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MANUAL DE AULA PRÁTICA

AVALIAÇÃO
NUTRICIONAL

Produção: Profa. Ms. Ticihana Ribeiro de Oliveira


Olivei

Profa. Ms. Ana Luiza Resende


SUMÁRIO

Introdução.....................................................................................................................3
I. Medidas....................................................................................................................4
1. Peso...................................................................................................................4
2. Altura/estatura....................................................................................................5
3. Circunferências...................................................................................................6
4. Dobras cutâneas.................................................................................................7
II. Avaliação Antropométrica de adultos e idosos......................................................10
1. Peso..................................................................................................................10
1.1 Peso Ideal..................................................................................................10
1.2 Adequação de peso...................................................................................13
1.3 Equações estimativa de peso....................................................................14
2. Altura................................................................................................................14
2.1 Estimativa de altura através da altura do joelho.........................................14
2.2 Estimativa de altura através da altura do joelho para idosos.....................14
3. Indice de Massa Corporal.................................................................................15
3.1 Classificação IMC padrão...........................................................................15
3.2 Classificação IMC para idosos....................................................................15
4. Circunferências.................................................................................................15
4.1 Circunferência da cintura............................................................................15
4.2 Circunferência do Braço.............................................................................16
5. Dobras cutâneas...............................................................................................18
5.1 Dobra cutânea triciptal................................................................................18
6. Medidas secundárias........................................................................................21
7. Outros índices...................................................................................................32
7.1 Índice de conicidade...................................................................................32
7.2 Índice de adiposidade corporal...................................................................33
8. Fórmulas de estimativa de percentual de gordura...........................................33
8.1 Fórmulas que estimam Densidade corporal...............................................33
8.2 Fórmula de SIRI (conversão da DC em percentual de gordura)................34
8.3 Fórmulas que estimam percentual de gordura...........................................35
8.4 Estimativa de percentual de gordura por meio de ∑ dobras e comparação
em tabelas..................................................................................................35
8.5 Fórmulas de predição de gordura para obesos..........................................40
9. Padrões de referência para classificação de percentual de gordura................40
10. Composição corporal .......................................................................................42
III. Avaliação clínica e exame físico............................................................................43
IV. Avaliação Bioquímica.......................................................................................59
Figuras...................................................................................................................................64

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INTRODUÇÃO

O atendimento nutricional visa à promoção da saúde do indivíduo por meio


da recuperação ou manutenção do estado nutricional. Para isto, é necessário um
diagnóstico nutricional. O diagnóstico nutricional deriva de informações obtidas pela
anamnese nutricional (uma entrevista que permite o levantamento detalhado dos
antecedentes fisiológicos, patológicos e sócio-econômicos e culturais do paciente e
de seus familiares, com a finalidade de facilitar o diagnóstico), complementadas por
dados dietéticos, antropométricos, bioquímicos e de composição corporal
(Guimarães e Galante, 2009).
Nesse contexto, a avaliação nutricional assume um papel fundamental,
uma vez que consiste na interpretação de múltiplos indicadores para definição de um
diagnóstico nutricional. Tem como objetivo identificar situações de riscos ou
distúrbios nutricionais já estabelecidos, possibilitando uma intervenção adequada de
forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde do indivíduo.
O estado nutricional de uma população ou grupo específico é um excelente
indicador de qualidade de vida e proporciona subsídios para uma intervenção
nutricional adequada, promovendo uma vida mais saudável e levando ao bem estar
da comunidade.
Dessa forma, o presente manual se propõe a auxiliar no aprendizado,
incorporando técnicas e conceitos atuais de avaliação do estado nutricional através
da antropometria. Pretende-se oferecer subsídios para a correta mensuração das
diversas partes do corpo, comparando-as com padrões de normalidade e níveis
críticos estabelecidos pela comunidade científica, tendo como objetivo rastrear e
identificar indivíduos ou grupos populacionais em risco nutricional; subsidiar
diagnóstico nutricional; monitorar estado nutricional; avaliar programas e projetos
voltados para a promoção e/ou recuperação nutricional.

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I. TÉCNICAS DE MEDIDAS

1. PESO

1.1 Balança Eletrônica

- Quando se tratar de balança eletrônica, posicionar o indivíduo a ser


medido no centro da base da balança, mantê-lo parado e realizar a leitura
diretamente do visor

1.2 Balança Mecânica

- Travar antes de sua utilização

- Calibrar a balança garantindo que a agulha do braço e o fiel estejam


nivelados. Travar novamente.

- Posicionar o indivíduo a ser medido no centro da base da balança

- Destravar a balança somente após o indivíduo estar posicionado

- Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar quilos (kg)

- Para determinar gramas mover em seguida o cursor menor

- Esperar que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados

- Travar a balança para que ela não perca a estabilidade das molas

- Fazer a leitura bem de frente para o equipamento garantindo a precisão


da medida e anotar o peso imediatamente

- Retornar os cursores para a posição inicial na escala numérica e travar a


balança.

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Observações:

- A pessoa deve ser pesada com o mínimo de roupa possível e sem


sapatos. Solicitar que retire todos os ornamentos e todos os objetos dos
d
bolsos, principalmente chaves, cintos, celulares, óculos, etc.

- De preferência, realizar a pesagem antes de grandes refeições

- A pessoa deve estar sem calçados (sapatos, chinelos, tênis)

2. ALTURA/ESTATURA
/ESTATURA

Técnica de aferição de altura/estatura

- Os péss devem estar juntos, com os calcanhares, nádegas e ombros


encostados na barra escalonada do estadiômetro ou na parede. Os pés
devem formar um ângulo reto com as pernas. Os ossos internos dos
calcanhares devem se tocar bem;

- A pessoa deve estar ereta, sem esticar ou encolher a cabeça e o tronco,


olhando para frente, fazendo com que o topo da orelha e o ângulo externo do
olho formem linhas paralelas ao teto. Os braços devem estar estendidos para
baixo, soltos ao longo do corpo, e os pés, unidos e encostados à parede;

- Uma barra horizontal ou uma placa de madeira deve ser abaixada para se
apoiar sobre o topo da cabeça, a qual deve estar livre de tiaras, fitas, tranças,
bobes e penteados de volume;

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- Deve-se fazer uma ligeira compressão, o suficiente para comprimir o cabelo;

- Pode-se utilizar um esquadro para melhor precisão das medidas;

- Retire o indivíduo avaliado;

- Faça a leitura, e o valor da medida antropométrica obtida deve ser anotado


imediatamente, com segurança e boa caligrafia;

- Registre a medida o mais próximo de 0,5cm (se for abaixo de 0,5cm,


arredondar para menor, se mais, arredondar para mais);

TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA ALTURA DO JOELHO

- O paciente deve permanecer deitado em posição supina.

- Com joelho e tornozelo esquerdos dobrados em ângulo 90ºC (usar esquadros),


mede-se o comprimento do joelho com paquímetro;

- No caso de pacientes que não tem dificuldades de sentar, este é posicionado


sentado, com os pés apoiados no chão firme.

- Mede-se o comprimento do joelho, do ponto externo logo abaixo da rótula (cabeça


da tíbia) até superfície do chão

3. CIRCUNFERÊNCIAS

3.1 RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AFERIÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS

1. Efetuar as medidas no hemicorpo direito do indivíduo

2. Utilizar a fita antropométrica inelástica e flexível, de preferência,


constituída de fibra de vidro

3. Aplicar a tensão à fita para que esta se ajuste firmemente ao local a ser
medido, sem “enrugar” a pele ou comprimir os tecidos subcutâneos

A) CIRCUNFERÊNCIA DO PUNHO (Fig C1)

- É medida ao redor do punho, com o antebraço levemente estendido, na região


imediatamente após os processos estilóides do rádio e da ulna do punho direito.

- Utilizado como indicador de crescimento. Aliado à altura, fornece tamanho da


ossatura (compleição corporal).

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B) CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (Fig C2)

- Manter os braços soltos, ao longo do tronco e as mãos viradas para as coxas;

- Utilizando a fita métrica, medir em volta do braço na altura do nível mediano entre o
processo acromial da escápula e o olécrano (ponto médio)

Aferição do Ponto médio: O braço deve estar flexionado formando um ângulo de


90º. Medir a distância entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna. O ponto
médio encontra-se na metade dessa distância.

C) CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL (Fig C3)

- Medir em volta do quadril no nível de maior protuberância posterior dos glúteos no


plano horizontal

D) CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL (Fig C4)

- Medir ao redor da região abdominal em seu maior perímetro (geralmente na altura


do umbigo) ao final da expiração normal

E) CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (Fig C5)

- É medida no ponto médio da distância entre a ultima costela (arco costal) e a crista
ilíaca (geralmente o menor perímetro), no sentido horizontal, ao final de uma
expiração normal, sem compressão da pele.

F) CIRCUNFERÊNCIA DA COXA

a. C. Coxa proximal (Fig C6)

- Medir ao redor da coxa na posição distal da dobra glútea (logo abaixo)

b. C. Coxa medial

- Medir ao redor da coxa no ponto médio da distância entre a linha inguinal e a borda
proximal da patela

G) CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (Fig C7)

- É determinada ao redor do perímetro máximo do músculo da panturrilha, no sentido


horizontal

4. DOBRAS CUTÂNEAS

É um método relativamente simples, de baixo custo e menos invasivo para avaliar as


reservas gordurosas. Podem ser utilizadas para medir a quantidade de tecido
adiposo subcutâneo, que está diretamente relacionado ao volume de gordura total

7
do organismo. São mensuradas através de adipômetros ou picômetros, de alta
qualidade como Harpenden, Lange, Holtain, Lafayette, Sanny, Cescorf entre outros.

4.1 RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AFERIÇÃO DE DOBRAS CUTÂNEAS

1. O paciente deve estar de pé, com os braços relaxados e estendidos ao longo


do corpo (posição anatômica). O avaliado não deve estar usando hidratantes,
óleos corporais ou qualquer outra substância que possa influenciar o
pinçamento da dobra;
2. Padronizar o lado que será utilizado para medição e mantê-lo nas demais
aferições;
3. Identificar e marcar o local a ser aferido;
4. Segurar firmemente a dobra formada com os dedos polegar e indicador da
mão esquerda (caso seja destro) e da mão direita (caso seja canhoto) a 1 cm
do local marcado;
5. Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido muscular não tenha sido
pinçado (manter a dobra pressionada com os dedos durante a aferição),
garantindo somente a medição da pele e do tecido adiposo. Elevar a dobra
por volta de 1cm acima do ponto de medida e mantê-la elevada enquanto faz
a medida;
6. Posicionar adipômetro perpendicular a dobra exatamente no local marcado e
soltar as hastes lentamente (1 cm abaixo do pinçamento dos dedos);
7. Fazer a leitura 4 segundos após a pressão ter sido aplicada (após soltar a
pressão das hastes);
8. Abrir as hastes do adipômetro para removê-lo do local e fechá-lo lentamente
para prevenir danos ou perdas de calibragem;
9. Realizar no mínimo três (3 medidas em cada local. Se os valores diferirem
mais de 5% um do outro, uma nova série de 3 medidas deve ser realizada.
Deve-se fazer a média aritmética dos 3 valores;
10. No caso de aferições de dobras cutâneas em diferentes locais, sugere-se
realizar as medidas de forma rotativa, em vez de leituras consecutivas em
cada local

A) DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL (Fig D1)


- Deve ser medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte
posterior do braço, relaxado e estendido ao longo do corpo. É aferida no ponto
médio entre o processo acromial da escápula (acrômio) e o olecrano da ulna. Na
parte posterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2 cm para o lado
esquerdo, 2 cm para cima e 2 cm para baixo.
Aferição do Ponto médio: O braço deve estar flexionado formando um ângulo de
90º. Medir a distância entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna. O ponto
médio encontra-se na metade dessa distância.

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B) DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL (Fig D2)
- Medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte anterior do
braço, com a palma da mão voltada para fora. É aferida no ponto médio. Na parte
anterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2 cm para o lado
esquerdo, 2 cm para cima e 2 cm para baixo.

C) DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (Fig D3)


- Medir obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos
arcos costais, sendo localizada a 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula.

D) DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA (Fig D4)


- Obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre
o ultimo arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar média;
- É necessário que o avaliado afaste levemente o braço para trás para permitir a
execução da medida

E) DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA (Fig D5)


- Medir no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginaria
transversal na altura do apêndice xifóide do esterno.
- A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado
deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida.

F) DOBRA CUTÂNEA PEITORAL OU TORÁCICA


- Medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, com diferença para homens e
mulheres:
F.1) HOMENS (Fig D6.1)
- Medida no ponto médio da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo;
F.2) MULHERES (Fig D6.2)
- Medida no terço superior da distância entre linha axilar anterior e o mamilo;

G) DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL (DCAb)


- Medida no sentido paralelo ao eixo longitudinal:
- É medida no sentido vertical aproximadamente 2 cm à direita da cicatriz umbilical
(Fig D7)
- Pinçar os dedos 1 cm acima da linha umbilical e posicionar o adipômetro na altura
da linha umbilical

H) DOBRA CUTÂNEA COXA (DCCx)


a. Proximal (Fig D8)
- Medir paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto-femoral, a um terço
da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela;

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- Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado devera deslocar levemente o
membro inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e sustentar o peso
do corpo quase que totalmente sobre o membro inferior esquerdo.

I) DOBRA CUTÂNEA PANTURRILHA (Fig D9)


- A dobra deve ser pinçada no ponto de circunferência máxima da panturrilha na
parte de dentro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial
da tíbia.
- Para execução dessa medida, o avaliado deverá estar sentado, com a articulação
do joelho em flexão de 90º, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio

5. COMPLEIÇÕES

5.1 Bi – epicondiliano de úmero

- Distância entre os epicôndilos medial e lateral do úmero, com o avaliado


em posição ortostática, braço flexionado em 90º com o braço. O
paquímetro ficará um pouco inclinado devido o epicôndilo medial se
localizar inferiormente ao lateral.

5.2 Bi – condiliano de fêmur

- Distância entre os côndilos medial e lateral do fêmur, estando o avaliado


sentado com os pés apoiados no chão, a coxa formando um ângulo de
90º com o tronco e a perna formando ângulo de 90º.

II. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADULTOS

1. PESO

1.1 Peso Ideal

a) Peso ideal estimado pela compleição óssea (Metropolitan life)

- Calcula-se a compleição através da fórmula:

r = ______ Estatura (cm)__________


circunferência do punho (cm)

Estrutura corporal Homens Mulheres


Pequena > 10,4 > 11
Média 9,6 – 10,4 10,1 – 11
Grande < 9,6 < 10,1

10
- verificar o peso ideal na Tabela Metropolitan LIfe de acordo com a idade e sexo

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b) Peso ideal estimado pelo IMC médio

Peso ideal = A2 x IMC médio

onde IMC médio Homens = 22kg/m2


Mulheres = 20,8 kg/m2

c) Peso ajustado (se IMC > 27kg/m2)

Ajuste do peso ideal = (PA – PI) x 0,25 + PI

Onde:
PA = Peso atual
PI = Peso ideal

d) Peso ideal para pacientes amputados

Peso ideal = (100% - %segmento amputado) x peso ideal


100

Contribuição percentual do segmento corporal amputado

Membro amputado Proporção de peso (%)


Mão 0,8
Antebraço 2,3
Braço até ombro 6,6
Pé 1,7
Perna abaixo do joelho 7,0
Perna acima do joelho 11,0
Perna inteira 18,6
Fonte: Martins C., 2000

e) Estimativa de peso com Edema


Obs: Subtrair do peso total a estimativa de excesso de peso hídrico de acordo
com a localização

Edema Localização Excesso de Peso Hídrico


+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 a 4 kg
+++ Base da Coxa 5 a 6 kg
++++ Anasarca 10 a 12 kg
Fonte: Martins C., 2000

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Estimativa de peso corporal de acordo com a intensidade da ascite

Grau de Ascite Peso Ascítico Edema periférico


Leve 2,2 1,0
Moderada 6,0 5,0
Grave 14,0 10,0

1.2 Adequação de peso

a) Adequação de peso atual em relação ao ideal

% do peso atual em relação ao ideal = (Peso atual) x 100


Peso ideal

Classificação
Percentual (%) Classificação
> 120 Obesidade
110 – 120 Sobrepeso
90 – 110 Eutrófico (normal)
80 – 89 Desnutrição leve
70 – 79 Desnutrição moderada
< 69 Desnutrição grave
Fonte: Blackburn et al., 1977

b) Adequação de peso atual em relação ao usual (habitual)

% de peso atual em relação ao usual = (Peso atual) x 100


Peso usual

Percentual (%) Classificação


> 120 Obesidade
110 – 120 Sobrepeso
90 – 110 Eutrófico (normal)
80 – 89 Desnutrição leve
70 – 79 Desnutrição moderada
< 69 Desnutrição grave

c) Percentual de perda de peso recente em relação ao tempo

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% de perda de peso recente = (Peso habitual – Peso atual) x 100
Peso habitual

Período % Perda Leve %Perda moderada % Perda intensa


1 semana - <2 >2
1 mês <5 5 >5
3 meses < 7,5 7,5 > 7,5
≥ 6 meses < 10 > 10 > 10

1.3 Equações de Estimativa de peso

Homens:
P = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69
Mulheres:
P = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35

Onde,
CB = Circunferência do braço
CP = Circunferência da panturrilha
AJ = Altura do joelho
DCSE = Dobra Cutânea triciptal
Fonte: Chumlea et al., 1985

2. ALTURA

2.1 Estimativa da altura através da altura do joelho

Sexo/Idade Brancos Negros


Sexo masculino
6 – 18 anos 40,54 + (2,22 x AJ) 39,6 + (2,18 x AJ)
19 – 60 anos 71,85 + (1,88 x AJ) 73,42 + (1,79 x AJ)
Sexo feminino
6 – 18 anos 43,21 + (2,14 x AJ) 46,59 + (2,02 x AJ)
19 – 60 anos 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06I) 68,1 + (1,86 x AJ) – (0,06I)
Chumlea et al.,

2.2 Estimativa de altura através da altura do joelho para idosos (idade > 60
anos)
Homens Mulheres
64,19 – (0,04 x I) + (2,02 x AJ) 84,88 – (0,24 x I) + (1,83 x AJ)
Chumlea et al., 1985
Onde,
I = Idade; AJ = Altura do joelho

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3. INDICE DE MASSA CORPORAL – IMC

3.1 Classificação de IMC padrão (OMS, 1995 e 1998)

Classificação IMC (kg/m2) Risco de Comorbidades


Desnutrição grave < 16 Alto
Desnutrição moderada 16 – 16,9 Moderado
Desnutrição leve 17 – 18,4 Baixo
Normal (eutrófico) 18,5 – 24,9 Normal
Sobrepeso 25 – 29,9 Baixo
Obesidade grau I 30 – 34,9 Moderado
Obesidade grau II 35 – 39,9 Alto
Obesidade grau III ≥ 40 Muito alto

3.2 Classificação de IMC para idosos

Classificação IMC (kg/m2) Risco de comorbidades


Baixo peso < 22 Alto
Normal (eutrófico) 22 – 27
Excesso de peso > 27 Alto
Fonte: Lipschitz, 1994

Classificação IMC (kg/m2) Risco de comorbidades


Baixo peso < 23 Alto
Normal (eutrófico) 23 – 28
Sobrepeso 28 – 30 Alto
Obesidade > 30 Muito alto
OPAS, 2002/2003

4. CIRCUNFERÊNCIAS

4.1 Circunferência da cintura


Localização: no ponto médio entre a crista ilíaca e a ultima costela

Risco de complicações metabólicas Homens Mulheres


Sem risco < 94 < 80
Risco alto (alerta) ≥ 94 ≥ 80
Risco muito alto (intervenção) ≥ 102 ≥ 88
Fonte: WHO, 1998

Obs: A localização da circunferência abdominal é o diâmetro na altura da cicatriz


umbilical. Os consensos americanos consideram a circunferência abdominal como
15
marcador de doenças cardiovasculares. Para os brasileiros, considera-se a
circunferência da cintura. Podemos utilizar a circunferência abdominal para avaliar
acúmulo de tecido adiposo na região inferior do abdômen.

a) Relação Cintura/Quadril (RCQ)


RCQ = Circunferência da cintura
Circunferência do quadril
WHO, 1998

Risco de doenças cardiovasculares


Homens  RCQ > 1,0
Mulheres  RCQ > 0,85

Magnitude de risco para a Saúde


Idade Baixo Moderado Alto Muito alto
Mulheres
20 – 29 < 0,71 0,71 – 0,77 0,78 – 0,82 > 0,82
30 – 39 < 0,72 0,72 – 0,78 0,79 – 0,84 > 0,84
40 – 49 < 0,73 0,73 – 0,79 0,80 – 0,87 > 0,87
50 – 59 < 0,74 0,74 – 0,81 0,82 – 0,88 > 0,88
60 – 69 < 0,76 0,76 – 0,83 0,84 – 0,90 > 0,90
Homens
20 – 29 < 0,83 0,83 – 0,88 0,89 – 0,94 > 0,94
30 – 39 < 0,84 0,84 – 0,91 0,92 – 0,96 > 0,96
40 – 49 < 0,88 0,88 – 0,95 0,96 – 1,00 > 1,00
50 – 59 < 0,90 0,90 – 0,96 0,97 – 1,02 > 1,02
60 – 69 < 0,91 0,91 – 0,98 0,99 – 1,03 > 1,03
Fonte: Bray e Gray, 1988

4.2 Circunferência do Braço

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50

Classificação Desn. Desn. Desn. Eutrofia Sobrepeso Obesidade


grave Moderada Leve
CB < 70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120%
Fonte: Blackburn e Thorton (1979)

- Percentil
< P5 Circunferência reduzida
P5 – P15 Risco de Circunferência reduzida
P15 – P85 Normal

16
> P85 Circunferência aumentada
Fonte: Frisancho, 1990
Tabela 1 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para homes

Idade Percentis
5 10 15 25 50 75 85 90 95
1,0-1,9 14,2 14,7 14,9 15,2 16,0 16,9 17,4 17,7 18,2
2,0-2,9 14,3 14,8 15,1 15,5 16,3 17,1 17,6 17,9 18,6
3,0-3,9 15,0 15,3 15,5 16,0 16,8 17,6 18,1 18,4 19,0
4,0-4,9 15,1 15,5 15,8 16,2 17,1 18,0 18,5 18,7 19,8
5,0-5,9 15,5 16,0 16,1 16,6 17,5 18,5 19,1 19,5 20,5
6,0-6,9 15,8 16,1 16,5 17,0 18,0 19,1 19,8 20,7 22,8
7,0-7,9 16,1 16,8 17,0 17,6 18,7 20,0 21,0 21,8 22,9
8,0-8,9 16,5 17,2 17,5 18,1 19,2 20,5 21,6 22,6 24,0
9,0-9,9 17,5 18,0 18,4 19,0 20,1 21,8 23,2 24,5 26,0
10,0-10,9 18,1 18,6 19,1 19,7 21,1 23,1 24,8 26,0 27,9
11,0-11,9 18,5 19,3 19,8 20,6 22,1 24,5 26,1 27,6 29,4
12,0-12,9 19,3 20,1 20,7 21,5 23,1 25,4 27,1 28,5 30,3
13,0-13,9 20,0 20,8 21,6 22,5 24,5 26,6 28,2 29,0 30,8
14,0-14,9 21,6 22,5 23,2 23,8 25,7 28,1 29,1 30,0 32,3
15,0-15,9 22,5 23,4 24,0 25,1 27,2 29,0 30,3 31,2 32,7
16,0-16,9 24,1 25,0 25,7 26,7 28,3 30,6 32,1 32,7 34,7
17,0-17,9 24,3 25,1 25,9 26,8 28,6 30,8 32,2 33,3 34,7
18,0-24,9 26,0 27,1 27,7 28,7 30,7 33,0 34,4 35,4 37,2
25,0-29,9 27,0 28,0 28,7 29,8 31,8 34,2 35,5 36,6 38,3
30,0-34,9 27,7 28,7 29,8 30,5 32,5 34,9 35,9 36,7 38,2
35,0-39,9 27,4 28,6 29,5 30,7 32,9 35,1 36,2 36,9 38,2
40,0-44,9 27,8 28,9 29,7 31,0 32,8 34,9 36,1 36,9 38,1
45,0-49,9 27,2 28,6 29,4 30,6 32,6 34,9 36,1 36,9 38,2
50,0-54,9 27,1 28,3 29,1 30,2 32,3 34,5 35,8 36,8 38,3
55,0-59,9 26,8 28,1 29,2 30,4 32,3 34,3 35,5 36,6 37,8
60,0-64,9 26,6 27,8 28,6 29,7 32,0 34,0 35,1 36,0 37,5
65,0-69,9 25,4 26,7 27,7 29,0 31,1 33,2 34,5 35,3 36,6
70,0-74,9 25,1 26,2 27,1 28,5 30,7 32,6 33,7 34,8 36,0

Tabela 2 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para mulheres

Idade Percentis
5 10 15 25 50 75 85 90 95
1,0-1,9 13,6 14,1 14,4 14,8 15,7 16,4 17,0 17,2 17,8
2,0-2,9 14,2 14,6 15,0 15,4 16,1 17,0 17,4 18,0 18,5
3,0-3,9 14,4 15,0 15,2 15,7 16,6 17,4 18,0 18,4 19,0
4,0-4,9 14,8 15,3 15,7 16,1 17,0 18,0 18,5 19,0 19,5
5,0-5,9 15,2 15,7 16,1 16,5 17,5 18,5 19,4 20,0 21,0
6,0-6,9 15,7 16,2 16,5 17,0 17,8 19,0 19,9 20,5 22,0
7,0-7,9 16,4 16,7 17,0 17,5 18,6 20,1 20,9 21,6 23,3
8,0-8,9 16,7 17,2 17,6 18,2 19,5 21,2 22,2 23,2 25,1
9,0-9,9 17,6 18,1 18,6 19,1 20,6 22,2 23,8 25,0 26,7
17
10,0-10,9 17,8 18,4 18,9 19,5 21,2 23,4 25,0 26,1 27,3
11,0-11,9 18,8 19,6 20,0 20,6 22,2 25,1 26,5 27,9 30,0
12,0-12,9 19,2 20,0 20,5 21,5 23,7 25,8 27,6 28,3 30,2
13,0-13,9 20,1 21,0 21,5 22,5 24,3 26,7 28,3 30,1 32,7
14,0-14,9 21,2 21,8 22,5 23,5 25,1 27,4 29,5 30,9 32,9
15,0-15,9 21,6 22,2 22,9 23,5 25,2 27,7 28,8 30,0 32,2
16,0-16,9 22,3 23,2 23,5 24,4 26,1 28,5 29,9 31,6 33,5
17,0-17,9 22,0 23,1 23,6 24,5 26,6 29,0 30,7 32,8 35,4
18,0-24,9 22,4 23,3 24,0 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2
25,0-29,9 23,1 24,0 24,5 25,5 27,6 30,6 32,5 34,3 37,1
30,0-34,9 23,8 24,7 25,4 26,4 28,6 32,0 34,1 36,0 38,5
35,0-39,9 24,1 25,2 25,8 26,8 29,4 32,6 35,0 36,8 39,0
40,0-44,9 24,3 25,4 26,2 27,2 29,7 33,2 35,5 37,2 38,8
45,0-49,9 24,2 25,5 26,3 27,4 30,1 33,5 35,6 37,2 40,0
50,0-54,9 24,8 26,0 26,8 28,0 30,6 33,8 35,9 37,5 39,3
55,0-59,9 24,8 26,1 27,0 28,2 30,9 34,3 36,7 38,0 40,0
60,0-64,9 25,0 26,1 27,1 28,4 30,8 34,0 35,7 37,3 39,6
65,0-69,9 24,3 25,7 26,7 28,0 30,5 33,4 35,2 36,5 38,5
70,0-74,9 23,8 25,3 26,3 27,6 30,3 33,1 34,7 35,8 37,5

5. DOBRAS CUTÂNEAS

5.1 Dobra Cutânea Triciptal - DCT

Adequação da DCT (%) = DCT obtida (cm) x 100


DCT percentil 50

Faixa de normalidade simplificada para adultos:


Masculino Feminino
12,5mm 16,5mm

Classificação Desn. Desn. Desn. Eutrofia Sobrepeso Obesidade


grave Moderada Leve
DCT < 70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120%
Fonte: Blackburn e Thorton (1979)

- Percentil

< P5 Magro
P5 – P15 Abaixo da média
P15 – P75 Média
P75 – P85 Acima da média
> P85 Gordura excessiva
Fonte: Frisancho, 1990
18
Tabela 3 – Percentis da dobra cutânea do tríceps (mm) de acordo com a idade para homens
Percentis
Idade 5 10 15 8 50 75 85 90 95
1,0 - 1,9 6,5 7 7,5 8 10 12 13 14 15,5
2,0 - 2,9 6 6,5 7 8 10 12 13 14 15
3,0 - 3,9 6 7 7 7,5 9,5 11,5 12,5 13,5 15
4,0 - 4,9 5,5 6,5 7 7 9 11 12 12,5 14
5,0 - 5,9 5 6 6 6,5 8 10 11,5 13 14,5
6,0 - 6,9 5 5,5 6 6 8 10 12 13 16
7,0 - 7,9 4,5 5 6 7 8 10,5 12,5 14 16
8,0 - 8,9 5 5,5 6 6,5 8,5 11 13 16 19
9,0 - 9,9 5 5,5 6 7,5 9 12,5 15,5 17 20
10 - 10,9 5 6 6 7,5 10 14 17 20 24
11 - 11,9 5 6 6,5 7,5 10 16 19,5 23 27
12 - 12,9 4,5 6 6 7 10,5 14,5 18 22,5 27,5
13 - 13,9 4,5 5 5,5 6 9 13 17 20,5 25
14 - 14,9 4 5 5 6 8,5 12,5 15 18 23,5
15 - 15,9 5 5 5 6 7,5 11 15 18 23,5
16 - 16,9 4 5 5,1 6 8 12 14 17 23
17 - 17,9 4 5 5 6,5 7 11 13,5 16 19,5
18 - 24,9 4 5 5,5 7 10 14,5 17,5 20 23,5
25 - 29,9 4 5 6 8 11 15,5 19 21,5 25
30 - 34,9 4,5 6 6,5 8,5 12 16,5 20 22 25
35 - 39,9 4,5 6 7 8 12 16 18,5 20,5 24,5
40 - 44,9 5 6 6,9 8 12 16 19 21,5 26
45 - 49,9 5 6 7 8 12 16 19 21 25
50 - 54,9 5 6 7 8 11,5 15 18,5 20,8 25
55 - 59,9 5 6 6,5 8 11,5 15 18 20,5 25
60 - 64,9 5 6 7 8 11,5 15,5 18,5 20,5 24
65 - 69,9 4,5 5 6,5 8 11 15 18 20 23,5
70 - 74,9 4,5 6 6,5 8 11 15 17 19 23

19
Tabela 4 – Percentis da dobra cutânea do tríceps (mm) de acordo com a idade para mulheres
Percentis
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
1,0 - 1,9 6 7 7 8 10 12 13 14 16
2,0 - 2,9 6 7 7,5 8,5 10 12 13,5 14,5 16
3,0 - 3,9 6 7 7,5 8,5 10 12 13 14 16
4,0 - 4,9 6 7 7,5 8 10 12 13 14 15,5
5,0 - 5,9 5,5 7 7 8 10 12 13,5 15 17
6,0 - 6,9 6 6,5 7 8 10 12 13 15 17
7,0 - 7,9 6 7 7 8 10,5 12,5 15 16 19
8,0 - 8,9 6 7 7,5 8,5 11 14,5 17 18 22,5
9,0 - 9,9 6,5 7 8 9 12 16 19 21 25
10 - 10,9 7 8 8 9 12,5 17,5 20 22,5 27
11 - 11,9 7 8 8,5 10 13 18 21,5 24 29
12 - 12,9 7 8 9 11 14 18,5 21,5 24 27,5
13 - 13,9 7 8 9 11 15 20 24 25 30
14 - 14,9 8 9 10 11,5 16 21 23,5 26,5 32
15 - 15,9 8 9,5 10,5 12 16,5 20,5 23 26 32,5
16 - 16,9 10,5 11,5 12 14 18 23 26 29 32,5
17 - 17,9 9 10 12 13 18 24 26,5 29 34,5
18 - 24,9 9 11 12 14 18,5 24,5 28,5 31 36
25 - 29,9 10 12 13 15 20 26,5 31 34 38
30 - 34,9 10,5 13 15 17 22,5 29,5 33 35,5 41,5
35 - 39,9 11 13 15,5 18 23,5 30 35 37 41
40 - 44,9 12 14 16 19 24,5 30,5 35 37 41
45 - 49,9 12 14,5 16,5 19,5 25,5 32 35,5 38 42,5
50 - 54,9 12 15 17,5 20,5 25,5 32 36 38,5 42
55 - 59,9 12 15 17 20,5 26 32 36 39 42,5
60 - 64,9 12,5 16 17,5 20,5 26 32 35,5 38 42,5
65 - 69,9 12 14,5 16 19 25 30 33,5 36 40
70 - 74,9 11 13,5 15,5 18 24 29,5 32 35 38,5

20
6. MEDIDAS SECUNDÁRIAS

a) Circunferência Muscular do Braço (CMB)

CMB (cm) = CB (cm) – [DCT (cm) x π (π = 3,14)]

Para facilitar  CMB (cm) = CB (cm) – [DCT (mm) x 0,314)]

Formas de interpretação

Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100


CMB percentil 50

Faixa de normalidade simplificada:


Masculino Feminino
25,3cm 23,2cm

Classificação Desn. Desn. Desn. Eutrofia


grave Moderada Leve
CMB < 70% 70 – 80% 80 – 90% > 90%
Fonte: Blackburn e Thorton (1979)

- Percentil

< P5 Baixa musculatura


P5 – P15 Abaixo da média
P15 – P85 Média
P85 – P95 Acima da média
> P95 Musculatura desenvolvida: bom estado nutricional
Fonte: Frisancho, 1990

21
Tabela 5 – Percentis de CMB (cm) de acordo com idade para homens

Idade Percentis
5 10 25 50 75 90 95
1 - 1,9 11 11,3 11,9 12,7 13,5 14,4 14,7
2 - 2,9 11,1 11,4 12,2 13 14 14,6 15
3 - 3,9 11,7 12,3 13,1 13,7 14,3 14,8 15,3
4 - 4,9 12,3 12,6 13,3 14,1 14,8 15,6 15,9
5 - 5,9 12,8 13,3 14 14,7 15,4 16,2 16,9
6 - 6,9 13,1 13,5 14,2 15,1 16,1 17 17,7
7 - 7,9 13,7 13,9 15,1 16 16,8 17,7 19
8 - 8,9 14 14,5 15,4 16,2 17 18,2 18,7
9 - 9,9 15,1 15,4 16,1 17 18,3 19,6 20,2
10 - 10,9 15,6 16 16,6 18 19,1 20,9 22,1
11 - 11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23
12 - 12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21 22,3 24,1
13 - 13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5
14 - 14,9 18,9 19,9 21,2 22,3 24 26 26,4
15 - 15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2
16 - 16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6
17 - 17,9 22,4 23,1 24,5 25,8 27,3 29,4 31,2
18 - 18,9 22,6 23,7 25,3 26,4 28,3 29,8 32,4
19 - 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1
25 - 34,9 24,3 25 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6
35 - 44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7
45 - 54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30 31,8 32,6
55 - 64,9 23,8 24,5 26 27,8 29,5 31 32
65 - 74,9 22,3 23,5 25,1 26,8 28,4 29,8 30,6

22
Tabela 6 – Percentis de CMB (cm) de acordo com idade para mulheres

Idade Percentis
5 10 25 50 75 90 95
1 - 1,9 10,5 11,1 11,7 12,4 13,2 13,9 14,3
2 - 2,9 11,1 11,4 11,9 12,6 13,3 14,2 14,7
3 - 3,9 11,3 11,9 12,4 13,2 14 14,6 15,2
4 - 4,9 11,5 12,1 12,8 13,6 14,4 15,2 15,7
5 - 5,9 12,5 12,8 13,4 14,2 15,1 15,9 16,5
6 - 6,9 13 13,3 13,8 14,5 15,4 16,6 17,2
7 - 7,9 12,9 13,5 14,2 15,1 16 17,1 17,6
8 - 8,9 13,8 14 15,1 16 17,1 18,3 19,4
9 - 9,9 14,7 15 15,8 16,7 18 19,4 19,8
10 - 10,9 14,8 15 15,9 17 18 19 19,7
11 - 11,9 15 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3
12 - 12,9 16,2 16,6 18 19,1 20,1 21,4 22
13 - 13,9 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24
14 - 14,9 17,4 17,9 19 20,1 21,6 23,2 24,7
15 - 15,9 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4
16 - 16,9 17 18 19 20,2 21,6 23,4 24,9
17 - 17,9 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7
18 - 18,9 17,4 17,9 19,1 20,2 21,5 23,7 24,5
19 - 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9
25 - 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4
35 - 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2
45 - 54,9 18,7 19,3 20,6 22 23,8 26 27,4
55 - 64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28
65 - 74,9 18,5 19,5 20,8 22,5 24,4 26,4 27,9

23
b) Área muscular do Braço (AMB)

AMB (cm2)= CMB2/ 4 π

b.1) AMB corrigida (AMBc)


HOMENS  AMBc = AMB – 10
MULHERES  AMBc = AMB – 6,5

Formas de interpretação

Adequação da AMB (%) = AMB obtida (cm) x 100


AMB percentil 50

- Percentil

Classificação Desn. grave Desn. Desn. Leve Eutrofia


Moderada
AMB < 70% 70 – 80% 80 – 90% > 90%
Fonte: Blackburn e Thorton (1979)

Classificação Desn. grave Desn. Moderada/leve Eutrofia


AMBc < P5 Entre P5 e P15 > P15
Fonte: Frisancho, 1990

24
Tabela 7 – Percentis de AMBc (cm2) de acordo com idade para homens

Idade Percentis
5 10 15 25 50 75 85 90 95
1 - 1,9 9,7 10,4 10,8 11,6 13 14,6 15,4 16,3 17,2
2 - 2,9 10,1 10,9 11,3 12,4 13,9 15,6 16,4 16,9 18,4
3 - 3,9 11,2 12 12,6 13,5 15 16,4 17,4 18,3 19,5
4 - 4,9 12 12,9 13,5 14,5 16,2 17,9 18,8 19,8 20,9
5 - 5,9 13,2 14,2 14,7 15,7 17,6 19,5 20,7 21,7 23,2
6 - 6,9 14,4 15,3 15,8 16,8 18,7 21,3 22,9 23,8 25,7
7 - 7,9 15,1 16,2 17 18,5 20,6 22,6 24,5 25,2 28,6
8 - 8,9 16,3 17,8 18,5 19,5 21,6 24 25,5 26,6 29
9 - 9,9 18,2 19,3 20,3 21,7 23,5 26,7 28,7 30,4 32,9
10 - 10,9 19,6 20,7 21,6 23 25,7 29 32,2 34 37,1
11 - 11,9 21 22 23 24,8 27,7 31,6 33,6 36,1 40,3
12 - 12,9 22,6 24,1 25,3 26,9 30,4 35,9 39,3 40,9 44,9
13 - 13,9 24,5 26,7 28,1 30,4 25,7 41,3 45,3 48,1 52,5
14 - 14,9 28,3 31,3 33,1 36,1 41,9 47,4 51,3 54 57,5
15 - 15,9 31,9 34,9 36,9 40,3 46,3 53,1 56,3 57,7 63
16 - 16,9 37 40,9 42,4 45,9 51,9 57,8 63,3 66,2 70,5
17 - 17,9 39,6 42,6 44,8 48 53,4 60,4 64,3 67,9 73,1
18 - 24,9 34,2 37,3 39,6 42,7 49,4 57,1 61,8 65 72
25 - 29,9 36,6 39,9 42,4 46 53 61,4 66,1 68,9 74,5
30 - 34,9 37,9 40,9 43,4 47,3 54,4 63,2 67,6 70,8 76,1
35 - 39,9 38,5 42,6 44,6 47,9 55,3 64 69,1 72,7 77,6
40 - 44,9 38,4 42,1 45,1 48,7 56 64 68,5 71,6 77
45 - 49,9 37,7 41,3 43,7 47,9 55,2 63,3 68,4 72,2 76,2
50 - 54,9 36 40 42,7 46,6 54 62,7 67 70,4 77,4
55 - 59,9 36,5 40,8 42,7 46,7 54,3 61,9 66,4 69,6 75,1
60 - 64,9 34,5 38,7 41,2 44,9 52,1 60 64,8 67,5 71,6
65 - 69,9 31,4 35,8 38,4 42,3 49,1 57,3 61,2 64,3 69,4
70 - 74,9 29,7 33,8 36,1 40,2 47 54,6 59,1 62,1 67,3

25
Tabela 8 - Percentis de AMB (cm2) segundo a idade e a compleição física para homens
Percentis
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
Compleição pequena / Brevilíneo
18,0-24,9 30,8 33,8 35,8 38,7 44,6 51,3 55,2 58,1 63,2
25,0-29,9 33,5 36,8 39,2 41,8 47,6 53,5 57,7 61,2 63,7
30,0-34,9 35,0 37,5 38,9 42,0 48,8 56,4 60,0 62,7 66,9
35,0-39,9 34,7 38,7 40,9 44,1 50,7 57,5 61,7 63,8 70,0
40,0-44,9 34,9 38,1 40,6 44,2 51,6 58,2 61,6 64,5 66,9
45,0-49,9 32,8 36,5 38,9 42,9 49,1 55,7 59,5 63,3 68,8
50,0-54,9 33,8 36,0 38,2 41,5 47,6 55,5 60,7 63,8 69,3
55,0-59,9 31,2 35,4 37,8 41,7 47,8 54,3 58,8 61,4 64,2
60,0-64,9 32,5 36,3 38,7 41,4 48,0 54,6 59,6 62,2 68,0
Compleição Média / Normolíneo
18,0-24,9 35,5 38,2 40,8 43,6 49,5 56,5 60,8 63,2 69,3
25,0-29,9 37,0 40,1 42,9 46,8 53,2 60,9 65,6 67,7 73,0
30,0-34,9 38,5 42,2 44,8 48,0 54,3 61,8 65,7 68,6 72,7
35,0-39,9 39,9 43,1 45,2 48,8 55,9 64,0 69,0 71,6 75,6
40,0-44,9 39,2 42,6 45,8 49,2 56,3 64,0 68,0 71,1 74,4
45,0-49,9 39,0 42,6 45,6 49,4 55,9 63,7 69,6 72,8 76,2
50,0-54,9 37,6 41,8 44,5 47,7 54,2 62,5 65,9 69,6 74,1
55,0-59,9 39,2 42,5 44,4 48,5 54,8 62,2 66,7 69,5 75,0
60,0-64,9 34,5 38,3 41,6 45,0 52,1 59,2 63,3 66,3 70,4
Compleição Grande / Longilíneo
18,0-24,9 37,6 40,8 43,0 47,3 54,6 63,5 67,0 71,6 76,7
25,0-29,9 42,6 45,7 48,8 52,6 60,4 67,3 72,8 75,8 81,2
30,0-34,9 44,2 46,9 49,2 53,3 62,6 70,6 75,3 78,8 84,0
35,0-39,9 43,2 46,0 48,9 51,8 59,9 70,3 76,6 79,4 82,8
40,0-44,9 44,9 47,4 49,6 53,2 60,0 69,8 74,4 79,4 83,7
45,0-49,9 42,9 46,3 48,1 52,4 59,6 67,5 71,1 74,9 86,4
50,0-54,9 41,8 46,0 47,8 51,6 59,4 67,6 72,5 77,6 85,4
55,0-59,9 42,3 45,0 47,9 52,9 59,8 66,9 71,8 75,3 83,8
60,0-64,9 38,9 43,9 46,8 50,1 57,5 65,8 69,0 71,8 77,4
Fonte: Frisancho (1990)

26
Tabela 9 - Percentis de AMB (cm2) segundo a idade e a compleição física para mulheres
Percentis
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
Compleição pequena / Brevilíneo
18,0-24,9 18,2 19,6 20,7 22,5 25,5 29,2 31,2 32,8 36,2
25,0-29,9 19,5 20,0 21,6 23,2 26,9 30,8 33,3 35,2 38,1
30,0-34,9 19,1 21,6 22,4 24,5 27,8 31,4 33,7 36,2 38,8
35,0-39,9 19,7 21,4 22,9 24,4 28,8 32,5 35,4 37,5 42,2
40,0-44,9 20,9 22,1 23,9 25,7 28,9 33,2 36,0 37,9 41,8
45,0-49,9 19,1 21,5 22,6 24,3 28,3 33,3 36,1 38,7 41,2
50,0-54,9 20,8 22,1 23,9 25,5 29,1 33,4 36,7 38,5 41,3
55,0-59,9 20,4 22,3 23,6 25,8 30,2 34,8 37,6 41,3 45,1
60,0-64,9 20,9 22,4 23,6 25,8 31,2 36,4 39,1 41,1 46,2
Compleição Média / Normolíneo
18,0-24,9 19,8 21,9 23,2 24,9 28,4 32,8 35,2 37,2 40,7
25,0-29,9 20,7 22,1 23,3 25,0 29,0 33,9 36,8 39,0 43,3
30,0-34,9 21,4 23,1 24,2 26,3 30,8 36,1 39,4 41,8 46,4
35,0-39,9 21,4 23,6 24,9 27,3 31,4 37,3 40,8 43,0 47,0
40,0-44,9 21,2 23,2 25,1 27,2 31,6 37,7 43,1 47,1 52,3
45,0-49,9 22,2 23,6 25,5 27,9 32,2 37,9 42,5 45,4 49,6
50,0-54,9 22,8 25,2 26,2 28,5 33,7 40,0 43,5 46,7 51,4
55,0-59,9 23,7 25,3 26,6 28,7 34,5 41,5 44,9 49,2 53,4
60,0-64,9 23,0 25,3 26,5 29,2 33,9 39,9 43,7 46,1 49,4
Compleição Grande / Longilíneo
18,0-24,9 21,9 23,8 25,3 27,3 31,9 38,7 43,9 47,5 55,8
25,0-29,9 22,2 25,4 26,8 29,3 34,5 42,0 46,8 50,3 60,1
30,0-34,9 24,0 25,8 27,3 30,1 36,3 45,1 50,7 55,1 61,2
35,0-39,9 23,9 27,4 29,1 32,2 39,1 47,2 53,7 61,0 72,1
40,0-44,9 26,2 28,8 30,5 32,9 40,3 49,5 54,4 58,7 71,6
45,0-49,9 25,0 28,0 29,4 32,5 39,7 49,0 58,3 62,8 69,9
50,0-54,9 25,1 28,4 30,1 33,4 39,6 49,5 54,8 59,7 68,4
55,0-59,9 27,0 30,0 32,4 35,8 42,0 51,0 58,5 62,2 65,7
60,0-64,9 26,6 29,1 31,2 33,9 40,7 49,8 54,8 57,5 67,6
Fonte: Frisancho (1990)

27
Tabela 10 - Percentis de AMBc (cm2) de acordo com idade para mulheres

Idade Percentis
5 10 15 25 50 75 85 90 95
1 - 1,9 8,9 9,7 10,1 10,8 12,3 13,8 14,6 15,3 16,2
2 - 2,9 10,1 10,6 10,9 11,8 13,2 14,7 15,6 16,4 17,3
3 - 3,9 10,8 11,4 11,8 12,6 14,3 15,8 16,7 17,4 18,8
4 - 4,9 11,2 12,2 12,7 13,6 15,3 17 18 18,6 19,8
5 - 5,9 12,4 13,2 13,9 14,8 16,4 18,3 19,4 20,6 22,1
6 - 6,9 13,5 14,1 14,6 15,6 17,4 19,5 21 22 24,2
7 - 7,9 14,4 15,2 15,8 16,7 18,9 21,2 22,6 23,9 25,3
8 - 8,9 15,2 16 16,8 18,2 20,8 23,2 24,6 26,5 28
9 - 9,9 17 17,9 18,7 19,8 21,9 25,4 27,2 28,3 31,1
10 - 10,9 17,6 18,5 19,3 20,9 23,8 27 29,1 31 33,1
11 - 11,9 19,5 21 21,7 23,2 26,4 30,7 33,5 35,7 39,2
12 - 12,9 20,4 21,8 23,1 25,5 29 33,2 36,3 37,8 40,5
13 - 13,9 22,8 24,5 25,4 27,1 30,8 35,3 38,1 39,6 43,7
14 - 14,9 24 26,2 27,1 29 32,8 36,9 39,8 42,3 47,5
15 - 15,9 24,4 25,8 27,5 29,2 33 37,3 40,2 41,7 45,9
16 - 16,9 25,2 26,8 28,2 30 33,6 38 40,2 43,7 48,3
17 - 17,9 25,9 27,5 28,9 30,7 34,3 39,6 43,4 46,2 50,8
18 - 24,9 19,5 21,5 22,8 24,5 28,3 33,1 36,4 39 44,2
25 - 29,9 20,5 21,9 23,1 25,2 29,4 34,9 38,5 41,9 47,8
30 - 34,9 21,1 23 24,2 26,3 30,9 36,8 41,2 44,7 51,3
35 - 39,9 21,1 23,4 24,7 27,3 31,8 38,7 43,1 46,1 54,2
40 - 44,9 21,3 23,1 25,5 27,5 32,3 39,8 45,8 49,5 55,8
45 - 49,9 21,6 24,6 24,8 27,4 32,5 39,5 44,7 48,4 56,1
50 - 54,9 22,2 24,8 25,7 28,3 33,4 40,4 46,1 49,6 55,6
55 - 59,9 22,8 24,5 26,5 28,7 34,7 42,3 47,3 52,1 58,8
60 - 64,9 22,4 24,5 26,3 29,2 34,5 41,1 45,6 49,1 55,1
65 - 69,9 21,9 24,5 26,2 28,9 34,6 41,6 46,3 49,6 56,6
70 - 74,9 22,2 24,4 26 28,8 34,3 41,8 46,4 49,2 54,6

28
c) Área de Gordura do Braço (AGB)

AGB (cm2) = [CMB (cm) x DCT (cm)] – [π x DCT (cm)]2


2 4

- % da mediana

Adequação da AGB (%) = AGB obtida (cm) x 100


AGB percentil 50

Classificação Desn. Desn. Desn. Eutrofia Sobrepeso Obesidade


grave Moderada Leve
DCT < 70% 70 – 80% 80 – 90% 90 – 110% 110 – 120% > 120%
Fonte: Blackburn e Thorton (1979)
- Percentil

< P5 Magro
P5 – P15 Abaixo da média
P15 – P75 Média
P75 – P85 Acima da média
> P85 Gordura excessiva
Fonte: Frisancho, 1990

29
Tabela 11 - Percentis de AGB(cm²) de acordo com idade para homens
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
1 - 1,9 4,5 4,9 5,3 5,9 7,4 8,9 9,6 10,3 11,7
2 - 2,9 4,2 4,8 5,1 5,8 7,3 8,6 9,7 10,6 11,6
3 - 3,9 4,5 5 5,4 5,9 7,2 8,8 9,8 10,6 11,8
4 - 4,9 4,1 4,7 5,2 5,7 6,9 8,5 9,3 10 11,4
5 - 5,9 4 4,5 4,9 5,5 6,7 8,3 9,8 10,9 12,7
6 - 6,9 3,7 4,3 4,6 5,2 6,7 8,6 10,3 11,2 15,2
7 - 7,9 3,8 4,3 4,7 5,4 7,1 9,6 11,6 12,8 15,5
8 - 8,9 4,1 4,8 5,1 5,8 7,6 10,4 12,4 15,6 18,6
9 - 9,9 4,2 4,8 5,4 6,1 8,3 11,8 15,8 18,2 21,7
10 - 10,9 4,7 5,3 5,7 6,9 9,8 14,7 18,3 21,5 27
11 - 11,9 4,9 5,5 6,2 7,3 10,4 16,9 22,3 26 32,5
12 - 12,9 4,7 5,6 6,3 7,6 11,3 15,8 21,1 27,3 35
13 - 13,9 4,7 5,7 6,3 7,6 10,1 14,9 21,2 25,4 32,1
14 - 14,9 4,6 5,6 6,3 7,4 10,1 15,9 19,5 25,5 31,8
15 - 15,9 5,6 6,1 6,5 7,3 9,6 14,6 20,2 24,5 31,3
16 - 16,9 5,6 6,1 6,9 8,3 10,5 16,6 20,6 24,8 33,5
17 - 17,9 5,4 6,1 6,7 7,4 9,9 15,6 19,7 23,7 28,9
18 - 24,9 5,5 6,9 7,7 9,2 13,9 21,5 26,8 30,7 37,2
25 - 29,9 6 7,3 8,4 10,2 16,3 23,9 29,7 33,3 40,4
30 - 34,9 6,2 8,4 9,7 11,9 18,4 25,6 31,6 34,8 41,9
35 - 39,9 6,5 8,1 9,6 12,8 18,8 25,2 29,6 33,4 39,4
40 - 44,9 7,1 8,7 9,9 12,4 18 25,3 30,1 35,3 42,1
45 - 49,9 7,4 9 10,2 12,3 18,1 24,9 29,7 33,7 40,4
50 - 54,9 7 8,6 10,1 12,3 17,3 23,9 29 32,4 40
55 - 59,9 6,4 8,2 9,7 12,3 17,4 23,8 28,4 33,3 39,1
60 - 64,9 6,9 8,7 9,9 12,1 17 23,5 28,3 31,8 38,7
65 - 69,9 5,8 7,4 8,5 10,9 16,5 22,8 27,2 30,7 36,3
70 - 74,9 6 7,5 8,9 11 15,9 22 25,7 29,1 34,9
Fonte: Frisancho (1990)

30
Tabela 12 - Percentis de AGB(cm²) de acordo com idade para mulheres
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
1 - 1,9 4,1 4,6 5 5,6 7,1 8,6 9,5 10,4 11,7
2 - 2,9 4,4 5 5,4 6,1 7,5 9 10 10,8 12
3 - 3,9 4,3 5 5,4 6,1 7,6 9,2 10,2 10,8 12,2
4 - 4,9 4,3 4,9 5,4 6,2 7,7 9,3 10,4 11,3 12,8
5 - 5,9 4,4 5 5,4 6,3 7,8 9,8 11,3 12,5 14,5
6 - 6,9 4,5 5 5,6 6,2 8,1 10 11,2 13,3 16,5
7 - 7,9 4,8 5,5 6 7 8,8 11 13,2 14,7 19
8 - 8,9 5,2 5,7 6,4 7,2 9,8 13,3 15,8 18 23,7
9 - 9,9 5,4 6,2 6,8 8,1 11,5 15,6 18,8 22 27,5
10 - 10,9 6,1 6,9 7,2 8,4 11,9 18 21,5 25,3 29,9
11 - 11,9 6,6 7,5 8,2 9,8 13,1 19,9 21,4 28,2 36,8
12 - 12,9 6,7 8 8,8 10,8 14,8 20,8 24,8 29,4 34
13 - 13,9 6,7 7,7 9,4 11,6 16,5 23,7 28,7 32,7 40,8
14 - 14,9 8,3 9,6 10,9 12,4 17,7 25,1 29,5 34,6 41,2
15 - 15,9 8,6 10 11,4 12,8 18,2 24,4 29,2 32,9 44,3
16 - 16,9 11,3 12,8 13,7 15,9 20,5 28 32,7 37 46
17 - 17,9 9,5 11,7 13 14,6 21 29,5 33,5 38 51,6
18 - 24,9 10 12 13,5 16,1 21,9 30,6 37,2 42 51,6
25 - 29,9 11 13,3 15,1 17,7 24,5 34,8 42,1 47,1 57,5
30 - 34,9 12,2 14,8 17,2 20,4 28,2 39 46,8 52,3 64,5
35 - 39,9 13 15,8 18 21,8 29,7 41,7 49,2 55,5 64,9
40 - 44,9 13,8 16,7 19,2 23 31,3 42,6 51 56,3 64,5
45 - 49,9 13,6 17,1 19,8 24,3 33 44,4 52,3 58,4 68,8
50 - 54,9 14,3 18,3 21,4 25,7 34,1 45,6 53,9 57,7 65,7
55 - 59,9 13,7 18,2 20,7 26 34,5 46,4 53,9 59,1 69,7
60 - 64,9 15,3 19,1 21,9 26 34,8 45,7 51,7 58,3 68,3
65 - 69,9 13,9 17,6 20 24,1 32,7 42,7 49,2 53,6 62,4
70 - 74,9 13 16,2 18,8 22,7 31,2 41 46,4 51,4 57,7
Fonte: Frisancho (1990)

31
d) Referência para idosos (National Health and Nutrition Examination Survey III –
NHAMES, 1988 – 1994)

- Dobra Cutânea Triciptal (mm)

Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90


Homens Mulheres
60 – 69 7,7 12,7 23,1 14,5 24,1 34,9
70 – 79 7,3 12,4 20,6 12,5 21,8 32,1
≥ 80 6,6 11,2 18,0 9,3 18,1 28,9

- Circunferência do Braço (cm)

Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90


Homens Mulheres
60 – 69 28,4 32,7 37,0 26,2 31,2 38,3
70 – 79 27,5 31,3 36,1 25,4 30,1 36,7
≥ 80 25,5 29,5 33,3 23,0 28,4 34,0

- Circunferência muscular do braço (cm)

Idade P10 P50 P90 P10 P50 P90


Homens Mulheres
60 – 69 24,9 28,4 31,4 20,6 23,5 27,4
70 – 79 24,4 27,2 30,5 20,3 23,0 27,0
≥ 80 22,6 25,7 28,8 19,3 22,6 26,0

7. OUTROS ÍNDICES

7.1 Índice de Conicidade


- Utilizado para avaliar a obesidade e a distribuição de gordura corporal,
considerando que a obesidade central está associada às doenças
cardiovasculares do que a generalizada

INDICE C = Circunferência da cintura


0,109 x √peso (kg)/estatura*

Pontos de corte: Mulheres < 1,18; Homens < 1,25


*Pode-se utilizar a tabela que relaciona peso e altura
(Fonte: Avaliação Nutricional: Novas Perspectivas, p. 288, tabela 9.97)

32
7.2 Índice de Adiposidade

IAC = Quadril - 18
A x √A

IAC HOMENS MULHERES

Normal 8 a 20 21 a 32

Sobrepeso 21 a 25 33 a 38
Obesidade > 25 > 38

8. FÓRMULAS DE ESTIMATIVA DE PERCENTUAL DE GORDURA

8.1 Fórmulas que estimam Densidade Corporal (DC)

a) Mcardle, 1992

HOMENS
(18 - 34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (DCB + DCT + DCSE + DCSI)
(18 - 27 anos) DC = 1,0913 - 0,00116 (DCT+ DCSE)

33
MULHERES
(18 - 48 anos ) DC = 1,06234 - 0,00068 (DCSE) - 0,00039 (DCT) - 0,00025 (DCCo)

b) Guedes, 1994

HOMENS: DC= 1,17136 - 0,06706 log (DCT + DCSI + DCAb)

MULHERES: DC = 1,16650- 0,07063 log (DCCo + DCSI+ DCSE)

c) Pollock e col., 1984


 3 Dobras (H = Peitoral, abdominal e Coxa; M = triciptal, supra-ilíaca e coxa)

Homens (18- 61anos)


DC = 1,1093800 - 0,0008267 (DCPT + DCAb + DCCo) + 0,0000016 (DCPT + DCAb
+ DCCo)² - 0,0002574 (Idade)

Mulheres (18-55 anos)


DC= 1,0994921 - 0,0009929 (DCT + DCSI + DCCo) + 0,0000023 (DCT + DCSI +
DCCo)² - 0,0001392 (Idade)

 7 Dobras (Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e


peitoral)  ST (somatório)

Homens Adultos (18 a 61 anos)


DC = 1,11200000 - 0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)² - 0,0002882 (idade)

Mulheres Adultas (18 a 61 anos)


DC = 1,0970 - 0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)² - 0,00012828 (idade)

d) Petroski, 1995

Homens (18 - 66 anos)

DC = 1,10726863 – 0,00081201 x (DCSE+DCT+DCSI+DCPant) + 0,00000212 x


(DCSE+DCT+DCSI+DCPant)2 - 0,00041761 x (Idade)

Mulheres (18 - 51 anos)

DC = 1,02902361 – [0,00067159 x (DCSE+DCT+DCSI+DCPant)] + [0,00000242 x


(DCSE+DCT+DCSI+DCPant)2] – [0,00026073 x (Idade)] – [0,00056009 x Peso (Kg)]
+ [0,00054649 x Altura (cm)]

e) JACKSON et al

34
Homens de 18 - 61 anos (Jackson & Pollock, 1978)

DC = 1,1010 – 0,00041150 x (DCSE+DCT+DCPt+DCAx+DCSI+DCAb+DCCo) +


0.00000069 x (Σ7DC)2 – 0,00022631 x (Idade) – 0,000059239 x (CC) + 0,000190632
x (C. antebraço)

8.2 Fórmula de Siri (conversão da DC em % Gordura)


%G = [(4,95/DENSIDADE C.) – 4,50] X 100

8.3 Fórmulas que estimam %gordura


a) Faulkner, 1968
G% = [ (DCT +DCSI +DCSE + DCAB) x 0,153 + 5, 783]

b) Yuhasz (Subescapular, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral


(S6=somatória de todas)
G%= (S6) x 0,095 + 3,64

8.4 Estimativa de percentual de gordura por meio do ∑ de dobras e


comparação em Tabelas (anexos)

Petroski, 1995:

- Mulheres  Axilar média, supra-ilíaca, coxa e panturrilha;


- Homens  Subescapular, tríceps, supra-ilíaca e panturrilha

Durnin & Womersley, 1974 (bíceps, tríceps, subescapular e supra-ilíaca)

35
Porcentagem estimada de gordura corporal, obtida por meio de soma de quatro dobras cutâneas
Dobras Homens mulheres
cutaneas (idades em anos) (idades em anos)
(mm) 17-29 30-39 40-49 50+ 17-29 30-39 40-49 50+
15 4,8 - - - 10,5 - - -
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17 19,8 21,4
25 10,5 14,2 15 15,6 16,8 19,4 22,2 24
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 24,8 24,5 26,6
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3
45 17,7 20,4 23 24,7 25 26,9 29,6 31,9
50 19 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31 33,4
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35 37,7
75 24 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34 35,1 37,5 40,4
90 26,2 27,8 33 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2
95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39 41,9
100 27,6 29 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3
110 28,8 30,1 35,8 39 37,8 38,6 41 43,9
115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5
120 30 31,1 37 40,4 39 39,6 42 45,1
125 31 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7
130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43 46,2
135 32 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7
140 32,5 32,7 39,2 43 41,3 41,6 44 47,2
145 32,9 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7
150 33,3 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45 48,2
155 33,7 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7
160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2
165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44 46,2 49,9
170 34,9 34,8 42 46,1 44,1 44,4 46,6 50
175 35,3 - - - - 44,8 47 50,4
180 35,6 - - - - 45,2 47,4 50,8
185 35,9 - - - - 45,6 48,8 51,2
190 - - - - - 45,9 48,2 51,6
195 - - - - - 46,2 48,5 52

36
200 - - - - - 46,5 48,8 52,4
205 - - - - - - 49,1 52,7
210 - - - - - - 49,4 53
(PETROSKI, 1995)

37
Jackson e Pollock et al., 1985:
Estimativa da porcentagem de gordura para os homens: soma das dobras cutâneas do triceps, torácica e
subescapular
Soma das dobras
cutaneas (mm)
<22 23-27 28-32 33-37 38-42 43-47 48-52 53-57 >57
8 - 10 1,5 2 2,5 3,1 3,6 4,1 4,6 5,1 5,6
11 - 13 3 3,5 4 4,5 5,1 5,6 6,1 6,6 7,1
14 - 16 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,6 8,1 8,6
17 - 19 5,9 6,4 6,9 7,4 8 8,5 9 9,5 10
20 - 22 7,3 7,8 8,3 8,8 9,4 9,9 10,4 10,9 11,4
23 - 25 8,6 9,2 9,7 10,2 10,7 11,2 11,8 12,3 12,8
26 - 28 10 10,5 11 11,5 12,1 12,6 13,1 13,6 14,2
29 - 31 11,2 11,8 12,3 12,8 13,4 13,9 14,4 14,9 15,5
32 - 34 12,5 13 13,5 14,1 14,6 15,1 15,7 16,2 16,7
35 - 37 13,7 14,2 14,8 15,3 15,8 16,4 16,9 17,4 18
38 - 40 14,9 15,4 15,9 16,5 17 17,6 18,1 18,6 19,2
41 - 43 16 16,6 17,1 17,6 18,2 18,7 19,3 19,8 20,3
44 - 46 17,1 17,7 18,2 18,7 19,3 19,8 20,4 20,9 21,5
47 - 49 18,2 18,7 19,3 19,8 20,4 20,9 21,4 22 22,5
50 - 52 19,2 19,7 20,3 20,8 21,4 21,9 22,5 23 23,6
53 - 55 20,2 20,7 21,3 21,8 22,4 22,9 23,5 24 24,6
56 - 58 21,1 21,7 22,2 22,8 23,3 23,9 24,4 25 25,5
59 - 61 22 22,6 23,1 23,7 24,2 24,8 25,3 25,9 26,5
62 - 64 22,9 23,4 24 24,5 25,1 25,7 26,2 26,8 27,3
65 - 67 23,7 24,3 24,8 25,4 25,9 26,5 27,1 27,6 28,2
68 - 70 24,5 25 25,6 26,2 26,7 27,3 27,8 28,4 29
71 - 73 25,2 25,8 26,3 26,9 27,5 28 28,6 29,1 29,7
74 - 76 25,9 26,5 27 27,6 28,2 28,7 29,3 29,9 30,4
77 - 79 26,6 27,1 27,7 28,2 28,8 29,4 29,9 30,5 31,1
80 - 82 27,2 27,7 28,3 28,9 29,4 30 30,6 31,1 31,7
83 - 85 27,7 28,3 28,8 29,4 30 30,5 31,1 31,7 32,3
86 - 88 28,2 28,8 29,4 29,9 30,5 31,1 31,6 32,2 32,8
89 - 91 28,7 29,3 29,8 30,4 31 31,5 32,1 32,7 33,3
92 - 94 29,1 29,7 30,3 30,8 31,4 32 32,6 33,1 33,4
95 - 97 29,5 30,1 30,6 31,2 31,8 32,4 32,9 33,5 34,1
98 - 100 29,8 30,4 31 31,6 32,1 32,7 33,3 33,9 34,4
101 - 103 30,1 30,7 31,3 31,8 32,4 33 33,6 34,1 34,7
104 - 106 30,4 30,9 31,5 32,1 32,7 33,2 33,8 34,4 35
107 - 109 30,6 31,1 31,7 32,3 32,9 33,4 34 34,6 35,2
110 - 112 30,7 31,3 31,9 32,4 33 33,6 34,2 34,7 35,3
113 - 115 30,8 31,4 32 32,5 33,1 33,7 34,3 34,9 35,4

38
116 - 118 30,9 31,5 32 32,6 33,2 33,8 34,3 34,9 35,5

Estimativas da porcentagem de gordura para as mulheres: soma das dobras cutâneas do tríceps, abdominal e
supra-ililica.
Soma das dobras
Cutaneas (mm)
18 - 22 23-27 28 -32 33 - 37 38 - 42 43 - 47 48 - 52 53 - 57 >57
8 12 8,8 9 9,2 9,4 9,5 9,7 9,9 10,1 10,3
13 17 10,8 10,9 11,1 11,3 11,5 11,7 11,8 12 12,2
18 22 12,6 12,8 13 13,2 13,4 13,5 13,7 13,9 14,1
23 27 14,5 14,6 14,8 15 15,2 15,4 15,6 15,7 15,9
28 32 16,2 16,4 16,6 16,8 17 17,1 17,3 17,5 17,7
33 37 17,9 18,1 18,3 18,5 18,7 18,9 19 19,2 19,4
38 42 19,6 19,8 20 20,2 20,3 20,5 20,7 20,9 21,1
43 47 21,2 21,4 21,6 21,8 21,9 22,1 22,3 22,5 22,7
48 52 22,8 22,9 23,1 23,3 23,5 23,7 23,8 24 24,2
53 57 24,2 24,4 24,6 24,8 25 25,2 25,3 25,5 25,7
58 62 25,7 25,9 26 26,2 26,4 26,6 26,8 27 27,1
63 67 27,1 27,2 27,4 27,6 27,8 28 28,2 28,3 28,5
68 72 28,4 28,6 28,7 28,9 29,1 29,3 29,5 29,7 29,8
73 77 29,6 29,8 30 30,2 30,4 30,6 30,7 30,9 31,1
78 82 30,9 31 31,2 31,4 31,6 31,8 31,9 32,1 32,3
83 87 32 32,2 32,4 32,6 32,7 32,9 33,1 33,3 33,2
88 92 33,1 33,3 33,5 33,7 33,8 34 34,2 34,4 34,6
93 97 34,1 34,3 34,5 34,7 34,9 35,1 35,2 35,4 35,6
98 102 35,1 35,3 35,5 35,7 35,9 36 36,2 36,4 36,6
103 107 36,1 36,2 36,4 36,6 36,8 37 37,2 37,3 37,5
108 112 36,9 37,1 37,3 37,5 37,7 37,9 38 38,2 38,4
113 117 37,8 37,9 38,1 38,3 39,2 39,4 39,6 39,8 39,2
118 122 38,5 38,7 38,9 39,1 39,4 39,6 39,8 40 40
123 127 39,2 39,4 39,6 39,8 40 40,1 40,3 40,5 40,7
128 132 39,9 40,1 40,2 40,4 40,6 40,8 41 41,2 41,3
133 137 40,5 40,7 40,8 41 41,2 41,4 41,6 41,7 41,9
138 142 41 41,2 41,4 41,6 41,7 41,9 42,1 42,3 42,5
143 147 41,5 41,7 41,9 42 42,2 42,4 42,6 42,8 43
148 152 41,9 42,1 42,3 42,4 42,6 42,8 43 43,2 43,4
153 157 42,3 42,5 42,6 42,8 43 43,2 43,1 43,6 43,7
158 162 42,6 42,8 43 43,1 43,3 43,5 43,7 43,9 44,1
163 167 42,9 43 43,2 43,4 43,6 43,8 44 44,1 44,3
168 172 43,1 43,2 43,4 43,6 43,8 44 44,2 44,3 44,5
173 177 43,2 43,4 43,6 43,8 43,9 44,1 44,3 44,5 44,7
178 182 43,3 43,5 43,7 43,8 44 44,2 44,4 44,6 44,8

39
8.5 Fórmulas de predição de gordura para obesos
HOMENS (24 a 68 anos)
%GC = 0,31457 (CAb) – 0,10969 (P) + 10,8836
MULHERES (20 a 60 anos)
%GC = 0,11077 (CAb) – 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 51,03301

Onde:
CAb: Circunferência abdominal
A: Altura
P: Peso corporal

9 PADRÕES DE REFERÊNCIA PARA CLASSIFICAÇÃO DE PERCENTUAL DE


GORDURA

HOMENS MULHERES

MUITO BAIXO ≤ 5% ≤ 8%

Abaixo da média 6 – 14% 9 – 22%

Média 15% 23%

Acima da média 16 – 24% 24 – 31%

Muito alto ≥ 25% ≥ 32%


Fonte: LOHMAN (1992)

HOMENS MULHERES

Atletas 5 – 13% 12 – 22%

Pessoas ativas 12 – 18% 16 – 25%

Pessoas não ativas 12 – 20% 18 – 32%

Pessoas obesas ≥ 21% ≥ 33%


Fonte: GUEDES, 1990

40
HOMENS MULHERES

Gordura essencial 3 – 5% 3 – 8%

Atletas 5 – 13% 12 – 22%

Aptos fisicamente 12 – 18% 16 – 25%

Saudáveis 10 – 25% 18 – 30%

Obesos > 25% > 30


Fonte: CEDDIA (1990)
Obs: Transcrita de Body composition. A round table. The physician and sports e
medicine

HOMENS MULHERES

Leve 15 – 20% 25 – 30%

Moderada 20 – 25% 30 – 35%

Elevada 25 – 30% 35 – 40%

Mórbida > 30 > 40


Fonte: NIDDK (1993) in Guedes e Guedes (1998)

41
10 COMPOSIÇÃO CORPORAL (SISTEMA CORPÓREO TOTAL)

Peso total = Peso ósseo + Peso gordura + Peso muscular + Peso residual

 Peso ósseo

P.O. = 3,02 x (A2 x U x F x 400)

 Onde: A = altura em metros; U = Diâmetro Biepicondiliano de úmero em


metros; F = diâmetro bicondiliano de fêmur em metros

 Peso residual

P.R. = Peso x 0,24

 Peso gordura

P.G. = % gordura x peso

 Peso muscular

P.M. = Peso – (P.O. + P.R. + P.G.)

42
III. Avaliação clínica e exame físico
1- Objetivos da Avaliação Clínica
PARÂMETRO OBJETIVO
História (anamnese • Obter informações que possam revelar deficiências e interferências na
geral) aquisição, preparo, ingestão e no metabolismo de nutrientes.

• Obter informações sobre perda/ganho de peso não-intencional,


cirurgia ou trauma recente, presença de doenças crônicas, sintomas
gastrintestinais, uso de medicamentos, problemas de mastigação e
deglutição, e outros.
Exame Físico • Identificar sinais de deficiências ou excessos nutricionais, como
desnutrição, obesidade, deficiências vitamínicas, de ácidos graxos
essenciais e outros.

• Determinar a adequacidade dos processos de nutrição, como a


ingestão, a digestão, a absorção e o metabolismo.

1.1- História (Anamnese Geral)


1.1.1- Componentes da anamese geral

COMPONENTES DESCRIÇÃO
Queixa Principal - Citação subjetiva do paciente sobre o problema de saúde,
incluindo início e duração.
Enfermidade Atual - Dados detalhados sobre a queixa principal, relacionados ao
estado nutricional.
- Dor ou desconforto.
- Uso de medicamentos.
- Uso de álcool, nicotina e cafeína.
História Alimentar - Enfermidade, trauma, deformidades físicas e defeitos dentários
que podem interferir com a aquisição, preparo, mastigação ou
deglutição dos alimentos.
- Alergias: meio ambiente, alimentos e medicamentos.
- Distúrbios alimentares.
- Doença crônica ou cirurgia do trato gastrintestinal.
- Abuso de substâncias.
- Suplementação mineral e vitamínica.
- Uso de suplementos alimentares comerciais.
- Uso de suplementos alimentares não-convencionais.
- Preferências e intolerâncias alimentares.
- Influência étnicas, culturais ou religiosas na alimentação.
- Determinação das necessidades de aconselhamento, baseado
no conhecimento de nutrição.
História Familiar - Desordens genéticas e familiares que podem afetar o estado
nutricional: cardiovascular, Crohn, diabetes, distúrbios
gastrintestinais, câncer, anemia falciforme, alergias, intolerâncias
alimentares, obesidade.
História de Medicamentos - Uso recente de esteróides, imunossupressores, quimioterapia,
anticonvulsivantes ou contraceptivos orais.
História Sócio-econômica - Armazenamento, refrigeração e preparo de alimentos.

43
- Tipo de plano de saúde.
- Hábitos de compra e preparo de alimentos.
Fonte: adaptado de Hammond, 1996.

1.2 - Exame Físico

1.2.1 – Técnicas de exame físico relacionado à nutrição


TÉCNICA DESCRIÇÃO
Inspeção - Usa a visão, o olfato e a audição.
- Observação critica da cor, formato, textura e tamanho.
- É a técnica mais frequentemente utilizada.
Palpação - Exame táctil para sentir pulsações e vibrações.
- Avalia as estruturas corporais (incluindo textura, tamanho,
temperatura, consistência e mobilidade).
Percussão - Avaliação de “sons”, para determinar o contorno, formato e posição
dos órgãos.
- Nem sempre pode ser usada no exame físico relacionado à
nutrição.
Ausculta - Ouvir os sons corporais com ou sem o uso de estetoscópio (ex.:
sons do coração e pulmões, intestinais e dos vasos sanguíneos).
Fonte: Hammond, 1996.

1.2.2 – Sinais e sintomas de deficiências nutricionais


a) Examinar tecidos de proliferação rápida, como cabelos, pele, lábios, olhos e línguas.
Esses tecidos são mais prováveis de refletir deficiências nutricionais mais precocemente
que outros.
b) Investigar atrofia da língua, palidez cutânea, dermatite, cicatrização inadequada de
feridas, turgor deficiente da pele.
c) Outros achados físicos relacionados ou associados à doença de base podem confundir a
avaliação.
d) Realizar o exame físico de forma seqüencial e organizada. Ex.: cabeça e pescoço,
sistema cardiopulmonar, gastrintestinal, urinário, músculo-esquelético e neurológico.
e) Considerar que a maior parte dos achados físicos não são específicos para as
deficiências individuais de nutrientes e devem ser integrados com a história e com os dados
antropométricos e laboratoriais.

44
Quadro Resumitivo do Exame Físico Nutricional – Sinais e sintomas de deficiências
nutricionais

NORMAL ACHADOS DEFICIÊNCIA OUTRAS CAUSAS


CLÍNICOS SUSPEITADA
Olhos Brilhantes, Conjuntiva pálida. Ferro Anemias não-nutricionais.
membranas
róseas e úmidas

Cegueira noturna. Vitamina A Hereditariedade e doenças


oculares.
Manchas de Bitot Vitamina A
(manchas
acinzentadas,
brilhantes e
triangular na
conjuntiva).

Xerose (secura Vitamina A Idade, alergias


anormal).
Vermelhidão e Riboflavina,
fissura dos cantos piridoxina.
dos olhos.
Movimento ocular Oftalmoplegia Tiamina e fósforo. Lesão cerebral.
normal ao (paralisia dos
acompanhar músculos
objetos. oculares).

Cabelos Brilhantes, firmes Sinal de bandeira Proteína, vista no Tinturas e outros tratamentos
e difíceis de (despigmentação kwashiorkor e, capilares excessivos.
arrancar. transversa). ocasionalmente,
Arrancável com no marasmo.
facilidade e sem
dor.
Aparência normal Pouco cabelo. Proteína, biotina, Alopécia decorrente da idade,
ou espessa. zinco. quimioterapia ou radiação da
cabeça, desordens endócrinas.

Crescimento Pêlos crespos e Vitamina C.


normal. encravados.
Unhas Uniformes, Listras Proteína.
arredondadas e transversais,
lisas. rugosas.
Coiloníquia Ferro. Considerado normal se somente
(unhas em forma encontrado nas unhas dos pés.
de colher, finas e
côncavas).

45
NORMAL ACHADOS DEFICIÊNCIA OUTRAS CAUSAS
CLÍNICOS SUSPEITADA
Pele Cor uniforme, lisa, Descamação ou Vitamina A, zinco, Excesso de vitamina A.
de aparência seborréia ácidos graxos
saudável. nasolabial. essenciais,
riboflavina,
piridoxina.
Petéqueia, Vitamina C. Distúrbios de coagulação, febre
especialmente severa, picada de inseto.
perifolicular
(manchas
hemorrágicas
pequenas e de Varfarina, Injurla,
cor roxa. trombocitopenia, excesso de
Púrpura Vitamina C, vitamina E.
(hematomas e vitamina K.
sangramento
subcutâneo).
Hiperqueratose Vitamina A,
folicular vitamina C.
(hipertrofia da
epiderme).
Pigmentação Niacina.
(escurecimento) e
descamação das
áreas expostas
ao sol.
Aparência de Proteína. Envelhecimento.
celofane.
Pigmentação Excesso de ingestão de beta-
amarelada, caroteno.
especialmente
nas palmas das
mãos, enquanto a
esclera
permanece
branca.
Edema corporal, Proteína, tiamina. Medicamentos, especialmente
face redonda, esteróides.
edemaciada (face
de lua cheia).
Cicatrização Proteína, vitamina Cuidado deficiente da pele,
deficiente de C, zinco, diabetes.
feridas, úlceras kwashiorkor.
de decúbito.
Palidez. Ferro. Perdas sanguíneas.

46
NORMAL ACHADOS DEFICIÊNCIA OUTRAS CAUSAS
CLÍNICOS SUSPEITADA
Oral Lábios macios, Queilose (lábios Riboflavina, Salivação excessiva, devido à
sem inflamação. secos, com piridoxina, prótese dentária mal fixada.
rachaduras e niacina.
ulcerados).
Estomatite
angular
(inflamação dos
cantos da boca).
Língua vermelha, Papila lingual Riboflavina,
sem edema e atrófica (língua niacina, folato,
com superfície lisa. vitamina B12,
normal. proteína, ferro.
Glossite. Riboflavina,
niacina, folato,
piridoxina,
vitamina B12.
Paladar e olfato Hipogeusia Zinco. Medicamentos, como agentes
normais. (paladar neoplásicos ou sulfoniluréias
diminuído).
Hiposmia (olfato
diminuído)
Gengivas e Esmalte Fluorose (flúor em excesso
dentes normais. manchado.
Esmalte Suspeita de bulimia.
danificado.
Caries, dentes Higiene oral deficiente, doença
ausentes e peridontal.
gengivas
retraídas.
Gengivas Vitamina C.
edemaciadas,
sangrantes e
retraídas.
Neurológicos Estabilidade Demência. Niacina, vitamina
emocional. B12.
Confabulação, Tiamina (psicose Doença ou relacionado à idade.
desorientação. de Korsakoff). Causas mútiplas, como cálcio
sérico aumentado, medicamentos
e toxicidade por alumínio.
Refluxos e Neuropatia Tiamina,
sensações periférica: piridoxina,
normais. fraqueza, vitamina B12.
parestesias Excesso de
(formigamento piridoxina.
dos pés).

47
Ataxia
(coordenação
muscular
deficiente e
reflexos
diminuídos do
tendão).
Tetania. Cálcio, magnésio,
vitamina D.
Outros . Aumento da Proteína, bulimia. Doença da parótida ou do fígado.
parótida, Excesso de vitamina A.
hepatomegalia.
Raquitismo ou Vitamina D.
osteomalácia
(pernas
curvadas).
Fonte: Menissoa, 1997

48
49
1.2.3 Perda de gordura subcutânea

1. O primeiro sinal físico a ser examinado é a perda de massa gordurosa subcutânea.


2. Os pacientes do sexo masculino e aqueles com ingestão calórica deficientes estão
propensos a perder gordura antes da massa muscular.
3. Investigar olhos encovados ou pele flácida ao redor dos olhos e bochechas.
a- Em pacientes com estado nutricional normal, o acúmulo de gordura em baixo dos
olhos parece um edema leve.
b- Em paciente desnutrido pode ser detectado depressão ou, às vezes, uma área
escura abaixo dos olhos. Isso é frequentemente chamado de “olhos fundos”.
4. Examinar as reservas de gordura do braço e classificar subjetivamente o grau de perda.

1.2.4 – Perda de massa muscular

1. Em geral, os grupos musculares das partes superiores do corpo são mais susceptíveis à
perda.
2. Músculos da região das têmporas
a- Para visualizar este músculo, vire a cabeça do paciente para o lado (em alguns casos,
esta região é melhor observada diretamente de frente).
3. Músculo da clavícula
a- Observar a extensão da linha da clavícula. Quando menor a massa muscular, mais
proeminente é o osso.
b- Os homens e mulheres exibem diferença na musculatura nesta região.
4. Músculos dos ombros
a- Posicione os braços do paciente para baixo, ao lado do corpo.
b- Deve ser possível pinçar tecido muscular da junção do ombro.
5. Músculo da escápula
a- Observar se existem depressões ao redor da escápula.
b- Para melhor definir esses grupos musculares, peça ao paciente para empurrar a mão
dele para frente, contra um objeto sólido.
c- O grupo de perda pode variar na localização e profundidade.
6. Músculos das costelas inferiores
a- Observar as depressões entre as costelas, com o paciente pressionando a mão contra
um objeto sólido.
7. Músculos do dorso da mão, entre o polegar e o indicador (músculo interósseo)
a- Para facilitar o exame, peça ao paciente para pressionar as pontas dos dedos polegar e
indicador, um contra o outro. Normalmente, o músculo irá protrair.

50
b- Em casos de perda muscular, esta área pode se apresentar plana ou depressão.
c- A quantidade do tecido muscular desta região apresenta variação entre os sexos. Se
plana, pode ser um sinal de desnutrição em homens, mas não em mulheres.
8. Quadríceps
a- Embora não seja tão sensível quanto os grupos musculares da parte superior do corpo,
esta também pode ser examinado para avaliar a deterioração muscular.
b- Com o paciente em posição sentada, pinçar o quadríceps para diferenciar o tecido
muscular do gorduroso.
9. Músculo da região interna da perna
a- Observar o grau de definhamento destes músculos e se houve perda ao redor do
joelho.
10. Panturrilha
a- Pinçar o músculo da panturrilha para determinar a quantidade de tecido.

1.2.5 – Edema

1. A desnutrição pode aumentar o edema. Portanto, considerar somente aquele que


resulta da desnutrição.
2. De maneira prática, descartar todas as outras causas de edema, antes de associá-lo à
desnutrição.
3. Observar as regiões do tornozelo e do sacro. É principalmente importante examinar a
presença de edema na região sacral em pacientes com atividade física restrita.
4. O tornozelo é o melhor local para identificar edema em um paciente que se movimenta.

O Instrumento para realização de exame físico que avalia perda de gordura


subcutânea, perda de massa muscular pode ser visto abaixo:

51
EXAME FÍSICO
Adaptado do livro Terapia Nutricional Enteral e Parenteral -Manual de Rotina Técnica , 2000.
Paciente: Sexo: Idade: Leito:
Diagnóstico Clínico: Data:
Estado Nutricional Normal Desnutrição Desnutrição grave
leve/moderada
Categoria A B C
1. Perda de gordura subcutânea: Nenhuma perda. Sinais de perda em Perda grande
Olhos encovados (fundos e escuros) ou pele algumas regiões, mas
flácida ao redor dos olhos e bochechas. não em outras.
Reserva de gordura braquial. ( ) ( ) ( )
2. Perda de massa muscular A B C
Músculos Sem evidência de perda. Sinais de perda em Sinais de perda severa
algumas regiões, , mas em todas ou na
não em outras. maioria das regiões.
( ) ( ) ( )
Região das têmporas Músculo aparente através Depressão leve próxima Depressão grande e
das têmporas. Região reta às têmporas. profunda próxima às
e plana. têmporas.
( ) ( ) ( )
Região da clavícula Homens: não é visível. Difícil de distinguir Bastante proeminente.
Mulher: pode ser visível.
( ) ( ) ( )
Região dos ombros. Ombros redondos, Embora os ombros não Ombros quadrados, a
especielmente na junção estejam quadrados, a protrusão do acrômio
entre pescoço e ombro. protrusão do acrômio é bastente evidente.
pode estar evidente.
( ) ( ) ( )
Região da escápula Escápula não proeminente, Os músculos parecem Escapúla visível.
sem depressões ao redor do definhados, podem haver
osso. depressões nas regiões
ao redor do osso.
( ) ( ) ( )
Região da costelas As costelas não aparecem. Estão aparentes, mas as Costelas muito
depressões não estão tão aparentes.
visíveis.
( ) ( ) ( )
Dorso das mãos Mulher: músculo plano Depressão pequena Depressão profunda
Homem: músculo entre polegar e
proeminente. indicador.
( ) ( ) ( )
Quadríceps Aparência normal Pouca redução Reduzido
( ) ( ) significamente.
( )
Região interna da perna Aparência normal ao redor Perda moderada ao redor Ossos do joelho
dos joelhos. dos joelhos. protraídos.
( ) ( ) ( )
Panturrilha Aparência normal. Difícil de detectar. Redução acentuada.
( ) ( ) ( )
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Estado Nutricional Normal Desnutrição leve/moderada Desnutrição grave

52
Categoria A B C
Parâmetros Sem sinais físicos de Perda de peso sem ganho Perda severa de gordura
desnutrição subsequente. Perda leve de subcutânea. Perda de massa
Nenhuma perda significativa gordura subcutânea ou muscular. Presença de edema .
de peso muscular. História clínica de risco
nutricional.

O que deve ser observado

GORDURA DICAS DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO BEM NUTRIDO


SUBCUTÂNEA GRAVE LEVE/
MODERADA
Abaixo dos Olhos Círculos escuros, Protuberância
depressão, “pele levemente
solta”. “almofadada”.
Atenção: cuidado Sentir pouco Tecido adiposo
Tríceps/ Bíceps para não pegar espaço de abudante.
músculo ao gordura entre os
beliscar; dedos ou os
movimente a pele dedos
entre os dedos. praticamente se
tocam.
MASSA MUSCULAR DICAS DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO BEM NUTRIDO
GRAVE LEVE/
MODERADA
Observar em “Buraco”, Depressão leve. É possível observar o
Têmporas linha reta, olhar depressão. músculo bem definido.
dos dois lados.
Observar se osso Osso Osso levemente Em homens não está
está proeminente. protuberante/ saltado. visível; em mulheres
Clavícula proeminente/ pode estar visível, mas
saltado. não está proeminente.
Observar com os Junção do braço Acrômio está Redondo, forma de
braços soltos ao com o ombro tem levemente curva na junção do
Ombros lado do corpo, forma quadrada, proeminente. ombro com o pescoço e
procurar por com ossos do ombro com o braço.
ossos proeminentes.
proeminentes.
Procurar por Osso Depressões leves Ossos não
ossos proeminente, ou ossos proeminentes, sem
Escápula proeminentes, o visível; depressão levemente depressões
paciente deve entre as costelas, proeminentes. significantes.
estar com o braço no ombro e
esticado para escápula ou na
frente e a mão coluna vertebral.
encosta numa
superfície solida.
Observar no Área entre o dedo Com pequena Músculo proeminente
Músculo entre os Ossos dorso da mão indicador e depressão ou pode estar levemente
com o indicador polegar achatada levemente achatado.
unido com o ou com achatada.
polegar. depressão.

53
MASSA MUSCULAR DICAS DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO BEM NUTRIDO
GRAVE LEVE/
MODERADA
Joelho na Parte Inferior do Paciente deve Ossos Músculos
Corpo e Menos Sensível estar sentado proeminentes. proeminentes, ossos
as Alterações Nutricionais com a perna não proeminentes.
apoiada em um
degrau.
Não é tão Interno da coxa Interno da coxa Sem depressão.
Quadríceps sensível as com depressão. apresenta leve
alterações quanto depressão.
a parte superior
do corpo.
EDEMA/ ASCITE DICAS DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO BEM NUTRIDO
GRAVE LEVE/
MODERADA
Tentar Identificar Outras Em pacientes Inchaço aparente, Inchaço leve a Sem sinais de retenção
Causas não Relacionadas com mobilidade, significante. moderado. de líquidos.
com a Desnutrição observar o
tornozelo e
aqueles com
atividade muito
leve observar o
sacro.

CLASSIFICAÇÃO

– O EXAME FÍSICO não é um sistema numérico de classificação. Portanto, é inapropriado


somar os números dos resultados A, B ou C para chegar à classificação final. È preciso
examinar as respostas para ter uma percepção global do estado nutricional do paciente. Se
houver mais respostas do lado direito (mais B e C), é provável que o paciente esteja
desnutrido. Este exame pode ser utilizado como método de rastreamento nutricional.

- Se houver ganho de peso recente e melhora em outros indicadores, como no apetite, o


paciente pode ser classificado na categoria A, mesmo que tenha havido perda prévia e
ainda aparente de gordura e músculo.

- Os pacientes obesos, por outro lado, podem entrar na categoria de desnutrição moderada
(B) ou grave (C), baseando-se em uma história clínica e sinais de perda muscular.

- Os pacientes com aparência normal podem ser colocados na categoria de desnutrição leve
ou moderada, devido á uma história clínica ruim.

- A desnutrição leve/ moderada é a mais ambígua de todas. Esses pacientes podem


apresentar respostas em todas as três categorias. Em geral, se a classificação de

54
desnutrição grave (C) ou normal (A) não é claramente indicada, o resultado é desnutrição
leve/ moderada (B).

**Classificação do Estado Nutricional a Partir do EXAME FÍSICO

ESTADO NORMAL DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO


NUTRIONAL LEVE/MODERADA GRAVE
Categoria A B C

Parâmetros - Sem sinais físicos de - Perda de peso de 5 a - Perda severa de


desnutrição. 10%, com nenhum ganho gordura subcutânea.
- Nenhuma perda subseqüente. - Perda de massa
significativa de peso. - Perda leve de gordura muscular.
- Nenhuma dificuldade subcutânea ou muscular. - Presença de edema.
com a alimentação. - Incapacidade funcional - História clínica de risco
-Nenhuma incapacidade ou não. nutricional.
funcional relacionada à - Com ou sem sintomas
nutrição. gastrintestinais.
-Nenhum sintoma
gastrintestinal de risco
nutricional.

2 – Instrumento de rastreamento nutricional

* Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG)

1- Procedimento

1.1- Realizar a entrevista com o paciente e/ou responsável, ou revisar o prontuário, e


preencher as informações na fixa de Avaliação Nutricional (ver modelos em Anexo).

1.2- No caso de criança ou paciente em estado crítico, incapaz de fornecer a sua história,
contactar os membros da família ou outras pessoas relacionadas.

1.3- Classificar cada parâmetro da história e do exame físico A, B ou C.

2- Como realizar a Avaliação Subjetiva Global

2.1- 1º Bloco: Perda de peso

1. Classificar o paciente baseado na porcentagem de mudança de peso nos últimos seis


meses (pode ser confirmado com uma balança).
2. Calcular a perda de peso nas últimas duas semanas.
3. Para pacientes obesos, seguir os mesmos guias.
4. A redução de peso não irá afetar significadamente o resultado final se não existem

55
sinais físicos ou outros fatores de risco nutricional. Considerar significativo se a perda
de peso devido à restrição alimentar estiver associada a outros sinais de risco.
5. O padrão de perda (flutuante, rápido, contínuo) é muito importante e deve ser avaliado
como parte do parâmetro de mudanças de peso.
6. O acúmulo ou perda de líquido não deve ser considerado como mudança real no peso
corporal.
**Classificação do Estado Nutricional a partir da Mudança de Peso nos Últimos Seis Meses

ESTADO NORMAL DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO


NUTRIONAL LEVE/MODERADA GRAVE
Categoria A B C
(perda de peso
(perda de peso não potencialmente (perda de peso
significativa) significativa) significativa)
Parâmetros - Perda < 5%. - Perda de 5 a 10%. - Perda > 10%.
- Perda > 10% nos - Declínio de rápido peso e - Declínio grande, rápido
últimos 6 meses, porém >10%, porém com e contínuo,
com ganho durante o recuperação evidente. principalmente no mês
último mês. anterior, e sem sinais de
recuperação.

2.2 Bloco 2: Ingestão Alimentar

1. Classificar se a ingestão mudou ou não, e qual a severidade e duração da mudança.


2. Se a mudança foi recente, anotar na ficha para investigar na próxima visita.
3. Quanto mais severa a redução, ou quanto mais longa a duração do declínio da
ingestão, mais próximo da desnutrição grave o paciente deve ser classificado.
4. Perguntar ao paciente se ele está seguindo alguma nova dieta. Em caso positivo, esta
deve ser avaliada para assegurar que as necessidades nutricionais estão sendo
alcançadas. O consumo de dietas hipocalóricas durante algumas semanas coloca o
paciente em risco de desnutrição.

**Classificação do Estado Nutricional a Partir da Ingestão Alimentar

ESTADO NORMAL DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO


NUTRIONAL LEVE/MODERADA GRAVE
Categoria A B C

Parâmetros - Ingestão alimentar - Redução moderada na - Redução severa na


boa. ingestão, sem melhora ingestão e em declínio.
- Melhorando a aparente. - Jejum ou ingestão de
ingestão. - Consumo de dieta líquidos hipocalóricos.
líquida exclusiva.

56
2.3 Bloco 3: Sintomas Gastrintestinais

1. “Persistentes”: sintomas diários por mais que duas semanas, como náuseas, vômitos,
diarreia e anorexia.
**Classificação do Estado Nutricional a Partir dos Sintomas Gastrintestinais

ESTADO NORMAL DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO


NUTRIONAL LEVE/MODERADA GRAVE
Categoria A B C

Parâmetros - Sem sintomas. - Sintomas persistentes, - Sintomas persistentes


- Sintomas de curto prazo porém moderados em sua e graves.
(<2 semanas) ou gravidade.
intermitentes.

2.4 Bloco 4: Capacidade Funcional

1. É a avaliação do grau de capacidade de realizar atividades de rotina. Por exemplo, a


dificuldade que um paciente tem de ser levantar de uma posição sentada, o cansaço ao
realizar pequenas tarefas, ou a mudança substancial da capacidade de executar
exercícios físicos.
2. É definida como perda de função devido à redução significativa da massa muscular,
podendo indicar desnutrição grave ou moderada.
3. A incapacidade ou debilidade funcional a ser observada é aquela clinicamente óbvia e
que ocorreu durante o mesmo período de tempo que a perda de peso corporal.
4. A força muscular pode ser avaliada solicitando que o paciente aperte fortemente os
dedos indicador e médio do examinador durante, pelo menos, 10 segundos
5. Para avaliar a função dos músculos respiratórios, solicitar que o paciente coloque na
boca uma tira de papel de 10 cm e assopre. Em condições normais, a tira é assoprada
para longe> em condição de debilidade extrema, a tira não se move
6. Classificar o paciente quanto à mudanças nas atividades funcionais durante as últimas
duas semanas.
7. Não considerar outras causas de incapacidade funcional como evidência de
desnutrição. Por exemplo: um paciente diabético, cujo os dedos foram amputados, ou
um outro com artrite e degradação grave das articulações. Nenhuma dessas
incapacidades deve afetar a classificação do SGA, pois não estão relacionadas à
desnutrição.

57
**Classificação do Estado Nutricional a Partir da Capacidade Funcional

ESTADO NORMAL DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO


NUTRIONAL LEVE/MODERADA GRAVE
Categoria A B C

Parâmetros - Sem limitações. - Atividades restritas - Deterioração grande


- Melhora nas atividades devido à fadiga e (ex.: acamado) das
funcionais. fraqueza. atividades funcionais.

2.5 Bloco 5: Exame Físico (ver ítens 1.2.3, 1.2.4 e 1.2.5)

2.6 - Classificação Final

2.6.1 – Somar os pontos de cada bloco e classificar de acordo com a pontuação abaixo:

- Bem nutrido < 17 pontos


- D. moderado entre 17 e 22 pontos
- D. grave > 22 pontos

58
V. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA

 Resolução do CFN 306/2003:


 Art 1º Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais
na área de nutrição clínica;
 Art 2º O nutricionista, ao solicitar exames bioquímicos, deve avaliar
adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta,
estando ciente de sua responsabilidade frente aos questionamentos
técnicos decorrentes;

1) EXAMES BIOQUÍMICOS QUE PODEM SER SOLICITADOS PELO NUTRICIONISTA:

♦ Hemograma Completo

♦ Ferro serico

♦ Transferrina

♦ Ferritina

♦ Vitamina B12

♦ Proteinograma

♦ Lipidograma

♦ Dosagem de eletrólitos

♦ Uréia e Creatinina

♦ Ácido úrico

♦ Amilase

♦ Lípase

♦ Transaminases

♦ Glicemia

59
2) MARCADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

HEMOGRAMA COMPLETO

Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados


Eritrograma – Série vermelha
Hemácias Homens: 4,3 – 5,7 Valores abaixo do normal podem indicar anemias
3
milhões/mm carenciais devido à baixa ingestão de ferro, vitamina
Mulheres: 3,9 – 5,0 B12 e ácido fólico, perdas crônicas (parasitose como
3
milhões/mm ancilostomíase e estrongiloidíase), sangramentos do
tubo digestivo, genitourinárias, distúrbios na
menstruação, pólipos, hemorróidas, inflamações no
intestino e outras patologias que na fase aguda
apresentam sangramentos.
Hemoglobina Homens: 13,5 – 17,5g/dL Valores abaixo do intervalo indicam hipocromia,
Pigmento encontrado Mulheres: 12 – 15,5g/dL deficiências crônicas de ferro e posteriormente
nas hemácias podem levar a microcitose (redução no tamanho das
Proteína trasportadora hemácias com concentração de hemoglobinas)
de oxigênio
Hematócrito Homens: 39 – 50% Na anemia esses valores podem estar reduzidos e
% entre o volume de Mulheres: 35 – 45% aumentados na poliglobulina. Têm correlação com
eritrócitos e o volume hemodiluição
do plasma
Volume corpuscular Homens: 81 – 95fL Valores reduzidos caracterizam a microcitose e
Médio – VCM Mulheres: 82 – 98fL estão associados com anemias por deficiência de
Média do tamanho dos ferro, traço talassêmico, anemia renal crônica ou
eritrócitos anemia de doenças crônicas. Valores aumentados
caracterizam a macrocitose e ocorrem na
deficiência por vitamina B12 ou folato e em defeitos
genéticos na síntese de DNA. Quando ocorre
anemia (hematócrito e hemoglobina baixos) e o VCM
estiver dentro do intervalo, pode sugerir anemia
hemolítica, anemia pós-hemorragia ou diminuição da
produção de eritropoietina (doenças renais,
hepáticas, desnutrição e deficiências endócrinas.
Pode ainda existir anisocitose (tamanho celulares
diferentes).
Hemoglobina Homens: 26 – 34pg Valores reduzidos podem refletir anemias. Valores
corpuscular média – Mulheres: 26 – 34 pg altos nas anemias hemolíticas ou carenciais após
HCM consumo de ferro. Valores reduzidos nas anemias
Quantidade de aplásicas mesmo com valores de ferro normais. As
hemoglobina nas anormalidades apresentam as mesmas
hemácias características do VCM
Concentração de Homens: 31 – 36g/dL Valores diminuídos caracterizam a hipocromia
hemoglobina celular Mulheres: 31 – 36g/dL (diminuição na coloração das hemácias por redução
média – CHCM da hemoglobina) associados à deficiência de ferro e
Concentração de traço talassêmico e redução da transferrina. Valores
hemoglobina presente aumentados caracterizam a hipercromia
em 100ml de
hemácias

60
Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados
RDW – red cell Homens: 11,8 – 15,6% Valores aumentados são considerados o melhor
distribution width Mulheres: 11,9 – 15,5% índice discriminador de anemia ferropriva, o que é
Indicador da variação explicado pela coexistência de eritrócitos no sangue
de tamanho das periférico causando mistura de células normocíticas
hemácias (anisocitose) e progressivamente microcíticas
Leucograma – Série branca
3
Leucócitos 4.500 a 13.000mm Valores aumentados (leucocitose) indicam
infecção, neoplasia e estresse. Geralmente ocorre
em estresse orgânico com liberação de cortisol
(infecções agudas causadas por bactérias, pós-
operatórios, processos inflamatórios ou neoplásicos,
uso de corticosteróides, septicemia, leucemias).
Valores diminuídos (leucopenia) estão associados
com desnutrição protéico-calórica, infecção
generalizada, uso de medicamentos como
antiinflamatório, quimio e radioterapia e doenças
auto-imunes. Podem ser padrão transitório como na
dengue e leishmaniose visceral. Também podem
assumir padrão definitivo nas intoxicações por
benzeno, xilol, solventes químicos, ou na aplasia
medular.
Neutrófilos 40 – 69% Valores aumentados (neutrofilia) estão associados
com distúrbios metabólicos (cetoacidose, uremia,
necrose), trauma, estresse, infecções purulentas
(bacterianas e fúngicas), uso de corticosteróides ou
presença de fatores de crescimento de granulócitos,
doenças mieloproliferativas crônicas e leucemia.
Valores reduzidos (neutropenia) ocorrem na
desnutrição protéico-calórica, neutropenia crônica
idiopática, anemia aplástica (aplasia de medula
óssea, quimioterapia e radioterapia, infecção
generalizada, e uso de alguns medicamentos
Eosinófilos 0 – 5% Valores aumentados (eosinofilia) ocorrem nas
infestações parasitárias, doenças alérgicas,
eczemas, leucemia ou doença auto-imune, alguns
medicamentos. Valores reduzidos (eosinopenias)
ocorrem no estresse, uso de corticosteróides e
síndrome de cushing
Basófilos 0 – 1% Valores aumentados (basofilia) estão presentes
nas doenças mieloproliferativas
Linfócitos 25 – 45% Valores aumentados (linfocitose) nas infecções
virais (mononucleose infecciosa, citomegalovirose,
hepatite, rubéola, coqueluche, toxoplasmose e
leucemia linfocítica crônica. Valores reduzidos
(linfocitopenia) estão presentes na desnutrição
crônica, infecções por HIV, uso de corticoesteróides,
quimioterapia e radioterapia
Contagem total de D. leve: de 1.200 a Indicador de estado nutricional. Valores
3
linfócitos – CLT 2.000/mm diminuídos estão relacionados com doenças
CTL = %linfócitos x D. moderada: de 800 a relacionadas à deficiência do sistema imunológico e
3
leucócitos 1.199/mm uso de corticosteróides.
3
100 D. grave: < 800/mm
Monócitos 2 – 10% Valores aumentados (monocitose) estão presentes
nas infecções crônicas (endocardite, tuberculose),
algumas leucemias mielóides agudas e síndromes
mielodisplásicas. Valores reduzidos
(monocitopenia) estão presentes nas tricoleucemia.

61
Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados
OUTROS
3
Plaquetas 150.000 a 450.000/mm Valores diminuídos (trombocitopenia) pode ser
(trombócitos) consequência da redução de produção de plaquetas,
de aumento de sua utilização ou destruição ou de
hiperesplenismo. Podem ter causas hereditárias
(síndrome de Bernard – Soulier) ou adquiridos
(púrpura trombocitopênica imune – PTI, anemia
megaloblástica, leucemias agudas, nas síndromes
mielodisplásica, e após quimioterapia e radioterapia.
Valores aumentados (trombocitose) ocorrem em
doenças mieloproliferativas (leucemia mielóide,
trombocitemia essencial, inflamatória ou maligna,
hemorragia, anemia ferropriva, inflamação ou
esplenectomia.

PROTEÍNAS VISCERAIS E SOMÁTICAS

Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados


Proteínas totais e frações
Proteínas totais 6,4 – 8,3g/dL
Albumina Crianças: Indicador de estado nutricional:
2,9 – 5,5g/dL D. leve: 3 a 3,5g/dL
Adultos D. moderada: 2,4 a 2,9g/dL
Normal: > 3,5g/dL D. grave: < 2,4g/dL
Obs: É um índice pouco sensível as rápidas
variações do estado nutricional. O intervalo de tempo
para dosagem deve ser no mínimo 20 dias.
Pode estar reduzida nas doenças hepáticas e na
presença de inflamação e infecção. Valores abaixo
de 2g/dl estão associados a edema
Pré-albumina 19 a 38mg/dL D. leve: de 10 a 15mg/dL
D. moderada: de 5 a 10mg/dL
D. grave: de 0 a 5mg/dL
Obs: sensível na identificação da restrição protéico
ou energética.
Globulina 1,7 a 3,5g/dL
Outros
Proteína Valores no soro: 30 a Está diminuída na deficiência de vitamina A e de zinco.
transportadora de 60mg/L Ocorre redução após 48 a 72h após o inicio da desnutrição
retinol – RBP Valores na urina: até calórico-protéica.
0,4mg/L
Transferrina Adultos: 250 a 425mg/dL Proteína transportadora de ferro plasmático
Crianças: 203 a D. leve: 150 a 200mg/dL
360mg/dL D. moderada: 100 a 150mg/dL
Recém – nascidos: 130 a D. grave: < 100mg/dL
275mg/dL Saturação de transferrina (%): Ferro sérico x 100
Saturação de CTFL*
transferrina: valores abaixo de 15% para mulheres e 10% para
Homens: 10 a 50% homens podem indicar deficiência nos estoques de
Mulheres: 15 a 50% ferro. Valores acima de 50% indicam sobrecarga de
ferro
*Capacidade total de ligação do ferro

62
Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados
Ferritina Homens: 36 a 262 Proteína de reserva de ferro. Sua dosagem é o
mcg/dL melhor indicador de quantidade de ferro armazenada
Mulheres: 24 a 155 no organismo. Origina o diagnóstico diferencial entre
mcg/dL anemias hipocrômicas e microcíticas por deficiência
Recém – nascidos: 25 a de ferro de anemias por outras etiologias.
200mcg/dL Obs: eleva-se em resposta aos processos
Até 1 mês: 200 a inflamatórios, infecciosos ou traumáticos.
600mcg/dL Os níveis acima do normal podem indicar: doença
De 2 a 5 meses: 50 a hepática alcoólica, hemocromatose, anemia
200mcg/dL hemolítica, linfoma de Hodgkin, anemia
De 6 meses a 15 anos: 10 megaloblástica.
a 150mcg/dL Os níveis inferiores ao normal podem indicar:
sangramento gastrointestinal crônico, sangramento
menstrual intenso, anemia por deficiência de ferro
Índice creatinina e > 80% D. leve: 60 – 80%
altura D. moderada: 40 – 60%
ICA (%)= __Excreção D. grave: < 40%
creatinina na urina
24h_ x 100
Excreção de
creatinina ideal na
urina 24hs

63
FIGURAS

CIRCUNFERÊNCIAS

Fig C1. CIRCUNFERÊNCIA DO PUNHO (CP)

Fig C2. CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)

64
Fig C3. CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL (CQ)

Fig C4. CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL (CAb)

65
Fig C5. CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (CC)

Fig C6. CIRCUNFERÊNCIA DA COXA PROXIMAL (CCx)

66
Fig C7. CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CPant)

67
DOBRAS CUTÂNEAS

Fig D1. DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL (DCT)

Fig D2. DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL (DCB)

68
Fig D3. DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE)

Fig D4. DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA (DCSI)

69
Fig D5. DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA (DCAx)

Fig D6. DOBRA CUTÂNEA PEITORAL OU TORÁCICA (DCPt)

Fig D6.1 HOMENS

70
Fig D6.2 MULHERES

Fig D7. DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL (DCAb)

71
Fig D8. DOBRA CUTÂNEA COXA (DCCx)

Fig D9. DOBRA CUTÂNEA PANTURRILHA (DCPant)

72

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