Professional Documents
Culture Documents
CIÊNCIA
Gilson Luis Roberto
(gilson@amergs.com.br)
http://www.amergs.com.br/artigos/index.php?a=10
Hippolyte Léon Denizard Rivail, aquele que passaria para a história como sendo Allan
Kardec, o Codificador da Doutrina dos Espíritos.
Que homem era esse que trazia em seu íntimo as inquietudes de um cientista e as
profundas reflexões de um sábio a desafiar as bases do pensamento vigente da época?
Que força poderosa é essa que o levaram a enfrentar os dogmas de uma época e
sustentar a fé em seus ideais? Sem dúvida, um dos espíritos mais evoluídos que a terra
já recebeu. Uma alma destemida e corajosa, com raciocínio límpido, capaz de enxergar
mais longe, onde a visão do vulgo não consegue alcançar. Um homem profundamente
humano, adiante do seu tempo. Uma grande alma em missão na Terra.
Mais tarde, Clive Backster, conseguiu assombrosos resultados de suas experiências com
o auxílio de um complexo e moderno laboratório, certificando-se que as plantas reagiam
a ameaças concretas e potenciais, mutilações, esmigalhamentos, cortes ou aos perigos
potenciais representados por cachorros e pessoas que não amam as plantas.
Investigando as múltiplas reações das plantas, Backster viria afirmar que “talvez as
plantas sem olhos consigam enxergar melhor do que nós”, atestando que os nossos
cinco sentidos nos limitam e nos esconde uma percepção primária que talvez seja
comum a toda a natureza.
Ameaçada por um perigo iminente a planta desmaia, "apaga" como se estivesse morta.
Um caso interessantíssimo se deu no laboratório de Backster, quando ele recebeu a
visita de um fisiologista canadense. As cinco primeiras plantas testadas se recusaram à
demonstração dos seus dons. Backster esmerou-se na verificação da aparelhagem e em
outros expedientes, em vão. A sexta planta testada pós toda esta trabalheira,
corajosamente, demonstrou as suas habilidades. Intuitivamente, Backster iniciou um
diálogo com o fisiologista: "Por acaso seu trabalho o força a fazer mal às plantas?"
"Sim, eu as liquido, torro-as no forno para obter o seu peso seco para minha análise”.
Quarenta e cinco minutos após a saída do fisiologista rumo ao aeroporto, todas as
plantas responderam aos testes de Clive Backster.
Outra descoberta foi a de que "as plantas não toleram mentiras e falsidades”, apontando
o falsário através das reações às suas mentiras. O Objetivo do teste era a de provar que
"tanto as plantas quanto as células individualizadas captavam sinais através de algum
meio de comunicação inexplicado pela ciência".
Backter demonstrou também, que existe um forte vínculo entre as plantas e quem cuida
delas, independe das distâncias ou da proximidade da pessoa com a planta. Com o uso
do cronômetro, pode verificar que no laboratório as suas plantas continuavam reagir aos
seus pensamentos e emoções. Retornando de uma viagem de Nova York, constatou que
as suas plantas manifestaram alegria pela sua volta no exato momento em que,
inesperadamente, decidira voltar para casa. Todas as vezes que mostrava o retrato da
Dracena em suas palestras, no imediato momento ela reagia de forma exuberante em seu
laboratório.
Contando com o apoio e financiamento dado pela Fundação de Eileen Garret e com a
colaboração de diversos cientistas em diversas áreas científicas, foi concebido um
elaborado sistema de controles experimentais que consistia em "Matar células vivas
com um mecanismo automático, num momento casual em que ninguém se encontrasse
no escritório ou adjacências e ver como as plantas reagiam."
Foram usadas outras tigelas sem camarões para controle e tomada todas providências
para um controle rigoroso da experiência.
A revista "Medical World News" de 21/03/1969, em seu texto principal, afirma que as
pesquisas sobre PES encontravam-se na eminência de conquistar a respeitabilidade
científica que os estudiosos dos fenômenos psíquicos procuram em vão, desde 1882,
quando foi publicado em Cambridge a Sociedade Britânica de Pesquisas Psíquicas.
Até hoje, sabe ao certo o meanismo de comunicação que leva às plantas os sentimentos
e idéias de um ser humano. O Dr. Howard Miller, citologista em Nova Jersey, opina por
uma "consciência celular" comum a toda vida. Baseado nesta opinião abalizada,
Backster pesquisou uma forma de conectar eletrodos a diferentes tipos de células:
amebas, paramécios, levedo, culturas de mofo, raspas da boca humana, esperma. A
inteligência e sagacidade maior foram demonstradas pelas células do esperma. As
células foram capazes, até, de identificarem os seus doadores ignorando a presença de
outros. "O resultado obtido leva à hipótese de que "uma espécie de memória total" possa
integrar a simples célula. Sendo assim, talvez, o cérebro seja apenas um mecanismo
comutador - e não necessariamente um órgão de armazenamento de lembranças."
Tompkins e Bird.
Na atualidade, temos as pesquisas realizadas com cães que sabem o momento exato da
chegada dos seus donos.
Somos influenciados por outras formas de comunicação até então desconhecido pela
ciência. A natureza possui uma percepção extra-sensorial que nos permite nos
comunicar em níveis além daqueles conhecido pelos sentidos materiais.
Essa capacidade perceptiva não parece interromper-se ao nível celular. É provável que
desça ao molecular, ao atômico e mesmo ao subatômico.
Favorecido por um “acaso”, novo campo de análise se abre. Quando Backster tratava
seu cachorrinho, no momento em que quebrava a casca de um ovo cru, uma das suas
plantas (que estava "ligada"), reagiu de forma vigorosa. Backster repetiu a dose no dia
seguinte e obteve o mesmo resultado. Nove horas se passaram com ele elaborando
gráficos pormenorizados, desta vez, tendo os eletrodos ligados no ovo. Obteve-se a
freqüência situada entre 160 e 170 batidas por minuto: correspondente à batida do ritmo
cardíaco de um embrião de galinha com três ou quatro dias de incubação. O interessante
é que o ovo não estava fecundado. Dissecando o ovo, Backster verificou que ele não
possuía estrutura física circulatória alguma que correspondesse àquela estranha
pulsação. "O ovo parecia “ir ter" a um campo de força situado além do nosso
conhecimento científico”.
Já conhecido no passado, esse princípio foi chamado pelo fisiologista francês Claude
Bernard de "idéia diretriz", Hans Driesch denominava de "Intelékia", Spehmann de
“campo embriônico e Paul Weiss de “campo biológico”. Na atualidade a investigação
de campos organizadores nos processos biológicos conta com a pesquisa de diversos
estudiosos, entre eles os estudos do professor G.D. Wassermann, do Departamento de
Matemática do King´s College de Durhan, Inglaterra e do naturalista Rupert Sheldrake
com os chamados “Campos Morfogenéticos”.
Está lançado as bases para o entendimento de uma realidade que está por trás do corpo
material, sustentando este.
Essa abordagem passa a ser reforçada por iminentes estudiosos, como o do cientista e
engenheiro mecânico Itzahk Bentov, autor do livro “À Espreita do Pêndulo Cósmico”,
que chamava esse processo de “holograma eletromagnético”, "Confirmando a idéia de
que a nossa matéria (nossos corpos vivos) é mantida junta, coesa, por meio de um
padrão de interferência quadridimensional".
O ovo da galinha é a analogia perfeita entre o macro e o micro, segundo Bentov. No ovo
da galinha está refletida estrutura do universo. Bentov fala sobre o ovo não fertilizado e
sobre o fecundado. Neste ovo, a espinha do pintinho irá se desenvolver ao longo da
linha do campo de organização da vida.
Essa visão conectiva é reforçada pelo físico teórico Amit Goswami, descrita em seu
livro “O Universo Autoconsciente”, sendo um dos expositores durante o Congresso
Médico-Espírita promovido pela AME-Brasil ocorrido em julho de 2003 na cidade de
São Paulo.
Na mesma época que em que o físico Jagadis Chandra Bose (descrito no início deste
texto) produzia as suas reflexões, Rontgen descobre os raios X em 1895, feito pelo qual
ganhou em 1901 o prêmio Nobel de Física, dando inicio ao surgimento da física
atômica e nuclear, precursoras da física quântica.
Em 1897 Thomson infere que partículas estavam saindo do tubo de raios catódicos de
Rontgen e que tais partículas eram menores que o átomo, causando uma "rebelião" no
meio científico, que não aceitava isto como possível.
Quarenta anos antes, através do Livro dos Espíritos, na parte 1ª - Capítulo II, onde trata
da propriedade da matéria, encontramos afirmativas que antecederam a comprovação da
física.
Em 1900, Max Planck promoveu o início da evolução na física enunciando a Teoria dos
Quanta.
Quanta é uma palavra latina, plural de "quantum". Os "quanta" são pacotes de energia
associados a radiações eletromagnéticas. Max Planck, prêmio Nobel de física em 1918,
descobriu que a emissão da radiação é feita por pequenos blocos ou "pacotes" de
energia descontínuos.
Einstein prova que a relação de Hasennoehrl não era válida somente para a luz e sim se
aplicava a toda matéria ao se transformar energia, o que ocorreria quando atingisse a
velocidade da luz. Sob tal velocidade, a gravidade seria infinita, o comprimento da
matéria tende ao infinito e o tempo para. Em resumo, impossível para a matéria atingir
velocidades superiores a da luz, pois esta se transformaria em energia pura antes disto.
O corpo humano não é mais que um turbilhão de estruturas atômicas, regido pela
consciência.
A medicina não consegue ficar indiferente a essas verdades. A reencarnação passa ser
matéria de pesquisa por eminentes estudiosos como os trabalhos de Hamendras Nath
Banerjje, Hernani Guiamarães Andrade e as pesquisas desenvolvidas pelo autor do
livros “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação” e “Cases of Reincarnation”, Dr. Ian
Stevenson, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Virgínia, EUA, sobre
as marcas de nascença e defeitos congênitos relacionados a experiências vividas no
passado publicadas no seu livro “Reincarnation and Biology”.
Tudo isso compõe hoje uma ampla bibliografia, espalhada por áreas tão diversas como a
biologia, a administração de empresas, a filosofia, as ciências sociais, a educação, as
neurociências e a imunologia. Em 1995 Maturana foi premiado pela Academia de
Ciências do Chile em reconhecimento ao conjunto de sua produção intelectual.
Para Maturana, os sistemas vivos são determinados estruturalmente, de modo que tudo
o que lhes possa acontecer a qualquer momento depende de sua estrutura. O que nos
interessa mais de perto ainda é a idéia de que todo agente que incide sobre tais sistemas
determinados estruturalmente não faz mais que desencadear mudanças; estas mudanças
são determinadas nos próprios sistemas. Sistemas autopoiéticos são sistemas "auto-
organizantes" e caracterizados por três aspectos principais: autonomia, circularidade e
auto-referência. Estes conceitos expressam a capacidade autônoma da vida de conduzir
sua própria preservação e desenvolvimento, e inclusive de gerar a si própria
(autoproduzir-se).
Analisando as funções básicas de uma ameba: reprodução, nutrição e relação, fica claro
que a função mais importante é a da relação. Tanto a reprodução como a nutrição
dependem da capacidade que se tem de se relacionar com o meio e com o outro.
Dentro dessa abordagem, o sistema imunológico não é mais visto apenas como um
sistema de defesa, mas de relação. A resistência imunológica está na capacidade de
sabermos nos relacionar com o mundo externo e com o nosso próprio mundo interno.
Quando essa relação não vai bem, se desfaz o equilíbrio, favorecendo o surgimento das
doenças contagiosas ou auto-imunes.
Quem consegue evoluir mais é aquele que consegue se relacionar melhor! O egoísmo e
o fechamento em si mesmo impede as trocas afetivas e intelectuais que nos permitem
aprimorar os nossos valores pessoais.
Estudiosos como o físico Fritjof Capra e o químico Iliya Prigogine, ganhador do prêmio
Nobel de química em 1977, chamado “poeta da termodinâmica” e conhecido por sua
crítica a ciência clássica de ter esquecido a interioridade da natureza, fazem parte, entre
outros colaboradores, do grande esforço na superação do paradigma mecanicista e
reducionista.
Algum tempo atrás se ouvia que a religião estava fadada a morrer, a ciência mataria a
fé! Embora a surpresa de muitos, observamos em plena era dos confortos tecnológicos e
do avanço da ciência, uma busca desenfreada da religião, com surtos de misticismo e
excessiva crendice favorecendo a exploração e desviando a verdadeira finalidade
transformadora da religiosidade. Recordando a afirmativa de Freud que tudo aquilo que
é reprimido acaba saindo pela porta dos fundos. A religiosidade e a espiritualidade
devem ser vista pela medicina e pela psicologia como algo inerente a natureza humana,
fazendo parte fundamental do psiquismo humano, como é a inteligência e a sexualidade,
merecendo a mesma atenção e cuidado. Devemos olhar para a religião buscando os altos
valores que a ela estão reservados, colaborando para o entendimento da vida e de seu
fundamentos em busca de uma espiritualidade que nos faça melhor e mais humanos.
Não é se sem motivo que Einstein afirmou: “Sustento que o sentimento religioso
cósmico é a mais forte e mais nobre motivação da pesquisa científica”.
Chegamos aos dias de hoje relembrando Kardec. Além de sua profunda visão da vida,
destacamos a postura séria, metódica e honesta que sempre pautaram a sua tarefa, aliada
a uma atitude de profunda humildade, sinceramente preocupado em não personalizar a
obra que conduzia. Qualidades incomuns em nossa ciência, excessivamente preocupada
na satisfação do ego.
Obrigado, Senhor pelas verdades trazidas por teu apóstolo, recordando os valores do teu
Evangelho!
Agradecemos por todas as mães que entregaram os seus filhos aos braços da morte, e
conseguiram enxugar os seus prantos de dor e saudades através dos hinos da
imortalidade que escutaram.
Obrigado Senhor pelo entendimento das leis que regem a vida e que nos permitem
entender as causas do sofrimento humano, rompendo com as barreiras sociais e nos
colocando como irmãos em uma só grande família.
Obrigado por aqueles que superaram o desespero e conseguiram vencer os labirintos da
delinqüência; por aqueles que te buscaram nas horas de solidão escapando das malhas
do suicídio; por aqueles que ouviram o teu pedido de perdão e superaram as mágoas e
os sofrimentos.
Obrigado pelo socorro aos obsedados que foram afastados da loucura; por aqueles que
apreenderam a acreditar na vida, confiando e lutando, servindo e abençoando.
Acima de tudo Senhor, agradeço pela oração que me conforta, pela fé que me sustenta e
por crer em ti.
Bibliografia
1. BENSON, Hebert. Medicina espiritual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
2. BENTOV, Itzhak. À espreita do pêndulo cósmico. A mecânica da consciência. São
Paulo: Ed.Cultrix, 1988.
3. CAPRA, Fritjof. O ponto de Mutação. São Paulo: Ed. Cultrix, 1982.
4. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 77º edição.
5. MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Editora UFMG, 2001.
6. MATURANA, Humberto e Varela, Francisco. A árvore do conhecimento – as bases
biológicas da compreensão humana. São Paulo: Ed. Palas Athena, 2002.
7.NOBRE, Marlene. A alma da matéria. São Paulo: FE, 2003.
-. O clamor da vida. São Paulo: FE, 2000.
8. SCHNITMAN, Dora Fried (org.) Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1996.
9. TOMPKINS, Peter e Bird, Christopher. A vida secreta das plantas. São Paulo:
Expansão Cultural, 1978.
10. WEBER, Renée. Diálogo com cientistas e sábios – a busca da unidade. São Paulo:
Ed. Cultrix, 1986.
copyright © 2007 AMERGS - Associação Médico-Espírita do Rio Grande do Sul .:. dev
+ host = organiKa.com.br