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capitulo 4 Mensuragao de Energia, Trabalho e Poténcia Ergometcia Eseira Rolame Biciclea Estactoneiria Ergémetro de Natagdio Outros Dispositivos Energia, Trabalho e Poténcia Energia Trabalho Poveéncia Mensuragio Direta de Produgio de Calor Mensuracio Indireta de Energia: Consumo de Oxigénio Equivaléncia Caldriea do Oxigénio: Relacao da Permuta Respiratoria Ry Carboidrate Gordura Proteina Outros Fatores que Afetam R Mensuracao do Custo Energético do Exere Custo Exclusivo em Oxigénio do Exercicio Anaersbico Custo Exclusivo em Oxigenio do Exercicio Acrobioo, Conceito de EM Computagio da Erie Mensuragio da Efieigneia na Biciclets Exgométrica Mensuracio da Eieiéneia na Esteira Rolamte Métodos Modificados para Refletir 0 Custo Energético Mensuragio do Custo Energético para a Corrida de 100 Metros Rasos Mensuragao do Custo Energético pi Metros Rasos Mensuragio do Custo Energético Utiizando a Telemetria Consideracoes Acessorias na Mensuragao do Dispéndio Energies ‘Tamanho Corporal ¢ Custo Energetico Valores Médios para Enetgia e Trabalho Resume 4 Corti de 400 Eis os principais conceitos a serem aprendidos neste cay tulo: Energia, trabalho © poténeia estdo relacionados fu cionalmente, pois energia é a capacidade de realiz trabalho, ¢ poténcia ¢ o trabalho por unidade de tem- po. # A mensuragdo direta da ene: envolve a medigio ta a medigao do consu- da produgio de calor, enquanto a mensuragao indi da energia no ser humano impli mo de oxigénio ica (calérica) do oxigénio consu- ido depende do nutriente oxidado pelo sistema aeré- bieo. A mensuragéo do custo energético (em oxigénio) do exercicio anaerdbico envolve a medigio do consumo de oxigénio em repouso, durante 0 exercicio e a tecu- peracéo (débito de oxigénio), ao passo que para 0 exercicio acrObico basta medir 0 consumo de oxigénio em repouso ¢ durante o exercicio. @ A frequgneia cardiaca, que pode ser medida por radio telemetria durante a realizacdo real de varias ativide des esportivas, pode ser utilizada para calcular 0 custo cenergético dessas atividades. Um dos meios mais vilidos de determinar a capacidade de uma pessoa em realizar exercicios fisicos eonsiste em medir a quantidade e 0 ritmo maximo de energia que ess Pessoa consegue despender. Isso pode ser feito indirets mente determinando-se a capaecicadle méxima de consumit oxigénio durante a realizacdo de um exercicio maximo, Em geral, 0 exereicio € realizado utilizando uma bieielet ergométrica ou uma esieira rolante, 0 que permite varsr a earga de trabalho de moderada a exaustiva (maxima) io consumido pelo individuo du RUE MoD qu na de po sol sr vs ante 0 trabalho maximo (em geral enunciada em litros*) podeser transformada em unidades de energia, como qui ‘alorias(keal) ou quilojoules (kJ); em unidades de trabalho, tipo quilogramas-metros (kg-m) ou pé-libras (em inglés, Joot-pounds— f-lb);¢ em unidades de poténcia, tipo kg-m! nn, péibras por minuto ou watts. A compreensio do que vem a ser dispéndio energé: tico, de como ¢ medido e de como se relaciona com o ttabalho e a poténcia torna-nos muito mais conhecedores de nosso assunto, quer se trate de educacao fisica ou de Adesportos, pois, como aprendemos nos dois tiltimos eapitu- los, énenerpia &amaneira como é despendida e restaurada que resulta em movimento humano continuo. Ergometria Para estudar a energética da atividade fisica, so neces: sitios dispositivos apropriados de mensuragio que sejam canfidves e validos. Esses dispositives so denominados exgomettos (ergo = traballio, metro = medida). A fidedig- nidade € extremamente importante porque, se desejamos reproduzir a condi¢do de um trabalho, poderemos fazé-lo comum alto grau de confianga. Assim Sendo, se a resposta fsioldgica for diferente em uma segunda condigao do teste, podetemos atribuir essa diferenca a algo diferente do pré- prio eradmetro. Por exemplo, se a freqiiéncia cardiaca € mais baixa para determinada carga de trabalho, apds um programma de treinamento de 10 semanas, nesse caso poderemos dizer com certeza que © programa de treina. zento exerceu um efeito sobre o sistema cardiovascular do individu. O fisiologista do exercicio dispoe de varios tios de ergmetros. Esteira rolante. As esteiras rolantes acionadas por mo- tor consisiem em uma superficie deslizante, semelhante uma correia de transporte, com um meio de controlar tanto a velocidade quanto a elevagéo para a corrida ascen- dente. Alguas modelos podem ser adaptados de form a simular uma corrida deseendente Biicletaestacionsria. As bicicletas estacionairias cons- “em um mieio de proporcionar resisténcia contra a peda. ligem, Essa resisténcia pode ser oferecida através de uma sobrecarga mecénica (pesos de sobrecarga na diregio de sma plataforma ou aumentando a tensio sobre uma cor- 'sia) de um péndulo volante e pela alteragiio da resisténcia éléica, Deve-se ter cuidado ao calibrat a bicicleta,"*”” Ergémetro de natagao. Dispositivos de natagio blo queados foram elaborados para proporcionar um meio de fsisténcia na natagio, para que 0 nadador possa perma seer em um gnico Tocal na piscina. Um desses aparelhios consiste em prender um cinto ou uma couraga em um radador. O cinto € preso em um cabo que passa através dé uma roldana atris do nadador. A seguir, o cabo passa por sobre um segunda roldana até uma plataforma de ‘obrecarga. Com a finalidade de manter sua posigéo na MENSURACAO DE ENERGIA, TRABALHO E POTENCIA 48 gua, o nadador deverd movimentar as pernas e/ou os bragos para manter a plataforma da sobrecarga em det nado ponto,* Heusner moditicou 0 dispositive de forma poder obter gradagées muito delicadas na carga de traba- tho." Outros dispositivos. Os dispositivos aqui mencionados séo aqueles disponiveis mais comumente. Existem varios outros tipos, incluindo ergometros para remo, esteiras ro- antes para escadarias ¢ canais para natagio (um tangue de digua no qual pode ser gerada uma corrente de gua). Energia, trabalho e poténcia A fim de avaliar plenamente a totalidade de nosso assunto, © custo energético do desempenho, temos que conhecet © significado € as relagdes entre (1) energia, (2) trabalho, © (3) poténeia. Energia Com demasiada freqtiéneia ouvimos as expresses “Ni me sobrou nenhuma energia’”, ou “Esti explodindo de tanta energia.” Essas frases populares contém um certo sentido, porém esto longe de definir o que vem a ser cenergia. Em verdade, nunea ninguém viu a energia nem conscguiu manipuli-la. No entanto, todos sentiram seus efeitos, Por exemplo, uma queda ou o fato de ser bloquea- do por um objeto produzem dor. Em outras palavras, enet Bia ¢ seus efeitos nos cercam por todos os lados — 0 auto- mével em movimento, o sol e as criangas e atletas em ‘um campo de jogo constituem todos ilustragies de ener Energia pode ser definida como a capacidude de realizar trabatho Em geral so conhecidas seis formas de energia: meet. nica, térmica, luminosa, quimica, elétrica e nuclear. Cada uma delas pode ser transformada de uma forma para outra A pessoa que se exercita esti convertendo energia quimica (alimento) em energia mecdnica — para qualquer movi mento humano, quer se trate de um sorriso ou de um jogo de futebol, a energia (ATP) necessiria para realizé-lo provém do alimento. Nossos corpos tambem transformam energia quimica em energia elétrica: por exemplo, o esti- mulo para contrair um muisculo & e diograma constitui, em verdade, um registro gréfico da atividade elétrica do mifseulo cardiaco, assim como o ele tromiograma representa 0 tracado dos impulsos elétricos que atravessam o muisculo esquelético. A fonte de energia em uma reacio quimica, que cons- titui nossa preocupagao priméria, provém quer da desinte grago quer da ressintese de uma molécula. Independen- temente do que possa ocorrer, estar sempre implicada a mesma quantidade de energia (calor) nas reagdes. Por exemplo, se a r re hidropénio e oxigénio produz gua ¢ 68,4 kea o necessrias exatamente 68,4 kcal para desintegrar a molécula de sigua ¢ formar novamente hidrogénio e oxigénio. Essa é “a primeira lei da termodi- rrimica”e serd discutida subseqientemente com mais deta- Ihes, ico. O eletrocar- 46 DASES FISIOLOGICAS DA EDUCACAO Trabalho © fisico define © trabalho num sentido restrito, isto ¢, trabalho é a aplicagao de uma forga através de uma distin- cia. Por exemplo, ao se levantar verticalmente por L metro G3 pés) um livro cujo peso & de 1 quilograma (2,2 libras) © trabalho realizado serd de 1 quilograma-metro (kg-m) ‘ou 7,3 pésclibras (ftelb). Um kg-m pode scr definido como ‘trabalho realizado quando uma forga constante de 1 qui- lograma ¢ exercida sobre um corpo que se movimenta por uma distancia de 1 metro, na mesma dirego da forga. 0 trabalho pode ser enunciado na seguinte f6rmula: T=FxD ‘Onde trabalho forca (convém relembrar que a forea deve ser cons- tanie) D = distdncia através da qual a forga é movimentada (distineia é © comprimento do trajeto através do {qual o corpo se desloca na mesma diregao da forga enquanto essa estiver agindo sobre 0 corpo) Outro exemplo de trabalho poderia consistir em realizar tum levantamento. Se a pessoa pesa 70 kg ¢ se a barra a ser levantada estiver a 0,75 metro acima do seu qucixo, ‘aquantidade de trabalho realizado durante o levantamento sera t=FxD T= 2 kg x 0,75 m T = 52,5 kgm ‘Trabalho pode ser enunciado em termos diferentes © Quadro 4.1 contém imimeras unidades de trabalho © de energia que nos permitem converté-las umas em outras, dependendo de como desejamos enunciar nossa mensu- ragio final Quanios péslibras de trabalho realizou a pessoa que fez 0 levantamento?* Poténcia Poténcia é utilizada para enunciar o trabalho empreendido em uma unidade de tempo. Pode ser assit eabalhs., Poténcia = “Tempo ou Poténeia FRsponas 1 Rpm = 725 plies (Quadko 4.1; portant, 52.5 kgm = 3796 peste ICA E DOS DESPORTOS Quadro 4.1 Unidades de energa ede trabalho pelos = 03825 kg metro 1 fe -metto 23 pés-libras: ikea Sing peslibras = 426.8 kp-mettos Kel 4 TRSS uilojoues iw Topo ute 0) = 023802 eat Cm qutlgramariew état através da qual 1 qugsuma (2.2 Wa ad por te 3.8 pS No exemplo previamente mencionado, se 0 livro cujo peso Ede 1 kg pode set levantado por 1 metro em 1 segundo, 4 poténcia seria enunciada como 1 kg-m por segundo, Pela mesma razao, s¢ 0 levantamento fosse realizado em 0.5 segundo, a poténcia produzida seria: 0 Quadro 4.2 comté tencia. Para nds é importante compreender, com base na dis: cussio supra, tanto o sentido de energia, de trabalho © de poténcia quanto que as seis formas de energia podem ser transformadas umas nas outras. A importincia desses conceitos pode ser demonstrada ao se descrever: (1) como ‘ trabalho feito por uma pessoa pode ser medido direts- mente através da quantidade de calor que 0 corpo perde 40 realizar varias tarcfas; (2) como a mensuragio do calor © utilizada para determinar os valores energéticos do al mento, isto é, que quantidade de energia ou, mais precist: mente, qual 0 mimero de quilocalorias existentes numa hebida leve, numa batata de tamanho médio, ou em uma fatia de pio (diriamos que essa Ultima informagao é vil para se compreender os programas destinados 20 controle do peso); ¢ (3) como 0 fisiologista do exereicio utiliza um método indireto de medir a energia ao determinat a quantidade de oxigénio utilizado, im as varias manciras de enunciat po- Mensuragao direta de energia: produgao de calor Quando a energia ¢ despendida pelo corpo humano m realizado de um trabalho, 0s misculos que entram en atividade liberam calor. Conseqiicntemente, o metabolis: mo dos nutrientes (valor ealdrico) deveria equivaler& quan tidade de calor liberado pelo corpo. Conforme mencionado previamente, isso demonstra a primeira lei da termod: imica: quando aenergia mecdnica étransformada em ene igit férmica ou a energia térmica, em encrgia mecénice, a relacdo das duas energias € uma quantidade constant (principio de conservacao da energia). Portanto, consti fato indiscutivel que o dispéndio de uma quantidate ica de energia resultard sempre na produgao da mesm! quantidade de calor. Para demonstrar com animais a pr mneira lei da termodinamica, no final do século XIX, 0 Cientista Max Rubner construiu uma eimara que continkt qua circulante por fora (Fig, 4.1). Um cio era colocats MENSURAGAO DE ENERGIA, TRABALHO EP Quadro 4.2 Relagées entre unidades de poténcia Péstibras watts keatiminato ‘iminuto Teale vapor ut 4.5680 33.000,0 7460 10.64 44783 Tkemetcominato ——&o0n249 10 1003 0.003806 Ipedivatminato 0,003 i383 ‘000324 ‘0013869 Vat Ouomsaa autts r Donsss toss al minato 26,78 68.799 I S185 Lint 1197 16669 23902 10 ig. 4.1 Calorimetro para medi a energia calériea, O calori= netfo permite a mensuracao simultinea do metabolismo e da produsio de calor. O consumo de oxigénio (medio indireta do melabotismo) ¢ igual a producdo de calor (medigio direta) elo animal, a qual se reflete em um aumento da temper i dgua ceculamte dentro da cimara, a fim de medir tanto o metabolismo quanto produgao térmica do animal, O metabolismo era determinado indiretamente medindo-se 0 oxigénio const- mio pelo cio na desintegragio dos nutrientes. A quanti- dade de calor produzida pelo cachorro dentro da camara (denominada ealorimetro-boba) era medida observando- Se a mudanca (aumento) na temperatura da gua cireu- lante. Cada aumento de 1'C por quilograma de agua cireu- lante equivale a 1 keal de energia. O termo bomba provém, do formato da cimara (bomba) c calorimetro significa me- Aisio de calor (enunciado em calorias). Os resultados dessas experiéncias pioneiras demons- traram de maneiza inequivoca que a energin produzida através do metabolismo dos nutrientes ¢ igual ao calor produzido pelo corpo. Dessa forma, podemos coneluir que Energia (calorimetro tipo Bomba} °, iment eal eal keabltro Cai 4a 2 5,05 ee S65 520 66 Govdu 035 sas All 7 70 Dita ia ‘Noor ere perda de heal para a alata, da wane formas carter, ‘lo eros peueaaperda maura eno a ea Quadro 4.3 Eq a energia gasta por um individuo que realiza qualquer tipo de trabalho & exatamente igual & cnergia liberada através, do metabolismo do corpo. Por exemplo, se fdssemos medir 6 consumo de oxigénio de um individuo pedalando uma bicicleta ou exercitando-se em um calorimetro-bomba “bu: mano” e, a seguir, convertéssemos o oxigénio atilizado em equivalentes térmicos ou quilocalorias (Quadro 4.3), constatariamos que a quantidade de energia, determinada através da mensuragio do consumo de oxigénio, seria igual 8 quantidade de ealor eliminada pelo corpo durante 0 ex Da mesma forma, se pretendéssemos determinar a quantidade de energia contida em uma batata de tamanho comum, em uma bebida leve, ou em uma pizza de tamanho médio, bastaria queimar esse alimento no calorimetro. O aumento na temperatura da agua circulante equivaleria a cnergia ov ao valor calético do alimento. IE dessa forma que sio determinados os valores caldricos para os vérios alimentos. 0 uso do calorimetro-bomba € denominado método direto na medicio da energia. Isso € verdade porque produgao de calor, que & uma forma especitica de sendo determinada diretamente. Por outro lado, a0 medirmos 0 consumo de oxigénio exigido para metabolizar um alimento, estamos utilizando um método indireto na determinagio da energia consumo de Mensuragao indireta de energi oxigénio Muitos cientistas demonstraram que a quantidade de oxig nio consumido em repouso ou ao realizar um trabalho. quando enunciada em equivalentes cal6ricos (keal), ser Eaquivaten espleatsrio co, 0, co, ealiire ltrs tio 3s ost ost 33 O94 038 oer 1,96 139 72 6 98 2; gorda, SG; prauina, BS lem de wma perda de 17 wna. Para 48 BASES FISIOLOGICAS DA EDUCACAO FISICA F DOS DESPORTOS igual ao calor produzido pelo corpo, conforme determi nado diretamente em um calorimetro. A mensuragio do consumo de oxiggnio constitui uma medigio indireta da enorgia, pois o calor nao é medido diretamente. ‘A.fim de enunciar a quantidade de oxigénio consumido em equivalentes ealdrieos (isto é, em quilocalorias), torna- se necessirio saber qual 0 tipo de alimento (carboidratos, gordura ou proteina) que esta sendo metabolizado. A razio disso relaciona-se com os equivalentes energéticns do ali- ‘mento espeeifico que esti sendo metabolizado. Por exem- plo, quando esses alimentos sio colocados em um calorime- tro-bomba ¢ utiliza-se | litro de oxigénio na desintegragao dos nutrientes, podem obter-se os seguintes equivalentes cenergéticos caldricos (Quadro 4.3): carboidrato (por exem- plo, glicogénio ou glicose), 5,05 keal; proteina (por exem- plo, carne), 4.46 keal; ¢ lipidio (gordura), 4,74 keal. No mesmo quadro, em termos de quilocalorias por grama de alimento metabotizado, existe uma ligcira diferenga nos valores entre os resultados obtidos quando o alimento é metabolizado (fisiologicamente) no corpo, em comparagao com o calorimetro-bomba. As pequenas perdas de energia ‘observadas na parte inferior do quadro so devidas & diges- Go ¢ a uma certa perda de proteina na urina. ‘Convém observar também no Quadro 4.3 que, em termos de quilocalorias por grama de alimento metabo- lizado, as gorduras (lipidios) liberam 9,45 keal de energi por grama, as proteinas, 5,65 keal/g ¢ os carboidratos 4,1 kcal/g. Chamamos sua atengdo, primeiro, para a energia liberada em termos de quilocalorias por lito de oxigénio, pois o atleta que trabalha duramente depara-se principal- mente com a obtengao de oxigénio suficiente ¢ s6 secunda- riamente com a quantidade de alimento. E facil explicar por que ¢ liberado mais calor ou energia a partir das gordu- ras, em comparagio com os carboidratos, numa base de {grama por grama. Convém relembrar que a energia ¢ libe- rada quando ocorre formagao de gua (combinando hidro- génio ¢ oxigénio) durante 0 metabolismo dos alimentos. Existem mais atomos de hidrogénio por étomo de oxigénio na gordura do que nos carboidratos. Por exemplo, um carboidrato tipico, como a glicose, possui a fSrmula G,H,©,, enquanto a de uma gordura tipica, como o dcido palmitico, € C,,H,,O,. Conseqiientemente, existem mais stomos de hidrogenio na gordura capazes de se combinar ‘com 0 oxigénio para a formato de agua (HO). Portanto, quando 0 corpo utiliza determinada quantidade de gordu- ra, 6 liberad mais energia do que quando metaboliza a mesma quantidade de carboidratos. No Quadro 4.3 pode- se ver que existe um nimero de quilogramas em 1 grama de gordura superior ao dobro do niimero existente em I grama de carboidrato. Ji que todas as protefnas contém nitrogénio, além de carbono, hidrogénio ¢ oxigénio, elas nao sao tao ricas, em energia quanto as gorduras. Isso porque, quando s¢ utilizam protefnas, o corpo terd que se livrar do nitrogénio, ‘© qual nao é eliminado na forma de gés livre, como 0 didxido de carbono, mas sim na forma de uréia, Esta € exeretada na urina e, como resultado, parte da energia da molécula proigica € perdida A pergunta com a qual nos deparamos logicamente neste momento 6: se tivermos medido ou recebido infor magio acerca do niimero de litros de oxigénio utilizados na realizagio de determinada tarefa (exercicio), como po: demos saber qual o alimento que estava sendo metabo- lizado, de forma a podermos atribuir o valor calérico cor- reto a0 oxigénio consumido? Em primeiro lugar, & real mente raro que uma pessoa utilize exclusivamente gordura, proteina ou carboidrato, Pelo contrério, uma pessoa exerci- ta-se enquanto recebe umia dieta mista (predominantemen- apenas do oxigénio consumido mas também do didxido de carbono produzido que poderemos conhecer a mistura de alimentos que esté sendo utilizada e, conseqiientemen- te, atribuir devidamente 0 valor cal6rico correto & cada litro de oxigénio consumido (Quadto 4.4) Equivaléncia calorica do oxigénio: relacao da permuta respirat6ria (R) 0 valor caldrico de 1 litro de oxigénio consumido depende do tipo de alimento que esta sendo metabolizado. A relagio do volume de didxido de carbono expirado por minute (Wco;) para 0 volume de oxigénio consumido durante © mesmo intervalo de tempo (V0,) ¢ denominada relagio da permuta respiratéria (R)* O valor de R sé pode ser determinado em condigoes de um exercicio de estado esté vel ou de repouso, Carboidrato Cabe-nos agora chamar a atengdo para 0 carboidrato — nutriente que contém hidrogénio ¢ oxigénio em proporgoes apropriadas para a formagdo de agua dentro da prépris molécula (dois étomos de hidrogénio para cada dtomo de oxigénio). Por causa disso, todo 0 oxigenio consumide pode ser empregado na oxidagao do carbone. Ao mesmo tempo, convém relembrar que volumes iguais de gases nna mesma temperatura e pressao contém um nme de molculas (lei de Avogadro). Portanto, em uma diets pura de carboidratos, é de se esperar que R seja igual a Low a unidade. Por exemple: G\H,,0, + 6 0, = 6 CO; + 6 HO Glicose Woo, _ 6CO, 1 Re Vo, 60, Pode-se observar prontamente que sao produzidos 6 moles de CO, como conseqiiéncia da utilizagao de 6 moles 6CO, de O,na oxidagio da glicose. A relagio 1.Umi s ico dag se TO [Feat eopracaquamo animal eps. & comum dogma 0 Vendio ‘so ave ella com quocienterespiatiio (OR) e, ao nivel pula, cone ‘ela da permutaesprateia (@). Quadro 4.4 Equivalents caléricos (keallitro de oxigénio) e Drrentual de eslorias totais proporeionadas por carboidratos € gorduras para R nio-protéien Percentual de calrias alt R_deosiginio $686 0 402 ~~ Ganioideate 00. 102 sad DELAL The Sao of Nurton, 4 ed Piladepia, W. B, Saunders Co, Paps Ato deoxiginio iberad 5,047 kcal de energia (calor), quer “jt metabolzado no corpo ou queimado no calorime Moomba (Quadro 4.4). Gordura ando a gordura ¢ oxidada, 0 oxigénio nao se combina pas con 0 carbono para formar didxido de carbono, combina-se também com 0 hidrogénio para formar Portanto, é de se esperar que R seja inferior @ unida: que realmente ocorre: Gordura (icido palmitico) C,,Hs,0; +230, 16 CO, + H,0 16 CO. 20, = 0,70 Apesar de a gordura conter mais do dobro de energia ee que ocarboidrato por gram liberareada caloria de energia MENSURAGAO DE ENERG TRABALHO E POTENCIA. 49 Proteina AS proteinas so queimadas completamente no calorime- ‘to-bomba, produzindo 5,65 keal por grama (Quadto 4.3) No entanto, quando metabolizadas no corpo, 0 nitrogénio € as pequenas quantidades de residuos sulfurosos sao exere~ tados na urina e nas fezes, como ji foi mencionado. Cons. quentemente, passa-se a dispor de menos energia quando & proteina é metabotizada no corpo do que quando € quei- mada no calorimetro, onde ocorre oxidagio completa do nitrogénio ¢ do enxofre. Por causa disso, a produgio ener- gética no corpo é de aproximadamente 5.20 keal por grama de protefna, enquanto no calorimetro aicanga uma media de 5,65 keal por grama de proteina. Por causa desse fator deve-se ter uma consideragao especial ao utilizar R como representativo dos tipos de alimentos que esto sendo me- tabolizados. Isso comporta um significado ainda maior ao se utilizar R com 0 intuito de atribuir 0 valor calérico para cada litro de oxigénio que o corpo esti utilizando. Seria mais conveniente que o corpo metabolizasse ape- nas gorduras ¢ carboidratos, pois, nesse caso, R represen: taria as proporgdes relativas dos alimentos que esto sendo usados, pelo fato de haver apenas uma perda negligenciive! de energia devida a digestao. Por exemplo, um R de 1,00 nos indicaria que foram queimados apenas carboidratos uum R de 0,71, apenas gorduras: e qualquer relacio entre cesses dois valores: nos daria as combinagées relativas dos dois alimentos que esto sendo metabolizados. Dessa for- ma, poderiamos atribuir o valor calérico apropriado a cada litro de oxigénio que esta sendo consumido pelo individuo, Felizmente, os cientistas que nos precederam mediram a excregio de nitrogénio © determinaram a quantidade de protefna que era oxidada.? Subtraindo-se 0 oxigénio exigido ¢ 0 didxido de carbono produzido quando a pro- teina ¢ oxidada do consumo total de oxigénio, obtém-se um valor para R que costuma ser denominado R nito-pro- 0. © Quadro 4.4 contém esses valores de R nio-pro- ico. Com a ajuda desse quadro, teremos que medir ape- nas 0 oxigénio consumido e o didxido de carbono produzido para che; litro de oxigénio consumido. Se isso nio fosse possivel teriam de ser obtidos os valores para a excregio de nitro génio ¢ seria necessatio realizar caleulos mais complexos, medic a quantidade de energia despendida na realizagio de um trabalho, € evidente que teremos de co- tnhecer 0 valor de R se pretendemos determinar o valor aldrico para a quantidade de oxigénio consumido. Como ilustragdo, suponhamos que foram consumidos 2 litros de oxigénio por minuto durante uma corrida de bicicleta de 15 minutos (um total de 30 litros de O,). Com base no Quadro 4.4, se a dieta dessa pessoa fosse constituida de carboidratos (R = 1,0), 0 valor caldrico dos 30 litros de oxigénio consumido representaria 30 x 5,05 = 151,5 kcal de energia despendida. Nos casos em que R nio é conhe cido, pode-se supor que seja de 0.83, 0 que significa que I litro de oxigénio consumido equivale a 4,83 keal. (E Tanks The See anton, 4 ed. Phiadlphia, W. B,Ssunders, 1918, Quadro 4.4 Equivalentes ealéricas (kealitro de oxigénio) ¢ ‘reentual de calorias totais proporcionadas por carboidratos & gorduras para R nio-protéico Percentual de calories eat totais por ee oxgénio Carboidrate Gordura 3.686 00. 1000) a2 98.98 saa 956 3 887 ro 853 819 ws 17 3 ons ent 6 312 os aa 4n0 a5 Bi x0. u's mI B3 102 3a ob Denk, 6. Te Sconce of Nuttin, 4 ed, Philadelphia, W. B. Saunders Co., ‘ep os ttode oxigénio liberard 5,047 keal de cnergia (calor), quer jt metabolizado no corpo ou queimado no calorime tobomba (Quadro 4.4). Gordura Quando a gordura é oxidada, 0 oxigénio niio se combina agsas com o carbono para formar didxido de carbono, fs combina-se também com o hidrogénio para formar 4p Portanto, é de se esperar que R seja inferior & unida- 4 oque realmente ocorre: Gordura (dcido palmitico) C,H, el oxida: CyHyO, + 23 0, + 16 CO, + H,0 p - 16£0: = 0,10 23.0, Apesar de a gordura conter mais do dobro de energia 4quinice que 0 earboidrato por grama, requer mais oxigénio pura liberar cada caloria de energia, MENSURAGAO DE ENERG A. TRABALHO E POTENCIA 49 Proteina As proteinas so queimadas completamente no calorime: tro-bomba, produzindo 5,65 keal por grama (Quadro 4.3) No entanto, quando metabolizadas no corpo, o nitzogénio as pequenas quamtidades de residuos sulfurosos so excre- tados na urina e nas fezes, como ja foi mencionado. Conse~ qiientemente, passa-se a dispor de menos energia quando proteina é metabolizada no corpo do que quando mada no calorimetro, onde ocorre oxidacio completa do nitrogénio ¢ do enxofre. Por causa disso, a produgdo ener- _gétiea no corpo é de aproximadamente 5.20 keal por grama de proteina, enquanto no calorimetzo aicanga uma media de 5,65 keal por grama de proteina. Por causa desse fator deverse ter uma consideragio especial ao utilizar R como representativo dos tipos de alimentos que do me- {abolizados. Isso comporta um significado ainda maior ao se utilizar ® com 0 intuito de atribuir o valor ealérico para cada litro de oxigénio que 0 corpo esti utilizande, Seria mais conveniente que 0 corpo metabolizasse ape nas gorduras e carboidratos, pois, nesse caso, R represen- tatia as proporgdes relativas dos alimentos que estao sendo usaclos, pelo fato de haver apenas uma perda negligenciivel de encergia devida a digestao. Por exemplo, um & de 1,00 10s indicaria que foram queimados apenas carboidratos; um R de 0,71, apenas gorduras; ¢ qualquer relagio entre esses dois valores nos daria as combinagbes relativas dos dois alimentos que estdo sendo metabolizados. Dessa for ma, poderiamos atribuir 0 valor ealdrico apropriado a cada lito de oxigénio que esta sendo consumido pelo individuo Felizmente, os cientistas que nos precederam mediram excregio de nitrogénio e determinaram a quantidade de proteina que era oxidada." Subtraindo-se 0 oxigénio exigido c 0 diéxido de carbono produzido quando a pro: teina é oxidada do consumo total de oxigénio, obtém-se tum valor para R que costuma ser denominado R néo-pro- ‘téico, O Quadro 4.4 contém esses valores de R nio-pro- téico, Com a ajuda desse quadro, teremos que medir ape- nas ooxigénio consumido eo didxido de carbono produzido para chegarmos 20 valor caldrico apropriado para cada litro de oxigénio consumido. Se isso nvio fosse possivel teriam de ser obtidos os valores para a excreciio de nitro génio seria necessario realizar cileulos mais complexos. Para medir a quantidade de energia despendida ii realizagio de um trabalho, & evidente que teremos de 0: inhecer 0 valor de R se pretendemos determinar 0 valor caldrico para a quantidade de oxigénio consumido. Como ilustragao, suponhamos que foram consumidos 2 litros de oxigénio por minuto durante uma corrida de bivileta de 15 minutos (um total de 30 litros de O,). Com base n0 Quadro 4.4, se a dieta dessa pessoa fosse constituida de carboidratos (R = 1,0), 0 valor cal6rico dos 30 litros de oxigénio consumido representaria 30 x de energia despendida, Nos casos em que R nao ¢ conhe «ido, pode-se supor que seja de 0,83, 0 que significa que I litto de oxigénio consumido equivale a 4,83 keal. (E esti s Lsk, G. The Science of Nutrion, 4 ed. Philadelphia, W, B. Saunders, 1918, BASES possivel transformar as 151,5 keal utilizadas na corrida de bicicleta cm kg-m, ft-lb, watts ¢ cavalo-vapor? Além disso, que peso aproximad teré sido perdido como resul- tado da corrida de bicicleta, admitindo-se que 1 libra 453g] de gordura equivale a 3.500 keal?*) Outros fatores que afetam R Hé ocasides em que R pode ser afetado por outros fatores além da oxidacdo dos alimentos. Convém considerar os seguintes fatores ao interpretar R: Hiperventilagao (ventilagio excessiva dos pulmscs), que pode ser yoluntéria ou, as vezes, ocorrer sob estresse psicoldgico, resultando em perda excessiva de didxido de carbono. Nesse caso, R ultrapassa a unidade, 2. Durante 0 primeiro minuto de exercicio subméximo (aerdbico), os aparentes efeitos estimulantes resultam em hiperventilagao, até o ponto de a pessoa expelir maisdiéxido de carbono que a quantidade de oxigénio consumido, fazendo com que R se aproxime ou ultra- passe @ unidade . Apds cerca de 3 minutos, é mais do que provavel que 0 individuo esteja produzindo didxido de carbono suficiente, como resultado do exervicio, para que o R possa retornar aos limites normais, refletindo entéo de maneira mais precisa © alimento que esta sendo metabolizado. 3. Durante um exereicio exaustivo de curta duracio, R serd superior a 1, pois 0 tamponamento (neutra- lizagao) do acido lético gera a liberagao de grandes quantidades de CO, (para maiores detalhes sobre equilibrio aeido-basico, ver Cap. 21). Nesse caso, constitu pritica comum considerar R como sendo igual @ 1. Em outras palavras, 0 carboidrato repr senta a fonte alimentar priméria e cada litro de oxi nio deve equivaler a 5,05 keal. 4. Durante a recuperacdo apés um exercicio, ocorre re- tengao de CO,, resultando em queda de R. Mensuracao do custo energético do exercicio ‘Suponhamos que nos deparemos com o problema de medir ‘o custo energético de determinado exercicio. Como proce- der? A primeira coisa que precisamos saber é se 0 exercicio realizado ¢ aerSbico ou anaerdbico. Se 0 exercicio for anac~ r6bico, isto ¢, se nele participam tanto o sistema energético actobico quanto 0 anaerSbico durante toda a sua duracio, centiio teremos que medir 0 consumo de oxigénio (VO;) em repouso, durante o exercicio e durante a recuperagio. ‘No entanto, se o exercicio pode ser realizado em um estado estdvel aerdbico, basta medit apenas o consumo de oxigé- “Resposiow Com base to Quadko 41,1 eal = 426, kgm = 3.086 pés iors «portant. [S1,skal = 6 660,2 ken = 467529 pes itr. Combate no Quadro 42.1 sealnin = 0,259 wate = OWDISS cavalosapore portant, 1318 heals <1 Kalinin = 704 watts = 0.945 eivalopor. Pea ponderal = 15.9, = 0 ib OLOGICAS DA EDUCACAO FISICA DOS DESPORTOS. nio em repouso e dur (steady-state) O consumo de oxigénio em repouso & necessirio, pois este valor terd que ser deduzido do oxigénio medido du- rante 0 exercicio e a recuperagio, a fim de determinar apenas 0 custo em oxigénio do exercicio. Este ¢ denomi- nado custo exelusivo em oxigénio do exereicio. O oxigénio da recuperagdo € necessirio porque a quamtidade de Oxi nio consumido durante o exercicio reflete apenas a energia fornecida através do sistema acrdbico. O oxigénio da recw- peracdo, por outro lado, ¢ usado como indicador da quanti dade de energia fornecida durante 0 exercicio através dos sistemas anaerdbicos.” Portanto: te © periodo de estado estivel Custo Exclusive em O, do Exercicio = Vo, do exereicio + Vo, da recuperacio —(Vo, em repouso * tempo) Custo exclusivo em oxigénio do exercicio anaerdbico Nos exercicios de intensidade maxima nos quais se deve determinar o custo exclusivo em O;, utilizam-se, na maioria das vezes, bolsas de Douglas ou baldes meteoroldgicos para coletar o giis cxalado, com finalidades de mensuracio volémica ede andlise. Asbolsas slo revestidas por borracha e recobertas por Tona e seu nome deriva do famoso fisiolo- gista C. G. Douglas. Na Fig, 4.2 € ilustrado um sistema esquematico de coleta. As amostras de ar expirado sip coletadas durante o repouso, 0 exercicio e a recuperact Podem ser utilizadas varias bolsas para abranger os peric- dos tanto de exercicio quanto de recuperagao. Pequenss amostras gasosas sdo retiradas de cada bolsa ¢ analisadas para concentragio de CO; e O;. Apds a anilise das amor, ora Suc Fig. 4.2 Tlustragio de um sistema para acoleta de gis que util tum balgo meteotoldgico. unio do cxereso sua valde, quc ote de mancira quamitava 4 naerbica beads durante ocxe"Sso,&qvestonivel (Cap. 3). vel du- nar nio ge gia nti dos bac MENSURACAO DI . TRABALHO E POTENCI (ECE ([ReNoniENTa jPRODUIO|] ‘rata 60.00, oasacorce 0, q Sensor ce Volume “Fesbiros cues (o E0G) —Proaessamono} ental Crone eres Presid Broan Mais Oras Src de Tergeratira i, 0 volume de cada bolsa é determinado fazendo-se saro gis através de um medidor de gases (aerescenta-se Epequena quantidade removida para a anslise de CO, 0). Bssas medigdes sdo necessrias para calculay a quan: ade de oxigénio consumido € de didxido de carbono IPotuzido. Apesar de no momento nao ser necessiria a ealizacio dos céleulos reais de VO; ¢ VCO;, pode-se apren- Gercomo fazt-Ios lendo os Apéndices Ce’ D Nos ltimos anos foram elaborados dispositivos de Tensurecio metabélica automatizados que incorporam a Hesnologi dos computadores. Todas as varisveis de influ 1, iclindo pressio barométrica, temper: He Yenilagao © concentragdes de CO, © O,, podem ser mriforizadascontinuamente em qualquer estrutura tem orl desejada, incluindo a andtise de cada incursio respira- Bolom ser fornecidos enquanto o individuo ainda esta se Bitindo ou recuperando. A Fig, 4.3 ilustra o iniluxo sto € uma amostra dos tipos de rendimento ou os pulados Para nossa finalidades atuais, suponhamos que a anc pedo gisexstentenos baldes tena revelado que, durante Fepouso de 5 minutos, o individuo consumiw 1,5 litro Drepouso. Portanto, 17,0 litros — 1,5 litro = 15,5 Seoxisinio exclusivo consumido durante o exercico. Da divida de oxigénio (25 litros de O,) teremos que Sibir também a quantidade que teria sido usada se 0 duo fcasse repousando durante esse determinado pe- 0 de tempo, ow 25 litros ~ (45 minutos x 0.3 litro minsto), 0 que corresponde a 11,5 litres de O, (oxige: hip exclusivo da recuperacio). Portanto, o custo exclusivo em oxigénio do exercicio RRO rtagdo a Perma Respreiona Freqbtncia Cardiac (FC) Consume de Oxigénio Wo.) : Le ih is ear ad Unidede da volume de ventiagae (VE) 4.3 Os sistemas metabélicos elabo- rados eletronicamente incluem todos os sinais de entrada provenientes de sensores e analisadores, uma unidade do processa ‘mento central para fazer efleulos répidos © um dispositivo de sada (tela ou impres- sora} com os dados metabsicos. seria igual ao oxigénio do exer apés ter-se subtraido de cada um de es 0 oxigénio de repou- Vo, exclusive do exereicio = 15,5 litros divida exclusiva de oxigé! litzos. Custo exelusivo em O, = 27,0 litros Admitindo-se um R de 0,96, quantas quilocalorias de enee- gia teriam sido despendidas?* Custo exclusivo em oxigénio do exercicio aerdbico lizado em io do custo exclu: Se o exercicio for subméximo ¢ pude uum estado estavel aerobico, a mensura sivo em oxigénio pode ser muito simplificada. Convém lembrar que, durante o exercicio submiiximo, observa-se uum consumo de oxigénio de estado estavel, como mostrado na Fig. 4.4. Isso indica que, nesse periodo, toda a energia cigida pelo exereicio est sendo fornecida aerobicam Portanto, o custo exclusivo em oxigénio do exercicio em estado estavel pode ser determinada simplesmente medin do-se 0 Vo, em repouso e, por 1 minuto, 0 oxigénio cons ido durante 0 periodo de estado estavel. Reconhecendo essas consideragées fisiolégicas basi- cas, prossigamos com a determinagao real do custo excli= sivo em O, ao se correr por 10 minutos em uma esteira com uma velocidade de 9,6 km por hora (6 mihas por hora), eorrida essa que pode ser realizada em estado estivel 1. 0 VO, em repouso ¢ determinado como antes, 2. 0 individuo comeca a se exercitar. Nesse periodo inicial, ndo sdo feitas mensuragdes do consumo de oxigénio, pois 0 periodo de estado estavel ainda no foi alcancado, 3. Depois que o est dentro de 3. 4 min © consumo do o: de T minuto (as vez lo estivel & aleancado (em geral 205 apds 0 inicio do exercicio) nio & medido por um periodo por 2 minutos). Aqui tam! Resposay R= 0.6 ~ 4.998, ov S kel por lito de O; conser Oaadeo 445); portant, Seal ito 27,0 os = 135 ks. 52 BASES FISIOLOGICAS DA EDUCACAO FISICA E DOS DESPORTOS io Costa de Oxgéno TB ongenia de Rocuperacto Fig, 44 Evolusao temporal do consumo de oxigénio durante tepouso, 0 exereicio aerdbico submximo ¢ # recuperagao. Vo (volume de oxigénio utilizado por unidade de tempo) pode ser medido em qualquer momento durante o estado estavel. Sub- traindo-se o VO; de repouso desta quantidade, podemos enunciar © custo exclusiva do exercicio em litros por minuto. nna maioria das vezes, utilizam-se bolsas de Douglas ‘ou bales meteorolégicos para coletar o gas expirado do individuo, para a determinagao do volume gasoso e das concentragies de O, ¢ CO;. 4. A seguir, 0 valor do VO, em repouso é subtrafdo do valor de Vo, em estado estavel, para determinar fo custo exclusivo em oxigénio do exercicio para cada minuto. 5. Finalmente, para o custo exclusivo total em oxigénio, ‘o custo exelusivo por minuto é multiplicado pelo tem= po total, em minutos, durante 0 qual 0 exereicio foi realizado. Como exemplo, suponhamos que 0 Vo, em estado estivel determinado durante a corrida na esteira rolante com uma velocidade de 9,6 km-hora, previamente mencio- nada, tenha sido de 2,8 litros por minuto, ¢ que 0 Vo; em repouso tenha sido de 0,3 litt por minuto. O custo exclusive cm oxigénio por minuto seria, pois, de 2.8 — 0. litros. J que a duragdo do exercicio foi de 10 minutos, o custo exclusivo em oxigénio do excrcicio seria de 2,5 liros por minuto x 10 minutos = 25 litros, Cabe-nos agora mencionar outros dois pontos. Primei 10, € importante reconhecer que 0 custo exclusivo em oxi- _g6nio, quando enuneiado por minuto, constitui uma medi- dade poréncia, Pela mesma razio, quando o custo exclusivo ‘em otigénio é enunciado para o periodo total do exercicio, constitui uma medida de srabatho. Por exemplo, no excr- cicio anaerobico antes referido, 0 custo exclusivo total em. oxigénio foi de 27 litros. Jd que 0 exereicio durou S minutos, a poténcia exclusiva produzida foi de 27 + 5 = 5,4 litros de O; por minuto. No exercicio acrdbico que acabamos de mencionar, 0 custo exclusivo em oxigénio foi de 25 litros, quase 0 mesmo daquele para o exerefcio anaerdbico. No entanto, 0 tempo total do exercicio acrdbico foi de 10 minutos ¢, dessa forma, a poténcia exclusiva produzida foi de 25 = 10 = 2,5 litros de O, por minuto. Convém observar que esse valor é inferior a metade da poténcia produzida durante 0 exercicio anaersbico, Em outras pala- ras, apesar de ter-se realizado 0 mesmo trabalho total, a poténcia ou o ritmo de trabalho empreendido foi muito diferente entre os dois exercicios. Tss0 enfatiza a impor- tancia de se compreender a diferenga entre poténcia ¢ trabalho © comporta grandes implicagoes para o treina: mento. Segundo, 0 consumo maximo de oxigénio (Cap. 2) costuma ser medido por minuto. Assim sendo, 0 termo ‘mais apropriado para enuncid-lo ¢ a poténcia acrsbica mé xima. A mensuragao, tanto direta quanto indireta, da po téncia aerdbiea maxima € descrita com detalhes no Apén- dice G Conceito de EM Recentemente, foi introduzida outra unidade, utilizada pe ra enunciar 0 custo energético ou 0 oxigénio do exercicio.! Essa unidade ¢ denominada EM, representando um acté- imo para “Equivalente Metabélico” (em inglés, MET, de Metabolic EquivalenT). Um EM é definido como {quantidade de oxigénio exigido por minuto em condigdes de repouso trangiilo. E igual a 3,5 ml de oxigénio consu. ‘midos por quilograma de peso corporal por minuto (il/ky) min). Convém observar que, por causa do fator tempo, ‘0 EM é enunciado com as unidades de poténeia. Um exer cicio que exige 10 EM significa simplesmente que 0 custo tem oxigénio do exercicio € 10 vezes 3,5, ou 35 ml’ke-min, Para uma pessoa que pest 70 kg, isso representa um Vo, de 2,45 litros por minuto (70 x 35 * 2.450 ml, ou 245 litros) ‘Como exemplo da maneira de calcular os EMs, con- vém considerar a seguinte pergunta: “Quantos EMs sio necessarios durante a corrida na esteira rolante, pre ‘mente mencionada.?” Convém relembrar que o VO; part esse exercicio foi de 2,8 litros por minuto. Admitindo-se {que 0 individuo pesava 70 kg, 0 custo em oxigénio numa base por quilograma de peso corporal serin de 2.800 ml = 70 kg = 40 mi/kg-min. Ja que 1 EM ¢ igual a 3,5 ml min, isso representa um custo em oxigénio de 40 + 11,4 EMSs. Computacao da eficiéncia Eficigneia percentual é definida como a rel ‘mento do trabalho ¢ consumo do trabalho (dispéndio de ‘energia) multiplicado por 100), ou: Rendimento do trabalho til 199 Energia despendida Em um sentido puramente fisiolégico (metabslico), ‘estamos interessados no traballio cnunciado em quiloce lorias produzidas ¢ na energia consumida em quilocaloris. Assim sendo: ‘Trabalho realizado (eal) 5.499) Energia despendida (kcal) EP% Felizmente, podemos transformar as virias unidads de trabalho em tnidades cle energia. Assim sendo, 0 trate tho, enunciado em pés-libra, kp-m ou kg-m, pode ser trans formado cm quilocalorias, assim como originalmente o dis- péndio de energia podia ser enunciacio em litros por mi- huto, Todas as méquinas terdo de ser menos de 100% efi- cientes, por causa do attito. Iss0 equivale a dizer que 0 rendimento do trabalho serd sempre inferior a0 consumo do trabalho. A doutrina da conservacio da energia estabe- Ieee que, embora seja possivel transformar uma forma de encigia em outra, ndo se pode criar nem destruir energia Convém relembrar que as maquinas néo criam nem des- ttoem energia; elas apenas a transformam de uma forma paraoutra. Durante a conversa, parte da energia & sempre perdda (desperdicada). Se nao fosse assim, serfamos capa- 2es de desenvolver uma maquina com desenvolvimento perpétuo. Por exemplo, uma maquina a vapor pode operar com 5% ou até menos de eficiéncia, pois ocorre perda de calor pelo escapamento de fumaga e através da irradia gi, da conducdo ¢ da exaustio do vapor. As turbinas €-05 motores de auutomdveis operam com cerca de 20 a 25% de eficiéncia, enquanto um motor diesel pode produ- ‘aruma relagio rendimento-consumo de aproximadamente Wa35% Qual a eficiéncia da méquina humana? Habitualmen- (©, a realizado de atividades que implicam a utilizagio dzgrandes misculos, como andar, correre pedalar, resulta fem uma eficiéncia de Existem, evidentemente, diferenga individuais que sao influenciadas pelo tamanko to corpo, pelo nivel de aptido e pela pericia na realizagio de determinada tarefa. Além disso, nas atividades em que existe considerdvel resistencia do ar ou da agua, como patinagio no gelo, remo € natacdo, em geral as eficiéncias Sio inferiores a20%.°*"" "Isso é mostrado no Quadro 45. Convém observar que a deficiéncia da natacio em ésilo live em gcral ¢ inferior a 10%."" A eficiéncia pode Azpender também da velocidade com que se realiza uma tare, Por exemplo, a Fig. 4.5 demonstra claramente a influéncia da velocidude sobre a eficiéncia a0 subir escadas. Gingienta degraus por minuto produzem a maior efi (menor eusto energético) Agora cabe-nos mencionar também que existe uma tifereaga nas deficiéncias da corrida entre corredores de mieladistincia e de maratona.’ Isso ¢ mostrado na Fig 46. A eficiéncia é representada pelo custo exclusivo em Oigénio da corrida com varias velocidades, sendo enun- Quadro 4.5 Efieiéncia na reali io de varias atividadtes Alia com — Nasa hoon 1 Donovan ¢ Brooks Marin vrical 206430 Donovan Brooks Naar (estilo ive) 294, 294 Pendergast eta. = Bo Hagerman eal ie 17 Hagerman ta fers voor PGi Smpere ea eo ue diPramper eal es Gace Brooks” MENSURAGAO DE ENERGIA, TRABALHO E POTE efoonca cute Enerpeteo aulocabas) 3000 200 Degas (nto) Fig. 4.5 Influgncia da velocidade na subida de escadas sobre O.custo energético e a eficiéncia. O custo é minimo e a efcizncia ¢ mixima quando se sobem SQ graus por minuto (drea sombrea da). (Dados de Lupton, H.") ety ea ne #8 ons _— ae" a gs deci T FE seal” eo a 3008 Veletdage (Mens Mina) 0150 Fig. 4.6 Diferencas nas eficigneias das corridas entre 0s corre dores de média-distincia e maratonistas. Os corredores de mara tona so cerea de 5 10% mais eficientes que as de meia-cistincia, Observar que 0 grande corredor da prova de I milla, J. Ryun, €.0 mais eficiente dos corredores de meia-distincia, © que D. Clayton, que ¢ 0 melhor maratonista do mundo, é0 maiseficiente entfe 0s corredores de maratona. (Baseada em dados de virias fontes, compiladas por Fox ¢ Costill.”) ciada como mililitro de oxigénio por metzo horizontal (m) percorrido ¢ por quilograma de peso corporal (mim Convéin relembrar que, quanto maior for 0 custo exclusive i 4 eficiéneia. Os maratonistas sio cerca de 5 a 10% mais eficientes, em média, que 0s corre dores de meia-distincia. Essa vantagem, cmbora pequetia para as corridas de curta duragao, cofstitui um elemento importante durante as 21/shoras necessérias para completar ‘uma boa prova de maratona. Por exemplo, uma eficiénci 10% superior pode significar uma economia de aproxima- amente 60 littos de oxigénio consumides ou de 300 kcal no calor produzido em cada prova de maratona. Alm disso, deve-se observar que 0 grande corredor de meia- milha e de uma milha Jim Ryun € 0 mais eficiente dos corredores de meia-distincia, ¢ que Derek Clayton é © ‘mais eficiente entre os maratonistas. St BASES F Em uma revisio recente, Cavanagh e Kram diseutiram os fatores que afetam a eficiéncia e a economia de movi- mento.” Eles identificaram fatores estruturais ¢ fendmenos, ‘timos. Os fatores estruturais incluem a corporal total. distribuigao da massa corporal, a variagdo na distan- cia das insergdes dos miisculos fundamentais em relagdo fos centros articulares e as variagdes na orientagio e no comprimento das fibras musculares Foram feitas observagoes acerea de varios tipos de movimentos humanos onde as varidveis mecinicas foram manipuladas. Essas manipulag6es produzem curvas de custo energético que possuem um ponto de menor custo energético, Cavanagh e Kram caracterizaram esses pontos como “fendmenos dtimos”. Algumas atividades nas quais, foram observados esses fenémenos étimos ineluem: 1. A energética da corrida de bicicleta para um rendi- mento de poténcia constante ¢ afetada pela altura do selim. 2. O rendimento de pot pela altura do selim. A freqiiéncia da pedalagem afeta 0 custo energético para um rendimento de poténcia constante, Um valor médio de 91 rpm foi “escolhido” pelos ciclistas com- petitivos. 4, Para determinada velocidade, um comprimento auto- lecionado da passada na corrida afeta o custo ener- 5. A anilisc da corrida ¢ da marcha para virios graus jo descendente mostra um custo energé- tico minimo para um grau de ~5% 6. Existe uma velocidade de marcha na qual € minimi- cenergia necessiria para percorrer determinada Mensuragdo da eficiéncia na bicicleta ergométrica A Fig. 4.7 apresenta uma bicicleta com freio mecinico, Uma correia passa ao redor da periferia de um péndulo volante ¢ pode proporcionar maior tensio através de um ‘lavanca com ‘Tenaga juste! Fig. 4.7 Componentes de uma bicicleta ergométrica com freio rmecinico. Um péndulo volunte pesado possui uma correia a0 redor desua cireunferéneia. A correia é eonectada a uma pequena mola em uma das extremidades e possui uma slavanea de tens ajustével na outra extremidade. Una balanga com péndulo indica 4 resisténcia em quiloponds. O anexo mostra 0 péndulo para ‘uma resisténcia de 2 quiloponds. IOLOGICAS DA EDUCACAO FISICA E DOS DESPORTOS, mostrador ajustavel."” Ao se aumentar a tensdo na roda, cria-se mais atrto e, consequientemente, maior resistnca ‘Acngrenagem da bicieleta ea circunferéncia da roda foram elaboradas de forma que uma volta completa dos pedais desloque por 6 metros um ponto sobre a periferia (a peri feria tem 1,6 metro de circunferéneia). Com um metré- rnomo regulado para 100 comtagens por minuto (50 rpm), existe uma escala graduada em quiloponds (kp). Um kp 6a forca que age sobre a massa de 1 kg com a aceleracio normal da gravidade, A poténcia da freada, em kp, mult- plicada pela distancia pedalada, em metros, produz o traba Iho em quiloponds-metros (kp-m). Se a distancia “percor- rida” for relacionada a tempo, entéo a poténcia poders ser enunciada com kp-m/min. A poténeia pode ser enun- ciada também como watts e kg-m/min. ‘A relacio entre as varias unidades de trabalho, para 50 rpm, é: 1 kp = 300 kp-m (= 300 kg-m) = 723 pés-libras, ‘Asunidades de trabalho podem ser transformadas em unide les de energia de quilocalorias (kcal) ou quilojoules (k!)” 1 kcal = 3.086 pés-libras = 486 kg-m = 4.1855 kJ. Existem varios ergometros de bicicleta mais recemtes munidos de freios elétrieos ¢ que permitem variagoes ma freqiiéneia dos pedais. Isto €, se 0 individuo pedsla com tum ritmo mais acelerado, a resistencia é reduzida, de forms que 0 rendimento total do trabalho seja constante. A biei cleta com freio meciinico que acabamos de descrever repre- senta um ergometro de pesquisa barato e confidvel. Para computar a eficiéncia, temos que conhecer tanto o trabalho empreendido (rendimento) quanto o trabalho despendido (energia-consumo) pelo individuo. No exemplo seguinte, um individuo exercita-se por 10 minutosem uma bicicleta ergométriea com uma resistér: cia de 3 kp. A tarefa consiste em determinar a eficignd para a corrida de 10 minutos. L. Rendimento do trabalho. Para determinar 0 tent: mento do trabalho, temos que conhecer a resisténcia ( kp), 0 tempo total (10 min), 0 ritmo de pedalagem (3) 1pm) ¢ a distancia percorrida pelo aro do péndulo volanie (6 metros por revolugao). - Determinaro trabalho realizado, T=FxD T = (kp) x (30 rpm x 10 min x 6 m por reo} these) T= Gp) x 3.000) | = Soo kp-m | ou T= 9.000 kom b. Transformar em quilocaloras | 1 keal|= 426.8 em Total de Keal = 9.000 kg-m + 426,8 kg-mvkeal eal |= 21,09 2. Consumo (influxo) de rabalho. Para determin © consumo (influxo) de trabalho, temos que conhecer9 joule @ a vids Tnternacional para tabu. 1 kp {Um newton metro ¢ enna em jules. 8068S neon 1 > alor de R (para conseguir o equivalente calérico de 1 lito de oxigénio) 0 oxigénio total consumido. R86 pode "Ser determinado sob condigdes de estado estével, razio ela qual 0 trabatho deve ser submaximo, “Pitttindo-se que: R = 0,85 Com base no Quadro 4.1, 1 litro de O; = 4,865 keal 2.0 Vimin fmpo de exercicio = 10 minutos E & Determinar 0 oxigénio total consumido. Vo; total = (2 Vmin) x (10 min) IW itros de oxigénio 4, Calorias totais consumidas 20 (1) (4,865 kealfli- tro) = 97,3 keal 21,09 eal 97,30 keal %100 = 217% «EPG Muitas das biccictas mais modernas so calibradas forma a fornecerem uma leitura dircta em unidades potecia (isto €, wats ou quilograma-metros por unida- edetempo). A efciéncia pode ser computada da mancira mente mencionada, desde que o numerador e 0 de- dor Sejam enunciados em unidades idénticas (po- tou trabalho lando ou correndo horizon- mente sobre a esteira rolantc, cle nao estaria realizando tl” e, portanto, a eficiéncia néo poderia rcomputads, Para o cstudante, as vezes sera dificil resol- Aeresse problema, pois sabemos que ¢ necesséria alguma eieigia para andar ou correr — porém, de acordo com nao estamos realizando nenhum trabalho. Convém mirat que trabalho consiste em deslocar um objeto atra- Ge uma disténcia. O individuo que caminha horizon- lente esd erpuendo e abaixando 0 centro de gravidade fama distancia igual; portanto, um esforco anula 0 outro. nda a encrgia despendida pelo individuo ¢ degradada pi alo, sem realizar nenhum trabalho stil. O mesmo dadciro quando sustentamos um peso a nossa frente Gis brasos esticados; jd que o peso nio esta sendo Gslocado, néo estard sendo realizado nenhum trabalho embora esteja havendo algum dispéndio de cnergia. Gonseqientcmente, a esteira rolante deve ser posicionada He modo que o individuo suba alguns graus; em outras Bilas, o angulo da esteira com a horizontal tera que Superior a0 gra, Habitualmente, ainclinagio daesteira flint é enunciada com gradacdo percentual, ¢ nao cm Gradagio percentual pode ser definida como unida es (sentimetros, pés) de elevacao por 100 unidades hori- Zonas (centimetcos, pés); pode ser determinada multipli- se @ tangente do dngulo por 100, como pode ser servado no Quadro 4.6. Para determinar a eficiéncia enquanto se caminha ou MENSURACAO DE ENERGIA, TRABALHO E POTENCIA. 55 Quadro 4.6 Angulos de inclinagao e graduacao Percentual correspondente* Grnduagio o ‘Tungente Sen (Graus) po ° ors hors Ls fhosap Noss hoses thoes 11.0699 ‘hoo ost? fh0as mai 41392 0.1364 00736 meds qe dng sumer, Satenga ste con ments corre em uma esteira rolante clevada, 0 rendimemto do trabalho © 0 consumo do trabalho sao determinados das seguintes maneiras: 1. Rendimemo do trabalho. O rendimento do traba- tho € igual a0 peso do individuo multiplicado pela distancia vertical aleancada enquanto percorre a inclinagéo da es 1a, isto é, trabalho € igual a forca (peso do individuo) vezes distancia. A determinagio do peso do indi cconstitui problema (por exemplo, 73 kg); no entanto, medir fa distancia vertical € bem mais compiexo. Recorrendo a Fig. 4.8, as mensuragées © computagdes sio feitas da se: guinte forma: A distancia vertical X ¢ igual ao seno do angulo teta (0), vezes B, que € & distancia pereorrida ao longo da inclinagéo, ou: X = (seno A) (B) Por exemplo, suponhamos que o Angulo @ seja de 2 graus. O ngulo pode ser medido com um inclindmetro no ponto Cl Fig. 4.8 Determinagdo do rendimento do trabalho utilizando ‘uma esteira rolante inclinada. © singulo teta (0) & determinado pelo uso do inclindmetro no ponto C. A leitura de 88 graus tno ponto C sobre a esteira rolante equivale a 2 graus no angulo 6 (180 graus [90 graus + 88 graus} = 2 graus). A distancia vertical a ser percorrida pelo individuo, x, é computada eonforme fi esbogado no texto. C, Fig. 4.8. Um seno 0 de 2 graus (no Quadro 4.5) igual a 0,0349. O valor de B é calculado conhecendo-se a velocidade da cortcia da esteira ea duragio do exereicio. Por exemplo, a dstincia percorrida sobre a inclinagao an~ dando a 4,8 km por hora (3 milhas por hora) durante 30 minutos (0.5 hora) é de 2.4 km; ou: B= 4.8 km/hora * 0,5 hora = 2,4 km X = 0,0349 x 2.4 km = 0,08376 km Transformando X em metros 0,08376 km x 1.000 metros/km 3,76 metros: Portanto, 0 rendimento do trabalho (‘T) passa a ser: T= 73 kg (peso do individuo) x 83,76 metros (distancia vertical) = 6.114,5 kgem de trabalho empreendido durante 30 minutos Para calcular a eficiéncia, o rendimento do trabalho pode ser calculado também em unidades de poténcia (tra- balho por unidade de tempo). Para o ealeulo da poténcia, converte-se 0 rendimento do trabalho em trabalho por unidade de tempo, ou: . 6.114,5 kg-m Poténeia = 203.8 kg-mv'min 30 minutos 2. Consumo (influxo) do trabatio, O consume do tra- batho durante o exereicio submaximo (aersbico) pode ser ceminciado em termos de consumo exclusivo de oxigénio por unidade de tempo. Como jé foi dito, o individuo tera Que estar em estado estavel (steady state). Admitindo-s {que 0 VO, exclusivo do individuo ao andar seja de 0,5 litto, Dor minuto, cabe-nos transformar essa medigdo em unida~ des idénticas de rendimento de poténcia, isto é, 0s litros de oxigénio por minuto terdo que ser enunciados em kg-m por minuto. ‘A primeira providéncia consiste em transformar litros de oxigénio por minuto em quilocalorias por minuto. Tsso E feito determinando-se R e, a seguir, recorrendo ao Qua dio 4.4 para obter o equivalente calsrico apropriado, Ow Supondo que R= 0.82 1 litro de O, = 4,83 keal, ou 045 ftzofminoto x 4,88 keaitco st eatin 1 kcal/min = 426,8 kg-m/min (Quadro 4.2); DAT Kealinin = 268 kprmeal 088 § kgsinin epee = 208 KEMiMiN_ 4 49) = 19.8% 1008.5 kg-minin As vezes, a eficiéncia de percorrer um plano inelinado & representada na forma da relagao entre o trabalho stil BASES FISIOLOGICAS DA EDUCACAO FISICA F DOS DESPORTOS realizado e a energia despendida para vencer essa gradagio menos a energia gasta para percorrer a mesma distancia em um plano horizontal, vezes 100. Eficigneia = (distincia vertical)(peso do individuo) la na subida — energia despendida nna horizontal cenergia despent x 100 Métodos modificados para refletir 0 custo energético As vezes ocortem situagdes nas quais 0 estudioso do exer cicio terd que empregar uma abordagem algo diferente para medir o dispéndio de energia. Existem trés métodos que podem produzir resultados satisfatérios; talvez seje melhor ilustré-los com exemplos. Mensuragao do custo energético para a corrida de 100 metros rasos Seria extremamente dificil correr-se em uma pista segurare do 20 mesmo tempo uma bolsa de Douglas com a finalidade de coletaro ar expirado do corredor. Para evitar esse incom veniente, determina-se 0 Vo, em repouso c, a seguir, die rante a cortida, 0 individuo prende a respiragio até o final da prova, quando entio encosta seu nariz e dirige todo ‘ar expirado para dentro de uma série de bolsas de Dou alas Esse método foi utilizado para medir o custo do turna de natagao, nas viradas cléssica e olfmpica.® Seis nadadores masculinos foram testados em estado pds-absortivo (12 horas apds a sltima refeigao). Inicialmente, foi determi. nado 0 consumo de oxigénio em repouso e, a seguir, o nadadores nadaram 213,36 m (70 pés), realizando o turn¢ quer com virada cldssica, quer com virada olimpica, sen respirar. Imediatamente apés 0 término da prova, eles exalaram dentro de uma bolsa de Douglas por 15 minutes ‘O custo energético exclusivo do exercicio foi determinade subtraindo-se 0 consumo do oxigénio durante 15 minuto de repouso daquele obtido durante os 15 minutos de rect peracio. Os dados niio mostraram qualquer diferenga signi fieativa entre os dois turnos em relacao ao débito de oxigé nio, porém o turno com virada olimpica foi realizado mut mais rapidamente. Mensuragdo do custo energético para a corrida de 400 metros rasos Aqui surge novamente um desafio: encontrar um pesqu sador fisicamente qualificado para correr ao lado de ut atleta com utensilios na mao destinados a coletar esse valc so ar exalado! Além disso, qual € 0 atleta capaz de prenée a respiragio enquanto percorre 400 metros? Nessa situ ‘¢10, pode-se utilizar apenas o débito de O, como indicagé fidedigna da intensidade do exercicio. Apés determin: (0 Vo, de repouso, prepara-se 0 palco para que, imediat ago ran du- mic ‘ar fienle pds prova, seja coletado todo 0 ar exalado. Como antes, ovalor de repouso subtraido do valor da recuperacio presenta 0 oxigénio da recuperagio. Esse método foi empregado para comparar os débitos £Oxigénio acumulados a0 se nadar as 400 jardas (3.656 am esi live, uilizando as viradas classica ¢ olimpi- Gall Os atletas cram cinco nadadores da representagio 8 Ohio State University engajados ativamente em natagao Competitive. Apis penetrarem na égua da piscina em est absortivo, os nadadores descansavam por 20 minu- Hos. Durante 05 iltimos 5 minutos de repouso, o ar exalado diiido para dentro de uma bolsa de Douglas. A seguir, Osaletas penetravam na piscina, quando Ihes era solicitado nadassem 400 jardas em 4 minutos e 50 segundos, umends 5 segundos. Durante a recuperagio, 0 at falido era coletado por 30 minutos apds o exercicio. As médias do oxigénio de recuperacdo para as viradas cli Eolimpica cram de 4,7 a 5,1 litros de oxigénio, respectiva- Mente, Apesar de a virada clissica ter resultado em um rio derecupcracdo menor, adiferenca no era estatis- ente significative, Mensuracdo do custo energético utilizando a slmetria Os entistas da Administragéo Nacional de Aeronautica Espago (NASA), antes de iniciarem os programas dest fads a testar as reagées fisioldgicas de um organismo pigo, elaboraram uma instrumentagiio capaz de tran: Milicpor rio ao centro espacial informagées tipo respira feqléncia cardiaca ¢ pressao arterial. Atualmente, Deampo da transmissio de dados fisiol6gicos pelo ra = isioé, a tclemetsia — encontra-se em um Ga frequéncia cardiaca, pois, com cargas submaximas de alo, essa varivelrelaciona-se linearmente com 0 trae Ou a poténcia realizados e com a quantidade de génio consumido por minuto (VO3). A Fig. 4.9 ilustra icamente essas relagses, us da telemettia nos permite calcular 0 Vo; de timerosisatividades fisicas c desportivas que, do contrdé- O, Seria impossivel determinar. Evidentemente, permite ambéma mensuragdo da freqiiéncia cardiaca durante essas dades, 0 que, por si s6, pode ser valioso para profes ES de educasio fisica, técnicos e outros profissionais Sim eliedo a avaliacao da intensidade de uma atividade. er, quanto mais alta for a frequiéncia cardiaca do iio, maior estard sendo a intensidade do exercicio, Noentanto, a freqiéncia cardiaca influenciada também POF outros fatores, tais como apreensio e excitacdo. Ao liza determinacao da freqiiéncia cardfaca de certos ios por telemetria, enquanto os mesmos estavam mi- do trinamentos, por exemplo, constatou-se que a ffequencia cardiaca aumentava consideravelmente (para mais de 150 batimentos/min) durante as situagées eriticas dosjogos,apesar de sua atividade fisica ser minima." Alem 9, homens prestes @ voar no avido experimental X-15 MENSURACAO DE ENERGIA, TRABALHO E POTENCIA $7 165) reavo 1 Indivuo 2 Irv 9 Imawicio 4 Froqutncia Carica (Batmentos nino) & 15 | 180175 30235 Vo, (Litas Remit) ou ‘Carga ce Tabatno 4.9. Relagdes entre carga de trabalho, Vo, ¢ frequiéneia car- daca, A medida que a carga de trabalho ou Vo, aumenta, 0 ‘mesmo ocorre com a freqiiéneia cardaca, de uma maneita linear (linha teta). Observar a variabilidade entre os individuos. respondiam com freqléncias cardiacas extremamente al- tas, aqui também apesar de o esfor¢o tisico ser de pouca monta, O mesmo acontecia com os astronautas quando se deparavam com situagdes eriticas, como, decolagem ¢ ouso na lua Se nos depardssemos com o problema de avaliar 0 custo energético enquanto se joga raquetebol ou o delicioso esporte do curling (jogo sobre 0 gelo),? procederiamos da seguinte forma: 1. Mandar cada individuo andar sobre a esteira rolante, com cargas de trabalho progressivamente maiores. 2. Para cada carga de trabalho, medir a freqiiéneia car diaca ¢ 0 consumo de oxigénio. 3. Utilizando uma regressao estatistica, marear essa re- lagdo em um gréfico, como indicado na Fig. 4.9 A seguir, adapta-se um transmissor ao individuo, como mostrado na Fig. 4.10, Esse instrumento, que ¢ aplicado nas proximidades da cintura ou do t6rax do individuo. transmite através do ridio a frei gravador. A frequiéncia cardiaca pode ser medida durante a realizagio dessa atividade. Dessa forma, 0 Vo, pode ser determinado indiretamente durante o jogo. Por exem- plo, se a freqié ‘dfaca para o individuo mimero 1 fosse de 142 batimentos por minuto, entio 0 Vo; seria igual a aproximacamente 1,6 litro por minuto, naguele determinado momento (Fig. 4.9). Cada individuo deve ser assim “titulado”, pois a relacdo ¢ individual. Por exemplo, com @ mesma freqiiéneia cardfaca (142 batimentos/mm), © Vo, para 0 individuo mimero 5 seria de 1,96 litro/min Incidentalmente, os individuos que praticam curling utili- zam cerca de 1.000 keal em uma competigao de 2 horas. Consideragées acessérias na mensuragao do dispéndio energético A medigio fisiol6gica indireta da energia jé foi bem padro- nizada no laboratério. Os métodos que 4 diseutimos po- 58 BASES FISIOLOGICAS DA EDUCACAO FISICA E DOS DESPORTOS. Fig. 4.10 Individuo adaptado a um transmissor para telemetria a frequéncia cardiaca. O instrumento captaa frequéncia cardiaca © a transmite para um receptor e gravador, Esta pega compacta e leve permite ao individuo realizar a atividade sem qualquer transtorno ¢ a uma certa distancia do equipamento registrador. dem ser aplicados na maioria dos casos. Entretanto, existem certas consideragées acessérias que convém ter em mente a0 medir ¢ interpretar o custo energético das atividades. Tamanho corporal e custo energético Uma pessoa maior, ao movimentar 0 corpo através de determinada distancia, gastaré mais energia do que uma outra menor. Como resultado, as vezes é mais conveniente cenunciar 0 dispéndio de energia em termos de peso corpo- ral, particularmente ao fazer comparagoes. Por exemplo: Trabalho: quilograma-metros por quilograma de peso cor- poral (kg-m/ke) Energia: quilocalorias por quilograma de peso corporal (kcal/kg) Poténcia: quilograma-metros por quilograma de peso cor poral por minuto (kg-m/kg-min-') Energia: VO,em mililitros por quilograma de peso corporal por minuto (mi/kg-min“), quilocalorias por quilograma de peso corporal por minuto (keal/kg-min Convém observar que 0 peso corporal € enunciado habi- ‘tualmente em quilogramas, uma unidade métrica que para niés [de lingua inglesa] nao é tio familiar quanto a libra ‘Um quadro que converte 0 peso corporal de libras para quilogramas é fornecido no Apéndice E, Uma libra equi- vale a 0,4535 quilograma em um quilograma corresponde 2,208 libras. As vezes, utiliza-se a rea superficial corporal, em vex do peso corporal, para enunciar a energia por unidade de tamanho corporal. Em geral, é esse 0 caso quando se enuncia o dispéndio energético em equivaléncia caldrica (keal) durante os estudos sob equilibrio térmico. A razio para isso € que a quantidade de calor ganho e/ou perdido pelo corpo constitui mais uma fungao da area superticial corporal do que apenas do peso corporal. A area superficial corporal écaleulada com base tanto no peso corporal quan- to na altura. Por exemplo, uma pessoa com 70 kg (134 I bras) e cuja altura & de 180 cm (5 pés e 11 polegadas) tem uma srea superficial corporal de 1,87 metro quadraslo. A rea superficial corporal pode ser calculada a partir de um nomograma, que é apresentado também no Apéndice E. Valores médios para energia e trabalho Para ficarmos bem orientados na dea da fisiologia do exeret cio, certos valores energéticos comuns para varios niveis de exercicio terdo que ser decorados. Por exemplo, convén, lembrar que, 20 ficarmos sentados e lermos este livro,« quantidade de oxigénio consumidofiea entre 250 a 300 ml/nin u entre 3,5 ¢ 4,5 ml/kg-min, assim como que a producio de calor fica entre 1,2 € 1,5 kealimin. Ao mesmo temp, cerca de 6 a 8 litros de ar estao sendo ventilados por minuto. ‘A freqiéneia cardiaca em repouso fica entre 70¢ 80 batime: tos por minuto. ‘Oconhecimento valores forma uma linha bésice para a compreensdo da intensidade do trabalho. Por exen plo, um exercicio que requer um consumo de oxigéaio de 4,5 litrosimin significaria muito pouco se nao soubés. em repouso, a necessidade é de 0,3 litro (30 semos que, mil). O exercicio que requer um consumo de oxigenio tio alto € 15 vezes mais intenso que 0 repouso. Da mest forma, uma pessoa que ventila 140 litros de ar por miinun est movimentando cerca de 20 vezes mais ar através ds pulmées do que o volume necessério para o metabolism? em repouso. © Quadro 4.7 contém valores médios energéticos ¢ correlatos que nos permitirao uma melhor compreenss das necessidades fisioldgicas para um bom desempenk Vale a pena memorizar alguns desses valores, Resumo Energia, trabalho e poténcia estdo relacionados funcion mente. Energia é definida como a capacidade de realiat trabalho, enquanto trabalho (7) éa aplicagao de uma fore (P através de uma distancia (D), ou T = F x D. Potén (P) € 0 ritmo temporal (#) com que se realiza o trabslhi ou P= Tir = (Fx Dt ‘A quantificagéo direta da energia nos seres human implica a mensuracdo da produgdo de calor, enquanto imétodo indireto consiste na medigao do consumo de oxige nio. Constitui um fato conhecido de que a energia prode zida através do metabolism dos nutrientes¢ igual ao cle produzido pelo corpo. (0 oxigénio consumido pode ser enunciado em unide es de energia, isto é, em quilocalorias (keal), quand se conhece a relacdo da permuta respiratoria (R), que MENSURACAO DE ENERGIA, TRABALHO E POTENCIA 59 ie E Quadro 4.7 Casieasio do raatho feat _ a = ete io reo wees in to ane Ss ss. wre tee al > aE me Se’ eee al s ns Rug = <0 <0% <5 <3 <40 <0

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