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M EMBRO 200
O / BOLETI Nº 1 -
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http REVISÃO DOS ESTATUTOS DO SPGL,
10 DE DEZEMBRO,
VOTA PROPOSTA D!
Especializações funcionais?!... Contingentação?!... Precariedade?!...
Os banqueiros que paguem a crise
que provocaram! acordo com as suas propostas de 30 de Novembro e 2
de Dezembro:
Já o dissemos no boletim anterior: perante a luta ex- - uma carreira hierarquizada e piramidal, com “especiali-
traordinária da classe docente a política do primeiro- mi- zações funcionais” (avaliação de outros colegas... tal como
nistro Sócrates e das suas ministras da educação pas- na anterior famigerada categoria de titular) e estrangula-
sou também por “deixar cair alguns anéis para preservar mento ou contingentação nos 3º, 5º e 7º escalões;
a mão que estrangulava a classe docente”. Foi assim - atribuição de superpoderes a uma Comissão de Ava-
com ML Rodrigues (Simplex I, II, III, etc.) nos ‘tempos da liação dependente dos Conselhos Pedagógicos que,
maioria absoluta’ e, agora, acompanhada pelos sorrisos como sabemos e por força do tipo de gestão que impera
de Isabel Alçada, aquela táctica prossegue. Isabel Alça- actualmente nas escolas, está por sua vez dependente
da deixou assim cair a avaliação do 2º ciclo que vinha do do Director;
governo anterior e as categorias de “professor” e “titular”, - uma carreira de 34 anos.
fala em “avaliação mais justa”... Mas o essencial, quer
dizer, a mesma política economicista, mantém-se, de

Porquê exigir "menos alunos por turma"?


Para além das justas reivindicações dos últimos processos essas deficiências na aprendizagem com explicações, algo
de luta (carreira única e sem contingentação, fim da prova de impossível para quem não tem essa "sorte". Aos professores
ingresso na carreira, etc) consideramos que deviam ser inclui- com aquele desgaste, resta muitas vezes, o psicólogo ou o psi-
das nas actuais negociações com o ministério da Educação, a quiatra (os professores são actualmente os seus maiores "cli-
urgente diminuição do número de alunos por turma (por exem- entes").
plo, no máximo, 20 alunos por turma). Porquê essa urgência? Esta medida, permitiria também automaticamente tirar do
Acima de tudo, porque é uma questão de justiça social. desemprego e dos horários incompletos, dezenas de milhar de
Muitas das actuais turmas sobrelotadas (com exemplos de professores, que de facto, fazem falta nas escolas e não nas suas
turmas de 28 alunos ou mais, com alunos com necessidades casas "desperdiçados" e muitas vezes desenvolvendo depressões.
educativas especiais e em escolas TEIP!), como é fácil de Temos que mudar urgentemente esta catastrófica utilização dos
perceber, não permitem ao professor o mínimo acompanha- recursos humanos por parte dos últimos governos.
mento individualizado e potenciam mesmo situações de indis- Por isto é urgente defender desde já a redução do número
ciplina e violência, dificultando muitíssimo a manutenção de de alunos por turma: que os milhões do estado deixem de ir
um ambiente de real aprendizagem na sala de aula. Tudo isso para os banqueiros, empreiteiros e os poderosos "amigos" do
manifesta-se também numa fortíssima degradação das con- PS e PSD e passem, urgentemente, para o desenvolvimento
dições de trabalhos de todos os professores (dos mais novos real da Saúde e da Educação do país, nomeadamente valori-
aos que estão no último escalão). Posteriormente, os alunos e zando os seus trabalhadores.
famílias com maior capacidade financeira, poderão colmatar
mudar a escola pública abertas pelas grandes lutas do
ano passado, através de memorandos e da suspensão
Os banqueiros que paguem a crise... e dispersão das acções por parte das direcções da FEN
PROF e do SPGL – tem-nos afastado da luta e da uni-
Que pretendem Isabel Alçada e José dade de outros momentos. Infelizmente, durante este
Sócrates? primeiro período, assistimos novamente à suspensão
da mobilização e esclarecimento da classe (uma ini-
Com aquelas, e ainda outras medidas, José Sócrates e
ciativa para 12 Dezembro aprovada em plenário de pro-
Isabel Alçada pretendem:
fessores contratados foi cancelada pela direcção dan-
- fazer com que sejam os professores (tal como outros do--se assim uma trégua ao governo pelo menos até
trabalhadores de outros sectores) a pagarem a actual e dia 19 Janeiro). Em lugar da participação democrática
profunda crise económica capitalista provocada pelos da classe, assistimos às aparições televisivas de dili-
governos e banqueiros, preservando os privilégios destes gentes e esforçados negociadores. Para nós, a única
e penalizando os salários e sectores públicos; negociação aceitável é aquela que ajuda a classe a mo-
- prosseguir a destruição já iniciada violentamente por bilizar-se e que denuncia permanentemente a política
Lurdes Rodrigues da unidade e trabalho colaborativo que do governo; de outra forma, a aceitação do “mal menor”
há décadas caracterizava em grande medida a activi- vai-se instalando entre sectores da classe. Por isso dize-
dade docente, substituindo-os pela “moderna” ideologia mos que tem faltado neste período um Encontro Na-
liberal individualista e concorrencial do mérito; cional - ou regional, no âmbito do SPGL – de Pro-
- atirar para cima da classe docente a responsabilidade fessores para debater e propor acções de mobili-
do insucesso do sistema educativo, governado há anos zação face aos “sorrisos” de Isabel Alçada e que unisse
por adversários de uma escola pública de qualidade. a classe em torno de reivindicações: carreira única,
sem prolongamentos artificiais, sem contingentação
ou avaliação meritocrática; anulação da prova de
Não ficar à espera para ver... ingresso na carreira; vínculo para todos os profes-
Mas temos também que dizer que o arrastar deste con- sores contratados com mais de 1 ano de serviço;
flito – e acima de tudo a perda das oportunidades para redução do número de alunos por turma!

REVISÃO DOS ESTATUTOS DO SPGL,


10 DE DEZEMBRO,VOTA PROPOSTA D!
A 10 de Dezembro tem lugar uma votação para a revisão dos tos» da nova ministra" e apresenta, como
Estatutos do SPGL. Quatro propostas estarão presentes nesta eixos centrais:
votação (A, B, C e a D, apresentada pelo Movimento 3Rs). - A limitação do mandato dos dirigentes;
Dos estatutos de um sindicato depende em grande medida o - O reforço do direito à liberdade e intervenção de cor-
seu funcionamento mais ou menos democrático e próximo das rentes de opinião dentro do SPGL;
bases. A nossa experiência tem demonstrado que, quanto menos - O reforço da organização sindical de base;
democrática for a vida sindical, menos os professores se envolvem - O sufrágio amplo e democrático das propostas da Di-
activamente nos processos de luta e mais os dirigentes a "des- recção;
viam" para a mesa negocial, onde o que domina são os consen- - A criação de um Fundo de Greve.
sos "possíveis". E nestes é quase sempre o ME quem acaba por Ao votar D, os professores estão a contribuir para o reforço de
cantar vitória. uma corrente sindical - o Movimento 3Rs - que tem sido per-
É por isso que a proposta D para a revisão dos Estatutos, sistente na defesa da mobilização como forma principal de ga-
apresentada pelo movimento 3Rs, tem por lema "Por um sindi- nhar as reivindicações e da democracia de base como pilar de
calismo democrático e combativo para resistir aos «encan- funcionamento de qualquer organização de trabalhadores.

Mais uma oportunidade perdida pela direcção do SPGL!


O Movimento 3R’s reivindica os sindicatos, e em particular o a denúncia pública da grave situação de milhares de professores
SPGL, como uma conquista histórica da nossa classe e um es- se dirigir precisamente contra o governo e a sua ministra da Edu-
paço de convergência para todos os que querem lutar, apesar de, cação. A Direcção actual não permite, nos momentos mais im-
infelizmente, constatarmos que a maioria das suas direcções são portantes, que seja a base da classe a decidir democraticamente
pouco democráticas e combativas. Não confundimos todo o sin- a sua luta e às vezes parece estar mais disponível para assinar
dicato com as suas direcções. Assim, denunciamos que a di- “memorandos” com os governos do que construir as convergên-
recção do SPGL tenha desconvocado a acção prevista para dia cias na luta com a base da classe.
12 de Dezembro aprovada por unanimidade no último Plenário Os milhares de colegas que escolheram (e bem!...) organi-
de professores contratados e desempregados. O seu argumento zar-se no SPGL precisam mesmo de uma direcção mais com-
foi que ‘estão a decorrer negociações com o governo’, apesar de bativa e democrática!...

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