Uso do Policloreto de Alumínio (PAC): vantagens sobre o Sulfato de Alumínio em sistema de tratamento de água
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Uso do Policloreto de Alumínio (PAC) - Angel Campos Moreno
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus e aos espíritos de luz, que me guiaram e auxiliaram na superação de todos os desafios.
À minha família, Lorenzo meu filho e aos meus pais, que me incentivaram, apoiaram e compreenderam a minha dedicação nesta jornada.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Mauricio, que se dedicou e agregou muito para a elaboração deste trabalho.
Aos meus ex-alunos Gabriella e Fabiano que colaboraram em parte nesta pesquisa.
A Kathleen que somou seus conhecimentos na revisão desta dissertação.
A Milena, Ivan e Rafael, colaboradores do SEMAE que abriram as portas da empresa e possibilitaram a realização deste estudo.
A Universidade de Mogi das Cruzes, por toda a infraestrutura e recursos disponibilizados para o desenvolvimento deste trabalho.
"Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida."
Confúcio
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
1.2 PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA POTÁVEL
1.2.1 CLORO LIVRE
1.2.2 COR
1.2.3 TURBIDEZ
1.2.4 POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (PH)
1.2.5 SABOR E ODOR
1.2.6 TEMPERATURA
1.2.7 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
1.2.8 ALCALINIDADE
1.2.9 DUREZA
1.2.10 FERRO E MANGANÊS
1.2.11 ALUMÍNIO
1.2.12 COLIFORMES
1.3 TESTE DE JARROS (JAR-TEST)
2. OBJETIVO
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3. METODOLOGIA
3.1 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA NA ETA
3.1.1 ANÁLISE DA COR APARENTE
3.1.2 ANÁLISE DA TURBIDEZ
3.1.3 AFERIÇÃO DO PH
3.1.4 ANÁLISE DE VARIÁVEIS DA QUALIDADE DA ÁGUA QUE UTILIZA O ESPECTROFOTÔMETRO
3.1.5 DOSAGEM DO ALUMÍNIO
3.1.6 ALCALINIDADE
3.1.7 ANÁLISE DOS TESTES
3.2 ENSAIOS EM JAR TEST
3.3 SIMULAÇÃO DE CORROSÃO EM LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA
3.3.1 SIMULAÇÃO DA ÁGUA NAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 VARIAÇÃO DO PH APÓS DOSAGEM COAGULANTE
4.2 VARIAÇÃO DOS PARÂMETROS DE QUALIDADE APÓS SUBSTITUIÇÃO DE COAGULANTE
4.3 ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA PRESENÇA DE METAIS NA ÁGUA TRATADA APÓS SUBSTITUIÇÃO DE COAGULANTE
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANEXO A - PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1. INTRODUÇÃO
É notória a importância da água doce para a saúde e para a vida no planeta, pois é consumida com maior facilidade. De toda água disponível na Terra apenas 3% é água doce, sendo este percentual distribuído de forma desigual no planeta, tanto entre os tipos de mananciais como entre as regiões e intra-regiões. De fato, apenas 0,3% da água doce encontra-se em mananciais superficiais, a maior parte cerca de 70% encontra-se em geleiras e cerca de 30% no subsolo (AUGUSTO, et al. 2012, VAN BEEK, WADA e BIERKENS, 2011). Diante da baixa disponibilidade de água doce para o consumo humano aliado ao avanço acelerado do processo de urbanização, o abastecimento de água potável aprimorou-se desenvolvendo várias técnicas a partir da segunda metade do século XX. Nos dias atuais, mais da metade da população mundial vive em grandes centros urbanos e mesmo assim há precariedade no fornecimento de água a população, principalmente nos países em desenvolvimento onde não há uso de técnicas mais eficazes e avançadas no tratamento de água (HOEKSTRA et al. 2012; REBOUÇAS et al. 2012). Caso houvesse abastecimento adequado de água de boa qualidade doenças como cólera, infecções por rotavírus e amebíase seriam evitadas, pois estima-se que estas sejam as causas de aproximadamente 1,8 milhões de mortes anualmente (HRUDEY, HRUDEY e POLLARD 2006, SCHOENEN, 2002). A água é um bem essencial indispensável a vida e deve a princípio ser servida a cada pessoa indistintamente (AUGUSTO et al. 2012).
O Brasil é favorecido por apresentar uma ampla disponibilidade de água doce, entretanto, a distribuição dos recursos hídricos não é equilibrada no território espacial e temporal. A região Norte, que abrange apenas 5% da população brasileira concentra aproximadamente 80% do recurso de água doce disponível (VEIGA e MAGRINI, 2013), assim fica evidente que o restante da água disponível para atender os outros 95% da população, além do mais o problema das chuvas abaixo da média colaboram para o agravamento da quantidade de água em bacias hidrográficas identificadas como críticas. A Agência Nacional de Águas (ANA) ressalta que alguns municípios da macrometrópole de São Paulo apresentam maior insegurança hídrica, caracterizada pela menor garantia dos mananciais explorados (JACOBI et al. 2015), especificamente este trabalho apresenta um estudo da qualidade do tratamento da água na cidade de Mogi das Cruzes que possui uma população de aproximadamente 440 mil habitantes (IBGE, 2019). Segundo dados fornecidos pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) o índice de abastecimento de água tratada a população na cidade de Mogi das Cruzes é de 99%, para isso o SEMAE dispõe de duas Estações de Tratamento de Água (ETA).
O SEMAE utiliza o sistema convencional de tratamento de água o qual consiste na captação da água bruta, oriunda do rio Tietê, passando por uma série de processos físico-químicos como a coagulação, floculação, decantação, filtração descendente e por fim a água é submetida aos processos finais de desinfecção, fluoretação, ajuste de pH, entre outros processos e operações; tornando-se uma água potável para consumo humano (GUPTA et al. 2012; DI BERNARDO e DANTAS, 2005). No processo de coagulação há aplicação de produtos químicos, geralmente, um sal de alumínio ou de ferro onde a dosagem está diretamente ligada com a qualidade da água, visto que são responsáveis pela desestabilização das partículas na água a ser tratada. Isso facilita a coagulação/floculação das partículas pois aumenta sua massa e densidade, possibilitando a precipitação das impurezas que de outra maneira não poderiam ser removidas por sedimentação e/ou filtração (GUPTA et al. 2012; RICHTER, 2009).
No início deste estudo, na cidade de Mogi das Cruzes, o processo de coagulação era realizado com a adição do Sulfato de Alumínio e esse coagulante não havia apresentado qualquer evidência de problema ou ineficiência até o início da crise hídrica na região Sudeste do Brasil em 2014 (SORIANO et al. 2016). Desse modo, o manancial sofreu severas alterações que impactaram diretamente no cumprimento dos parâmetros da Portaria 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde (Anexo A). Demandando assim, uma otimização do processo de tratamento de água, objetivando minimizar a dificuldade em manter alguns dos parâmetros da qualidade da água tratada dentro da especificação, sendo assim, desenvolvi um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) com alunos do curso de engenharia química, com o objetivo de verificar a viabilidade da substituição do Sulfato de Alumínio pelo PAC, onde