Este documento fornece diretrizes para primeiros socorros psicológicos após um trauma ou crise. Ele discute como escutar ativamente a pessoa, fazer perguntas abertas para entender melhor o problema, e sugerir soluções e ações concretas de curto prazo para ajudar a lidar com a situação. Também fornece dicas específicas para ajudar crianças após um trauma.
Este documento fornece diretrizes para primeiros socorros psicológicos após um trauma ou crise. Ele discute como escutar ativamente a pessoa, fazer perguntas abertas para entender melhor o problema, e sugerir soluções e ações concretas de curto prazo para ajudar a lidar com a situação. Também fornece dicas específicas para ajudar crianças após um trauma.
Este documento fornece diretrizes para primeiros socorros psicológicos após um trauma ou crise. Ele discute como escutar ativamente a pessoa, fazer perguntas abertas para entender melhor o problema, e sugerir soluções e ações concretas de curto prazo para ajudar a lidar com a situação. Também fornece dicas específicas para ajudar crianças após um trauma.
O QUE FAZER E O QUE NO FAZER PRIMEIROS AUXLIOS PSICOLGICOS
1 Psicoterapeuta - UFPEL - Universidade Federal de Pelotas
COMPONENTES O QUE FAZER O QUE NO FAZER
1.CONTATO Escutar de maneira cuidadosa sobre os fatos e sentimentos. Expressar aceitao. Contar a tua "prpria histria Ignorar sentimentos e fatos Julgar, tomar partido, impor deves 2.DIMENSES DO PROBLEMA Colocar perguntas abertas Favorecer para que a pessoa tenha mais clareza
Permitir abstraes contnuas Enfatizar as cenas de perigo Dar a razo do problema 3.POSSVEIS SOLUES Favorecer idias alternativas Trabalhar de maneira direta por blocos de entendimento Estabelecer prioridades Permitir a viso de passar por um tnel Deixar obstculos sem examinar Permitir salada de necessidades 4.AES Dar um passo de cada vez Estabelecer metas especficas de curto prazo Confrontar quando seja necessrio Tentar resolver tudo agora Tomar decises de longo prazo Fazer promessas Retrair-se em tomar decises quando
FRASES TEIS PARA AS VTIMAS DA CRISE
Sua reao uma resposta normal a um acontecimento anormal.
Ele agora est seguro (se realmente est).
Muito bom que voc esteja falando comigo!
Sinto que j aconteceu. (diga o que , por exemplo: que perderam todos os seus pertences.)
compreensvel que te sintas assim...
No foi culpa dele...
Que no est enlouquecendo...
Certamente as coisas no sero as mesmas. Na verdade, de muitas maneiras a nossa experincia nos far mais fortes, atravs da superao do desejo, f e aos esforos de todos ns...
COMO AJUDAR CRIANAS
Ser diretivo, somente se necessrio. se fizer necessrio 5.SADA Fazer uma combinao de outro contato /segundo encontro Avaliar os passos para a ao Deixar detalhes no ar ou dizer que ele pode continuar a agir por si mesmo Deixar a avaliao para que outra pessoa faa Passe mais tempo com elas. Os abrace e os acaricie. O afeto fsico carrega importncia maior em situaes de emergncia.
Permita-lhes brincar mais tempo de forma que eles liberem a tenso que possam estar sentindo.
Converse com eles, dando-lhes informaes claras e concisas sobre o desastre. No minimize o que aconteceu, mas explique que eles no tiveram nenhuma culpa, por menor que seja.
Faa suas crianas falarem dos seus sentimentos sobre o ocorrido. Se for o caso, ensine a usar palavras que possam expressar os seus estados de espritos: feliz, triste, furioso, amedrontado. Seja honesto ao compartilhar seus sentimentos com eles. Restabelea um itinerrio para refeies, brincadeiras e trabalho.
Mantenha-os ocupados com tarefas que os faam se sentir teis, como ajudar famlia a recuperar-se do desastre.
Permita dormir durante algum tempo com a luz acesa depois de ter acontecido o desastre.
E no se assuste se as crianas perderem brinquedos, roupas e outros artigos favoritos.
IMPORTANTE!
1. Ab-Reao
A Ab-Reao uma descarga emocional, pela qual o afeto ligado a uma recordao traumtica liberado, quando esta, at ento inconsciente chega conscincia. A ab-reao pode ser provocada, mas pode tambm ocorrer espontaneamente.
Em um momento de crise, ou logo em seguida, as pessoas choram e esta sempre uma situao difcil de lidar porque no h uma compreenso favorvel ao choro em nossa cultura.
A expresso das emoes bsicas (medo, dor, raiva, tristeza) fundamental para sair delas. Quem no entra, no sai. Pior que a falta dgua a falta de sede. Quando uma criana chora, logo algum procura distra-la para parar de chorar. A me sofre tanto ao ver o filho chorando que busca, de todos os meios, parar o choro. Nos atendimentos, na ateno ao sofrimento humano, isto tambm se nota, pois o espao para as emoes no relevante e contido tanto quanto no comportamento da me... Ou seja, a sociedade produz uma angstia e lida mal com as alternativas bsicas de buscar solues, principalmente nos espaos de cuidados com a sade nas situaes-limites.
s vezes as pessoas se referem s suas prprias emoes como "desculpas" para justificar determinados comportamentos. Algum pode dizer: "Fiz aquilo porque estava nervoso(a)". Nesses casos, as pessoas se referem s suas emoes como se fossem algo "externo" a si prprias, como uma fora que as tivesse tomado e compelido a se comportar de determinada maneira. Mas nossos comportamentos no podem ser justificados por nossas emoes. Eles podem ser, na maioria das vezes, talvez explicados por eles. Nossas emoes no so algo externo a ns. Elas so nossas, nos pertencem, e somos, portanto, responsveis por elas.
2. Atitudes
Esteja consciente! Para ajudar uma pessoa melhor estar inteiro, estar consciente. Nem sempre isto fcil, mas necessrio. A conscincia de si diminui a vulnerabilidade diante das situaes limites. A equao a seguinte: poderei ajudar melhor outra pessoa se eu mesmo sei me ajudar.
Ainda que a palavra desespero, ou a expresso fiquei desesperada, sejam utilizadas com freqncia nos depoimentos de vtimas, possvel perceber que h uma conscincia das dificuldades emocionais e busca de sentido do ocorrido e tambm uma certa viso de futuro. Isto pode mostrar uma capacidade saudvel de lidar com a dificuldade em detrimento de algo mais grave e vitimista em relao ao projeto de vida. Emerge da situao, a conscincia, entendida como estar atento sua histria e lugar no mundo, suas futuras intenes e metas, seu senso de atuao, e a formao cultural e social dentro das quais se vive (Rose, 2006, p.185).
Testemunho: este o tema da fragilidade, ou da carncia das pessoas que clamam por ajuda, por uma mo naquela hora difcil e que, possivelmente por este motivo de testemunho desta nova situao, muitas vtimas imediatamente pedem para avisar um parente, ou uma pessoa prxima da famlia. Algo como precisar, naquele momento, do testemunho de uma pessoa prxima. Ela precisa logo contar para algum prximo da sua histria de vida este novo momento... Como se contar isto incorporasse este fato novo na sua/minha vida. Seja voc a pessoa que est ali para ajudar e acolher. Lembre-se: um abrao carinho, conteno e relaxamento!
Para os primeiros auxlios psicolgicos no se faz necessrio que haja uma patologia que precise justificar uma ajuda na crise.