Avaliação N1 da disciplina "Filosofia e Ética na Administração" para a turma de 2017.2 do curso de Administração da Universidade Federal do Ceará. O assunto da prova foi sobre a razão prática tomando como base o texto sobre a Prudência em Tomás de Aquino.
Avaliação N1 da disciplina "Filosofia e Ética na Administração" para a turma de 2017.2 do curso de Administração da Universidade Federal do Ceará. O assunto da prova foi sobre a razão prática tomando como base o texto sobre a Prudência em Tomás de Aquino.
Avaliação N1 da disciplina "Filosofia e Ética na Administração" para a turma de 2017.2 do curso de Administração da Universidade Federal do Ceará. O assunto da prova foi sobre a razão prática tomando como base o texto sobre a Prudência em Tomás de Aquino.
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAO, ATURIA E CONTABILIDADE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO
DISCIPLINA: FILOSOFIA E TICA NA ADMINISTRAO
PROFESSOR: MARCELO VICTOR DE SOUZA GOMES AVALIAO 1 Leia o texto abaixo e faa o que se pede com objetividade: 1) Apresente a estrutura argumentativa do texto em tpicos conforme o modelo exercitado em sala aula. (5 pontos) 2) Realize um comentrio sinttico sobre o texto com nfase no argumento central. (5 pontos). Artigo 3 - Se a prudncia conhece o particular. O terceiro discute-se assim. Parece que a prudncia no conhece o particular. 1. Pois, a prudncia tem a sua sede na razo, como se disse. Ora, a razo tem por objeto o universal, segundo Aristteles. Logo, a prudncia no conhece seno o universal. 2. Demais. As coisas particulares so infinitas. Ora, o infinito no pode ser compreendido pela razo. Logo, a prudncia, que a razo reta, no conhece o particular. 3. Demais. O particular conhecido pelos sentidos. Ora, a prudncia no existe nos sentidos; pois, muitos tm os sentidos exteriores perspicazes e no so prudentes. Logo, a prudncia no conhece o particular. Mas, em contrrio, o Filsofo, a prudncia no conhece s o universal, mas, h de conhecer tambm o particular. SOLUO. Como se disse antes, prudncia pertence, no s o considerar racionalmente, mas tambm o aplicar-se obra, fim da razo prtica. Ora, ningum pode convenientemente aplicar uma coisa outra, sem conhecer a ambas, a saber, o que deve ser aplicado e o ao que deve s-lo. Ora, os atos versam sobre o particular. Por onde e necessariamente, o prudente h de conhecer os princpios universais da razo e os casos particulares sobre que versam as aes. DONDE A RESPOSTA PRIMEIRA OBJEO. Por certo que, primria e principalmente, a razo tem por objeto o universal; pode, porm, aplicar princpios gerais a casos particulares. Por isso, as concluses dos silogismos no somente so universais, mas tambm particulares; porque o intelecto, por uma certa reflexo, tambm se estende matria, como diz Aristteles. RESPOSTA SEGUNDA. A infinidade dos casos particulares, no podendo ser compreendida pela razo humana, da vem que so incertas as nossas providncias, como diz a Escritura. Contudo, pela experincia, as infinitas coisas particulares se reduzem a um certo nmero finito delas, que se do na maior parte dos casos, e cujo conhecimento basta prudncia humana. RESPOSTA TERCEIRA. Como diz o Filsofo, a prudncia no tem sua sede nos sentidos externos, pelos quais conhecemos- os sensveis prprios; mas, no sentido interno, aperfeioado pela memria e pela experincia, de modo a julgar prontamente das experincias particulares. No, porm, que a prudncia resida no sentido interior, como no sujeito principal; mas certo que, principalmente, est na razo; porm, por uma determinada aplicao, chega at ao senso interior.