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NR-13 INBEP ey wt O QUE VOCE VAI APRENDER? a { Nogées de grandezas fisicas Equipamentos de Processo Bl Eletricidade ca Bl Instrumentagao Bi Operagao da Unidade Bl Primeiros Socorros ox 7 | Legislagao e normalizagao oa Legenda; 1 Exstern ste méduh Este curso foi elaborado de acor- do com a Portaria N.° 594, de 28 de Abril de 2014 do Ministério do Traba- Iho e Emprego ~ MTE para profissio- nais que trabalham na operacao de unidades de processos e vasos sob pressdo, além de profissionais da 4rea de manutengio, seguranga do trabalho e demais interessados em atuar na fungdo de operador de uni- dades de processo. GINBEP Atom nl Visa realizar a operacao de uni- dades de processos com seguranca e eficiéncia, de forma a evitar aciden- tes e a preservar as boas condigdes do equipamento, controlando o fun- cionamento dos equipamentos de acordo com a legislacao vigente. Por que fazer este curso? AR 13 possui uma complexa diversidade e nas atribuicdes dos equipa- mentos e processos utilizados. Sendo assim este curso tem por objetivo pro- porcionar aos participantes os conhecimentos e habilidades necessarias para uma adequada interpretacao e aplicagdo da NR 13, em unidades de proceso. Metodologia e Carga Horaria O Curso, por ter um carater de formacao e/ou orientagao normati- va, abordaré aspectos tedricos do conhecimento e sera executado exclusivamente pelo método EAD (Educagao a Distancia), modulado, contendo disciplinas constantes da Portaria N.° 594, de 28 de Abril de 2014 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, especificas e com- plementares. Apés finalizar este curso o aluno terd cumprido com a carga horéria de 60 horas. Os acidentes podem “destruir’ as vitimas e suas familias. $6 quem ja vivenciou CRE as esate Ce ion eae Lembre-se: Foco e dedicagéo sao fundamentais em um treinamento é distancia. Faca um bom curso! SGINBEP Nocées de grandezas fisicas e unidades 1.1. Pressdo 1d. 11.2. 1.1.3. Instrumentos de medic. ++ Pressdo em gases Pressdo em fluidos «+--+ +++++2sss0sseeeeeeeeeeeseeees 1.2. Calor e temperatura Equipamentos de Processo 24, Equipamento 2.2. Tipos de trocadores 2.2.1. Classificagéio quanto a utilizacao 2.3. CAlculo de um Trocador de Calor 2.3.1, Dimensionamento Térmico de Trocadores de Calor -DTML * 2.4. Consideragées Gerais sobre Isolantes Térmicos 2.4.1. 2.4.2. 2.4.3. GINBEP Conceituagao, Finalidade e Materiais Isolantes - Anilise das Caracteristicas dos Isolantes Térmicos --- Propriedades térmicas 11 12 14 18 21 26 26 40 41 43 44 47 48 2.4.4, — Fatores que afetam a condutividade térmica 245. Propriedades mecdnicas «+++++-++ss0000s00see esses 2.4.6. — Propriedades relativas 4 umidade 247. Satideeseguranca -: 2.5. Variaveis de Construgao e Operacionais «+--+» 2.5.1. Construgéo 2.5.2. Observagdes gerais sobre a construgdo --+-++ +++: 2.5.3, — Instalagdo 2.5.4. _ Entrada em operacao 2.5.5, Limpeza «++ 2.5.6. Procedimento geral para montagem e desmontagem do conjunto 2.5.7. Procedimentos gerais para armazenagem 2.5.8, Reparos 2.5.9. _ Inspegdo de Equipamentos em Operacao 2.5. Referéncias SGINBEP 48 49 50 50 51 51 51 52 53 54 - 55 56 57 57 58 ‘7 Nogdes de grandezas Liisi@e sem] alle (-[6(a Para entendermos como trabalharemos com caldeiras e vasos de pressao é fundamental que relembremos alguns pontos fundamentais que regem o as- sunto. E para isto teremos que rever alguns fundamentos da fisica. Se Muses ot) So « vf mL 4 Hebene, zg 1 orto, wee a) & i LY A Pn Oe Na fisica, uma grandeza ou quantidade ¢ 0 conceito que descreve qua- litativa e quantitativamente as relagdes entre as propriedades observadas no estudo da natureza (no seu sentido mais amplo). Uma grandeza descreve qualitativamente um conceito porque para cada nogao diferente pode haver (pelo menos em principio) uma grandeza diferente e vice-versa Uma grandeza descreve quantitativamente um conceito porque o exprime em forma de um binario de numero e unidade, Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampere Temperatura termodinanimea kelvin k Quantidade de materia mol mol Intensidade luminosa candela cd SGINBEP 7 Medir significa comparar quantitativamnente uma grandeza fisica com uma unidade através de uma escala pré-definida, Nas medig6es, as grandezas sem- pre devern vir acompanhadas de unidades. Exemplos de grandeza aceleragao. comprimento, massa, temperatura, velocidade, Medir uma grandeza fisica 6 comparéd-la com outra grandeza de mesma es- pécie, que é a unidade de medida. Verifica-se, ent&o, quantas vezes a unidade esta contida na grandeza que est sendo medida. Em resumo, Grandeza Fisica é tudo aquilo que pode ser medido e associado um valor numérico e a uma unidade. 1.1Pressdo D Pressdo é a relacdo entre uma determinada forga e sua area de distribuicao. O termo pressao é utilizado em diversas areas da ciéncia como uma grande- za escalar que mensura a aco de uma ou mais forgas sobre um determinado espaco, podendo este ser liquido, gasoso ou mesmo sélido. \elocidade de evaporagiio > ‘Velocidade de evaporagio = velocdade de condensagio velocidade de condensacio @ O) GINBEP 8 A pressao é uma propriedade intrinseca a qualquer sistema, e pode ser fa- voravel ou desfavoravel para o homem, por exemplo: A pressao que um gas ou vapor exerce sobre a pa de uma hélice, por exem= plo, pode ser convertida em trabalho e gerar movimentos controlados a um determinado fim, neste caso é o de voar. Por outro lado, a pressdo da agua nas profundezas do oceano é um dos grandes desafios para os pesquisadores que buscam novas fontes de recursos naturais. Ppressao do vapor fase de vapor tensao moléculas superficial esoluto esolvente fase liquida Video aula Quimica (Pre de vapor e temperatura de ebuligao !)- aula 21 SGINBEP 9 Instrumentos de medigo Manémetro é um instrumento utilizado para medir a pressio de um liquide ou de um gas. A técnica para medir a presso de um fluido consiste em manter o Iiquido (geralmente merctirio, devido a sua alta densidade) dentro de um recipiente com duas extremidades que permitam manejar a presséio na entrada e a sua abertura ou fechamento. Nessas extremidades podemos colocar gases ou outros liquidos, depen- dendo da experiéncia em questo. De acordo com a altura da coluna de Iiquido, pode-se estimar a pressao que ela exerce sobre a presso de entrada (geralmente é a pressao atmosférica) utilizando a equacao que relaciona altura e densidade do liquido a pressdo que ele exerce no meio. Outro tipo de manémetro mais sofisticado consiste em um tubo flexivel com uma extremidade ligada a um ponteiro e a outra aberta para a passagem de determinado gas ou Ifquido. Conforme o recipiente enche, a pressdo no tubo deforma a geometria do recipiente, que por sua vez acaba deslocando o ponteiro. Esse tipo de manéme- tro tem um carater mais pratico, e o outro mais didatico. S@INBEP 10 Pressao em gases Segundo a teoria cinética dos gases, um gas é composto por um grande numero de moléculas que se movimentam muito rapido e de forma aleatéria, causando frequentes colisdes entre as moléculas do gas e com as paredes de qualquer tipo de recipiente. Essas moléculas apresentam certo momento, dado pelo produto entre a massa e a velocidade da molécula. No instante em que uma molécula colide com uma parede, as moléculas transmitem momento a superficie, e como consequéncia produz uma forca perpendicular a essa superficie. A soma de todas essas forcas oriundas de coli- sdes em uma determinada superficie, dividida pela 4rea da mesma, resulta na pressdo exercida por um gas em um determinado recipiente. Algumas aplicagées da pressdo nos gases podem ser observadas na utili- zacao da presséo que o vapor da agua exerce sobre determinada superficie quando confinado em um espaco fechado. Esse processo pode ser encontrado em usinas nucleares, onde uma pa gira com a pressdo do vapor e converte essa energia em eletricidade. Além disso, observamos a pressao em gases sendo utilizada diariamente no freio do Gnibus, por exemple. O freio de veiculos pesados conta com um siste- ma que usa ar comprimido para cessar o movimento. GINBEP 11 Pressdo em fluidos Um corpo no estado liquido é caracterizado por apresentar uma distancia entre suas moléculas que permite ao corpo adequar-se ao ambiente em que se encontra. As caracteristicas da pressao nos liquidos sao semelhantes a que encon- tramos nos gases: O liquido exerce pressao para todos os lados de um reci- piente e em qualquer corpo que for imerso nele. Segundo o principio de Pas- cal, a0 exercermos pressdo em um fluido confinado em um recipiente, essa é transmitida integralmente a todos os pontos desse recipiente. Uma experiéncia que pode ajudar a compreender esse principio é a dos vasos comu- nicantes: Ao armazenarmos algum lfquido em urna estru- tura com colunas de volumes diferentes podemos observar que o liquido preenche todas as colunas a mesma altura, des- considerando as diferengas de volume. Isso prova que o fluido espalha-se uniformemente, portanto, exerce pres- sao igual em todas as direcdes. Essa demonstra¢ao foi muito importante para o surgimento dos sistemas hidraulicos, essenciais nos dias de hoje. A pressdo em liquidos tem algumas diferengas da pressao nos gases. SGINBEP 12 Com os gases, quanto maior a altitude menor a pressao, j4 com os liquidos, quanto maior a profundidade, maior a pressao. Isso é facil de ser evidenciado - basta mergulhar e automaticamente sentimos a pressdo aumentando. E instintivo pensar que ao furar uma garrafa de dgua, a vazdo de um furo na sua base seré maior do que a de um furo lateral (considerando que ambos tém a mesma Grea). Essa diferenca é devida a maior pressdo no fundo da garrafa, devido a altura da coluna de dgua. Outra caracteristica marcante da pressdo nos Ifquidos e demais estados da matéria € sua propriedade de alterar os outros elementos do conjunto: Temperatura, Pressdio e Volume. Podemos perceber isso ao cozinhar feijao em uma panela de pressdo: © vapor da agua aumenta a pres- so no interior da panela, e isso pro- voca uma alteracao do ponto de ebuli- do da dgua, que passa a ferver acima dos 100°C, Isso agiliza 0 processo de cozimento do gro do feijao, que seria muito mais lento se nao fosse o ad- vento da panela de pressao. As condigées normais de temperatura e pressao (cuja sigla é CNTP no Brasil e PTN em Portugal) referem-se a condig&o experimental com temperatu- ra e pressdo de 273,15 K (0 °C) e 101 325 Pa (101,325 kPa = 1,01325 bar = 1 atm = 760 mmHg), respectivamente. SGINBEP 13 Esta condigo é geralmente empregada para medidas de gases em condi- Ges atmosféricas (ou de atmosfera padrao). O equivalente de CNTP/PTN em inglés 6 NTP (normal temperature and pressure). Ha duas condigées de temperatura e pressio comumente utilizadas, sendo elas: CNTP no Brasil e PTN em Portugal, com valores de temperatura e pressao de 293,15 K e 101 325 Pa (pressao normal), respectivamente. A IUPAC (Unio Internacional da Quimica Pura e Aplicada) recomenda que 0 uso desta pressao, igual a 1 atm (pressao atmosférica normal), seja desconti- nuado. CPTP no Brasil e PTP em Portugal (sigia significando Condigées Padrao de Temperatura e Pressao), referindo-se as atuais STP2 (do inglés - Standard Tem- perature and Pressure) com valores de temperatura e pressao de 273,15 K (0 °C) 100 000 Pa = 1 bar, respectivamente. Calor e Temperatura Calor é 0 termo associado a transferéncia de energia térmica de um sistema a outro - ou entre partes de um mesmo sistema - exclusivamente em virtude da diferenca de temperaturas entre eles. Designa também a quantidade de ener- gia térmica transferida em tal proceso. Calor nao é uma propriedade dos sistemas termodinamicos, e por tal nao é correto afirmar que um corpo possui mais calor que outro, e tao pouco é corre- to afirmar que um corpo “possui” calor. ‘GINBEP 14 Os corpos (ou sisternas) possuem energia interna, essa composta por duas parcelas, a energia térmica e a energia potencial (energia quimica), cx] Video aula Nogao de calor e temperatura Os conceitos de energia interna ou mesmo de energia térmica ndo devem jamais ser confundidos com o conceito de calor; Que implica energia térmica em transito ou transferida devido & uma diferenca de temperaturas. © calor é uma das duas formas possiveis para se transferir energia de um sistema a outro; E expressa a quantidade de energia transferida através da fronteira comum aos sistemas. Da-se, portanto sem a associacao causal com eventuais variages nos volu- mes dos sistemas em interacdo. O calor descreve a parcela da energia transferida entre dois sistemas que ndo pode ser associada d execugdo de trabalho mecénico, este ultimo correspondendo & segunda entre as duas formas possiveis de transferéncia de energia entre os dois sistemas - ou partes de um sistema - em consideragdo. 0 trabalho associa-se @ energia transferida em virtude do movimento da fronteira comum aos sistemas - e nao da energia transferida através dessas - e portanto 0 SGINBEP 15 trabalho encontra-se sempre associado a variagées nos volumes dos sistemas em interagé caldeira locomovel Temperatura 6 uma grandeza fisica que mensura a energia cinética média de cada grau de liberdade um de cada uma das particulas de um sistema em equilibrio térmico. Em sistemas constituidos apenas por particulas idénticas essa definicao associa-se diretamente & medida da energia cinética média por particula do sistema em equilibrio térmico. A presente defini¢do é andloga a afirmar-se que a temperatura mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada particula do sisterna uma vez considerado todas as particulas de um sistema em equilibrio térmico em certo instante. A rigor, a temperatura é definida apenas para sistemas em equilibrio térmico. A temperatura de um gas ideal esté relacionada com a energia cinética mé- dia das particulas deste gas, SGINBEP 16 Arelacao entre o tamanho do atomo de Hélio e a distancia entre eles seria a esperada para o hélio a temperatura ambiente e submetido a uma pressao de 1.950 atmosferas mantidas as escalas, as velocidades das particulas aqui é significativamente muito menor do que a real. Calor e temperatura no funcionamento de uma caldeira: SGINBEP 17 ya Equipamentos de Processo TROCADORES DE CALOR O que é? Trocador de calor é 0 dispositivo usado para realizar 0 processo da troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas. Este processo é comum em muitas aplicagdes da Engenharia. Podemos utilizé-los no aquecimento e resfriamento de ambientes, no condicionamento de ar, na produgdo de ener- gia, na recuperagdo de calor e no processo quimico. Em virtude das muitas apli- cages importantes, a pesquisa e o desenvolvimento dos trocadores de calor tém uma longa histéria, mas ainda hoje busca-se aperfeicoar o projeto eo de- sempenho de trocadores, baseada na crescente preocupacao pela conservacao de energia. Os trocadores ou permutadores de calor do tipo tubular constituem o gros- so do equipamento de transferncia de calor com auséncia de chama, nas ins- talagdes de processos quimicos. Os mais comuns sao os trocadores de calor em que um fluido se encon- tra separado do outro por meio de uma parede, através da qual o calor se escoa, estes tipos de trocadores s4o chamados recuperadores. Existem varias formas destes equipamentos, variando do simples tubo dentro de outro, até os condensadores e evaporadores de superficie complexa. Entre estes extremos, existe um vasto conjunto de trocadores de calor comuns tubulares. Essas uni- dades sao largamente utilizadas, devido a possibilidade de serem construidas com grande superficie de transferéncia, em um volume relativamente peque- no, além de possibilitar a fabricacdo com ligas metélicas resistentes 4 corrosdo ¢, So apropriados para o aquecimento, resfriamento, evaporacao ou conden- sagdo de qualquer fluido. SGINBEP 19 0 projeto completo de um trocador de calor pode ser dividido em trés partes principais: + Andlise Térmica - se preocupa, principalmente, com a determinagéo da drea necesséria & transferéncia de calor para dadas condicées de temperaturas escoamentos dos fluidos. + Projeto Mecdnico Preliminar - envolve consideragdes sobre as temperaturas e pressoes de operacdo, as caracteristicas de corrosdo de um ou de ambos os fluidos, as expansoes térmicas relativas e tensdes térmicas e, a relacdo de troca de calor. + Projeto de Fabricagéo - requer a translacdo das caracteristicas fisicas e dimensoes em uma unidade, que pode ser fabricada a baixo custo (selegdo dos materiais, selos, involucros e arranjo mecénico étimos) , e os procedimentos na fabricagco devem ser especificados. Para atingir a maxima economia, a maioria das indUstrias adota linhas pa- drdes de trocadores de calor. Os padrdes estabelecem os didmetros dos tubos eas relacdes de pressées promovendo a utilizacao de desenhos e procedimen- tos de fabricacao padrdes. A padronizacao ndo significa entretanto, que os tro- cadores possam ser retirados da prateleira, porque as necessidades de servi¢o so as mais variadas. O engenheiro especialista em instalagdes de trocadores de calor em unidades de energia e métodos de instalacao, é solicitado frequen- temente para selecionar a unidade de troca de calor adequada a uma aplicagao particular. A selegdo requer uma anélise térmica, para determinar se uma uni- dade padrao (que é mais baratal) de tamanho e geometria especificados, pode preencher os requisitos de aquecimento ou resfriamento de um dado fluido, com uma razéo especificada, neste tipo de andlise deve ser levado em conta, no que diz respeito ao custo, a vida do equipamento, facilidade de limpeza e espa- 0 necessério, além de estar em conformidade com os requisitos dos cédigos de seguranca da ASME. SGINBEP 20 2.1 EQUIPAMENTO © equipamento de transferéncia de calor pode ser identificado pelo tipo ou pela fun¢do. Quase todo tipo de unidade pode ser usado para efetuar qualquer ou todas estas fungdes, abaixo, a llustracdo 1 mostra as principais definicoes dos equiparentos de troca térmica. A Tubular Exchange Manufactures Association (ASME) estabeleceu a pratica re- comendada para designaco dos trocadores de calor multitubulares mediante nui- meros e letras. A designacao do tipo deve ser feita por letras indicando a natureza do carretel, do casco e da extremidade oposta ao carretel, nesta ordem, conforme a llustragao 2. Os principais tipos de trocadores de calor multitubulares sao: + Permutadores com espelho flutuante. Tipo AES (a) + Permutadores com espelho fixo. Tipo BEM (b), 0 tipo mais usado que qualquer outro. + Permutadores com cabecote flutuante e gaxeta externa, Tipo AEP (c) + Permutadores de calor com tubo em U. Tipo CFU (d) + Permutadores do tipo refervedor com espelho flutuante e removivel pelo carretel. Tipo AKT (e) + Permutadores com cabecotes e tampas removiveis. Tipo AIW (f) SGINBEP 21 Peirce Danse ‘Aquecedor Caldeira recuperadora Condensador Condensador final Condensador parcial Gerador de vapor Permutador Refervedor Refervedor a termossifio Refervedor com circulacao forcada Refrigerdor Resfriador ‘Superaquecedor Vaporizador Fornece calor sensivel a um liquido ou a um gas mediante a condensago de vapor de gua ou de um liquido térmico como Dowtherm. Produz vapor: é andloga a um gerador de vapor, mas 0 meio de aquecimento é um gas ou um liquido quente produzido numa reacao quimica. Condensa um vapor ou uma mistura de vapores, seja isoladamente, seja na presenga de um gas nao condensavel. Condensa os vapores até uma temperatura de ar- mazenamento, préxima de 100°F. Usa a 4gua como refrigerante, o que significa que o calor perdido no processo. Condensa um vapor para provocar uma diferenga de ‘temperatura suficiente para pré-aquecer uma cor- rente fria num fluido do processo. Com isso econ- omiza-se calor e elemina-se a necessidade de um pré-aquecedor separado (que use chama ou vapor) Gera o vapor para ser empregado em outro panto da instalagao mediante o calor disponivel num éleo pesado ou alcatrao Efetua uma fungao dupla: (1) aquece um fluido frio ‘mediante (2) um fluido quenteque é resfriado. O calor trocado nao é perdido. Ligado ao fundo de uma torre de fracionamento, fornece o calor necessério & destila¢do. O meio de aquecimento empregado pode ser o vapor de dgua ‘ou um fluido térmio A circulago natural do meio fervente é provocada pela existéncia de suficiente diferenga de presséo Usa-se uma bomba para forcar a passagem do Iiquido pelo refervedor. Resfria um Ifquido a uma temperatura mais baixa do que a atingivel com 0 uso exclusivo da agua. Usa um refrigerante, como arnénia ou Freon. Resfria liquidos ou gases mediante agua. Aquece o vapor de gua além da temperatura de saturacSo. Aquecedor que vaporiza parte de um liquido (eet eee) SGINBEP 22 EsPa1o Fx9, seMB ANTE 20 MOC casecore rutuare Sou kik Sena sevOctC RS CUE, Faun 08 errmaoa ov BERN OS SOE Seca, SSPE NO HUTA com ane ‘Beleosuehto Eee er SGINBEP 23 SGINBEP GINBEP 25 2.2 TIPOS DE TROCADORES 2.2.1 Classificagao quanto a utilizagao Os trocadores de calor sdo designados por termos correspondentes as mo- dificagdes que realizam nas condigdes de temperatura ou estado fisico do fluido de processo. No caso de 0 equipamento operar com dois fluidos de proceso, prevalece, se possivel, a designagdo correspondente ao servico mais importan- te. Através deste critério, os trocadores de calor sao classificados como: + Resfriador (cooler) - resfria um lquido ou gas por meio de dgua, ar ou salmoura; + Refrigerador (chiller) - resfria também um fluido de processo através da evaporacao de um fluido refrigerant, como aménia, propano ou hidrocarbonetos clorofluorados; * Condensador (condenser) - retira calor de um vapor até a sua condensagao parcial ou total, podendo inclusive sub-resfriar um liquide condensado. 0 termo “condensador de superficie, aplica-se ao condensador de vapor exausto de turbinas e méquinas de ciclos térmicos; + Aquecedor (heater) - aquece 0 fluido de proceso, utilizando, em geral, vapor d'égua ou fluido térmico; * Vaporizador (vaporizer) ~ cede calor ao fluido de proceso, vaporizando-o total ou parcialmente através de circulagéo natural ou forcada, O termo “refervedor” (reboiler) aplica-se ao vaporizador que opera conectado a uma torre de processo, vaporizando o fluido processado. O termo “gerador de vapor" (steam generator) aplicase ao vaporizador que gera vapor d’dgua, aproveitando calor excedente de um fluido de proceso; + Evaporador (evaporator) - promove concentragdo de uma solugao pela evaporagao do liquido, de menor ponto de ebulicdo. SGINBEP 26 2.2.2. Classificagdo quanto a forma construtiva + Trocadores tipo casco e tubo (shell and tube) - Equipamentos constituidos basicamente por um feixe de tubos envolvidos por um casco, normalmente cilindrico, circulando um dos fluidos externamente ao feixe e 0 outro pelo interior dos tubos. Os componentes principais dos trocadores tipo casco e tubo sdo representados pelo cabecote de entrada, casco, feixe de tubos e cabecote de retorno ou saida. + Trocadores especiais - Em face das inumeras aplicagées especificas dos trocadores de calor, séo encontradas vérias formas construtivas que no se enquadram nas caracterizagées comuns (casco e tubo, tubo duplo, serpentina, trocador de placas, resfriadores de ar, rotativos regenerativos, economizadores, etc). Para estes tipos, é atribuida a classificagdo de “ESPECIAIS", dada a sua peculiaridade de construcao, em decorréncia da aplicagao. Ditorenga emt ‘emperaturas dos escoamentos ‘Correntes paraelas Correntes opostas (eee a ec ‘S@INBEP 27 llustragio @INBEP 28 comum de trocador de calor é mostrado abaixo: Rentra CEE ee et Ty Pee ees Consta de um tubo, posicionado concentricamente a outro tubo que forma a carcaga de tal arranjo. Um dos fluidos escoa dentro do tubo interno e outro através do espaco anular entre os dois tubos, uma vez que ambas as correntes de fluidos atravessam o trocador apenas uma vez, chamamos tal arranjo de trocador de calor de passo-simples, Se ambos os fluidos escoam na mesma diregao, o trocador é chamado do tipo correntes paralelas; se os fluidos se mo- vem em direcdes opostas, o trocador é do tipo correntes opostas. A diferenca de temperatura entre o fluido quente e 0 frio, em geral varia ao longo do tubo e, a razdo de transferéncia de calor variara de seco para seco. Para determinar a razio de transferéncia de calor deve-se usar, desta forma, uma diferenga de temperatura média apropriada. Quando os dois fluidos que escoam ao longo da superficie de troca de ca- lor se movem com angulos retos entre si, o trocador de calor é denominado do tipo correntes cruzadas. Trés arranjos distintos, deste tipo de trocador so possiveis: SGINBEP 29 Caso 1 ~ cada um dos fluides ndo se misturam ao passar através do tro- cador e, desta forma, as temperaturas dos fluidos na saida do trocador néo sdo uniformes, apresentando-se mais quente em um lado do que no outro. O aquecedor do tipo placa plana, projetado para ser utilizado como regenerador, utilizando a energia dos gases de descarga de uma turbina ou um radiador de automovel, aproxima-se deste tipo de trocador, e o vemos abaixo. Trocador de calor do tipo de placa plana, ilustrando as correntes cruzadas com ambos os fluidos no misturados fluxo. de ar one Caso 2~ um dos fluidos nao se mistura e outro é perfeitamente misturado ao atravessar o trocador. A temperatura do fluido misturado sera uniforme em cada seco e, somente variard na direcdo do escoamento, Um exemplo deste tipo € 0 aquecedor de ar de corrente cruzada, mostrado esquematicamente abaixo. O ar que escoa através de uma bancada de tubos é misturado, enquan- to que os gases no interior dos tubos esto confinados e, desta forma, nao se misturam. GINBEP 30 Caso 3 - ambos os fluidos séo misturados enquanto escoam através do trocador, isto é, a temperatura de ambos os fluidos sera uniforme ao longo da secdo e variaré apenas na direcao do escoamento. Para aumentar a area da superficie de troca de calor, por unidade de volu- me, a maioria dos trocadores de calor comerciais apresenta mais de um passe através dos tubos e, 0 fluido que escoa por fora dos tubos, é guiado em zigue- -zague por meio de defletores. A Ilustracao 10 mostra a seco transversal de um trocador com dois passes de tubos e defletores transversais no Unico passe do fluido que escoa entre a carcaga e os tubos. Os defletores sdo do tipo de segmento. Este e outros tipos de defletores estao mostrados na mesma figura. Em um trocador de calor com defletores, a configuragdo do escoamento do lado da carcaga é bastante complexa. Como se vé pelas setas, parte do tempo 0 escoamento é perpendicular ao tubo e na outra parte é paralelo. GINBEP 31 © trocador, ilustrado na tlustra- do 10, tem as placas de tubos fixos em cada extremidade e aqueles sdo soldados ou expandidos nas placas. Este tipo de construgao tem menor custo inicial mas, pode ser usado so- mente para pequenas diferencas de temperatura entre o fluido quente e 0 frio porque, nenhum provimento é feito para evitar as tensdes térmicas devido 8 expansao diferencial entre os tubos e a carcaca. Outra desvan- tagem consiste na ndo remogaio do feixe de tubos para a limpeza, Estes inconvenientes podem ser contor- nados pela modificagdo do projeto bésico conforme mostra a llustraco 11, Neste arranjo uma placa de tubos é fixa, mas a outra é aparafusada a uma tampa flutuante que permite o movimento relativo entre o feixe de tubos e a carcaca. S@INBEP Pre 4 32 a 16 4. Cobertura da careaga 8. Expansor da careaga 47, Chapa do eanal mange 2.Cabeyaftutuant ‘0. Deletor daednissie 18. counete de suporte, 3. Conexdo de suspivo ‘1 Chupa do tube estacionsio 49, Tube ae trans. eator 4. Uispostive do fnajde da Cab. Mut. 42, Expansor do canal 20, Coneio para teste CcCoberturadacarsege flonge 19.0% 21. Flange de cabega mutuente S.tefietorce traneveroaio 14 anal de clevay 221 Conendia de dreno Tecarvaga 25, Chapa de tubo futuante 2. Tirantae © eepapadores ‘Trocador de calor de eateaga etubs com eabegafaauante 5 teen 3 nn ‘Segio de um tracador de slo: eampactotipico. (eek GINBEP 33 Outros tipos de trocadores de calor para liquidos e gases sao: Tubos duplo - sao sustados a muito temo, principalmente quando as veloci- dades de fluxo so baixas e as faixas de temperaturas sao altas. Estes segmen- tos de tubos duplos sao bem adaptados ao pequeno diametro, pois possibilitam 0 uso de pequenos flanges de secdes com paredes delgadas, em comparagao com 0 equipamento convencional multitubulado. (eae Trocadores com raspagem interna - este tipo de trocador tem um elemento rotativo munido de laminas raspadoras montadas em molas, para raspagem da superficie interna. Os trocadores com raspagem interna sao essencialmente convenientes para a transferéncia de calor com cristalizacao, ou transferéncia de calor em condigées de pesada incrustagées das superficies; ou a transfe- réncia de calor em fluidos muitos viscosos. Sao usados, para cristalizagdo, nas fAbricas de parafina e nas fabricas petroquimicas. GINBEP 34 Pee Permutador do tipo placa - consiste em placas que servem como superficies de transferéncia de calor e de uma armago que as suporta. As chapas sao facil- mente limpas e substitufdas. A area necessdria pode ser atingida pela adicao ou subtragao de chapas. O termo “trocador de calor a placas” e a sigla PHE (plate heat exchanger) sao normalmente usados para representar o tipo mais comum de trocador a placas: 0 "trocador de calor a placas com gaxetas” (gasketed plate heat exchanger ou plate and frame heat exchanger). Entretanto, existem ainda outros tipos menos comuns de trocadores a placas, como o espiral ou o de la~ mela. Em todos eles, os fluidos escoam por estreitos canais e trocam calor atra- vés de finas chapas metélicas. Neste artigo serao apresentados os trocadores a placas com gaxetas, destacando suas principais caracteristicas de construgio e de operagao, Alguns exemplos de PHEs so mostrados na llustragdo 14. GINBEP 35 im te Cee Ea Os PHEs foram introduzidos comercialmente na década de 30 para atender as exigéncias de higiene e limpeza das industrias alimenticias e farmacéuticas, pois eles podem ser facilmente desmontados, limpos e inspecionados. Entretan- to, continuos aperfeicoamentos tecnolégicos tornaram o PHE um forte concor- rente aos tradicionais trocadores de casco-e-tubos ou duplo-tubo em varias ou- tras aplicagées industriais. Atualmente os PHEs sao extensamente empregados em diversos processos de troca térmica entre liquidos com pressées e tempera- turas moderadas (até 1,5 MPa e 150 0C) quando se deseja alta eficiéncia térmica. crtisia Yoehado ernie bores lustragdo 15 - Exemplo de configura¢o para um PHE com nove placas SINBEP 36 PADOS DIMENSIONAIS STANDARD — MODELOBEM _ Permutador de calor com 2 ou 4 passes nos tubos espelhos fixes. 2 PASSES 4 PASSES SGINBEP 37 a [SERS 2 [OW GERAIS [Ts [RSA [RAO [ERE [PRET 15 [ ARER DE TROCATNIOADE [ESCOSUNIDADE [ARERCASC oe ‘CONEACOFS DE OPFRAGA PARK OT WORD aT | VRERS EITRAO SAE AAO HEE oF VaR w ToUDo 77 VRPOR DSI 1 | MASSA ESPECEICA “TOUT 1 | VISCOSTDADE = GUIDO 18 | PESO OLECULAR= VAPOR 21 [ CONDUTITDADE TERMI 72 [ PRESSIO DE ENTRIDE [DRTC CORSE Fr [COEF CIENTE Ce TEM SERRE a ‘CONDICOES DE POTTS PARA OF UNIDAD DDESENHO FSQUEMATICO 31 | PRESGAO DE PROVETOTIESTE 3 [ALO DE TENSES: [ae [RADIOGRAFIN a ERTRADE aT [ NONERO DETUBOE: TEXT EP ERS, TCOMPRMENTO- 32 [TPO DE TUROS ci PASEO: ARRAN cong CofC Eo a3] [GASCO- TE TaNEO DUCASCO—— REMOVIVEL— URTEGIRENOVY. EM [TanPO RRS TCARRETEL BOLEADO] | TANPO DO CARRETEC 35) & [TANPOFLUTUANTE ‘GHAR OEFLETORE aT] [CHICARA TRAST TPO ‘SCORTHOAWAREW ESPACE ENTRAR, a3] | [GRICARRSLONGTT TPODE SELAGEM a ao] & [eRRRADE SEAGER TSAGAD TUROTESPELAT 50] [ESTOIOSPORCAS: 51 [ANGE DO CASE FERNGE OO CARRETEL FLANGE DU CHBEPOTE 5x [SUPORTE DoS THRO ESPAGADORES RANTES Fr [GANETALAGO CASO TRROTIESS TABEGOTE FLUTUARTE SGINBEP a 38 TAMPA ESPELHO FIKO Aqpeatbono ‘pean IDENTIFICACAO Exemplo: BEM - - 4500-2 Mode espeo tao ‘emer nominal o asco arase Comrivarto Se ser total 30 Nee pases b= 650 parmadr oud os ber MATERIAIS DE CONSTRUCAO STANDARD E CONDICAO DE PROJETO Tubo de ago carbone Cobre Press3o mix tab. casco—21 kgfem? ‘ge carbone gaivarizado 7 earbaNG ‘Ago carbono Temperatura més. trabalho 160°C ‘Aco carbono Berracha nica Press30 mix. tab, tubos 15 gfe? GINBEP 39 2.3 CALCULO DE UM TROCADOR DE CALOR Os problemas de projeto, andlise e ou desenvolvimento de um trocador de calor para uma finalidade especifica podem ser classificados em dois grupos principalmente: problema de projeto e problema de desempenho. A solucao de um problema é facilitada pela adocao do método mais adequado a ele. © problema de projeto € 0 da escolha do tipo apropriado de trocador de ca- lor eo da determinacao das suas dimensées, isto é, da 4rea superficial de trans- feréncia de calor A necessaria para se atingir a temperatura de saida desejada. A adocao do método da DTML é facilitada pelo conhecimento das temperaturas de entrada e sada dos fluidos quentes e frios, pois entao DTML pode ser calcu- lada sem dificuldade. Outro problema é aquele no qual se conhecem o tipo e as dimensdes do tro- cador e se quer determinar a taxa de transferéncia de calor e as ternperaturas de safda quando forem dadas as vaz6es dos fluidos e as temperaturas na entra- da. Embora 0 método da DTML possa ser usado neste cAlculo de desempenho do trocador de calor, o procedimento seria tedioso e exigiria iteracao. Isto pode- ria ser evitado com a aplicago do método do NUT. + Método da DTML: Para prever ou projetar o desempenho de um trocador de calor, é essencial relacionar a taxa global de transferéncia de calor a grandezas como as temperaturas de entrada e de saida, o coeficiente global de transferéncia de calor e a Grea superficial total da transferéncia de calor. * Método do NUT: E uma questdo simples 0 uso do método DTML para analisar um trocador de calor quando as temperaturas de entrada dos fluidos so conhecidas € as temperaturas de saida ou sdo especificadas ou se determinam com facilidade pelas expresses do balanco de energia. Mas quando se conhecem somente as GINBEP 40 temperaturas de entrada este método exige um proceso iterative, Neste caso é preferivel usar outra abordagem, 0 método denominado efetividade-NUT. Para definir a efetividade de um trocador de calor, devemos determinar inicialmente a taxa maxima possivel de transferéncia de calor no trocador. A efetividade é definida como a razéo entre a taxa real de transferéncia de calor no trocador de calor e a taxa maxima possivel de transferéncia de calor. 2.3.1 Dimensionamento Térmico de Trocadores de Calor - DTML Uma diferenca de temperatura cria a forca motriz que determina a trans- missao de calor de uma fonte a um receptor. Sua influéncia sobre um sistema de transmissao de calor, incluindo tanto como um receptor, é 0 objeto para o nosso estudo. Os tubos concéntricos, mostrados abaixo, conduzem duas correntes, e, em cada uma destas duas, existe um coeficiente de pelicula particular, e suas res- pectivas temperaturas variam da entrada para a safda. 1 1 4 zu We nr q 4 7 T Coniracorrente Escoamento paralelo. eee eed SGINBEP 41 A fim de estabelecer a diferenga de temperatura entre uma dada tempe- ratura geral T de um fluido quente e uma temperatura t de um fluido frio, é necessario levar em consideracdo também todas as resist€ncias entre as tem- peraturas. No caso de dois tubos concéntricos, sendo 0 tubo interno muito fino, as resisténcias encontradas sao resisténcias peculiar do fluido do tubo, a resis- t€ncia da parede do tubo Lm/km, e a resisténcia peculiar do fluido na parede anular. Uma vez que Q é igual a AUER L m et,—7,1 2R= A, . Kn h, 4 U E costume substituir 1/U por YR onde U denomina-se coeficiente total de transmissao de calor. Levando-se em conta que um tubo real possui areas dife- rentes em suas superficies interna e externa, hie ho devem-se referir 4 mesma rea de transmissao de calor. Se a drea externa A do tubo interno for usada, entao hi deveria possuir se ele fosse originalmente calculado com base na drea maior A em vez de Ai, entao Considerando um sistema contracorrente temos, geralmente ambos os flui- dos sofrem variagées de temperatura que nao so lineares quando as tempe- raturas sdo plotadas contra o comprimento. Entretanto, existe uma vantagem para uma dedugao baseada numa curva de T -t contra L, uma vez que ela per- SGINBEP 42 mita identificagao da diferenga de temperatura em qualquer parte ao longo do comprimento do tubo. Para deducao da diferenca de temperatura entre dois fluxos, as seguintes hipdteses devem ser feitas: + 0 coeficiente total de transmissdo de calor é constante em todo 0 comprimento da trajetéria, + O calor especifico é constante em todos os pontos da trajetéria, + Néo existem mudangas de fase parciais no sistema e + As perdas de calor so despreziveis; entéo (1,-t.) -(-t) _ _(at,- at) AT_,= MLTD = = an[ts val an( 42%, ) Assim teros que a taxa de calor transferidas. Q= U-A-4T,, 2.4 Consideracgées Gerais sobre Isolantes Térmicos Isolantes térmicos sao materiais utilizados em revestimentos, para reduzir a transmissao de calor entre sistemas. Aparentemente, qualquer material poderia ser usado, uma vez que repre- GINBEP 43 senta uma resisténcia térmica a mais, através do revestimento, Tal fato nao acontece, Para cada caso poderemos ter restrigées especificas com relacdo ao valor do coeficiente de condugio, conforme podemos constatar nos exemplos que seguem. 2.4.1 Conceituagao, Finalidade e Materiais Isolantes A conceituagao de isolacdo térmica, de acordo com as definigées aceitas, est fundamentalmente apoiada na aplicabilidade e economicidade dos mate- riais envolvidos. 0 isolamento térmico é composto por 3 elementos distintos: + O isolante térmico. +O sistema de fixacdo e sustentagdo mecénica. + A protecao exterior. Estabelecemos a seguir as definigdes e terminologias essenciai so as seguintes: que + Isolagdo térmica - Situagéo em que se encontra um sistema fisico que foi submetido ao processo de isolamento térmico. + Isolamento térmico - Processo através do qual se obtém a isolacdo térmica de um sistema fisico pela aplicagéo adequada de material isolante térmico. + Material isolante - Material capaz de diminuir de modo satisfatério e conveniente a transmisséo do calor entre dois sistemas fisicos. + Material de fixagéo - Material (ou materiais) usado para manter o isolante e 0 revestimento em suas posi¢ées convenientes. + Material de revestimento - Material (ou materiais) usado para proteger e dar bom aspecto ao isolante. Faz-se necessario pois, que estes componentes sejam aplicveis entre si e com o sistema a isolar, para que sejam eficientes e econémicos. SGINBEP 44 A finalidade precipua da isolacdo térmica é dificultar, reduzir e minimizar a transferéncia de calor entre dois sistemas fisicos que se encontram em niveis diferentes de temperatura. Porém, para efeito de classificagdo normativa, de projeto e comercial, considerar-se-a isolacao térmica aplicdvel objetivando principalmente as seguintes finalidades: + Economia de energia. + Estabilidade operacional. + Conforto térmico. + Protecaio do pessoal. + Evitar condensacao. + Proteciio de estruturas. Pode-se, num sé processo de isolamento térmico, atingir mais de um des- ses objetivos, tendo se porém em consideracao que a andlise da fonte do calor e da sua forma de transmissao é que determina a escolha dos materials e a técnica de sua aplicacao. A técnica da isolagdo térmica consiste na utilizaco de materiais ou de sis- temas que imponham resisténcia 4s maneiras do calor se propagar reduzindo essa velocidade de transmissdo e portanto a quantidade transmitida por uni- dade de tempo. A-escolha do material isolante ou do meio isolante, admitindo os demais componentes como de importancia secundaria, devera ser coerente com a transmissao de calor, Séo muitos os materiais isolantes que podem ser utili- zados com éxito no isolamento térmico, ndo sendo considerada basica esta circunstancia para a sele¢o do mesmo. SGINBEP 45 Devem ser conhecidas todas as propriedades mecanicas e térmicas do ma- terial, para projetar de forma adequada o sistema de montagem, a espessura de isolamento necessaria, a pelicula hidréfuga com a qual deve ser protegido, etc. Entre outros podem ser citados como elementos de boa qualidade e comercialmente usados no mundo todo: + Fibra ceramica, +L de rocha, + Carbonato de magnésio. + La de vidro. + Cimentos isolantes. + Las isolantes refratérias. * Concreto celular. + Massas isolantes. + Cortica expandida, + Multifolhados metélicos. + Ebonite expandida. + Papeltio ondulado. + Espuma de borracha. + Perlita expandida. + Espuma de vidro ( foam-glass’) + PVC expandido. + Espumas de poliuretano. + Silica diatomdcea. + Espuma de uréia-formaldeido. + Silica expandida. + Fibras de madeira prensada. + Silicato de cdlcio. + La de escéria. + Vermiculita expandida Na realidade, 0 produto isolante ideal nao existe. Analisando as caracterfs- ticas basicas de cada um, e promovendo um estudo comparativo entre todos eles, é justo reconhecer que a decisdo sempre estar motivada pelo gosto par- ticular do usuario. As principais perguntas normalmente formuladas pelos préprios projetistas e engenheiros ligados a industria sao: qual o isolante a ser utilizado; que espes- sura deve ser usada e quais as precaucdes necessarias quando da montagem do material selecionado. Esta resposta ndo pode ser dada de forma genérica, sendo indispensavel 0 estudo, em particular, de cada tipo de instalagao a ser executada SGINBEP 46 2.4.2 Analise das Caracteristicas dos Isolantes Térmicos © projeto correto de sistemas de aquecimento, ar condicionado e refrige- rac&o, como de outras aplicagdes industriais, necessita de um conhecimento amplo sobre isolamento térmico e do comportamento térmico das estruturas em questao. Este item trataré dos fundamentos e propriedades dos materiais de isola- do térmica. As propriedades ideais que um material deve possuir para ser conside- rado um bom isolante térmico so as seguintes: + Baixo coeficiente de condutividade térmica (k até 0,030 kcal/m °C h). + Boa resisténcia mecénica. + Baixa massa especifica. + Incombustibilidade ou auto extinguibilidade. + Estabilidade quimica e fisica. + Inércia quimica. + Resistencia especifica ao ambiente da utilizacao. + Facilidade de aplicagao. + Resisténcia ao ataque de roedores, insetos e fungos. + Baixa higroscopicidade. + Auséncia de odor. + Economicidade. E ébvio que no se consegue um material que possua todas estas qualida- des; procura-se sempre um que satisfaga ao maximo a cada uma delas. Nisto reside a escolha de um bom isolante térmico. SGINBEP 47 2.4.3 Propriedades térmicas A capacidade de umn material para retardar o fluxo de calor esté expressa por sua condutividade térmica ou valor de condutancia. Uma baixa condutivi- dade térmica ou valor de condutancia (ou alta resistividade térmica ou valor de resisténcia) por conseguinte, caracteriza um isolante térmico, excegao feita aos isolantes refletivos. Os isolantes refletivos, como 0 aluminio, dependem da subdivisdo corres- pondente dos espacos de ar e da baixa emissividade térmica das suas superfi- cies para uma baixa condutancia térmica. Para ser realmente efetiva em retardar o fluxo de calor por radiago, a su- perficie refletiva deverd apresentar sua face ao ar ou espaco vazio. Outras propriedades térmicas que podem ser importantes: calor especifico, difusividade térmica, coeficiente de dilatacao térmica e resisténcia 8 temperatu- ra. A difusividade térmica torna-se importante naquelas aplicaces onde a tem- peratura varia com o tempo, devido a que a taxa de variacao de temperatura no interior de uma isolagdo é inversamente proporcional a difusividade térmica para uma dada espessura. 2.4.4 Fatores que afetam a condutividade térmica A condutividade térmica é uma propriedade dos materiais homogéneos e materiais de construgo tais como madeira, tijolo e pedra. A maior parte dos materiais isolantes, excecdo feita aos refletivos, séo de natureza porosa consis- tindo de combinagées de matéria sélida com pequenos vazios. A condutividade térmica do isolante varia com a forma e estrutura fisica da isolacdo, com o ambiente e as condigdes de aplicacao. GINBEP 48 A forma e estrutura fisica variam com material de base e com os processos de fabricagao. As variagdes incluem: densidade, medida do espaco celular, diametro disposicao das fibras ou particulas, transparéncia & radiagao térmica, quantida- de e extensdo dos materiais de ligaao, e do tipo e pressdo do gas no interior da isolagao. As condigées ambientais e de aplicacao, condigées que podem afetar a con- dutividade térmica incluem: temperatura, teor de umidade, orienta¢3o da iso- lago e direcdo do fluxo de calor. Os valores de condutividade térmica para isolantes so geralmente forneci- dos para amostras de uma determinada densidade obtida em forno seco, mé- todo ASTMC-177, a uma temperatura média especificada. 2.4.5 Propriedades mecanicas Alguns isolantes térmicos possuem suficiente resisténcia estrutural para se- rem usados como materiais de apoio de cargas. Eles podem, em determinadas ocasiées, ser usados em pisos projetados para suportes de carga. Para estas aplicagdes, uma ou mais das varias propriedades mecanicas de um isolante térmico incluindo resisténcia 4 compressao, cisalhamento, tensao, tragdo, impacto e flexdo, podem ser realmente importantes. As propriedades mecénicas de um isolamento variam com a composicao basica, densidade, diametro da fibra e orientaco, tipo e quantidade de mate- rial fibroso que aumenta o poder de coesdo (se existir), e com a temperatura & qual é realizada a avaliasao. SGINBEP 49 2.4.6 Propriedades relativas 4 umidade A presenca de agua ou gelo no isolamento térmico pode diminuir ou des- truir o valor isolante, pode causar deterioracao da isolago, como danos estru- turais por putrefaco ou decomposicao, corrosdo, ou pela aco expansiva da gua congelada. A.umidade acumulada no interior de um isolamento térmico depende das temperaturas de operacao e condigées ambientais, e da efetividade das barrei- ras de vapor de 4gua em relagdo a outras resisténcias de vapor no interior da estrutura composta. Alguns isolantes sao higroscépicos e absorverao ou per- derao umidade proporcionalmente 4 umidade relativa do ar em contato com 0 isolante. Isolantes fibrosos ou granulados permitem a transmissao de vapor de agua para o lado frio da estrutura. Uma barreira de vapor efetiva, portanto, deverd ser usada quando da utilizagao deste tipo de materiais, onde a transmissao de umidade é um fator a ser considerado. Determinados isolantes térmicos possuem uma estrutura celular fechada, sendo relativamente impermedveis & 4gua e vapor de agua. As varias propriedades que expressam a influéncia da umidade incluem: absor¢o (capilaridade); adsor¢ao (higroscopicidade) e taxa de transmissao de vapor de agua. 2.4.7 Satide e seguranga As varias propriedades dos isolantes térmicos relativas a satide e seguranga incluem: incapacidade para suportar vermes e insetos; imunidade aos perigos de incéndio; imune as pessoas quanto a particulas que possam causar irrita- GINBEP 50 Oes da pele; imune quanto a vapores ou pé que possam afetar as pessoas; imunidade quanto a putrefacio, odores e envelhecimento. 2.5 Variaveis de Construgao e Operacionais 2.5.1. Construgéo © trocador de calor tipo DUPLO-TUBOS 6 ba: ‘amente composto de: +Sem sistema de absor¢do da dilatagdo térmica entre os tubos, -as duas extremidades do lado do casco serGo soldadas ao tubo. + Com sistema de absor¢ao da dilatagdo térmica. As duas extremidades do lado do casco sero soldadas ao tubo, porém terd uma junta de dilatagdo do lado do casco. Uma das extremidades do lado do casco, serd soldada ao tubo, a outra estaré livre, com sistema de preme-gaxetas. Este tipo de construgdo no permite limpeza mecdnica do lado do casco, devido a impossibilidade de desmontagem do tubo. Uma das extremidades do lado do casco serd presa ao tubo por meio de flanges, @ outra estard livre, com sistema de preme-gaxetas. Este tipo de construcdo é feito quando € permitido o uso dos flanges das conexdes do lado do tubo rosqueados e haja necessidade de desmontagem total para limpeza. 2.5.2 Observacées gerais sobre a construgdo No momento em que o trocador de calor & exposto as condigdes operacio- nais em fungdo da diferenca de temperatura existente entre o tubo e 0 casco, fica este sujeito a tensées orlundas da dilatacao térmica correspondente. Caso essas tensdes ndo ultrapassem determinados valores admissiveis, é possivel construir-se um trocador de calor em que, construtivamente toda dilatacdo tér- mica nao é compensada através de elemento construtivo adequado. SGINBEP 51 Caso no entanto esses valores ultrapassem os valores de tensées admissi- veis, haverd a necessidade de que a dilatacao térmica seja compensada confor- me os tipos de construco. Em fungdo das observacGes aqui feitas, é muito importante que, quando em operagao, sejam considerados os limites de diferenca de temperatura maximos admissiveis. Para efeito de célculo da necessidade ou nao de um sistema de absorgao térmica, e considerado a seguinte condicao: flufdo quente, entrando ou saindo com a mesma térmica em um trocador de calor instalado a uma temperatura de 20 graus ambiente. Se as tensdes térmicas deste cdlculo no forem superiores as tensdes maximas admissiveis, nao ser instalado qualquer dispositivo para compensagées da dilatacao térmica. 2.5.3 Instalagéo Para a instalacao correta do trocador de calor devem estar prontos alguns preparativos, como por exemplo as fundacdes ou os pontos de fixacao pre- vistos para a instalagéo do mesmo. O equipamento deve ser instalado firme e isento de vibracdes, sendo que, nos casos onde a operacdo prevé por exemplo © resfriamento de gases comprimidos, nao é recomendavel a utilizagao de cal- 05, bem como cunhas soltas de nivelamento. Caso 0 trocador de calor seja fornecido pressurizado com gés inerte, antes do inicio de qualquer trabalho de instalagao deve ser realizado um procedi- mento de despressurizacao através dos respiros e drenos correspondentes. O controle dessa pressurizacdo deve ser realizado através da leitura correspon- dente, Apés isto, o manémetro e as tampas de vedacao dos bocais podem ser retirados. Caso os flufdos que circulam pelo trocador sejam mantidos em circulagdo por bombas, 0 trocador de calor deve ser instalado 0 mais préximo possivel da co- nexdo de presséo da bomba, de modo a evitar qualquer problema de cavitago. SGINBEP 52 No caso de trocador de calor onde haja possibilidade de remogiio do tubo, a instalagdo deste deve prever o espaco necessdrio para remocao do mesmo, ou seja o comprimento do feixe mais um metro no minimo. Apés a fixagao do trocador de calor, os parafusos de todos os flanges devem ser reapertados obedecendo sempre uma seqiléncia cruzada de aperto. No caso de trocador de calor com premegaxetas, os parafusos deste devem sofrer aperto adequado. Somente apés 0 reaperto de todos os parafusos do trocador de calor devem ser conectadas as tubulagées. Para o aperto das tubulagdes deve ser observa- do, que forcas transversais ao eixo de conexao sao extremamente prejudiciais € em muitos casos impossibilitam uma vedagdo correta da conexao. Eventuais conexées colocadas do lado do casco na parte sujeita a dilatagao térmica, devem ter carater elastico prevendo o deslocamento do casco. £ reco- mendavel que durante a instalacao seja observado um acesso adequado aos drenos e respiros. Durante os trabalhos de montagem deverdo ser tomados os. cuidados necessérios para que nao haja penetracao de corpos no interior do transmissor. 2.5.4 Entrada em operagao Antes da entrada em operacao nos casos em que o flufdo circulante e liqui- do, deverao ser parcialmente abertos os respiros adequados de forma a permi- tir a evacuagéo dos gases. Caso 0 trocador de calor seja fornecido com alguma substancia protetora, a mesma deverd ser removida através de lavagem com solvente adequado. A drenagem durante o processo de limpeza pode ser realizada em posicao ade- quada na tubulacao ou mesmo nos drenos instalados no casco do trocador. SGINBEP 53 Recomendamos que o trocador de calor, em todas as suas conexées, seja provido de valvulas, de modo a possibilitar quaisquer trabalhos ou mesmo até a desmontagem do trocador sem a necessidade de que a linha toda seja, para tanto, drenada. Para entrada em operacao, 0 trocador de calor deve ser inicialmente inun- dado, conforme j4 descrito, com o fluido refrigerante, Apés a total drenagem das bolhas de gs, os respiros correspondentes devem ser fechados. Apés isso, deve ser iniciado 0 mesmo procedimento para o fluido a ser resfriado. No caso em que a temperatura de entrada do fluido a ser resfriado seja su- perior a temperatura do flu(do refrigerante nas condiées de trabalho, devem ser tomadas todas as precaugdes necessdrias para que nunca o flulde quente flua pelo trocador sem que 0 fluido de resfriamento esteja em circulacdo. Nos casos ern que a pressdo de projeto de um determinado lado do troca- dor seja extremamente superior a pressao de projeto do outro, devem ser pre- vistas pelo menos vlvulas de seguranca na linha do fludo de menor pressao. 2.5.5 Limpeza Anecessidade da realizacao da limpeza nos trocadores é anunciada, geral- mente, pela perda de performance do mesmo, Como os agentes deste efeito dependem do grau de sujeira de ambos os fluidos atuantes, nao é possivel for- mular-se uma diretriz geral para intervalos de limpeza. Quando da limpeza, 0 trocador deverd ser retirado de operacao. Desde que as camadas néo estejam extremamente agregadas aos tubos é possivel remover uma quantidade satisfatéria destas, através de limpeza me- cnica, ou seja, com a combinagao de jatos de 4gua com escova de nylon. Para camadas cuja aderéncia é mais interna, como por exemplo: incrustagao de car- SGINBEP 54 bonato de calcio, é recomendavel a utilizago de dcido sulfurico fraco (aproxi- madamente 0,5% H2S04) que, conforme a camada de incrustacdo, devera ser aplicado com frequiéncia maior. Entre cada aplicago o equipamento deve ser lavado com muita agua limpa. Apés a remogo da incrustagao é recomendavel a utilizacao de uma solucao de bicromato de sédio (7% Na2Cr207, 9% H2S04), a qual tem efeito apassiva- dor. 2.5.6 Procedimento geral para montagem e desmontagem do conjunto A desmontagem do trocador de calor devera ocorrer quando da neces- sidade da realizacao de substituicao das gaxetas ou entao para a limpeza. Partindo-se da premissa que 0 equipamento est colocado fora de opera- (do e totalmente drenado, deve-se iniciar 0 procedimento de desmontagem do mesmo. Para tanto, devem ser soltos os parafusos de fixagdo das curvas de conexdo entre os tubos e entre os cascos, A desmontagem deve continuar, soltando-se os parafusos do flange que prende 0 tubo ao casco e desroscando o flange do lado do tubo que finalmente estar livre para ser removida. Para a montagem deverd ser feito o processo inverso, tomando-se atengao de se colocar os cascos, tubos e curvas nas posicées originais. Apés a limpeza do trocador, deve ser iniciado 0 procedimento de monta- gem do mesmo, colocando-se as gaxetas. Posicionar o preme-gaxetas e ajustar 05 flanges, recolocando os parafusos de fixacao. SGINBEP 55 2.5.7 Procedimentos gerais para armazenagem Usualmente, os trocadores de calor fornecidos, apés o teste hidrostatico, pressurizados com nitrogénio seco a pressao de 1,2 bar abs, Tal procedimento & adequado para conservacio dos mesmos, desde que sejam colocadas em operacdo em curto espaco de tempo. Para o caso do periodo de armazenagem ser superior a seis meses, reco- menda-se, despressurizar 0 aparelho e fazer uma nova pressurizacao com a mesma pressao especificada. Por isso, recomenda-se que nas dimensées da valvula de bloqueio da linha de produto sejam instalados pontos de alimentacao de nitrogénio. Os trocado- res pressurizados devem ser manuseados com o devido cuidado, sendo que, para tanto, no local de armazenagem, devem existir placas de adverténcia com os seguintes dizeres: “Equipamento pressurizado ~ ndo deve ser exposto a temperaturas supe- riores a 50 graus C.” Periodicamente (més a més), a pressurizacao dos equipamentos deverd ser controlada por uma pessoa encarregada da armazenagem do mesmo. Caso seja impossivel manter o equipamento pressurizado, deve ser examinado se 0 vazamento é proveniente das tampas de vedaco. Tal exame pode ser realiza- do através da aplicagdo de uma solucao saponificada, do tipo NEKAL. Finalizando, gostarfamos de reafirmar nossa recomendacao no sentido que sejam observados alguns cuidados especiais, tais como: + Evitar choques mecdnicos no equipamento; + No expor o equipamento a temperaturas superiores a 50 graus C.; SGINBEP 56 + Apés 0 recebimento do trocador e armazenagem no local final, verificar a vedagdo do sistema através de controle dos manémetros (o equipamento deve ser mantido a pressdo de 1,2 bar abs.) e reapertar os parafusos, caso necessério. + Os trocadores deverdo ser armazenados em lugar seco, livre de quaisquer tipos de intempéries. 2.5.8 Reparos: As gaxetas recomendadas devem ser mantidas em estoque, pois a desmon- tagem e a montagem das partes do equipamento onde estas atuarn, condu- zem, freqlientemente, ao desgaste, exigindo assim, quase sempre, a utilizagao de uma nova gaxeta. Nota : Em caso de vazamentos nas juntas aparafusadas, deve-se proceder ao reaperto dos estojos, considerando o torque informado nas especificacées, desenhos ou procedimentos de teste hidrostatico. Caso persista o vazamento, uma nova junta de vedago, conforme especificado nos desenhos de fabrica- 40, deve ser utilizada, colocando-se o mesmo torque informado pela fornece- dora. Apés os procedimentos acima, se 0 vazamento nao for sanado. A assis- téncia Técnica da fornecedora deve ser comunicada imediatamente. 2.5.9 Inspegao de Equipamentos em Operacao A Inspesao de equipamentos industriais visa identificar corrosao, reducao de espessura de parede, descontinuidades, assim como outras irregularidades que possam trazer risco de paradas inesperadas, acidentes, explosdes e quais- quer outros eventos indesejaveis. Através da utilizagao de diversas técnicas de ensaios nao-destrutivos e da opiniao qualificada de inspetores experientes, avalia-se o risco de que os equi- pamentos em operacdo atuem de forma segura até a préxima inspecdo pro- SGINBEP 57 gramada, Dentre os equipamentos que necessitam de inspe¢do em proceso, encontram-se dutos, tubulacées, tanques e esferas, torres, fornos, caldeiras e vasos de pressdo (inclusive adequacao 4 NR-13), chaminés industriais, guindas- tes e equipamentos de transporte de carga em geral, além de equipamentos dinamicos como motores, turbinas e bombas. A avaliagdo da seguranga dos equipamentos em operagao através de um programa de inspecdo traz os seguintes beneficios: + Reducdo do risco de paradas inesperadas + Redugdo do risco de acidentes do trabalho + Reducdo da possibilidade de acidentes ambientais + Fornece elementos para uma programagdo de servicos de manutengao e melhor gerenciamento de ativos + Fornece subsidios para cumprir a legislagdo vigente de seguranca do trabalho 2.6 Referéncias Apostila do Curso de Transferéncia de Calor KREITH, F e BOHN, M. S. Principios de transfer€ncia de calor. Thonsom Pioneira. BEJAN, A. Transferéncia de calor. Edgard Blucher. GHIZZE, A. Manual de trocadores de calor, vasos e tanques. IBRASA. GINBEP 58 Para concluir seu curso de NR-13 e receber o certificado reconhecido pelo mercado, vocé deve acessar 0 link http://inbep.com.br/curso/nr-13-operador-de-caldeiras e clicar no botdo “Comprar este curso”, depois é so seguir os passos do carrinho de compras, fazer login, preencher 0 endereso de entrega do certificado e selecionar a forma de pagameto. Entenda nosso processo de certificacao: | Escolha o curso de vocé precisa; } 7] Peet CO teak ing } | Cee acura rat et on } Cee CeCe eee llc M iN) las 1 - Nao se preocupe em baixar arquivos grandes, nao conseguir Folge RoR Se Urea Ree CUR eluent oN re Ke ett vocé voltar. 2 - Seu aprendizado sera comprovado por um certificado digital e impresso aceito por empresas e concursos nacionais. Nels

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