O documento discute as características sonoras únicas da trompa, originadas pela sua constituição física e técnica de execução. Apresenta a história do instrumento e como ele evoluiu de um instrumento de sinal para integrar orquestras. Explica como a mão dentro da campana e a posição dos lábios influenciam o timbre característico da trompa e recomenda estudar acústica e ouvir grandes intérpretes para desenvolver uma identidade sonora própria.
O documento discute as características sonoras únicas da trompa, originadas pela sua constituição física e técnica de execução. Apresenta a história do instrumento e como ele evoluiu de um instrumento de sinal para integrar orquestras. Explica como a mão dentro da campana e a posição dos lábios influenciam o timbre característico da trompa e recomenda estudar acústica e ouvir grandes intérpretes para desenvolver uma identidade sonora própria.
O documento discute as características sonoras únicas da trompa, originadas pela sua constituição física e técnica de execução. Apresenta a história do instrumento e como ele evoluiu de um instrumento de sinal para integrar orquestras. Explica como a mão dentro da campana e a posição dos lábios influenciam o timbre característico da trompa e recomenda estudar acústica e ouvir grandes intérpretes para desenvolver uma identidade sonora própria.
instrumento J. Angelino Bozzini Trompista e colaborador da Revista Weril Dentre todos os instrumentos de metal em uso atualmente, a trompa destaca- se principalmente por seu timbre nico. Esse tem origem, em parte, na constituio fsica da trompa e, em parte, na forma como o eecutante coloca sua mo na campana e os l!bios no bocal. "amos analisar os elementos #ue do origem a essas caractersticas e como cultiv!-los. Relembrando as razes Embora trompetes, trombones e trompas vivam $o%e sob o mesmo teto como membros da mesma famlia dos metais, sua origem & bem distinta. 's trompetes nasceram a partir do domnio pelo $omem da t&cnica de manipulao dos metais. (s trompas nasceram das conc$as, dos c$ifres e dos troncos escavados, pr!ticas essas #ue esto vivas desde a pr&-$ist)ria at& os dias de $o%e nas trompas de conc$a do pacfico, nos berrantes brasileiros ou na trompa alpina. En#uanto a famlia dos trompetes %! nasceu com todo o bril$o dos $arm*nicos superiores produ+idos pelo metal, a trompa troue ,do bero, os timbres suaves da conc$a, do c$ifre e da madeira. 'utra caracterstica sonora vem do fato de as trompas terem sido usadas como instrumentos de sinal, geralmente solit!rio, cu%o som precisava pro%etar-se para longe. En#uanto o trompete se desenvolvia em fanfarras militares nas grandes civili+a-es da antiguidade, a trompa seguia sua tril$a solit!ria nos l!bios de caadores, mensageiros e marin$eiros. .esmo #uando comeou a ser fabricada em metal, a trompa continuou a cumprir por muito tempo sua funo de instrumento de sinal, s) vindo a integrar timidamente as or#uestras no perodo barroco. / interessante notar #ue o ingresso da trompa no reino dos instrumentos musicais se d! simultaneamente com a sada da famlia dos cornettos, #ue, embora tocassem na mesma tessitura dos trompetes, tin$am um som muito mais suave #ue a#ueles. 0or muitos anos, as trompas sofreram as mesmas limita-es t&cnicas dos trompetes1 s) podiam tocar os sons $arm*nicos, o #ue s) permitia a eecuo de melodias ,normais, na regio do etremo agudo de sua tessitura. 0or volta de 2345, em Dresden, o trompetista 6ampel introdu+iu t&cnica de mo, a partir da #ual era possvel, fec$ando-se a abertura da campana com a palma da mo, produ+ir as notas #ue faltam na s&rie $arm*nica para se formar uma escala dist*nica. ( partir da, a trompa tornou-se um instrumento solista 7oua, como eemplo, os concertos de W.(. .o+art ou 8osep$ 6a9dn:. ;m fato importante & #ue a trompa foi aceita no crculo dos instrumentos modernos com a mo dentro da campana. Esse fato, ao mesmo tempo em #ue caracteri+a a trompa, coloca uma s&rie de problemas ao trompista. "amos abord!-la em detal$es. As implicaes da mo na campana ( mo funciona ao mesmo tempo como um ,abafador, e um filtro de $arm*nicos, pois absorve grande parte da vibrao da campana e, simultaneamente, ,intercepta, o som em seu camin$o para fora da campana. ' uso da mo tamb&m fa+ com #ue a posio adotada desde ento utili+e a campana do instrumento voltada para baio e para tr!s. <omparando-se com os trompetes e trombones essa posio coloca dois problemas 1 ' som da trompa tem uma perda de energia sonora na origem. (ssim, se um maestro #uer #ue uma trompa e um trompete saiam com a mesma intensidade para o pblico, o trompista deve estar tocando um degrau mais forte. ' som da trompa leva consigo a forma do ambiente. (o contr!rio do trompete e do trombone #ue t=m suas campanas apontadas diretamente para o pblico, o som da trompa tem de dar uma volta pelo ambiente at& c$egar ao ouvinte. >sso tem duas implica-es1 o som das trompas parece muitas ve+es estar atrasado em relao aos dois outros instrumentos 7o #ue pode ser corrigido pelo trompista tocando, dependendo do ambiente, uma frao de segundo ? frente dos outros:@ a trompa & um dos instrumentos mais sensveis ?s mudanas de local de eecuo. ' trompista tem #ue aprender a tocar pensando #ue todo espao ambiente & uma prolongao de seu instrumento. Um toue de l!bios
(l&m da mo dentro da campana, o som da trompa depende tamb&m de outra caracterstica1 a posio dos l!bios dentro do bocal. ' ideal & #ue a proporo se%a aproima-damente de tr=s #uartos do l!bio superior para um #uarto do inferior. Essa posio, al&m de permitir um controle e fleibilidade maiores sobre a vasta etenso do instrumento 7mais de #uatro oitavas:, a%uda na composio do timbre caracterstico da trompa. Aaa uma eperi=ncia1 to#ue com os l!bios meio a meio e, depois, com uma poro maior do l!bio inferior dentro do bocal. Bota a diferena no timbreC Em #ual posio voc= obt&m o som de trompa mais caractersticoC Duanto ao bocal, vale a pena lembrar de um ltimo consel$o1 a borda interna do bocal deve sempre ficar acima da parte vermel$a do l!bio, ou se%a, a parte branca. >sso fa+ com #ue o ,bico, do l!bio este%a livre para vibrar dentro do bocal. Pela riueza sonora Due lindo & um prado florido, colorido por flores diversas. Due mon)tona uma plantao comercial de flores, todas iguais e com as mudas simetricamente dispostas. ' longo processo de evoluo dos instrumentos musicais #ue neces-sitou do esforo de um sem nmero de artistas, artesos, t&cnicos e engen$eiros visou a ri#ue+a e a diversidade dos timbres musicais. ( nossa obrigao como instrumentistas & a de cultivar e refinar essa diversidade. 0ara tanto, vale a pena ler um bom livro de acstica aplicada aos instrumentos musicais para entender como se forma o timbre de um instrumento, bem como #uais so os fatores fsicos #ue influem em sua afinao e sonoridade. (consel$amos, como introduo, o ecelente livro de (rt$ur Eenade, ,Fopro, <ordas e 6armonia,. ( edio brasileira est! esgotada, podendo ser encontrada em sebos. Eiste uma edio original atuali+ada #ue pode ser encontrada na GGG.ama+on.com, sob o nome de "orns# $trings and "armon%. Do ponto de vista artstico, & importante #ue se oua grandes int&rpretes e obras de diferentes &pocas e estilos, sempre atento ?s caractersticas sonoras de cada um. Assim voc conquistar sua identidade sonora como instrumentista, fortalecendo sua personalidade como artista!