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Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

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PARECER/SAGES/COGES/SCI N.º 001/2010


Referência: Processo Administrativo N.º 52.171/2009
Interessado: José Ribamar Nogueira Barros
Assunto: Administrativo. Pessoal. Encargo de Representação. Exercício.
Questionamentos. Considerações.

Senhor Diretor-Geral,

Trata-se de requerimento protocolado pelo servidor JOSÉ RIBAMAR


NOGUEIRA BARROS, Técnico Judiciário do Quadro Permanente deste Tribunal, onde
solicita esclarecimentos sobre a gratificação de representação percebida pelo mesmo no
período de 1985 até 1987, visando subsidiar posterior pedido de opção pela vantagem do
artigo 193 da Lei n.º 8.112/1990, combinado com o artigo 2º da Lei n.º 8.911/1994, com
preenchimento dos pressupostos até a data de 18 de janeiro de 1995, conforme as decisões
plenárias de n.ºs 2076/2005 e 1870/2005 do Tribunal de Contas da União.

2. O servidor juntou ao seu pedido cópia das fichas financeiras dos anos de
1985, 1986 e 1987, além de cópia da Portaria n.º 59/1985 que concedeu a gratificação de
representação em questão, levantando os seguintes questionamentos: “1. Qual função
corresponde a rubrica referente GRATIFICAÇÃO REPRESENTAÇÃO que consta nas
minhas fichas financeiras, relativas aos anos de 1985, 1986 e 1987?; 2. Identificar a
função acima com a respectiva Lei de sua criação; 3. Identificar qual função atualmente é
correspondente, se houver?”, postulando, por último, que fosse certificado “que o período
de abril de 1985 até dezembro de 1987 não ocorreu interrupção no efetivo exercício da
„função‟ denominada GRATIFICAÇÃO REPRESENTAÇÃO”.

3. Dos autos emergem, em síntese, as seguintes manifestações: (1) em


informação acostada às fls. 61/64, a SENOP, após traçar o perfil histórico das funções
exercidas pelo servidor, posiciona-se pela viabilidade da elaboração de ato reconhecendo o
exercício das atribuições de motorista e a consequente certificação desse período, desde que
haja o prévio reconhecimento por parte da administração deste Tribunal, através do
instituto da convalidação; (2) em adição, a Secretária de Gestão de Pessoas, substituta,
ressalta que, mesmo após o Serviço de Cadastro e Controle ter elaborado exposição de
motivos reconhecendo “que o servidor José Ribamar Nogueira Barros, passou a perceber
a gratificação de representação de gabinete pelo exercício da função de motorista da Vice-
Presidência a partir de abril de 1985 e, em 1987, passou a exercer a função gratificada de
auxiliar especializado”, somente “foi providenciado ato designando o servidor para
ocupar a função gratificada de auxiliar especializado – encargo de representação de
gabinete da Vice-Presidência, com efeito retroativo, tão-somente, a 8 de dezembro de
1987, inexistindo registro, no âmbito deste TRE/CE, de ato de designação para o

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desempenho da reportada função, durante o interstício de abril de 1985 a dezembro de


1987”.

Relatado, manifesto-me.

4. De início, convém registrar que os diversos documentos carreados aos autos


– contracheques e fichas financeiras – não deixam nenhuma margem para que se venha a
duvidar quanto à percepção da gratificação de representação pelo requerente nos anos de
1985 até 1987, ainda que tal concessão seja decorrente, é oportuno que se ressalte, de
documento apócrifo [Portaria n.º 59, datada de 7 de fevereiro de 1985], ou seja, de
documento sem autenticação ou assinatura. Aliás, é preciso que se diga que o ato
administrativo em comento não é citado nem na exposição de motivos elaborada pelo então
Serviço de Cadastro e Controle, vinculado à então Subsecretaria de Pessoal, nem no
Parecer n.º 180/91 da Auditoria deste Tribunal, ambos acostados às fls. 46/51, uma vez que
se observa, nos autos da exposição de motivos, a ressalva sobre a inexistência de “... ato
administrativo com relação a concessão da gratificação de representação de gabinete...”
ao servidor José Ribamar Nogueira Barros.

5. Noutro sentido, ainda que este Tribunal venha a reconhecer a validade do


documento apócrifo concessório da gratificação requestada, deve-se entender como
superada a comprovação fática de que o servidor em questão percebeu a gratificação de
representação no período suscitado, face a quantidade de documentos acostados aos autos.
Por outro lado, urge proceder ao exame da origem da respectiva gratificação e, por via de
consequência, se a mesma tem alguma ligação com o encargo de representação
posteriormente assumido pelo servidor, uma vez que o seu futuro reconhecimento poderá
gerar direitos, de ordem pecuniária, para o requerente, que poderão ensejar em despesas
futuras para a administração deste Regional, razão pela esta unidade técnica entende que o
exame do presente caso deve ser feito com prudência.

6. Com efeito, à vista da legislação utilizada na Portaria n.º 59/1985, tem-se


que a concessão da gratificação de representação em epígrafe fundamenta-se no disposto
no artigo 7º do Decreto-lei n.º 1.461, de 23 de abril de 1976, combinado com o artigo 1º do
Decreto n.º 77.242, de 26 de fevereiro de 1976, que, em suma, disciplinam:

Art. 7º. As Gratificações pela Representação de Gabinete serão fixadas por ato
da Presidência de cada Tribunal, observados os princípios e valores
estabelecidos para o Poder Executivo.

Art. 1º. A gratificação pela representação de gabinete será concedida para


indenizar as despesas de representação social resultantes do exercício:
I – nos Gabinetes da Presidência e da Vice-Presidência da República;
......................................................................................................................

7. De fato, a gratificação de representação em apreço encontra-se


regulamentada pelo Decreto n.º 77.242/1976, em cumprimento ao disposto no artigo 6º,

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item III, e no item II do Anexo II do Decreto-lei n.º 1.341, de 22 de agosto de 1974, que
dispõe sobre a implantação gradual do Plano de Classificação de Cargos, e que no item II
do anexo II define a citada gratificação como sendo “indenização devida ao servidor pelos
gastos decorrentes de representação social pelo exercício nos Gabinetes Civil e Militar e
na Secretaria de Planejamento da Presidência da república, no Serviço Nacional de
Informações e Gabinetes de Ministro de Estado, de Dirigentes de Órgãos integrantes da
Presidência da República e dos Secretários-Gerais de Ministérios”. No mesmo sentido,
vê-se nos artigos 4º e 6º do Decreto n.º 77.242/1976 que a gratificação suscitada “não será
incorporada aos vencimentos, para qualquer efeito, ...” e nem “poderá ser acumulada
com vencimento de cargo em comissão, salário de função de confiança, gratificação de
função ou gratificação por Encargo de Direção ou Assistência Intermediárias”. Ora, o
anexo em questão apresenta, além da gratificação citada, diversas outras gratificações, com
as suas respectivas bases de concessão, entre as quais podemos vislumbrar a “gratificação
por encargo de direção ou assistência intermediárias” que se destina, em suma, “a retribuir
o exercício de funções integrantes do Grupo – Direção e Assistência Intermediárias, de
que trata a Lei n.º 6.006, de 10 de dezembro de 1973, de atribuições correlatas com as do
cargo efetivo”.

8. Como se vê, as gratificações acima advém de benefícios distintos, posto


que, enquanto uma tem caráter indenizatório, a outra se converte em vantagem destinada a
retribuir o exercício de funções integrantes do grupo DAI, sendo que ambas se excluem
mutuamente, conforme preconiza o Decreto n.º 77.242/76. Com efeito, essa linha de
raciocínio encontra respaldo no próprio Decreto-lei n.º 1.461/1976 que, em artigos
distintos, trata do reajuste das respectivas gratificações, sendo uma fixada por lei e a outra
a critério de cada TRE, senão vejamos:

Art. 3º. As gratificações correspondentes às funções integrantes do Grupo-


Direção e Assistência Intermediárias, Código TRE-DAI-110 são reajustadas
nos valores estabelecidos no Anexo II do Decreto-lei n.º 1.445, de 13 de
fevereiro de 1976.

Art. 7º. As Gratificações pela Representação de Gabinete serão fixados por ato
da Presidência de cada Tribunal, observados os princípios e valores
estabelecidos para o Poder Executivo.

9. Em outras palavras, enquanto a gratificação de representação de gabinete


era indenização fixada por ato da Presidência de cada Tribunal Eleitoral, com observância
aos princípios e valores estabelecidos para o Poder Executivo, as gratificações de funções
integrantes do Grupo Direção e Assistência Intermediárias (DAI) derivavam de lei
formalmente elaborada, não sendo passível, portanto, de fixação do seu valor por ato do
Presidente de cada Regional.

10. Por outro lado, no que tange a verificação sobre a possível conexão entre a
gratificação de representação de gabinete com os encargos de representação de gabinete
posteriormente criados, faz-se imperioso retroceder à época da criação de ambos, visando

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oportunamente comprovar a existência ou não das mesmas na estrutura administrativa da


Secretaria deste Tribunal Eleitoral. De fato, a Portaria n.º 614, de 28 de outubro de 1974,
deste Regional, anterior, portanto, à criação da gratificação de representação de gabinete
prevista no Decreto n.º 77.242/76, definia no seu Anexo I o quantitativo de lotação
numérica das gratificações de funções integrantes dos Grupos Direção e Assessoramento
Superiores (DAS) e Direção e Assistência Intermediárias (DAI) existentes no âmbito do
TRE/CE, nos seguintes termos: (a) Grupo DAS – Diretor-Geral (1), Diretor de Secretaria
(2), Diretor de Subsecretaria (6), Auditor (1) e Assessor (3); (b) Grupo DAI – Secretário do
Presidente (1), Secretário do Corregedor (1), Chefe de Zona (5), Secretário do Diretor-
Geral (1), Secretário do Diretor de Secretaria (2), Secretário do Auditor (1), Chefe de
Serviço (11) e Chefe de Setor (5). Por força, então, da Portaria acima citada, os grupos
DAS e DAI perfaziam os seguintes totais, respectivamente: 13 e 27.

11. Nesse sentido, registro que os quantitativos citados acima não sofreram
qualquer alteração com a aprovação do Regimento Interno da Secretaria do TRE/CE,
publicado no Diário Oficial de 8.8.1975, o que nos leva a inferir que a gratificação
percebida pelo servidor durante o período de 1985 à 1987 não era do grupo DAI, nem fazia
parte da estrutura administrativa deste Tribunal, pois se tratava, faz-se necessário repisar,
de “indenização devida ao servidor pelos gastos decorrentes de representação social pelo
exercício nos Gabinetes Civil e Militar e na Secretaria de Planejamento da Presidência da
República, no Serviço Nacional de Informações e Gabinetes de Ministros de Estado, de
Dirigentes de Órgãos integrantes da Presidência da República e dos Secretários-Gerais
de Ministérios”, que o Decreto-lei n.º 1.461/1976 adotou no âmbito das Secretarias dos
Tribunais Regionais Eleitorais, com expressa observância dos “princípios e valores
estabelecidos para o Poder Executivo”.

12. Ademais, esse entendimento encontra reforço na aprovação da Resolução n.º


43, de 8 de dezembro de 1987, deste Tribunal, que, em cumprimento ao disposto na
Resolução TSE n.º 13.967, de 24 de novembro de 1987, criou, no quadro permanente da
Secretaria deste Regional, Encargos de Representação de Gabinete com os quantitativos
constantes no anexo da supracitada Resolução, extinguindo, na oportunidade, algumas
funções então existentes do Grupo Direção e Assistência Intermediária (DAI), tais como:
“6 (seis) Secretários, DAI 112-3; 21 Chefes de Serviço, DAI 111.3; 05 Chefes de Setor,
DAI 111.2”, e disciplinando que “os atuais componentes das funções de Secretário da
Presidência, do Corregedor Regional Eleitoral e do Diretor-Geral passarão a exercer os
Encargos de Oficial de Gabinete, os das funções de Secretário das Diretorias das
Secretarias de Coordenação Administrativa e Eleitoral e de Auditoria, bem como os de
Chefe de Serviço de Secretaria, desempenharão os Encargos de Supervisor e os de Chefe
de Setor os de Assistente”[Parágrafo único, do art. 2º da Resolução n.º 43/1987 do
TRE/CE].

13. Ora, resta evidente que a supracitada Resolução, ao criar e extinguir


funções, somente podia fazer referência às funções que antes faziam parte da estrutura
administrativa deste Tribunal, pois o artigo 3º da mesma Resolução determinava que: “Nos

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artigos 3º, III e 4º do Regimento Interno da Secretaria, os termos „Funções de Grupo


Direção e Assistência Intermediárias‟ devem ser substituídos por „Encargos de
Representação de Gabinete‟;(...)”. De fato, somente após a aprovação da Resolução suso é
que, tanto o Gabinete da Presidência quanto o da Vice-Presidência deste Regional,
passaram a contar com a função gratificada de Auxiliar Especializado – Encargo de
Representação de Gabinete, que foi concedida ao requerente por ato datado de 27 de
setembro de 1991, com efeito retroativo a contar da data de 8 de dezembro de 1987, que,
por coincidência, é a mesma data da Resolução em questão.

14. Dessa forma, penso que a divergência apontada pela Secretária de Gestão de
Pessoas substituta no seu despacho de fls. 65 [“No entanto, foi providenciado ato
designando o servidor para ocupar a função gratificada de auxiliar especializado –
encargo de representação de gabinete da Vice-Presidência, com efeito retroativo, tão-
somente, a 8 de dezembro de 1987, inexistindo registro, no âmbito deste TRE/CE, de ato
de designação para o desempenho da reportada função, durante o interstício de abril de
1985 a dezembro de 1987”], não tem razão de prosperar, porquanto a situação funcional do
servidor somente poderia ser regularizada até aquela época, com o advento da Resolução
TRE n.º 43/1987, pois a gratificação de representação percebida antes, volto a aduzir, não
fazia parte da estrutura administrativa do Tribunal e somente tinha o caráter indenizatório,
além de não poder ser incorporada aos vencimentos para qualquer efeito.

15. Não bastando esses argumentos, colaciono aos autos diversos julgados sobre
a matéria que comprovam a impossibilidade da incorporação da gratificação de
representação em comento, face a sua natureza indenizatória:

AC - APELAÇÃO CIVEL - 199701000300095


Relator(a) JUIZ FEDERAL MARCELO DOLZANY DA COSTA Sigla do órgão
TRF1 Órgão julgador PRIMEIRA TURMA SUPLEMENTAR Fonte DJ
DATA:05/05/2005 PAGINA:31 Decisão A Turma, por unanimidade, deu
provimento à apelação e à remessa. Ementa GRATIFICAÇÃO DE
REPRESENTAÇÃO DE GABINETE. CARÁTER INDENIZATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO AO SALÁRIO.
IRRETROATIVIDADE DA LEI 8.911/94. 1. Até o advento da Lei 8.911, de
12/7/1994, a gratificação de representação de gabinete pelo exercício da função
de motorista oficial da Presidência da República não se incorporava ao salário
do servidor, para qualquer efeito, pois sua finalidade era indenizar despesas de
representação social, em gabinete, somente enquanto ocorrente essa situação.
A transformação da função em especialista e sua inclusão dentre as funções de
direção chefia e assessoramento da Presidência da República foi expressamente
prevista no art. 1º daquela Lei, cujos efeitos financeiros são devidos a partir da
respectiva publicação. 2. Não cabe pagamento de parcelas anteriores à
publicação da lei se esta não previu efeitos financeiros retroativos. 3. Apelação
e remessa providas. Data da Decisão 12/04/2005 Data da Publicação 05/05/2005

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Processo AC 9301251639
AC - APELAÇÃO CIVEL - 9301251639
Relator(a) JUIZ FRANCISCO DE ASSIS BETTI (CONV.) Sigla do órgão TRF1
Órgão julgador PRIMEIRA TURMA SUPLEMENTAR Fonte DJ
DATA:19/09/2002 PAGINA:184 Decisão A Turma, à unanimidade, negou
provimento à apelação. Ementa GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE
GABINETE. CARÁTER INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE
INCORPORAÇÃO AO SALÁRIO. 1. A gratificação de representação de
gabinete, pelo exercício da função de motorista não se incorpora ao salário do
servidor, para qualquer efeito, pois sua finalidade é indenizar despesas de
representação social, em gabinete, somente enquanto durar essa situação. 2.
Apelo a que se nega provimento. Data da Decisão 03/09/2002 Data da
Publicação 19/09/2002

Processo AC 9601231153
AC - APELAÇÃO CIVEL - 9601231153
Relator(a) JUIZ JOSÉ HENRIQUE GUARACY REBÊLO (CONV.) Sigla do
órgão TRF1 Órgão julgador PRIMEIRA TURMA SUPLEMENTAR Fonte DJ
DATA:08/04/2002 PAGINA:136 Decisão A Turma, por unanimidade, deu
provimento à apelação e à remessa oficial. Participaram do Julgamento os
Exmos Srs. Juízes SELENE MARIA DE ALMEIDA e DERIVALDO DE
FIGUEIREDO BEZERRA FILHO (CONV.). Ementa ADMINISTRATIVO.
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE GABINETE. EXERCÍCIO SOB
REGIME CELETISTA. REGIME ESTATUTÁRIO. INCORPORAÇÃO AOS
PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. PREVISÃO LEGAL. AUSÊNCIA. 1- O
STF tem consolidado entendimento de que os servidores públicos - inclusive
os anteriormente regidos pela CLT - não têm direito adquirido a regime
jurídico, sendo impossível a soma de direitos e vantagens de regimes jurídicos
distintos (MS n. 21086/DF, Rel. Min. Moreira Alves). 2- À míngua de expressa
disposição legal, a Gratificação de Representação de Gabinete percebida pela
autora não se incorpora aos seus proventos de inatividade eis que dita
vantagem tem natureza indenizatória, não se equiparando a cargo em comissão
ou função de confiança ou gratificada. 3- Precedentes da Corte. 4- Apelação e
remessa oficial providas. Sentença reformada. Data da Decisão 19/03/2002
Data da Publicação 08/04/2002

Processo AC 9201193785
AC - APELAÇÃO CIVEL - 9201193785
Relator(a) JUIZ AMÍLCAR MACHADO (CONV.) Sigla do órgão TRF1 Órgão
julgador SEGUNDA TURMA Fonte DJ DATA:28/06/1999 PAGINA:105
Decisão Negar provimento à Apelação, à unanimidade. Ementa
ADMINISTRATIVO - GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE
GABINETE - LEIS Nº 1711/52 E 6732/79 - INCORPORAÇÃO AOS
PROVENTOS - IMPOSSIBILIDADE - PREVISÃO LEGAL - AUSÊNCIA. 1 - À
míngua de expressa disposição legal, a Gratificação de Representação de
Gabinete percebida pelo Autor, durante 28 (vinte e oito) anos, pelo exercício

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de função na Presidência da República, não se incorpora aos seus proventos de


inatividade. 2 - A Gratificação de Representação de Gabinete tem natureza
indenizatória, não se equiparando a cargo em comissão ou função de confiança
ou gratificada, para fins do art. 180 da Lei 1711/52 e legislação subseqüente. 3 -
Precedentes da Corte. 4 - Apelação improvida. Data da Decisão 05/04/1999
Data da Publicação 28/06/1999

Processo AC 9201211201
AC - APELAÇÃO CIVEL - 9201211201
Relator(a) JUIZ PLAUTO RIBEIRO Sigla do órgão TRF1 Órgão julgador
PRIMEIRA TURMA Fonte DJ DATA:15/05/1995 PAGINA:28699 Decisão
POR UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO A APELAÇÃO. Ementa
ADMINISTRATIVO.... GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE
GABINETE. INCORPORAÇÃO INDEVIDA. 1 - A GRATIFICAÇÃO DE
REPRESENTAÇÃO DE GABINETE, POR SEU CARATER INDENIZATORIO,
NÃO INCORPORA, PARA QUALQUER EFEITO, NO SALARIO DO
SERVIDOR. 2 - APELO IMPROVIDO. 3 - DECISÃO MANTIDA. Data da
Decisão 18/04/1995 Data da Publicação 15/05/1995

Processo RO 8901202247
RO - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA - 8901202247
Relator(a) JUIZ SOUZA PRUDENTE Sigla do órgão TRF1 Órgão julgador
SEGUNDA TURMA Fonte DJ DATA:12/11/1990 PAGINA:26801 Descrição A
UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. Ementa
TRABALHISTA. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE GABINETE.
CARATER INDENIZATORIO. IMPOSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO
AO SALARIO. I - A GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE GABIENTE
NÃO SE INCORPORA AO SALARIO DO SERVIDOR, PARA QUALQUER
EFEITO, POIS SUA FINABILIDADE_E INDENIZAR DESPESAS DE
REPRESENTAÇÃO SOCIAL, EM GABINETE, SOMENTE ENQUANTO
DURAR ESSA SITUAÇÃO. II - RECURSO ORDINARIO DESPROVIDO.
SENTENÇA CONFIRMADA. Data da Decisão 09/10/1990 Data da Publicação
12/11/1990

Processo AMS 8901206820


AMS - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA - 8901206820
Relator(a) JUIZ PLAUTO RIBEIRO Sigla do órgão TRF1 Órgão julgador
PRIMEIRA TURMA Fonte DJ DATA:30/10/1989 PAGINA:***** Descrição
POR UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO AO APELO. Ementa
ADMINISTRATIVO. QUINTOS. INCORPORAÇÃO. LEI N. 6.732/79 E
DECRETO N. 77.242/76. 1 - NÃO COMPLETANDO O INTERSTICIO DE 06
(SEIS) ANOS, NÃO HA QUE SE FALAR EM DIREITO A PERCEPÇÃO DE
VANTAGEM PESSOAL DA IMPORTANCIA EQUIVALENTE A FRAÇÃO
DE 1/5 (UM QUINTO), PREVISTA NA LEI N. 6732/79. 2 - A FUNÇÃO
EXERCIDA EM GABINETE, QUE NÃO DEU ORIGEM A CARGO EM
COMISSÃO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA DOS GRUPOS DAI OU DAS,

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NÃO SE ENQUADRA NAS FUNÇÕES ENUMERADAS PELA LEI DOS


QUINTOS. 3 - A GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE GABINETE,
RECEBIDA EM DECORRENCIA DO EXERCICIO NO GABINETE, ESTA
REGULADA PELO DECRETO N. 77.242/76, SENDO VANTAGEM
INDENIZATORIA, OU SEJA, CONCEDIDA PARA INDENIZAR AS
DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO SOCIAL, RESULTANTES DO
EXERCICIO (ART. 1), E, POR ISSO MESMO, NÃO PODE SER
INCORPORADA AOS VENCIMENTOS, PARA QUALQUER EFEITO (ART.
4). 4 - APELAÇÃO DESPROVIDA. 5 - SENTENÇA CONFIRMADA. Data da
Decisão 26/09/1989 Data da Publicação 30/10/1989

16. Destarte, pelas razões expostas nos autos, dissentimos do entendimento


externado pela Secretaria de Gestão de Pessoas na informação e no despacho de fls. 61/66
e opinamos pela inviabilidade jurídica do pedido, uma vez que entendemos que a situação
funcional do servidor já foi devidamente regularizada, através do ato administrativo
originário da Presidência desta Corte Eleitoral acostado às fls. 53, porquanto a gratificação
de representação percebida pelo mesmo no período de 1985 à 1987 somente tinha o caráter
de indenização e não podia ser incorporada para qualquer efeito, além de não fazer parte da
estrutura administrativa deste Tribunal.

É o parecer que submetemos à consideração de Vossa Senhoria.

SAGES, em 8 de janeiro de 2010

Antônio Carlos Pinheiro da Silva


Analista Judiciário – Mat. 11570
Chefe da Seção de Acompanhamento e Orientação às Gestões Administrativas e de Recursos Humanos

Francisco Aurélio de Andrade Timbó


Secretário de Controle Interno e Auditoria

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