You are on page 1of 11
ISSN 2317-8833 FAPAZ EVENTOS CIENTIFICOS E CULTURAIS LTDA. CEFOP - CENTRO FAPAZ DE ENSINO E FORMACAO DE PROFESSORES IM SEMINARIO NACIONAL SOBRE HISTORIA E (DENTIDADE CULTURAL DOS POVOS SURDOS IN SEHINARIO SOBRE INTERPRETAGAO E DOCENCIA DE LIERAS Auditério Pitangul— Hotel Arituba Park (06 4 08 de junho de 2013 -NatavRN Inttp://insurdo.blogspot.com SISTEMATIZACAO DA FORMACAO DO INTERPRETE DE LINGUA DE SINAIS EM LATINO AMERICA Néstor Rail Gonzdlez Gutiérrez’. RESUMO © presente artigo tem como objetivo indagar sobre a formacio do tradutor/intérprete na histéria e sobre sua consolidago como mediador comunicativo entre o binémio lingua de sinais ¢ linguas orais. Reflete sobre as pproblematicas de titulagio e reconhecimento do tradutor/intérprete como profissional da interpretagao, finalizando com uma proposta de sistematizago da préxis interpreiativa. Para sua composigao, foram ulilizadas pesquisas de campo @ traves de questionérios que indagavam sobre a experiéncia profissional de intérpretes de lingua de sinais distribuidas pelo meio virtual. Resalta-se que se trata de um trabalho cientifico fundamentado nas premissas de Moreno (1994), Benitez (1994), Famularo (1995), Peter Newmark (1999), Quadros (2003), Burad (2005), Pereira (2008) Introdugio Através da comunicagiio o ser humano consegue construir seu mundo, interpreté-lo e transformé-lo desde a abstragio e significagao subjetiva que permitiré prepard-lo para um mundo linguistico e comunicativo. ‘Todo individuo social precisa expressar suas ideias, emoges e sentimentos, pois, por meio dos atos de fala acessa a0 conhecimento permitindo tornar esse ser em um agente ativo, critico e comunicativo em uma comunidade. Todo individuo nasce com a faculdade de comunicar, mas a mesma heranga genética ou os diversos fatores sociais fazem com que apresentem distirbios na produgio de sons, tomando-se indispensdvel a criag&o de sistemas alternativos de comunicagao € para isso, se faz necessitio a participagdo massiva de pessoas facilitadoras nas mediagGes comunicativas entre as _minorias linguisticas. > mearando em Process Eeatves Mecha por Tecnoge; Epaciasta em Ungua Base de Sa, Dodtnl, Tatu, Intrpretar e Mons is rsvado en NeurocSncias em Metodlgia de ncne dora espana. raduad em Educaro com fas on edcaci Especal Pesqusa sobre nds, irsidace, nguia apicada, radi) inerptao eda caer ISSN 2317-8833 Nas iiltimas décadas tem ocorrido um aumento da participaso de pessoas surdas em entomos sociais, o tradutor / intérprete de lingua de sinais conseguiu converter-se em um agente Participative nas interages da comunidade surda, pois é ele o responsével em mediar entre duas comunidades linguistieas, permitindo o encontro cultural, educativo e social entre pares que exigem dele uma maior preparagio profissional, pois as novas demandas de usudtios ¢ de contextos comunicativos fazem com que a cada dia deva enftentar novos desafios linguistcos, pragméticos, discursivos e metalinguisticos. Este trabalho indaga sobre a formagéo do tradutor/intérprete de lingua de sinais na historia refletindo sobre os cendrios de consolidacao e de participacao deste individuo, assim como as principais formas de atuagdo e de reconhecimento social. Por ultimo, se eria uma proposta de formagao desde uma perspectiva das ajudas tecnolégicas © dos cursos de formagdo a distincia para assim contribuir na preparagao idénea de profissionais da interpretagao, minimizando as barreiras de atengfio, acesso e participagiio dos membros interessados, pois os recursos medititicos contribuiram na diminuig&o de custos de deslocacio e ao mesmo tempo, amplia a cobertura ¢ interagdo entre pares. Aproximagiio da formasao do tradutor/intérprete de lingua de sinais na histéria. Historiadores concordam que a tradug#o & uma pritica oriunda nos dias de esplendor da sivilizagao egipcia, sendo os hieroglificos as primeiras formas de escrita da eivilizagdo que ossuiam sentido ¢ concordncia lexical. Acredita-se que a escrita por hieroglificos comegou a ser usada 3.000 A.C, aproximadamente na mesma época da origem da escrita cuneiforme em Mesopotamia. As primeiras tradugdes registradas na histria foram da Biblia, traduzidas do hebreu ao grego a 72 sabios, versdo conhecida na historia como “Alexandria, versio dos 70 ou Septuaginta”. No século Il d. C traduziu-se do grego ao latim (Antigo ¢ novo Testamento), Vetus Latina Nos séculos IX ¢ X em Bagda muitos trabalhos feitos pelos gregos em éreas da ciéncia ¢ a filosofia foram traduzidos ao érabe. ISSN 2317-8833 Aescola de Toledo realizou varias tradugdes do Arabe ao latim para, posteriormente, serem traduzidas ao espanhol contribuindo ao desenvolvimento cientifico e tecnolégico na época do renaseimento europeu Os monastérios, concilios e sinagogas converteram-se no lugar predileto para 0 encontro de linguas, j4 que estes cendrios congregavam-se varios cristfos para desenvolverem sua formagao teoldgica, moral e crista. Por consequéncia do poder Belesiastes nesta época, ¢ pela necessidade de exploracéo, conquista e colonizago de novos poves, a tradugdio escrita como a oral ganhou silenciosamente um espago © uma conquista social, pois eram por intermédio de uma pessoa mediadora que se consolidavam as relagdes mercantis, diplomaticas e agées militares. Ainda citado por AP | PORTUGAL (2012), nesse periodo: “ (..) Crist6véio Colombo constatou que o seu intérprete de drabe ¢ hebreu de pouco Ihe serviu para comunicar com os indios. Consequentemente, ¢ apés essa primeira viagem, ele decide capturar alguns indios e ensinar-Ihes 0 espanho! para que lhe pudessem ser titeis como intérpretes na expedigiio seguinte, © mesmo aconteceu com espanhéis que estiveram presos pelos indios © que aprenderam a lingua e os costumes deles, servindo depois também de intérpretes.” E importante salientar que nos antigos monastérios, futuros sacerdotes deviam cumprir votos de silencio consolidando sistemas de comunicago nao verbais que funcionavam para expressar ideais simples ¢ de pouca complexidade linguistica. Passados os anos ¢ dados os avangos na constituigao de sociedade, a populagio mundial comegou a tomar espago em contextos politicos, educativos, sociais, religiosos, entre outros, permitindo encontro permanente entre nagdes, culturas e povos linguistico que afiangam e consolidam novas perspectivas de tradugdo e interpretagdo, pois, cada novo cenério tinha suas peculiaridades e particularidades linguisticas. Igualmente, pelo aumento de participagio de paises em encontros internacionais e as intervengdes deles, a tecnicidade e 0 aprimoramento nas téenicas de tradugio c interpretagdo foram capturando a atengao de pessoas interessadas, que posteriormente construiriam os estudos da tradugdo. ISSN 2317-8833 guiado pela vocacaio de ajuda e de “consideragao” pela caréncia da falta de audiglio, sendo a maioria deles membros familiares. Aos poucos ¢ pelas consequéncias do Congresso de Milo? a educagao de surdos foi hegemonizada pelas grandes massas interrompendo a consideragio de pessoas que mediatizaram a comunicagao, pois obrigando aos surdos a falar nBo foi necessévio ter um mediador comunicativo nas intervengdes e participagdes dos surdos, Segundo Paz. (2012), apud Pereira (2008) Afirma que: “(.). Historicamente nao € possivel rastrear 0 exato momento em que os interpretes comegaram a atuar, mas é plausivel imaginar que desde que povos de diferentes linguas mantiveram contato houve, também, a necessidade de intérpretes. No caso das pessoas surdas, existem hipéteses de que a interpretagdo surgiu no meio familiar foi, aos poucos, se estendendo aos professores de criangas surdas e a0 ambito religioso. Com o passar do tempo, © fortalecimento dos movimentos sociais e politicos das comunidades surdas © © seconhecimento legal das linguas de sinais surgiu, finalmente, 0 ILS profissional.” (Pereira, 2008, p. 138) Nos tiltimos anos e gragas ao reconhecimento da lingua de sinais por decretos ¢ leis, foram intensificados os movimentos sociais em prol das pessoas surdas, ampliando seu cenétio de Participagio tais como igrejas, escolas, na politica, em eventos socioculturais, requerendo Constantemente a formagao de novas pessoas idéneas para trabalhar com a comunidade. Na tentativa do reconhecimento da lingua de sinas, universidades, associagbes e federagdes de surdos nos diversos paises tém eriado cursos basicos ¢ intermeditios de lingua, sendo a maioria das vezes um ensino dirigido ao aprendizado de vocabulirio ¢ nos finais dos médulos o ensino da ctimologia da surdez e da cultura surda. Estudos demostram que nos iiltimos anos a porcentagem de participantes nos cursos de formagio em lingua de sinais tem aumentado, pois a mesma necessidade de comunicar e de garantir * © Congresso de Milo realizado em 1888 decidiu pela maioria de votos 0 Oralismo como sistema prioritario na ‘Comunicardo © nos processos educativos das pessoas surdas, evocando qualquer avango na comunicago no fono~ rtiulatria(Atualmente&reconhecido como lingua de sina, ou lingua gestual no caso de Portal) ISSN 2317-8833 © acesso da informagao de todos para todos faz com que muitas empresas, universidades e colégios realizem jornadas de capacitagdes de forma gratuita, indicando que a maioria de alunos novos matriculados munca tiveram contato prévio com a comunidade, criando falsas expectativas de concluir estes cursos ¢ obter um titulo de “Tradutor/ Intérprete” em uma lingua mergulhada sé em poucos meses de ensino. Do mesmo modo, a massiva emaneipago da igreja e os novos ideais do fim do mundo leva 1a muitas pessoas a mudarem seu pensamento na procura de uma integridade moral e espiritual, convidando a participar nestes cenétios pessoas conhecedoras da lingua de sinais que traz como consequéneia a participagao da comunidade surda e ao mesmo tempo o interesse por novos adeptos em contribuir na evangelizagio dos novos membros, produzindo sim a multiplicagéo de pessoas que se comunicam em lingua de sinais, mas desconhecedores das praticas tradutérias ¢ interpretativas, pois é importante ressaltar que uma pessoa comunica suas ideias com base no conhecimento da mesma, quer dizer, constréi seu discurso usando a terminologia que ele mesmo sabe, logrando comunicar seu interesse, mas nfo a totalidade dos seus pensamentos. Além disso, conhecer uma Iingua e ser usudrio da mesma nio garante a condig#o de facilitador linguistico ou de tradutor/intérprete, jé que segundo Padilla Benitez (1994) “La interpretaciOn es un proceso cognitivo mediante el que un texto hablado 0 sefiado, es recebido em uma lengua de partida, es desverbalizado, - liberado de su soporte linguistico- y reconstruido en la lengua de Hegada, em el que la agilidad mental de intérprete adquiere una importancia fundamental. Se coincide con el autor de afirmar que el interprete necesita de aprender a controlar, almacenar, rechazar recuperar y transferir la informacién recibida en una lengua de partida mientras transforma el mensaje en una lengua término y controla el feedback de su propia extensién” Na viséo de Rosana Famularo (1995), “El intérprete es un mediador en la comunicacién entre personas que se expresan mediante distintos cédigos linguisticos, construyendo este acto un foco donde convergen um servicio ~ a interpretacién, donde existe la ley de la oferta y de la demanda — los usuarios del mismo- las personas sordas y oyentes — y los proveedores de esse servicio- los intérpretes-. Asi, la interpretacién en lengua de sefias — cultura sorda/lengua hablada- cultura 7.8833 oyente y viceversa, es un acto de comunicacién atipico, en el que el intérprete se caracteriza por conocer dos lenguas y dos culturas” Acrescenta-se a isso a definig¢go de Quadros (2003) que o intérprete € “uma pessoa que interpreta de uma lingua (lingua fonte) para outra (lingua Alvo) 0 que foi dito” Progressivamente as universidades comegam seus primeiros avangos no ensino da lingua de sinais incluindo na sua grade curricular disciplinas instrumentais que objetivam satisfazer a necessidade de comunicar, tendo nos seus conteiidos primeiras aproximagées de uma experiéncia comunicativa, pois a carga hordria muitas vezes € menor em comparagio das disciplinas obrigatérias ¢ a frequéncia semanal de aulas se reduz a um ou dois dias na semana. Além disso, os contetidos programéticos esquecem que o mundo da surdez compreende mais que um olhar antropolégico do surdo, uma visto geral de ser surdo, pois os cursos s&io centralizados no aprendizado de sinais ¢ na definigéio conceitos como: pessoa surda, pessoa deficiente auditiva, cultura surda ignorando que o surdo também é um ser integro que possui uma vida biolégica, psicolégica, sexual, moral, social, ente outros. Esquece-se também que para ser efetiva a participagdo e a incluséo de uma pessoa surda na sociedade do século XXI existe um grupo de envolvidos nesse mundo, Nas discuss6es ao interior da academia se reduzem és configuragdes de mios e A produgio de algumas ideais do mundo ouvinte em lingua de sinais. Fala-se do intérprete como uma pessoa que facilita a aproximago entre surdos ouvintes € 0 salvador de barreiras comunicativas, enquanto conhecedor de signos ¢ cédigos linguisticos viso-espaciais, nao levando em considerago que o intérprete além de ser esse mediador € um ser humano que tem vivéncias, sentimentos ¢ emogGes ¢ que na hora de prestagdo dos seus servigos deve ter uma ética profissional, mantendo sempre uma neutralidade, confidencialidade ¢ uma transparéncia no encontro de duas realidades e culturas linguisticas. ‘Além disso, ignora-se que a formagio do tradutor/intérprete além do conhecimento em lingua, precisa desenvolver habilidades cognitivas, psicolégicas, pragméticas, scménticas, metalinguisticas, assim como operagdes mentais tais como concentragio memoria, atengdo, motivagio. Questo que serd aprofundada no seguinte t6pico Outra problematica observada é a caréncia de programas especificos que enfatizem no ato de tradugdo e interpretago em Iingua de sinas, j4 que so quase inexistentes ou usam sempre as tradugdes de linguas orais e muitas pessoas conhecem as classes, 0s tipos, as formas e as facetas da interpretagao no mesmo ato. Vétias vezes so implementadas por eles com desconhecimento da sua 733 existéncia, pois a mesma sociedade incentiva que a interpretago se reduz & praxis comunicativa invisibilizando sua tecnicidade e seus métodos. Tudo isto faz que a formagao do sujeito tradutor/intérprete de lingua de sinais seja de cardter instrumental e que responda as necessidades do mercado global, fazendo que a maioria deles sejam conhecedores da lingua de sinas por participar nos cursos ofertados pelas federagdes, associagdes de surdos ou pelo ministério da educago, ou como foi mencionado anteriormente, aprenderam a lingua de sinais ao interior das igrejas, universidades ou pelo convivo com pessoas surdas, no caso de familiares ou nas unides afetivo-sentimentais entre surdo e ouvinte. Jé a profissionalizagdo ou melhoramento do seu labor € produzida pela motivagao intrinseca de ajudar e coadjuvar os processos de participagiio das pessoas surdas e/ou de ser inserido no mercado laboral, pois varios deles realizam estudos complementares sobre linguistica, cultura surda ou participam em grupos de pesquisa voltadas a esta temética. Salienta-se que em vérios paises latino-americanos os intérpretes de lingua de sinais tem concluido s6 0 ensino médio ¢ uma pouca proporgao de intéxpretes tenham ensino superior formados em cursos de outras reas, uma vez que recentemente cursos de Bacharel em Letras com habilitagao em lingua de sinais ocorreram em paises como o Brasil (a primeira turma de graduados aconteceré no més de Julho de 2012) e no caso da Argentina o curso “Técnico em formagao de intérpretes de lingua de sinais argentinos, surdos e hipoaciisicos” criado pela resoluglio N° 1017/08. Em pafses como Colombia e Venezuela se esté viebilizando a possibilidade de criar cursos de graduagio ou pés-graduagio de intérprete de lingua de sinais, mas até a presente data néio se tem concretizado esta ideia. Além disso, ¢ pela falta de cursos profissionais, como foi mencionado anteriormente, uma solugo frente & emergéncia de cobrir a demanda de tradutores/intérpretes os ministérios da educagdo em parceria com as federag6es nacionais de surdos eriaram formatos de avaliagiio ou proficiéneias em lingua de sinais que se baseiam na observagiio sistémica da produgdio imediata do intérprete, ¢ como toda prova ¢ feita uma tnica vez, desconsiderando fatores emocionais, fisicos ¢ psicoldgicos que possua o sujeito avaliado nesse instante, como os fatores contextuais que possam afetar direta ou indiretamente o desenvolvimento do sujeito. Além disso, nfo se leva em consideragdo os fatores de nervosismo ¢ intimidagdo produzida pela continua observneia ¢ em muitos casos pelos meios audiovisuais usados para a prova. (Na maioria destas provas, s¢ realiza ‘um segmento visual por meio de filmagens que condicionam a real atuagio do tradutor/intérprete).. Em outras circunstincias, pela caréncia de reconhecimento social do tradutor/intérprete como profissional, (embora existam leis que falem sobre a importéncia do intérprete nos processos de inclusio socioeducativa) entendido este termo como um sujeito que passa por uma universidade 3833 € destinam quatro 0 cinco anos da sua vida para formar-se como tal, faz com que muitos dos envolvidos concebam a pritica de tradugdo ¢ interpretago como uma atividade altemnativa na sua vida, ou como um mecanismo de segurar um emprego com prestagdes de leis e/ou carteira assinada. Embora o intérprete tenha um campo de atuagfo, ainda falta consolidar as priticas do mesmo ¢ 0 reconhecimento social como um ser profissional da tradugo/interpretagao de linguas viso-espaciais, pois como foi visto anteriormente, se reduz a uma participagdo de mao de obra capaz de diminuir as barreiras de comunicagao, mas que deve lutar pela qualidade na prestagdio dos seus servigos, trabalhando concomitante da formagao idénea tanto na lingua de sinais como a lingua oral usada no pais de origem, como também o aprimoramento de habilidades cognitivas, linguisticas, psicolégicas ¢ sociais, pois reconhecendo que a interpretagiio vA além de transmitir cédigos linguisticos se poderé conquistar novos espagos politico-sociais. Competéncias necessérias pelos tradutores/intérpretes de lingua de sinais “La interpretacién profesional en cualquier lengua, es una disciplina relativamente reciente y atin no esté ampliamente reconocida la idea de que todas las lenguas del mundo tienen el mismo valor e importancia, de que todos los seres humanos tienen derecho a usar su priopio idioma sea nacional 0 minoritdrio” Peter Newmark (1999) Toda pessoa que trabalha como mediador cultural e linguistico deve incorporar conhecimentos especificos que Ihe permitam melhorar sua pritica profissional e suas competéncias, pois como o define Viviana Burad (2006) “La interpretacion presenta uma caracteristica bipolar o ISSN 2317-8833 bidireccional y es mucho mas que saber conversar fluidamente en las dos lenguas ya que la tarea del intérprete consiste, como sostiene Laura Bertone (1989), en encontrar la equivaléncia en la diferencia y en conectar dos mundos separados” Tomando como referéncia o trabalho dos intérpretes da Lingua Colombiana de sinais modelos linguisticos em contextos educativos (2004) documento elaborado pela secretaria de Educagio ¢ a Prefeitura de Bogoté - Colémbia salienta-se que “el intérprete, como vehiculo comunicativo entre usuarios de lenguas diferentes debe poseer una serie de competencias, que de acuerdo a autores como Famularo (1995) y Berruto Apud Moreno (1994) se pueden agrupar de la siguiente manera” eos ees Pea COMPETENCIAS — Competencia _—_Conocimionto y uso adecuado de las lenguas wlliza- Linguistica dos a nivel fonétion, sintdctico, semantice y textual. Competencia _Relacionada con os elementos de entonacién, rime Paralingistica _ velocidad presentes en el acto comunicatvo para maximizar la fidelidad de la interpretacin. Competencia _Capacidad para comprendery utilizar las maneras y Kinética posiciones corporales en ia comunicacién, diferen- {es de ta ingistica Competencia Saber acomodar distancias entre 1s interlocutores, Proxémica ajuste de contactes tisiens. Competencia _Habilidad de adecuar fos mensajes interpretados a Pragmatica las necesidades del contexto, caracteristicas de los interlocutores, lugar, tempo, e intenciones. Competencia Capacidad para convertir tas intenciones Ejecutiva ‘comunicativas en actos, Competencia __Gapacidad para otorgar el valor preciso a las situa- Sociocultural _ciones sociales que lipifican la cultura, en la cual se inscniben los participantes delacto comunicativoy por ende ef proceso de interpretacion. Tabela I Competéncias necessérias do Intérprete de lingua de Sinais (2004) Bogota Colombia. Interpretes de la lengua de sefias Colombiana LSC y Modelos linguisticos en contextos educativos. A formagio de Tradutores/Intérpretes deve incluir temas relacionados ao afiangamento e potencializagtio das competéncias, habilidades e operagdes mentais, pois sé assim se poderdo constituir sujeitos profissionais integros e idéneos capazes de trabalhar com uma comunidade linguistica e cultural diferenciada, Consideragées Finais. Tudo proceso de formagio deve partir de uma motivagio por melhorar suas potencialidades, pois s6 poderd ser efetiva quando o sujeito reconhece que tem uma faléncia que deve ser aprimorada ou fortalecida, s6 assim se lograra uma transformago de indole subjetiva que ser refletida no ato social durante sua posta em cena. Assim como existe uma necessidade de formar tradutores/intérpretes, precisa-se levar em consideragio 0 uso do servigo de interpretagio por parte dos usudrios surdos, pois muitos deles desconhecem o profissionalismo do seu mediador e em varias ocasides existe uma desintegrago ou desligamento comunicativo tentando medir forgas e conhecimentos. E necessério reconhecer que o Tradutor/Intérprete trabalha para uma sociedade e para isso toda pessoa que exerga esta profissdio deve nortear seu quefazer com decisdes éticas e morais que contribuam na conscientizago ¢ na unig entre ouvintes e surdos, pois se cada um luta pelos seus interesses, toda tentativa de melhoramento sera em vio. Referencias ALCALDIA MAYOR DE BOGOTA, SECRETARIA DE EDUCACION. “Intérpretes de la Lengua de Sefias Colombiana LSC y Modelos Linguisticos en contextos educativos. Una experiencia en el Distrito Capital” Bogoté — Colombia. (2004) BURAD, Viviana “Cédigo de ética y procedimento profesional para intérpretes de Lengua de Sefias” AMilsa (Asocioacién mendocina de intérpretes de LSArg). (1996) BURAD, Viviana “La formacién basica del intérprete de lengua de sefias”. Buenos Aires, Argentina, (2009) ISSN 2317-8833 GALLARDO,N = KELLY, D - MARTINEZ, L — SEIBEL, C. “La reforma de los planes de estudio para la formacién de traductores y el mercado de trabajo” Granada, Espafia. Jomadas Europeas de ‘Traduccién e Interpretacién (1988) MARTINS, D. “Formagio ¢ Trabalho do intérprete de LIBRAS na Educagio superior: Primeiras aproximagdes” PUC- Campinas (2005)

You might also like