Professional Documents
Culture Documents
Caderno Histórico-Cultural
“Itaberaba em Foco”
2ª Ed. Revista e ampliada.
Foto
2017
SUMÁRIO:
APRESENTAÇÃO
ITABERABANEANDO – Danilo Reis
FICHA TÉCNICA
FONTES DE PESQUISA
APRESENTAÇÃO
Boa Leitura!
Itaberabaneando
Geograficamente localizada
Na Região do Centro-Norte baiano.
O clima é semiárido
Tem sol durante todo o ano
Sua vegetação é a caatinga,
Coisa linda é o mandacaru “fulorano”.
Em volta da capelinha
Um povoado se formou.
Que foi crescendo, crescendo
Em torno da fé que o firmou.
E em 1843
Uma freguesia se criou.
“Quando eu de você for embora não me guarde no pensamento. Me espalhe na periferia das coisas simples”. -
Cravina Cravo
2. A PASSAGEM DOS BANDEIRANTES
“De braços com o horizonte, erguida no pé do monte, és a cidade que encanta e fascina”. – João Carlos e
Amilton Mascarenhas
3. O QUILOMBO DE OROBÓ
Prefeito
Vice-prefeita
7.1- CATOLICISMO:
Laumartins.
8. ALAGOAS E MARIA MILZA
1
Fonte de dados: IBGE/ Portal do Município de Itaberaba.
Educação: O município possui escolas que atendem os alunos
em todas as etapas da educação básica (educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio). No que concerne ao
ensino superior, há um campus da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) com os cursos de Pedagogia, História, Letras,
Ciências Contábeis e Direito (a primeira turma instalada no ano
de 2015). Conta também a presença de universidades privadas
que oferecem cursos de graduação e pós-graduação.
Pedra de Itaberaba
Epitácio Cerqueira.
10. NOSSOS SÍMBOLOS
10.1 - A BANDEIRA
Ela tem três cores que representam o nosso estado: azul, branca
e vermelha.
Ivana Miranda
11. LENDAS E CAUSOS
2
As lendas 11.1, 11.2,11.3 e 11
.5 foramrecontadas professor e escritor Danilo Reis de Matos Oliveira.
Quando chegou na porta do cemitério a mulher parou e segurou no
portão. O homem curioso perguntou porque ela ali parara e ela respondeu
que ali era sua morada. Até hoje esse homem corre e nunca mais foi ver a
namorada.
11.3- A SEREIA DA CASA DE PEDRAS
Contam que na Localidade conhecida como “Casa de Pedra”, nas
noites de lua cheia, é possível avistar uma linda mulher se penteando sob
os rochedos. Ela seria uma mulher comum, se não fosse pelo fato de no
lugar das pernas ter uma linda cauda de peixe.
Certo dia, um homem foi pescar à noite nessa localidade, ignorando
os boatos de que a sereia poderia seduzi-lo para o fundo do rio, pegou seu
anzol e cesto começou a pegar seus peixes.
Lá estava o pescador quando ouviu um som encantador. Curioso saiu
a procurar a fonte daquela briosa melodia. Quando avistou a sereia se
encantou num piscar de olhos. Ela cantava, cantava... seduzindo o pobre
homem.Ele a acompanhou a mãe-d’água que para o fundo do rio o levou.
No dia seguinte, acharam o homem jogando sob uma pedra, quase
sem vida, só deu tempo ele contar o que lhe aconteceu e morrer dizendo
que “ela é linda”.
3
Fonte: http://www.itaberaba.ba.io.org.br/historia
procurava. A madrugada vagava em notas de pequena claridade quando no
topo do monte, por detrás da Capela, mugiu o animal indomável.
Aproximou-se cautelosamente empunhando o laço feito de corda grossa,
cantando a mais bela canção para domar o animal furioso. O touro recuou
raivosamente, o cavalo relinchou ouvindo-se ao longe o canto dos galos.
Então, o boi saiu em disparada, tendo no seu encalço o vaqueiro
dirigindo-se para o despenhadeiro, uma pedra escorregadia; o vaqueiro
percebendo tarde demais, que a morte o esperava atraindo-o para o
precipício.
Ouviu-se um grito penoso... A queda foi inevitável! No chão o corpo
sangrento e em cima o badalar do sino dos anjos. E foi o vaqueiro... Levado
pelo vento da madrugada nos primeiros raios de luz. E até hoje as almas
cantam em cada encruzilhada para a alma do pobre homem... Que penou
durante anos... E assim a pedra, passou a chamar-se Pedra do Vaqueiro,
ainda admirada e visitada pelos supersticiosos no dia Santo da Paixão e
pelos vaqueiros no domingo que antecede a festa da Padroeira Nossa
Senhora do Rosário.
Zulmira Silvani.
12. UM POUQUINHO DE NOSSA HISTÓRIA...
Valmir Britto
13.3 - MONTE DA IGREJA E PEDRA DO VAQUEIRO: No alto do monte,
localizado ao norte do centro da cidade, tem-se como atrativo turístico a
Igreja do Bom Jesus. A edificação atual é do ano de 1926, mas registros
comprovam que na década de 1890 já havia uma capela construída no
local. Do lado direito da Igreja, além da visão do Açude Juracy Magalhães
júnior, pode-se vislumbra a
popular Pedra do Vaqueiro,
assim chamada em alusão a
“Lenda do Vaqueiro”, muito
popular entre os itaberabenses.
Durante o ano é tradição entre os
munícipes subir o monte na
sexta-feira da Paixão, no dia 06
de agosto (dia em que se
comemora Bom Jesus da Lapa)
e no primeiro domingo de
outubro (Festa dos Vaqueiros).
No alto do monte também podem ser vistas torres de telefonia e televisão. A
lei municipal de número 726/91 reconhece como patrimônio religioso,
artístico e cultural o Monte Bom Jesus da Lapa e a Pedra do Vaqueiro.
4
Fonte: http://www.itaberabanoticias.com.br/sobre-itaberaba/personagens-historicos-de-itaberaba
15.7 - ARNALDO ALENCAR (1888 – 1978) – Natural de Morro do
Chapéu – BA veio para Itaberaba em 1932. Comerciante, lojista,
fazendeiro na cidade de Ruy Barbosa, foi Secretario da Prefeitura
Municipal de Itaberaba no período de 1944-45, poeta autodidata,
copilou a 1º monografia de Itaberaba, contribuía com o Jornal O
Itaberaba do Sr. Roque Fagundes na década de 60. Casou-se com
D. Gumercinda Ribeiro de Alencar, da união tiveram 11 filhos todos
formados, dentre eles: a Profª. Floracy Alencar, 1ª professora de
Itaberaba, Nelson Alencar, médico fundador do HRI e o Professor
Tarcísio Alencar.
15.8 - BENEDITA E PUREZA “PARTEIRA” – eram as comadres
que ajudavam as crianças de Itaberaba a virem ao mundo, pois nos
anos 30 a 70 era comum o trabalho das parteiras.
15.9 - DELSUC MOSCOSO DE OLIVEIRA (1889 – 1972) – Natural
de Andaraí – BA, formado em Engenharia Civil, cacauicultor e
pecuarista. Prefeito de Itaberaba no período de 1931 a 1934.
Realizou varia obras, entre elas: construção do Colégio Castro
Cincurá, Açude Juracy Magalhães, realizou o calçamento da 1ª Rua
de Itaberaba, trouxe a iluminação elétrica. Foi por duas vezes
Secretário de Estado dos Governos de Landulfo Alves e Reges
Pacheco. Secretário de viação de Obras Públicas e Agricultura.
Construiu a barragem de Joanes, que abastece Salvador, Colégio
Isaias Alves – ICEIA e a Faculdade de Agronomia de Cruz das
Almas. Interligou todos os Municípios da Bahia construindo pontes e
estradas, sendo que, na época a Bahia era composta de cento e dois
municípios.
15.10 - HELENA LUQUINI – Juntamente com Noélia Cincurá, muito
contribuiu na formação religiosa da juventude itaberabense,
responsáveis pelos Benjamins da Ação Católica e Cruzada
Eucarística.
15.11 - IVO DE OLIVEIRA SAMPAIO – Nascido em 1911 nesta
cidade de Itaberaba de formação primária, filho de família tradicional,
Ivo Sampaio foi fazendeiro casado com D. Maria Lima Sampaio,
onde tiveram juntos dezoito filhos.
15.12 - JAIME SAMPAIO – Itaberabense de formação primaria, foi
fazendeiro, comerciante, casou-se com D. Perina de Oliveira
Sampaio tiveram quatro filhos. Faleceu em 1958, vítima de um
infarto.
15.13 - JOÃO ALMEIDA MASCARENHAS – Fazendeiro, alto
negociante, construtor das próprias casas de trabalho e cine-teatro,
shoping e hotéis. Nascido em Ipírá, aos 26 de maio de 1926. Filho de
Manoel Antonio Mascarenhas e Anízia Almeida Mascarenhas. Aos
dois anos muda-se com seus pais para Itaberaba que fixam moradia
em Itaiba. Casou-se com Hercília Dias Mascarenhas, com a qual
teve filhos, dentre eles dois ex-prefeitos de Itaberaba: Jadiel Almeida
Mascarenhas e João Almeida Mascarenhas Filho. Foi Vereador de
Itaberaba entre 1964 e 1968.
15.14 - JOÃO DE DEUS – Mestre de obras da construção da Igreja
Matriz e de inúmeras residências, bem como calçamentos de ruas da
nossa cidade, sempre marcando a nossa história.
15.15 - JOAQUIM MANOEL SAMPAIO – Ex-prefeito deste município
no período de 1912 a 1915 e elemento de família tradicional desta
cidade, alto comerciante e proprietário rural com serviços prestados à
comunidade.
15.16 - JONAS JOSÉ DE MOURA – Do contingente da Força
Expedicionária Brasileira – FEB, que lutou na Itália na II Guerra
Mundial; herói de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Camaiore,
batalhas memoráveis.
15.17 - JOSÉ AMANDO SALES MASCARENHAS - (1940-2005) –
Advogado e Pecuarista, nasceu em 16 de outubro de 1940, em
Itaberaba-BA. Filho de João Silva Mascarenhas e Juventina Maria
Sales Mascarenhas, casou com Maria Luíza de Lucena Correia de
Mascarenhas a primeira mulher a ocupar o cargo de vice prefeita de
Itaberaba.Colaborou com diversos jornais, como escritor, Vice-diretor
e diretor interino do Colégio Estadual de Itaberaba, foi vereador em
Itaberaba, suplente deputado estadual, eleito deputado estadual
governador interino do Estado da Bahia em 1989 e 1990, quando
viabilizou o primeiro curso superior em Itaberaba.Faleceu em 25 de
março de 2005.
15.18 - MANOEL ANDRADE SAMPAIO – Agrônomo, ex-prefeito
deste município no período de 1920 a 1921 e elemento de família
tradicional.
15.19 - MANOEL DIAS ANDRADE – Ex-coletor federal nesta
cidade, elemento de família tradicional desta cidade, cidadão
conceituado em todas as camadas sociais.
15.20 - MARIA LAURÊNCIA - “Baiana da Terra” – Foi uma das
grandes doceiras do município.
15.21 - MESTRE NEBULOSA – Antonio França de Assis – 1913 /
1996 - Nascido no dia 13 de junho de 1913, em Castro Alves, no
Recôncavo baiano. Filho de Dona Martinha Maria de Assis e “Seu”
Luiz França de Assis, viera para Itaberaba, na década de 40, para
construção de uma rodovia ligando Itaberaba à cidade de Ruy
Barbosa, onde também pode mostrar seu talento para o futebol,
participando de “partidas” jogando pelo “time” da empresa em que
trabalhava, além de tocar em grupos e encontros musicais, o qual
chamava de “Jazz”. De Castro Alves trouxera seu apelido
“Nebulosa”, que dizia ter herdado de um famoso jogador de futebol
de sua infância. Trouxera também consigo seu conhecimento nas
artes da música, da construção civil e, é claro, do futebol,
transmitindo seus conhecimentos, durante décadas para muitas
crianças e adolescentes. Casou-se em 22 de março de 1957, com
Dona Aurelina Oliveira de Assis. Em 26 de março de 1984 recebeu
em sessão solene da Câmara dos Vereadores de Itaberaba, o Titulo
de Cidadão itaberabense, considerado por ele como a maior honraria
que já lhe fora prestada. Faleceu em 25 de novembro de 1996.
15.22 - MOYSÉS RIBEIRO DE SANTANA – (1933-2000) - Natural
de Cruz das Almas – BA, nasceu no dia 1º de maio de 1933. Mudou-
se para Itaberaba em 1957 com a intenção de instalar comércio, e
assim seguir a tradição da família que ficou no recôncavo baiano.
Casou-se em 1959 com Raymunda Ribeiro de Santana e teve cinco
filhos. Apesar de não ser um Itaberabense nato, sempre defendeu os
interesses da comunidade e suas atividades profissionais
contribuíram, de maneira marcante, para o crescimento da cidade.Na
política, teve participação ativa com o apoio de outros líderes
políticos da cidade. Faleceu no dia 04.03.2000.
15.23 - ODULFO SANTOS BRITO – (1905-1979) – Nasceu em
Santa Terezinha, contador prático, vereador em quatro legislaturas,
ocupou a presidência da Câmara, onde foi diretor até a
aposentadoria. Funcionário da empresa ferroviária “Leste Brasileira”,
veio para Itaberaba em 1920, passando a residir em Itaiba,
estabelecendo como intermediário responsável pela guarda e
remessa de mercadorias em tropas de mulas.
15.24 - PRECILIANO JOSÉ LEAL FILHO (1894 – 1965) – Médico do
Posto Médico de Itaberaba na década de 20, natural de Salvador.
Veio clinicar em Itaberaba e região a convite do coronel Manoel
Sampaio, considerado um dos melhores médicos da época. Casou-
se com D. Doralice Sampaio Leal e juntos tiveram dois filhos. Veio a
falecer aos setenta e um anos de trombose cerebral.
15.25 - RAFAEL CINCURÁ DE ANDRADE (1903-1984) – Advogado,
deputado federal em três legislaturas (1935/36 e de 1946 a 1954);
membro de comissões parlamentares e autor da lei que
regulamentou a profissão de corretor (1935), Autor de trabalhos
forenses e parlamentares e secretário da segurança pública da
Bahia, no período de 1959/62.
15.26 - RAMIRO PIMENTEL DE SÁ (1897 – 1955) – Natural de
Itiúba – BA, veio para Itaberaba na década de vinte como telegrafista
da Leste Brasil. Construiu o prédio onde funcionou a 1ª Sede do
Banco do Brasil de Itaberaba, localizada na Praça J.J Seabra. Era
fazendeiro e comerciante de mamona, pó de palha, ouricuri e fumo
de corda. Faleceu aos cinquenta e oito anos, de câncer.
15.27 - ROQUE FAGUNDES – Tabelião e fazendeiro da região,
cidadão itaberabense, mantenedor do abrigo de idosos
desamparados à Casa dos Pobres. Filho de família tradicional com
grades serviços prestados à comunidade. Faleceu na década de 80.
15.28 - SINÉSIO CERQUEIRA – Ex-prefeito deste município, alto
comerciante nesta cidade, além de cidadão probo e honrado.
15. 29 - VIRIATO SAMPAIO – Ex-prefeito deste município, reeleito
por duas vezes no período de 1894 a 1903, também pessoa de
tradicional família com relevantes serviços prestados à coletividade
itaberabense.
15.30 - WALTER MATA DE OLIVEIRA (1921- 1977) – Itaberabense,
fazendeiro e jornalista político do Rio de janeiro, tais como: O Dia, A
Noite e Os Diários Associados. Foi Diretor Executivo da SICAL –
Empresa Náutica e presidente do IAPC. Pai do ex-Vice-Prefeito e
advogado Delsuc Moscoso.
16. FESTAS PUPULARES:
Olga Magalhães
(Fragmento do poema
“Itaberaba, eu te quero tanto”).
17. CURIOSIDADES
17.1 - ITABERABENSES DOARAM UM AVIÃO PARA A UNIÃO - Durante
a Segunda Guerra mundial o Senhor Ramiro Pimentel de Sá encabeçou
uma campanha junto aos comerciantes, fazendeiros e pessoas influentes da
sociedade itaberabense para arrecadar fundos para a aquisição de um
avião que fora doado para o Governo Federal enviar para os combatentes
da referida guerra. O ministro Plínio Salgado enviou um telegrama
agradecendo a doação.
17.2 - JARDIM SUSPENSO DA PRAÇA DO ROSÁRIO – Também
conhecido como pérgula, os jardim suspenso foi edificado na década de 40.
O senhor Ramiro Pimentel de Sá viu a pérgula do Campo Grande em
Salvador e resolveu edificar uma em frente à Igreja Matriz de nossa
Senhora do Rosário.
17.3 - O MONUMENTO AO AGUADEIRO – Localizado na Praça Flávio
Silvany, esse monumento foi edificado na década de 50 como marco da
chegada do serviço de água (EMBASA) em Itaberaba. Com a chegada da
água encanada homenageou-se o aguadeiro enquanto figura que
desempenhara uma função importantíssima em décadas anteriores. O
ultimo aguadeiro de Itaberaba faleceu no ano de 2014, e era conhecido
como Faé, o Aguadeiro centenário.
17.4 - O PRIMEIRO AUTOMÓVEL – O Primeiro automóvel de Itaberaba era
de propriedade do senhor Mano Andrade. Era do modelo FOR-29. Foi uma
festa: o povo foi receber veículo em uma das entradas da cidade, na
Avenida Barão do Rio Branco, onde hoje é o Gabinete do Prefeito. O fato
aconteceu na década de 30.
17.5 - FAZENDAS QUE SE TORNARAM BAIRROS – Além da Fazenda
São Simão que deu origem a sede do município de Itaberaba, outras
fazendas que outrora existiram também deram lugar a bairros da cidade. Da
fazenda Caititu surgiram o Loteamento Bahia, Caititu e Campo do Governo.
A sede da antiga fazenda era onde hoje é a Escola Arvoredo. Também tinha
a fazenda Barro Vermelho, da Senhora Pombinha que deu origem ao Bairro
Barro Vermelho e Bairro São João. A fazenda Palmeiral deu origem aos
bairros Jardim das Palmeiras, Monte, Urbis, Morro das Flores, Alameda das
Umburanas, entre outros. A capela dessa fazenda é hoje a Igreja do Bom
Jesus da Lapa no Monte Mirante.
17.6 – O NOME DA PEDRA – O nome da incelberg localizado a 25 km da
sede da cidade é “Pedra Itaberaba” que se traduz em “Pedra que Brilha.
“Itibiraba” seria uma forma coloquial, ou um erro de pronúncia do nome do
bloco de granito, já que “Iti” em tupi pode ser traduzido como “Árvore Alta”
(exemplo: Buriti) e não há registros de “biraba” como vocábulo tupi, sendo o
termo definido em alguns dicionários como sinônimo de “matuto”.
18. MEDICINA POPULAR
Desde tempos antigos, quando os índios habitavam nossa região, a
medicina popular era muito praticada e eficaz na cura de muitas doenças.
O uso de ervas, folhas, cascas de árvores e sementes, tão usadas
no passado, continuam a fazer parte do cotidiano das pessoas em
Itaberaba que sempre recorrem “a sabedoria dos mais velhos”.
Na vegetação nativa de Itaberaba e, também em barracas na feira,
é possível encontrar grande variedade de plantas de uso medicinal, tais
como:
ALECRIM DE VAQUEIRO: Banho e chá usados para catapora
(varicela); as folhas secas podem ser usadas como defumador;
ALGODÃO: O sumo das folhas é um remédio eficaz para inflamações;
AROEIRA: A casca é usada para combater inflamações;
BATATA: As folhas são usadas no combate a caspa;
BOLDO: Problemas de fígado, estômago e dor de barriga;
BOTICUDO: Contra inflamações e infecções;
CAJU: A casca é usada para dor de dente e diarréia;
CAMOMILA: Chá calmante;
CARRAPICHO-DE-AGULHA: A raiz é usada contra infecções;
CATINGA DE PORCO: O chá é usado para infecção intestinal e
diarréia;
CIRIGUELA: As folhas são usadas para hipertensão;
ERVA-CIDREIRA: Chá calmante;
ERVA-DOCE: Chá indicado para prisão de ventre;
GENGIBRE: problemas de garganta;
MATRUZ: Com leite é indicado para problemas com verminoses; o
sumo é eficaz na cicatrização de ferimentos;
PINHA: O chá das folhas maduras é usado para recém-nascidos
quando estão começando a sair os primeiros dentes;
QUEBRA-PEDRA: Usada no combate a pedras nos rins (cálculos
renais);
ROMÃ: A casca é usada para problemas de garganta
UMBURANA: A semente é usada para prisão de ventre e indigestão;
Aqui estão listadas apenas algumas das muitas de ervas que
fazem parte da sabedoria popular do povo itaberabense.
FONTES DE PESQUISA:
CADERNO HISTÓRICO-CULTURAL
“ITABERABA EM FOCO”
Revisão:
Colaboradores da Pesquisa: