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CURITIBA
2010
INTRODUÇÃO
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- o bom andamento do projeto que está sendo desenvolvido,
- as pessoas que têm ouvido e conhecido o nome de Jesus,
- as igrejas que prosperam no campo missionário,
- as vidas que tem sido restauradas,
- os milagres que Deus tem operado através da pregação do evangelho.
Estes fatos geralmente não aparecem ou são pouco divulgados, por isto, o enfoque
principal deste texto é mostrar a necessidade do “marketing” ministerial, para que o assunto se
torne mais comum e haja um maior envolvimento dentro da igreja local.
Segundo JOHNSTONE (2003, pg. 2), hoje existem no mundo aproximadamente quase
seis bilhões de habitantes, e fazendo referência a outras religiões, pode-se estimar que:
- A população sem religião está estimada em 938 milhões em todo o mundo.
- A população Hinduísta está estimada em quase 820 milhões de pessoas.
- Nas religiões chinesas a estimativa é de 383 milhões de adeptos em todo o mundo.
- Os Budistas no Mundo são estimados em torno de 400 milhões de pessoas.
- O Islamismo, é a religião que mais cresce atualmente no mundo. Segundo o último
censo Mundial realizado pela ONU, mais de um quarto da população Mundial, é Muçulmana.
(ISLAM, 1992)
Quase um bilhão e quinhentos milhões dos habitantes da terra são muçulmanos, então
podemos dizer que 25% da população mundial é Muçulmana.
Porque o islamismo é a religião que mais cresce?
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Cinco vezes ao dia, os olhos ultrapassam o concreto de ruas irregulares,
carentes de esgoto e de cidadania, e buscam Meca, no outro lado do mundo. Para
homens como Honerê, Malik e Sharif, é o mais perto que conseguiram chegar de si
mesmos. Eles já foram Carlos, Paulo e Ridson. Converteram-se ao islã e
forjaram uma nova identidade. Quando buscam o coração islâmico do mundo com
a mente, acreditam que o Alcorão é a resposta para o que definem como um projeto
de extermínio da juventude afro-brasileira: nas mãos da polícia, na guerra do
tráfico, na falta de acesso à educação e à saúde. Homens como eles têm divulgado
o islã nas periferias do país, especialmente em São Paulo, como instrumento de
transformação política. E preparam-se para levar a mensagem do profeta
Maomé aos presos nas cadeias. Ao cravar a bandeira do islã no alto da laje,
vislumbram um estado muçulmano no horizonte do Brasil. E, ao explicar sua
escolha, repetem uma frase com o queixo contraído e o orgulho no olhar: “Um
muçulmano só baixa a cabeça para Alá – e para mais ninguém”. (ISLAMISMO,
2009)
Para entendermos mais sobre o Islamismo, podemos verificar que ele está baseado em
cinco pilares, que são (CRESCIMENTO, 2009):
1 - O Testemunho: O testemunho é a proclamação de fé, é a chave que faz com que o
ser humano ingresse no Islã.
2- A Oração: A oração é a primeira das adorações instituídas por Deus no Islã.
3- O Jejum no Mês de Ramadan: O Jejum no mês de Ramadan se tornou
obrigatório, em 624, segundo ano da Hégira (Episódio que marca o início do Islamismo).
4 - O Pagamento do Zakat: Que é um imposto anual de 2,5% do lucro pessoal, como
forma de purificação e ajuda aos pobres.
5 - A Peregrinação a Meca - (a cidade do profeta): "... A peregrinação a Casa é um
dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de
empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescindir de toda a
humanidade." (ALCORÃO 3.97)
Percebe-se que quando a pessoa se converte ao Islamismo, ela tem plena fé no seu
chamado e passa a viver aquilo que prega, tendo muito zelo naquilo que a sua fé professa.
Este pode ser um dos principais pontos para o crescimento desta religião.
Segundo dados do IBGE, até 2010 o Brasil terá 55 milhões de evangélicos, podendo
chegar a 50% da população em 2022. Qual é o preparo que a igreja evangélica brasileira tem
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para este crescimento? Qual a consciência missionária para a pregação do evangelho a todos
os povos para abreviarmos a volta de Jesus, como Ele mesmo nos predisse em Mateus 24:14:
“E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim”.
Todos estes dados citados acima são pouco ou nunca divulgados dentro do contexto
eclesiástico, por isto, muitas vezes, as pessoas acreditam ser desnecessário o seu
envolvimento e o investimento em missões.
Pode-se fazer referência a uma falta de envolvimento da igreja e o descrédito em
missões, a demora em se conhecer os frutos do trabalho, pois a evangelização em uma região
geralmente necessita de grande desprendimento de tempo, ás vezes para o conhecimento da
língua para o início do trabalho e também a dificuldade em pregar o evangelho pela distância,
falta de recursos e também pela perseguição às pessoas que se dispõe a esta tarefa.
Estes problemas não são encontrados somente no ambiente transcultural como também
são reconhecidos em missões locais aqui no Brasil, muitas vezes pela religiosidade da região.
O que faz a diferença, é que dentro do trabalho missionário, quando realmente existe
uma conversão genuína, amigos, vizinhos e parentes notam a transformação na vida desta
pessoa e também começam a seguir esta “nova fé”, por isto é necessário sempre ter uma
retaguarda forte e segura daqueles que os enviam.
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Mas não somente estes versículos, na Bíblia existem diversas passagens que podem
ser entendidas dentro desta perspectiva missionária, trazendo para hoje este entendimento de
que é uma lei de Deus e que os cristãos devem obedecer. São destacados abaixo, homens que
obedeceram ao chamado de Deus, se dispondo a ir e romper barreiras geográficas, sociais,
culturais e religiosas:
Abraão:
ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela
e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Gn 12.1
Moisés:
Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo
(os filhos de Israel) do Egito. Ex 3:10
Jonas:
Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque
a sua malícia subiu até à minha presença. Jonas 1.2
Jeremias:
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da
madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Jr 1.5
Paulo:
Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso
escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos
filhos de Israel. Atos 9.15
O próprio Jesus, deixou sua glória para vir nos anunciar que é chegado o reino de
Deus e nos deixa o confirmação de nosso chamado à missões no evento de sua ascensão: “...
e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra”. At 1.8
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Um complemento ao nosso chamado vem da exortação de Paulo, em sua carta aos
romanos, no capitulo 10 versos 13 ao 15:
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão naquele de quem não ouviram?
E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados?
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O Interessado em missões, comumente tem que andar sozinho, buscando o
conhecimento, só para depois, muito depois, ter algum apoio para seguir em frente, mas esta
responsabilidade é de todos, e o que deve ser esclarecido, é que, missão é pura e
simplesmente a nossa missão de levar as boas novas de salvação. Não existe a necessidade de
fazer uma diferenciação entre a missão que é nosso dever e o trabalhar em missões como
ministério integral. O diferencial que pode existir, é o de trabalhar em unidade, um ajudando o
outro, independente de placa denominacional.
Quem já trabalha na área de missões, tem que ter a consciência que também é um
dever ajudar na divulgação de outros ministérios, pois se alguém deseja apoiar outro trabalho
em outro local, cria-se uma ponte para isto. Quando é feita esta divulgação de missionária,
esta ponte pode fazer a diferença na vida de quem está à frente na batalha:
Como diz o dito popular “A propaganda é a alma do negócio”, não querendo tratar o
assunto como um negócio, mas usando este chavão para mostrar que “aquilo que não é visto,
não é lembrado”.
Segundo PETERS(2000):
"Missões é o envio de pessoas autorizadas além das fronteiras da igreja...
para proclamar o evangelho de Jesus Cristo em áreas desprovidas dele, visando
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ganhar convertidos... estabelecer igrejas locais que se multiplicarão noutras igrejas
locais”.
O mesmo autor escreve: “O mundo está muito mais preparado para receber o
Evangelho do que os cristãos para propagá-lo”.
Neste trabalho, define-se missão como o ato da pregação do evangelho para a salvação
de vidas e a conversão das pessoas dos seus caminhos errados, segundo os padrões bíblicos,
em uma cidade ou região que não é a sua, onde existam igrejas ou não, ou onde sejam
necessárias a ajuda financeira, material ou pessoal.
Dentro da compreensão do Evangelho como portador e transformador de vida,
libertação e salvação, o conceito de missão neste texto, é o dever de todos como cristãos, levar
as boas novas de que é chegado o reino de Deus.
Durante a história do cristianismo muitos dedicaram sua vida à pregação do
evangelho, como na igreja primitiva, onde todos vendiam o que tinham para dividir com os
irmãos. Hoje, esta forma de preocupação mútua poderia existir, tendo esta mesma fé no breve
retorno de Jesus.
Os irmãos Morávios tiveram o entendimento de qual é a verdadeira missão da igreja,
eles enviaram mais missionários em 20 anos do que em 200 anos de protestantismo. O texto
abaixo, mostra de que forma pode existir um grande envolvimento dentro da igreja:
Sabe-se que entre 1730 e 1750, os moravios enviaram mais missionários que
todos os protestantes e anglicanos haviam feito conjuntamente nos dois séculos
anteriores.
Eram pessoas humildes e com pouca instrução, mas disponíveis nas mãos de
Deus e dispostos a ouvir o clamor do mundo.
Nos primeiros 150 anos de seus esforços a comunidade morávia enviou nada
menos que 2158 dos seus membros para o estrangeiro.
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Em Herrnhut dormia-se das 23 às 4 horas. Ás 5 horas havia uma bênção
matinal, em que se cantava, orava e lia pequenos textos da bíblia.
Em 27 de agosto de 1727, vinte e quatro irmãos e vinte e quatro irmãs
iniciaram um círculo de oração contínua, no qual revezavam-se, de hora em hora,
durante as vinte e quatro horas do dia. Esta corrente de oração não foi interrompida
nenhuma vez, por mais de cem anos. A partir daí, podemos vislumbrar o porque do
engajamento missionário morávio. (FLUCK, 2009).
a) Por que não existe ou é pouco divulgado assunto de missões em minha igreja?
Esta é a primeira pesquisa que devemos fazer. Se já existe algum trabalho sendo
executado, e de que forma eu poderei ajudar para que haja este trabalho de divulgação. Muitas
vezes o trabalho já existe, mas como não é divulgado, poucas pessoas se envolvem.
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d) Qual será o alcance de nossa igreja nos próximos anos?
Em conversa com o pastor ou com a direção de missões, podem-se visualizar os
próximos 10 ou 20 anos para poder definir uma boa estratégia, tanto de investimento
financeiro como o alcance que se quer ter.
Em primeiro lugar, para se estabelecer alguns alvos, deve-se buscar a Deus em oração
para que se tenha as estratégias e as metas certas para a igreja local. Em segundo lugar, pensar
na organização de uma secretaria de missões com pessoas que estejam dispostas a trabalhar
em conjunto com todo o ministério, pois se faz necessário uma integração total com a igreja.
Outro fato indispensável é orar a Deus pedindo outros alvos como:
- Nações para intercessão.
- Alvos financeiros.
- Onde as finanças arrecadadas serão investidas.
- Fazer periodicamente relatórios aos membros, demonstrando o trabalho que está
sendo feito, onde está sendo investido o dinheiro arrecadado.
CONCLUSÃO
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missionário, bem como esta pessoa vive o cristianismo, não tendo a pregação do evangelho
como uma oportunidade de melhorar de vida ou de obter sustento financeiro.
Caso o missionário seja enviado, quem envia deve ter esta preocupação com o sustento
tendo sempre o cuidado para não usar a boa fé das pessoas para que não haja mais descréditos
e ocasione a falta de investimento das pessoas, que muitas vezes não conseguem mais
encontrar seriedade em missões. Isto, em conseqüência gera uma propaganda negativa,
contraria a idéia apresentada neste texto.
A divulgação missionária evidencia o trabalho que já é realizado e oferece maior
credibilidade, e esta deve ser hoje uma preocupação de lideranças e pessoas que trabalham na
área de missões, para que as necessidades e o conhecimento e adquiridos em campo sejam
compartilhados com toda a igreja, e assim, possamos aumentar o número de guerreiros nesta
grande batalha.
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BIBLIOGRAFIA
CARRIKER, C. Timoteo, Missões na Bíblia – Princípios Gerais, Edições Vida Nova, 1992
TUCKER, Ruth A., “... Até os confins da terra” – Uma história biográfica das missões cristãs,
Editora Vida Nova, 1996
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SEPAL, Censo IBGE 2000 - Projeção ABS Vida para 2007, 2006, Disponível em
<http://www.sepal.org.br>, Acesso em 15/10/2009
ULTIMATO, Minas Gerais: Janeiro e Fevereiro, edição 322, 2010, Disponível em:
<http://www.ultimato.com.br/?
pg=show_artigos&artigo=2561&secMestre=2566&sec=2592&num_edicao=322&palavra=nos
%20causarem%20aperto%20ou%20embara%E7o>. Acesso em: 25 de maio 2010.
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