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Sessão Tutorial nº8 – Ensino da Escrita: A Avaliação

Quando escrevemos, experimentamos dúvidas, sentimentos de satisfação ou não,


correcções, reformulações, dificuldades, tomamos decisões, mas com o surgimento do
produto final, essas vivências são muitas vezes passadas para segundo plano, sendo
esquecidas ao invés de serem usadas como ferramenta de aprendizagem relativamente à
escrita e ao aperfeiçoamento do próprio processo.

O texto, muitas vezes elaborado através da simples junção de frases, exige uma revisão
que verifique a sua articulação e combinação, que introduza conectores... Ainda que a
articulação de palavras, de expressões e a selecção da melhor formulação seja efectuada
durante a textualização, não é suficiente. É obrigatório rever o texto para corrigir outras
lacunas, para avaliar se está pronto, ou então verificar se tem informação a mais, por
estar implícita para quem lê. Outro mecanismo de trabalhar o texto no final poderá ser o
seu enriquecimento, melhorando informação ou alguma explicação.
Chegando a um produto final, devidamente avaliado e revisto, devemos transpô-lo para
um suporte adequado, ficando assim disponível para ser consultado pela turma ou por
um público mais vasto, preocupando-se também os alunos com a sua configuração
gráfica.

Descrição da sessão

Começámos por ler silenciosamente o texto "Ser solidário/promover a inclusão", que


elaborámos anteriormente. Depois, mantendo-se todos muito atentos ao que poderia
estar menos bem, completámos uma grelha de avaliação do mesmo.
Seguidamente fizemos a avaliação do texto a partir da grelha de correcção, detectando
incorrecções na informação, acrescentando ou suprimindo informação, reformulando
parágrafos, corrigindo ortograficamente palavras, revendo os conectores utilizados, a
pontuação...

Mais tarde, todos reescrevemos o texto; uns com melhor caligrafia, a senhora professora
Ermelinda no quadro, outros alunos no computador, tendo sido postado no blogue da
turma, partilhando-o desta forma, com o destinatário.
Reflexão

No nosso dia-a-dia lectivo, temos de operacionalizar


metodologias que nos conduzam na tarefa de ajudar os nossos
alunos a desenvolver, de forma eficiente, competências quer
orais, quer escritas da língua materna. Devemos levar o aluno
a apropriar-se dela criticamente e autonomamente, sendo cada
vez mais leitor crítico do que escreve, autoavaliando-se e melhorando progressivamente
os seus escritos.

Quando um aluno conclui o processo de construção de um texto, deparar-se-á com


elementos e ideias não previstos e outros em que tinha pensado e que simplesmente não
textualizou. A verdade é que ao longo do processo de escrita, alteramos a nossa
perspectiva do texto e ao concluí-lo sentimos que se recomeçássemos a sua
textualização surgiria algo completamente diferente e isso também acontece com os
nossos alunos, principalmente no 3º e 4º anos de escolaridade, ainda que de forma
inconsciente, pois as características de uma escrita reflexiva já se encontram activadas
em alunos do 1º ciclo. Assim, devem ser estimuladas por nós, em todo o processo de
planificação, na textualização de novas produções, na avaliação das produções
elaboradas ou mesmo na reescrita de outras construidas anteriormente.

Por outro lado o “feedback” que proporcionamos ao aluno sobre o que escreveu é de
sublinhada importância na avaliação da escrita, pois através dele o aluno poderá saber,
com mais certeza, o que tem menos bem escrito e o que tem de melhorar. O professor
deve reforçar os aspectos positivos e não apenas apontar os erros e incorrecções. Será
também útil se os alunos lerem e comentarem o trabalho uns dos outros.

A formanda: Glória Pinto.

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