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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA


ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E
DESPORTIVA

NATÁLIA CRISTINA AZEVEDO QUEIROZ

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE


INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO
EM INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL

Goiânia
2012
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E
DESPORTIVA

NATÁLIA CRISTINA AZEVEDO QUEIROZ

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE


INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO
EM INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL

Artigo apresentado ao curso de Especialização em


Fisioterapia Traumato-ortopédica e Desportiva do
Centro de Estudos Avançados e Formação
Integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás.
Orientador: Prof. Ms. Rodrigo da Silveira Campos

Goiânia
2012
RESUMO
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FUNCIONAL DO TORNOZELO DE
INDIVÍDUOS ACOMETIDOS PELA ENTORSE DE TORNOZELO EM
INVERSÃO – ESTUDO TRANSVERSAL

Natália Cristina Azevedo Queiroz; Rodrigo da Silveira Campos

Introdução: A entorse de tornozelo é considerada a lesão mais comum na prática


esportiva. Dentre todas as lesões do sistema músculo-esquelético que acometem atletas,
de 10% a 30% se localiza no tornozelo e, destas, 25% são caracterizadas como entorse.
Objetivo: Avaliar a condição funcional do tornozelo de indivíduos acometidos pela
entorse de tornozelo em inversão se existe a influência da lateralidade na entorse,
causa do trauma, o tempo de ocorrência da lesão e se existe prevalência de sinais e
sintomas mesmo após certo tempo de lesão. Métodos: A pesquisa foi realizada na
Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO, na cidade de Goiânia – GO,
através de um estudo epidemiológico, analítico, transversal e quantitativo, com a
aplicação de dois questionários: o Foot and Ankle Outocome Score (FAOS), traduzido
e validado para a língua portuguesa por Imoto et al. (2008) para avaliar os sinais e
sintomas do tornozelo/pé, e um questionário complementar. Resultados: Verificou-se
uma amostra de 46 participantes, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 28 anos, que
apresentaram persistência dos sinais e sintomas mesmo após certo tempo da lesão. Os
resultados foram obtidos e analisados em forma de tabelas, apresentando diferenças
significativas entre as características analisadas (p<0,05). Conclusão: Conclui-se
através deste estudo, que existe relação entre a lateralidade e o número de entorses, e
que a prevalência dos sinais e sintomas mesmo após um tempo de lesão, influência no
desempenho durante a prática esportiva diminuindo sua qualidade de vida.

Palavras – chave: Entorse; Epidemiologia; Questionário.


INTRODUÇÃO

O pé e o tornozelo associam flexibilidade com estabilidade devido à grande


quantidade de estrutura óssea, fixações ligamentares e musculares. A perna, o tornozelo
e o pé apresentam duas funções principais, quais sejam propulsão e suporte. Para a
propulsão, eles agem como uma estrutura flexível que se molda às irregularidades do
terreno. Para o suporte, eles agem como uma estrutura rígida que promove a sustentação
do peso15.
As articulações do tornozelo e do pé incorporam as seguintes funções: a)
fornecem uma base estável para a posição ereta; b) fornecem uma alavanca rígida, na
fase do impulso da marcha; c) absorvem as cargas; d) adaptam-se as irregularidades do
solo; e) transforma a torção através da articulação inferior e da pelve; f) substituem a
função das mãos em indivíduos com amputações ou paralisia muscular dos membros
superiores6.
A entorse de tornozelo é uma lesão ligamentar aguda decorrente de estresse
aplicado em uma articulação que resulta em ruptura parcial ou total dos tecidos moles,
incluindo cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. É, portanto, lesão do
sistema músculo-esquelético e que, por dada característica, acomete mais
freqüentemente atletas. Entretanto, variações anatômicas, utilização de calçados
inadequados, desequilíbrios posturais, podem predispor os indivíduos19. Ademais, a
lesão objeto deste estudo pode levar ao desenvolvimento de um problema crônico, qual
seja a instabilidade articular.
Em estudo acerca da instabilidade funcional do tornozelo, os fisioterapeutas
Zampieri e Almeida lançaram dados estatísticos sobre a entorse do tornozelo, nos
termos em que se segue:

“O entorse de tornozelo é considerado a lesão mais comum na prática


esportiva. Dentre todas as lesões do sistema músculo-esquelético que
acometem atletas, de 10% a 30% se localizam no tornozelo e, destas, 25%
são caracterizadas como entorse. Bailarinos, jogadores de basquete,
jogadores de futebol e corredores são as principais vítimas desse trauma.
Cerca de 40% dos indivíduos que sofrem esse trauma passam a apresentar
instabilidade articular. Essa instabilidade articular pode, a longo prazo,
ocasionar processos degenerativos no tornozelo”22.
A instabilidade crônica do tornozelo é a mais comum inabilidade residual, que
pode ser do tipo funcional ou do tipo mecânica5. A instabilidade crônica funcional é
definida como entorses recidivantes ou sensações constantes de falseio do tornozelo e
não possui causa clara, sendo a propriocepção reduzida uma das causas mais apontadas.
Por sua vez, a instabilidade crônica mecânica caracteriza-se por hipermobilidade
articular devido à falta das estruturas estabilizadoras do tornozelo22.
As lesões do tornozelo e do pé alteram a mecânica corporal, incluindo a marcha
e as funções desempenhadas por este complexo. As articulações, então, ao sofrerem
estresse, assumem adaptações diferentes, que propiciam o desenvolvimento de diversas
patologias, sendo a mais freqüente, as entorses recorrentes. Existem duas teorias que
tentam explicar esta ocorrência: 1) Os ligamentos encontram-se mais fracos, e perdem a
capacidade de estabilizar a articulação, e as respostas proprioceptivas encontram-se
mais lentas, dificultando a ação muscular mais rápida e vigorosa, quando solicitado; 2)
existe uma diminuição da resposta proprioceptiva nas estruturas lesionadas19.
Diante disso, o objetivo deste estudo foi descrever as condições funcionais do
tornozelo de indivíduos acometidos pela entorse em inversão desta articulação, traçando
características físicas e funcionais através de um questionário traduzido e validado Foot
and Ankle Outcome Score (FAOS) e outro complementar.
O questionário FAOS permite uma avaliação simples e segura da dor e outros
sintomas, atividades da vida diária (AVD’s), esportes e recreações e qualidade de vida
em relação ao tornozelo e pé dos pacientes com instabilidade lateral do tornozelo,
tendinite do tendão de Aquiles e fasceíte plantar10. Contudo, foi desenvolvido para
avaliar a opinião de pacientes que sofreram diferentes traumas nestas articulações,
podendo ser incorporado pelo fisioterapeuta para a avaliação e reavaliação do
tratamento diminuindo os gastos com estes indivíduos.
Atualmente, as lesões desportivas (LD) têm extrapolado o âmbito das ciências
do esporte, configurando-se também, devido a sua magnitude, transcendência e
vulnerabilidade, como problema de saúde pública. Nesse sentido, considera-se
surpreendente a baixa quantidade de informações disponíveis acerca da freqüência das
lesões e de outros efeitos adversos da atividade física (AF), entre a população em geral7.
A partir disto, o trabalho que se segue encontrou resultados significativos em
relação à qualidade de vida e a presença de sinais e sintomas durante a prática esportiva
dos indivíduos que sofreram entorse de tornozelo em inversão e enfatizou a existência
de algumas características que influenciam no surgimento desta patologia e corrobora
para sua piora, sendo importante avaliar estas características, na medida em que
buscamos tratamentos mais eficientes influenciando de maneira positiva na qualidade de
vida destes indivíduos.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico, transversal e quantitativo.

CUIDADOS ÉTICOS

Os preceitos ético-legais de respeito e segurança pessoal do indivíduo foram


considerados conforme rege a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde
10/10/1996 (Brasil, 2010), que trata das recomendações éticas quando da realização de
pesquisa que envolva seres humanos. Foi aprovado pelo Cômite de Ética e Pesquisa do
Hospital de Doenças Tropicais (HDT) com número: 021/2010.

AMOSTRA/POPULAÇÃO

Para o desenvolvimento desse estudo, foi utilizada uma amostra de quarenta e


seis (46) indivíduos, sendo 22 do gênero feminino e 24 do gênero masculino, com a
idade entre 18 e 28 anos, acadêmicos dos cursos de fisioterapia e educação física da
Universidade Estadual de Goiás - UEG, unidade ESEFFEGO, situada no município de
Goiânia – GO, que tinham diagnóstico de entorse de tornozelo em inversão.
Este estudo foi feito nesta instituição por apresentar indivíduos que já sofreram
lesão na região lateral do tornozelo que influenciava no seu desempenho durante a
prática de atividades físicas ou até em repouso.
A pesquisa é relevante, pois poderá auxiliar na identificação dos sinais e
sintomas deste tipo de patologia, e proporcionar uma avaliação da funcionalidade da
articulação mais eficiente, direcionando a atuação do profissional fisioterapeuta de
acordo com a necessidade do paciente.
Os participantes foram, no ato do convite à participação da pesquisa, orientados
quanto a todos os procedimentos da pesquisa pelo Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Consideramos que esta pesquisa não oferece desconforto para os sujeitos
envolvidos no que se refere à lesão física ou moral, relacionados aos procedimentos da
pesquisa. Os sujeitos não arcaram com nenhum custo decorrente de sua participação na
pesquisa, e também não receberam qualquer reembolso ou gratificação devido à sua
participação na mesma.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

São critérios de inclusão: indivíduos alfabetizados, praticantes ou não de


atividade física, com faixa etária compreendida entre 18 e 28 anos de idade, com
diagnóstico clínico de entorse de tornozelo em inversão, ausência de fratura associada
e com cognição normal para compreensão do questionário.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos do estudo: indivíduos que apresentarem patologias


osteomusculares ou nervosas que se relacionem com a porção a ser avaliada ou alguma
lesão do tornozelo/ pé já diagnosticada.

INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os instrumentos utilizados no trabalho foram: um questionário complementar


elaborado pelos pesquisadores (ANEXO I); e o questionário Foot and Ankle Outcome
Score (FAOS) validado para língua portuguesa por Imoto et al.10 que faz uma
porcentagem das respostas (ANEXO II).

PROCEDIMENTOS

Os questionários foram aplicados aos alunos do curso de fisioterapia e


educação física da Universidade Estadual de Goiás – UEG, unidade ESEFFEGO, que
apresentaram o diagnóstico de lesão ligamentar lateral do tornozelo, o que permitiu a
realização de tal estudo, com uma amostra de 46 participantes.
O questionário complementar (ANEXO I) foi desenvolvido pela pesquisadora do
presente estudo com o objetivo de descrever as condições funcionais do tornozelo de
indivíduos que sofreram entorse de tornozelo em inversão dentro da população
estudada, contendo questões relativas à identificação dos participantes, como idade,
gênero, IMC, qual o membro dominante, quantas entorses em inversão já apresentou,
qual o membro inferior afetado, grau da lesão, causa do trauma, entre outras questões
pertinentes para a realização do estudo.
Os indivíduos foram submetidos à aplicação do questionário FAOS (Foot and
Ankle Outcome Score) traduzido e validado para língua portuguesa por Imoto12, no qual
cada item apresenta um valor que deve ser analisado de acordo com o escore (ANEXO
II). Este questionário foi desenvolvido para avaliar a opinião dos pacientes em relação a
problemas relacionados ao tornozelo e pé. É composto por cinco subescalas: dor, outros
sintomas, atividades de vida diária, esportes e recreações funcionais e qualidade de vida
em relação ao pé e tornozelo. As opções padrão são dadas e cada questão tem uma
pontuação de 0 a 4. Uma pontuação normal é calculada para cada subescala (100 indica
sem sinais e sintomas e 0 indica sinais e sintomas extremos).
Os questionários foram aplicados pela pesquisadora no mesmo dia da
abordagem dos indivíduos. A abordagem foi feita através de pesquisa realizada nas
salas de aula e os alunos foram perguntados se já haviam sofrido este trauma e tinham o
diagnóstico de lesão no complexo lateral do tornozelo. Estes responderam aos dois
questionários no mesmo dia. Após o preenchimento a pesquisadora certificou-se da
presença das anotações necessárias.
Após serem aplicados, todos os questionários foram submetidos a uma análise
estatística para a quantificação dos dados obtidos através da pesquisa.
Os questionários foram utilizados especificamente para os propósitos da
pesquisa aqui citada. Após cinco (5) anos o material será fragmentado e descartado pela
pesquisadora.
A tabulação dos dados e a análise estatística foram feitas no programa estatístico
SPSS (versão 15.0).
Os resultados da pesquisa se tornarão públicos após o término da mesma, sejam
eles favoráveis ou não. Serão divulgados através deste artigo que ficará disponível na
biblioteca do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI-PÓS
GRADUAÇÃO), presente no município de Goiânia, por meio de publicações em
revistas científicas e apresentação em congressos. As informações obtidas através dessa
pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre a participação dos sujeitos.
Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar a identificação dos sujeitos.

RESULTADOS

Após serem analisados os 46 questionários dos acadêmicos de fisioterapia e


educação física da Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO, pesquisados
no mês de abril de 2010, pode-se verificar o perfil dos indivíduos acometidos pela
entorse de tornozelo em inversão nesta Instituição e a relação dos sinais e sintomas
presentes, ou significativos nas atividades desempenhadas.
A média de idade da amostra foi de 23,11 anos (+/- 2,81 anos) variando de 18,07
a 28,00 anos (Tabela 1).

Tabela 01: Descrição geral da amostra em número, mínimo, máximo, média e desvio
padrão em relação à idade.

Desvio
Variável n Mínimo Máximo Média
Padrão
Idade 46 18,07 28,00 23,11 +/- 2,81

Em relação ao gênero, a Tabela 02 mostra a proporção entre o número de


indivíduos do sexo masculino (52,2%) e do sexo feminino (47,8%).

Tabela 02: Descrição geral da amostra em número e percentual do sexo.

Número de indivíduos
Sexo
N %
Feminino 22 47,8
Masculino 24 52,2
Total 46 100,0

Em relação ao membro inferior dominante, a amostra demonstrou que 80,4%


dos participantes têm o membro inferior direito dominante, e 19,6% tem o membro
inferior esquerdo como membro dominante (Tabela 03).
Tabela 03: Descrição geral da amostra em número e percentual do membro dominante.

Número de indivíduos
Membro dominante
N %
Membro Direito 37 80,4
Membro Esquerdo 9 19,6
Total 46 100,0

A Tabela 04 mostra que a maioria dos acadêmicos tem o membro inferior direito
mais afetado pela entorse (58,7%), sendo o membro inferior esquerdo afetado em 15,2%
dos indivíduos e ambos são afetados em 26,1% na população estudada, independente da
dominância.

Tabela 04: Descrição geral da amostra em número e percentual do MMII afetado pela
entorse.

Número de indivíduos
MMII afetado
N %
MI Direito 27 58,7
MI Esquerdo 7 15,2
Ambos 12 26,1
Total 46 100,0

A Tabela 05 apresenta a média de entorses no MID que é de 2,37 com desvio


padrão de +/- 2,41, sendo que a média do MIE é de 2,00 com desvio padrão de +/- 1,82,
e a média de ocorrência da entorse em ambos é de 3,53 com desvio padrão de +/- 3,53.
Portanto, houve relação significativa entre o número de entorses e a lateralidade do
indivíduo (p= 0,008).

Tabela 05: Correlação entre a lateralidade e o número de entorses.

Desvio
Lateralidade n Média Valor de p
Padrão
MI Direito 24 2,37 +/-2,41
MI Esquerdo 7 2,00 +/-1,82 0,008
Ambos 11 5,36 +/-3,53
* teste anova
p<0,05 há diferença significativa
De acordo com a Tabela 06, a entorse ocorreu na maioria das vezes durante a
prática esportiva, entre eles o futebol apresentou a prevalência de 43,5%, o handball
apresentou 10,9%, o vôlei apresentou 8,7%, a dança apresentou 4,3%, durante ao ato de
caminhar a prevalência foi de 10,9%, as quedas foram a causa do trauma em 21,7% dos
participantes.

Tabela 06: Descrição geral da amostra em número e percentual da causa de lesão.

Número de indivíduos
Cauda de lesão
N %
Futebol 20 43,5
Handball 5 10,9
Vôlei 4 8,7
Dança 2 4,3
Caminhando 5 10,9
Queda 10 21,7
Total 46 100,0

A Tabela 07 mostra que o tempo maior de lesão foi de 144 semanas englobando
21,7% dos indivíduos, e o tempo menor foi de 16 semanas englobando 2,2% dos
participantes.

Tabela 07: Descrição geral da amostra em número e percentual do tempo da lesão.

Número de indivíduos
Tempo de lesão
N %
2 semanas 2 4,3
4 semanas 3 6,5
8 semanas 2 4,3
16 semanas 1 2,2
20 semanas 2 4,3
24 semanas 3 6,5
36 semanas 2 4,3
48 semanas 6 13,0
96 semanas 6 13,0
144 semanas 10 21,7
240 semanas 6 13,0
Não sabe 3 6,5
Total 46 100,0
Na amostra de 46 indivíduos apresentada na Tabela 08 a média dos que
apresentaram dor foi de 90,64 pontos (+/- 9,69) variando de 63,89 a 100 pontos, de
acordo com os outros sintomas a média foi de 59,56 pontos (+/- 10,37) variando de
39,28 a 100 pontos, em relação às AVD’s, a média de 95,04 pontos (+/- 7,73) variando
de 73,53 a 100 pontos, em relação aos esportes e recreações a média foi de 83,80 pontos
(+/- 19,58) variando de 10 a 100 pontos, de acordo a qualidade de vida em relação ao pé
e tornozelo a média foi de 83,69 pontos (+/- 17,89) variando de 31,25 a 100 pontos.

Tabela 08: Descrição geral da amostra em média, desvio padrão, mínimo e máximo dos
escores do questionário FAOS.

Desvio
Variável n Mínimo Máximo Média
Padrão
Dor 46 63,89 100,00 90,64 +/-9,69
Outros sintomas 46 39,28 100,00 59,56 +/-10,37
AVD´s 46 73,53 100,00 95,04 +/-7,73
Esportes e recreação 46 10,00 100,00 83,80 +/-19,58
Qualidade de vida em
46 31,25 100,00 83,69 +/-17,89
relação ao pé e tornozelo

De acordo com a Tabela 09 a relação entre a subescala esporte e recreações do


questionário FAOS e o tempo de ocorrência da lesão, houve diferença significativa
(p=0,004).

Tabela 09: Correlação dos escores do questionário FAOS na subescala esporte e


recreações e o tempo de ocorrência da lesão.

Desvio
Variável n Média Valor de p
Padrão
2 semanas 2 70,0000 +/-28,28427
4 semanas 3 88,3333 +/-12,58306
8 semanas 2 27,5000 +/-24,74874
16 semanas 1 80,0000 .
20 semanas 2 90,0000 +/-14,14214
24 semanas 3 68,3333 +/-17,55942
0,004
36 semanas 2 100,0000 +/-,00000
48 semanas 6 85,0000 +/-17,88854
96 semanas 6 90,8333 +/-13,57080
144 semanas 10 88,5000 +/-15,46501
240 semanas 6 88,3333 +/-13,66260
Não sabe 3 86,6667 +/-12,58306
*anova
p<0,05 há diferença significativa
De acordo com a Tabela 10 à subescala Qualidade de Vida em relação ao
tornozelo e pé e o tempo de ocorrência da lesão, houve diferença significativa
(p=0,023). Segundo as variáveis analisadas neste aspecto constatamos a existência da
relação entre estes fatores.

Tabela 10: Correlação dos escores do questionário FAOS na subescala Qualidade de


Vida em relação ao pé e tornozelo e o tempo de ocorrência da lesão.

Desvio
Variável n Média Valor de p
Padrão
2 semanas 2 78,1250 +/-30,93592
4 semanas 3 89,5833 +/-9,54703
8 semanas 2 40,6250 +/-13,25825
16 semanas 1 75,0000 .
20 semanas 2 84,3750 +/-22,09709
24 semanas 3 81,2500 +/-,00000
0,023
36 semanas 2 93,7500 +/-8,83883
48 semanas 6 70,8333 +/-24,89562
96 semanas 6 90,6250 +/-6,55506
144 semanas 10 86,2500 +/-14,96524
240 semanas 6 94,7917 +/-10,01301
Não sabe 3 89,5833 +/- 13,01041
*anova
p<0,05 há diferença significativa

De acordo com a Tabela 11 a porcentagem de 8,7% dos indivíduos fez


tratamento fisioterapêutico, 26,08% não e 65,21% realizaram outros tipos de tratamento.

Tabela 11: Descrição geral da amostra em número e percentual dos indivíduos que
realizaram tratamento fisioterapêutico.

Número de indivíduos
Tratamento fisioterapêutico
N %
Sim 4 8,7
Não 12 26,08
Outros 30 65,21
Total 46 100,0
DISCUSSÃO

A análise dos resultados obtidos no presente estudo revelou que do total da


amostragem analisada, houve predomínio de participantes do gênero masculino. Estes
dados se contrapõem aos achados no estudo de Knapik12, pois este considerou que as
mulheres são duas vezes mais vulneráveis de sofrerem lesões desportivas do que os
homens e que pessoas com IMC mais elevado teriam risco aumentado em comparação
com as de peso adequado.
Segundo estudo feito por Hosea9, envolvendo onze mil setecentos e oitenta
atletas de basquetebol, destes 4940 eram mulheres e 6840 homens. Os resultados
mostraram que as mulheres atletas tiveram 25% mais risco de sofrerem entorse de
tornozelo de grau I, comparado com atletas homens. Entretanto, o risco relativo entre os
sexos em lesões mais sérias com as entorses de graus II e III, fraturas do tornozelo e
entorses da sindesmose, não foi significativamente diferente.
Segundo Pacheco17, vários motivos podem justificar porque as mulheres sofrem
mais lesões do que os homens. Entre eles estão: a idade da menarca, o conteúdo mineral
ósseo, o desenvolvimento muscular, o tamanho do ligamento cruzado anterior (nas
mulheres é menor) entre outros fatores.
De acordo com Junge11, durante os torneios de Futebol organizados pela F. I. F.
A. (Fédération Internationale de Football Association) e Jogos Olímpicos entre os anos
de 1998 e 2001, as mulheres apresentaram índices de lesão mais reduzidos do que os
homens em ambos os torneios analisados. Estes autores supõem que estas diferenças
devem-se ao fato de as mulheres terem menos força e, conseqüentemente, o vigor
gerado durante o jogo ser menor. Outro fator refere-se ao diferente estilo de jogo dos
jogadores masculinos e femininos. Neste aspecto o presente estudo aponta estes
resultados, na medida em que envolve adultos jovens, que sofreram lesão na maioria das
vezes durante a prática de atividade física.
Em relação à idade, a média de idade da amostra foi de 23,11 anos, neste sentido
verificou-se que existem evidências clínicas e algumas biomecânicas que, no jovem, as
cartilagens de crescimento e, especialmente as cartilagens articulares, são menos
resistentes à ação dos micros traumatismos de repetição do que no adulto. Os jovens
estão também mais susceptíveis a fraturas e a avulsões16. Os atletas mais jovens
registram um número maior de entorses e contusões, enquanto que nos atletas mais
velhos verificam-se mais lesões musculares, rupturas de ligamentos e fraturas de
menisco18. Nesta idade temos o ingresso dos indivíduos na universidade coincidindo
com a prática regular de atividades físicas exigida em alguns cursos superiores, como na
educação física.
De acordo com o presente estudo o membro inferior direito era o membro
dominante da maioria dos participantes da amostra e foi o membro mais acometido pela
entorse de tornozelo em inversão. Apontando os mesmos achados de Beynnon3, que
considerou a dominância de membro como um fator de risco da extremidade inferior,
porque a maior parte dos atletas coloca uma maior exigência no seu membro dominante.
Por isso, eles produzem um aumento na freqüência e magnitude de momentos sobre
esse joelho e tornozelo, em particular durante as atividades de alta exigência, colocando
essas articulações em risco. Evans8 identificou a presença de déficits de controle
postural, tanto no membro lesionado como no membro ileso depois de uma entorse do
tornozelo, sendo os déficits no membro lesado de dimensão mais elevada.
Conforme constatado no estudo a relação entre a lateralidade e o número de
entorses apresentou caráter bastante significativo (p<0,008). Este aspecto é importante,
pois significou que quando os indivíduos apresentaram lesão em ambos os membros
inferiores a quantidade de entorses em que estava envolvido foi maior. Segundo
Alonso¹, isso pode ocorrer devido a alterações nas relações de equilíbrio entre os grupos
musculares agonistas e antagonistas, pois os desequilíbrios musculares podem favorecer
as lesões.
Segundo Lopes13 cerca de três quartos das lesões do tornozelo estão associadas a
recidivas. Esta elevada incidência poderá estar associada ao aumento da flexibilidade
dos ligamentos do tornozelo com conseqüente aumento da instabilidade articular. Outra
questão é a dificuldade do pé previamente lesado de readquirir uma posição estável18.
Conforme constatado no estudo a lesão do complexo ligamentar lateral do
tornozelo ocorre em sua maior parte durante a prática de atividade física, dentre elas o
futebol apresentou-se com maior prevalência na amostra estudada correspondendo a
43,5%, pois no Brasil o futebol é o esporte mais difundido na população em geral ao
considerarmos a faixa etária abordada. Em contrapartida, segundo Pacheco17 a entorse
da articulação do tornozelo foi à lesão mais comum no voleibol, essa normalmente
ocorre após o bloqueio da bola na rede, quando os jogadores retornam do salto. Porém,
na Noruega, Maehlum e Daljord14 encontraram no futebol e no esqui 49% do total das
lesões entre todas as modalidades esportivas, sendo que 75% das lesões ocorreram nos
membros inferiores, e a mais encontrada foi à entorse de tornozelo.
Em relação ao tempo de ocorrência da lesão, 21,7% da amostra tinham sofrido o
trauma no tornozelo há 144 semanas (3 anos), e 4,3% há 2 semanas que foi o menor
tempo de ocorrência da lesão na população estudada. Segundo Willems21 os atletas com
história prévia deste tipo de lesão, com instabilidade articular, mesmo dois anos após a
lesão, revelam diminuição proprioceptiva e um déficit na musculatura de eversão do pé,
por isso englobamos estes indivíduos buscando descobrir se existe a prevalência dos
sinais e sintomas após este período de lesão.
Em relação ao questionário FAOS, foi verificado que 59,56% dos indivíduos
apresentaram problemas relacionados à subescala outros sintomas, que engloba alguns
fatores como rigidez articular, edema na articulação do tornozelo, entre outros que
podem repercutir no desempenho dos indivíduos durante a prática de alguma atividade
física. Com isso constatamos que na amostra estudada estas variáveis foram relevantes
aos considerarmos o escore do questionário (0 significa sintomas extremos, 100
significa sem sintomas).
Na relação entre à subescala esporte e recreações e o tempo de ocorrência da
lesão houve diferença bastante significativa (p=0,004). Em relação à qualidade de vida
e o tempo de ocorrência da lesão apresentou-se também diferença significativa
(p=0,023). De forma semelhante, Suda e Souza20 evidenciou que 40% e 72% das
pessoas com entorse de tornozelo experimentam problemas crônicos, incluindo entorses
recorrentes e limitação persistente da função.
Segundo Pacheco17 após uma entorse de tornozelo, o indivíduo pode adquirir dor
tardia e instabilidade articular e isso ocorre de 20% a 50% de todos os casos.
Aproximadamente 30% das instabilidades crônicas podem ser assintomáticas entre os
eventos de lesões, enquanto outras podem se manifestar com dor lateral,
hipersensibilidade, edema ou grande dificuldade nas atividades esportivas ou da vida
diária. Outro estudo, desenvolvido por Willems21, fala sobre a relação existente entre a
força muscular dos músculos fibulares e a instabilidade da articulação do tornozelo,
onde a diminuição da força desses músculos aumenta a instabilidade do tornozelo.
O mecanismo básico da instabilidade do tornozelo desenvolvido pela entorse é
devido à lesão dos mecanorreceptores dos ligamentos laterais, proprioceptivos, na
cápsula articular, tendões ou músculos com subseqüente diferenciação parcial dos
reflexos proprioceptivos, encontrados na incoordenação motora e são a principal causa
de presença de déficit proprioceptivo articular, decréscimo do equilíbrio postural e da
sensação de posição aricular17.
Segundo Lopes13, nas lesões, a ausência de dor não significa necessariamente
tratamento ou reabilitação completa e muito menos restauração das habilidades, entre
elas a proprioceptiva. Por isso, a relevância da relação entre a qualidade de vida e o
desempenho das atividades de esportes e recreações com o tempo de lesão, já que estes
fatores prevalecem neste pacientes e os predispõem ao aparecimento de problemas
crônicos e alterações funcionais.
Na amostra estudada apenas 8,7% dos participantes realizaram tratamento
fisioterapêutico, 26,08% não fizeram nenhum tipo de tratamento e 65,21% tentaram
outras formas de tratamento incluindo à consulta ao médico e a ingestão de
medicamentos antiinflamatórios. Neste sentido podemos entender a presença constante
das lesões recorrentes nestes indivíduos, visto que não realizaram tratamento adequado
o que influência diretamente na sua qualidade de vida e na prática de atividades
esportivas que geralmente requerem um bom condicionamento para a realização das
mesmas.
Segundo Anderson², a fisioterapia intervém de forma conservadora no
tratamento da entorse de tornozelo que acomete em especial o ligamento talofibular
anterior, no controle da dor e do edema, além de proporcionar função articular adequada
e retorno precoce às atividades normais. De acordo com Zampieri & Almeida22, os
métodos preventivos com as bandagens, treinamento proprioceptivo e fortalecimento
muscular, também podem auxiliar na diminuição das entorses recidivantes e reduzir a
severidade das lesões.
Neste sentido o presente estudo evidenciou a importância da identificação dos
sinais e sintomas e sua repercussão nas AVD’s dos indivíduos, buscando detectar um
perfil epidemiológico destas pessoas enfatizando na prevenção da entorse e evitando
suas conseqüências. Isto reforça a sugestão de Lopes13 no que diz respeito ao conteúdo
dos programas de tratamento, principalmente o proprioceptivo, defendendo que este
deve ser ajustado de forma peculiar a cada paciente em relação a sua prática esportiva,
simulando as atividades desempenhadas, para que com isso o terapeuta consiga a
resistência do indivíduo às diferentes lesões diminuindo os gastos hospitalares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo revelou que existe relação entre a lateralidade e o número de


entorses, sendo que este fator deve ser considerado na abordagem terapêutica destes
pacientes. Os fatores intrínsecos como gênero, idade também devem ser observados na
medida em que existe prevalência das lesões traumáticas em adultos jovens e em ambos
os gêneros, apesar da predisposição genética.
Por isso, o conhecimento dos esportes que mais levam ao aparecimento deste
trauma, juntamente com os fatores que envolvem a entorse por inversão do tornozelo e
suas características clínicas permitem ao profissional fisioterapeuta traçar condutas
adequadas conforme o grau da lesão, causa do trauma, IMC, idade, para assim ter
sucesso na reabilitação do paciente.
Constatamos ainda, a influência do tempo de ocorrência da lesão e a presença
dos sinais e sintomas, estes fatores foram relevantes de acordo com a subescala
qualidade de vida e esportes e recreações, dados presente no questionário FAOS.
Acredita-se que as pesquisas com uma amostra maior e que envolvam a
aplicação de identificadores mais específicos possa apontar e ao mesmo tempo tratar de
maneira eficiente estes pacientes melhorando sua qualidade de vida.
Não tendo a intenção de esgotar o tema, espera-se que este trabalho sirva de
estímulo para novas pesquisas relacionadas à qualidade de vida, a presença de sinais e
sintomas e a avaliação do tornozelo dos indivíduos que apresentaram entorse de
tornozelo em inversão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Comportamento Funcional da Articulação Subtalar em Indivíduos com Entorse
Recidivante de Tornozelo. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, vol. 6, n. 1, p.
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1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

7.Conte, M.; Júnior, E. M.; Chalita, L. V. A. S.; Gonçalves, A.; Exploração de fatores
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10.Imoto, A. M.; Peccin, M. S.; Rodrigues, R.; Mizusaki, J. M.; Tradução e validação
do questionário FAOS – FOOT and ankle outcome score para língua portuguesa. Acta
Ortopédica Brasileira, São Paulo, n. 4, vol. 17, jun. 2008.

11.Junge, A., Engebretsen, L., Alonso, J. M., Renstrom, P., Mountjoy, M., Aubry, M.,
Dvorak, J. Football injuries during FIFA tournaments and the Olympic Games, 1998-
2001. The American Journal of Sports Medicine, vol. 32, nº. 1, p. 80-89, 2004.

12.Knapik, J. J.; Sharp, M. A.; Chervak-Canham, M.; Hauret, K.; Patton, J. F.; Jones, B.
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training. Medicine Science Sports Exercise, vol 33, p. 946-954, 2001.
13.Lopes, B. M. S. A importância do treino proprioceptivo na prevenção da entorse do
tornozelo em futebolistas. Originalmente apresentada como monografia final para
conclusão de curso da graduação em Educação Física, Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto. Porto, 2008.

14.Maehlum, S., Dalijord, O. A. Acute sports injuries in Oslo: a one-year study. Journal
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15.Magee, D. J. Avaliação Musculoesquelética. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2005.

16.Massada, L. Lesões típicas do desportista. 3ª ed. Lisboa: Editorial Caminho, AS,


2000.

17.Pacheco, A. M. Predição da ocorrência de entorse de tornozelo em atletas de


basquetebol e voleibol através da identificação de riscos intrínsecos e extrínsecos.
Originalmente apresentada para conclusão da Tese de Doutorado em Educação Física,
na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física. Porto
Alegre, 2008.

18.Soares, J. O treino do Futebolista. Lesões – Nutrição, vol. 2, Editora Porto, 2007.

19.Starkey, C.; Ryan, J. Avaliação de Lesões Ortopédicas e Esportivas. 1ª ed. São


Paulo: Manole, 2001.

20.Suda, E. Y.: Souza, R. N. Análise da performance funcional em indivíduos com


instabilidade do tornozelo: uma revisão sistemática da literatura. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte, vol. 15, nº 3, Niterói, maio-junho, 2009.

21.Willems, T., Witvrouw, E., Verstuyft, J., Vaes, P., Clercq, D. Proprioception and
muscle strength in subjects with a history of ankle sprains and chronic instability.
Journal of Athletic Training, vol. 37, nº 4, p. 487-493, 2002.

22.Zampieri, C.; Almeida, G. L. Instabilidade Funcional do Tornozelo: Controle Motor


e Aplicação Fisioterapêutica. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, n. 2, vol. 7,
p. 101-114, fev. 2003.
ANEXO I

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM


ENTORSE DE TORNOZELO EM INVERSÃO

Data da avaliação: ___/___/___


Nome do participante:
______________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Idade: ____anos Sexo: ( )
Feminino
Peso: ____kg Altura: ____m ( )
Masculino
IMC ( peso/altura): ________

Membro dominante: ( ) Direito ( ) Esquerdo

Quantas entorses de tornozelo em inversão você já teve? ________

Quanto tempo atrás ocorreu à última lesão: _________________

Qual o membro inferior afetado: ( ) direito ( ) esquerdo ( ) ambos

Qual o grau da lesão: ( ) grau I ( ) grau II ( ) grau III ( ) não sabe

Causa do trauma: ( ) queda ( ) praticando esporte Qual?


_______________________
( ) trauma ( ) outros Como?
______________________
______________________________________________________________________
___

Tratamento Fisioterapêutico: ( ) Sim ( ) Não ( ) Outros


Qual (is)?
________________________________________________________________
______________________________________________________________________
___
ANEXO II
VERSÃO FINAL EM PORTUGUÊS DO QUESTIONÁRIO FAOS

 Questionário FAOS (Foot and Akle Outcome Score) para avaliação da função e
sintomas do tornozelo e pé.
DOR
P1 Qual a frequência que você sente dor no pé ou tornozelo?
( ) Nunca ( ) Mensalmente ( ) Semanalmente ( ) Diariamente ( ) Sempre

• Qual a intensidade de dor que você sentiu na última semana durante as seguintes
atividades?
P2. Rodando sobre o seu pé ou tornozelo
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P3. Forçando o pé completamente para baixo
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P4. Forçando o pé completamente para cima
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P5. Andando em superfície plana
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P6. Subindo ou Descendo escadas
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P7. Em repouso na cama
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P8. Ao sentar-se/deitar-se
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
P9. Em pé
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema

OUTROS SINTOMAS

S1 Qual o grau de rigidez do seu pé/tornozelo logo quando você acorda?


( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
S2. Qual o grau de rigidez após sentar, deitar ou ao descansar mais tarde durante o dia?
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
S3. Você tem inchaço no seu pé/tornozelo?
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre
S4. Você sente ranger, estalar ou qualquer outro tipo de som quando o movimenta o pé?
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre
S5. O seu pé trava ou fica bloqueado aos movimentos?
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre
S6. Você consegue forçar o seu pé completamente para baixo?
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre
S7. Você consegue forçar o seu pé completamente para cima?
( ) Nunca ( ) Raramente ( ) Às vezes ( ) Freqüentemente ( ) Sempre

ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA

• Qual a dificuldade que você sentiu na última semana:


A1. Descendo escadas
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A2. Subindo escadas
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A3. Levantando-se a partir da posição sentada
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A4. Em pé
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A5. Curvando-se para pegar um objeto no chão
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A6. Andando em superfícies planas
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A7. Entrando e saindo do carro
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A8. Indo às compras
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A9. Colocando meias
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A10. Levantando-se da cama
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A11.Tirando as meias
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A12.Virando-se na cama, mantendo a mesma posição do tornozelo/pé
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A13. Entrando ou saindo do banho
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A14 Sentando
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A15. Sentando e levantando do vaso sanitário
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A16. Realizando tarefas domésticas pesadas (deslocando caixas pesadas, esfregando o
chão, etc)
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
A17. Realizando tarefas domésticas leves (cozinhando, varrendo etc)
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema

ESPORTES E RECREAÇÕES FUNCIONAIS

• Qual a dificuldade que você sentiu nesta última semana:


Sp1. Agachando
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
Sp2. Correndo
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
Sp3. Pulando
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
Sp4. Mudando de direção sobre o seu tornozelo/pé lesionado
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
Sp5. Ajoelhando-se
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema
QUALIDADE DE VIDA EM RELAÇÃO AO PÉ E TORNOZELO

Q1. Com que freqüência que você tem percebido os problemas do seu tornozelo/ pé?
( ) Nunca ( ) Mensalmente ( ) Semanalmente ( ) Diariamente ( ) Sempre
Q2. Você tem modificado seu estilo de vida para evitar atividades potencialmente
danosas para o seu pé e tornozelo?
( ) Não ( ) Um pouco ( ) Moderadamente ( ) Muito ( ) Totalmente
Q3. O quanto você está incomodado com a falta de confiança no seu tornozelo/ pé?
( ) Não ( ) Um pouco ( ) Moderadamente ( ) Muito ( ) Totalmente
Q4. No geral, quanto de dificuldade você tem com o seu tornozelo/pé?
( ) Nenhuma ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Acentuada ( ) Extrema

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