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Efeito da albumina na resistência à corrosão do aço inoxidável NBR ISO

5832-1

Talita Filier Fontes1, Isolda Costa1,


1
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, IPEN- CNEN/SP, Brasil
E-mail: talita.filier@hotmail.com

Resumo. Os aços inoxidáveis são amplamente utilizados em implantes devido às excelentes propriedades
mecânicas, de resistência à corrosão e custo-benefício. No entanto, quando implantados, estão constantemente
sujeitos à ação dos fluidos corporais, os quais contêm altas concentrações de íons cloreto e proteínas. A
principal proteína presente nestes fluidos é a albumina. Esses fatores, aliados à temperatura do corpo humano,
favorecem a corrosão localizada, como a corrosão por pite, em frestas e corrosão sob tensão, podendo
ocasionar falhas, as quais muitas vezes levam o paciente a uma cirurgia de revisão. A albumina pode afetar o
comportamento eletroquímico dos metais, ora inibindo a dissolução do metal, devido à camada de proteína que
se adsorve na superfície do metal atuando de forma protetora, ora acelerando a dissolução deste, geralmente
pela formação de complexos com o metal, o que resulta no aumento da taxa de corrosão. Essas variações do
comportamento eletroquímico dependem do tipo de metal utilizado e da solução. Apesar de haver alguns
estudos sobre a influência de proteínas na resistência à corrosão dos implantes metálicos, não há concordância
quanto à influência da albumina na resistência à corrosão, e os resultados são controversos. O objetivo deste
estudo é investigar o efeito da albumina na resistência à corrosão do aço inoxidável NBR ISO 5832-1.

Palavras-chave: Albumina, Biomaterial, NBR ISO 5832-1, Resistência à corrosão, Implantes

1. INTRODUÇÃO

Biomaterial é todo material utilizado em dispositivos médicos para interagir com


sistemas biológicos, tanto para avaliar, tratar, crescer ou substituir qualquer tecido, órgão ou
função corporal (Bathia, 2010; Terada, 2008). A característica mais importante de um
biomaterial é a biocompatibilidade, ou seja, a capacidade do material agir de forma apropriada
em uma determinada aplicação e em um determinado meio, não perturbando ou induzindo
uma resposta indesejada no tecido hospedeiro (Bathia, 2010; Teoh, 2004).
Os biomateriais devem ser não-carcinogênicos, resistentes à corrosão em meio
fisiológico, apresentar baixa toxicidade e desgaste. Devem também apresentar propriedades
mecânicas e físicas adequadas para serem aplicados no meio fisiológico, sem que interfiram
no processo de cura ou induzam à fibrose. Também é importante que o biomaterial não atue
como um ambiente propício para o crescimento de bactérias, o que pode induzir e propagar
infecções.
Atualmente, cirurgias para colocação de implantes têm se tornado comuns no mundo. Isto
se dá principalmente devido ao aumento da expectativa de vida, sucesso das cirurgias, e, em
especial, devido à prática de esportes radicais e ao aumento dos acidentes de trânsito.
Segundo o relatório Global Burden of Disease (OMS, 2004), até 2030, acidentes de trânsito
vão passar de nona causa para a quinta causa mais comum de mortes no mundo todo.
Segundo dados apresentados por Bathia (2010), a população mais velha cresce a taxas
muito maiores do que a população total mundial. A projeção das Nações Unidas para os anos
entre 2025 e 2030 é que a população acima de 60 anos de idade irá crescer cerca de três vezes
e meia mais do que a população total. Até o ano de 2030, prevê-se que haverá cerca de dois
bilhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais, o que aumenta a possibilidade de
necessidade de implantes.
O desafio de substituir tecidos rígidos deve se basear no princípio de que as propriedades
mecânicas dos materiais desenvolvidos devem se aproximar das propriedades do tecido
natural e devem possuir adequada interação biológica.
O aço inoxidável austenítico NBR ISO 5832-1 é amplamente utilizado em implantes no
Brasil devido à combinação de elevada resistência mecânica e à corrosão e menor custo em
comparação com o titânio e as ligas a base de cobalto. Outra vantagem é a possibilidade de
ser moldado na sala cirúrgica a fim de criar um melhor ajuste (Cieslik, et al., 2012).
Os implantes feitos de aço inoxidável são mais apropriados para uso temporário, já que
possuem baixa osseointegração. São indicados para acelerar a consolidação óssea após
fraturas, quando os longos períodos de consolidação pelos métodos tradicionais (sem uso de
implantes) poderiam provocar atrofia de cartilagens e articulações do corpo humano (Tavares,
et al., 2010). No entanto, os aços inoxidáveis austeníticos são utilizados também como
implantes permanentes devido ao alto custo dos implantes de titânio e cobalto que são
importados e custam quase oito vezes mais que os de aço (Sumita, et al., 2004; Soares, 2005).
De modo geral, implantes estão constantemente sujeitos à ação dos fluidos corporais, os
quais contêm principalmente íons cloreto e proteínas. Esses fatores, aliados à temperatura do
corpo humano, favorecem a corrosão localizada dos implantes. Esta, muitas vezes, leva o
paciente à necessidade de uma nova cirurgia, sem contar que a corrosão dos implantes libera
íons metálicos dentro do corpo, os quais podem causar reações biológicas adversas.
Williams et al. (1988), relataram que placas e parafusos fabricados em aço inoxidável
austenítico tipo 316L apresentavam quantidade significativa de corrosão em apenas seis
meses da implantação no corpo. Em outro estudo (Cook, et al., 1987) também relatou que de
250 implantes avaliados, 89% deles apresentavam algum grau de corrosão.
Embora os halogenetos sejam mais diretamente associados com a corrosão, as
macromoléculas biológicas, especialmente as proteínas, influenciam consideravelmente a
resistência à corrosão de um material metálico implantado, podendo ora inibir, ora acelerar a
corrosão do metal (Frateur et al., 2006; Khan et al., 1999; Tang et al., 2006). Segundo Afonso
et al., (2008) e Karimi et al.,(2012), a proteína é o primeiro componente a interagir com o
implante através do pequeno espaço existente na interface implante-tecido e, ainda, segundo
Rubio et al. (2002), as proteínas podem favorecer a adesão de bactérias na superfície metálica.
Apesar dos estudos sobre a influência de proteínas na resistência a corrosão dos implantes
metálicos, os resultados sobre o efeito da albumina na resistência à corrosão do aço NBR ISO
5832-1 não são conclusivos, com alguns trabalhos indicando deterioração e outros indicando
melhora na resistência à corrosão do aço pela presença da albumina.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Chapas de aço inoxidável austenítico NBR ISO 5832-1, correspondente às placas


utilizadas para reconstituição de ossos, com aproximadamente 18 mm x 70 mm x 2 mm,
foram utilizadas neste trabalho. A composição deste aço é apresentada na Tabela 1.
Tabela 1: Composição química (% massa) do aço estudado.
Cr Ni Mo N C Mn Cu S Si P Nb bal.
18,32 14,33 2,59 0,047 0,023 2,09 0,083 0,008 0,378 0,026 0,33 Fe

O material foi entregue embalado individualmente e com a superfície previamente


preparada de acordo com a norma ABNT NBR 12932:2010 (limpeza da superfície, polimento
e passivação). Antes de iniciar os ensaios com o material, as chapas embaladas foram
esterilizadas pelo irradiador de cobalto 60 a 25KGy.

CARACTERIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO MATERIAL.


A caracterização da superfície do aço em estudo foi realizada por microscopia ótica e
eletrônica de varredura. Ataque eletrolítico com ácido oxálico 10% por 40 segundos, foi
utilizado para revelar a microestrutura da superfície previamente polida com pasta de
diamante de 6 µm, 3 µm e 1 µm, sucessivamente. Após o ataque, as amostras foram lavadas
com água deionizada e álcool e, então, secas com jato de ar quente para a posterior
observação por microscopia ótica e eletrônica de varredura.

TESTE DE CITOTOXICIDADE IN VITRO.


O ensaio de citotoxicidade in vitro foi realizado de acordo com a norma NBR ISO
10.993-5 e deve ser um dos testes iniciais para a avaliação da biocompatibilidade de um
biomaterial conforme descreve a norma ISO 10.993.
O teste de citotoxicidade é um teste que possui boa sensibilidade e de custo relativamente
baixo. Esse teste se baseia no contato do biomaterial (direto) ou do seu extrato (indireto) com
uma cultura celular de mamíferos. O teste direto in vitro representa a situação onde in vivo o
material implantado promove irritação ou alterações deletérias locais e por contato. E, o teste
indireto in vitro representa a situação onde in vivo o material promove não apenas alterações
locais, mas também que se irradiam por uma determinada área ao redor do mesmo.
A viabilidade celular é o parâmetro mais utilizado para avaliar a toxicidade do material.
As membranas celulares podem ser danificadas por muitas substâncias, resultando na
diminuição da captura de um corante vital, chamado MTS. A quantificação de células mortas,
vivas ou danificadas pode ser efetuada pela intensidade de cor da cultura celular em um
espectrofotômetro. A quantidade absorvida pela população de células de MTS é diretamente
proporcional ao número de células viáveis na cultura.
A concentração do extrato que resulta em 50% da inibição de absorção do corante [índice
de citotoxicidade (IC50%)] é considerada como parâmetro de citotoxicidade.
As células utilizadas para o ensaio de citotoxicidade foram células de ovário de hamster
chinês (CHO-k1). Essas células foram cultivadas em meio RPMI 1640 contendo 10 % de soro
fetal bovino e 1% de antibiótico. Amostras de 4 cm² foram esterilizadas por autoclavagem a
120 ºC por 20 minutos. Em seguida, as amostras foram imersas por 48 h a 37 ºC em solução
de RPMI 1640 e, esse extrato, que corresponde à 100% de concentração, foi adicionado à
cultura de células de ovário de hamster chinês.
Foram realizadas diluições crescentes (50, 25, 12,5 e 6,25%) do extrato do biomaterial.
Foram utilizados 4 poços de 50 µL por diluição e 3000 células foram adicionadas nos poços.
A microplaca foi então incubada sob atmosfera úmida de 5% de gás carbônico, por 72h. Após
este período, 0,2% de MTS e 0,09% de PMS (reagente de acoplamento eletrônico
metassulfato de fenazina) em PBS foi adicionada aos poços e deixados por 2h.
A leitura de absorbância a 490 nm em leitor de microplacas é feita para medir a
incorporação do corante. A concentração do extrato que resulta em 50% da inibição de
absorção do corante (IC50%) foi adotada como índice de citotoxicidade. Solução de fenol a
0,3% e titânio Foram utilizados como controle positivo e controle negativo, respectivamente.

CARACTERIZAÇÃO ELETROQUÍMICA.
Para os ensaios de polarização cíclica foram utilizadas as soluções conforme mostra a
Tabela 2. A albumina utilizada foi a albumina soro bovina (BSA).

Tabela 2: Concentração de albumina nas soluções testadas.


Soluções pH 7 pH 5 pH 3
PBS Apenas PBS Apenas PBS -
PBS +Albumina 10mg/L e 10g/L 10g/L 10g/L

As soluções de PBS com albumina foram preparadas com material esterilizado, ao qual
foi adicionado antibiótico/antimicótico da marca Gibco e, então, as soluções foram filtradas
através do sistema de filtragem Corning para garantir maior integridade/durabilidade da
solução. Os ensaios foram conduzidos a (37,0±0,5) °C.
O aço NBR ISO 5832-1 foi ensaiado com acabamento superficial conforme recebido, que
é o mesmo utilizado nos implantes.
O arranjo experimental adotado foi o de três eletrodos utilizando como eletrodo de
referência o eletrodo de prata/cloreto de prata e, como contra-eletrodo, um fio de platina
enrolado em formato espiral, com área exposta de pelo menos 5 cm². As células
eletroquímicas foram autoclavadas antes de serem usadas em cada ensaio eletroquímico.
Curvas de polarização potenciodinâmica cíclica foram obtidas após 72h de imersão nas
soluções de ensaio para avaliar a susceptibilidade à corrosão por pite. A varredura de potencial
foi realizada desde o potencial de corrosão na direção anódica, com uma velocidade de
varredura de 1 mV/s. O sentido de varredura era revertido quando a densidade de corrente
anódica atingia o valor de 10-³ A/cm² e o ensaio foi encerrado quando o potencial de corrosão,
medido no início do teste era atingido. Ao final dos ensaios de polarização, os corpos-de-
prova foram lavados com água deionizada, secos com jato de ar quente, e guardados em
dessecador para posterior observação por microscopia ótica e eletrônica de varredura a fim de
avaliar a superfície do material após os testes realizados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As Figuras 1(a) e 1(b) mostram a superfície do aço como recebido, sem ataque.

(a) (b)
Figura 1: Superfície do aço NBR ISO 5832-1 como recebido a) Microscopia ótica e b) MEV .
Nota-se a presença de alguns riscos no material como recebido, uma superfície não
homogênea e pontos mais escuros, os quais foram analisados por EDS a fim de determinar a
composição química dos mesmos.
O ponto escuro em formato circular mostrado na Figura 2 (a) foi analisado por EDS e
mostrou pico intenso de Al, além dos elementos Ca, Mn, Fe e Cr, indicando tratar-se de uma
inclusão mista de alumina e óxido de cálcio. A inclusão em formato poligonal, Figura 2 (b),
por análise de EDS mostrou pico de Si, indicando que se trata de um precipitado de sílica,
com espectro bem diferente do correspondente à matriz do aço estudado, Figura 2 (c).

(a)

(b)

(c)
Figura 2: EDS de (a) inclusão com formato circular, (b) inclusão com formato poligonal e
(c) matriz do aço como recebido.
CITOTOXICIDADE IN VITRO.
A Figura 3 mostra a curva de viabilidade celular obtida pelo ensaio de citotoxicidade in
vitro para o aço NBR ISO 5832-1, e comportamento similar ao do controle negativo,
mostrando que o material não apresenta citotoxicidade.

Figura 3. Curva de viabilidade celular vs. concentração de extrato.

CARACTERIZAÇÃO ELETROQUÍMICA
A Figura 4 mostra as curvas de polarização cíclica, obtidas potenciodinamicamente para
as diversas concentrações de albumina.

Figura 4. Curvas de polarização cíclica do aço NBR ISO 5832-1 nas soluções de ensaio
testadas em pH 7.
Nota-se que as curvas referentes à solução PBS e solução PBS com 10 g/L albumina
mostram comportamento muito similar, com densidades de corrente no potencial de corrosão
muito baixas, indicativas de comportamento passivo nas soluções testadas, e potenciais de
elevação de corrente próximos a 1,1 VAg/AgCl. Densidades de corrente ainda mais baixas e
potenciais de elevação de corrente ainda mais altos foram associados à curva para a solução
PBS com 10 mg/L de albumina. Esta praticamente não mostra histerese na curva reversa,
indicando ausência de corrosão por pite. As menores densidades de corrente observadas para a
solução com 10 mg/L de albumina sugerem que nesta concentração a albumina pode estar
atuando como inibidor de corrosão, provavelmente por mecanismo de adsorção, o que afetaria
tanto as reações anódicas quanto as catódicas, conforme fica indicado na Figura 4.
A Figura 5 compara o efeito do pH na solução com albumina na concentração de 10 g/L.
O aço testado encontra-se passivo em todas as soluções mostradas nesta figura, mas a maior
resistência foi associada ao meio com pH 3. Uma explicação possível é o caráter mais
oxidante desta última solução, favorecendo a formação do filme passivo.

Figura 5. Curvas de polarização cíclica do aço NBR ISO 5832-1 para solução PBS com
10g/L de albumina e pH 3 e pH 5.

A Figura 5 também mostra curvas com comportamento similar, baixas densidades de


corrente e comportamento típico de material passivo nas soluções testadas. As superfícies
ensaiadas por polarização cíclica foram observadas por microscopia eletrônica de varredura
para investigar se o aumento de corrente observado foi causado pela formação de pites ou
devido à reação de evolução de oxigênio. Conforme mostra a Figura 6, há indicação de uma
possível nucleação de pite em torno de uma partícula de precipitado de alumínio. Entre a
partícula e a matriz, identifica-se uma região de fresta que pode ocasionar um pite. Este tipo
de comportamento se repetiu para as amostras testadas até o momento com 72h de imersão.
Ensaios para tempos de imersão mais curtos e mais prolongados serão realizados para
investigar a influência do tempo de imersão na susceptibilidade à corrosão por pite.
Figura 6. MEV da superfície após ensaio de polarização cíclica do aço NBR ISO 5832-1
na solução de 10g/L de albumina em PBS no pH 5.

4. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos até o momento permitem concluir que o aço ISO NBR 5832-1 na
condição como recebido, a qual corresponde à utilizada nos implantes, apresenta superfície
não homogênea, riscos superficiais e presença de precipitados e inclusões que são prejudiciais
à resistência à corrosão localizada do material. O aço usado encontra-se passivo nas soluções
de ensaio utilizadas até o momento. A albumina em concentrações de 10 mg/L aparentemente
atua como inibidor de corrosão, mas há necessidade de estudos adicionais para comprovação
desta atuação.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Eng. Tomaz P. Leivas pela doação do material estudado, à


Dra Olga Zazuco Higa e Fernando Baratela pelo apoio com as filtrações das soluções de
albumina e ao IPEN pela uso de seus laboratórios para realização da pesquisa.

REFERÊNCIAS

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www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/GBD_report_2004update_part2.pdf.

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Albumin effect on corrosion resistance of NBR ISO 5832-1 austenitic


stainless steel.

Talita Filier Fontes1, Isolda Costa1,


1
Nuclear and Energy Research Institute , IPEN-CNEN/SP, Brazil
E-mail: talita.filier@hotmail.com

Abstract. Stainless Steels are used as implants due to their superior mechanical properties, corrosion resistance
and comparatively low cost. However, when in use as implants they are constantly in contact with body fluids
that contain high concentration of chloride ions and proteins. The most important protein present in body fluids
is albumin. These factors favor localized corrosion, such as pitting, crevice and stress corrosion cracking,
leading to premature fails and to a new revision surgery. Albumin might affect the electrochemical behavior of
metals, either inhibiting metal dissolution, due to protein adsorption on the surface acting as a protective layer
or promoting metal dissolution, generally by formation of metal complexes, and consequently increasing the
corrosion rate. Such behaviour can vary according to metal or solution tested. Despite the research studies on
the influence of proteins on the corrosion resistance of metallic implants, there is no general agreement
concerning the influence of albumin on the corrosion resistance of NBR ISO 5832-1. The aim of the present
study is to investigate the effect of albumin on the corrosion resistance of the NBR ISO 5832-1 stainless steel.

Keywords: Albumin, Biomaterial, NBR ISO 5832-1, Corrosion resistance, Implants.

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