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Análise de Investimento

Nelson Rodrigues de Matos – CNPI


nelsonrodriguesmatos@bb.com.br
Petróleo Brasileiro S.A.
Resultado 3T09
16/11/2009

 Elevação da cotação do petróleo e aumento


Ticker PETR3 PETR4 das vendas impulsionam a receita líquida
Preço Mercado em
13/11/2009
R$ 42,80 R$ 37,13 da Companhia.
Preço Potencial para
R$ 56,00 R$ 47,30
30/06/2010
Potencial de Valorização 30,8% 27,4%  Despesa extraordinária impacta o EBITDA.
Rating Buy
 Resultado financeiro infla lucro líquido.
Setor Petróleo
I. Indicadores Financeiros
Free Float 42,4% 84,5%
Payout 28,6%
Tabela 01: Indicadores Financeiros - CONSOLIDADOS.
Min (52 sem) R$ 18,55 R$ 15,73
Máx (52 sem) R$ 44,24 R$ 38,00
Volume R$ (21 d) 139.849k 630.899k R$ milhões 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08
Fonte: Economática e BB Banco de Investimento
Receita Líquida 47.877 7,3% -20,4% 135.077 -20,0%

Lucro Bruto 18.862 -5,6% -6,3% 55.668 -5,6%

Margem Bruta 39,4% -5,4 pp 6,0 pp 41,2% 6,3 pp

EBITDA 13.993 -20,1% -7,5% 44.929 -6,3%

Margem EBITDA 29,2% -10,0 pp 4,1 pp 33,3% 4,9 pp

Lucro Líquido 7.303 -5,6% -25,8% 20.853 -21,5%

Margem Líquida 15,3% -2,1 pp -1,1 pp 15,4% -0,3 pp

Fonte: Petrobras

II. Análise do Desempenho

O comparativo entre o realizado e a nossa projeção encontra-se na


tabela abaixo.
PETR4 PETR3 IBOV
120
Tabela 02: Realizado x Projetado.
100
80 3T09 3T09
60 ∆
Realizado Projetado
40 47.877 46.075 3,9%
Receita Líquida (R$ milhões)
20
EBITDA* (R$ milhões) 13.993 16.393 -14,6%
jul-08

set-08

abr-09

jul-09

set-09
nov-08

fev-09

Margem EBITDA (%) 29,2% 35,6% -6,4 pp

Lucro Líquido (R$ milhões) 7.303 7.570 -3,5%


Fonte: Economática
*considerando a despesa extraordinária do acordo com a ANP referente à
participação especial no campo de Marlim no valor de R$ 2.084 milhões.
Análise de Investimento

As análises aqui mencionadas foram efetuadas em relação ao segundo trimestre de 2009, salvo quando
indicado em contrário.

A Receita Operacional Líquida atingiu o montante de R$ 47.877 milhões, representando uma elevação de
7,3%. Esse resultado é reflexo direto dos seguintes fatores:

Positivos

 valorização de 14,6% da cotação média do petróleo;

 elevação de 3,2% das vendas no mercado interno, acompanhando a recuperação da atividade


econômica e a sazonalidade do período;

 crescimento de 0,4% (10 mil barris por dia de óleo equivalente) na produção total, no Brasil e no
exterior, de óleo e gás natural;

 acréscimo de 15,4% nas vendas internacionais;

 aumento de 1,3% no volume exportado de derivados; e

 diminuição do deságio entre a cotação média do Brent e o preço médio do petróleo nacional exportado
de US$ 10.11 para US$ 4.27/barril;

Negativos

 desvalorização média do dólar frente ao real (10,3% no comparativo com o 2T09) impactou
negativamente a receita das exportações, as vendas no exterior, bem como a comercialização, no
mercado doméstico, dos produtos que possuem parametrização com as cotações internacionais – nafta,
QAV, combustível para navios e óleo combustível;

 redução dos preços do diesel (-15%) e da gasolina (-4,5%), ocorrida em 09.06.2009; e

 queda de 5,3% no volume exportado de óleo cru.

No 3T09, o custo de extração unitário no Brasil, sem as participações governamentais, aumentou 3,4%,
passando de US$ 8.72 para US$ 9.02 por barril. Desconsiderando os efeitos da apreciação do Real, o lifting
cost reduziu 4%. Esse desempenho reflete basicamente maiores gastos com intervenções extraordinárias na
Bacia de Campos no 2T09.

Relativamente ao valor unitário do custo de extração com as participações governamentais, houve aumento
de 17,2%, por conta da valorização dos preços médios de referência do petróleo, que acompanharam as
cotações internacionais, bem como pela elevação da alíquota tributável sobre as participações
governamentais, principalmente nos campos de Marlim Sul e Marlim Leste.

Outro componente importante na formação do lucro bruto da Petrobras é o custo de refino. O valor médio
apresentado pelas refinarias brasileiras, no 3T09, foi de US$ 3.37 por barril, aumento de 9,8%. Descontando
o impacto da apreciação do Real, o valor permaneceu no mesmo patamar do trimestre anterior.

O custo total do 3T09 foi de R$ 29.015 milhões, representando acréscimo de 17,9% sobre o 2T09.

O lucro bruto somou R$ 18.862 milhões, queda de 5,6%. Assim, tendo em vista que a ROL apresentou
elevação de 7,3%, a margem bruta, que mede o repasse dos custos dos produtos vendidos, apresentou
queda de 5,4 pp em relação à verificada no 2T09, atingindo 39,4%. Esse desempenho é consequência direta
do reajuste nos preços do diesel e da gasolina, da elevação das importações para fazer frente ao aumento
do consumo interno, não obstante a Petrobras tenha realizado estoques formados em meses anteriores a
preços mais baixos.
Análise de Investimento

Relativamente ao EBITDA, o montante somou R$ 13.993 milhões, com diminuição de 20,1%. Quanto à
margem, houve queda de 10,0 pp. Esse desempenho negativo refletiu não só a redução da margem bruta,
mas principalmente a contabilização de despesa extraordinária relativa ao acordo com a ANP envolvendo o
pagamento de participação especial do campo de Marlim, na Bacia de Campos.

Na tabela 03 abaixo, podemos observar a evolução das despesas operacionais.

Tabela 03: Despesas Operacionais.

R$ milhões 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08

Despesas comerciais 1.757 0,6% 6,4% 5.367 7,1%


despesas administrativas 1.966 7,2% 2,8% 5.553 9,2%
outras despesas operacionais* 4.892 94,5% 16,8% 10.385 16,1%
Total 8.615 41,3% 11,1% 21.305 11,9%
* inclui a despesa extraordinária de R$ 2.048 milhões relativa ao acordo com a ANP.
Fonte: Petrobras

O lucro líquido somou R$ 7.303 milhões, indicando uma diminuição de 5,6%. Além dos fatores já apontados,
contribuiu também o expressivo resultado financeiro líquido positivo, não obstante o impacto negativo da
desvalorização do dólar sobre os ativos atrelados à moeda estrangeira. Esse resultado decorre do fato de
que a Petrobras, após a captação junto ao BNDES, passou a possuir passivo vinculado à variação cambial
acima dos ativos também vinculados à variação cambial.

Tabela 04: Resultado Financeiro Líquido.

R$ milhões 3T09(a) 2T09(b) ∆ a/b 3T08(c) ∆ a/c

Receitas financeiras 912 900 1,3% 606 50,5%

Despesas financeiras (1.429) (1.611) -11,3% (1.091) 31,0%

Variações monetárias líquidas* 1.684 7 23.957,1% (28) na

Variações cambiais líquidas (460) (1.757) -73,8% 3.108 na

Resultado financeiro líquido 707 (2.461) -128,7% 2.595 -72,8%


*Inclui variação monetária sobre financiamentos em moeda nacional parametrizada à variação do dólar.
Fonte: Petrobras

Destacamos, ainda, o impacto do benefício fiscal pela contabilização de juros sobre capital próprio no valor
de R$ 1.755 milhões.

Tabela 05: Benefício Fiscal pela contabilização de JCP.

R$ milhões 3T09 2T09 3T08

JCP contabilizado 1.755 2.632 0

Benefício fiscal 597 895 0


Fonte: Petrobras
Análise de Investimento

III. Estrutura de Capital

Endividamento

Tabela 06: Endividamento.

3T09 ∆/2T09 ∆/3T08

Dívida Bruta (R$ milhões) 90.227 31,0% 86,7%

Dívida Líquida (R$ milhões) 60.139 2,3% 60,2%

Dívida vinculada à variação cambial / Dívida Bruta (%) 76,0% 6,0% 4,0%

Dívida Curto Prazo / Dívida Bruta (%) 11,8% -7,2% -13,1%

Dívida Bruta / (Dívida Bruta + PL) (%) 36,7% 5,2% 11,1%

Dívida Líquida / (Dívida Líquida + PL) (%) 27,9% -0,3% 6,8%

Dívida Bruta / Ebitda (ult. 12 meses) 1,65 1,5% 106,8%

Dívida Líquida / Ebitda (ult. 12 meses) 1,10 -20,7% 77,4%


Fonte: Petrobras.

A dívida bruta apresentou aumento de 31% no comparativo com o 2T09, em razão da captação junto ao
BNDES no valor de R$ 25 bilhões.

Após a contabilização do empréstimo do BNDES, a Petrobras passou a ser devedora em moeda estrangeira
no valor líquido de R$ 23.588 milhões (ativos de R$ 29.625 milhões e passivos de R$ 53.213 milhões –
posição em 30.09.2009). Cabe ressaltar que, muito embora a saldo das disponibilidades tenha aumentado
expressivos R$ 20.016 milhões por conta do referido empréstimo, o caixa vinculado à variação cambial
cresceu apenas R$ 914 milhões.

Cronograma de Pagamento

GRÁFICO 01: Cronograma de pagamento.

47.310

30.088

16.047
10.639
6.775 6.357
3.099

disponibilidades curto prazo 2010 2011 2012 2013 2014 em diante

Fonte: Petrobras.
Análise de Investimento

IV. Investimentos

GRÁFICO 02: Investimentos

19,3 18,1 18,2

14,4
13,2

10,2 10,7
9,7
8,5 8,7
7,9
6,5 6,2
5,9

1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09


R$ milhões US$ milhões*

*Convertido pela cotação média do dólar.


Fonte: Petrobras.

GRÁFICO 03: Distribuição dos Investimentos por segmentos de negócios - 9M09.

13,6%
45,8%
10,9%

8,8%

20,9%
E&P Abastecimento Gás & Energia Internacional Demais

Fonte: Petrobras.
Análise de Investimento

V. Dados Operacionais

Produção de Petróleo

Tabela 07: Produção de Petróleo e Custo de Extração.

mil boepd* 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08

Nacional – óleo e LGN** 1.974 0,5% 4,8% 1.963 6,1%

Nacional – gás natural 319 0,0% -3,3% 316 -0,6%

Internacional – óleo 137 5,4% 24,5% 127 18,7%

Internacional – gás natural 94 -6,9% -6,0% 96 -4,0%

Produção internacional não consolidada*** 10 0,0% -28,6% 11 -21,4%

Total 2.534 0,4% 4,0% 2.513 5,1%

Lifting Cost Brasil - US$/barril

=> Sem participação governamental 9,02 3,4% -11,7% 8,53 -11,1%

=> Com participação governamental 22,86 17,2% -24,5% 19,06 -33,8%

Custo de Refino Brasil - US$/barril 3,37 9,8% -2,6% 3,02 -14,4%

Lifting Cost Internacional - US$/barril 5,60 17,2% 9,4% 4,95 9,8%

Custo de Refino Internacional - US$/barril 3,51 -40,7% -45,2% 4,65 -22,0%


* boepd – barril de óleo equivalente por dia.
** LGN – líquido de gás natural.
*** Empresas não consolidadas na Venezuela
Fonte: Petrobras

A produção doméstica de óleo e LGN, no 3T09, apresentou leve crescimento por conta do aumento da
produção das plataformas P-51 (campo de Marlim Sul) e P-53 (campo de Marlim Leste), superando o
declínio natural dos campos maduros. Quanto ao gás natural, a produção no país ficou estável.

Em relação à performance das atividades no exterior, o volume produzido de óleo apresentou aumento por
conta da elevação da produção campo de Akpo na Nigéria, atenuado pela perda de participação no campo
de Guando na Colômbia, associada à redução na Argentina pela greve de 20 dias em ago/2009. A produção
de gás reduziu 7% em razão da menor importação da Bolívia pelo Brasil, bem como pelo movimento grevista
na Argentina.

Produção de Derivados

Tabela 08: Produção de Derivados.

mil bpd 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08

Brasil 1.867 5,0% 2,5% 1.806 -0,4%

Internacional 207 5,6% 11,9% 208 19,5%

Total 2.074 5,1% 3,4% 2.014 1,3%

Capacidade instalada – Brasil 1.942 0,0% 0,0% 1.942 0,0%

Capacidade instalada – Exterior 281 0,0% 0,0% 281 0,0%

Utilização – Brasil 94% 4,0 pp 1,0 pp 92% 0,0 pp

Utilização – Exterior 67% 7,0 pp 4,0 pp 65% 5,0 pp

% do óleo nacional na carga refinada 79% 0,0 pp 3,0 pp 79% 1,0 pp

Fonte: Petrobras
Análise de Investimento

A produção de derivados nas refinarias instaladas no país aumentou 5,0%, devido à parada programada na
unidade de destilação da RALM, no 2T09. O índice de utilização da capacidade nominal atingiu expressivo
94%, superando não só a taxa do 2T09, mas também as observadas no 3T09, 9M09 e 9M08.

Em relação às atividades de refino no exterior, houve aumento de 5,6% na produção de derivados, em razão
do término da parada em planta industrial da refinaria do Japão no trimestre anterior.

Vendas físicas

Tabela 09: Volume de Vendas.

mil boepd 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08


Óleo diesel 769 1,9% -3,8% 726 -4,7%
Gasolina 327 -1,2% -7,6% 329 -2,4%
Óleo combustível 104 6,1% -10,3% 102 -6,4%
Nafta 175 6,1% 24,1% 164 7,2%
GLP 222 4,7% -0,9% 210 -0,9%
QAV 82 7,9% 9,3% 78 6,8%
Outros 131 12,0% 81,9% 114 17,5%
Venda Interna de Derivados 1.810 3,2% 1,6% 1.723 -1,1%
Álcool, biodiesel e outros 118 10,3% 21,6% 108 22,7%
Venda Interna de gás 244 0,0% -27,6% 237 -27,1%
Total Mercado Interno 2.172 3,2% -1,9% 2.068 -4,1%
Exportação 726 -3,2% 10,0% 715 12,2%
Vendas internacionais 531 15,4% -8,4% 558 -5,3%
Total Mercado Externo 1.257 3,9% 1,4% 1.273 3,8%

VENDAS TOTAIS 3.429 3,4% -0,8% 3.341 -1,2%


Fonte: Petrobras

As vendas totais no mercado interno apresentaram acréscimo de 3,2%, acompanhando a sazonalidade do


período e a recuperação da atividade econômica.

Balança Comercial

Tabela 10: Balança Comercial.

mil boepd 3T09 ∆/2T09 ∆/3T08 9M09 ∆/9M08


Importação de óleo 429 18,8% 1,4% 405 -0,2%
Importação de derivados 209 72,7% -22,6% 157 -29,3%
Importação de gás e outros 164 -2,4% -23,0% 154 -23,4%
Total Importado 802 23,4% -11,5% 716 -13,6%
Exportação de óleo 485 -5,3% 6,1% 483 21,1%
Exportação de derivados 241 1,3% 18,7% 232 -2,5%
Total exportado 726 -3,2% 10,0% 715 12,2%
Balança comercial -76 na -69,1% -1 -99,5%
Fonte: Petrobras

A balança comercial total da Petrobras, considerando também as importações de gás natural, foi negativa
em 76 mil boepd, revertendo o resultado positivo de 100 mil boepd no 2T09. Esse desempenho foi
influenciado pela elevação das importações, principalmente de óleo cru e diesel.
Análise de Investimento

VI. Conclusão do Analista

De forma resumida, o bom resultado do 3T09 da Petrobras decorreu da forte valorização das cotações do
petróleo, do acréscimo das vendas totais, bem como do resultado financeiro líquido positivo e, ainda, do
benefício fiscal pela contabilização de juros sobre capital próprio. Por outro lado, houve impactos negativos
por conta da desvalorização do dólar, da redução dos preços do diesel e da gasolina e, principalmente, da
contabilização de despesa extraordinária relativa ao acordo com a ANP envolvendo o pagamento de
participação especial do Campo de Marlim, na Bacia de Campos.

Em relação ao ajuste com a ANP, a Petrobras optou por contabilizar, em set/2009, o valor de R$ 2.048
milhões. O acordo envolveu a alteração do método de cálculo do montante devido, que resultou na redução
de R$ 1,3 bilhão da dívida. A quitação ocorrerá em oito parcelas mensais e sucessivas atualizadas pela
taxa SELIC, com a primeira sendo paga em 30.10.2009.

O litígio envolvendo a Petrobras e a ANP iniciou em 2007, quando a Companhia contestou judicialmente ato
da ANP que resultou nessa cobrança adicional da participação especial. A referida ação judicial foi julgada
improcedente em primeira instância, tendo essa decisão sido confirmada pelo Tribunal Regional Federal da
2ª Região em acórdão publicado no dia 30.09.2009.

Cabe ressaltar que, no comunicado ao mercado de 23.10.2009, ou seja após o fechamento do balanço do
3T09, a Empresa não deixava claro sua intenção de contabilizar o referido valor ainda no terceiro trimestre.
Entendemos que se trata de valor não recorrente, cujo acordo foi benéfico para a Petrobras tendo em vista
não só o estágio judicial do processo, mas também a redução da dívida.

Em relação às margens operacionais (EBITDA e bruta), a diminuição dos indicadores em relação ao


trimestre passado, mesmo desconsiderando a despesa extraordinária do acordo com a ANP, é
consequência direta do reajuste nos preços do diesel e da gasolina, da elevação das importações para fazer
frente ao aumento do consumo interno, não obstante a Petrobras tenha realizado estoques formados em
meses anteriores a preços mais baixos.

Nossa estimativa para o resultado do 3T09 é de melhoria na receita operacional líquida, tendo em vista as
expectativas de manutenção dos atuais níveis de preços do petróleo. A cotação, após atingir, em jan/2009, o
menor nível dos últimos anos (US$ 35.20/barril), vem apresentando valorização. No 4T09, a média encontra-
se em US$ 76.65/barril (até 12.11.2009), elevação de 12,4% no comparativo com o 3T09.

Gráfico 04: Cotação de fechamento do barril tipo WTI – em US$.

90

80

70

60

50

40

30
2/1/2009 9/2/2009 17/3/2009 22/4/2009 28/5/2009 2/7/2009 6/8/2009 11/9/2009 16/10/2009

*Dados de 02.01 a 12.11.2009.


Fonte: Bloomberg
Análise de Investimento

Acreditamos, ainda, que o desempenho da Petrobras será impactado positivamente pelo aumento da
produção de óleo e gás, tendo em vista a existência de diversos projetos, cuja pico de produção ainda não
foi atingido, tais como: P-51 (Marlim Sul), FPSO Cidade de Niterói (Jabuti), FPSO Frade (Frade) e FPSO
Espírito Santo (Parque das Conchas).

Por outro lado, o desempenho mais vigoroso nos resultados da Petrobras será parcialmente reduzido pela
tendência de manutenção da taxa cambial média observada no 4T09, conforme gráfico 05.

Gráfico 05: Taxa cambial média – R$/US$

2,31

2,28

2,11
2,08

1,92
1,98 1,87
1,78
1,74 1,73
1,66
1,67

1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09*

*Dados até 12.11.2009. Fonte: Bloomberg

Em relação às vendas no mercado doméstico, acreditamos que haverá uma pequena redução por conta do
efeito sazonal do último trimestre do ano, não obstante o atual o movimento de recuperação do mercado
interno de derivados de petróleo, face à recuperação da atividade econômica.

Acreditamos que a manutenção dos preços internos do diesel e da gasolina acima dos verificados no
mercado internacional favorecerá a manutenção de boas margens operacionais. Entendemos que a
Petrobras não efetuará, no curto prazo, qualquer reajuste nos preços do mercado doméstico. No gráfico 06,
apresentamos as diferenças médias entre os preços domésticos do diesel e da gasolina e as cotações no
exterior.

GRÁFICO 06: Diferenças médias entre os preços internos do diesel e da gasolina e os internacionais.

63%
49% 52%
46%

25% 29% 25%


22% 18% 19%

6%

-4% -4%
-8% -10%-9% -9%
-14%
-20%-20%

3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09*

Diferença - Óleo Diesel Diferença - Gasolina

* Dados até 12.11.2009. Fontes: ANP e Bloomberg.

Mantemos nossa recomendação de compra para as ações da Petrobras com preços potenciais de R$ 47,30
(PN) e R$ 56,00 (ON) para 30.06.2010.
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Renda Variável
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Bancos Pedro Mendes Rauber - CPA20
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Consumo, Serviços e Small Caps Distribuição e varejo
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Petroquímico +44 207 7960836 (facsimile)
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precisas, completas ou corretas. Todas as recomendações e estimativas apresentadas derivam de nosso julgamento e
Sara Brescini +44 (207) 3675852
podem ser alternadas a qualquer momento sem aviso prévio, em função de mudanças que possam afetar as projeções Alex Freitas +44 (207) 3675842
da empresa. Este material tem por finalidade apenas uma oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender
quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. É vedada a reprodução, distribuição ou
Research
publicação deste material, integral ou parcialmente, para qualquer finalidade. O(s) responsável(is) pela elaboração Paul Hollingworth +44 (207) 3675851
deste relatório declara(m) que:
Private Clients
- As análises refletem única e exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a(s) empresa(s) em questão e foram
realizadas de forma independente e autônoma, inclusive em relação ao BB-Banco de Investimento S.A, instituição à Newton Tanaka +44 (207) 3675807
qual o analista está vinculado; Marina Castro
- Não é remunerado por serviços prestados ou possui relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste
relatório ou pessoa natural ou jurídica, fundo ou universidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse
dessa(s) empresa(s); Banco do Brasil Securities
- Sua remuneração é fixa e não está, direta ou indiretamente, relacionada a recomendações específicas ou atrelada à
precificação de quaisquer dos valores mobiliários emitidos pela empresa(s) LLC
analisada(s), ou às receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pelo BB-Banco de
Investimento S.A; 600 Fifth Avenue, 3rd floor
- Não é titular, direta ou indiretamente, de valores mobiliários de emissão da(s) empresa(s) analisada(s) que New York City, NY 10020 - USA
representam 5% ou mais de seu patrimônio pessoal, (nem) está envolvido na aquisição, alienação e intermediação de (Member: NASD/SIPC/NFA)
tais valores no mercado;
- Mantém vínculo com pessoas naturais que atuam no âmbito da Companhia cujos valores mobiliários foram alvo de
análise neste relatório. Contudo, esclarece que essas pessoas, com parentesco de 2º grau, exercem funções Managing Director
meramente operacionais, não possuindo ingerência administrativa ou financeira. Gustavo Sousa +1 (212) 6267206
- De acordo com o BB-Banco de Investimento S.A.:
1 - A instituição não é remunerada por serviços prestados nem possui relações com a(s) empresa(s) analisada(s) Institutional Sales
neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo
interesse dessa(s) empresa(s); o Conglomerado Banco do Brasil S.A pode ser remunerado por serviços prestados ou
Charles Langalis +1 (212) 6267206
possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório, ou com pessoa natural ou jurídica, fundo
ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); Sales Trader
2 - A instituição não possui participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) Daniela Valle +1 (212) 6267014
empresa(s) analisada(s), mas poderá adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da empresa(s) no mercado; o Cassandra Voss +1 (212) 6267048
Conglomerado Banco do Brasil S.A pode possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do
capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderá adquirir, alienar e intermediar valores mobiliários da(s)
empresa(s) no mercado.

BB-Banco de Investimento S.A. • BB-BI


Rua Senador Dantas, 105 - 36º andar
Rio de Janeiro RJ - Brasil
Tel. (21) 38083625 Fax (21) 38083355

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