aos DSEIs dos fatores da Fórmula alimentação de planilhas;
Valores a serem repassados por cálculo dos repasses por DSEIs. Pactuação deinvestimentos Elaboraçãode metodologia, Modelode Planode Investimento Constituir equipeparaelaborar
DSEI apresentação e legitimação decritérios ede instrumento omodelo);
DSEIS capacitados dos valores. paraapactuação de Estudo para desenvolvimento
investimentos domodelo).

MODELO DE FINANCIAMENTO
Plano de Ação - curto prazo
Eixo Metas Indicadores Ações
Prestaçãode contas Desenvolvimento de Relaçãode critérios aceitos na Constituir equipeparaelaborar
metodologiaparaprestação prestação decontas; ametodologia;
de contas nas Rodadas de Definição deprioridades aserem Estabelecer parâmetros para
Ajuste atendidas. guiar as rodadas;
Critérios paraacessoao Fundo de Definir critérios deacesso ao Subsistema de Saúde Indígena:
Ajuste. Fundo Análise de Situação e Opções para o Futuro
Capacitar equipes dos DSEIs

Fortalecimentodos DSEIs como Capacitação degestores Nº decursos paracapacitação Realizar cursos para
fundos financeiros e Distritais paraassumir gestão
paraordenar despesas, realizar capacitação degestores dos
orçamentários financeira licitações e contratos.
Incremento do nº e da
DSEIs
Contratação defuncionários
Apresentação das Diretrizes Gerais e
qualificação do quadro de
pessoal dos DSEIs
paradesempenhar funções
administrativas nos DSEIs.
Estratégias de Monitoramento e Avaliação
Contratação deprocedimentos Capacitar os DSEIS paraassumir Nº degestores deDSEIs
de médiae altacomplexidade o planejamentoe a capacitados paraincluir a
realizar os cursos mencionados;
Estudos paraidentificar o nº de
de Política, Programas e Ações de Saúde
pelos DSEIs contratação deprocedimentos contrataçãode procedimentos
de médiaealtacomplexidade. nos Planos Distritais epara
procedimentos para2010;
tornar possível eviável a Indígena
negociar ainclusãonos Planos participação dechefes de
Municipais e Estaduais junto às DSEIs nas CIBs Seminário Regional | 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus - AM
CIBs;

Perfil demográfico
 Segundo dados de 2007, vivem no Brasil 488.441 mil
Avaliação e Monitoramento índios (SIASI), distribuídos entre 225 povos
indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da
população brasileira.
 Monitoramento centrado na ferramenta  Os aglomerados populacionais que caracterizam
SIASI esses povos são comumente de pequeno porte, 28%
são constituídos por até 200 pessoas, 40% tem entre
 Deficiências na infraestrutura 200 e 1000 pessoas, e apenas 3 povos indígenas
informacional nas pontas do Sistema apresentam mais de 20 mil pessoas.
 Grande demanda por qualificação dos  Há estimativas de que existam entre 100 e 190 mil
envolvidos no Sistema índios vivendo fora das terras indígenas e 63
referências de grupos indígenas ainda não-
 Necessidade de apropriação das contatados.
informações do SIASI na rotina
 A taxa de crescimento anual estimada é de 3,5% ao
institucional ano. Este fenômeno demográfico tem sido definido
enquanto “recuperação demográfica”, ocorrendo
após um longo período de perdas populacionais.

14
Mortalidade proporcional Avaliação e Monitoramento
Mortalidade proporcional por grupos de causa das populações indígena e total
do Brasil  De 2002 a 2007 foram aprovados 63
CAUSAS Indígena (2007) Brasil (2005) projetos de pesquisa na área da Saúde
Doenças infecciosas e parasitárias
Neoplasias
10.41
11.22
5,17
16,34 dos Povos Indígenas, totalizando R$
Doenças do aparelho circulatório 9.93 31,46 3.528.229,14 investidos.
Doenças do aparelho respiratório 8.96 10,79
Afecções originadas no período perinatal 8.48 3,30  R$ 1.433.777,90 são recursos do DECIT.
Causas externas
Demais causas definidas
23.30
27.70
14,14
18,79
 R$ 2.094.451,29 são do CNPq, das FAPs e as
TOTAL 100,00 (N=1.863) 100,00 (N=902.372) Secretarias de Saúde (PPSUS).
1. Somente foram considerados os óbitos com causas definidas; pressupõem‐se que os óbitos com
causa mal definida (capítulo XVIII da CID 10) estão distribuídos linearmente pelos demais grupos de
causas.
* Fontes: SIASI (2007) e DATASUS (2008)

Características Implementar o sistema de M&A de saúde


indígena
 Concentração de recursos em poucas
instituições  Implementar o subsistema de
monitoramento, para o acompanhamento
 Baixos valores por projeto
contínuo, regular e sistemático dos
 Boa dispersão regional programas em relação a seus objetivos e
 Processo inicial de pordução de estudos metas
 Baixa interação com a FUNASA  Implementar o subsistema de avaliação,
visando compreender os resultados da
implementação dos programas de saúde
indígena.

Principais características do Apoiar-se no sistema de M&A


monitoramento e da avaliação para o aperfeiçoamento da
gestão da saúde indígena.
Característica Monitoramento Avaliação
Processo Contínuo Descontínuo

Foco Implementação e produtos Implementação e resultados  Formulação estratégica


Fontes de Procedimentos de Estudos
informações rotina/Ferramentas  Aprimoramento do desenho
eletrônicas
Produção de dados Regular Irregular  Transparência e controle social
Aplicações Rotina administrativa - Aprendizado
- Melhorias na
 Alocação de recursos
implementação
- Accountability
- Planejamento e alocação  Prospecção de tecnologia para a gestão
de recursos
Indicadores Estrutura, processo e Os mesmos desde que haja
resultado repetição na coleta dos  Formação e capacitação
dados

Garantir comunicação entre as


Atuar de forma sinérgica,
bases de dados e sistemas
organizando iniciativas de M&A
informacionais de interesse do
da FUNASA e demais órgãos
subsistema de monitoramento
 Considerar metodologias, ferramentas
tecnológicas, e políticas de fomento ao Variáveis ou rotinas fonéticas originais do SIASI
estudo da saúde dos povos indígenas Indivíduo Espaço

 Envolver os desenvolvedores das Atributos Rotinas Atributos e rotinas


experiências já consolidadas:Técnicos da
Aldeia Nome da pessoa Aldeia
COMOA/Funasa, DECIT, DATASUS,
representantes dos DESEIs, agentes de Etnia Nome do pai Pólo base
saúde, e lideranças indígenas
Nome da mãe DSEI
 Considerar produção de dados de:
FUNAI, IBGE, INEP e MDS

15
Aumentar qualidade e
usabilidade das ferramentas na
construção do subsistema de
monitoramento
 Conexão à Internet
Estrutura e fluxo do  Articular a capacitação em gestão de
Sistema de M&A políticas com a de A&M
 O foco do sistema de M&A indígena deve
ser nos indicadores de políticas,
programas e ações de saúde indígena
 Revisão do SIASI para que alcance os
requisitos tecnológicos já alcançados
pelos sistemas de informação em saúde já
consolidados

Definir rotinas para construção


Lista básica para discussão:
de indicadores de
indicadores demográficos
monitoramento
 Listar objetivos dos programas. 1. Razão de Sexo
 Levantar junto aos atores relevantes 2. Taxa Bruta de Natalidade
principais necessidades e problemas de 3. Taxa Bruta de Mortalidade
cada programa.
4. Taxa de Mortalidade Infantil
 Definir os efeitos relevantes esperados.
5. Taxa de Mortalidade Neonatal
 Definir rotinas para debate dos resultados
6. Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce
e divulgação dos mesmos.
7. Taxa de Mortalidade Neonatal Tardia
 Vincular a variação nos indicadores
definidos a incentivos 8. Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal

Apoiar subsistema de avaliação Instituir política de formação e


em estudos realizados por capacitação integrando saúde
instituições independentes indígena e M&A
 Cursos: a distância, presencial e pós-
 Constituição de unidade de avaliação graduação lato senso
permanente.  Disseminar as melhores práticas de A&M
 Interagir com o DECIT na definição de
 Produzir e distribuir material didático sobre
agenda de estudos de avaliação da saúde métodos de A&M
indígena.
 Realizar estudos próprios através de
contratação de intuições de pesquisa
acadêmica ou aplicada.

Desenvolver e implementar Desenvolver e implementar


política de disseminação de política de disseminação de
resultados resultados
 Utilizar várias mídias para disseminação  Produzir materiais (newsletters e seções
dos resultados: do boletim eletrônico) nas línguas dos
 Revista técnica voltada aos achados das grupos étnicos mais numerosos
avaliações  Aumentar o relacionamento com a
 Newsletters voltados aos estudos descritivos comunidade acadêmica
 Relatório estatístico anual voltado à
apresentação das estatísticas oficiais da saúde
indígena
 Boletins eletrônicos

16
Abordagem Geral
do Plano de Implementação
Subsistema de Saúde Indígena:
Análise de Situação e Opções para o Futuro  Orientar as propostas pela abordagem de aprendizado
“learning approach”;
Diretrizes Gerais e Plano de Ação para a
Implementação dos Modelos de Atenção,  Propor uma Estratégia de Comunicação e Articulação
Gestão, Financiamento, Organização e
Monitoramento & Avaliação  Identificar Condicionantes e Riscos importantes para a
do Subsistema de Saúde Indígena implementação dos Modelos
Seminário Regional | 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus - AM

Metas e Ações de Curto Prazo


COMO preparar o terreno para a plena Ações Prioritárias de Curto
implementação dos Modelos em 2011-2014?! Prazo
 Viabilizar a Autonomia incorporando os DSEIs como Unidades 1. Fortalecer a capacidade para
de Despesa no OGU já para 2010
 Fortalecer a capacidade dos DSEIs e da Organização implementar um novo Modelo de Atenção
Responsável pela Saúde Indígena para implantação gradativa da
Autonomia e adoção dos Modelos
Preparação de metodologias e materiais para a
 Definir os Planos Distritais para 2011-2014 a partir do novo implementação da Vigilância da Saúde como Modelo de
modelo de Atenção à Saúde Atenção nos DSEIs e formação de uma massa crítica de
 Identificar prioridades de investimento para serem incorporados quadros técnicos e de gestão nos níveis distrital e nacional
no PPA 2011-2014 capaz de multiplicar esta abordagem no conjunto dos
 Estratégia de comunicação: disseminação dos produtos, criação DSEIs a partir de 2010.
de espaços de debate e fóruns de intercâmbio de experiências
 Estratégia de articulação: definição de responsabilidades
institucionais, criação de Câmara Técnica da CIT, fortalecimento
da articulação intersetorial

Ações Prioritárias de Curto Ações Prioritárias de Curto


Prazo Prazo
2. Fortalecer a capacidade para a Gestão da 3. Mapear a capacidade instalada e as
Autonomia com Responsabilidade Sanitária necessidades de investimento

Preparação de metodologias e materiais para Identificação da capacidade instalada de


orientarem o fortalecimento da capacidade de Gestão assistência à saúde dos territórios distritais e
para Autonomia com Responsabilidade Sanitária, com a municípios adstritos, para orientar a readequação
elaboração do Perfil do Gestor Distrital como recurso territorial, otimizar a integração com as redes
base para os processos seletivos e para a regionalizadas de referência do SUS e identificar
implementação de cursos de formação a partir de 2010,
e a construção do marco regulatório da Autonomia com
prioridades para futuros investimentos em
manuais detalhando suas normas operacionais básicas infraestrutura no âmbito do PPA 2011-2014 e de
e estratégias de implementação com critérios para um eventual Projeto VIGISUS III.
progressão pelos níveis de autonomia.

Ações Prioritárias de Curto


Estratégia de Articulação
Prazo
 Definir a responsabilidade institucional pela gestão do
4. Criar as bases técnicas para a Subsistema de Saúde Indígena em nível nacional.
incorporação da análise de custos  Viabilizar a apropriação dos Modelos pelos gestores do
SUS nas diferentes esferas, via CIT (introdução do Gestor
Nacional e possível criação de uma Câmara Técnica da CIT
Desenvolvimento de metodologia para definição sobre saúde indígena) e CIB (representação dos chefes de
DSEI), incorporando a integração com o SUS à lógica da
dos custos envolvidos na operação do Autonomia.
subsistema e aplicação das etapas preliminares
 Formalizar e intensificar a prática da articulação
dessa metodologia, para garantir a intersetorial, visando a viabilização das estratégias ora
racionalização da alocação orçamentária dentro propostas e a melhoria dos indicadores dos determinantes
da lógica das “rodadas de ajuste” previstas para sociais da saúde indígena (saneamento, nutrição,
a redefinição dos tetos distritais a partir de 2010. educação, participação social, demarcação e gestão
sustentável das terras e dos recursos naturais).

17
Estratégia de Comunicação
 Disponibilizar, via Internet, os relatórios das Oficinas Regionais e os
textos finais dos Produtos da Consultoria assim que estes tenham
sido aprovados pela FUNASA e pelo Banco Mundial;
 Preparar versões acessíveis do conteúdo essencial dos Modelos, que
possam servir de insumo para o debate em reuniões de Chefes de
Distrito, CONDISIs, Fórum de Presidentes, eventuais Oficinas
Regionais, etc.;
 Criar uma página de Internet para registro e disseminação de
experiências bem-sucedidas já desenvolvidas nos DSEIs, a partir do
material recolhido durante as Oficinas Regionais, com recursos de
troca entre os DSEIs (espaço blog/envio de perguntas e respostas
com cadastro prévio);
 Disponibilizar para os técnicos dos DSEIs, via página de internet
associada à página acima proposta, uma biblioteca básica de textos
chave da saúde indígena; e
 Criar uma plataforma eletrônica que poderá servir para a realização
de “seminários virtuais” de apresentação e discussão dos Modelos,
como alternativa mais barata à repetição dos ciclos de Oficinas
Regionais.

Apresentação do Dr. Armando Raggio, com intervenção do Dr. Marcos Pellegrini iniciou
apresentando o que se entende por modelo de atenção à saúde indígena, sobre o
profissional, formas de atendimento, equipamento, falou também das relações humanas
em si. Apresentou os modelo de atenção da Vigilância da Saúde, onde a população e as
equipes da saúde são o foco, não se leva em conta apenas à tecnologia médica, mas
também a comunicação, o planejamento, em conjunto com a população atendida. Em
relação aos povos indígenas, a principal tecnologia pra tratar da questão intercultural, é a
comunicação, é ouvir a população indígena, levar em consideração seus costumes, seus
saberes. A organização dos DSEIs devem levar em consideração os territórios onde as
populações estão situadas, não apenas levando em consideração a forma burocrática de
organização territorial. A educação permanente deve ser a principal ferramenta de
trabalho. Estratégias - a ação prioritária deve ser executada nas aldeias, priorizar a
formação do agente indígena de saúde, garantir os equipamentos e insumos, incluindo
comunicação, que garantirá interação com a equipe multidisciplinar, melhorando o
atendimento. Os DSEIs deveriam ter a formação dos agentes como prioritária, mas a
maioria deles não conseguiu avançar nessa formação.Inclusão da pedagogia e
antropologia na formação dos profissionais de saúde. O problema dos programas de
prevenção na maioria das vezes são os insumos. Material colhido no Javari, por exemplo,
sendo examinado em Manaus, ou até mesmo fora. Assistência farmacêutica não é só
comprar e enviar remédio, não se trata apenas de abastecimento, o ciclo completo deve
ser levado em consideração, necessidade, pessoal, entre outros. Lembrou que já passou
por diversos ciclos de saúde, que às vezes se repetem, pediu inclusive desculpa aos
indígenas por isso. Apresentou a equipe responsável pelo trabalho, IDS, Saúde sem
Limites, CEBRAP, que participaram de uma licitação e foram contratados para realizar
esse trabalho de consultoria de análise e propositura. A contribuição da equipe é de
lembrar que o SUS tem a obrigação legal de desenvolver a vigilância em saúde. Não é

18
apenas com a sociedade indígena que se cometem falhas, que os não indígenas também
sofrem de influências dos colonizadores. Citou que não é que o hospital não seja
necessário, mas que na maioria das vezes quando tudo corre bem, como num parto, por
exemplo, é ótimo, mas quando a mãe está em risco na verdade ninguém quer atender. O
trabalho apresentado por ele foi realizado pela Dra. Vera, que possui grande experiência
no assunto. Uma vez que não estão sendo apresentadas novidades, o resultado do
trabalho é uma fotografia, e qual o valor da consultoria? O importante é que é no olhar de
terceiros, nem dos usuários nem prestadores, mas um olhar de quem está de fora, com
propostas, sem a preocupação de encontrarem culpados. O controle social é fraco,
quanto mais distante a população a ser atendida, mas difícil será ela de ser ouvida. Não é
necessário ter uma caixinha para cada atividade, mas pessoas que se comuniquem nas
suas especialidades e responsabilidades.A proposta não é que os chefes não respondam
por seus atos, mas que o façam ouvindo mais os demais atores e estando diretamente
ligados as autoridades nacionais. Não se está propondo que alterações sejam feitas sem
que os usuários sejam ouvidos. Propõe criação de um Consórcio Inter-Distrital, para
atendimento em conjunto das necessidades em comum. Sugeriu que quando for visitar
uma área deverá ser levada uma equipe multidisciplinar para suporte. Os conhecimentos
e práticas antigas não devem ser rejeitadas, mas reaproveitadas dentro da nova forma de
atendimento. Controle social não custa absurdamente caro, mas só pode se viabilizar
após recurso disponível, então se faz necessário o levantamento e garantia dos recursos.
O melhor atendimento de saúde indígena para pelo melhor atendimento no SUS. Se o
indígena não está bem atendido, pior o ribeirinho. O chefe do atendimento é responsável
não só pelo atendimento, mas pela população a ser atendida. Desenvolvimento da
Capacidade Gestora. Gestão se aprende executando gestão, mas deve-se considerar a
capacidade de gestão de cada um, ajudando aqueles que não tem condição de gerir pela
autoridade nacional. Lembrou da necessidade do reforço dos Conselhos no Subsistema.
Como acontece na Comissão Intergestora Tripartite, onde se pactua as ações do
subsistema, uma vez que os órgãos são autônomos entre si. O Bom seria que todas as
práticas de gestão fossem práticas de consenso, evitaria conflitos, existe cumplicidade
nas decisões. É impossível trocar de uma hora pra outra todos os profissionais que
trabalham no atendimento, mas aos poucos se pode iniciar, garantindo a permanência
dos profissionais, menor rotatividade, que haja formação, capacitação permanente,
humanização do atendimento. O Plano Atual na teoria é muito bom, mas variou muito
conforme o gestor da vez, talvez pela irregularidade dos recursos. Precisa da avaliação
não só política dos atos. Proposta de Criação do Manual de Orientação Básica, como no

19
tempo de descentralização do SUS, as normas operacionais. Casos não previstos seriam
avaliados e decididos no colegiado. Gestão e financiamento dissociado - cortar o recurso
prejudica o usuário, não se pode deixar de garantir o básico. Os recursos seriam maiores
à medida que as metas fossem sendo atendidas. Citou o defeito do SUS como um todo, o
recurso é liberado e o usuário às vezes não é atendido, a forma de atendimento deveria
ser a liberação direcionada, alocada ao usuário. Em algumas vezes o recurso é gasto
corretamente, mas não se alcança o objetivo, em algumas vezes se alcança o objetivo,
mas não que gasta conforme o proposto. O cálculo e controle de custos é difícil de ser
executado, mas é muito necessário. Dados mostram que a mortalidade indígena é muito
maior por fatores parasitários e ligados ao período pré-natal do que na população não
indígena. O governo brasileiro tem obrigação estudar e avaliar melhor o atendimento a
saúde indígena. Os trabalhos da manhã foram encerrados.

5. Apresentação do Plano de Implementação dos Modelos

Abordagem Geral
do Plano de Implementação

Plano de Aç
Ação  Orientar as propostas pela abordagem de
para a Implementação dos Modelos de aprendizado “learning approach”;
Atenção, Gestão, Financiamento, Organização
e Monitoramento & Avaliação do Subsistema de  Propor uma Estratégia de Comunicação e
Articulação
Saúde Indígena
 Identificar Condicionantes e Riscos importantes
Seminário do GT de Saúde Indígena | 24 e 25 de junho de 2009 | Manaus/AM
para a implementação dos Modelos

Fundação
Ministério
Nacional
da Saúde
de Saúde

Metas e Ações de Curto Prazo Metas e Ações de Curto Prazo

COMO preparar o terreno para a plena implementaç


implementação COMO preparar o terreno para a plena implementaç
implementação
dos Modelos em 2011-
2011-2014?! dos Modelos em 2011-
2011-2014?!

 Viabilizar a Autonomia incorporando os DSEIs como  Identificar prioridades de investimento para serem
Unidades de Despesa no OGU já para 2010. incorporados no PPA 2011-2014.

 Fortalecer a capacidade dos DSEIs e da organização  Estratégia de comunicação: disseminação dos


responsável pela Saúde Indígena para implantação produtos, criação de espaços de debate e fóruns de
gradativa da Autonomia e adoção dos Modelos. intercâmbio de experiências.

 Definir os Planos Distritais para 2011-2014 a partir do  Estratégia de articulação: definição de


novo modelo de Atenção à Saúde. responsabilidades institucionais, criação de Câmara
Técnica da CIT, fortalecimento da articulação
intersetorial.

20
Ações Prioritárias de Curto Prazo Ações Prioritárias de Curto Prazo

2. Fortalecer a capacidade para a Gestão da


1. Fortalecer a capacidade para Autonomia com Responsabilidade Sanitária
implementar um novo Modelo de Atenção
Preparação de metodologias e materiais para
Preparação de metodologias e materiais para a orientarem o fortalecimento da capacidade de Gestão
implementação da Vigilância da Saúde como Modelo de para Autonomia com Responsabilidade Sanitária, com a
Atenção nos DSEIs e formação de uma massa crítica de elaboração do Perfil do Gestor Distrital como recurso
quadros técnicos e de gestão nos níveis distrital e nacional base para os processos seletivos e para a
capaz de multiplicar esta abordagem no conjunto dos implementação de cursos de formação a partir de 2010,
DSEIs a partir de 2010. e a construção do marco regulatório da Autonomia com
manuais detalhando suas normas operacionais básicas
e estratégias de implementação com critérios para
progressão pelos níveis de autonomia.

Ações Prioritárias de Curto Prazo Ações Prioritárias de Curto Prazo

3. Mapear a capacidade instalada e as 4. Criar as bases técnicas para a


necessidades de investimento
incorporação da análise de custos
Identificação da capacidade instalada de
assistência à saúde dos territórios distritais e Desenvolvimento de metodologia para definição
municípios adstritos, para orientar a readequação dos custos envolvidos na operação do
territorial, otimizar a integração com as redes subsistema e aplicação das etapas preliminares
regionalizadas de referência do SUS e identificar dessa metodologia, para garantir a
prioridades para futuros investimentos em racionalização da alocação orçamentária dentro
infraestrutura no âmbito do PPA 2011-2014 e de da lógica das “rodadas de ajuste” previstas para
um eventual Projeto VIGISUS III. a redefinição dos tetos distritais a partir de 2010.

Estratégia de Articulação Estratégia de Comunicação


 Disponibilizar, via Internet, os relatórios das Oficinas Regionais e os
textos finais dos Produtos da Consultoria assim que estes tenham
 Definir a responsabilidade institucional pela gestão do sido aprovados pela FUNASA e pelo Banco Mundial;
Subsistema de Saúde Indígena em nível nacional.  Preparar versões acessíveis do conteúdo essencial dos Modelos, que
 Viabilizar a apropriação dos Modelos pelos gestores do possam servir de insumo para o debate em reuniões de Chefes de
SUS nas diferentes esferas, via CIT (introdução do Gestor Distrito, CONDISIs, Fórum de Presidentes, eventuais Oficinas
Regionais, etc.;
Nacional e possível criação de uma Câmara Técnica da CIT
sobre saúde indígena) e CIB (representação dos chefes de  Criar uma página de Internet para registro e disseminação de
DSEI), incorporando a integração com o SUS à lógica da experiências bem-sucedidas já desenvolvidas nos DSEIs, a partir do
material recolhido durante as Oficinas Regionais, com recursos de
Autonomia. troca entre os DSEIs (espaço blog/envio de perguntas e respostas
 Formalizar e intensificar a prática da articulação com cadastro prévio);
intersetorial, visando a viabilização das estratégias ora  Disponibilizar para os técnicos dos DSEIs, via página de internet
propostas e a melhoria dos indicadores dos determinantes associada à página acima proposta, uma biblioteca básica de textos
sociais da saúde indígena (saneamento, nutrição, chave da saúde indígena; e
educação, participação social, demarcação e gestão  Criar uma plataforma eletrônica que poderá servir para a realização
sustentável das terras e dos recursos naturais). de “seminários virtuais” de apresentação e discussão dos Modelos,
como alternativa mais barata à repetição dos ciclos de Oficinas
Regionais.

6. Dúvidas e esclarecimentos

Carlos – os princípios estão claros, então se pergunta o que estamos aguardando pra
iniciar a implantação? Por que não se inicia em algum DSEI? Se define que será o
responsável, o gestor? Por que a FUNASA BSB continua a agir como se os DSEIs não
existissem?

Dr Armando Raggio respondeu que, quem não conhece o plano de implementação só


pode se fazer este tipo de pergunta mesmo. Que será discutido o plano de
implementação, que um dos primeiros pontos em comum é a necessidade do Plano de

21
Gestão.Algumas medidas não podem ser tomadas de imediato, depende de
regulamentação, seria por meio de Portaria? De Decreto? Ainda não está definido.
Garante que a sua resposta, não contempla todas as suas perguntas.

Enfatizou que a consultoria não define se será criada uma Secretaria de Saúde Indígena,
menciona que é consultor, e cita o Órgão Gestor a garantia da criação dos Distritos. Essa
definição seria uma decisão de governo.

A proposta do Comitê Gestor Nacional seria formado pelos Chefes de Distrito e o Chefe
Nacional

Irmã Ercília: perguntou sobre a autonomia das CASAIs? Como seria?

Dr. Armando Raggio respondeu que a autonomia não se trata de trabalho


desassociados, não seria descolar a CASAI do DSEI, mas sim melhorar o gerenciamento
da CASAI; melhor qualificar os que hoje estão respondendo pela CASAI. Não se trata de
transformar a CASAI em Unidade Gestora, mas com autonomia administrativa.

Erivelto Apurinã – Cacique da Comunidade Castanheira do Médio Rio Purus: mencionou


a reflexão do trabalho da consultoria, na sua teoria. Acredita que as ações de saúde em
área, executadas pela FUNASA, são eficazes, mas se tornam vulneráveis, pois os
indígenas estão muito próximos dos ribeirinhos, e esses não sendo tratados de forma
adequadas, são causadores no transporte de doenças aos indígenas com muita
facilidade. Acha importante que o SUS também seja fortalecido, para que os ribeirinhos
tenham o mesmo tratamento, não levando doenças para os indígenas que residem
próximo.
Perguntou qual seria o papel da Secretaria de Saúde Indígena?

Dr Armando Raggio: Acredita que nas Secretarias de Saúde tem status de nível
nacional, os DSEIs devem atuar com autonomia, alem desses Distritos podem ser criados
uma comissão onde devem discutir as ações de como devem agir. Ajudando em conflitos
políticos de estados e municípios. Onde deve ser representado pela comissão paritária.
Por causa do conjunto da saúde indígena exige essa forma. Nas internações hospitalares,
propõe que seja rede de hospital-escola e onde não estiver hospital publico que são
assistidos pelo SUS; é necessário de uma ouvidoria onde deve unir a comunicação entre

22
os distritos, socialmente o atendimento de saúde aos indígenas e ribeirinhos não podem
ser diferenciado nem desrespeitados.

Antonio Apurinã = Perguntou aos “parentes” o que muda com a criação da Secretaria?
Muda apenas o nome ou muda para uma Secretaria com condições de atender realmente
os povos indígenas? Com status de Ministério? Com conhecimentos, recursos humanos,
hospitais humanizados para atender os povos indígenas? O indígena afirma que os
indígenas querem uma Secretaria com corpo técnico suficiente para atender a saúde
indígena, ligada diretamente à Presidência da República.

Dr Armando Raggio respondeu que como consultor não tem autoridade política para
responder a essa pergunta. E ainda como consultor sugeriu que essa questão seja
encaminhada para os agentes de governo presentes, como Dr. Antônio Alves de Souza.

José Evilásio dos Santos fez considerações sobre o DSEI Alto Rio Solimões, que
atende sete povos diferentes, em seis municípios. Enfatizou que é muito difícil o trabalho
dos conselheiros devido a grandes distancias e dificuldade logística. Perguntou se teria
como se criar um novo Pólo ou dividir o DSEI para melhor atendimento?

Dr Armando Raggio respondeu que teria como analisar a divisão do distrito ou criação
de um novo Pólo Base num pequeno espaço de tempo ou a longo prazo, podendo
demorar até três anos, dependendo dos recursos.

Marcos Freitas Sá, Presidente do Sindicato de Trabalhadores em áreas Indígenas de


Roraima, Perguntou se na autonomia dos DSEIs e na criação da nova secretaria estão
levando em consideração o tempo de serviço dos trabalhadores de saúde indígenas? Em
detrimento àqueles que nunca trabalharam em área? Que sejam reconhecidos aqueles
que passam 30 e até 60 dias em área, longe de suas famílias. Como seria essa
contratação? Concurso? CLT?

Dr ArmandoRaggio, a proposta é de não romper contratos, não prejudicar os atuais


trabalhadores, não romper de imediato com as atuais parcerias, em algumas áreas
continuará sendo difícil conseguir pessoal através de concursos. Sugeriu que os
concursos levem em consideração o tempo de serviço, perfil. Que toda contratação seja
obedecido os marcos legais da legislação vigente. Com um diferencial que os concursos

23
não sejam realizados da forma convencional. Vai sugerir ao grupo de trabalho essa
recomendação. “quem tem poder para melhor definir as regras seria o doutor Antonio
Alves de Souza”.

Jorge Marúbo, frisou a preocupação para implementar as ações de saúde no novo


modelo. Sabe que a criação da Secretaria foi atendimento da reivindicação dos povos
indígenas. Como seria na ponta? Cada DSEI seria Unidade Gestora? Quem vai assumir
de verdade mesmo? Pois qualquer problema, quem vai assumir? Houve conversa sobre o
DSEI Javari, que vai passar a ser Administrado pelo DSEI Alto Rio Solimões. Que não vai
dar certo, pois os problemas são muitos diferentes.

Dr Armando Raggio, respondeu que o contratador direto ou indireto de pessoas é o


Governo Federal, seguindo regras do Governo Federal. Sobre a questão do Javari, trata-
se de questão política e não pode ser respondida pela Consultoria. Sobre a união do
Javari com o Alto Solimões informou que isso nunca foi escrito nem proposto pela
consultoria, pois seria retrocesso, a proposta seria o contrário, em alguns casos, ampliar.

Antonio Pereira de Oliveira, responsável pela logística com DSEI Yanomami,


questionou sobre o controle de endemias no novo projeto de gestão. Que esse controle
foi passado para o Município ou para o Estado. Existe proposta para o controle ser
inserido no novo modelo?

Dr. Marcos Pellegrini, propõe que deveria ser analisado de DSEI por DSEI, com
informações vetoriais de acordo com a realidade local.

Dr Armando Raggio fez uma abordagem geral do Plano de Implementação, que como
todo modelo servirá como norteador, estando num processo de construção. Que a saúde
no Brasil ainda é colonial, entende-se saúde por hospital, mas saúde na verdade não é
isso, saúde é prevenção.

Sabá Manchineri enfatizou que a responsabilidade da saúde também é dos indígenas.


Os Distritos não devem discutir só autonomia. Com a implantação da autonomia, como
fica a participação indígena? Pois não está muito clara, a saúde deve ter um caminho
diferente, não ser partidarizada (partido A, B, C e D). “Vamos garantir a participação
melhor dos indígenas”. Como se deve ser feito isso? Disse que “Os indígenas participam

24
de todas as reuniões mas é preciso garantir que o que é falado por eles seja registrado e
levado em consideração”.

Dr Armando Raggio reafirmou que não responderia perguntas de ordem política, por ser
consultor. Afirmou que não adiantava dar autonomia ao DSEI, sem que houvesse a
Secretaria Nacional, atuando com o acompanhamento efetivo dos Conselhos Locais, caso
contrário não haveria diferença da nova proposta para o atual modelo. De imediato há
necessidade imediata de capacitação dos Agentes de Saúde Indígena e a regularização
das contratações dos mesmos. Lembrou que os Gestores devem ser reconhecidos pelos
Conselhos, não podem ser indicados de qualquer forma, que devem ser profissionais
qualificados, com anuência dos CONDISI.

Adriana, Secretária de Saúde do Município de Borba/AM mencionou sentir falta da


presença dos gestores municipais nesses eventos. Lembrou a importância da
participação dos Chefes dos DSEIs no CISI (Comissão Intersetorial de Saúde Indígena) e
nas Comissões Bipartites e Tripartites, que quase não existe. Pediu maior participação
dos Secretários Municipais de Saúde nos CONDISI e dos indígenas nos Conselhos
Municipais de Saúde, falando na lógica do Pacto pela Saúde e Gestão.

Dr Armando Raggio concordou que é realmente muito importante a lembrança da


participação dos municípios nestas reuniões, informou que ainda não se está atuando na
nova gestão, estão apenas indicando sugestões que são melhores para a nova gestão.

25
7. Apresentação sobre Saneamento Básico – DENSP/Funasa

MINISTÉRIO DA SAÚDE
FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE

SEMINÁRIO DO GRUPO INDIGENA


GT - SANEAMENTO INDÍGENA
Pedro Antonio Gvozdanovic Villar
Coordenador Geral de Engenharia Sanitária

Diagnóstico da Situação do Saneamento em Áreas Indígenas no Brasil –


Histórico da Atuação da FUNASA e Perspectivas
Manaus, 24 de junho de 2009

APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO

| Missão da FUNASA:
Como assegurar saneamento
para todos em sua Aldeia?
“ Realizar ações de saneamento ambiental em todos os
municípios brasileiros e de atenção integral à saúde indígena,
promovendo a saúde pública e a inclusão social, com
excelência de gestão, em consonância com o SUS e com as
metas de desenvolvimento do milênio.”

APRESENTAÇÃO

Qual é o tamanho do
Direito à Aldeia e
Políticas de
nosso desafio?
saneamento ambiental

SANEAMENTO EM ÁREAS INDÍ


INDÍGENAS

METAS: PERÍ
PERÍODO 2007-
2007-2010
• Elevar a cobertura com abastecimento de água de 34 % para das 70 %

O que é
aldeias;
• Elevar a cobertura com abastecimento de água da população atual
residente em aldeias de 62 % para 90 %;
%

possível
• Elevar a cobertura com solução adequada de dejetos de 30 % para 50 %
das aldeias.
RECURSOS NECESSÁ
NECESSÁRIOS

fazer? • Investimentos R$ 200.000.000,00

26
SANEAMENTO EM ÁREAS INDÍGENAS APRESENTAÇÃO
ALDEIAS BENEFICIADAS – 2007 a 2010
REGIÃO NORTE
Implantação de Sist. Abast. de Água – 756 REGIÃO NORDESTE
aldeias Implantação de Sist. Abast. de Água – 377
Melhorias e Ampliações – 307 aldeias
Destinação adequada de dejetos – 407 aldeias
aldeias
Melhorias e Ampliações – 172 aldeias
| Serviços de Saneamento em Áreas Indígenas:
Destinação adequada de dejetos – 247 aldeias
Resíduos Sólidos – 07 aldeias

y Têm caráter básico nas atividades sanitárias e na melhoria da


qualidade de vida das comunidades;
REGIÃO CENTRO OESTE
Implantação de Sist. Abast. de Água – 177
aldeias
REGIÃO SUDESTE
Implantação de Sist. Abast. de Água – 15
y Direcionados por critérios epidemiológicos, sanitários, ambientais e
Melhorias e Ampliações – 174 aldeias
Destinação adequada de dejetos – 227 aldeias
aldeias
Melhorias e Ampliações – 46 aldeias
sócio
- culturais;
Resíduos Sólidos – 06 aldeias Destinação adequada de dejetos – 75 aldeias
Resíduos Sólidos – 8 aldeias
y Prevenção de doenças por meio de serviços de saneamento e
incorporação de hábitos de higiene.
NACIONAL
REGIÃO SUL Implantação de Sist Abast. de Água – 1.377 aldeias
Implantação de Sist. Abast. de Água – 52 Melhorias e Ampliações – 760 aldeias
aldeias
Melhorias e Ampliações – 61 aldeias Destinação adequada de dejetos – 1.045 aldeias
Destinação adequada de dejetos – 90 aldeias Resíduos Sólidos – 28 aldeias
Resíduos Sólidos – 07 aldeias

ESTRUTURAÇÃO E AÇÕES DE GESTÃO


APRESENTAÇÃO
DENSP/CGESA/Coordenação de Saneamento
e Edificações em Áreas Indígenas – COSAN
GERÊNCIA NACIONAL •Coordena e articula com o DESAI a Política Nacional
N de Saneamento em áreas indígenas;

•Viabiliza a execução das ações de saneamento.


| Programa de Cooperação Técnica em Saneamento
Ambiental da FUNASA: Responsável pelo saneamento na Instrutor/Supervisor
Coordenação Regional GERÊNCIA REGIONAL
DSEI/DIESP/SENSP •Participa da capacitação e acompanhamento
•Articula e coordena a política com os DSEI; das atividades do AISAN.

“Objetivo de propiciar aos estados, municípios e Distrito Programa e executa as ações de saneamento
nas aldeias.

Federal, um conjunto de processos, ações, atividades e Supervisor de Saneamento


procedimentos para melhorar a gestão dos serviços de •Participa da capacitação
supervisão do AISAN; Realiza o
e
PÓLO‐BASE
saneamento, buscando a sustentabilidade dos serviços e a
PÓLO‐BASE PÓLO‐BASE
PÓLO‐BASE monitoramento da qualidade da
água de consumo humano das
promoção da saúde humana.” Agente Indígena de aldeias; Alimenta o sistema de
informação de sua competência.
Saneamento – AISAN
•Realiza a operação e a
manutenção dos sistemas de
ALDEI
ALDEI saneamento na aldeia. ALDEI
ALDEI
AALDEI
A ALDEI •Desenvolve atividades de AALDEIA
A ALDEIA
A ALDEIAS
A ALDEIAS educação em saúde e
ALDEIAS
ALDEIAS
ambiental.

APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO

| Competências da COSAN:
| Competências da COSAN:

y Coordenar, acompanhar e avaliar, em articulação com o DESAI, as


ações de saneamento e edificações em áreas indígenas, bem como a sua y Analisar tecnicamente a execução dos projetos de engenharia;
manutenção e operação; y Coordenar e supervisionar a execução de projetos, manutenção e
y Prover informações sobre as ações; operação dos sistemas implantados;
y Fomentar e prestar apoio técnico na estruturação, planejamento e y Coordenar e acompanhar a execução de projetos;
execução das ações; y Executar outras atividades determinadas pelo Diretor do Departamento
y Identificar soluções alternativas adequadas à realidade indígena local; de Engenharia de Saúde Pública.

ESTRUTURA E AÇÕES DE GESTÃO DA


COSAN RECURSOS HUMANOS PARA EXECUÇÃO
DAS AÇÕES:

| DENSP/CGESA/COSAN – PRESIDÊNCIA

y 1 técnico de Nível Superior na Coordenação;

y 8 técnicos de Nível Superior: Engenheiros, Geógrafo, Técnicos de


Assuntos Educacionais;

y 1 Auxiliar de Saneamento;

y 1 Agente de Saúde Pública;

y 2 Apoio administrativo.

27
RECURSOS HUMANOS PARA EXECUÇÃO AÇÕES DE GESTÃO
DAS AÇÕES:
| Atividades Desenvolvidas – Presidência e COREs:
| DIVISÃO DE ENGENHARIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS –
COREs y Participação na construção dos Planos Distritais de Saúde dos Distritos
y 1 responsável pelo saneamento em áreas indígenas; Sanitários e planejamento das ações;

y Equipe formada por Auxiliares e Inspetores de Saneamento, Artífices, y Elaboração e acompanhamento dos processos administrativos para
Agentes de Saúde Pública, Guarda de Endemias, Cartógrafos, Agentes efetivação das ações;
Administrativos, Laboratoristas, Motoristas com média de 8 servidores y Elaboração implantação de estratégias para operação e manutenção dos
por CORE; investimentos implantados nas aldeias;
y Agente Indígena de Saneamento. y Elaboração e acompanhamento do processo de Licenciamento Ambiental
junto ao IBAMA;

AÇÕES DE GESTÃO AÇÕES DE GESTÃO

| Atividades Desenvolvidas – Presidência e COREs: | Interação entre a Equipe Técnica:

y Programação e controle de orçamento de investimentos e custeios;

y Realização de capacitações para técnicos e os próprios


indígenas(Aisans);

y Participação em reuniões e grupos técnicos;

y Coleta e sistematização de informações / dados;

y Contato com lideranças indígenas;

y Realização de visitas técnicas.

AÇÕES DE GESTÃO INVESTIMENTOS REALIZADOS


| Mecanismos de Controle e Monitoramento:
| Início do financiamento e da execução das ações desde a
publicação do Decreto nº 23, de 1991, complementado pelo
y Plano anual de operação, manutenção e monitoramento dos Decreto nº 1.141, de 19 de maio de 1994.
empreendimentos implantados e em implantação;
y Sistemas de informação atualizados. | Responsáveis pelas Ações na época:

| Infra-Estrutura nas Coordenações Regionais:


y Departamento de Saneamento – DESAN;

y As equipes de saneamento em áreas indígenas da DIESP, atendendo y Coordenação de Saúde do Índio – COSAI, ligada ao Departamento
também outras demandas oriundas das ações e atividades de saneamento de Operações – DEOPE.
de responsabilidade da FUNASA.

INVESTIMENTOS REALIZADOS INVESTIMENTOS REALIZADOS

| Atuação das COREs em parceria com outros órgãos e


| Recursos Aplicados entre 1995 a 1998:
instituições.
y Valor dos Investimentos: R$ 14.633.538,61;
| Participação de diferentes atores institucionais,
governamentais. y Contemplou aldeias indígenas localizadas em 143 municípios com
obras de abastecimento de água, melhorias sanitárias e edificações;

• Composição orçamentária não era feita de forma pactuada. y Observa


- se um crescimento geométrico na aplicação dos recursos.
• Grande conquista: criação e implantação dos Conselhos Locais e
Distritaisde Saúde Indígena.

28
INVESTIMENTOS REALIZADOS INVESTIMENTOS REALIZADOS
| Recursos Aplicados entre 1995 a 1998:
| Recursos Aplicados entre 1995 a 1998:
Gráfico 01 - Recursos de Saneamento e Edificações de Saúde Pública aplicados em Áreas Indígena
- FUNASA Brasil 1995 a 1998 - Gráfico 03 - Percentual de Recursos aplicados em Saneamento em Área Indígena
- FUNASA Brasil 1995 a 1998 -
5.455,90
TOTAL R$: 14,6 Milhões
5.500,00
Abastecimento de Água
5.000,00 Melhorias Sanitárias
Recurso Aplicado (R$ 1.000,00)

4.500,00 Edificações R$ 7.998,00


54%
4.000,00 3.383,20
3.500,00 21%
3.000,00 R$ 4.220,60
29%
2.500,00
R$ 1.666,60 1.618,10
2.000,00 11%

1.500,00
R$ 848,20
1.058,40 79%
6% 824,00
738,10
1.000,00 514,60
245,70 282,50 325,70
500,00 87,90 99,30
Abastecimento de Água Melhorias Sanitárias
-
1995 1996 1997 1998
ANO

INVESTIMENTOS REALIZADOS INVESTIMENTOS REALIZADOS

| Recursos de Investimentos – 1999 a 2008: Recursos de investimentos empenhado de Saneamento em Área Indígena
- FUNASA Brasil 1999 a 2008 -

TOTAL: R$ 230,22 MILHÕES


y Total de R$: 176.415.980,55 investidos em equipamentos,
obras e serviços. 50,00 47,95

RECURSOS APLICADOS (R$ 1.000.000,00)


45,00
35,39
Investimentos nas Ações de Saneamenrto em Áreas Indígenas de 1999 à 2008 40,00 1999
Descrição / Ano 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total 29,59 2000
R$ 6.967.066,87 9.152.224,74 26.328.243,88 29.589.754,02 12.435.810,42 19.380.503,93 19.308.862,96 23.722.595,43 35.385.803,35 47.952.621,53 182.270.865,60 35,00 26,33
2001
Aldeias 166 347 652 711 350 379 296 355 466 407 23,72
Observação
População 44.514 48.011 110.850 120.085 62.981 80.976 59.862 63.580 72.367 85.502 30,00 19,31
2002
19,38
2003
Observação.: A mesma aldeia ou população pode ser atendida com 1 ou mais ações em dois ou mais anos. 25,00 2004
12,44 2005
20,00
2006
9,15
15,00 2007
6,97
2008
10,00

5,00

0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
ANO

INVESTIMENTOS REALIZADOS INVESTIMENTOS REALIZADOS


Gráfico 5 - Aldeias beneficiadas com sistemas de saneamento População beneficiada com sistemas de saneamento
- FUNASA Brasil 1999 a 2008 - - FUNASA Brasil 1999 a 2008 -

800 711 120.085


140.000
652 110.850
700
120.000
NÚMERO DE ALDEIAS

600 80.976
466 100.000
POPULAÇÃO

500 63.580 85.502


379 62.981 59.862
350 355 407 80.000
347 72.367
400 296
48.011
44.514
60.000
300
166
200 40.000

100 20.000

0 0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
ANO ANO

INVESTIMENTOS REALIZADOS INVESTIMENTOS REALIZADOS


Obras programadas com ações de saneamento x Obras concluídas - Administração
Recursos de investimentos empenhado em Saneamento em área indígena por ação
- FUNASA Brasil 1999 a 2008 -
Indireta 1999 a 2008 - Funasa Brasil -

Abastecimento de Água Melhorias Sanitárias Esgoto


573
548
39.000,00 600

36.000,00
456
33.000,00 500 467
413
QUANTIDADE DE OBRAS

347 373
30.000,00 357
347 357 377
Recurso Aplicado (R$ 1.000,00)

316 342
400 321
27.000,00 316 304
284
24.000,00
300
21.000,00
160 160
18.000,00
200
15.000,00

12.000,00 72
100
9.000,00

6.000,00 0
3.000,00

0,00
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
ANO
Obras Contratadas Obras concluídas

29
SITUAÇÃO ATUAL DO SANEAMENTO NAS
INVESTIMENTOS REALIZADOS ALDEIAS INDÍGENAS
TOTAIS DE OBRAS CONTRATADAS E CONCLUÍDAS ‐ 1999 A 2008
4000 | Total de Aldeias com Abastecimento de Água - 2009
3827
3800

3600
2.500

3400

2.000
3200
3063

3000 1.500

2800
1.000
2600

2400 500

2200
-
0 - 50 51 - 100 101 - 200 201 - 500 501 - 1000 1001 - 2000 2001 - 5000 Acima 5000
2000 ALDEIA 1.970 1.006 696 430 108 37 14 3
CONTRATADA CONCLUÍDA ALDEIAS COM ÁGUA 420 330 315 307 95 31 12 3

CONTRATADA CONCLUÍDA

SITUAÇÃO ATUAL DO SANEAMENTO NAS


ALDEIAS INDÍGENAS

| Total de população com Abastecimento de Água - 2009 ANTES DO PAC

140.000

120.000

100.000
DEPOIS DO PAC
80.000

60.000

40.000

20.000

-
0 - 50 51 - 100 101 - 201 - 501 - 1001 - 2001 - Acima
200 500 1000 2000 5000 5000
POP 46.747 69.178 93.236 122.983 72.847 31.224 25.491 17.593
POP COM ÁGUA 13.116 22.285 45.363 92.602 63.869 27.829 25.491 17.593

QUALIDADE DA ÁGUA - TRATAMENTO DA ÁGUA


OFERTADA E MONITORAMENTO DO CONTROLE

| Visa promover e garantir o fornecimento de água potável para os povos


ANTES DO PAC indígenas, incluindo:

y implantação das etapas de tratamento;


y proteção de fontes e mananciais;
y monitoramento do controle da qualidade da água para consumo humano.
DEPOIS DO PAC
| De acordo com as realidades de cada estado, as COREs possuem autonomia para
definição da opção mais adequada para implementação e operacionalização das
ações de controle da qualidade da água.

QUALIDADE DA ÁGUA - TRATAMENTO DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA - TRATAMENTO DA ÁGUA


OFERTADA E MONITORAMENTO DO CONTROLE OFERTADA E MONITORAMENTO DO CONTROLE

Qualidade da água em áreas indígenas - 2006/2007 | Sistematização dos Trabalhos

800 | Divisões e Serviços de Engenharia de Saúde Pública (DIESP/SENSP):


700 700 Programado
y responsáveis pelo gerenciamento do controle da qualidade da água, programação orçamentária,
700 Implantado elaboração de planos de amostragem, administração dos recursos disponibilizados, elaboração
dos Pedidos de Bens e Serviços (PBS) para os processos de aquisição dos equipamentos e
600 551 insumos, elaboração de projeto básico e PBS quando for utilizada a terceirização dos serviços.
486 Além destas atribuições por meio da análise do monitoramento das ações de controle da
500 qualidade da água para tomada de decisão.

400
| Unidade Regional de Controle da Qualidade da Água (URCQA):
y estão distribuídas nas Coordenações Regionais dos Estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Ceará,
300 Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco e Rio
de Janeiro. São responsáveis pela realização das análises dos ensaios analíticos dos parâmetros
físico-químico, hidrobiológico e microbiológico preconizadas na Portaria MS 518/04; definição
200
junto ao DIESP/SENSP da forma de proteção de fontes e mananciais, do tipo de tratamento
mais adequado para os sistemas de abastecimento de água, além da aquisição dos equipamentos
100 e insumos necessários para as análises de controle da qualidade da água.
0
Desinfecção Monitoramento
Ação

30
QUALIDADE DA ÁGUA - PRINCIPAIS AVANÇOS
QUALIDADE DA ÁGUA - PRINCIPAIS DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO
DO PROGRAMA DE APOIO E CONTROLE DA ÁGUA
| Ampliação da aquisição de Unidades Móveis para o Controle da Qualidade da
Água para os Estados PR, ES, GO, MA, MG, MT, BA, PR, PE e RJ. Estas | Agilizar os processos licitatórios de equipamentos e insumos nas Coordenações
Unidades Móveis reforçam a atuação da FUNASA no monitoramento da Regionais;
qualidade da água, pois possibilita a realização das análises da QA in loco. | Incrementar os recursos humanos face a demanda crescente da ação;

| Capacitação de 140 supervisores até o ano de 2006, para acompanhar e se | Melhorar a infra estrutura e logística para o desenvolvimento das atividades tais como
necessário realizar análises de rotina da qualidade da água, tais como cloro aquisição e manutenção de carros, barcos e motocicletas, para realização das coletas e
transporte das amostras;
residual, cor, pH, turbidez e bacteriológico.
| Conclusão dos laboratórios de qualidade da água de média complexidade nos Pólos-base
| Estruturação dos laboratórios de qualidade da água baixa complexidade nos para a realização das análises de ph, cor, bacteriológico das aldeias de abrangência do
Pólos-base, e Pólo.

| Estruturação de laboratórios de alta complexidade por meio de convênios com | Atualização do Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano em conjunto com a Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em
consórcios públicos.
Saúde (CGVAM/SVS) para atendimento da área indígena. Este sistema fornecerá
informações que permitem a avaliação da quantidade e qualidade da água essencial para
reduzir riscos que sua ausência ou fornecimento inadequado podem acarretar á saúde da
população indígena.

DIFICULDADES NA EXECUÇÃO DAS AÇÕES DESAFIOS PARA MELHORIAS DAS AÇÕES DE


DE SANEAMENTO SANEAMENTO EM ÁREAS INDÍGENAS

| Podem-se enumerar como dificuldades o arranjo e logísticas das


| Ampliar parcerias com outras instituições tais como: Ministério das Minas
Coordenações Regionais no que se refere a:
Energias, Ministério das Cidades, Funai, Ministério da Educação,
Empresas de Saneamento, Universidades.
y - meios de locomoção para o saneamento em áreas indígenas, | Ampliar o nível de participação das populações indígenas na gestão dos
principalmente para manutenção; serviços de saneamento.
y - recursos humanos- principalmente engenheiros, bioquímicos e | Desenvolver modelos de gestão dos sistemas de saneamento em terras
geólogos em número suficiente para a demanda de implantação e indígenas.
manutenção;
| Ampliar cobertura das ações, buscando estratégias para agilização dos
processos dentro da Instituição.
| Dificuldades por parte de algumas Administrações Regionais das Cores na | Aperfeiçoar os sistemas de Gestão Sanitária e informação com
execução das ações tais como: elaboração de projeto, execução de obras e georreferenciamento.
aquisições de serviços.
| Aperfeiçoar indicadores para o gerenciamento dos sistemas de
abastecimento de água, tais como indicadores de operação dos sistemas e de
eficiência do sistema.

PERSPECTIVAS PERSPECTIVAS

Os principais determinantes da Taxa de Mortalidade Infantil no Brasil


incluem: atenção básica (PSF), disponibilidade de leitos hospitalares, | INVESTIMENTOS PROGRAMADOS E A EXECUTAR
água encanada, renda, analfabetismo feminino e fecundidade. DE 2009
Para cada 10% de aumento na cobertura de sistema de abastecimento
de água há redução de 2,7% na Mortalidade Infantil. | Para 2009, atualmente, há disponibilidade orçamentária de R$
Fonte: Macinko, Guanais e Souza, 2005
42,6 milhões no OGU para investimentos nas áreas indígenas,
podendo chegar a R$ 60 milhões.

PERSPECTIVAS
| PERSPECTIVA DE COBERTURA ATÉ 2010 – METAS DO PAC – CONTINUIDADE DAS
AÇÕES

| Para elaboração da proposta do Plano de Aceleração do Crescimento, partiu-se da situação de cobertura


das aldeias com abastecimento de água em março de 2007. Desta forma, em 2010 a situação prevista
seria de atender 71 % das aldeias e 88% da população, conforme metas do PAC.
| Contudo, para execução dessas ações é necessária a estruturação do setor saneamento em áreas
OBRIGADO
indígenas na Funasa, o que envolve:
61-
61- 3314-
3314- 6586
y Reorientação do serviço de saneamento em áreas indígenas com a transformação das “Ações de Saneamento em
Áreas Indígenas” em um Programa Estratégico, possibilitando a criação da Política de Saneamento em Áreas
Indígenas;

y Reforço do quadro de recursos humanos, compreendendo composição das equipes técnicas das sedes das
Coordenações Regionais (exceto Rio Grande do Norte e Piauí) com pelo menos 2 engenheiros, 1 geólogo
(quando necessário) e 10 técnicos de saneamento, em média, com capacitação contínua para atuar em terras
indígenas.

y Recursos de custeios específicos no Orçamento Geral da União para operação e manutenção dos sistemas
implantados e elaboração de estudos e projetos de novos, considerando que as obras implantadas requerem
manutenção ininterrupta. Este orçamento deve ser específico, como em anos anteriores.

y Realizar parcerias inter setoriais para reforçar a capacidade operativa de implantação e gestão das ações. Departamento de Engenharia de Saú
Saúde Pú
Pública
Coordenaç
Coordenação-
ão-Geral de Engenharia Sanitá
Sanitária
Coordenaç
Coordenação de Assistência Té
Técnica a Gestão em Saneamento
www.funasa.gov.br

31
Pedro Villar informou que no Grupo de Trabalho inicial não estavam inseridas as Ações
de Saneamento, mas identificou-se a necessidade em incluir. Esclareceu que os
investimentos realizados são de acordo com os Planos Distritais. Citou a importância do
Agente Indígena de Saneamento nas aldeias, que deveria ser melhor discutido com os
próprios indígenas. Enfatizou que é necessário garantir o funcionamento das obras
realizadas. Não adiantaria pensar em obras e ações que não tenham continuidade,
utilidade. Informou que a questão de melhorias sanitárias foram muito questionadas na
implantação de fossas secas, sanitários, mas a idéia foi de apresentar melhorias para a
população, que deve ela mesma decidir se deseja usar, mas que tenha a opção da
escolha. Apresentou o dado que aponta que 10% de aumento no sistema de saneamento
representa 2,7% de queda nas taxas de mortalidade infantil e esse número é bastante alto
para que se considere saneamento como desassociado da saúde.

8. Apresentação dos Resultados do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena


(Portarias 3034 e 3035/GAB/MS) - Antônio Alves de Souza - Coordenador do GT e
Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

GT SAÚDE INDÍGENA
• O Grupo de Trabalho foi instituído pela
Portaria 3034/GAB/MS e nomeado pela
Portaria 3035/GAB/MS, ambas de 17 de
dezembro de 2008.

• Objetivo do GT: discutir e apresentar


propostas de ações e medidas a serem
implementadas, no âmbito do Ministério da
Saúde, no que se refere à atenção à saúde
I SEMINÁRIO DO GT - SAÚDE INDÍGENA dos povos indígenas, visando à incorporação
REGIÃO DA AMAZÔNIA LEGAL de competências e atribuições procedentes
da FUNASA nessa área.

• 3. Caberá à União, com seus recursos


Premissas próprios, financiar o Subsistema instituído pela
• 1. A decisão política da transferência da área Lei 9.836/99 em parceria com os órgãos
de saúde indígena da FUNASA para o responsáveis pela Política Indigenista do País;
Ministério da Saúde está tomada pelo governo;
• 4. O SUS promoverá a articulação do
• 2. As ações e os serviços de saúde para o Subsistema instituído pela Lei 9.836/99 com
atendimento das populações indígenas, em
todo o território nacional, coletiva e os órgãos responsáveis pela Política
individualmente, obedecerão ao disposto na Lei Indigenista do País;
n° 9.836, de 23 de setembro de 1999, que criou
o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena • 5. Os estados, municípios e outras instituições
como parte integrante do Sistema Único de
Saúde – SUS, com o qual funcionará em governamentais e não governamentais
perfeita harmonia; poderão atuar, complementarmente, no
custeio e na execução das ações;

32
• 6. Dever-se-á, obrigatoriamente, levar em • 8. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
consideração a realidade local e as tem como base os Distritos Sanitários
especificidades da cultura dos povos indígenas Especiais Indígenas – DSEI;
para o modelo a ser adotado para a atenção à
saúde indígena, que se deve pautar por uma
• 9. O SUS serve de retaguarda e referência ao
abordagem diferenciada e global,
contemplando os aspectos de assistência à Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,
saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, devendo, para isso, ocorrer adaptações na
meio ambiente, demarcação de terras, estrutura e organização do SUS nas regiões
educação sanitária e integração institucional; onde residem as populações indígenas, para
propiciar essa integração e o atendimento
• 7. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena necessários em todos os níveis, sem
deverá ser, como o SUS, descentralizado, discriminações;
hierarquizado e regionalizado;

• 10. As populações indígenas devem ter acesso


garantido ao SUS, em âmbito local, regional e Organização do GT: criação de 7
de centros especializados, de acordo com suas subgrupos de trabalho
necessidades, compreendendo a atenção
primária, secundária e terciária à saúde;
• 11. As populações indígenas têm o direito de • 1. Subgrupo para elaborar proposta de
participar dos organismos colegiados de transferência das ações do DESAI para o
formulação, acompanhamento e avaliação das MS – infra-estrutura (espaço físico,
políticas de saúde, tais como os Conselhos mobiliário, vigilância, limpeza, coperagem,
Distritais de Saúde Indígena (CONDISI), telefonia/internet, transporte, informática) –,
Conselho Nacional de Saúde e Conselhos redistribuição de recursos humanos,
Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o elaboração de exposição de motivos e
caso; minuta de dispositivo legal, orçamento,
convênios e contratos.
• 12. Caberá ao Ministério da Saúde viabilizar a
autonomia dos DSEI (Decreto 6.878/2009).

• 2. Subgrupo para elaborar proposta de organização


da Secretaria Especial de Saúde Indígena
(elaboração de Exposição de Motivos, bem como • 5. Subgrupo para elaborar proposta de
elaboração de Projeto de Lei ou de Medida
Provisória).
viabilização da autonomia dos DSEI.
• 3. Subgrupo para elaborar proposta de estratégia de
integração do Sistema de Informação e • 6. Subgrupo para elaborar proposta de
Monitoramento em Saúde Indígena (SIASI) aos
demais sistemas de informação do SUS (DATASUS, Seminários Regionais.
SVS, FUNASA, SAS).
• 7. Subgrupo para fazer diagnóstico da
• 4. Subgrupo para elaborar proposta de organização,
no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite – CIT
situação atual do saneamento básico nos
e CIB, de Câmara Técnica de Saúde Indígena. DSEI.

Síntese do trabalho construído


• I – AUTONOMIA DOS DSEI:
• Encaminhar a autonomia dos DSEI ainda
vinculados à FUNASA, enquanto tramita o
A transferência das ações de saúde indígena,
Projeto de Lei (ou MP) no Congresso
da Funasa para o Ministério da Saúde, deve
Nacional, assegurando a criação de
ocorrer somente quando se assegurar a
unidade gestora com conta especial para
autonomia dos DSEI, que poderá ser iniciada
recebimento de recursos financeiros para
de imediato, antes mesmo da criação da
ações de saúde indígena.
Secretaria Especial de Saúde Indígena ;

33
• Encaminhar, imediatamente, a realização de
concurso público para contratação de 802
• Assegurar a autonomia dos DSEI servidores temporários, já devidamente
vinculados diretamente à Secretaria negociado e autorizado pelo Ministério do
Especial de Saúde Indígena quando a Planejamento, com previsão orçamentária
Secretaria for criada; assegurada no orçamento da Funasa para
2009 ;

• III – CRIAÇÃO DA SECRETARIA


ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA –
• II – INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE SESAI:
INFORMAÇÃO:
Encaminhar Projeto ao Congresso
Nacional (PL ou Medida Provisória)
• Iniciar, de imediato, a integração do atual criando a Secretaria Especial da Saúde
sistema de informação de saúde indígena Indígena no âmbito do Ministério da
da FUNASA com os sistemas de Saúde com a responsabilidade de
informação administrados pelo DATASUS; coordenar o Subsistema de Saúde
Indígena criado pela Lei nº 9.836/99 .

• Iniciar negociações com o Ministério do


Planejamento Orçamento e Gestão para a
• Implementar, de imediato, a Portaria
realização de concurso público visando
MS/GM nº 1235/2008, que cria GT para
cumprir o Termo de Conciliação Judicial
definir o quadro de pessoal necessário
firmado entre o Ministério da Saúde,
para executar as ações de saúde indígena
Ministério do Planejamento e o Ministério
para cumprir o Termo de Conciliação
Público do Trabalho para por fim à
Judicial.
terceirização na FUNASA, até 2012 .

• Negociar com o Ministério do • Negociar com as Comissões Intergestores


Planejamento a criação de cargos Bipartites (CIB) das UF dos municípios
específicos para a saúde indígena, com que possuem comunidades indígenas na
tabela de remuneração diferenciada para sua jurisdição a criação de Grupos
os novos servidores, bem como a criação Técnicos específicos e permanentes de
de tabela correspondente para os atuais Saúde Indígena, à semelhança do GT da
servidores da Funasa que continuarem CIT, com a participação de representantes
trabalhando na área de saúde indígena. dos DSEIs.

34
• V - VIGISUS:
• Elaborar o VIGISUS III para dar
• Utilizar o trabalho final da Consultoria continuidade à implementação do
contratada pela FUNASA por meio do Subsistema de Saúde Indígena.
VIGISUS II para subsidiar a
implementação do Subsistema de Saúde
Indígena/realização dos seminários
regionais.

• VI - FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO
E DO CONTROLE SOCIAL: • Realizar Seminários Regionais para
submeter aos povos indígenas os
• Fortalecer os Conselhos Distritais de Saúde resultados do trabalho do GT e colher
Indígena (CONDISI) incluindo-os no sugestões para a implementação do
Programa de Inclusão Digital – PID do Subsistema de Saúde Indígena.
CNS/SGEP/MS

• Implementar a Portaria nº 645/GM • Iniciar, de imediato, uma negociação com


que institui o Certificado Hospital os prefeitos dos 452 municípios que
Amigo do Índio. possuem comunidades indígenas nas
suas jurisdições objetivando estabelecer
uma pactuação para assegurar a
implementação da complementariedade
do SUS ao Subsistema de Saúde
Indígena.

35
• VII – ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS • VIII – SANEAMENTO AMBIENTAL:
INDÍGENAS:
• 19- Assegurar o desenvolvimento das
• Assegurar, por parte da FUNASA, a ações de saneamento ambiental pelos
continuidade das ações de saúde DSEIs, nas respectivas áreas de
indígena, sem prejuízo aos povos jurisdição dos Distritos Sanitários
indígenas enquanto permanecer como Especiais Indígenas.
sua a responsabilidade por essas ações;

Saneamento Saneamento em Áreas Indígenas


– Tem caráter básico nas atividades sanitárias e
na melhoria da qualidade de vida das
comunidades;

– Direcionado por critérios epidemiológicos,


sanitários, ambientais e sócio-culturais;

– Prevenção de doenças por meio de serviços


de saneamento e incorporação de hábitos de
higiene.

DESAFIOS PARA MELHORIA DAS AÇÕES


DE SANEAMENTO

• Ampliar parcerias com outras instituições; "A mudança é a lei da vida. E aqueles que
apenas olham para o passado ou para o
• Atuação participativa dos AISANs e
presente irão, com certeza, perder o
comunidades;
futuro." [ John F. Kennedy ]
• Desenvolver modelos de gestão;
• Estratégias para agilização dos processos;
• Aperfeiçoar os Sistemas de Gestão
Sanitária;
• Aperfeiçoar os indicadores de
monitoramento.

36
Em continuidade Dr. Antônio Alves, apresentou o Decreto nº 6878, de 18 de junho de
2009, que altera e acresce artigo ao Anexo I do decreto nº 4727, de 09 de junho de 2003,
que aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções Gratificadas da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 6.878, DE 18 DE JUNHO DE 2009.

o
Altera e acresce artigo ao Anexo I do Decreto n 4.727, de 9 de
junho de 2003, que aprova o Estatuto e o Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da
Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da
o
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 50 da Lei n 10.683, de 28 de maio de 2003,

DECRETA:

o o o
Art. 1 O inciso IV do art 5 do Anexo I ao Decreto n 4.727, de 9 de junho de 2003, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“IV - unidades descentralizadas:

a) Coordenações Regionais; e

b) Distritos Sanitários Especiais Indígenas.” (NR)

o o
Art. 2 O Anexo I ao Decreto n 4.727, de 2003, passa a vigorar acrescido do seguinte artigo:

“Art. 13-A. Aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas compete coordenar, supervisionar e executar as atividades do
o
Subsistema de Saúde Indígena do SUS criado pela Lei n 9.836, de 23 de setembro de 1999, nas suas respectivas áreas de
atuação.” (NR)

o
Art. 3 O Ministério da Saúde, juntamente com a Fundação Nacional de Saúde, deverá adotar providências no sentido
de que as funções das unidades gestoras encontrem-se em plena capacidade operacional até 31 de dezembro de 2010.

Parágrafo único. As Coordenações Regionais darão suporte administrativo aos Distritos Sanitários Especiais
Indígenas até que estes tenham unidades próprias instaladas.

o
Art. 4 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

o o
Brasília, 18 de junho de 2009; 188 da Independência e 121 da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

José Gomes Temporão

Paulo Bernardo Silva

37
9. Apresentação da Proposta de Estrutura Organizacional mínima para os DSEIs
autônomos

Marly Terrell, representando a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, é membro


do GT Saúde Indígena, e membro do subgrupo 2, criado para elaborar proposta de
estrutura para criação da Secretaria Especial Indígena. Esclareceu que o trabalho a ser
apresentado é fruto da junção dos trabalhos dos subgrupos 2 e 5 (que tem como objetivo
a elaboração de proposta de viabilização da autonomia dos DSEIs), encomendada pelo
GT Saúde Indígena e elaborada por um grupo de técnicos. Em seguida, apresentou a
seguinte exibição:

FUNASA

MS

Proposta de Estrutura
para o DSEI Autônomo Apoio
Município
Suporte
Técnico

Técnico

CORE

Sede Sede
Marly Cunha Terrell do DSEI do DSEI

Secretaria Executiva / Ministério da Saúde

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS


AUTÔNOMOS

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS


AUTÔNOMOS
• A autonomia dos DSEI’s configura a
• Isso implica aperfeiçoar a organização
concretização de mudanças essenciais
do Subsistema de Saúde Indígena,
à política de saúde indígena no Brasil e visto que cada um dos DSEI’s deve ser
demandará a definição de estratégias o responsável imediato pelo
que visem o pleno exercício das atendimento das necessidades e
funções de gestão na Organização demandas de saúde da população
indígena e das exigências de
Responsável pela Saúde Indígena. intervenções saneadoras em seu
território.

38
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
AUTÔNOMOS

• É importante observar que a realidade • O processo de implantação da


objetiva é muito diversificada, proposta de autonomia distrital no
caracterizando diferentes formas de âmbito do novo modelo de gestão
organização, de disponibilidade de deverá considerar e valorizar os
recursos e de capacitação gerencial, o estágios de desenvolvimento
que levará necessariamente à adoção alcançados até agora, tendo em vista
de uma estratégia de implantação ampliar a capacidade gestora de cada
gradual da autonomia dos DSEI’s. Distrito até a sua plena
operacionalização.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
AUTÔNOMOS
• Um Mini GT composto por representantes
• A Organização Responsável pela da CGMDI/MS, DESAI/Funasa, Projeto
Saúde Indígena deverá coordenar o
VigiSUS/Funasa, Funai, DAB/SAS/MS e
conjunto dos DSEI’s com autonomia
SE/MS elaborou esta proposta de
relativa, garantindo suporte técnico e
assessoria a todos, devendo assumir estrutura mínima que permita o
pelo tempo necessário algumas funcionamento autônomo dos DSEI’s e
atividades para as quais nem todos submeteu ao GT-Saúde Indígena que
estarão imediatamente habilitados. propôs alguns ajustes.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS AUTÔNOMOS
• O quantitativo de Cargos e Funções
gratificadas atualmente existentes na Estrutura • Chefe do Distrito - Coordenador-Geral DAS 101.4;
do DESAI e dos 34 DSEI’s não é suficiente
– Assessor Técnico - DAS 102.3 - que será responsável
para o funcionamento dos Distritos com pelas ações de Planejamento no DSEI, atuando em
autonomia. interlocução com as Unidades do DSEI;

• O número de Cargos necessários para compor • Duas Divisões com Chefes DAS 101.2
a estrutura mínima foi estabelecido a partir da – Apoio à Gestão;
descrição das competências previstas para o – Atenção à Saúde.
Distrito autônomo diretamente subordinados à
Autoridade Federal.

Proposta de Organograma para o Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI

DISTRITO SANITÁRIO
ÓRGÃO COLEGIADO
ESPECIAL ÍNDIGENA
DSEI
Conselho Distrital de
Saúde Indígena
PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA
DAS 101.4 (34)
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
Assessor Técnico
DAS 102.3 (34) AUTÔNOMOS
Comissão de
Licitação
Polos-base:
DIVISÃO DE DIVISÃO DE • A cada um dos 337 Polos-base corresponderá
APOIO À GESTÃO
DAS 101.2 (34)
ATENÇÃO À SAÚDE
DAS-101.2 (34) uma Função Gratificada (FG-1).
Assistente Técnico Assistente Técnico
DAS 102.1 (34) DAS 102.1 (34)
• devido à complexidade das ações
SERVIÇO DE RECURSOS
LOGÍSTICOS
ESCRITÓRIO LOCAL (5)
DAS-101.1 (5)
POLO-BASE
DAS-101.1 (85)
desenvolvidas, alguns Polos também contarão
DAS-101.1 (34)
FG-1 (34)
FG-1 (20) FG-1 (337)
com cargos de Chefe de Serviço (DAS 101.1), a
serem destinados a pessoas que, além das
atividades de gerência local, também atuam
SERVIÇO DE CASA DE SAÚDE DO
ORÇAMENTO ÍNDIO – CASAI

como suporte para outros polos de uma


E FINANÇAS DAS-101.1 (61)
DAS-101.1 (34) FG-1 (122)
FG-1 (34)
determinada região.
SERVIÇO DE RECURSOS SERVIÇO DE
HUMANOS E APOIO SANEAMENTO
ADMINISTRATIVO DAS-101.1 (34)
DAS-101.1 (34) FG-1 (34)
FG-1 (34)

39
PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS AUTÔNOMOS

Polos-base: • Considerando a diversidade de Polos-Base


existentes (população entre 55 e 18.665 pessoas /
• Esta estratégia possibilitará a vinculação das quantidade de pólos por DSEI: 1 a 35), indica-se a
equipes aos Polo-base, além de melhorar a população total do Distrito como critério para a
agilidade da gestão das ações de saúde nos definição do número de DAS 101.1 para Polos-
DSEIs. base:
• Propõe-se o agrupamento dos Polos-base com – até 5.000 pessoas = 1 DAS 101-1;
a atribuição de um DAS 101.1 à unidade mais – 5.001 a 10.000 pessoas = 2 DAS 101-1;
complexa sem prejuízo da FG-1 – 10.001 a 30.000 pessoas = 3 DAS 101-1;
correspondente.
– mais de 30.001 = 4 DAS 101-1.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS AUTÔNOMOS
Escritório Local:
• CASAI (61): • Inicialmente foi identificada a necessidade de criação de 5
Escritórios Locais:
– Chefe (DAS 101.1) – Três deles (3) em substituição às assessorias de Saúde
– 2 Funções Gratificadas (FG-1), para suporte. Indígena do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do
Sul; duas novas, uma no DSEI Yanomami (AM), e uma no
Estado do Espírito Santo.
– Esses Escritórios atuarão no apoio para armazenamento e
• Serviço de Saneamento (34): distribuição de insumos, mediante autorização do Chefe do
– Chefe de serviço (DAS 101.1) DSEI, e no acompanhamento técnico das ações desenvolvidas
nos Polos-Base.
– 1 Função Gratificada (FG-1). – Cargos:
• 1 DAS 101.1 (para os Chefes)
• 4 Funções Gratificadas - FG-1 (3 para funções administrativas e
uma para ações de saúde)

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS AUTÔNOMOS


MEMÓRIA DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGOS PARA OS DSEI’s

CARGO DENOMINAÇÃO MEMÓRIA DE CÁLCULO Nº

DAS 101.4 Coordenador Geral 1 por DSEI 34

DAS 102.3 Assessor Técnico 1 por DSEI - para funções de Planejamento 34


2 por DSEI – Divisão de Apoio à Gestão e de
DAS 101.2 Chefe (Divisão) 68
Atenção à Saúde
3 p/ Divisão de Apoio à Gestão (102) + 5 p/
DAS 101.1 Chefe (serviço) Escritórios Locais + 85 p/ Polo-base + 61 p/ 287
CASAI + 34 p/ Serviço de Saneamento
34 p/ Divisão de Atenção à Saúde + 34 p/
DAS 102.1 Assistente Técnico 68
Divisão de Apoio à Gestão

Sub-total 491

1 para cada Serviço da Divisão de Apoio à


Gestão do DSEI (3x34=102) + 4 por
FG-1 Função Gratificada Escritório Local (4x5=20) + 2 por CASAI 615
(2x61=122) + 1 por Polo-Base (337) + 1 por
Serviço de Saneamento (34)

TOTAL 1106

10. Dúvidas e esclarecimentos


Após, abertas inscrições para colocações, questionamentos e demais manifestações dos
participantes.

Antônio Costa ressaltou a importância do trabalho do GT coordenado pelo Dr. Antônio


Alves, manifestando reconhecimento pela forma que está sendo conduzido o processo de
transferência da gestão da saúde indígena da FUNASA para o Ministério da Saúde.
Conclamou aos trabalhadores e gestores para discutirem as propostas nos grupos de
trabalho. Sobre o concurso temporário, considera que resolve o problema da gestão, mas
não dos trabalhadores. Os agentes de saúde precisam de uma política específica. O
governo está cumprindo rigorosamente o encaminhamento da reunião realizada em
40
novembro de 2008, através dos trabalhos do GT de Saúde Indígena.

Sabá pontuou a questão do saneamento, que deveria ser de responsabilidade dos DSEIs,
mas ponderou sobre os recursos transferidos, burocracia do SUS, terceirização dos
serviços. Observou que os agentes de saúde não aparecem na proposta de autonomia
dos DSEIs. E considerou a importância da participação dos indígenas nas CIBS dos
povos indígenas.

Marcos Sá sugeriu o aproveitamento do tempo de serviço para provas de título em


concurso público.

José Evilásio, presidente do Alto Solimões, enfatizou a nossa legislação deve buscar a
identidade indígena. Questionou ao GT sobre o prazo determinado para realização do
senso da população indígena.

Luciana questionou sobre o momento em que será criada a secretaria, visto que o Distrito
Yanomami foi criado em 1991, e estavam angustiados com a autonomia, visto a
preocupação de não se efetivar a autonomia, considerando que o poder decisão ainda
está concentrado no coordenador geral.

Antônio Silva, presidente do CONDISI do Alto Juruá, questiona sobre a dificuldade de se


reunir, com a intenção de levar a informação à base.

Erivelto Nascimento, não verificou em nenhum momento proposta de construção de pólo


base ou mesmo sua reforma, visto que os pólos base se encontram em condições
precárias.

Janiacley, assistente social da FUNASA do Amazonas, manifesta que quanto à


autonomia, focaram na estrutura organizacional, mas não se falou em questão de fluxo e
recursos humanos. E questiona sobre a articulação entre pólo base e município. E ainda
que aumentaram as caixinhas. No entanto considera que os Distritos estão dentro do
SUS, o que não é demonstrado na apresentação. Os indígenas reclamam sobre controle
social e a capacitação do agente indígena de saúde.

41
Encerradas as inscrições.

Retorno da mesa:

Marly Terrell esclareceu que trata-se de apresentação contendo apenas a estrutura


mínima para efetivar a autonomia dos DSEIs, devendo ser apresentada ao governo.
Relativamente às ações que serão efetivamente realizadas, devem ser demandas à
Secretaria Especial Indígena, que deverá viabilizar o necessário para que as ações
ocorram, portanto, não sendo competência dos DSEIs. É importante, levar em
consideração o tempo de serviço dos trabalhadores indígena nas provas de títulos em
concurso público, devendo ser aproveitados os profissionais que atuam na área. Quanto a
Alto Juruá que não tem local para se reunir, afirma que podem se reunir aonde se
encontrarem. Finaliza os esclarecimentos, contemplando o questionamento sobre a
precariedade dos pólos base e dos lugares em que nem mesmo existem, afirmando que é
uma questão que deve ser resolvida pela Secretaria, quando criada.

Antônio Alves de Souza - esclareceu que: processo de transição traz inquietações mas,
o objetivo é evitar prejuízos; o cartão SUS ou outro modelo similar, se aceito, pode ser
implantado nos DESEIs; o SUS é o sistema que complementa as ações do subsistema de
saúde indígena no que diz respeito a média e alta complexidade; é importante que o GT
de Saúde Indígena faça uma proposta de estrutura mínima para a Secretaria Especial de
Saúde Indígena a ser encaminhada ao Ministro da Saúde, que vai encaminhar ao Ministro
do Planejamento, que negociará com o Ministro da Fazenda, e depois para Casa Civil; até
meados de julho, provavelmente a Medida Provisória seja encaminhada ao Congresso
Nacional; admissão no serviço público ocorre por concurso ou por convênio/contratação,
no caso do subsistema Indígena deverá ser misto;o conselho tem que ter estrutura e
condições para participar das ações de controle social;os polos-base representam
realidades diferentes; no processo de transição será evitado o máximo de prejuízo aos
trabalhadores de saúde; o fluxo do SUS já está definido na lei, e sendo assim o
subsistema tem que articular com o SUS via DESEIs e CONDISIs; reforma, ampliação e
construção dos polos-base não são atividades previstas para debates no GT Saúde
Indígena; visitou polo-base de Dourados que marca consultas, exames no Sistema Único
de Saúde, exemplo que pode ser estendido aos demais DESEIs; o processo de
transferência é para avançar e não para mudar de endereço.

42
Dia 25 de junho de 2009

11. Apresentação dos Grupos de Discussão

Os trabalhos se iniciaram com as discussões em grupos assim divididos:


- Uirapuru, por usuários indígenas.
- Arara, por trabalhadores e gestores.
Após as discussões em grupo, todos se reuniram para compatibilizar as informações
consolidadas em seus respectivos grupos.
Inicialmente o grupo Uirapuru apresentou a seguinte exibição, considerando que o texto
em vermelho foram as contribuições consensuadas:

GT SAÚDE INDÍGENA
• O Grupo de Trabalho foi instituído pela
Portaria 3034/GAB/MS e nomeado pela
Portaria 3035/GAB/MS, ambas de 17 de
dezembro de 2008.

• Objetivo do GT: discutir e apresentar


propostas de ações e medidas a serem
implementadas, no âmbito do Ministério da
Saúde, no que se refere à atenção à saúde
II SEMINÁRIO DO GT - SAÚDE INDÍGENA dos povos indígenas, visando à incorporação
REGIÃO DA AMAZÔNIA LEGAL de competências e atribuições procedentes
da FUNASA nessa área.

• 3. Caberá à União, com seus recursos


Premissas próprios, financiar o Subsistema instituído pela
• 1. A decisão política da transferência da área Lei 9.836/99 em parceria com os órgãos
de saúde indígena da FUNASA para o responsáveis pela Política Indigenista do País;
Ministério da Saúde está tomada pelo governo;
• 4. O Subsistema de Saúde Indígena, instituído
• 2. As ações e os serviços de saúde para o
atendimento das populações indígenas, em pela Lei 9.836/99, promoverá articulação com
todo o território nacional, coletiva e o SUS e com os órgãos responsáveis pela
individualmente, obedecerão ao disposto na Lei Política Indigenista do País.
n° 9.836, de 23 de setembro de 1999, que criou
o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
como parte integrante do Sistema Único de • 5. Os estados, municípios e outras instituições
Saúde – SUS, com o qual funcionará em governamentais e não governamentais
perfeita harmonia; poderão atuar, complementarmente, no
custeio e na execução das ações;

• 8. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena


• 6. Dever-se-á, obrigatoriamente, levar em
consideração a realidade local e as especificidades
tem como base os Distritos Sanitários
da cultura dos povos indígenas para o modelo a ser Especiais Indígenas – DSEI;
adotado para a atenção à saúde indígena, que se
deve pautar por uma abordagem diferenciada e
• 9. O SUS serve de retaguarda e referência ao
global, contemplando os aspectos de assistência à
saúde, saneamento básico e ambiental, nutrição, Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,
habitação, meio ambiente, demarcação de terras, devendo, para isso, ocorrer adaptações na
educação sanitária e integração institucional; estrutura e organização do SUS nas regiões
onde residem as populações indígenas, para
• 7. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena propiciar essa integração e o atendimento
deverá ser, como o SUS, descentralizado, necessários em todos os níveis, sem
hierarquizado, e regionalizado; discriminações;

43
• 10. As populações indígenas têm acesso garantido ao Organização do GT: criação de 7
SUS, em âmbito local, regional e de centros
especializados, de acordo com suas necessidades, subgrupos de trabalho
compreendendo a atenção primária, secundária e
terciária à saúde;
• 1. Subgrupo para elaborar proposta de
• 11. As populações indígenas têm o direito de transferência das ações do DESAI para o
participar dos organismos colegiados de formulação, MS – infra-estrutura (espaço físico,
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde,
tais como os Conselhos Distritais de Saúde Indígena
mobiliário, vigilância, limpeza, coperagem,
(CONDISI), Conselho Nacional de Saúde e Conselhos
telefonia/internet, transporte, informática) –,
Estaduais e Municipais de Saúde; redistribuição de recursos humanos,
elaboração de exposição de motivos e
minuta de dispositivo legal, orçamento,
• 12. O Ministério da Saúde viabilizará a autonomia dos convênios e contratos.
DSEIs (Decreto 6.878/2009),efetivando a criação da
Secretaria Especial Indígena no prazo de 90 dias.

• 2. Subgrupo para elaborar proposta de organização


da Secretaria Especial de Saúde Indígena
(elaboração de Exposição de Motivos, bem como • 5. Subgrupo para elaborar proposta de
elaboração de Projeto de Lei ou de Medida viabilização da autonomia dos DSEI.
Provisória).
• 3. Subgrupo para elaborar proposta de estratégia de
integração do Sistema de Informação e • 6. Subgrupo para elaborar proposta de
Monitoramento em Saúde Indígena (SIASI) aos
demais sistemas de informação do SUS (DATASUS, Seminários Regionais.
SVS, FUNASA, SAS).
• 7. Subgrupo para fazer diagnóstico da
• 4. Subgrupo para elaborar proposta de organização,
no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite – CIT
situação atual do saneamento básico nos
e CIB, de Câmara Técnica de Saúde Indígena. DSEI.

Síntese do trabalho construído


• I – AUTONOMIA DOS DSEI:
• Encaminhar a autonomia dos DSEI ainda
vinculados à FUNASA, enquanto tramita o
A transferência das ações de saúde indígena,
Projeto de Lei (ou MP) no Congresso
da Funasa para o Ministério da Saúde, deve
Nacional, assegurando a criação de
ocorrer somente quando se assegurar a
unidade gestora com conta especial para
autonomia dos DSEI, que poderá ser iniciada
recebimento de recursos financeiros para
de imediato, antes mesmo da criação da
ações de saúde indígena.
Secretaria Especial de Saúde Indígena ;

• Encaminhar, imediatamente, a realização de


concurso público para contratação de 802
• Assegurar a autonomia dos DSEI servidores temporários, já devidamente
vinculados diretamente à Secretaria negociado e autorizado pelo Ministério do
Especial de Saúde Indígena quando a Planejamento, com previsão orçamentária
Secretaria for criada; assegurada no orçamento da Funasa para
2009 ;

44
• III – CRIAÇÃO DA SECRETARIA
ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA –
• II – INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE SESAI:
INFORMAÇÃO: Encaminhar Projeto ao Congresso
Nacional (PL ou Medida Provisória)
• Iniciar, de imediato, a integração do atual criando a Secretaria Especial da Saúde
sistema de informação de saúde indígena Indígena no âmbito do Ministério da
da FUNASA com os sistemas de Saúde com a responsabilidade de
informação administrados pelo DATASUS; coordenar o Subsistema de Saúde
Indígena criado pela Lei nº 9.836/99 .

• Implementar, de imediato, a Portaria MS/GM nº 1235/2008, que cria GT para


definir o quadro de pessoal necessário para executar as ações de saúde
indígena para cumprir o Termo de Conciliação Judicial. (sair)
• Iniciar negociações com o Ministério do
Nova proposta: Planejamento Orçamento e Gestão para a
• Garantir que o GT de Saúde Indígena formule realização de concurso público
proposta sobre o quadro permanente e necessário permanente visando cumprir o Termo de
de Recursos Humanos para o Subsistema de Conciliação Judicial firmado entre o
Saúde Indígena, garantindo concurso público com Ministério da Saúde, Ministério do
critérios específicos e diferenciados, considerando Planejamento e o Ministério Público do
as diversidades geográficas e étnica das Trabalho para por fim à terceirização no
populações indígenas; Subsistema de Saúde Indígena.

• As entidades de classe (CFM, CRM,


• Garante, reconhece e contrata as COREn, AMB, FENAM, ABEn, dentre
categorias profissionais indígenas: outras) ligadas à área de saúde
Agente Indígena de Saúde, Agente reconheçam e respeitem os
Indígena de Saneamento,e conhecimentos e saberes tradicionais
Microscopista. dos pajés e parteiras indígenas,
conforme o art. 231 da CF e a
Convenção 169 da OIT.

• IV – COMISSÕES INTERGESTORES:
• Articular com Ministério do
Planejamento para garantir a criação • Incluir e garantir a representação indígena
de planos de cargos e carreiras nas Comissões: Comissão Intergestores
específicos para trabalhadores Tripartite - CIT, Comissão Intergestores
Bipartites – CIB e Grupo Técnico específico e
indígenas e não indígenas na saúde
permanente de Saúde Indígena.
indígena.

45
• V - VIGISUS:
• A Secretaria e os DESEIs Elaborarão e
• Utilizar o trabalho final da Consultoria implementarão o VIGISUS III para dar
contratada pela FUNASA por meio do continuidade ao Subsistema de Saúde
VIGISUS II para subsidiar a Indígena, assegurando a ampliação,
implementação do Subsistema de Saúde construção, reforma dos Polos-base,
Indígena/realização dos seminários CASAIs e compras de equipamentos
regionais. permanentes.

• VI - FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO • Implementar a Portaria nº 645/GM


E DO CONTROLE SOCIAL:
que institui o Certificado Hospital
Amigo do Índio.
• Fortalecer os Conselhos Distritais e Locais
de Saúde Indígena com orçamento próprio,
incluindo-os no Programa de Inclusão Digital
– PID do CNS/SGEP/MS.

• VII – ATENÇÃO À SAÚDE DOS POVOS


• VIII – SANEAMENTO AMBIENTAL:
INDÍGENAS:

• 19- Assegurar o desenvolvimento das


• Assegurar, por parte da FUNASA, a ações de saneamento ambiental pelos
continuidade das ações de saúde DSEIs, nas respectivas áreas de
indígena, até a criação da Secretaria jurisdição dos Distritos Sanitários
Especial Indígena e a efetivação da Especiais Indígenas.
autonomia dos DESEIs.

DESAFIOS PARA MELHORIA DAS AÇÕES


Saneamento DE SANEAMENTO
• Ampliar parcerias com outras instituições;
• Participatição efetiva e condições de trabalho para
desenvolver atividades dos AISANs em suas
comunidades;
• Respeitar os modelos de gestão de cada povo
indígena;
• Estratégias para agilização e aperfeiçoamento
dos processos e sistema de gestão, respeitando a
cultura de cada povo indígena ;
• Aperfeiçoar os indicadores de monitoramento.

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que


apenas olham para o passado ou para o
presente irão, com certeza, perder o
futuro." [ John F. Kennedy ]

46
FUNASA MS
SESAI

MS

Proposta de Estrutura
Suporte
Técnico
Apoio
Município
Técnico
para o DSEI Autônomo CORE

Sede Sede
do DSEI do DSEI
Marly Cunha Terrell
Secretaria Executiva / Ministério da Saúde

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS


AUTÔNOMOS
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
• Isso implica aperfeiçoar a organização
do Subsistema de Saúde Indígena,
• A autonomia dos DSEI’s configura a visto que cada um dos DSEI’s deve ser
concretização de mudanças essenciais o responsável imediato pelo
à política de saúde indígena no Brasil e atendimento das necessidades e
demandará a definição de estratégias demandas de saúde da população
que visem o pleno exercício das indígena e das exigências de
funções de gestão na Organização
intervenções saneadoras em seu
Responsável pela Saúde Indígena.
território.

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS


AUTÔNOMOS

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS • O processo de implantação da


AUTÔNOMOS proposta de autonomia distrital no
• É importante observar que a realidade âmbito do novo modelo de gestão
objetiva é muito diversificada, deverá considerar e valorizar os
caracterizando diferentes formas de estágios de desenvolvimento
organização, de disponibilidade de
recursos e de capacitação gerencial, o alcançados até agora, tendo em vista
que levará necessariamente à adoção ampliar a capacidade gestora de cada
de uma estratégia de implantação da Distrito até a sua plena
autonomia dos DSEI’s.
operacionalização.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
AUTÔNOMOS

• A Instituição Responsável pela Saúde • Um Mini GT composto por representantes


Indígena deverá coordenar o conjunto da CGMDI/MS, DESAI/Funasa, Projeto
dos DSEI’s com autonomia relativa, VigiSUS/Funasa, Funai, DAB/SAS/MS e
garantindo suporte técnico e SE/MS elaborou esta proposta de
assessoria a todos, devendo assumir estrutura mínima que permita o
pelo tempo necessário algumas funcionamento autônomo dos DSEI’s e
atividades para as quais nem todos submeteu ao GT-Saúde Indígena que
estarão imediatamente habilitados. propôs alguns ajustes.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
AUTÔNOMOS

• O quantitativo de Cargos e Funções • Chefe do Distrito - Coordenador-Geral DAS 101.4;


gratificadas atualmente existentes na Estrutura
do DESAI e dos 34 DSEI’s não é suficiente – Assessor Técnico - DAS 102.3 - que será responsável
para o funcionamento dos Distritos com pelas ações de Planejamento no DSEI, atuando em
autonomia. interlocução com as Unidades do DSEI;

• Duas Divisões com Chefes DAS 101.2


• O número de Cargos necessários para compor
a estrutura mínima foi estabelecido a partir da – Apoio à Gestão;
descrição das competências previstas para o – Atenção à Saúde.
Distrito autônomo diretamente subordinados à
Autoridade Federal.

47
Proposta de Organograma para o Distrito Sanitário Especial Indígena - DSEI

DISTRITO SANITÁRIO
ÓRGÃO COLEGIADO
ESPECIAL ÍNDIGENA
Conselho Distrital de
DSEI
Saúde Indígena
DAS 101.4 (34)
PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA
Assessor Técnico
DAS 102.3 (34) DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
Comissão de
Licitação AUTÔNOMOS
Polos-base:
DIVISÃO DE DIVISÃO DE
APOIO À GESTÃO
DAS 101.2 (34)
ATENÇÃO À SAÚDE
DAS-101.2 (34)
• A cada um dos 337 Polos-base corresponderá
uma Função Gratificada (FG-1).
Assistente Técnico Assistente Técnico
DAS 102.1 (34) DAS 102.1 (34)

SERVIÇO DE RECURSOS
ESCRITÓRIO LOCAL (5) POLO-BASE
• devido à complexidade das ações
LOGÍSTICOS
DAS-101.1 (34)
DAS-101.1 (5)
FG-1 (20)
DAS-101.1 (85)
FG-1 (337)
desenvolvidas, alguns Polos também contarão
FG-1 (34)
com cargos de Chefe de Serviço (DAS 101.1), a
SERVIÇO DE CASA DE SAÚDE DO
serem destinados a pessoas que, além das
ORÇAMENTO
E FINANÇAS
ÍNDIO – CASAI
DAS-101.1 (61)
atividades de gerência local, também atuam
DAS-101.1 (34)
FG-1 (34)
FG-1 (122) como suporte para outros polos de uma
determinada região.
SERVIÇO DE RECURSOS SERVIÇO DE
HUMANOS E APOIO SANEAMENTO
ADMINISTRATIVO DAS-101.1 (34)
DAS-101.1 (34) FG-1 (34)
FG-1 (34)

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS AUTÔNOMOS

Polos-base: • Considerando a diversidade de Polos-Base


existentes (população entre 55 e 18.665 pessoas /
• Esta estratégia possibilitará a vinculação das quantidade de pólos por DSEI: 1 a 35), indica-se a
equipes aos Polo-base, além de melhorar a população total do Distrito como critério para a
agilidade da gestão das ações de saúde nos definição do número de DAS 101.1 para Polos-
DSEIs. base:
• Propõe-se o agrupamento dos Polos-base com – até 5.000 pessoas = 1 DAS 101-1;
a atribuição de um DAS 101.1 à unidade mais – 5.001 a 10.000 pessoas = 2 DAS 101-1;
complexa sem prejuízo da FG-1 – 10.001 a 30.000 pessoas = 3 DAS 101-1;
correspondente.
– mais de 30.001 = 4 DAS 101-1.

PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA


DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL MÍNIMA
AUTÔNOMOS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS
AUTÔNOMOS
• CASAI (61): Escritório Local:
• Inicialmente foi identificada a necessidade de criação de 5
– Chefe (DAS 101.1) Escritórios Locais:
– 2 Funções Gratificadas (FG-1), para suporte. – Três deles (3) em substituição às assessorias de Saúde
Indígena do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do
Sul; duas novas, uma no DSEI Yanomami (AM), e uma no
Estado do Espírito Santo.
• Serviço de Saneamento (34): – Esses Escritórios atuarão no apoio para armazenamento e
distribuição de insumos, mediante autorização do Chefe do
– Chefe de serviço (DAS 101.1) DSEI, e no acompanhamento técnico das ações desenvolvidas
nos Polos-Base.
– 1 Função Gratificada (FG-1).
– Cargos:
• 1 DAS 101.1 (para os Chefes)
• 4 Funções Gratificadas - FG-1 (3 para funções administrativas e
uma para ações de saúde)

DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS AUTÔNOMOS


MEMÓRIA DE CÁLCULO DE PREVISÃO DE CARGOS PARA OS DSEI’s

CARGO DENOMINAÇÃO MEMÓRIA DE CÁLCULO Nº

DAS 101.4 Coordenador Geral 1 por DSEI 34 CARGO DENOMINAÇÃO MEMÓRIA DE CÁLCULO Nº

DAS 102.3 Assessor Técnico 1 por DSEI - para funções de Planejamento 34 DAS 101.4 Coordenador Geral 1 por DSEI 34
2 por DSEI – Divisão de Apoio à Gestão e de
DAS 101.2 Chefe (Divisão) 68 DAS 102.3 Assessor Técnico 1 por DSEI - para funções de Planejamento 34
Atenção à Saúde
2 por DSEI – Divisão de Apoio à Gestão e de
3 p/ Divisão de Apoio à Gestão (102) + 5 p/ DAS 101.2 Chefe (Divisão) 68
Atenção à Saúde
DAS 101.1 Chefe (serviço) Escritórios Locais + 85 p/ Polo-base + 61 p/ 287
3 p/ Divisão de Apoio à Gestão (102) + 5 p/
CASAI + 34 p/ Serviço de Saneamento
DAS 101.1 Chefe (serviço) Escritórios Locais + 85 p/ Polo-base + 61 p/ 287
CASAI + 34 p/ Serviço de Saneamento
FCTs Assessoria Técnica 2 por Distrito 68

34 p/ Divisão de Atenção à Saúde + 34 p/ 68 34 p/ Divisão de Atenção à Saúde + 34 p/ 68


DAS 102.1 Assistente Técnico DAS 102.1 Assistente Técnico
Divisão de Apoio à Gestão Divisão de Apoio à Gestão

Sub-total 559
FCTs Assessoria técnica 2 por distrito 68
1 para cada Serviço da Divisão de Apoio à Sub-total 491
Gestão do DSEI (3x34=102) + 4 por
FG-1 Função Gratificada Escritório Local (4x5=20) + 2 por CASAI 615
1 para cada Serviço da Divisão de Apoio à
(2x61=122) + 1 por Polo-Base (337) + 1 por
Gestão do DSEI (3x34=102) + 4 por
Serviço de Saneamento (34) FG-1 Função Gratificada Escritório Local (4x5=20) + 2 por CASAI 615
(2x61=122) + 1 por Polo-Base (337) + 1 por
TOTAL 1.174 Serviço de Saneamento (34)

48
Por sua vez o grupo Arara apresentou:

Aprovado a proposta do organograma da forma que foi apresentado


DISTRITO SANITÁRIO
ÓRGÃO COLEGIADO
ESPECIAL ÍNDIGENA
Conselho Distrital de
DSEI
Saúde Indígena
DAS 101.4 (34)

Assessor Técnico
DAS 102.3 (34)
Comissão de
Licitação

DIVISÃO DE
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA
ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE
DAS 101.2 (34) DAS-101.2 (34)

Assistente Técnico Assistente Técnico


DAS 102.1 (34) DAS 102.1 (34)
Seminário do GT de Saúde Indígena SERVIÇO DE
SERVIÇO DE RECURSOS
ESCRITÓRIO LOCAL (5) SANEAMENTO BÁSICO
LOGÍSTICOS
DAS-101.1 (5) E AMBIENTAL
Amazônia Legal I DAS-101.1 (34)
FG-1 (34)
FG-1 (20) DAS-101.1 (61)
FG-1 (122)

24 e 25-06-2009 SERVIÇO DE
ORÇAMENTO
CASA DE SAÚDE DO
ÍNDIO – CASA I
E FINANÇAS DAS-101.1 (61)
DAS-101.1 (34) FG-1 (122)
FG-1 (34)

PROPOSTAS DE SERVIDORES, TRABALHADORES E SERVIÇO DE APOIO PÓLO-BASE


GESTORES ADMINISTRATIVO
RECURSOS HUMANOS
Assistente técnico
DAS-101.1 (85/337)
DAS-101.1 (34) FG-1 (337)
FG-1 (34)

PROPOSTAS:
PROPOSTAS:
CRITERIOS PARA CRIACAO PARA INDICACAO DO
COORDENADOR DO DSEI
Critérios para distribuição de DAS por Pólo Base:
1) Mínimo de 3 anos de experiência em saúde indígena;
2) Aval dos CONDISI; 1) Geográfico e populacional;
3) Servidor público das três esferas; 2) Acessibilidade às aldeias;
4) 3 anos de experiência em Administração Pública; 3) Antropologia
5) Obrigatoriedade ter Nível superior

PROPOSTAS:
PROPOSTAS: PARA SERVIDORES E TRABALHADORES

1) Garantir Concurso Público de forma efetiva com critérios que


CRITERIOS PARA CASAI reconheçam a experiência/ habilidade acumulada das especificidades
RORAIMA e MANAUS dos profissionais que atuam na Saúde Indígena em conformidade com a
realidade de cada DSEI;
1) Viabilizar estudos para transformar a CASAI DE RORAIMA em
Hospital do Indio – Instituição Publica Federal; 2) Reestruturar a composição remuneratória dos servidores que atuam
no Subsistema de Saúde Indígena por meio de:
2) Manter a CASAI REGIONAL DE MANAUS melhorando a sua GASIN – Gratificação Especifica de Atividade em Saúde Indígena
estrutura e concedendo sua autonomia; GDASIN – Gratificação de Desempenho de Atividade em Saúde
Indígena
3) Viabilizar estudos para a criação de uma CASAI vinculada ao Dsei
Inclusão das gratificações na Medida Provisória.
Manaus.
3) Garantir carreira específica com tabela remuneratória diferenciada
para saúde indígena;

49
EQUIPE ARARA:

COORDENADORES DO GRUPO

Antonio Costa
Jorge Araújo

RELATORES DO GRUPO
Ana Beatriz
Manoel Itamar
Francisco Oliveira
Lissandra Keyla Cattebeke

12. Dúvidas e Esclarecimentos.

Silvio sugere sobre os critérios para indicação de coordenador, que seja flexibilizado,
tendo em vista a dificuldade em demais localidades em formação superior.

Sabá complementa a colocação do Silvio, sugerindo que não seja obrigatoriamente nível
superior, sendo assim: preferencialmente nível superior. E que no item “aval do Condisi,
acrescente “e das organizações indígenas”.

Irânia Marques esclareceu que esse momento o GT Saúde Indígena está levando aos
seminários regionais a proposta elaborada, constante do documento preliminar, e
recebendo contribuições para análise posterior no GT Saúde Indígena.

Francisco questiona se toda pessoa que se inscrever e falar, irá ser acrescido na
apresentação.

Sabá ainda nos critérios para criação para indicação do coordenador do DSEI: item 3.
servidor público, acrescer “e líderes indígenas”.

Bárbara sugere que se mantivessem as propostas dos grupos e que formulasse a


proposta da plenária.

50
Proposta da Plenária:

PROPOSTAS PLENÁRIA:
CRITERIOS PARA CRIACAO PARA INDICACAO DO
COORDENADOR DO DSEI

1) Mínimo de 3 anos de experiência em saúde indígena;


2) Aval dos CONDISI e das Organizações Indígenas
3) Servidor público das três esferas e indígenas;
4) No mínimo de 3 anos de experiência em Administração Pública;
5) Obrigatoriedade ter Nível superior
OU Preferencialmente ter Nível superior

Valdenir França finaliza as apresentações, agradecendo a contribuição significativa dos


presentes para a formulação e encaminhamentos das propostas.

12. Mesa de Encerramento

Finalizando o Seminário de Manaus, a mesa foi composta da seguinte forma:


Antônio Alves, Faustino Lins, Wanderley Guenca, Irânia Marques, Valdenir França,
Marcos Apurinã

Valdenir França agradeceu por finalizar os trabalhos, mostrando maturidade e agilidade


no mesmo. Que esse processo é muito difícil, mas com o apoio e união de todos os
setores é possível ser viabilizado. Que apesar das críticas, conta com o apoio de todos
para realização do seu trabalho de forma honesta, honrada.

Marcos Apurinã cumprimentando à todos, afirma ser um aprendizado, em que todos


estão aprendendo, indígenas e não indígenas. A COIAB reconhece o esforço da
FUNASA, seus avanços, mas destaca que existem erros, que devem ser corrigidos e não
mais cometidos. Gostaria de encaminhar que se fizesse uma proposta para eles. Sobre o
nível superior, corrobora com a opinião colocada. Ressalta que todos juntos, inclusive as
instituições devem se unir, não trabalhando isoladas para atingirem seu fim. Todos
almejam a saúde indígena de qualidade, portanto devemos seguir unidos. Os
representantes e líderes são cobrados, portanto, cobram das instituições os anseios da
população. Destaca a possibilidade de construção de política, com participação de todos.
Deseja que todos tenham paciência, pois a luta indígena é realmente necessitada e nesse
51
sentido as críticas, às vezes incisivas. Considera não ser somente usuário, mas também
atores nesse processo, o índio também tem dever de realizar a saúde em sua aldeia.
Agradeceu à todos.
Wanderley Guenca encerra mais essa reunião. Sentiu falta nesse seminário, e solicita
que nos próximos sejam convidados os órgãos de controle MP, CGU, TCU, AGU.
Destaca que o Ministério da Saúde, na pessoa do Dr. Antônio deve continuar com a
causa indígena não deixando que o processo retroceda.

Faustino Lins agradecendo a presença de todos, considera ser mais uma etapa vencida,
sente ainda, algum descontentamento, mas a democracia faz com isso ocorra. Considera
que uma minoria de indígenas não contribui com a melhoria do subsistema, tendo em
vista o descontentamento de certa população. Deseja que esse processo iniciado no
Ministério da Saúde seja bem sucedido, se colocando disponível para contribuir.

Irânia Marques – Fundação Nacional do Índio/FUNAI, agradeceu a Deus e a todos que


possibilitaram a realização do Seminário, quando fosse possível debater e encaminhar as
questões relativas à saúde indígena. Lembrou que a transferência da saúde indígena da
Funasa para o Ministério da Saúde foi uma decisão do presidente Lula para atender uma
demanda dos indígenas feita no Abril Indígena. Disse também que tem uma longa
experiência, enquanto enfermeira e sanitarista, na causa indígena e nessa perspectiva
colocou-se à disposição para contribuir no que fosse necessário. A propósito, reconheceu
que os problemas são muitos, porém, nada que não possa ser enfrentado com
determinação e perseverança. Para finalizar, reafirmou a concordância da Funai com a
transferência do Subsistema de Saúde Indígena da Funasa para o Ministério da saúde.

Antonio Alves de Souza – Coordenador do GT de Saúde Indígena e Secretário de


Gestão Estratégica e Participativa/MS, em seu pronunciamento, agradeceu ao Deus dos
homens e aos deuses dos indígenas pelas atividades do Seminário terem se
desenvolvido com sucesso. Por isso, mostrou-se grato pela participação qualificada dos
indígenas, os trabalhadores de saúde e gestores. Em relação ao processo de trabalho,
entendeu que a metodologia precisava ser revista em razão de os dois grupos terem
focado de maneira diferente o conteúdo do debate. Chamou a atenção ainda para o
objeto do Seminário que estava voltado para o “aonde se quer chegar” e que no seu
entendimento, isso só será possível com o esforço de todos, além de um conjunto de
ações que garantam a demarcação das terras, respeito à cultura indígena, saneamento,

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alimentação, transporte... Nessa perspectiva, defendeu, inclusive, a realização de um
evento, onde pudessem participar todos os sujeitos sociais envolvidos com a questão
indígena para aprenderem como tratar as especificidades e dessa população. Para que
isso ocorra, disse que é necessário executar, avaliar, monitorar, acertar muito, errar o
mínimo, dialogar, ser rigoroso sem nunca perder a ternura com os indígenas. No que diz
respeito ao processo de transferência, disse que: o Decreto sobre a autonomia dos DSEIs
já fora publicado e a operacionalização completa desse processo está previsto ocorrer até
31 de dezembro de 2010; a proposta de estruturação da Secretaria Especial de Saúde
Indígena, que será criada por decreto ou medida provisória, precisava ser proposta pelo
Gt de Saúde Indígena e, depois, encaminhada para a Casa Civil; a Funasa e o Ministério
da Saúde darão todas as condições para que a transferência seja o menos traumática
possível; enquanto a transferência não se processar a Funasa deverá garantir a
continuidade das ações e serviços de saúde aos indígenas; a Funasa não vai acabar
com a transferência, ao contrário, continuará responsável pelo saneamento básico, que é
uma ação de grande relevância, especialmente, para as populações de baixa renda; a
transferência é um grande desafio, mas com coragem e responsabilidade de todos as
dificuldades serão enfrentadas; ficou muito satisfeito com o Seminário da Região
Amazonas; reconhece que há muitas frentes que precisam ser trabalhadas, como, por
exemplo, as cotas indígenas nas universidades para que possam estar preparados, no
caso de virem assumir cargos na nova secretaria; os resultados dos Seminários serão
considerados nos encaminhamentos do Gt Saúde Indígenas; visitou Dourados e São
Gabriel da Cachoeira, quando teve a oportunidade de conhecer de perto as diferentes
realidade dos povos indígenas. Para finalizar, reafirmou agradecimentos a todos com a
esperança de que a construção coletiva atingirá os objetivos.

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14. Conclusão

A participação no Seminário foi expressiva e com o comprometimento de todos os


presentes em debater e encaminhar propostas que melhorem efetivamente a qualidade
de vida dos povos indígenas.

As propostas apresentadas foram bem recebidas, com consenso de todos foi elaborada
uma proposta da própria plenária, que participou ativamente nos debates. Ao final do
Seminário, houveram manifestações de apoio e incentivo ao trabalho desenvolvido pelo
coordenador do GT de Saúde Indígena.

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15. Relatoria:

1. Marina Marianne S. Coelho – SGEP/MS


2. Maria Camila Borges Faccenda – SE/CNS
3. Vânia Leite – CISI/CNS

Relatoria dos Grupos de Discussão:

4. Antônio Costa – Representante dos trabalhadores


5. Maria Camila Borges Faccenda – SE/CNS
6. Vânia Leite – CISI/CNS

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