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Pelé ainda sonha com a Liga de Elite

A Casa contra-ataca

O Organismo Autónomo Desportivo da Casa de Portugal em Macau quer ver esclarecidas as regras
que norteiam a edição de 2012 do principal Campeonato de Futebol de Macau e saber com que
estatuto joga a Selecção de Sub-23 que disputa a competição, depois da formação do Kei Lun ter
anunciado que não tenciona inscrever-se na próxima edição da prova.
Após ter empatado na quinta-feira com o onze de matriz portuguesa e ter conseguido por direito
próprio carimbar a passagem ao convívio dos grandes do futebol de Macau, o Kei Lun surpreendeu
tudo e todos ao fazer saber que dificilmente disputará no próximo ano a Liga de Elite. Os
responsáveis pelos vice-campeões da II Divisão justificam a decisão com razões de cariz financeiro,
num voltface que deverá ser aproveitado pela Casa de Portugal para reivindicar um lugar no
principal campeonato de futebol da RAEM.
Antes de avançar com um pedido formal junto da Associação de Futebol de Macau (AFM), os
responsáveis pelo Organismo Autónomo Desportivo querem que o organismo que tutela o desporto-
rei no território esclareça se a Selecção de Sub-23 está ou não sujeita a regras de excepção no que
diz respeito à despromoção ao segundo escalão. A formação jovem da AFM ocupa actualmente a
penúltima posição da tabela com oito pontos, seis pontos menos que o oitavo classificado Lam Ieng.
Se as regras de excepção que beneficiaram a equipa ao longo das últimas épocas se mantiverem e a
equipa não descer de divisão, Pelé ameaça levar a posição da Casa de Portugal às instâncias
internacionais: “Tencionamos tomar uma posição oficial quando a Liga de Elite terminar, porque só
então saberemos ao certo a posição da Associação de Futebol de Macau. Se os interesses da Casa de
Portugal forem prejudicados porque a Associação entende que os Sub-23 não devem descer, então
não nos resta alternativas senão colocar a Confederação Asiática de Futebol ao corrente do que se
passa em Macau”, adianta o técnico são-tomense.
O braço-de-ferro entre a Casa de Portugal e a Associação de Futebol de Macau deve, ainda assim,
conhecer novos desenvolvimentos esta semana, depois da direcção do Organismo Autónomo de
Futebol ter decidido contestar a arbitragem do juiz filipino Ariel Montaña. A formação de matriz
portuguesa tenciona entregar até ao final da semana a gravação de seis encontros que disputou em
que Montaña foi o árbitro escolhido pela Associação de Futebol de Macau. Nos seis encontros em
questão, o juiz filipino mostrou 37 cartões amarelos e cinco cartões vermelhos a jogadores da
formação orientada por Pelé. O técnico da formação de matriz portuguesa alega que Ariel Montaña
prejudica de forma intencional os interesses da Casa de Portugal: “Em seis jogos da Casa de
Portugal que esse senhor arbitrou, ganhámos um, empatámos dois e perdemos três. O sr. Montaña
foi sempre um dos principais inimigos da nossa equipa”, sustenta.

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