You are on page 1of 13

Produtos:

 Commodity: produtos cuja produção é maior do que 1000t/ano. Baixo preço,


elevado volume de produção. Economia de escala, consequentemente possui
maior custo para instalação inicial. Foco no processo para gerar economia.
Preço é definido por composição química e pureza.

 Química Fina: produção menor que 1000t/ano. Preço mais elevado, baixo
volume de produção e muitas vezes realizado em processo de batelada. Preço é
definido por composição química e pureza.

 Especialidade: Produção em pequena quantidade, alto valor agregado. Muitas


vezes é um produto diferenciado, como por exemplo os provenientes da
indústria farmacêutica. Processo em batelada. Foco no produto, preço definido
pela sua funcionalidade

Gás:

O parâmetro mais importante para o gás natural é o seu poder calorífico (inclusive seu
preço normalmente está atrelado a esse atributo)

Mas antes deve passar por processos para retirar impurezas


Principalmente: enxofre, CO2, água e hidrocarbonetos mais pesados

Enxofre é retirado por adsorção, absorção física ou absorção química


Adsorção é utilizada quando existe baixa quantidade de H2S e CO2
Na absorção física o gás deve estar sob alta pressão de modo a facilitar a dissolução
Um exemplo é o Selexol que consegue atingir a marca de 0 ppm de enxofre.
Na absorção química o H2S e o CO2 reagem com solvente de maneira reversível, sendo
retirados do GN
Um exemplo é o Sulfinol, que também atua como absorvedor físico
O solvente é uma mistura de sulfolano, espécies de amina e água
Esse processo leva vantagem sobre solventes puramente quimicos por lidar com
cargas maiores de enxofre e necessitar de menos energia para sua reciclagem
E tem vantagem sobre solventes puramente físicos por conseguir atingir especificações
melhores

Retirada de água do gás:


Uso de etilenoglicois, principalmente trietilenoglicol devido a seu maior ponto
de ebulição (menor pressão de vapor e consequente menor perda).
Após o devido tratamento o gás é divido em: GN(Metano), Etano usado para fabricar
etileno, GLP (propano + butano) e Gasolina Natural (5+).

Principais Problemas:
 Enxofre: corrosivo, envenena catalisador e é tóxico para pessoas
 CO2: ácido, diminui o poder calorífico do gás e pode ser solidificado no
transporte (alta pressão e baixa temperatura)
 Água: pode formar ácidos com outros contaminantes, diminui o poder
calorífico do gás
 Hidrocarbonetos: produtos de alto valor agregado, valendo a pena sua
separação do metano na maior parte dos casos

Petróleo:

Composição(cru): Parafinas: alcanos, Olefinas: alcenos, Naftenos: ciclos, Aromáticos


(BTX), sulfurados, nitrogenados, oxigenados e organometálicos.

Principais Parâmetros:
 Densidade / Grau API: Normalmente quanto menor a densidade e
consequentemente maior o grau API, maior o valor do petróleo.
 Sal: quantidade de NaCl por litro de petróleo, sais tem alto poder corrosivo e
possibilidade de incrustação, consequentemente devem ser evitados
 Enxofre: quanto maior a quantidade de enxofre mais custoso é o tratamento e
consequentemente menor o valor do petróleo
 Ponto de Fluidez: condições em que o óleo continua fluindo, importante para o
transporte e noção do tamanho das cadeias parafínicas
 Cinzas: Importante para definir a quantidade de metais presentes no óleo e
consequentemente o custo para tratamento

Classificação:
 Parafínicos: Alto teor de parafinas
 Naftênicos: Alto teor de naftenos e aromáticos em relação aos parafínicos
 Asfaltênicos: Elevador teor de aromáticos policíclicos em relação aos
parafínicos

Frações:
 Nafta: normalmente como é designada a fração superior na destilação
atmosférica do petróleo. Constituída basicamente de alcanos ramificados,
aromáticos(BTX) e naftenos. Muito utilizada na produção de gasolina. Pode ser
produzida durante processos de reforma sendo rica em compostos aromáticos
e olefinas
 Querosene: Fração mais pesada que a Nafta, muito utilizada como combustível
de aviação e como fonte de parafinas de cadeia longa.
 Gasóleo: Fração mais pesada que o Querosone, tem uso basicamente como
combustível para motores do ciclo Diesel.
 Resíduo: fração mais pesada do petróleo, concentra os organometálicos,
parafinas de cadeia muito longa e aromáticos policíclicos. Baixo valor de
mercado, usado como matéria-prima para os processos de reforma e
craqueamento e como combustível.

Índice de Octanas: propriedade que indica o limite máximo que uma mistura pode ser
comprimida sem que haja detonação espontânea, ou seja, combustão antes da
ignição. Quanto maior, melhor para o motor. Octano tem índice 100 e heptano tem
índice 0.

Destilação:

 Normalmente alimentação ocorre entre 300 e 400 ºC (320 ºC segundo o livro)


 Eficiência depende da razão de reciclo e do número de pratos teóricos
 Pratos Teóricos: 30-50 (normalmente)
 Pode ser atmosférica, a vácuo ou mesmo utilizar as duas
 Vácuo: evita a decomposição de parafinas de cadeia longa, utiliza vapor
superaquecido
Conversão Térmica:
- Coqueamento:

 Processo de tratamento sob intenso calor


 Carga: resíduos de frações pesadas contendo elevada concentração de
asfaltenos e metais.
 Produtos gerados dependem muito da carga alimentada, mas normalmente
tem elevada concentração de olefinas e contém gases, nafta craqueada e
destilados de frações médias.
 Reações envolvem a formação de radicais, por isso existe a imprevisibilidade de
produtos
 2 principais processos na indústria: “Delayed Coking” e “Flexicoking”
Delayed Coking:

 2 Tambores: um fica em operação e outro sendo limpo


 Gases formados saem por cima dos tambores, sendo levados para um
fracionador onde são separados em fases para utilização em outros processos
ou são enviadas como reciclo (normalmente razão por volta de 0,25)
 Condições de Operação: 480-500 ºC e 25-30 psi, podem variar de acordo com
os produtos que se quer obter

Flexicoking:

 Parte do coque produzido é utilizado para gelar calor para o processo


 Reações ocorrem tanto no reator quanto no aquecedor
 Maior parte do coque (cerca de 97%) é formado como gás e não como sólido,
aumentando a obtenção de hidrocarbonetos e diminuindo a produção de
resíduo
 A alimentação é feita com o resíduo pesado já quente para o reator onde se
mistura com o coque aquecido vindo do aquecedor, tornando a alimentação
quase imediatamente em gás ou coque. (520 º C)
 O coque presente no fundo do reator, já frio, vai para o aquecedor onde é
novamente aquecido, sendo novamente craqueado.
 Existe no processo o gasificador, responsável por transformar o coque em gás
combustíbvel.

Viscosity Breaking (Vis-Breaking):

 Reduz a viscosidade e consequentemente o ponto de fluidez da carga


 Quebra de cadeias parafínicas longas formando cadeias mais curtas
 Muito utilizado para cargas que apresentam dificuldades de transporte,
principalmente em locais frios
 Processo considerado leve, 450 ºC com curtos períodos de residência
 Equipamento chamado de Soaker
Conversão Catalítica
- Reforma Catalítica

 Mudar a composição química da nafta com o objetivo de aumentar sua


octanagem
 Obtenção de BTX
 Carga: nafta pesada proveniente da destilação atmosférica e outras naftas
provenientes de processos como coqueamento
 Antes de ser reformada a carga deve passar por um processo de hidrogenação,
eliminando enxofre, nitrogênio e saturando os hidrocarbonetos
 Catalisadores: normalmente Platina (hidrogenação) / Alumina
(Dehidrogenação)
 Dehidrogenação de naftenos e Dehidrociclização de parafinas geram BTX
 Isomerização e Hidrocraqueamento: quebra de cadeias carbônicas e rearranjo
de forma a melhorar a octanagem
 Hidrodealquilação: quebra de cadeias laterais de compostos aromáticos, muito
útil para a formação de benzeno
 Utiliza uma série de leitos catalíticos. Normalmente o primeiro deles possui
menor quantidade do catalisador devido a diferença de velocidade entre as
reações. A dehidrogenação atinge o equilíbrio muito mais rápido do que as
outras reações de reforma.
 Dependendo da quantidade de reatores a carga pode ser aquecida novamente
durante o processo para compensar a perda de calor. (Reações Endotérmicas)
 Produto final: fração enriquecida com parafinas, ciclo-parafinas(naftenos) e
aromáticos entre 6 e 8 carbonos
Craqueamento Catalítico:

 Quebra de produtos pesados com baixo valor de mercado, transformando-os


em produtos leves e médios, com alto valor agregado
 Produz hidrocarbonetos leves, principalmente os olefínicos, muito importantes
para a petroquímica
 Mais eficiente na produção de gasolina de alta octanagem do que o
craqueamento térmico devido a existência de reações de isomerização e
dehidrociclização
 Devido à natureza das reações também produz menos olefinas e mais parafinas
no meio líquido
 Pré-tratamentos importantes: diminuição da quantidade de enxofre,
nitrogênio, asfaltenos, aromáticos pesados e metais. (Extração com solvente,
hidrotratamento e desasfaltamento a propano)
 Catalisador: Zeólitas + Matriz Sílica\Alumina. A matriz atua na quebra de
moléculas de cadeias longas enquanto a zeólita, devido ao tamanho de seus
poros, atua na catálise do craquemento de cadeias menores, chegando-se
assim a maior eficiência e seletividade em relação aos produtos desejados
 Reação passa por carbocátions e não radicais, dessa forma é mais seletiva
 Nos processos mais utilizados na indústria é necessário um ciclone para separar
os gases formados do catalisador, carreado por ser um pó muito fino.
 Catalisador é regenerado pela queima do resíduo de carbono que o contamina
 DCC: inovação no catalisador e nas condições que aumentam o rendimento em
relação às olefinas gasosas utilizadas na petroquímica
Hidrocraqueamento:

 Craqueamento catalítico na presença de H2


 Utilizado como forma de pré-tratamento em inúmeros processos
 Aceita uma grande variedade de cargas, sendo responsável pela “limpeza” das
mesmas
 Produto com pequena quantidade de olefinas e aromáticos
 Utiliza 2 tipos de catalisadores: um para formação de carbocátion(ex: zeólita) e
outro para hidrogenação(ex: paládio)
 Pode ocorrer em uma etapa ou em duas (Dehidrossulfurização e
hidrocraqueamento)
 Duas etapas: aumenta o custo, porém melhora e eficiência do processo. Na
primeira etapa retira-se o enxofre e o nitrogênio, que envenenam
catalisadores, e consequentemente pode-se utilizar catalisadores de mais alta
eficiência na segunda etapa
 Separador de alta pressão: separação em 3 fases, gás rico em hidrogênio, uma
fase líquida de hidrocarbonetos e uma fase aquosa. Alta pressão para
condensar a maior parte dos gases, permitindo a separação do hidrogênio para
reciclo.
 Separador de baixa pressão: vaporização de parte da fase líquida de
hidrocarbonetos, gás vai para tratamento, líquido é considerado o produto
principal.
Hidrotratamento:

 Remoção de enxofre e nitrogênio além da saturação de olefinas


 Condições mais leves para evitar o hidrocraqueamento
 Catalisadores resistentes a enxofre e nitrogênio

Alquilação:

 Produção de moléculas ramificadas na faixa da gasolina a partir de moléculas


menores
 Normalmente a carga é uma mistura de isobutano com várias olefinas leves,
produtos similares ao isobutano também são utilizados (ex: isobuteno)
 Produto formado é chamado de alquilato. É considerado como o melhor
combustível para motor devido a sua estabilidade e alta octanagem
 Catalisadores: H2SO4 ou HF anidro
 Condições leves de temperatura e pressão
Isomerização:

 Transformar moléculas na faixa da gasolina em moléculas com maior grau de


octanagem
Craqueamento a Vapor:

 Principal rota de produção de olefinas leves, principalmente etileno


 Cargas variadas
 Reação sob elevada pressão e temperatura, por isso utiliza-se o vapor
superaquecido para reduzir a pressão parcial dos componentes da carga
 O vapor superaquecido também diminui a formação de depósitos de carbono,
gerados pela pirólise dos hidrocarbonetos por meio da redução da água
 Temperatura: elevada o suficiente para permitir a reação porém evitando o
máximo possível a pirólise
 Tempo de residência: Olefinas são os primeiros produtos a se formar, se
também se quer produzir BTX o tempo de residência deve ser mais longo
 Razão Vapor/Carga: quanto mais pesada maior deve ser essa razão para evitar
a formação de coque
 Carga: depende das moléculas e do estado físico

Polímeros:
- Definição:

 Macromolécula: molécula grande, contendo número de átomos encadeados >


100. Propriedades próprias, gerais, relacionadas ao aspecto macro mais
dominantes do que as relacionadas ao tipo de átomo ou grupos funcionais.
Tornam a solução viscosa e possuem maior resistência, no estado sólido, do
que as micromoléculas.
 Polímero: macromoléculas com estruturas repetidas regularmente, os
chamados meros. Possuem em sua estrutura os entanglements, que geram
espaços livres na molécula. Esses espaços que permitem que quando aquecidas
as moléculas tornem-se mais macias, já que permitem a movimentação da
estrutura.
- Quando o peso molecular é baixo a curva de aumento de resistência em relação
ao aumento desse peso é íngreme, porém atinge um limite em que a propriedade
se torna insensível ao aumento do peso molecular.
Copolímero:

 Possui pelo menos 2 tipos de meros (e um dos meros não compõe mais de 95%
do polímero) na composição de sua estrutura
 Possui 4 tipos
 Alternado: perfeita regularidade entre comonômeros, dispostos em unidades
alternadamente
 Bloco: alternam-se sequências dos meros e não unidade
 Grafitizado/Exertado: blocos de meros diferentes existem como ramificações
da cadeia principal, que contém um dos meros
 Aleatório: não existe disposição ordenada
Taticidade:

 Atatico: aleatório
 Sindiotatico: alternado
 Isotatico: mesmo lado
Cadeias:

 Linear: cadeia sem ramificações


 Ramificado: ramos, normalmente com no máximo 10 átomos, ligados a cadeia
 Reticulado: ligações entre cadeias, dificulta o processamento do polímero
Efeitos:

 Ramificado: dificulta aproximação das cadeias, consequentemente prejudica as


propriedades mecânicas, como a resistência, do material. Atuam como
plastificantes internos do polímero
 Reticulado: ligações entre cadeias “amarra” as cadeias, impedindo que se
movimentem em relação as outras, consequentemente melhoram as
propriedades mecânicas do material. Tornam o polímero insolúvel e infusível.
Fusibilidade/Solubilidade:

 Termoplástico: funde e solidifica em processos reversíveis, pode ser dissolvido


por solventes adequados. Majoritariamente os polímeros lineares e ramificados
compõe essa classe
 Termorrígidos Químicos: Infusíveis e Insolúveis em qualquer tipo de solvente,
basicamente polímeros de estrutura reticular com as ligações cruzadas
covalentes.
 Termorrígidos Físicos: Infusíveis e solúveis em solventes muito polares. Isso
ocorre, pois, a estrutura reticular é formada por ligações de hidrogênio, mais
fracas que as ligações covalentes.
Mecânica:

 Borracha/Elastômero material que exibe elasticidade em uma longa faixa de


temperatura
 Plástico: material que em algum momento do seu processamento pode tornar-
se um fluido moldável
 Fibra: corpo cilíndrico, flexível de pequena seção transversal e elevada razão
comprimento/diâmetro (>100)
Peso Molecular:
∑n∗Mi
 Numérico Médio (Mn): onde n é o número de moléculas da classe i e Mi o
𝑛
peso delas.
∑n∗Mi²
 Ponderal Médio (Mw): ∑n∗Mi
1 ]1
[ ∑n∗𝑀𝑖𝑎
 Viscosímetro Médio (Mv): 𝑎
onde 1/a é uma constante que depende do
∑n∗Mi
polímero, da temperatura e do solvente.
𝑀𝑤
 Polidispersão: quanto mais heterogêneos os pesos moleculares, maior esse
𝑀𝑛
coeficiente. Industriais normalmente ficam próximos a 2, mas podem ser bem
maiores.
 Os mais utilizados são o ponderal médio e o viscosímetro médio devido a maior
facilidade para efetuar a medição. O ponderal médio é o mais indicado para
análise de polímeros.
Estrutura Macromolecular:

 Resistência mecânica depende do grau de compactação da massa que é função


da possibilidade de disposição ordenada das macromoléculas. (Quanto maior o
número de possibilidades, menor a compactação)
 Cristalinidade: arranjo ordenado de matéria no espaço.
 Polímero pode ser amorfo ou cristalino, mas normalmente tem segmentos em
ambas as formas, por isso mede-se a cristalinidade em porcentagem.
 Tamanho molecular (Estrutura primária), Configuração (Estrutura Secundária) e
Macromolecular (Terciária)
 Lembrar que essa estrutura depende não só das estruturas primária e
secundária, mas também do processo de tratamento a que são submetidas.
Propriedades:

 Temperatura de Transição Vítrea (Tg): Temperatura acima da qual as


regiões amorfas readquirem mobilidade
 Temperatura de fusão cristalina (Tm): Temperatura na qual o polímero
estará em estado viscoso, ideal para moldagem

You might also like