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MICROBIOLOGIA

EUTROFIZAÇÃO
DA ÁGUA
1. Microbiologia de efluentes - cinética
2. Eutrofização
3. Bioindicadores - coliformes
4. Cianotobactérias - cianotoxinas
5. Biofilmes
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INTRODUÇÃO POLUIÇÃO

Água: componente de sustentação de vida na Terra


Prejuízo de um ou mais de seus usos ------ HOMEM

Preservação Contaminação:
 agrícola: agrotóxicos + estercos + fertilizantes

Composição: gases, sais sólidos e íons ORGANISMOS  municipal: lixo, esgoto, produtos tóxicos (chorume)
 industrial: resíduos diversos

TÉRMICA
POLUIÇÃO Fitoplâncton - Baleias FÍSICA
BIOLÓGICA
QUÍMICA
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CONCEITOS FATORES RELACIONADOS À EUTROFIZAÇÃO
FATORES NATURAIS
EUTROFIZAÇÃO: processo de fertilização em um
sistema aquático pela aumento da concentração de Latitude (duração e incidência da luz, T água e ar)
elementos limitantes como P, N, C e, às vezes, K e Si. Vento (mistura parcial da massa de água)
EU (bom ,verdadeiro) + TROPHEIN (nutrir) Precipitações (erosão-solo e escoamento-água)
 Eutrófico x Mesotrófico x Oligotrófico Características da bacia (geologia-material de origem)
 Eutrophication (introduzido em 1956) Declive da bacia
 Eutrofizar x Eutroficar ?
FATORES HUMANOS
TIPOS DE EUTROFIZAÇÃO Poluição proveniente de dejetos e outras atividades
NATURAL: envelhecimento natural (milhares de anos)
FATORES ASSOCIADOS À PRÓPRIA MASSA DE ÁGUA
ARTIFICIAL (ANTROPOGÊNICA, CULTURAL): poluição
Taxa de renovação das águas
(causas somente na década de 60)
Sedimentos (C, N, P...)
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[P] da água acima de 0,02 mg kg-1 EUTROFIZAÇÃO Pesquisa: combinações de nutrientes


[P] na solução do solo para a planta: 0,1-0,3 mg kg-1

ORIGENS DE N e P
FONTES EXÓGENAS
Erosão, precipitação, lixiviação, resíduos, esgotos, etc.
NH4+, NO3-, PO43-

FONTES ENDÓGENAS
Sedimentos (redissolução) - decomposição de algas e
liberação de P devido à acidez gerada (redutor)

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2
O PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO: EXEMPLO COM O P

P da
 Processos erosivos e enxurradas = P superfície

 Multiplicação de algas na superfície Luz solar


P fertiliza as algas de
superfície
 Morte da vegetação submersa (luz) - hábitat
 Decomposição de algas da superfície Penetração de luz é reduzida

 Remoção de O2 da água (produtos tóxicos)


Vegetação
 Elevação da concentração de NH3 (tóxica) submersa é
reduzida
Plantas morrem. Quando
 Morte de outros organismos aquáticos se decompõem, há
depleção de O2

** P dos sedimentos = problema de longa duração !


(liberação por processos anaeróbios - acidez)
Morte de animais
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PROBLEMAS NORMALMENTE OBSERVADOS NOTÍCIAS COMUNS


EUTROFIZAÇÃO MATA LAGOAS EM AÇORES
• Aumento dos custos de purificação "São necessárias medidas drásticas, que vão atingir os
agricultores e isso não dá votos".
• Redução do valor de recreação
Ceifeira + oxigenação ="pura cosmética"
• Perda de animais
Estudos recentes: reflorestamento, proibições, gado...
• Efeitos sub-letais de toxinas no homem
• Bloom de algas (cianobactérias) - toxidez
• Perda de hábitats
• Morte de peixes e outros organismos aquáticos

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NOTÍCIAS COMUNS PREVENÇÃO E CONTROLE
COMPROMETIMENTO DE RESERVATÓRIOS EM SP E PR
 Política de redução de aporte de nutrientes ($)
Reservatórios: PR e SP
De 19 (PR): 12 moderadamente degradados e 5 Remoção de nutrientes no tratamento de esgotos
criticamente degradados a severamente poluídos EUA: efluentes urbanos (< 1 mg L-1 de fosfato)

IMPACTO AMBIENTAL DOS PESQUE-PAGUE Como remover o excesso de P?


1) Precipitação química: caro, grande vol. decantado
Estudo: 42 em Mogi-guaçu (SP) - maioria familiar
Água de descarte em sistemas de irrigação 2) Remoção Biológica Avançada de Fosfato !!!
- Microrganismos acumuladores de fosfato (polifosfato)
Educação ambiental!
Tratamento de lodo ativado: condição aeróbia
POLUIÇÃO ORGÂNICA EM RIO GRANDE/RS Se pH = 5,5-6,5
Esgotos domésticos clandestinos
Remoção de 56 a 142% do fosfato (econômica ?)
Estação de captação: eutrofização acentuada
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PREVENÇÃO E CONTROLE
Presença
dentro da 3) Hidroponia: cultivo de plantas aquáticas
célula

• Taboa (Typha)
agente purificador:
FILTRO VERDE

• Aguapé (Eichhornia crassipes)

• Elevada absorção/remoção de nutrientes)


• Rápido crescimento (até 5% ao dia)
• Facilidade de retirada da água
• Aproveitamento da biomassa
• Raízes beneficiam microrganismos
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Aguapé Taboa 17 18

VANTAGENS
 Baixo custo
 Reduzidos gastos energéticos
 Reciclagem da biomassa produzida
 Fertilizante, ração animal, geração de energia
 Fabricação de papel
 Extração de proteínas para fazer rações
 Extração de subst. estimulantes do crescimento vegetal
 Compostagem

DESVANTAGENS
 Criadouro de larvas de mosquitos e pernilongos
Sistema de tratamento de rizofiltração ex situ  Absorção de metais ou substâncias tóxicas
 Grande quantidade de biomassa gerada
 Odores desagradáveis

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AÇÕES DO DIA-A-DIA PARA EVITAR CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Poluição das águas em países ricos = consumismo
• plantio de espécies nativas (baixa exigência nutricional)
• Em países pobres = pobreza e educação
• reciclagem de podas - redução de fertilizantes
• Educação ambiental ! ...
• fertilização mínima (análise do solo)
• Brasil dispõe de 15% de toda a água doce do mundo
• utilização de P de baixa solubilidade ou sem P
Quanto melhor a qualidade da água (preservação)
• compostagem e aplicação no solo
• utilização de detergentes e outros livres de P
Melhor e mais barato será o tratamento
• economia de água (ex.durante a irrigação)
(sofisticação de metodologias....) - irracionalidade
• proteção do solo contra erosão (revegetação)
• coleta de estrume de animais de estimação
• lavagem de carro na grama e não na rua
De que adianta o progresso
• conscientização de vizinhos e reuniões... se não há qualidade de vida?
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REFERÊNCIA SUGERIDA
• UFMG - Departamento de Engenharia de Transportes e BIOINDICADORES
Geoctecnia. Eutrofização de corpos d´água:
http://www.etg.ufmg.br/tim1/eutrofiz.doc
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos. DESA-UFMG.1996 DA
<Disponível em maio de 2009>

QUALIDADE DA ÁGUA

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BIOINDICADORES DA QUALIDADE DA DOENÇAS PROVOCADAS POR AGENTES
ÁGUA MICROBIANOS
• Importância da água à vida Normalmente: água + microrganismos de vida livre e
Interesses diversos (demanda e escassez) não parasitária

• Potabilidade: conjunto de parâmetros e padrões. Ocasionalmente: microrganismos patogênicos


(vida limitada na água)
• Portaria MS no 518 (25/03/2004)
Físico-químicos, organolépticos e microbiológicos! Agrupamento CLÁSSICO dos patogênicos:

Manutenção do padrão e vigilância da qualidade... VÍRUS, BACTÉRIAS e HELMINTOS – agentes


etiológicos
Ex. bactéria (cólera), protozoários (giardíase),
A ÁGUA NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS
helmintos (teníase), etc.
- PROVOCADAS POR AGENTES MICROBIANOS
- PROVOCADAS POR AGENTES QUÍMICOS (agrotóxicos Outra classificação: AMBIENTAL
e resíduos industriais – metais pesados) Ênfase: vias de transmissão e ciclo do agente
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GRUPO I: transmissão hídrica (PREVENÇÃO) Principais doenças associadas com a água


O agente está na água: diarréias (cólera, salmonelose), Doença Agente causal Sintomas
febres entéricas (hepatite, febre tifóide, ascaridíase) = GRUPO I - Ingestão de água contaminada
TRATAMENTO DA ÁGUA
Disenteria bacilar Bactéria (Shigella) Forte diarréia
Cólera Bactéria (Vibrio) Diarréia muito forte,
GRUPO II: transmissão relacionada com a higiene desidratação, morte
Leptospirose Bactéria (Leptospira) Icterícia, febre
Ex. escabiose = FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
Salmonelose Febre, náusea,
diarréia
GRUPO III: baseada na água (contato sem ingestão) Febre tifóide Bactéria (Salmonella) Febre alta, diarréia,
ulceração
Contato com o agente que se desenvolve na água
Disenteria amebiana Protozoário Diarréia prolongada,
Ex. esquistossomose = EDUCAÇÃO (Entamoeba) sangramento
Giardíase Protozoário (Giardia) Diarréia leve a forte,
indigestão, flatulência
GRUPO IV: inseto vetor procria na água
Hepatite infecciosa Vírus (tipo A) Icterícia e febre
Ex. dengue, malária, etc. = EDUCAÇÃO E Gastroenterite Vírus Diarréia leve a forte

RECONHECIMENTO DOS LOCAIS DE CRIAÇÃO Paralisia infantil Virus (Poliomielites) Paralisia


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Doença Agente causal Sintomas
GRUPOS II e III - Contato com água contaminada AVALIAÇÃO DA POTABILIDADE
Escabiose Sarna (Sarcoptes) Úlceras na pele
EXAME BACTERIOLÓGICO
Tracoma Clamídea (Chlamydia) Inflamação dos olhos,
cegueira total ou
parcial Identificação e quantificação dos agentes:
Verminoses
• IMPRATICÁVEL
Esquistossomose Helminto Diarréia, aumento do
(Schistosoma) baço e fígado, • ANÁLISES TRABALHOSAS
hemorragias
GRUPO IV - Transmissão por insetos • BAIXA DENSIDADE NA ÁGUA (INTERMITENTE)
Malária Protozoário Febre, suor, grave ou
(Plasmodium) não Descoberta de microrganismos indicadores!
Dengue Vírus Febre, dor forte de
cabeça, dores nas Ex. Agentes patogênicos no intestino (Grupo I) - fezes
juntas e músculos,
erupções Decisão: análise de outros habitantes não patogênicos
Filariose Helminto Obstrução de vasos, que estão em maior densidade...
deformação de tecidos
Febre amarela Vírus Febre, dor de cabeça, MONITORAMENTO DA QUALIDADE
prostração, vômitos 29 30

MICRORGANISMOS INDICADORES (BIOINDICADORES) MICRORGANISMOS DO GRUPO COLIFORME


 Em grande quantidade nas fezes humanas
Tipos de microrganismos cuja presença na água é  Somente em fezes de animais de sangue quente
evidência de que está poluída/contaminada com
material fecal de origem humana ou de outros animais  Resistência semelhante aos patogênicos
de sangue quente.  Identificação por técnicas simples e econômicas
 Geralmente, inofensivo ao homem e outros animais

PRINCIPAIS SUBGRUPOS
COLIFORMES TOTAIS (CT): (inclui E. coli), Citrobacter,
Serratia, Klebsiella, Enterobacter ... (35oC)
Qualquer microrganismo patogênico que ocorre no COLIFORMES FECAIS (CF) (origem intestinal) - (44oC)
trato intestinal desses animais pode também estar
ESTREPTOCOCOS FECAIS (EF): não rotina
presente
CF/EF > 4 (fecal - humano), CF/EF < 1 (fecal - outros)
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Padrão microbiológico de potabilidade da água para
Número mínimo de amostras mensais em sistema de
consumo humano (Portaria 518/2004)
distribuição (reservatórios e rede) para fins de
Origem Indicador Padrão
análises microbiológicas (Portaria 518/2004)
Água para consumo E. coli AUSÊNCIA em amostras 100 mL
humano em toda e
qualquer situação,
incluindo poços, minas, POPULAÇÃO TOTAL no amostras para CT
nascente e outras
Água na saída do CT AUSÊNCIA em amostras 100 mL
Até 5.000 10
tratamento De 5.001 a 20.000 1 para cada 500 hab.
Água tratada no E. coli AUSÊNCIA em 100 mL De 20.001 a 250.000 30 + (1 para cada 2.000 hab.)
sistema de distribuição CT Sistemas com + 40 am./mês:
(reservatórios e rede): AUSÊNCIA em 100 mL em 95% Acima de 250.000 105 + (1 para cada 5.000 hab.)
Recoleta no mesmo das amostras examinadas no Máximo de 1000
ponto + à jusante + à mês.
montante, no mínimo.
Não são tolerados Na saída de cada unidade de tratamento, devem ser coletadas, no
Sistemas com até 40 am./mês:
valores positivos. Máximo de 1 amostra positiva
mínimo 2 (duas) amostras semanais, recomendando-se a coleta
em 100 mL. de, pelo menos, 4 (quatro) amostras semanais.
Bactérias Menor que 500 UFC/mL em
heterotróficas amostras 100 mL (*) Amostras para CT devem ser retiradas no ponto de consumo
(mínimo 3 pontos de consumo de água), em quantidade de 1 para
(*) UFC = Unidades Formadoras de Colônias. Contagem realizada em
cada 500 hab, semanalmente.
20% das amostras coletadas no mês. Se acima, recoletar, inspecionar e
tomar providências.
33 34

Classificação dos corpos de água superficiais (Cons. Nac. Critérios para recreação de contato primário, conforme
do Meio Ambiente/CONAMA Resolução 357, 17/03/2005) CONAMA 274 de 29/11/2000
Água Doce: salinidade ≤ 0,5% Recreação CF E. coli Enterococos
(termotolerantes)
Classes Usos preponderantes Excelente 250 200 25
Especial Consumo humano com desinfestação, Muito boa 500 400 50
preservação das comunidades aquáticas
Satisfatória 1000 800 100
Classe 1 Abastecimento após tratamento simplificado,
recreação de contato primário, proteção das Imprópria
comunidades aquáticas, irrigação de hortaliças e
a) Coliformes fecais (termotolerantes): bactérias do grupo dos CT, presença da enzima ß-
frutas rentes ao solo consumidas cruas galactosidase, capacidade de fermentar a lactose com produção de gás em 24 horas à
temperatura de 44-45°C. Além de presentes em fezes humanas e de animais podem, também,
Classe 2 Abastecimento após tratamento convencional,
ser encontradas em solos, plantas ou quaisquer efluentes contendo matéria orgânica;
aqüicultura, irrigação de hortaliças e frutíferas e
parques e jardins, proteção das comunidades b) Escherichia coli: bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, presença das enzimas ß-
aquáticas, recreação de contato primário galactosidase e ß-glicuronidase. Cresce em meio complexo a 44-45°C, fermenta lactose e
manitol. É abundante em fezes humanas e de animais, tendo, somente, sido encontrada em
Classe 3 Abastecimento com tratamento convencional ou esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal recente;
avançado, irrigação de árvores, cereais e
c) Enterococos: bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencentes ao gênero
forrageiras, dessedentação de animais, pesca Enterococcus, alta tolerância às condições adversas de crescimento, tais como: capacidade de
amadora, recreação de contato secundário crescer na presença de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10° e 45°C.
A maioria das espécies dos Enterococcus são de origem fecal humana, embora possam ser
Classe 4 Navegação, paisagem isolados de fezes de animais.
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ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA
AMOSTRAGEM:
a) a amostra deve ser coletada em frasco esterilizado;
b) a amostra deve ser representativa;
c) contaminação deve ser evitada durante e após a
coleta;
d) deve ser analisada logo após a obtenção;
e) pode ser armazenada entre 0-10oC e utilizada o
mais rápido possível (24h).

MÉTODOS:
• MÉTODO 1: CONTAGEM EM PLACAS
• MÉTODO 2: TESTES PARA O GRUPO COLIFORME
• MÉTODO 3: TECNOLOGIA DO SUBSTRATO DEFINIDO
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MÉTODO 1: CONTAGEM EM PLACA MÉTODO 1: CONTAGEM EM PLACA


Plaqueamento: 0,1 ou 1,0 mL de água em meio ágar e
incubada por 48h a 35oC (bactérias heterotróficas) –
Portaria 518 (2004).
Contagem das colônias: < 500 UFC/mL, sem
discriminar as espécies (patogênicas e saprófitas).
Indicação: controle de processos como sedimentação,
filtração e cloração.

Alteração: passar todo o volume de água em


membrana filtrante – colocar sobre almofada
saturada com meio de cultura e incubar.
Contagem das colônias nas membranas.
Vantagens: representa o total do volume de água,
resultados rápidos, usando meios seletivos é possível
identificar tipos diferentes de bactérias. 39 40

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MÉTODO 2: TESTES PARA O GRUPO COLIFORME MÉTODO 2: TESTES PARA O GRUPO COLIFORME
1) Teste presuntivo (inoculação em caldo lactosado):
presença de gás (teste + para coliformes)
2) Teste confirmativo: do caldo lactosado para a)
caldo lactosado verde-brilhante bile (CLVBB) ou b)
ágar eosina azul de metileno (EMB).
Se formou gás em (a) o teste é +.
Em (b): colônias características: E. coli são pequenas,
escuras com centro quase negro e brilho metálico
esverdeado.
3) Teste completo: As colônias típicas do EMB são
selecionadas e inoculadas em:
a) caldo lactosado (deve produzir gás)
b) ágar inclinado (fazer teste de Gram: Gram-, bacilos
não esporulados).
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MÉTODO 3: COLILERT PRESENÇA/AUSÊNCIA OU COLILERT


QUANTIFICAÇÃO DE COLIFORMES TOTAIS e E. coli TECNOLOGIA DE SUBSTRATO DEFINIDO
• Resultados confirmados em 24h Análise simultânea de Coliformes Totais e E. coli
• Aprovações internacionais (método padrão no
Standard Methods for Water and Wastewater, 19a ed.) Fontes de C:
• Aprovação no Brasil: Secretarias de Saúde, β-d-galactopiranosideo+o-nitrofenil (ONPG)
laboratórios de pesquisa, universidades, companhias = COLIFORMES TOTAIS
de saneamento
• Facilidade de execução e leitura β-d-glucoronideo + 4-metil-umberliferil (MUG)
• Tempo de manipulação da análise: menor que 1 min = E. coli
• Detecta coliformes totais e E. coli (contaminação
fecal) simultaneamente em 24h Enzimas: β-D- Galactosidase (ONPG)
• Não há necessidade de confirmação β-D-Glucoronidase (E. coli)
• Não há manipulação de vidrarias ou contagem de
• A maior parte dos microrganismos não-coliformes
colônias
NÃO possui estas enzimas
• Elimina interpretação subjetiva das cores de colônias
• Detecta 1 coliforme em 100 mL de amostra 43 • Os demais são inibidos pelos antibióticos do meio 44

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CT

AMARELO FLUORESCENTE

45 46

AUSÊNCIA
PRESENÇA

QUANTIFICAÇÃO

47 48

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SISTEMA SEMI-AUTOMÁTICO PARA CONTAGEM DE
OUTROS BIOINDICADORES DA QUALIDADE
BACTÉRIAS
DA ÁGUA
• Adição do substrato à amostra (100 mL): pura ou Nocivas em sistemas de abastecimento (odor, cor,
diluída gosto ...) - EXEMPLOS
• Agitação até dissolver o substrato
1) BACTÉRIA OXIDANTE DE FERRO E MANGANÊS
• Colocação da amostra+substrato em cartela
água de cor marrom e mau cheiro
específica
2) BACTÉRIA REDUTORA DE SULFATO
• Seladora: distribuição simultânea das amostras em
cubos água com cheiro de ovo podre
• Incubação: estufa bacteriológica a 35oC por 24h Criptosporidium: resiste ao cloro (diarréia e cãibras)
• Contagem dos cubos amarelos (maiores e menores) 3) BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS: úlceras, cansaço,
– número mais provável (NMP) de Coliformes totais câncer (idosos e crianças): <500 UFC mL-1 (35oC/48h)
• Exposição da cartela à luz UV: contagem dos Pseudomonas aeruginosa: teste para desinfestação de
fluorescentes – NMP de E. coli (contaminação fecal) piscinas, spas, etc.
49 Helicobacter pylori: 90% das úlceras (cloro destrói) 50

REFERÊNCIA SUGERIDA

PORTARIA MS no 518, de 25/03/2004 CIANOTOXINAS


Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências. E SUAS
IMPLICAÇÕES

51 52

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1. OCORRÊNCIA E HÁBITAT DAS CIANOBACTÉRIAS 2. OCORRÊNCIA DE FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS

Cianobactérias: bactérias aeróbias fotoautotróficas


 Agroindústria + fertilizantes + urbanização

Origem: cerca de 3,5 bilhões de anos (fósseis)


 Esgotos e resíduos industriais e agrícolas

Pioneiros na Terra (produtores, liberação de O2)


EUTROFIZAÇÃO ARTIFICIAL (P)

Crescimento em diversas condições: Florações (Blooms): crescimento na superfície


 rochas e solos = liquens (fungo e cianobactéria)

Resposta rápida = FITOPLÂNCTON


 água doce = pH 6-9, T 15-30oC e [N e P] algas + cianobactérias perda da diversidade

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3. TOXINAS DE CIANOBACTÉRIAS

Diversos gêneros e espécies (blooms) = cianotoxinas

Fonte de produtos naturais tóxicos

Ação: rápida (neurotóxicos) - NEUROTOXINAS


lenta (hepatotóxicos) - HEPATOTOXINAS

Efeitos na saúde (crianças e imunodeficientes):


• Exposição primária: consumo, recreação e remédios
• Exposição secundária: resíduos em frutas e verduras,
consumo de carne (tecido animal)
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Neurotoxinas: NEUROTOXINAS (alcalóides):
Sistema nervoso, pele, fígado e sistema Gêneros: Anabaena, Aphanizomenon, Oscillatoria,
gastrointestinal Trichodesmium e Cylindrospermopsis = 5 TIPOS
Paralisia muscular, convulsão e morte
ANATOXINA-A (primeira toxina identificada)
• Potente bloqueador neuromuscular
Hepatotoxinas: tumor, câncer, prostração, anorexia,
vômitos, dores e diarréia • Animais: desequilíbrio, respiração ofegante e
convulsões. Morte por parada cardíaca (poucos min).
• DL50 intraperitoneal em camundongos: 200 mg/kg
Microcistinas e Nodularinas: Inibição de enzimas
fosfatases, promotores de tumores no fígado. • Sobrevivência: 1 a 20 min (toxina purificada)

Cilindrospermopsinas: inibição de síntese protéica, • Doses orais: mL a poucos L de água


efeitos tóxicos no fígado, rins, baço, coração e outros.

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ANATOXINA-A(S): presença de organofosfato (toxina


ANATOXINA-A(S)
estruturalmente única), com efeitos mais duradouros.
Sintomas anteriores + salivação
DL50 intraperitoneal = 20mg/kg (10x + potente)
NEUROTOXINAS

ANATOXINA-A

SAXITOXINA - inibição da condução nervosa


• 50x mais letal que estriquinina
• 10.000x mais mortal que os cianetos
SAXITOXINA
• Gêneros: Anabaena, Aphanizomenon, Lyngbia e
Cylindrospermopsis

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HEPATOTOXINAS (peptídeos cíclicos):
Tipo mais comum de intoxicação (tumor, câncer)
• Morte em poucas horas ou poucos dias
• Hemorragia intra-hepática (arquitetura do fígado)

Gêneros: Microcystis, Anabaena, Nodularia, Nostoc,


Cylindrospermopsis

Microcistinas e Nodularinas (principais)


DL50 intraperitoneal: 60-70 mg/kg (microcistinas)
DL50 intraperitoneal: 50-200 mg/kg (nodularinas) ESTRUTURA QUÍMICA DE HEPATOTOXINAS

Recentemente: cilindrospermopsina

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Áreas de ocorrência:
Anatoxina-a: EUA, Canadá, Europa e China
Anatoxina-a(s): EUA, Canadá, Europa
Saxitoxina: EUA, Austrália, Brasil, Europa (Portugal)
Cilindrospermopsina: EUA, Austrália, Brasil, Japão,
Israel, Europa
Microcistina: EUA, Austrália, Canadá, Europa e China
Lingbyatoxina: EUA, Austrália, Ilhas do Pacífico

• Microcistinas (+65 variantes): água doce


(Microcystis, Anabaena, Oscillatoria, Nostoc,
Anabaenopsis)
• Nodularinas: água marinha (Nodularia)
63 64

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4. EVIDÊNCIAS DE INTOXICAÇÕES HUMANAS

Descritas na Austrália, Inglaterra, China e África do Sul.


1988: correlação entre florações em Itaparica (BA) e
morte de 88 pessoas (das 200 intoxicadas)

1996: pacientes submetidos à hemodiálise em Caruaru


(PE) - 123 pacientes com hepatoxicose (54 mortes após
5 meses do início dos sintomas) - água não bem tratada
(Cl no próprio caminhão)

Análises em laboratórios brasileiros e americanos:


presença de MICROCISTINAS no carvão ativado e em
amostras de sangue e fígado dos pacientes.
65 66

5. FATORES AMBIENTAIS QUE INFLUENCIAM A 6. NORMA DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO


PRODUÇÃO DE CIANOTOXINAS HUMANO, NO BRASIL
Portaria MS no 518 (25/03/2004)
• Variações temporais, sazonais, anuais e espaciais
Microcistinas: padrão < 1,0 µg/L
• Alterações: cepas tóxicas e não tóxicas (população)
Aceitam-se até 10 µg/L em até 3 amostras
consecutivas ou não, em 1 ano.
Questões: Recomendação: cilindrospermopsinas e saxitoxinas,
1. Existem cepas geneticamente distintas que não com limites de 15 e 3 µg/L, respectivamente
produzem toxinas? OU Análise: bioensaios em camundongos (OMS)
2. Fatores ambientais (luz, T, nutrientes) regulam a Freqüência:
síntese destas toxinas?
• Semanal, se > 20.000 cél./mL e não usar algicidas
no controle (lise e liberação de microcistinas)
** Cerca de 50% de florações testadas = TÓXICOS! • Mensal, se < 10.000 cél./mL
67 68

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Padrões internacionais: 7. AVALIAÇÃO: métodos para detecção
Anatoxina-a: Austrália (3 µg/L) Não universal devido à estrutura diversa...
Saxitoxina: Austrália (3 µg/L)
Cilindrospermopsina: Austrália (1-15 µg/L) Anatoxina-a: bioensaios, cromatografia
Microcistina: Anatoxina-a(s): bioensaios com rato, enzimas e
OMS e Brasil (1 µg/L)
cromatografia
Austrália (1,3 µg/L)
Saxitoxina: bioensaios com rato, imunoensaio e
Canadá (1,5 µg/L)
cromatografia
Cilindrospermopsina: bioensaio e cromatografia
EUA – não há padrões estabelecidos !
Microcistina: bioensaio, imunoensaio, fosfatase e
cromatografia

69 70

8. TRATAMENTO PARA REMOÇÃO DE CIANOBACTÉRIA


Resumo de tratamentos para cianotoxinas:
E TOXINA
Anatoxina-a e Anatoxina-a(s): C ativado, O3 e Cl
Tratamento convencional
(coagulação/floculação/sedimentação) Saxitoxina: C, aquecimento, O3 e Cl (pouco eficiente)
Filtração lenta em areia Cilindrospermopsina: filtração, C, Cl, O3
Carvão ativado granular (pó) Mais eficientes Microcistina: Cl, filtração, O3 e C
após tratamento Nodularina: Cl, filtração, O3, C
convencional
Microfiltração (nano)
Estudos: degradação microbiológica...
Oxidantes não clorados (O3)
• C ativado: eficiência inversa à [COD]
Coagulação/sedimentação/filtração: remoção de 90-
99% das bactérias. • Oxidação química: inativa as toxinas, mas podem
surgir outras mais potentes (estudos?)
Não remove toxinas (importante quando as mesmas
estão restritas na célula-microcistinas), mas não para • Microfiltração: remove, mas são caros e o retido é
cilindrospermopsinas (liberadas) extremamente tóxico
71 72

18
9. CIANOBACTÉRIAS E O AMBIENTE 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
1) Liberação de toxinas: senescência, morte ou lise são • Evitar eutrofização (Programas de monitoramento)
mais importantes que a excreção contínua
• Melhoria nas técnicas de tratamento de água
Quanto mais velho o bloom: > [toxinas]
• Centros de hemodiálise e de injetáveis
• Microcistinas: estáveis e resistentes (meses a anos)
• Anatoxina-a: rápida degradação fotoquímica (alcalino) • Portaria MS no 518 (25/03/2004): CIANOTOXINAS

• Cilindrospermopsina: lenta quebra a 50oC. Luz solar


Seleção para estudos:
quebra em 2-3 dias (90% do total)
2) Após liberação: (I) Prioridade máxima: microcistina,
cilindrospermopsina e anatoxina-a
 Adsorção: <20% em partículas sólidas
 Sedimentação: poucos estudos (liberação posterior)
(II) Média a alta prioridade: saxitoxina e
 Percolação: f(tipo de argila, CTC, cátions, etc.) anatoxina-a(s)
3) BIODEGRADAÇÃO: estudos? Bactérias aquáticas comuns
(Sphingomonas, Pseudomonas, etc.): 2 a 10 dias (I) Mais estudos necessários: nodularina e
f(temperatura da água, [toxinas], clima e corpo aquático)
lingbyatoxina
73 74

11. REFERÊNCIAS
Revista Virtual de Medicina (v.1, n.3, ano I, jul-set 98)
Profa. Dra. Sandra M.F.O. Azevedo (UFRJ)
Anabaena
http: //www.medonline.com.br/med_ed/med3/microcis.htm

<disponível em março de 2006>


Aphanizomenon

Portaria MS no 518 (25/03/2004) de qualidade da água

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/mnl_ci
ano_bacterias.pdf <disponível em março de 2006>

Cilindrospermopsis
75 76

19
BIOFILMES
Lyngbya

Microcystis wesembargii

Microcystis aeruginosa
Planktothrix

77 78

1) O QUE SÃO BIOFILMES?


Complexos ecossistemas microbiológicos embebidos
em uma matriz de polímeros orgânicos, aderidos a
uma superfície (onde há contato com água).
Considerar: 106 a 107 células aderidas cm-2
Ex. placas dentárias, limo em rochas de rios, etc.

2) PORQUE ESTUDAR BIOFILMES?


 Bactérias patogênicas - DOENÇAS
Yersinia enterocolitica, Salmonella thyphimurium, E.
coli O157:H7, Staphylococcus aureus e Bacillus cereus
 Problemas de saúde pública e de ordem econômica:
Pseudomonas aeruginosa, P. fragi, P. fluorescens, Célula bacteriana com polímeros extracelulares, os
Micrococcus sp e Enterococcus faecium quais concentram nutrientes e a protegem de
 Corrosão em sistemas (tubulações) de metal agentes biocidas
79 80

20
3) BENEFÍCIOS ÀS BACTÉRIAS: ALIMENTO E
PROTEÇÃO
Mecanismo de sobrevivência - ADERÊNCIA
 nutrientes e proteção contra biocidas

NUTRIENTES:
• Água potável: baixa quantidade de nutrientes
• Como o biofilme ajuda as bactérias obterem
nutrientes?
a) [ ] de substâncias orgânicas nas superfícies
Bactérias em biofilmes se unem em uma rede de
fibras de polissacarídeos b) polímeros extracelulares concentram nutrientes
c) colonizadores secundários usam resíduos vizinhos
d) diferentes enzimas - comunidade complexa
81 82

PROTEÇÃO CONTRA BIOCIDAS: Alta [] nutrientes: reprodução de células pioneiras e


• Pode ser 150 a 3000 x mais resistentes ao Cl que a nova produção de polímeros (gelatinosa e lisa)
isolada (livre na água) Biofilme maduro: 75 a 95% do volume do tubo
• Resistência em f (rede de polissacarídeos) - escudo
COLONIZAÇÃO SECUNDÁRIA:
• Estudos: aumento exopolímeros quando biocidas!
Uso de resíduos gerados pelos colonizadores primários
Novos resíduos formados COMUNIDADE
4) PASSOS PARA A FORMAÇÃO DO BIOFILME
• SUPERFÍCIE: adesão de partículas orgânicas BIOFILME FORMADO E FUNCIONAL
• ADESÃO de bactérias pioneiras: atração eletrostática • Tecido vivo na superfície
e forças físicas
• Comunidade de dif. espécies (aeróbio e anaeróbio)
• FORMAÇÃO DO LIMBO (slime): cimentação das
células às superfícies e sistema de troca de íons • Horas ou semanas para desenvolver
(nutrientes) Ex. P. aeruginosa = 30s de exposição (pioneira)

83 84

21
Consórcio bacteriano
85 86

5) NOVAS DESCOBERTAS
• Antigamente: crescimento descontrolado (sem
estrutura)
• Atual: estrutura complexa (cidade), com células
geneticamente distintas (proteínas da parede celular
alteradas - dificulta a morte por antibióticos)

EVOLUÇÃO BACTERIANA:
 Bactérias móveis
 Mecanismos para alterar a parede celular (tornou-se
hidrofóbica) e aumentar a afinidade por superfícies (e
encontrar nutrientes)

Colonização desuniforme por bactérias resulta em


pontos diferentes de aeração - potencial elétrico
87 88

22
6) FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A FORMAÇÃO

a) Superfície do material: pouco efeito (aço, plástico)

b) Área superficial: > área > formação (chance >)

c) Uniformidade: pouco efeito de irregularidades

d) Velocidade de fluxo: > fluxo < espessura biofilme

e) Limitação de nutrientes: < nutrientes < biofilme


Modelo da arquitetura de um biofilme com espécies
bacterianas simples - estrutura complexa 1ppb MO produção de 9.500 bactérias mL-1

89 90

leite, alimento
Pseudomonas (0,3-0,8 x 1,0-1,2 µm)

e
Rugosidade de aço e células de

farmacêuticos

água
pressurizada

tubo
polido Espessura do biofilme em função da velocidade de
fluxo
91 92

23
Fontes de nutrientes 7) REMOÇÃO E DESTRUIÇÃO DE BIOFILMES

 C orgânico: ácidos fúlvicos e húmicos, solventes,


plásticos de fibra de vidro, lubrificantes, produtos Tratamentos: químicos - oxidação ou não oxidação
microbianos, poeiras do ar
físicos - água quente e esfregação
 Nitrogênio: N húmico e ácidos fúlvicos, nitratos e
nitritos, produtos microbianos, poeiras do ar
BIOCIDAS OXIDANTES
 Fósforo: fosfatos na água, produtos microbianos,
poeiras do ar a) CLORO:

 Enxofre: sulfatos, ácido sulfúrico, surfactantes, • mais eficiente e mais barato


poeiras do ar • morte de células livres e de biofilmes
 Elementos-traço e sais: tubulação, fibras-de-vidro, • destruição da rede de polissacarídeos
aço, tratamento químico, poeiras do ar
• se alta [Cl]: melhor e mais rápido - difusão
• cuidado com corrosão pelo próprio cloro
93 94

b) DIÓXIDO DE CLORO (ClO2): BIOCIDAS NÃO OXIDANTES


• instável, efeito semelhante, corrosivo, cuidado no a) COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIO:
manuseio
surfactantes eficientes na remoção
exige muitas aplicações para remoção
c) OZÔNIO (O3):
• 2x mais oxidativo que o cloro b) FORMALDEÍDO:

• instável (aplicação in situ) sistemas farmacêuticos

• baixa solubilidade relativamente não corrosivo ao aço

• materiais devem ser resistentes ao ozônio efeito questionável e carcinogênico

TRATAMENTO FÍSICO
d) H2O2 10%: CALOR: água quente (mais 80oC) para matar bactérias
------ 95oC por 100min
• menos eficiente e mais caro que o cloro
Não usado em água potável !
• usado em sistemas microeletrônicos
95 96

24
8) DETECTANDO E AVALIANDO BIOFILMES
CONTAGEM EM PLACAS: volume conhecido de amostra
Vista de biofilmes em
Subestima: microscopia óptica e
• bactérias livres (99% estão aderidas) eletrônica
• bactérias que sobrevivem no meio de cultura
• estado viável e não cultivável

VISUAIS E NÃO VISUAIS


VISUAIS: microscopia (contraste, epifluorescência e
eletrônico) - adesão, interações com a matriz
NÃO VISUAIS:
IMPEDÂNCIA - alteração da condutividade (turvação)
BIOLUMINESCÊNCIA - mede ATP extracelular gerado
97 98

9) O QUE FAZER?
• Bactéria: evolução para ADESÃO e PROTEÇÃO
• Combinação de estratégias: satisfazer as normas!

 PURIFICAR SEMPRE! reduz nutrientes (qualidade)


 AUMENTAR O FLUXO! reduz a espessura e zonas
anaeróbias e facilita a penetração de biocidas
 REDUZIR AS FISSURAS! reduz biofilme e facilita
ação de biocidas
 USAR BIOCIDAS SEMPRE!

Exemplo de aplicação de biocidas e nova formação


do biofilme

99 100

25
ESTUDOS MULTIDICIPLINARES
Etapas de desenvolvimento de
um biofilme:
CIENTISTA DE COMPUTAÇÃO ENGENHEIRO

BIOFILMES

QUÍMICO MICROBIOLOGISTA

BIOFILME
101 102

Concentração de Oxigênio

BIOFILME
103 104

26
Dinâmica de Crescimento Porosidade

BIOFILME
105 106

Quorum Sensing Exemplos:


• Biofilme em dentes

BIOFILME BIOFILME
107 108

27

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