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Estudos Culturais
e seu legado Te�rico.
Sim, consiste num projeto aberto ao desconhecido, ao que n�o se consegue ainda
nomear.
N�o podia ser mais diferente do que isso. E quando, eventualmente, na d�cada de 70,
os estudos culturais brit�nicos avan�aram-- de formas muitos distintas, convenhamos
-- dentro da problem�tica do marxismo, deveria entender-se o tempo "problem�tica"
num sentido genu�no, n�o apenas num sentido formalista-te�rico: como problema,
incidindo tanto sobre a luta contra constragiemntos e limites daquele modelo quanto
sobre as quest�es necess�rias que o marxismo nos exigia responder.
2 -Segundo, a expans�o radical da no��o de poder, que at� tinha sido fortemente
desenvolvida dentro do arcabou�o da no��o de publico, do dominio publico, com o
resultado de que o termo poder -- t�o central para a problem�tica anterior da
hegemonia -- n�o p�de ser utulizado da mesma maneira.
De novo, n�o h� aqui espa�o para fazer mais doq ue elencar os progressos te�ricos
decorrentes dos encontros com trabalho estruturalista, semi�tico e p�-
estruturalista; a import�ncia crucial da linguagem e da met�fora linguistica para
qualquer estudo da cultura; a expans�o da no��o do texto e da textualidade, quer
como fonte de significado, quer como aquilo que escapa e adia o significado; o
reconhecimento da heterogeneidade e da multiplicadade dos significados, do esfor�o
envolvido no encerramento arbitr�rio da semiose infinita para al�m do significado;
o reconhecimento da textualidade e do poder cultural, da pr�pria representa��o,
como local de poder e de regulamenta��o; do simb�lico como fonte de identidade. S�o
enormes os avan�os te�ricos, apesar de que, claro, sempre se atentara �s quest�es
de linguagem(muito antes da revolu��o da semi�tica, o trabalho de Raymond Williams
desempenhou aqui um papel central_.
Isto �, a menos que at� que se respeite o deslocamento necess�rio da cultura, sem
toda via deixar de nos irritarmos com o seu fracasso em reconciliar-se com outras
quest�es importante com outras quest�o que n�o podem nem nunca poder�o ser
inteiramente abrangidas pela textualdiade cr�tica nas suas elabora��es, os estudos
culturais como projeto, como inven��o, constinua��o incompletos. Se voc� perder
contato com a tens�o, poder� produzir �timo trabalho intelectual, mas ter� perdida
a pr�tica intelectual como politica.