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[Universidade de Aveiro]
Janeiro 2004

I
João Vasco Neves
Mestrado em Design, Materiais e Gestão do Produto

2
) Índice

n Do ponto didot, ao pixel.


Breve História Tipográfica …………… 04

n Classificação Estilística
Nota Introdutória …………… 08
Levantamento …………… 10
Sintetização …………… 21
Ordenação cronológica …………… 22
Simplificação …………… 23
Classificação Proposta …………… 24

n Outras Classificações
Classificação dos caracteres quanto à forma …………… 30

n Considerações finais …………… 32

3
n Do ponto didot, ao pixel.
Breve História Tipográfica

Assiste-se nesta época de fim de milénio à revolução que o computador e as


«artes» da informática proporcionam: revolução porque implica qualitativa e
quantitativamente uma alteração nos padrões tradicionais de cultura e civilização, com
as respectivas incidências sociais, económicas ou religiosas. O seu alcance estará bem
longe de ser medido ou avaliado. O que não acontece com semelhantes revoluções
que sofreram aqueles que viveram os primórdios da tipografia de Quatrocentos, e
ainda aqueles que há milénios transcreveram num suporte de terra endurecida,
manualmente e com o auxílio de um estilete, os primeiros signos de transmissão do
pensamento humano pela grafia, aos quais podemos fazer coincidir os grandes
impérios da Antiguidade e respectivas civilizações; pelo que se pode afirmar que a
invenção da escrita não é de forma alguma um processo concluído, quer nas suas
múltiplas formas de expressão, quer nos seus efeitos.
A preocupação neste estudo centra-se exclusivamente nos aspectos que tiveram
incidência directa na ligação da caligrafia e da sua actividade, com o seu natural
desenvolvimento na letra de forma, ou impressa. Existe, de facto, um paralelismo de
soluções, uma transposição de técnicas e de estilos que são inquestionavelmente
resultado tanto da tradição como da inovação.
Na actividade complementar da escrita, copista e impressor são opostos
liminarmente no que se refere à ideia de qualquer acto criador: um translitera
fielmente, o outro possui já o génio da invenção ligado à técnica. Se qualquer
inovação subsiste, é a nível artístico ou mais propriamente ornamental: o estilo tudo
diz, quanto à observação. A técnica situava-se para aquém do plano alquímico, talvez
dos matizes das tintas, dos preparos sequenciais da iluminura que se seguia à
transcrição caligráfica do texto em cópia, em modos esmerados, imitação ou
aproximação à obra divina e ao mero acto de criação, como um espelho, obra de fé.
É do senso comum afirmar que a caligrafia tem o seu início, como arte, em Carlos
Magno, ou seja, obra de engenhosos gauleses, que instituíram a famosa letra carolina.
Tal não será assim: torna-se evidente que a caligrafia, cuja grafia, era mecanizada
pelo cálamo, tem sistematização no mundo romano e grego, pelo menos, e só para
nos referirmos à antiguidade clássica ocidental.
Não se pense que no mundo medieval as artes da escrita coexistiam com a
desorganização ou com a improvisação: certamente uma boa dose de intuição ou
imaginação eram necessárias no ambiente dos scriptoria a par com a erudição, que se
exprimia exigência de dispor cada vez mais de cópias de todo o corpus do saber.
É com a proliferação das universidades, fenómeno que se verifica a partir do século
XIII, que a procura dos textos, dos comentários e glosas que faziam objecto dos

4
estudos se torna imparável, constituindo um dos factores decisivos da
insustentabilidade da cópia não ser mecanizada e multiplicada ao infinito, tal como
hoje, na informatização do texto que assume aspectos preocupantes de globalização:
mais uma vez, a necessidade provoca a inovação com consequências imparáveis.
A revolução da tipografia, ou seja da invenção da letra de forma, a par com a
revolução originária da escrita, foram marcos decisivos para a resultante civilizacional
e cultural do mundo moderno: no meio, sempre presente, incansavelmente, o copista-
calígrafo, o compositor tipográfico, o digitalizador de textos ou introdutor de dados
informáticos, permanecem constantes na sua essência que é a de transcrever as letras
e as palavras do texto, sem a sua cabal inteligência ou compreensão, sustentados por
um aparelho erudito ou criador, que vai do revisor ao tradutor, e ao comentador e
autor.
O inventor da tipografia de caracteres móveis, Johann Gensfleish zum Gutenberg
(nascido à volta de 1400 e falecido em 1468), conseguiu executar uma síntese
científica e técnica em várias actividades que pouco a pouco se aproximavam do livro
impresso como processo acabado: o aperfeiçoamento da prensa de rosca, para vinho
ou azeite, transformada para receber o papel, a substituição dos blocos de madeira
com letras por todo o processo de gravação e metalografia da letra de forma ou
caracter tipográfico. Ou seja, processos derivados da tipografia xilográfica
(calendários, ex-votos ou indulgências, etc.), as artes da ourivesaria no trabalho de
gravação e utilização de punções de letras, vinhetas decorativas ou marcas de ourives,
a fundição de bronzes e outros metais (moeda) para sinos, canhões e tantos outros
artefactos.
Este processo de escrita artificial, de caracteres móveis que eram compostos
manualmente, durou até ao presente século na indústria tipográfica. A letra de forma
foi inicialmente desenhada e fundida de modo a imitar perfeitamente a letra de mão,
para que, uma vez impressa, emprestasse a ilusão de que um manuscrito se tratava.
Desde logo se faz menção da inovação da letra de forma obtida através de
punções e do seu uso tipográfico, com a combinação, proporção e harmonia dos tipos
de letra.
Já se considerou que a dimensão da página e da empaginação desde logo
obedeceu a uma proporção que distribuía geometricamente a justificação da linha de
texto e respectiva mancha tipográfica em relação aos brancos de página ou margens.
Porém, esse exame exige o desenho da própria letra, num caminho de como quem vai
da molécula à partícula do átomo: sem dúvida, existe um proporção divina em todas
as coisas que a ciência nos revela. Isso foi tentado desde os alvores do Quatrocento
por frei Luca Pacciolli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, ao escrever a sua
famosa obra De Divina Proportione, impressa em Veneza, 1509. Aí deduz o
desenvolvimento geométrico das letras do alfabeto segundo uma grelha. Contudo,
estas discussões que se estenderam a Albrecht Dürer e Geoffroy Tory, nos inícios do
século XVI, não foram prementes no espírito de Gutenberg, ao reproduzir o desenho
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caligráfico do alfabeto «textura» utilizado pelos copistas alemães, apesar de
mencionar expressamente a proporção e a harmonia dos caracteres de letra móveis
entre si.
O estilo denominado gótico, abrangia, respectivamente, das obras de teologia
como a Suma Teológica, às obras de texto litúrgico, de corpo maior, definindo um
canon próprio, às obras de temática essencialmente literária ou mesmo de direito,
baseado na prática das chancelarias, de carácter cursivo. O estilo da letra humanística,
baseada na letra romana, portanto recuperada, como o grego, dos textos dos clássicos
latinos e gregos, para além de adoptar o desenho da minúscula carolina, é que foi
objecto de elucidação geométrica.
Gutenberg obtém a harmonia e a proporção dos seus caracteres na medida em
que é fiel ao estilo caligráfico da letra, ao mesmo tempo que respeita as relações
proporcionais dos caracteres entre si, ainda que só muito tarde, no século XVIII fosse
definida a sua principal medida, o ponto tipográfico ( = 0,343 mm.), mercê dos
trabalhos de Fournier Le Jeune, em 1737 e Francisco Ambrósio Didot em 1775, com
uma relação proporcional de 1:12 (quanto a Portugal, o ponto Didot só foi adoptado
em 1851 na Imprensa Nacional, mais de meio século depois). Os corpos de letra não
eram definidos por qualquer medida de referência, mas denominados segundo uma
terminologia utilitária que definia as suas características: parangona, texto, tanásia,
leitura, intérduo, breviário ou solfa, para citar a nomenclatura dos corpos de letra mais
usados em Portugal no século XVIII, e mesmo assim, dentro de cada categoria, com
variações na altura e na largura do corpo de letra; por exemplo, o cícero, que
apresenta uma medida de 12 pontos didot, como canon de leitura, tem origem nos
caracteres usados numa obra, De Oratore, de Cícero, impressa por Schoffer, um dos
sócios de Gutenberg.
Uma aproximação a este tema pode ser encontrado no que foi desenvolvido mais
tarde por Dürer no seu tratado Instituitiones Geometricae, em quatro livros, sendo
que no terceiro trata precisamente da proporção e da geometria da letra.
No que diz respeito aos caracteres redondos, dito de romanos, ou littera antiqua, a
que logo se seguiria o itálico, grifo ou aldino, este aparece logo a seguir aos primeiros
caracteres móveis góticos, por exigência dos estudiosos humanistas das universidades
ou de vários centros culturais da Europa que a pouco e pouco aderiram ao livro
impresso com edições das obras clássicas gregas e latinas, essencialmente. Um
exemplo disso é o exemplo, uma vez mais, da Sorbonne, cujos protoimpressores
alemães Ulrich Gering, Michael Friburger e Martin Crantz, só imprimiram inicialmente,
desde 1470, em caracteres romanos, sendo obrigados a utilizar alfabetos góticos em
1472, em oficina própria, fora da Universidade parisiense, na rua de Saint-Jacques,
sob a insígnia de «Soleil díOr», para atingirem um público leitor mais vasto, pouco
familiarizado com a letra romana. Essa condição do gótico e subordinação do romano
manteve-se ainda por meados do século seguinte, altura em que o gótico é
gradualmente substituído.
6
Desde então, principalmente a partir dos punções de Claude Garamond e do seu
canon romano, desde 1530, o romano imperou até ao século XX, é certo, em vários
estilos, mas que na sua essência assumiram uma forma quase perfeita e sublime.
A origem do «romano» é imprecisa, surge provavelmente entre Estrarburgo com o
impressor Adolf Rush, anterior a 1467 (Enciclopédia, de Raban Maur), e Subiaco /
Roma, em 1465, com Sweyneym e Pannartz (De Oratore, de Cícero)
Seguem-se-lhes, também em Veneza, em 1469, Johann e Wendelin de Spira, em
Veneza, mas, sobretudo, com Nicolau Jenson, em 1470, em Veneza, a quem se deve
o principal desenho e gravação de punções do romano.
O ciclo das principais inovações fecha-se temporariamente com a figura do
impressor-humanista Aldo Manutio, o grande vulgarizador dos caracteres romanos, o
redondo, gravado em 1495, para a impressão da obra De Aetna, do cardeal Bembo,
e, sobretudo, o itálico ó o qual comprendia mais de sessenta punções com ligaturas,
de entre 150 de toda a família de tipo ó, justamente denominado na época por
aldino, também da autoria de Francesco Griffo de Bolonha, em data próxima a 1499,
utilizados em 1501 na impressão de uma obra de Virgílio
No século XX, o transístor, a informatização, os media provocaram profundas
alterações na escrita, na caligrafia associada a ela, na tipografia. Restam as famílias de
caracteres, mesmo aqueles de estilo «civilité» ou caligráfico, que foram adoptados
pela informática aplicada à tipografia e a qualquer actividade que utilize formas mais
ou menos complexas de registo; a tipografia a «quente», que resultava da contínua
fundição de caracteres, passou drasticamente à tipografia a «frio», quase se diria
virtual, pois até à sua impressão no papel, não tem a mínima expressão de forma ou
conteúdo excepto na área do monitor.
Nesta fase, ainda em aberto, porque não totalmente definida, passou-se dos
processos ópticos da fotocomposição para os da informática: o ponto didot, a pica, o
cícero, foram substituídos pelo pixel, pelo byte e pelo bit, em linguagem algébrica
binária (0 ou 1). As letras foram definidas matematicamente através da descrição das
coordenadas de vários pontos apoiados nas denominadas curvas de «Bézier»,
formando contornos não à base da régua e do compasso, mas através de complexas
elipses. Esse contorno, ou «outline», afinal o batente da letra, é preenchido por pixels,
formando o que se denominava por olho da letra, ou seja a superfície do caracter que
era impressa e que na leitura proporcionava todo o seu valor fonético e semântico.
À caligrafia, como arte, no seu sentido lato, mãe de todas as letras, devemos esta
aventura sem fim que é a do conhecimento, imparável, belo, mas sem dúvida
preocupante. [1]

7
n Classificação Estilística
Nota Introdutória

Quando precisamos comunicar através de um objecto gráfico, temos à nossa


disposição um grande leque de elementos que podem ser usados na sua criação,
como linhas, figuras geométricas, formas, cores ou imagens. No entanto, nenhum é
tão importante e vital como a informação produzida com a colecção de ícones a que
damos o nome de letras ou Tipos. São eles que dão voz e expressão às palavras. São
eles a parte visível do discurso.
O texto impresso é, por assim dizer, o meio que nos permite adicionar tom, cor,
carácter, intensidade e volume à mensagem que queremos transmitir, porém todas
estas características estão dependentes da Fonte utilizada. Do mesmo modo que
procuramos a palavra-oral adequada para expressar o nosso pensamento, deveremos
também dar o corpo correcto à palavra-escrita. Isto é realizado através dos Tipos que
temos à nossa disposição e é por isso que os devemos conhecer melhor!
Hoje em dia com a proliferação do suporte digital, a concepção de fontes
tipográficas está ao alcance de todos. Não é humanamente possível precisarmos neste
momento a quantidade de famílias de tipos disponíveis. Por tal facto, torna-se
imperiosa uma classificação abrangente de todas as famílias tipográficas. Já muito se
escreveu acerca deste assunto e muitas foram também as propostas de classificar
universalmente os Tipos.
Cada uma das soluções tem as suas vantagens e desvantagens e como nenhuma
delas satisfaz todas as necessidades, no âmbito deste trabalho, procurar-se-á elaborar
um levantamento histórico de classificações tipográficas e sintetiza-las no sentido de
propor uma classificação que vá de encontro ás necessidade actuais.
A criação e utilização de um sistema tipológico advém da necessidade diária em
contexto de trabalho. Com racionalidade e conhecimento do tema, é possível para
qualquer tipógrafo ou designer criar um sistema para uso pessoal que atenda as suas
necessidades pessoais.

[ Classificação]
Acção ou resultado de classificar. Acção de distribuir por classes, por categorias…, segundo critérios
precisos.
[ Classificar]
Reunir em classes ou em grupos, com características semelhantes, segundo um sistema ou método e atribuir
uma designação a cada grupo constituído.
In Dicionário Enciclopédico da Língua Portuguesa

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[ Tipo ]
Conjunto de características que distinguem uma classe. Cada um dos caracteres tipográficos. Exemplar que
serviu de padrão na descrição original de uma espécie, subespécie, etc.
[ Tipografia ]
É a arte de compor e imprimir com caracteres móveis. Até há bem poucos anos era o grande sistema de
composição e impressão utilizado pela imprensa. Atribui-se a sua invenção a Gutenberg.
[Fonte] Família
Conjunto ou colecção de tipos cujo traçado, em qualquer corpo (tamanho) ou variante (claro/negrito,
redondo/itálico, largo/estreito etc.), apresenta as mesmas características estruturais e cujo desenho básico é
conhecido por um nome, que pode ser o do seu criador, alusivo à sua origem ou arbitrário.

9
n Classificação Estilística
Levantamento

A classificação de tipos do modo que aqui é referida, assim como a grande maioria
dos autores, diz respeito aos caracteres latinos e por regra àqueles produzido depois
da invenção da tipografia por Gutemberg. Durante o período da história em que a
geração de caracteres se restringia aos tipos manuscritos - isso quer dizer, a maior
parte da história da humanidade - não havia catálogos de fontes, como se
compreende. O escriba ou artesão valia-se dos cânones, do seu conhecimento prático
e de sua inventividade para produzir textos.
A classificação tipológica apresentada, está ordenada em grupos e subgrupos
estilísticos relativamente à forma ou perfil dos caracteres.

Francis Thibedeau séc. XVIII [2]

1 Romana antiga
2 Romana moderna
3 Egípcia ou Serifa Grossa
4 Lapidária ou Sem Serifa
5 Cursiva

Maximilien Vox 1954 [3]

1 Humane Humanista
2 Garalde Geraldo
3 Réale Real
4 Didone Didone
5 Mécane Mecânica
6 Linéale Linear
7 Incise Incisiva
8 Scripte Cursiva
9 Manuaire Caligráfica

10
ATypeI 1961 [4]

1 Humane Humanista
2 Garalde Geraldo
3 Réale Real
4 Didone Didone
5 Incise Incisiva
6 Linéale Linear
7 Mécane Mecânica
8 Scripte Cursiva
9 Manuaire Caligráfica
10 Fractura Gótica

DIN 16518 1964 [5]

1 Venezianische Renaissance-Antiqua Veneziana Renascentista-Antiga


2 Französische Renaissance-Antiqua Francesa Renascentista-Antiga
3 Barock-Antiqua Barroca Antiga
4 Klassizistische Antiqua Clássica Antiga
5 Serifenbetonte Linear-Antiqua Serifada Linear - Antiga
6 Serifenlose Linear-Antiqua Sem serifa Linear - Antiga
7 Antiqua-Varianten Antiga - Variações
8 Schreibschriften Escrita de máquina
9 Handschriftliche Antiqua Cursiva Antiga
10 Gebrochene Schriften Sombreada
11 Fremde Schriften Não Latinas

11
BS 2961 1967 [6]

1 Humanist Humanista
2 Garald Geraldo
3 Transitional De transição
4 Didone Didone
5 Mechanistic Tipografia mecânica
6 Lineal Linear
a Lineal Grotesque Linear grotesca
b Lineal Neo-Grotesque Linear neo-grotesca
c Lineal Geometric Linear geométrica
d Lineal Humanist Linear humanista
7 Incised Incisiva
8 Script Cursiva
9 Manual Manual
10 Black Letter Contrastada
11 Non-Latin Não latinas

12
Monotype 1970 [7]

1 Antique Antiga
2 Blackletter Gótica
3 Brush Script Cuneiforme
4 Clarendon Normando
5 Copperplate Script Manuscrita gravada
6 Didones Didone
7 Egyptian Egípcia
8 Fat Face Negro
9 Garaldes Geraldo
10 Geometric Sans Serif Geométrica sem serifas
11 Glyphic Lapidares
12 Gothic Gótica
13 Grotesque Grotesca
14 Humanist Humanista
15 Informal Script Caligráfica irregular
16 Inline Face
17 Ionic Iónico
18 Italic Itálico
19 Latin Latinas
20 Lineale Lineares
21 Monoline
22 Modern Face
23 Oldface
24 Oldstyle
25 Outline Contornos
26 Sans Serif Sem serifas
27 Script Caligráficas
28 Shadow Com sombra
29 Stencil Letter Estampada
30 Titling Titulares
31 Transitional De transição
32 Venetian Veneziana

13
Imprensa Nacional Casa da Moeda 1978 [8]

1 Lineares
2 Rectiformes
3 Anguliformes
4 Curviformes
5 Decrescentes
6 Contrastados
7 Caligráficos
8 Góticos
9 Ornamentados
10 Híbridos

Bitstream 1986 [9]

1 Oldstyle Antigas
2 Transitional De transição
3 Modern Modernas
4 Clarendon Normando
5 Slabserif Serifas contrastadas
6 Latin Latinas
7 Freeform Manuscritas
8 Sanserif Sem serifas
9 Engravers Gravadas
10 Stencil Estampagem
11 Strike-On
12 Computer De computador
13 Decorated Ornamantadas
14 Script Caligráficas
15 Exotic Exóticas
16 Pi Símbolos

14
Lynotype 1988 [10]

1 Old Face Antigas


2 Transitional De transição
3 Modern Face Modernas
4 Slab Serif Serifas contrastadas
5 Sans Serif Sem serifas
6 Decorative & Display Decorativas e de monitor
7 Script & Brush Manuscritas
8 Blackletter Góticas
9 Non-Roman Não Romanas
10 Pi Símbolos

Adobe Systems 1991 [11]

1 Venetian Veneziana
2 Garalde Geraldo
3 Transitional De transição
4 Didone Didone
5 Slab Serif Serifas contrastadas
6 Sans Serif Sem serifas
7 Glyphic Lapidares
8 Script Caligráfica
9 Display Monitor
10 Blackletter Gótica
11 Symbol Símbolos
12 Non-Latin Não latinas

Microsoft 1991 [12]

1 Roman Fontes Romanas


2 Swiss Fontes Suiças
3 Modern Modernas
4 Script Caligráficas
5 Decorative Ornamentais

15
URW++ 1996 [13]

1 Roman Serif Romanas serifadas


a Old Style Antigas
b Transitional De transição
c Modern Style Modernas
d Heavy Serif Serifas contrastadas
e Glyphic Lapidares
f Round Circulares
g Roman Sans Romana sem serifas
2 Linear Serif Lineares serifadas
a Slab Serif Rectas
b Glyphic Obliquas
c Round Circulares
3 Linear Sans Lineares sem serifas
a Old Style Antigas
b Transitional De transição
c Modern Style Modernas
d Geometric Geometricas
e Round Circulares
f Blackletter Góticas
4 Script Caligráficas
a Old Style Antigas
b Modern Style Modernas
c Freeform Cursivas
d Linear Linear
e Display Monitor
5 Technical Técnicas
a Computer De computador
b Typewriter Dactilografado
c Stencil Estampado
d Traffic Comerciais
6 Non-Latin Não latinas
7 Symbols Símbolos

16
Pansoe Latin 1997 [14]

1 Text Texto
2 Decorative Decorativo
3 Handwritten Caligráfico
4 Symbols Símbolos

Miguel Sousa 2002 [15]

1 Tipos de Texto
2 Tipos Extra-texto
3 Tipos Manuscritos
4 Tipos Góticos
5 Tipos Fantasia ou Decorativos
6 Símbolos

Typeface Classification 2002 [16]

1 Round Typefaces Fontes circulares


a Venetian Veneziana
b Garalde Geraldo
c Transitional De transição
d Didone (Modern) Didone (Moderna)
e Slab Serif (Egyptian) Serifas contrastadas (Egípcias)
f Sans Serif (Grotesque) Sem Serifas (Grotescas)
g Decorative & Display Decorativas & Monitor
h Brush Manuais
I Script Caligráficas
2 Blackletter Góticas
a Textura Gótico angular cortado
b Rotunda Circular - Carolingia
c Schwabacher Circular com terminação em bico
d Fraktur Gótico de transição
e Fraktur variants Variantes do Gótico de transição

17
Adobe Systems 2003 [11]

1 Adobe Originals Originais da Adobe


2 Blackletter Góticas
3 Capitals Capitulares (Titulares)
4 Computer Related Relacionadas com informática
5 Cyrillic Cirílico
6 Decorative & Display Decorativas
7 Didone (Modern) Didone modernas
8 Expert Collection Fontes para especialistas
9 Garalde Oldstyle Geraldo antigas
10 Glyphic Lapidares
11 Greek Ggrega
12 Hand-tooled, Inline, Outline, Stencil Lineares e de contorno
13 Japanese Japonesa
14 Mathematical Simbolos matemáticos
15 Monospaced Monoespaçadas
16 OpenType Pro Caracteres não latinos
17 Opticals Características ópticas
18 Ornamentals Ornamento
19 Phonetic Caracteres para fonética (Leitura óptima)
20 Sans Serif Sem serifas
21 Script Manuscritas
22 Slab Serif Serifas contrastadas
23 Small Caps & Old Style Figures Capitulares de substituição
24 Swash Com extensões ornamentais
25 Symbol Símbolos

LinoType 2003 [10]

Technical Tipos Técnicos


Language Outros idiomas
Sans Serif Sem Serifas
Serif Serifadas
Symbol Símbolos
Text De texto
Decorative Decorativas
Blackletter Góticas
Slab Serif Serifas contrastadas

18
Couter Space 2003 [17]

Old Style Antigas


Transitional De transição
Slab Serif Serifas contrastadas
Modern Modernas
Sans Serif Sem serifas

[1] Francisco G. Cunha Leão


Da letra de mão à letra de forma - percursos da caligrafia nas artes e nas técnica

[2] Francis Thibedeau


1905 - O gravador francês Thibaudeau organiza os caracteres tipográficos em cinco e famílias: antigos,
egípcios, elzevires, didots e fantasias

[3] Maximilien Vox


(1894/1974) – De nacionalidade Francesa, dedicou-se à criação de tipos e ao estudo histórico da tipografia,
bem como à edição.

[4] ATypeI 1961


ATypI – Association Typographique Internationale, não é mais do que o fórum global e o parceiro para a
comunidade tipográfica e negócios associados.

[5] DIN 16518


Deutch International Norm 16518

[6] BS 2961
Abreviatura de British Standards Classification of Typefaces, que é, como o próprio nome indica, a
classificação tipográfica normalizada em Inglaterra. Este sistema de classificação de fontes foi desenvolvido
em 1967.

[7] Monotype
Monotype Corporation Ltd. foi uma companhia que se dedicou desde 1845 ao processo de composição
mecânica, portanto, com preocupações tipográficas desde então. Na sua história recente, destaca-se a
junção com a Agfa (Agfa Monotype), que disponibilizam centenas de fontes para profissionais (criativos) e
empresas um pouco por todo o mundo.

[8] Imprensa Nacional Casa da Moeda


A entidade que em Portugal mais se destacou na normalização e preocupação com regras tipográficas. A
INCM editou inclusivamente manuais de tipografia dstinados aos seus clientes.

[9] Bitstream
Fundada em 1981 Bitstream Inc. é uma empresa líder de mercado no desenvolvimento de tecnologia
tipográfica, fonts digitais e design tipográfico para uma grande variedade de mercados. Foi a primeira
“Fundição Tipografia” a dedicar-se exclusivamente ao digital.

[10] Lynotype
Uma marca com mais de 110 anos de história, que tem como marco histórico a invenção de Ottmar
Mergenthaler: A máquina de composição mecânica. A Lynotype desde 1997 pertence ao grupo Heidelberg
e é designada como Linotype Library.

[11] Adobe Systems


Fundada em 1982, a Adobe é hoje uma grande empresa de software. Para as suas aplicações, desenvolve
inúmeras fontes e aplicações tipográficas para programas como o Photoshop, In Design, Acrobat reader,
entre outros.

[12] Microsoft
A maior empresa de software do mundo, que desenvolve o sistema operativo Windows, entre outros
produtos, desenvolve inúmeras fontes tipográficas para as suas aplicações e softwares.

19
[13] URW++
Esta empresa (URW++) estabeleceu-se e cresceu no ramo do design gráfico através de um contínuo
desenvolvimento no marketing e na inovação, apostando em produtos como as fontes tipográficas e
softwares.

[14] Pansoe Latin


Esta classificação apresentada, não faz qualquer alusão aos seus autores.

[15] Miguel Sousa


Licenciado em Tecnologia e Artes Gráficas pelo Instituto Politécnico de Tomar, dedicou a sua tese de
licenciatura ao estudo tipográfico que realizou em Estugarda, Alemanha, na Fachhochschule Stuttgart .
Hochschule der Medien.

[16] Typeface Classification


Classificação tipográfica realizada por K. Woodward, disponível no site Redsun.com

[17] Couter Space


Classificação tipográfica retirada do site counterspace didicado à classificação, nomenclatura e terminologia
tipográfica, produzido, entre outros, por Brett Yancy Collins, Ed Stull e Mark Snyder.

20
n Classificação Estilística
Sintetização

Procedendo a uma junção de todas as classificações, obtemos uma listagem geral, a


qual importa mostrar.

Anguliforme Ggrego Ornamental


Antigo Gótico Para fonética (Leitura
Barroco Antigo Gótico Caligráfico óptima)
Caligráfico Gótico angular cortado Rectiforme
Capitular Gótico de transição Relacionado com informática
Capitular de substituição Grotesco Romano antigo
Carolíngio Híbrido Romano moderno
Cirílico Humanista Romano sem serifas
Clássico Antigo Incisivo Romano serifado
Com extensões ornamentais Itálico Romano transição
Com sombra Japonês Sem serifa Linear - Antiga
Comercial Lapidar Sem serifas
Contorno Latino Sem Serifas (Grotescas)
Contrastado Linear Serifada Linear – Antiga
Cuneiforme Linear geométrico Serifadas
Cursiva Linear grotesco Serifas contrastadas
Cursiva Antiga Linear humanista Serifas contrastadas
Dactilografado Linear neo-grotesco (Egípcias)
De computador Linear sem serifas Símbolos
De Texto Manuscrito Simbolos matemáticos
Decorativo Manuscrito gravada Suíças
Decrescente Mecânico Técnicos
Didone Moderno Tipografia mecânica
Egípcio Monitor Titulares
Egípcio ou Serifa Grossa Monoespaçado Variantes do Gótico de
Estampagem Não latino transição
Exótico Não Latino Caligráfico Veneziana
Extra-texto Não Romano Veneziana Renascentista-
Fantasia ou Decorativo Negro Antigo
Francês Renascentista- Normando
Antigo Obliquo
Geométrico sem serifas Óptimas características
Geraldo ópticas

21
n Classificação Estilística
Ordenação cronológica

Depois de efectuada uma primeira sintetização, pois importava retirar alguns grupos
que detinham o mesmo significado, importa agora ordenar cronologicamente os
grupos de famílias tipográficas encontradas e iniciar um processo de simplificação.

Serifadas
Sem serifas
Antigo
Gótico
Romano
Humanista
Veneziana
Geraldo
De transição
Grotesco
Didone
Egípcio
Caligráfico
Cursiva
Fantasia ou Decorativo
Símbolos
Técnicos
Comercial
Dactilografado
De computador
Estampagem
Monoespaçado
Óptimas características ópticas
Para fonética (Leitura óptima)
Não latinos
Árabe
Cirílico
Ggrego
Asiático
______________

[•] Grupo
[•] Subgrupo

22
n Classificação Estilística
Simplificação

Visto algumas classes serem redundantes, procedeu-se à redução do número de


grupos de famílias e procedeu-se à separação de dois termos ou grupos que não se
enquadram na totalidade da classificação: Serfadas e Sem serifas.

[A]
Serifadas
Sem serifas

[B]
Gótico
Humanista
Geraldo
De transição
Didone
Egípcio
Caligráfico
Fantasia ou Decorativo
Símbolos
Técnicos
Não latinos
______________

[•] Grupo
[•] Subgrupo

23
n Classificação Estilística
Classificação Proposta

O estudo estilístico, isto é, o estudo do desenho dos caracteres de cada família,


permite classificar segundo, pelo menos, dois critérios essenciais.

O primeiro, mais geral e abstracto, consiste em ordenar as famílias tipográficas em


dois grandes grupos:

1 Tipos com serifa [1]


2 Tipos sem serifa

O segundo critério, que se fundamenta no exame dos elementos estruturais de cada


família dentro do contexto histórico em que elas foram surgindo, os seus autores e o
seu design. A esta classificação tipográfica que permite identificar a sua origem,
denomina-se Classificação Estilística ou Tipologia (classificação dos caracteres por
família).

1 Clássico [2]
2 Moderno [3]
3 Caligráfico [4]
4 Fantasia ou Decorativo [5]
5 Símbolos [6]
6 Técnicos [7]
7 Não latinos [8]

24
[1] Serifa
Também designada por apoio ou patilha. Pequenos segmentos de recta, ângulos, ou terminações curvas
externas que rematam ou ornamentam as hastes de alguns tipos de letra por intermédio de um enlace.
Podem ser classificadas da seguinte forma:
___________________________________
Rectiformes: Em forma de cunha

___________________________________
Mistiformes: Combinado de linhas curvas e rectas

___________________________________
Filiformes: Extremamente finas como um fio

___________________________________
Quadrangulares: Grossas e direitas (Egípcias)

___________________________________
Sem Serifas: Tipos com terminações lineares

[2] Clássico
Se nos debruçarmos sobre o significado da palavra clássico, esta traduz uma ideia de algo que pertence ou
diz respeito à antiguidade grega ou romana. Em Portugal, as primeiras manifestações do classicismo surgem
no séc. XVI e vão até ao séc. XVIII.
[…] o Classicismo […] define-se por um ideal de clareza, de sobriedade, de nobreza, de calmo equilíbrio, de harmonioso
acabamento […] In Dic. Lit. J. Prado Coelho.
Aponta-se genericamente a data de 1453 para o início da impressão tipográfica por Gutenberg, com a
Bíblia de 42 linhas, tendo sido considerada como o primeiro livro impresso em caracteres móveis na Europa,
usando caracteres tipográficos que imitavam a escrita manual, denominados de Góticos.

Portanto, considera-se que todas as famílias tipográficas chamadas antigas podem estar contidas neste
grupo – Fontes Clássicas – incluindo os tipos Góticos.

25
_________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo Gótico

Subgrupo Gótico, ao qual pertencem os primeiros caracteres tipográficos usados em obras impressas e que
imitavam a escrita manual. Define-se pelos seus traços angulosos, predominantemente verticais e
carregados, que lhe valeram também a denominação de letras negras (Blackletter) na França e Inglaterra.

___________________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo Humanista

Subgrupo Humanista (abrange as primeiras famílias do estilo romano antigo), de contraste pouco
acentuado entre os elementos e serifas inclinadas.
Como exemplos de fontes: Jenson, Manúcio, Bembo, Elzevir, Caslon, Garamond, etc.

________________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo Geraldo

Geraldo ou garaldino (esta denominação provavelmente deriva de Garamond e Aldino), são catacteres que
apresentam pouco contraste entre os traços finos e grossos, além de serifas angulosas e finas.

_____________________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo De Transição

Subgrupo de transição - corresponde às famílias do estilo romano de transição – são fontes tipográficas com
contraste médio entre traços finos e grossos e serifas angulosas em forma de cunha.
São exemplo as famílias criadas por Baskerville, Grandjean e Fournier.

26
________________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo Didone

Subgrupo Didone (abrange as famílias do estilo romano moderno, como Bodoni e Didot), com um contraste
notável entre traços finos e grossos e serifas retas, horizontais e verticais, nunca inclinadas.

________________________________
Classificação Estilística
Grupo Clássico | Subgrupo Egípcio

Egípcio engloba as famílias de desenho semelhante ao do tronco anterior, porém arrematadas com serifas
quadradas, da mesma espessura dos demais traços. Memphis, Karnak, Stymie e Clarendon são exemplos
dessas famílias;

[3] Moderno
_____________________
Classificação Estilística
Grupo Moderno

Esta classificação engloba tipos de texto, isto é, para serem aplicados em texto pois permitem legibilidade
de leitura. Portanto no grupo Moderno, surgem as famílias tipográficas posteriores ao grupo Clássico e até
aos nossos dias, na sua grande maioria sem serifas.

27
[4] Caligráfico
_____________________
Classificação Estilística
Grupo Caligráfico

Egípcio engloba as famílias de desenho semelhante ao do tronco anterior, porém arrematadas com serifas
o tronco caligráfico manuscrito reúne famílias de traçado inspirado na escrita manual. São amostras
significativas as famílias Coronet, Piranesi, Original script, entre muitas outras.

[5] Fantasia ou Decorativo


_____________________
Classificação Estilística
Grupo Fantasia ou Decorativo

Do grupo fantasia ou decorativo, fazem parte as famílias tipográficas não contidas nos grupos anteriores. As
fontes deste grupo possuem um estilo alegórico, expressivo, extravagante e normalmente são bastante
redutores na sua aplicação prática. Usados muitas vezes para títulos de paginações específicas e logótipos.

[6] Símbolos
_____________________
Classificação Estilística
Grupo Símbolos

Podemos classificar os símbolos como famílias de fontes em que não é possível escrever qualquer texto, ou
seja, neste tipo de fontes cada letra é substituída por um pictograma ou símbolo.

28
[7] Técnicos
_____________________
Classificação Estilística
Grupo Técnicos

Na classificação estilística Grupo Técnicos, são incluídas as famílias tipográficas destinadas a aplicações
técnicas e industriais, como por exemplo caracteres para leitura óptica, fontes monoespaçadas para leitura
em monitor com óptimas características ópticas, caracteres estudados para fonética que possuem uma
leitura óptima, entre outros exemplos.

[8] Não latinos


________________________________
Classificação Estilística
Grupo Não Latinos

No Grupo Não latinos, estão incluídas as famílias de caracteres de linguagens como o Árabe, Círilico, Grego,
linguagens Asiáticas, entre outros.

[ Árabe ]
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

01234567890:;,.*+-=%[]()!?”#& $£

[ Cirílica ]

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
01234567890:;,.*+-=%[]()!?”#& $£

[ Asiática ]

電話 領事関係等管轄州 連邦区、領事班 広報
ファックス ゴヤス州、トカンチンス州
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29
n Outras Classificações
Classificação dos caracteres quanto à forma

Uma outra forma de classificar as letras, independentemente da família a que possam


pertencer, é quanto à sua forma, ou variações plásticas.

[1] Inclinação

Quanto à inclinação podemos distinguir entre:


- Normais, sem inclinação, denominadas redondas ou romanas;
- Inclinadas (normalmente para a direita), chamadas de Itálicas ou Grifos (embora inicialmente as letras
itálicas, criadas por Aldo Manúzio, fossem um tipo de letra específico, e só mais tarde esta designação se
alargou a todo o tipo de letras inclinadas).

[2] Largura

A largura de uma letra diz respeito à sua “distorção” na horizontal. Assim, uma letra é:
- Condensada se a sua largura for dinuida;
- Expandida se a sua largura for aumentada.
Qualquer destas alterações em relação ao formato original, faz com que se perca ligibilidade.

[3] Modulação

A modulação está directamente relacionada com o contraste [4], é a tensão vertical ou oblíqua de alguns
tipos de letra, determinada por um eixo perpendicular às linhas mais estreitas dos traços da letra.

30
[4] Tonalidade ou Contraste

A tonalidade ou contraste refere-se à espessura das astes e a sua relação com os brancos internos das letras.
As letras podem ser: Muito finas, Finas, Normais, Meio Negras, Negras, e em alguns casos Muito negras.
(em Portugal, as letras Negras são também denominadas de Negrito)
Designação Anglo-saxónica: Extra-light. Light, Regular, Medium, Bold ou Black e Extra Bold.

[5] Uso ortográfico

Quanto ao uso ortográfico, podemos distinguir entre:


Maiúsculas (Caixa alta): Têm maior ênfase e menor legibilidade, sendo usadas para destacar certas palavras;
Minúsculas (Caixa baixa): Maior grau de legibilidade, embora com menor impacto.

[4] Classificação por séries

Este tipo de classificação refere-se ao tamanho, ou corpo das letras dentro de um mesmo tipo ou estilo. A
medição é normalmente feita na medida tipográfica – o ponto – e segue a ordem:
6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 24, 28, 36, 48, 60 e 72 pontos.
Todos estes tamanhos constituiriam uma série de um determinado tipo de letra, de uma determinada
tonalidade, inclinação e largura.

31
n Considerações finais
Dada a terminologia técnica associada à Tipografia ser extremamente vasta, importa
clarificar um ponto considerado importante para este estudo.
Na linguagem diária, mesmo em contextos técnicos como seja a industria gráfica ou
os ateliers de design, confundem-se os conceitos Tipo de letra e Fonte. Na óptica
deste estudo, considera-se:

[1] Tipo de letra

Termo usado para descrever um conjunto de fontes da mesma família. Um Tipo de letra é o conjunto
unificado de caracteres, cujos desenhos e traçados partilham as mesmas características, exibindo
propriedades visuais semelhantes e consistentes.
(Exemplo: Tipo de letra Times)

[2] Fonte

Termo usado para designar uma variante de um Tipo de letra, ou um ficheiro informático contendo essa
variante.
Conjunto de caracteres com um determinado estilo, espessura, largura e inclinação.
(Exemplo: Fonte Times Normal)

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