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Definições e Teoremas
20 de Maio de 2009
Resumo
1 Cálculo diferencial em Rn 3
1.1 Topologia em Rn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Domı́nios, gráficos e conjuntos de nı́vel . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Limites e continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 Cálculo diferencial em Rn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2 Cálculo integral em Rn 10
2.1 Integrais duplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Integrais triplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Integral de linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Integrais de superfı́cie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 Equações diferenciais 16
3.1 Equações diferenciais ordinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2 Equações diferenciais ordinárias de 1a ordem . . . . . . . . . . 16
3.2.1 Equações de variáveis separadas . . . . . . . . . . . . . 16
3.2.2 Equações homogéneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2.3 Equação linear de 1a ordem . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Equações lineares de ordem n ≥ 1 . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3.1 Propriedades das equações diferenciais lineares . . . . . 18
3.3.2 Solução geral de uma equação linear de coeficientes
constantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
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Capı́tulo 1
Cálculo diferencial em Rn
1.1 Topologia em Rn
Definição 1 (Distância euclideana em Rn ). Sejam a e b pontos de Rn ,
a = (a1 , a2 , . . . , an ), b = (b1 , b2 , . . . , bn ). Define-se distância entre a e b por
p
d(a, b) = (b1 − a1 )2 + (b2 − a2 )2 + . . . + (bn − an )2 = kb − ak.
3
Definição 5 (Conjunto aberto). X diz-se aberto se coincidir com o seu
interior (se X = int X).
Definição 6 (Fecho ou aderência). Define-se fecho (ou aderência) de X, e
representa-se por X, como X = int X ∪ front X.
Definição 7 (Conjunto fechado). X diz-se fechado se coincidir com o seu
fecho (se X = X).
Definição 8 (Conjunto limitado). X diz-se limitado se existir alguma bola
que o contenha.
Definição 9 (Conjunto compacto). X diz-se compacto se for limitado e
fechado.
4
O contradomı́nio (ou imagem) de f é o conjunto de todos os y tais que
y = f (x) para algum x e coincide com os valores de k cujos conjuntos de
nı́vel são não vazios.
f (x) l1
(iii) se l2 6= 0, lim =
x→a g(x) l2
• g : Rn ⊃ D1 → R, h : R ⊃ D2 → R, h ◦ g : Rn ⊃ D → R;
5
Definição 17 (Continuidade). Seja f : Rn ⊃ D → R e a ∈ D ∩ D0 . Diz-se
que f é contı́nua em a se existir o limite de f no ponto a e lim f (x) = f (a),
x→a
ou seja,
Uma função diz-se contı́nua num conjunto se for contı́nua em todos os pontos
desse conjunto.
• g : Rn ⊃ D1 → R, h : R ⊃ D2 → R, h ◦ g : Rn ⊃ D → R;
• a ∈ D ∩ D0 , g(a) = b, b ∈ D2 ∩ D20 .
6
1.4 Cálculo diferencial em Rn
Definição 22 (Derivada segundo um vector). Seja f : Rn ⊃ D → R e
a ∈ int D. Chama-se derivada de f segundo h ∈ Rn ao limite
f (a + λh) − f (a)
fh0 (a) = f 0 (a; h) = lim , se existir.
λ→0 λ
Se h é unitário (khk = 1), a derivada de f segundo h designa-se por derivada
direccional de f em a na direcção de h.
∂f
(a), fx0 i (a), Dxi f (a), Di f (a).
∂xi
∂f ∂f
z = f (a, b) + (a, b)(x − a) + (a, b)(y − b).
∂x ∂y
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Definição 25 (Diferenciabilidade de campos escalares). f : Rn ⊃ D → R
diz-se diferenciável em a ∈ int D se existe fx0 i para todo o i = 1, . . . , n e se
n
!
X
f (x) − f (a) + fi0 (a)(xi − ai )
i=1
lim = 0.
x→a kx − ak
Definição 26 (Diferencial). O diferencial de f em a define-se pela igualdade:
n
X n
X
df (a) = fi0 (a)(xi − ai ) = fi0 ∆xi .
i=1 i=1
8
Teorema 8 (Schwartz). Seja f : R2 ⊃ D → R, (a, b) ∈ int D. Suponha-se
que existem fx0 , fy0 e fxy
0 0
numa bola centrada em (a, b) e que fxy é contı́nua
0 0
nessa bola. Então existe fyx (a, b) e coincide com fxy (a, b).
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Capı́tulo 2
Cálculo integral em Rn
Propriedades:
1. Linearidade: Se f e g são integráveis em A, então
ZZ ZZ ZZ
(αf + βg) dA = α f dA + β g dA para todos os α, β ∈ R
A A A
2. Aditividade: Se A é a Zreunião
Z disjunta
Z Z de A1 eZA
Z 2 e f é integrável
nestes conjuntos, então f dA = f dA + f dA.
A A1 A2
10
3. Monotonia:
Z Z Se f e Z g Zsão integráveis em A e f (x, y) ≥ g(x, y) ∀(x,y)∈A ,
então f dA ≥ g dA. Em particular, se f (x, y) ≥ 0 ∀(x,y)∈A ,
ZZA A
então f (x, y) dA ≥ 0.
A
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2.2 Integrais triplos
3
Definição 36.
Z Z ZSeja f (x, y, z) uma função
Z Z Z definida numa região Q de R .
Para definir f (x, y, z) dx dy dz = f (x, y, z) dV procede-se à partição
Q Q
de Q através de planos paralelos aos planos xOy, xOz e yOz. Em cada pa-
ralelipı́pedo Qk assim definido, de volume ∆Vk e inteiramente contido em Q,
n
X
escolhe-se um ponto rk = (xk , yk , zk ) e forma-se a soma f (xk , yk , zk ) ∆Vk .
k=1
Se existir, de forma independente da partição e da escolha dos rk , o limite
desta soma quando o diâmetro da partição (o máximo dos comprimentos das
diagonais dos respectivos paralelipı́pedos)Ztende
Z Z para zero, chama-se integral
de f em Q a esse limite e designa-se por f (x, y, z) dV .
Q
1. Linearidade
2. Aditividade
3. Monotonia
desde que exista o integral iterado. Neste caso, pode calcular-se o integral
através de qualquer das outras cinco permutações da ordem de integração.
Teorema 15. Seja Q uma região fechada e limitada tal que qualquer recta
paralela a Oz que passe por um ponto interior a Q não intersecte a fronteira
em mais que dois pontos. Seja A a projecção de Q sobre xOy e S1 ≡ z =
h1 (x, y), S2 ≡ z = h2 (x, y) as fronteiras inferior e superior de Q. Então
ZZZ ZZ Z h2 (x,y)
f (x, y, z) dV = f (x, y, z) dz dx dy.
Q A h1 (x,y)
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de classe C 1 invertı́vel em P = T−1 (Q) e considere-se a composição f ◦ T.
Então
Z ZZ
∂(x, y, z)
f (x, y, z) dx dy dz = f (T(u, v, w)) det du dv dw
A B ∂(u, v, w)
∂(x, y, z)
onde det
é o módulo do jacobiano de T.
∂(u, v, w)
Definição 37 (Coordenadas cilı́ndricas). As coordenadas cilı́ndricas são de-
finidas pela aplicação T(ρ, θ, z), dada por
x = ρ cos θ
y = ρ sen θ .
z=z
∂(x, y, z)
O módulo do jacobiano é det
= ρ.
∂(ρ, θ, z)
Definição 38 (Coordenadas esféricas). As coordenadas esféricas são defini-
das pela aplicação T(r, θ, ϕ), dada por
x = r sen ϕ cos θ
y = r sen ϕ sen θ .
z = r cos ϕ
∂(x, y, z)
= r2 sen ϕ.
O módulo do jacobiano é det
∂(r, θ, ϕ)
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Definição 41 (Integral de linha de campo escalar). Seja f um campo escalar
definido numa região contendo a linha γ parametrizada por r(t). Definimos
integral de linha de f ao longo de γ entre os pontos A = r(a) e B = r(b)
como o integral
Z Z Z b
f ds = f ds = f (r(t)) kr0 (t)k dt , se existir.
γ AB a
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Definição 46 (Integral de superfı́cie de um campo escalar). Seja S uma
superfı́cie regular ou seccionalmente regular representada parametricamente
por r(u, v), (u, v) ∈ T ⊂ R2 , F : R3 ⊃ D → R, γ ⊂ D. O integral de
superfı́cie de F sobre S é
ZZ ZZ
∂r ∂r
F (x, y, z) dS =
∂u × ∂v
du dv.
F (r(u, v))
S T
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Capı́tulo 3
Equações diferenciais
16
A mudança de variável y = vx reduz o problema da resolução de uma
equação homogénea ao de uma equação de variáveis separadas.
y 0 + P (x)y = Q(x)
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3.3.1 Propriedades das equações diferenciais lineares
1. Suponha-se que y1 e y2 são soluções da equação homogénea P (D)y = 0.
Então λ1 y1 + λ2 y2 , para quaisquer λ1 , λ2 ∈ R, é também solução da
equação P (D)y = 0.
2. O conjunto das soluções da equação linear homogénea de ordem n
P (D)y = 0 no intervalo I é um espaço vectorial de dimensão n. Assim,
se y1 , y2 , . . . , yn são n soluções linearmente independentes, a solução
geral da equação homogénea P (D)y = 0 é
y (n) + a1 y (n−1) + · · · + an y = 0, a1 , a2 , . . . , an ∈ R,
λn + a1 λn−1 + · · · + an = 0
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1o caso: A equação caracterı́stica tem n raı́zes reais e distintas λ1 , λ2 , . . . , λn .
Neste caso, as soluções eλ1 x , eλ2 x , . . . , eλn x são linearmente independen-
tes. A solução geral é
Equação completa
Teorema 20 (Método dos coeficientes indeterminados). Considere-se a equação
de coeficientes constantes P (D) = q(x), em que q(x) é da forma
q(x) = eax f (x) cos bx + fˆ(x) sen bx
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Então uma solução particular yp da equação completa pode escrever-se na
forma
yp = v1 (x)u1 (x) + v2 (x)u2 (x).
em que v1 (x) e v2 (x) são soluções do sistema
0
u1 u2 v1 0
=
u01 u02 v20 q(x)
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