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PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABERABA

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA

Caderno Histórico-Cultural
“Itaberaba em Foco”
2ª Ed. Revista e ampliada.

Foto

2017
SUMÁRIO:

 APRESENTAÇÃO
 ITABERABANEANDO – Danilo Reis

1. A TERRA DOS ÍNDIOS MARACÁS


2. A PASSAGEM DOS BANDEIRANTES
3. O QUILOMBO DE OROBÓ
4. DA FAZENDA SÃO SIMÃO NASCE ITABERABA
5. EQUIPE ADMINISTRATIVA (2017)
6. INTENDENTES E PREFEITOS DE ITABERABA
7. VIDA RELIGIOSA
8. ALAGOAS E MARIA MILZA
9. ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE ITABERABA
10. NOSSOS SÍMBOLOS
11. LENDAS E CAUSOS
12. UM POUQUINHO DE NOSSA HISTÓRIA...
13. PONTOS TURÍSTICOS
14. ITABERABA: TERRA DE MUITOS ARTISTAS!
15. PERSONAGENS HISTÓRICOS DE ITABERABA
16. FESTAS PUPULARES
17. MEDICINA POPULAR

 FICHA TÉCNICA
 FONTES DE PESQUISA
APRESENTAÇÃO

Prezado(a) cidadão(ã) itaberabense,

Este trabalho de reedição da cartilha “Itaberaba em foco”


foi um pedido especial do Prefeito Municipal Ricardo dos Anjos
Mascarenhas, com objetivo de valorizar a história e cultura de
Itaberaba, mostrando o que há de melhor nessa cidade que
traz o brilho em seu nome.
Para realizar tal trabalho, incumbiu a Secretaria Municipal
de Cultura, que por meio da Biblioteca Pública Municipal
Antônio Dias Andrade, realizou a empreitada.
No ano de 2017 o município de Itaberaba comemora 140
anos de emancipação político-administratava, mas não de
história. Sua história se inicia antes da colonização européia,
quando os índios Maracás derivam do litoral para o sertão.
Como bem diz Emília Viotti da Costa: "Um povo sem
memória é um povo sem história. E um povo sem história está
fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do
passado”. A história é movimento. Este trabalho é apenas uma
pequena mostra das mil e uma histórias que fazem parte da
memória desse povo secular!

Boa Leitura!
Itaberabaneando

A história que vou lhes contar


É de uma cidade adorada.
Que no interior da Bahia
Se encontra localizada.
Vou falar da “Pedra que Brilha”
Minha amada Itaberaba.

Geograficamente localizada
Na Região do Centro-Norte baiano.
O clima é semiárido
Tem sol durante todo o ano
Sua vegetação é a caatinga,
Coisa linda é o mandacaru “fulorano”.

Antes de qualquer um aqui chegar


Chegaram os gentios Maracás.
Índios que vieram do litoral pra cá
Nossa história começar.
Por aqui ficaram muito tempo,
Até o homem branco lhes dizimar.

Mas, foi no ano 1768


Que uma Fazenda foi fundada.
A fazenda São Simão,
Berço desta cidade amada
Fundada por Manoel Rodrigues Cajado
Foi onde nasceu Itaberaba.
No ano de 1809,
Uma capela fora edificada.
Para Nossa Senhora do Rosário,
Que aqui fez sua morada.
Por Antônio de Figueredo Mascarenhas
A devoção foi iniciada.

Em volta da capelinha
Um povoado se formou.
Que foi crescendo, crescendo
Em torno da fé que o firmou.
E em 1843
Uma freguesia se criou.

Da freguesia de Nossa Senhora do


Rosário
A Vila do Orobó se originou.
E este ato foi o marco
Que Itaberaba fundou
No ano de 1877, em 26 de março,
Data marco se firmou.

São Simão, Rosário do Orobó,


Itaberaba,
Terra de muitas histórias.
De um povo alegre e hospitaleiro
Que em meio a tantas memórias.
Buscam sempre o recomeço
À luz de cada nova aurora.
Autor: Profº. Danilo Reis de Matos Oliveira
1. A TERRA DOS ÍNDIOS MARACÁS

A principal herança indígena que esta cidade recebeu está


no seu nome: Itaberaba. O termo surgiu da junção de dois
vocábulos da língua Tupi-guarani: ITA, que significa “pedra” e
BERABA, que se traduz em “que brilha” ou “que reluz”. Assim,
etimologicamente, o nome da cidade pode ser traduzido em
“Pedra que Brilha”.
Os primeiros habitantes das terras que hoje pertencem ao
município de Itaberaba foram os índios Maracás. Eles pertenciam
a etnia dos Tapuias, do grupo linguístico Quiriri, que em tempos
remotos habitavam o litoral da Bahia, de onde foram expulsos
por outros grupos indígenas, passando a dominar quase todo o
vale do Rio Paraguaçu. Eram índios fortes, bons cantores e
exímios guerreiros, contudo, não eram antropófagos.
Os homens tinham os cabelos crescidos até a altura da
orelha e eram responsáveis pelas atividades de caça e de
guerra. As mulheres tinham os cabelos compridos e atados às
costas, dedicavam-se aos trabalhos domésticos, agricultura e
fabricação de cerâmica. Os homens maracás eram polígamos,
ou seja, podiam ter mais de uma esposa. Todos viviam em tribos
e dormiam em redes.
Tinham lábios e orelhas furados, onde colocavam pedras
roliças que eles acreditavam ter grande poder curativo, essa
pedra – a nefrita – tinha a cor verde e também era usada nos
adornos e em instrumentos de trabalho, como machados e
raspadeiras.
Com a chegada de desbravadores de origem portuguesa
em busca de ouro, após lutas constates pela posse de terras ou
ainda para se obter escravos, os índios Maracás são vencidos e,
em 1673, migram para a floresta atlântica sul da capitania da
Bahia.

“Quando eu de você for embora não me guarde no pensamento. Me espalhe na periferia das coisas simples”. -
Cravina Cravo
2. A PASSAGEM DOS BANDEIRANTES

Notícias remotas da época dos grandes desbravadores do


sertão e vestígios de pequenos fortes encontrados em vários
locais que margeiam o médio Paraguaçu, afirmam a passagem
dos temidos bandeirantes que atravessavam as terras que hoje
formam o município de Itaberaba.
Rezam as tradições antigas que lutas se travavam entre os
primitivos habitantes e os primeiros exploradores, vindos para
combatê-los na disputa pela posse da terra, ou para escravizá-
los, na ambiciosa caça aos metais preciosos que acreditavam
haver na Serra do Orobó, que significa “ouro bom”.
O Padre Leonardo do Vale conta em umas das “Cartas
Avulsas dos Jesuítas”, escritas na Bahia em 26 de junho de
1562, que no ano de 1561 um determinado capitão (não
nomeado na carta) seguiu com cem homens o rio Paraguaçu
cerca de 60 léguas, quando surgiram os aborígines, habitantes
daquela região, de armas em punho e mataram muitos
comandados dos chefes bandeirantes, obrigando-os a se
retirarem. Essa expedição não só atravessou a região do Orobó
como foi muito além. Portanto, dos rios brasileiros “a atrair a
ação colonizadora dos sertões” o Paraguaçu foi o primeiro. Men
de Sá (1556-1572) quando foi Governador Geral, no documento
de serviços prestados à Coroa Portuguesa, declarou guerras
neste rio, que teve como consequência a destruição de 160
aldeias indígenas.
Alguns anos mais tarde (1572) José de Anchieta relatou:
“Há seis anos que um homem honrado desta cidade e de boa
consciência e oficial de câmara que então era, disse que eram
descidos do sertão de Orobó naqueles dois anos atrás, 20 mil
almas por conta e estes todos vieram para a fazenda dos
portugueses”.

“De braços com o horizonte, erguida no pé do monte, és a cidade que encanta e fascina”. – João Carlos e
Amilton Mascarenhas
3. O QUILOMBO DE OROBÓ

Os diversos documentos existentes no Arquivo Público de


Itaberaba, nos leva a crer na existência de escravos negros na
região do município. O mais interessante está no fato de ter havido
na Serra do Orobó um quilombo que levava seu nome.
O quilombo do Orobó caracterizou-se na época por ser um
dos mais importantes da Bahia. Foi temido de tal forma pelos
moradores da região que o Ministro D. Rodrigo de Souza Coutinho,
Conde de Linhares, em 23 de setembro de 1786, escreveu ao
então governador baiano, Capitão D. Fernando José Portugal,
Marquês de Aguiar (1788-1801) uma carta solicitando informações
sobre os mesmos mocambos. O governador por sua vez atendeu
aos pedidos da população local e acionou o Capitão-mor de
Entrada e Assaltos, Severino da Silva Pereira, que destruísse o
quilombo.
Ao voltar para Salvador em 1796, o mesmo capitão nomeou
seu filho, Bento José Pereira, Cabo e Comandante, incumbindo-lhe
do ataque que destruíra, em dezembro deste mesmo ano, os
quilombos de Orobó e de Andaraí.
Nessa disputa houve mortos e foram aprisionados treze
escravos, sendo que uma boa parte conseguiu escapar reunindo-
se noutro quilombo conhecido pelo nome de Tupim, que também
foi destruído em 29 de abril de 1798.

"Sou mãe fértil e parideira, Nas


minhas entranhas, gero o
amor, a vida é a fartura. No
meu seio protejo e conservo, a
grande e a pequena criatura”.
Maria da Conceição Santos
(Negríndia)

Foto de Léo Vieira


4. DA FAZENDA SÃO SIMÃO NASCE ITABERABA

As terras que hoje pertencem ao município, no período


colonial, faziam parte da Capitania da Baía de Todos os Santos
(1535-1548) e devido a concessão de lotes de terras, chamados de
sesmarias, às pessoas abastadas foram parar em mãos do Sr.
João Peixoto Veigas em 1655. Estas terras foram vendidas,
aproximadamente cem anos depois, por seus sucessores a
aventureiros vindos de vários pontos. Um deles foi o Capitão
Manoel Rodrigues Cajado, que transformou essas terras na
fazenda São Simão por volta de 1768.
Mais tarde, em 1806, a fazenda foi comprada por Antônio de
Figueiredo Mascarenhas, que construiu na parte central uma
capela consagrada a Nossa Senhora do Rosário. Ao redor da
capela surgiu um aglomerado de casas que em 1817 ficou
conhecido como Rosário do Orobó, então pertencente à Vila de
Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira.
O povoado cresceu e recebeu honras de freguesia (18 de
maio de 1843) e distrito de paz Nossa Senhora do Orobó,
possuindo vinte focos (domicílios) em torno da matriz e uma
população de cem almas (habitantes). O Cartório de Paz deste
distrito do Orobó na década de 1850, registrou inúmeras cartas de
alforrias aos escravos.
Em 26 de março 1877, data em que se comemora o seu
aniversário, o município elevou-se a categoria de Vila do Orobó,
com a primeira Câmara instalada em 30 de junho de 1877,
ganhando autonomia político-administrativa, assumindo a função
executiva e legislativa. Na data de 25 de junho de 1897, vinte anos
depois de emancipada politicamente, a vila do Orobó foi elevada,
por meio da Lei Estadual nº 176, a categoria de cidade passando a
chamar-se Itaberaba, que no vocábulo tupi-guarani significa “Pedra
que Brilha”.
O primeiro administrador de Itaberaba, o Capitão Joaquim
Pereira Mascarenhas, nesta época o governante do município era
chamado intendente. Hoje a administração é feita pelo Executivo
Municipal, composto por Prefeito Municipal, Vice Prefeito e seus
secretários.
5. EQUIPE ADMINISTRATIVA (2017):

Ricardo dos Anjos Mascarenhas

Prefeito

Maria José Novais

Vice-prefeita

David Silva dos Anjos Sampaio Natanaelson dos Santos Miranda


Secretário da Fazenda
Secretário de Governo:

Suzana Freitas Matias Ednalva Nolácio de Santana


Secretária de Cultura
Secretária de Ação Social:

Marigilza Almeida Mascarenhas Fabrício Bernardes Martinez


Secretário de Agricultura
Secretária de Comunicação

Evandro Novaes Souza


Manoel Vaz Sampaio Neto
Secretário de Administração Secretário de Infraestrutura;

Maria da Glória Ferreira de Almeida Luiz Alberto do Bomfim


Pina Rustom Secretário de Esportes
Secretária de Educação
João Rodrigues de Góes Junior
Secretário de Saúde
6. INTENDENTES E PREFEITOS DE ITABERABA
Intendentes:
 Capitão Joaquim Pereira Mascarenhas – 1890/ 1892;
 Tenente-coronel Antônio Olympio Mascarenhas – 1893;
 Viriato Dias Sampaio – 1894/ 1903;
 Capitão Francisco Gil Dias Andrade – 1904/ 1907;
 Tenente-coronel Luís Fernandes Serra – 1908-11/ 1916-19;
 Tenente-coronel Joaquim Manuel Sampaio – 1912/1915;
 Agrônomo Manuel Andrade Sampaio – 1920/ 21;
 Major Fulgêncio Pereira da Silva – 1921;
 Tenente-coronel Augusto Fagundes de Sousa – 1922/ 1923
 Capitão Synésio de Cerqueira – 1924/ 1925
 Capitão Durval Boaventura – 1926/1927
 Engenheiro José Dias Laranjeira – 1928/1930;
Prefeitos:
 Engenheiro Álvaro Ribeiro Sanches –1930/ 1931;
 Engenheiro Delsuc Moscoso de Oliveira –1931/1934;
 Plínio Mata Pires –1934/1936;
 Manoel Moises de Oliveira –1946/ 1947;
 Bacharel Almir Mata Pires – 1948/ 1950;
 Bacharel Renato Cincurá de Andrade – 1951/1955;
 Justiniano Jacobina de Brito –1955/ 1959;
 Josué Ribeiro de Alencar – 1959/1962;
 Médico Nelson Ribeiro de Alencar – 1963/ 1964;
 Carlos Spínola da Cunha – 1964/ 1967;
 Vicente Jorge Barreto Correia –1960/ 1970;
 Belmiro Cincurá de Andrade – 1962 / 1971/ 1972;
 Bacharel Ely Santos Rocha –1973/ 1976;
 Antônio Andrade Santos –1977/ 1982;
 Linésio Bastos de Santana – 1983/ 1988; 1993/1996
 Josenildo Miguel de Brito – 1989/ 1992; 1997/2000;
 Jadiel Almeida Mascarenhas – 2001/ 2004;
 Washington Deusdedith Neves – 2004; 2005-2008;
 Solon Ribeiro dos Santos - 01/01/2009-10/06/2009;
 João Almeida Mascarenhas Filho – 2009/ 2016;
 Ricardo dos Anjos Mascarenhas –2017 (...).
7. VIDA RELIGIOSA

7.1- CATOLICISMO:

Quando Itaberaba ainda era o Sítio São Simão, já havia na sua


localização central uma capela que marcou o surgimento e o
povoamento do município, portanto o esforço de nossos primeiros
habitantes nos confere hoje importantes e belos templos dedicados a
fé cristã, nossa catedral, Igreja Nossa Senhora do Rosário.
No ano de 1809, foi construída no centro da Fazenda São
Simão, quando da propriedade de Antônio de Figueiredo
Mascarenhas, uma pequena casa de oração em louvor a Nossa
Senhora do Rosário. À promoção que a população ao redor da casa
foi crescendo, esta foi sendo modificada e ampliada para atender ao
crescimento dos fiéis. Exemplo dessa ampliação foi a inclusão da
sua torre no ano de 1945.
Na madrugada de 1º de outubro de 1957, um fato trágico veio a
acontecer, a matriz agonizava em chamas, o que levou a população
local a correr em sua direção na tentativa de apagar o incêndio que
destruía o templo, uns choravam, outros oravam, outros num ato de
bravura e respeito retiravam as imagens sacras e alguns livros.
Estas imagens ficaram guardadas nas casas de pessoas que
conseguiram resgatá-las, para mais tarde devolvê-las em procissão.
Algum tempo depois, a igreja foi recuperada constituindo hoje uma
das mais belas da região. No interior da igreja mais à frente, no altar
principal está a imagem de estilo barroco da Virgem do Rosário,
Padroeira de Itaberaba, a abençoar os fiéis e visitantes.
Alem da Igreja Matriz, tem as capelas situadas nos bairros: São
João Bosco (Primavera), São Cristóvão (Pç. Lauro Silva), Santana
(Açude Novo), Nossa Senhora Aparecida (Irmã Dulce e Caititu),
Nossa Senhora das Graças (URBIS), Santos Apóstolos (Batalhão),
Senhor do Bonfim (CONCIC), Santo Antonio (Oriente), dentre outras.
7.2- PROTESTANTISMO:
A primeira igreja evangélica a se instalar em Itaberaba foi a Igreja
Batista, no ano de 1944, com voluntárias vindas de Feira de Santana e
lideradas pelo Sr. João Soares Batista, com cultos ao ar livre na
localidade conhecida como “Baixa da Areia”.
De lá pra cá, o seguimento evangélico cresceu significativamente
em Itaberaba, surgindo muitas outras igrejas, tais como: Assembléia de
Deus, Congregacional, Batista Esperança, Templo Adventista do
Sétimo Dia, Universal do Reino de Deus, Internacional da Graça de
Deus, Deus é Amor, Templo das Testemunhas de Jeová, Evangelho
Quadrangular, entre outras.

7.3 – OUTRAS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS – Em Itaberaba,


além das muitas igrejas cristãs, pode-se destacar a existência dos
terreiros de religião de Matriz Africana, a exemplo do Candomblé e da
Umbanda. A casa de culto africano com registro mais antigo em
Itaberaba é o Centro de Giro Boiadeiro, sob direção da senhora Neide
Maria Lopes de Oliveira, com registro datado de 1966 na Federação
Baiana de Cultos Afro-brasileiros. Muitos outros sacerdotes afro-
brasileiros fizeram história em Itaberaba, a exemplo do senhor “Chá”,
dona Edith e dona Amália. Outro segmento religioso presente no
cotidiano itaberabense é o Espiritismo, em suas discrepantes
ramificações, podendo-se destacar o Centro Espírita Jesus de Nazaré
que, possui muitas ações significativas no município.

“Duma capela erguida...


... sem truques, sem magia,
Um “ROSÁRIO” aparece
Cheio de contos e vidas
— Agradece a DEUS numa prece:
Ave Maria!”

Laumartins.
8. ALAGOAS E MARIA MILZA

Há 12 km do município de Itaberaba, no sentido Ruy Barbosa ao


Norte, está localizado o povoado de Alagoas, onde podemos
contemplar a beleza da Igreja Santo Antônio, rodeada por casas que
formam o pequeno vilarejo.
Com base nos depoimentos dos moradores deste lugar, o
povoado surgiu na década de 1920 e consagrou-se em 1955 a
visitação de fiéis e romeiros que vêm de várias partes do Estado na
busca de milagres e curas realizadas através de uma mulher que era
conhecida como “Mãezinha dos Pobres” cujo nome de batismo era
Maria Milza dos Santos.
Esta em 1950 teria tido a visão da Virgem Maria embaixo de um
pé de umbuzeiro, o qual foi transformado num santuário a Nossa
Senhora das Graças. Para entrar no local, os visitantes e fiéis têm de
tirar as sandálias e conservar-se em silêncio.
De aspecto meigo, acolhedor e humilde a “Mãezinha de
Alagoas”, vestia-se de branco e com um véu sobre os cabelos, nunca
deixava de atender a qualquer hora que fosse a seus fiéis,
derramando-lhes sobre a cabeça a água considerada abençoada e
envolvendo-os em orações como Salve-Rainhas e Ave-Marias.
As festas dedicadas a Nossa Senhora das Graças, ocorrem no dia
27 do mês de novembro, fazendo do povoado a maior atração e
aglomeração de fiéis.
Em 17 de dezembro de 1993, falece Maria Milza sendo seu corpo
velado na Igreja Matriz de Itaberaba (Nossa Senhora do Rosário) e
transportado em cortejo até o povoado de Alagoas por uma grande
multidão. No centro da igreja foi sepultado o seu corpo e ainda hoje, é
grande o número de fiéis que visitam o local para orar e meditar.
A Lei Municipal nº 817/95 reconhece como patrimônio
Arquitetônico, histórico-cultural e religioso o povoado de Alagoas.
9. ASPECTOS GEOGRÁFICOS DE ITABERABA1

Estado (unidade federativa): Bahia;


Gentílico: Itaberabense;
Mesorregião: Centro Norte Baiano;
Território de Identidade: Piemonte do Paraguaçu;
Microrregião: Itaberaba;
Municípios limítrofes: Boa Vista do Tupim (Oeste), Iaçu (Sul),
Ipirá (Leste) e Ruy Barbosa (Norte);
Distância até a capital: 264 km;
Área: 2.343.505 km²;
População: 66.592 habitantes (população estimada pelo IBGE
para 2016);
Densidade demográfica: 28,08 hab./km²;
Altitude: 265 metros;
Clima: Semiárido;
Vegetação: Caatinga;

Economia: Itaberaba é considerada a terra do abacaxi, sendo


o maior produtor do fruto da Bahia, com aproximadamente 15
mil hectares plantados. São mais de 8 mil empregos diretos
gerados através da cultura do abacaxi. Possui um comércio
forte, bem como indústrias de calçados e móveis. É um dos
principais centros regionais da Bahia, abrigando diversos
órgãos estaduais e federais. A cidade conta com várias
agências bancárias como Banco do Brasil, Banco do Nordeste,
Caixa Econômica Federal, Bradesco, SICOOB e Banco Itaú.

1
Fonte de dados: IBGE/ Portal do Município de Itaberaba.
Educação: O município possui escolas que atendem os alunos
em todas as etapas da educação básica (educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio). No que concerne ao
ensino superior, há um campus da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) com os cursos de Pedagogia, História, Letras,
Ciências Contábeis e Direito (a primeira turma instalada no ano
de 2015). Conta também a presença de universidades privadas
que oferecem cursos de graduação e pós-graduação.

Pedra de Itaberaba

De Castro Alves, o grande condoreiro,


Poeta de renome universal
Quisera, apenas, um sopro ligeiro
Pra cantar-te, pedra monumental!

O teu primor de forma e harmonia,


Onde tanto a natureza se esmera
Nas facetas de verso o plasmaria
Qual artífice algum jamais sonhara.

Se, porém, tal fazê-lo ora não posso


Por palhar-me a centelha nitente
E os arcanos da musa ignorar...

Fitando-te agora, oh pétreo colosso,


Quedo-me perante o teu vulto ingente
De eterno titan e atalaia do ar!...

Epitácio Cerqueira.
10. NOSSOS SÍMBOLOS

10.1 - A BANDEIRA

A bandeira de Itaberaba foi criada pelo artista plástico Edson


Souza, vencedor do concurso promovido pela Casa de Cultura de
Itaberaba em 13 de maio de 1988 e regulamentada pela Lei Municipal
n°. 666/90.

Ela tem três cores que representam o nosso estado: azul, branca
e vermelha.

 Branca – Formadora da cruz que representa a nossa fé.

 Vermelha – Dois retângulos que representam o clima semiárido.

 Azul – Dois retângulos que representam as águas do rio


Paraguaçu.

Ao centro a Pedra que Brilha, cujo nome em tupi-guarani que deu


origem ao termo Itaberaba, apoiada por dois xique-xiques estilizados,
juntamente com as produções do município.
Por trás da Pedra, a lua cheia desponta (homenagem ao luar do
sertão). Os raios por detrás da pedra representam os povoados, que na
época eram nove. Hoje a cidade tem cerca de quatorze povoados. O
conjunto está envolto por duas faixas que mostram a data de
emancipação político do nosso município (26 de março de 1877).

10.2 – O BRASÂO: De acordo com a lei 666/90, o brasão do


munícípio de Itaberaba é o emblema da parte central da bandeira
do município, substituindo o brasão anterior.

10.3 - HINO DO CENTENÁRIO DE ITABERABA (1989):

Composição: Donald Amorim (Sr. Nadinho)

Itaberaba, cidade reluzente,


Berço de valores culturais.
Seu passado revive no presente,
Sua história em belos madrigais.

Itaberaba, cidade secular,


Onde a vida é um prazer.
Sua grandeza sempre a brilhar
Neste canto que a faz crescer.

Itaberaba, cidade natural,

É aquarela num belo entardecer.


Sua pedra de granito a brilhar
Para um povo que a faz engrandecer.

Em seus jardins canta alegre o


Brasão da cidade de Itaberaba passaredo.
Nas igrejas, há um convite a meditar.
Itaberaba, poesia em segredo,
É nossa mãe, é cidade singular.
Itaberaba, terra de magia,
Acolhe a todos com alegria.
Gente hospitaleira que contagia
Os visitantes e habitantes com sabedoria.

Ivana Miranda
11. LENDAS E CAUSOS

11.1- A LOCA DO VELHO ANTERO2


Conta-se que há muito tempo em Itaberaba apareceu um lobisomem
que atacava a criação e as pessoas que passavam horas mortas pela rua.
Dizem que o filho homem que nasce depois de sete meninas tem como
destino se transformar no bicho em noites de lua-cheia. Há muito
desconfiavam que um senhor chamado Antero tinha o “azar” de se
transformar na fera, pois ele era o oitavo filho depois de sete irmãs.
Os bichos começaram a sumir e povo da cidade se revoltou. Com
paus, espingardas e pedras foram atrás do velho Antero, que desesperado
partiu para um elevado próximo à cidade, onde hoje é o Monte do Bom
Jesus e ali se escondeu por alguns dias até que a poeira baixasse.
Aproveitou uma loca de pedra, próximo de onde hoje é a chamada pedra do
vaqueiro e lá se escondeu com esmero.
O povo estava a caçar o seu Antero, não teve jeito, o acharam.
Levaram-no preso, mas o povo queria era linchá-lo. Mas, um episódio
chamou a atenção de todos: mesmo estando o velho preso o lobisomem
voltou a atacar. Essa é a prova que faltava para libertar o velho Antero. A
caverna em que o velho se escondeu até hoje é chamada de “Loca do ‘véi’
Antero”.

11.2- A MULHER DO CEMITÉRIO


Há muito tempo, quando pras bandas do monte era só fazenda e
muito mato, um homem se enamorou de uma moça que morava num sítio
praquelas bandas. Todas as noites ele saia em direção a roça de sua
amada e lá ficava até perto da meia-noite, quando ele descia rumo a sua
residência que ficava no centro da cidade.
Pra voltar pra sua casa tinha que passar de frente ao Cemitério
Municipal, que na época ficava no começo da Avenida Medeiros Neto.
Certo dia, quando voltava de seu cortejo, o homem encontrou uma
moça no caminho. Ele a cumprimentou e seguiu. Mais a frete, olha a moça
novamente. O homem ficou cismado e aumentou o rojão, por mais que ele
andasse depressa a moça o acompanhava. Andou, andou e nada, parecia
que ela envultava.

2
As lendas 11.1, 11.2,11.3 e 11
.5 foramrecontadas professor e escritor Danilo Reis de Matos Oliveira.
Quando chegou na porta do cemitério a mulher parou e segurou no
portão. O homem curioso perguntou porque ela ali parara e ela respondeu
que ali era sua morada. Até hoje esse homem corre e nunca mais foi ver a
namorada.
11.3- A SEREIA DA CASA DE PEDRAS
Contam que na Localidade conhecida como “Casa de Pedra”, nas
noites de lua cheia, é possível avistar uma linda mulher se penteando sob
os rochedos. Ela seria uma mulher comum, se não fosse pelo fato de no
lugar das pernas ter uma linda cauda de peixe.
Certo dia, um homem foi pescar à noite nessa localidade, ignorando
os boatos de que a sereia poderia seduzi-lo para o fundo do rio, pegou seu
anzol e cesto começou a pegar seus peixes.
Lá estava o pescador quando ouviu um som encantador. Curioso saiu
a procurar a fonte daquela briosa melodia. Quando avistou a sereia se
encantou num piscar de olhos. Ela cantava, cantava... seduzindo o pobre
homem.Ele a acompanhou a mãe-d’água que para o fundo do rio o levou.
No dia seguinte, acharam o homem jogando sob uma pedra, quase
sem vida, só deu tempo ele contar o que lhe aconteceu e morrer dizendo
que “ela é linda”.

11.4 - LENDA DO VAQUEIRO3

Diz a lenda que, em uma sexta-feira da Paixão nas altas horas da


madrugada as almas cantavam em cada encruzilhada. Um vaqueiro,
preocupado com a falta de um boi no curral, demonstrava grande aflição.
Teria que ordenhar as vacas sob as ordens de seu patrão e a falta do
reprodutor no local dificultaria a ordenha, pois, a companhia do reprodutor
estimularia uma maior produção de leite. Montou em seu cavalo branco,
trajando roupas de couro tendo o chicote na mão direita e as rédeas presas
na esquerda, corpo ereto, cavalgar perfeito, acompanhado de seu cão de
raça, partiu esperançoso à procura da rês.
Na encruzilhada, velas acesas fizeram-no lembrar-se do dia santo,
contudo achou mais importante não aborrecer o seu patrão, opondo-se
deste modo às crenças populares. Galopando, ouvia ainda o cantar das
almas. Continuou em sua busca, aboiando, guiado pelo faro do cão.
Ao aproximar-se da ladeira que levava à capelinha do Bom Jesus, o
cachorro de orelhas erguidas e olhos brilhantes revelou a presença do que

3
Fonte: http://www.itaberaba.ba.io.org.br/historia
procurava. A madrugada vagava em notas de pequena claridade quando no
topo do monte, por detrás da Capela, mugiu o animal indomável.
Aproximou-se cautelosamente empunhando o laço feito de corda grossa,
cantando a mais bela canção para domar o animal furioso. O touro recuou
raivosamente, o cavalo relinchou ouvindo-se ao longe o canto dos galos.
Então, o boi saiu em disparada, tendo no seu encalço o vaqueiro
dirigindo-se para o despenhadeiro, uma pedra escorregadia; o vaqueiro
percebendo tarde demais, que a morte o esperava atraindo-o para o
precipício.
Ouviu-se um grito penoso... A queda foi inevitável! No chão o corpo
sangrento e em cima o badalar do sino dos anjos. E foi o vaqueiro... Levado
pelo vento da madrugada nos primeiros raios de luz. E até hoje as almas
cantam em cada encruzilhada para a alma do pobre homem... Que penou
durante anos... E assim a pedra, passou a chamar-se Pedra do Vaqueiro,
ainda admirada e visitada pelos supersticiosos no dia Santo da Paixão e
pelos vaqueiros no domingo que antecede a festa da Padroeira Nossa
Senhora do Rosário.

11.5 – A BOIÚNA PRETA


Contam que a Boiúna é uma cobra preta que vive próximo às casas e
não pode ver cheiro de leite materno que quer mamar. Para isso ela
aproveita quando a mulher recém-parida está em sono profundo, coloca a
cauda na boca da criança para não acordá-la e começa a sugar o leite do
peito materno.
Tereza não acreditava na história que contavam, dizia que era
enganação. Ela estava grávida e logo teve um menino, que todas as noites
dormia com ela num colchão no chão.
Tereza estava num sono tão gotoso que nem viu quando a boiúna
desceu pelo telhado. A cobra colocou a cauda na boca da criança e
começou a mamar o leite da mãe. E assim fez a cobra por muitos dias, até
que um dia, Tereza teve uma insônia e, quando a cobra começou a sugar o
leite ela acordou.
Tereza nunca mais teve dúvida que a história que contavam era
mesmo verdade: acordou a vizinhança com o grito que deu. A cobra, não
conseguiram pegar, pois pro mato ela correu.

A caiana está madura,


Muito boa de moer,
Meu sertão tem seus encantos
Que jamais posso esquecer.

Zulmira Silvani.
12. UM POUQUINHO DE NOSSA HISTÓRIA...

 1768- É fundada, pelo capitão Manoel Rodrigues Cajado, a


fazenda São Simão que deu origem a Itaberaba;
 1809- Antônio de Figueredo Mascarenhas, quarto proprietário
da Fazenda São Simão, edifica uma capela em honra a Nossa
Senhora do Rosário do Orobó;
 1827 – Falece Antonio de Figueiredo Mascarenhas, casado com
Francisca Maria de Jesus que, segundo a tradição, construíram
em terras próprias de sua Fazenda Rosário, a capela, hoje
Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
 1843- É criada a Freguesia (paróquia) de Nossa Senhora do
Rosário do Orobó, em 18 de maio;
 1870- O poeta Castro Alves visita a Fazenda Santa Isabel;
 1877- O povoado é elevado à categoria de vila por meio da
resolução n° 1715, de 26 de março, denominando-se “Vila do
Orobó”;
 1888 – Conforme descrição de Durval Vieira Aguiar, nesta
época já existia, no Monte, uma capela dedicada ao Bom Jesus
da Lapa.
 1897- Vila do Orobó é elevada a categoria de Cidade pela lei
estadual n° 176, de 25 de junho, passando a denominar-se
“Itaberaba”;
 1907 – Eduarda Francisca de Oliveira, viúva de Patrício
Fernandes Serra, fez doação de dez braços de terras no monte,
ao norte da cidade, para construção da atual Capela de Bom
Jesus da Lapa.
 1908- Instalação na cidade e povoados, de lampiões a
querosene;
 1914- Vila do Orobó Grande (Hoje cidade de Ruy Barbosa)
criada pela Lei n.° 1022, de 25 de junho, desmembrada deste
município de Itaberaba;
 1926- Assume a Paróquia o Pe. Aristides Pedreira do Couto
Ferraz, época em que inaugurou a Capela do Senhor Bom
Jesus da Lapa, no monte.Nova; ferrovia inaugurada o trecho
Sítio Novo (Iaçu) a Itaberaba, em 1° de outubro; Jornal “O
Itaberaba”, montado em 05 de novembro pelo jornalista Roque
Fagundes de Sousa;
 1927- Criação da Filarmônica Maestrina Silvany;
 1933- Inauguração do Açude Juraci Magalhães, em 14 de
janeiro;
 1938- Inauguração do serviço de energia elétrica no município;
 1949- Aeroporto, inaugurado em 18 de maio, pelo primeiro
pouso;
 1953- Inauguração do Ginásio de Itaberaba (Hoje Colégio
CETEP);
 1957- Incêndio na igreja Matriz;
 1958- Inaugurado o serviço de abastecimento de água no
município; Ibiquera, municio criado e desmembramento de
Itaberaba pela Lei n° 1038, de 20 de Novembro.
 1961- Inauguração do Hospital Nossa Senhora do Rosário da
Santa Casa de Misericórdia, hoje Hospital Regional de
Itaberaba;
 1962- Boa Vista do Tupim, município criado e desmembrado
pela Resolução Municipal n° 1, de 17 de fevereiro e aprovada
pela Lei Estadual nº 1792, de 19 de julho;
 1971- Fundação da Companhia Telefônica de Itaberaba em
convenio com a Telecomunicações da Bahia S/A – TELEMAR;
 1977- Centenário Municipal;
 1990- É implantada em Itaberaba a primeira Universidade, com
o curso de Pedagogia;
 1999- Inauguração da rodoviária e do Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães; Constituinte Municipal promulga a Lei
Orgânica do Município, em 26 de Março;
 2010- Asfaltamento do centro da cidade;
 2012- Instalado o Agrupamento do Corpo de Bombeiros;
Implantação do Ponto cidadão;
 2015- Criação do distrito de Santa Quitéria, conforme Lei
1.142/09, regulamentado pelo Decreto n.º 184 de 24 de agosto
de 2015; e Instalação do curso de Direito na UNEB;
 2016- Rayssa Santana, natural de Itaberaba, ganha o “Miss
Brasil” representando o estado do Paraná;
 2017- Seleção de Itaberaba é campeã do “Campeonato
intermunicipal da Bahia”.
13. PONTOS TURÍSTICOS:

13.1 - PEDRA QUE BRILHA: Localizada há 25 quilômetros da sede da


cidade, na fazenda Itaberaba, medindo 220 metros de altura é possível
vislumbrar o bloco rochoso de granito que deu nome a Itaberaba. Segundo
o historiador Epitácio Cerqueira, os índios faziam referencias a uma pedra
muitas léguas para o sertão e diziam conter nela muitas riquezas. Próximo
ao bloco principal há outra pedra, nominada “Pedra dos Tapuias” onde
podem ser apreciadas, em uma cavidade esculpida pelo tempo, pinturas
rupestres feitas pelos Maracás, em tinta avermelhada. Os Maracás não
viviam em cavernas, mas as utilizava para guardar suas urnas funerárias. A
pedra foi tombada como ponto turístico e histórico pela Lei Municipal n°
656/1989.

13.2 - AÇUDE JURACY MASGALHÃES JÚNIOR: Construído no Rio


Piranhas sobre enormes pedras, que ainda hoje podem ser vislumbradas
em suas laterais, rodeando uma área de 1.035.350 m², com um volume de
água de 3.718.990 m³, com profundidade média de 10m, ligando sua
barragem às margens do rio numa extensão de 264m, encanta pela sua
beleza e brilho. Sendo o rio Piranhas um rio salobro, torna-se ainda mais
salinizado com seu represamento, ficando assim inviável a utilização para
serviços de construções civis, lavanderias ou abastecimento às casas. O
clima quente da região e a seca diminui seu volume e o faz mais salino
ainda, entretanto pela sua beleza e gigantismo serve à prática de passeios,
diversões livres, esportes aquáticos, além de favorecer aos pescadores da
região como forma de complementação da renda familiar através da pesca
de peixes. O açude foi inaugurado em 14 de janeiro de 1933. Foi tombado
como patrimônio histórico pela Lei Municipal n° 660/1989 e, a lei 1.007/2003
cria o “Parque Ecológico Municipal”.
Eu e o Açude

Moribundo, quase morto e alquebrado,


Tu dormes no leito de árido rio,
Completamente abatido e desprezado,
E a cidade usando teu bojo como baldio.

Já mataste a fome até de afidalgado,


Gente que vivia em estado de arredio;
Mesmo assim continuas subestimado,
Por quem necessita do te passadio

Tens o passado glorioso, tenho certeza.


Mas sabemos que o homem é um ingrato,
Não tendo compaixão do teu sofrimento.
Tuas águas que deveriam ser uma pureza,
Claras, e bem cuidadas com fino trato;
Meu velho companheiro de nascimento.

Valmir Britto
13.3 - MONTE DA IGREJA E PEDRA DO VAQUEIRO: No alto do monte,
localizado ao norte do centro da cidade, tem-se como atrativo turístico a
Igreja do Bom Jesus. A edificação atual é do ano de 1926, mas registros
comprovam que na década de 1890 já havia uma capela construída no
local. Do lado direito da Igreja, além da visão do Açude Juracy Magalhães
júnior, pode-se vislumbra a
popular Pedra do Vaqueiro,
assim chamada em alusão a
“Lenda do Vaqueiro”, muito
popular entre os itaberabenses.
Durante o ano é tradição entre os
munícipes subir o monte na
sexta-feira da Paixão, no dia 06
de agosto (dia em que se
comemora Bom Jesus da Lapa)
e no primeiro domingo de
outubro (Festa dos Vaqueiros).
No alto do monte também podem ser vistas torres de telefonia e televisão. A
lei municipal de número 726/91 reconhece como patrimônio religioso,
artístico e cultural o Monte Bom Jesus da Lapa e a Pedra do Vaqueiro.

13.4 - PRAÇA DO ROSÁRIO: A Praça Nossa Senhora do Rosário,


popularmente conhecida como Praça do Rosário ou da Matriz, é um dos
pontos de encontro do povo itaberabense. Ela é o berço onde nasceu a
cidade e no seu entorno podem ser apreciados alguns casarões
centenários, alguns destes tombados como patrimônio histórico de
Itaberaba. No centro da praça está a igreja matriz da cidade, de frente a
igreja a pérgula e ao lado a torre inaugurada em 1945. A lei n°. 758/92
reconhece como patrimônio arquitetônico, histórico cultural as fachadas
residenciais e demais prédios coloniais e barrocos da Praça.

13.5 – A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA: A estação de Itaberaba foi inaugurada


em 1926, como ponta de linha de um curto ramal que saía da estação
de Iaçu, na linha da então Central da Bahia, parte da francesa Chemins de
Fer. Dois anos depois a linha foi prolongada mais um pouco, até Itaíba
(1928), e em 1951 foi juntada com a linha que vinha de Senhor do Bonfim,
ao norte. A linha teve trens de passageiros até fevereiro de 1977. O motivo
do fechamento do trecho Iaçu-Bonfim teria sido um acidente ocorrido no
final de 1983 entre Iaçu e Itaberaba.

13.6 - ITABERABA E SUAS FEIRAS-LIVRES: As feiras-livres sempre


foram um lugar de encontros, lazer e trabalho. Muitas cidades de renome
surgiram a partir de feiras livres, a exemplo de Paris, capital da França, que
em tempos antigos era um importante entreposto comercial da Europa.
Outra cidade que pode ser citada é Feira de Santana, que fica a cerca de
160 km da cidade de Itaberaba, cuja importância da feira para o seu
surgimento está no seu nome.
A primeira feira livre de Itaberaba se instalou na Praça Nossa
Senhora do Rosário, também
conhecida como praça da
matriz,onde permaneceu por
muitos anos. A Feira livre era
o local de escoamento da
produção vinda de fazendas
da região, bem como era
nesta praça que se
concentravam as casa
comerciais da cidade, à
exemplo da Loja Magnólia e a
Casa Silva.
À medida que a cidade
foi crescendo a feira foi sendo transferida para outros locais de modo a
acompanhar a extensão territorial da cidade e proporcionar melhores
condições aos munícipes e feirantes. Assim, a feira fora transferida em 1952
para a Praça Flávio Silvany, onde atualmente funciona o mercado Moisés
Ribeiro, conhecido popularmente como “Mercado Velho”. Ainda nesta praça,
em outro prédio, funcionava o Mercado de Farinha.
Posteriormente, na gestão do prefeito Antônio de Andrade Santos
(1977-1982), a feira fora transferida para a Praça do Coqueiro (hoje Praça
Josenildo Miguel de Brito) onde funcionou até o ano de 2004.
Atualmente, a Feira livre de
Itaberaba funciona no Mercado do
Produtor nominado João Almeida
Mascarenhas, que foi um grande
empreendedor e comerciante da
cidade. As paredes externas do
mercado são uma exposição
permanente de pinturas do artista
plástico itaberabense Hilson Ramos,
que encantam a todos que diariamente
frequentam o espaço. O mercado foi
idealizado e construído na gestão do
prefeito Jadiel Almeida Mascarenhas
(2001-2004) e atualmente é o maior
centro de escoação da produção hortifrutigranjeira da cidade de Itaberaba.

13.7 – BIBLIOTECA MUNICIPAL – Criada em 1966 e regulamentada pela


Lei Municipal 462/74, na gestão de Ely Santos Rocha, denominando-se
Biblioteca Pública Municipal Antonio Dias Andrade. Iniciou suas atividades
na Av. Rio Branco, sendo transferida mais tarde para a Praça do Rosário e
de lá para uma das salas do Instituto Municipal de Educação, onde
funcionou até o ano de 1997.
Em 1998, foi nomeada para o cargo de Chefe do Departamento de
Biblioteca a professora Gilsabete Gomes Simas e, em 1999, foi
reinaugurada na Praça Teixeira de Freitas, 76, já instalada em prédio
próprio (tombado), com funcionamento de segunda a sexta das 8 às 18
horas, com uma área de 155m², em bom estado de conservação (na
época), oferecendo os serviços de pesquisa e empréstimo, com média de
200 livros/mês e frequência de usuários de 2.000 mensais. A professora
Gilsabete assumiu a gerencia em períodos distintos da história da
instituição, tendo sido árdua batalhadora para a melhoria dos serviços
prestados à comunidade.
Em janeiro de 2007, assume a função de Gerente de Bibliotecas a
professora Hilda Maria Leal Fernandes.
Em 2012, assume a gerencia de Bibliotecas a bibliotecária Luzinete
Costa de Souza, em função do afastamento da senhora Gilsabete para
concorrer ao cargo de vereadora.
Em 2017, assume a função de Gerente de Bibliotecas o professor
Danilo Reis de Matos Oliveira, funcionando o órgão junto à Secretaria de
Cultura.

13.8 - CEMITÉRIOS DE ITABERABA – Segundo o historiador Juracy


Queiroz, o primeiro cemitério que existiu nas terras de Itaberaba se
localizava de frente a Igreja Matriz, do lado direito, isso na época da
Fazenda São Simão. Algumas pessoas também foram enterradas dentro da
Igreja, onde ainda hoje podem ser vistos as lápides na sacristia do templo
religioso. O cemitério mais antigo localizava-se na antiga Rua do Jardim,
hoje Avenida Medeiros Neto, e denominava-se “Cemitério São Sebastião”.
Por volta de 1897 foi construído o cemitério Municipal no final da Avenida
Medeiros Neto, que na época ficava fora da cidade. Por fim, na gestão de
Josenildo Miguel de Brito, foi construído o Cemitério Recanto da Paz
Eterna.
14. ITABERABA: TERRA DE MUITOS ARTISTAS!

Muitos são os artistas que embelezam com sua arte os dias de


Itaberaba. Os nomes que se seguem são apenas uma pequena parcela
de um povo que produz diuturnamente arte. As biografias aqui
transcritas compõem o acervo biográfico da Biblioteca Pública
Municipal Antônio Dias Andrade.
14.1- ADRIANO DO NASCIMENTO – Nasceu em Itaberaba no dia 12 de
junho de 1975. Filho de dona Ana Maria do Nascimento, formou-se em
Técnico em Contabilidade, pelo Colégio Estadual de Itaberaba e
licenciou-se em Letras com ênfase em inglês, pela Universidade Católica
da Bahia. Na década de 90 participou dos grupos teatrais Raízes, Arte
Incena, Cucuruca e Umbuzeiros (este último fundado por ele). Escreveu e
atuou em muitos espetáculos em Salvador e em Itaberaba. Enquanto
professor, sempre esteve comprometido com os projetos artísticos e
literários. Faleceu em 04 de outubro de 2011.
14.2 - AGÁ MENDES - Agamenon Mendes Cerqueira, mais conhecido
como professor Agá, é itaberabense, nascido em 26 de setembro de
1975. Filho do cabeleireiro Joel Rodrigues Cerqueira e da costureira
Maria de Lourdes Mendes Cerqueira. É pedagogo e historiador formado
pela UNEB - Campus XIII – Itaberaba, especialista em Psicopedagogia
Clínica e Institucional e Mestrando em Desenho, Cultura e Interatividade
pela UEFS. Há 25 anos atua no movimento teatral em Itaberaba. Já
integrou o Grupo teatral Raízes e ainda participa do Grupo Teatral Arte
Incena onde já representou mais de 20 espetáculos e performances.
14.3- AMILTON MASCARENHAS - Nasceu em Licínio de Almeida
(Sudoeste da Bahia) em 1947. Em 1965 veio para Itaberaba (terra de seu
pai e avô), onde ficou noivo da prima em 2º grau Maria Amélia e aqui
concluiu o Ginásio em 1966. Em 1967 voltou para sua terra onde
permaneceu até dezembro de 1968. Em 25 de janeiro de 1969 casou-se
com Maria Amélia e iniciou o Curso Técnico em Contabilidade como
aluno fundador, tendo concluído o mesmo em 1971 (1ª turma de
Contabilidade do Colégio Estadual de Itaberaba); em 28 de agosto de
1971 nasceu sua filha Urânia Betty e, em 15 de março de 1973 nasceu
seu filho Fredson Antônio. Professor do Colégio Estadual de Itaberaba na
área de Contabilidade. Foi com outros amigos da Cultura, fundador da
Casa de Cultura de Itaberaba e presidente da mesma no terceiro
mandato. Escreveu 36 livros de poesias e publicou 16. Vencedor de
vários festivais de música e de poesias. Atuou como Chefe da
Coordenação de Eventos Diretor da Divisão de Cultura do quadro da
Secretaria de Educação e Cultura.

14.4- ANTÔNIO DIAS ANDRADE (A. DENARD) - Nasceu em Itaberaba,


em 13 de junho de 1877, filho de Francisco Gil Dias de Andrade e
Mariana Rosa de Andrade. Seu pai era filho de um grande latifundiário
muito rico de origem portuguesa, o Sr. Joaquim Antônio Dias de Andrade
e sua mãe, a Sr.ª Maria Magdalena do Amor Divino de Andrade. Seus
pais se estabeleceram na região de Itatim por volta de 1835, onde
morreram também em 1899, ambos no mesmo ano e mês. A.Denard foi
casado em primeiras núpcias com Ana Amélia Pereira de Andrade. Viúvo,
casou-se com Carlinda Sampaio Andrade. Residiu em Itaberaba até os
80 anos, tendo posteriormente se fixado em Salvador. Dedicou sua vida à
poesia com várias publicações, inclusive na Revista Luso Brasileira,
editada em Lisboa. Homem profundamente cristão e de temperamento
otimista e pacífico, é de sua autoria o Hino Oficial em homenagem à
Padroeira Nossa Senhora do Rosário de Itaberaba. Seu falecimento
ocorreu na cidade de Salvador, em 26 de maio de 1982, prestes a
completar 105 anos de existência. Sua memória é reverenciada por todos
que o conheceram. A Biblioteca Pública Municipal Antônio Dias Andrade
presta justa homenagem ao ilustre filho de Itaberaba.
14.5- ANTÔNIO NIVALDO MENEZES SILVA, natural de Itaberaba-
Bahia, nasceu no dia 17 de novembro de 1961. Aos 20 anos de idade
concluiu o 2º grau formando-se Técnico de Contabilidade, estudando no
Colégio Estadual de Itaberaba. Trabalhou em algumas empresas
privadas, e em duas gestões diferentes esteve na Prefeitura Municipal de
sua cidade. Trabalhou também no Cartório de Registro Civil, exercendo a
função de datilógrafo. Em São Paulo, concluiu o curso de silkscreen
aperfeiçoando assim o seu ramo de pinturas artísticas. Participou por
duas vezes de Concursos poéticos realizados pela SHOGUN ARTE DO
Rio de Janeiro, no qual suas poesias foram classificadas para ser lançada
no Livro “Literatura Brasileira”, ainda sem divulgação.

14.6- ARAILZA LOPES - Nasceu em Boa Vista do Tupim – Ba, em 1950,


filha de Pedro Lopes Ferreira e Maria Roquelina de Jesus. Ainda
pequena, mudou-se para Itaberaba, onde reside até o seu falecimento.
Estudou, formando-se em Magistério pelo Colégio Estadual de Itaberaba.
Publicou o livro “Fragmentos do Passado”, fez parte do Colegiado do
Colégio Estadual de Itaberaba nos anos de 1997 a 1998, trabalhou como
Agente Comunitário de Saúde no período de 1999 a 2001 e por fim no
Conselho Tutelar. Era casada com o funcionário público Raimundo
Nonato Custódio, com quem teve três filhos.

14.7- CLAUDINÉIA DA SILVA BARBOSA – Professora, escritora,


poetisa e atriz, nasceu em São Paulo – SP, veio com sua família para a
Itaberaba- Bahia aos quatro anos. Cursou Pedagogia na Universidade do
Estado da Bahia - UNEB e Fez Especialização em Educação Infantil,
Especialização em Metodologia do Ensino das Artes no Centro
Universitário Internacional – UNINTER/SC e Cursou Especialização em
Neuropedagogia pela REALIZA PÓS-GRADUAÇÃO – Itaberaba-BA.
Integrante da primeira formação do grupo Xengobulengotengo C&A de
Teatro em 2009. Criou e atuou como Palhaça Chrystal e Boneca Lís (Flor
de Lís). Em 2015 publicou o livro “Olhar sensível sobre o
desenvolvimento na infância: Pesquisas sobre a prática pedagógica”.
Adotou o nome artístico de Claudinéia Essênciah, divulgando suas
criações por meio de blogs administrados por ela.

14.8- CLÁUDIO CRUZ – Bonequeiro, aderecista, ator, arte-educador e


historiador. Nascido em Salvador em 13 de maio de 1970, filho de d.
Jovenice e do Sr. Reginaldo. Reside em Itaberaba desenvolvendo
trabalhos artísticos com crianças, adolescentes e jovens.

14.9- CLEONILZE SILVA DOS ANJOS – Escritora, nasceu na cidade


histórica de Camamu, no litoral baiano em 07 de março de 1934. Filha do
cacauicultor Miguel Ferreira da Silva, sírio libanês, naturalizado brasileiro
e da professora Clotilde Carvalho Ferreira da Silva, natural de Salvador –
Bahia. Fez até o 3º Ano Primário com sua mãe. No 4º Ano Primário foi
internada no Colégio Nossa Senhora da Piedade e, Ilhéus, onde
continuou seus estudos até a conclusão do Curso Pedagógico em 15 de
dezembro de 1953. Em janeiro de 1954 foi nomeada professora do
Estado. Casou-se com o Funcionário Federal José Silva dos Anjos, tendo
quatro filhas. Em Itaberaba, trabalhou como Regente de Classe,
Assistente de diretoria da Escola Everaldo Bacelar, conveniada com a
Loja Maçônica Deus Justiça e Fraternidade.

14.10- DANILO REIS – Professor, escritor, cordelista, poeta e cantor.


Filho de Suely Reis de Matos Oliveira e Domingos Barbosa de Oliveira,
nasceu em Itaberaba em 08 de junho de 1990, onde reside desde então.
Formado em Magistério, licenciado em Pedagogia pela UNEB e
especialista em História da Cultura Afro-brasileira. Atua como professor
desde 2010 e é aluno da primeira turma de Direito da UNEB em
Itaberaba. Em sua produção literária utiliza histórias do repertório cultural
itaberabense, como em seus cordéis “O julgamento de Nossa Senhora” e
“A toca do velho Antero”. Escreveu um romance que se passa em
Itaberaba, ainda sem edição. Atuou como “O Bispo” no filme curta-
metragem “Do infinito a diante” de Fabrício Apache. Em 2017 assumiu a
função de Gerente da Biblioteca Municipal de Itaberaba.

14.11- DENISE MARY - Profissional em educação, itaberabense, nascida


em 30 de junho de 1960, filha de Florêncio Mendes de Oliveira (Lota) e
Maria de Lourdes Azevedo Oliveira. Entre nove irmãos ela é a
primogênita. Formada em Pedagogia pela UNEB. Publicou a sua primeira
obra literária – A Cartilha “Reviver é aprender e em versos eu vou dizer”,
com autoria de seus alunos da 4ª série, no ano de 1999, da Escola
Nelson Alves de Guimarães Carvalho. É poetisa e há pouco tempo vem
adotando um novo estilo de produção textual, a crônica, em forma de
prosa seguindo a linha do romance histórico, escrevendo vários textos
para jornais e revistas.
14.12- DONALD AMORIM (NADINHO) - Músico, maestro, compositor e
poeta. Nasceu na cidade de Amargosa – Ba. Em 15 de agosto de 1913.
Estudou música com seu pai e, aos 14 anos já fazia sua primeira tocada
na Filarmônica Lira Carlos Gomes daquela cidade. Aos 20 anos mudou-
se para uma fazenda. Em 1940 casou-se com Alaíde Cardoso. Deste
enlace nasceram Marilúcia e Josina. Em 1945 veio para Itaberaba como
maestro da Lira Itaberabense, conhecido pela Câmara de Vereadores e
foi também homenageado pela Casa de Cultura como “Amigo da
Cultura”. Escreveu muitos dobrados, marchas, valsas, boleros. Deixou
muitas poesias, trovas e sempre fazia uma dedicatória para a esposa,
filhos e netos. É o autor do Hino Oficial de Itaberaba. Publicou, aos 98
anos de idade, o livro Poesias. Autor do Hino a Padroeira Nossa Senhora
do Rosário, de parceria com Rosalino Celestino de Jesus. Faleceu em 20
de julho de 1997.

14.13- EDSON SOUZA - Nasceu em Itaberaba-BA, em 26 de março,


coincidentemente aniversário da cidade, sendo seus pais Modesto Souza
e Amanda Lima de Souza. Irmão do não menos conhecido o atleta
maratonista Edvaldo de Souza, o “Itaberaba”. Iniciou sua carreira artística
como desenhista letrista e trabalhos de serigrafia. Logo se transferiu para
Salvador onde concluiu o Curso de Bacharelado em Artes Plásticas pela
Universidade Federal da Bahia. Autor da Bandeira do Município de
Itaberaba, quando venceu o concurso realizado pela Casa de Cultura em
1988. Sua produção artística envolve trabalhos gráficos e publicitários,
sendo também vencedor de concursos nessa área. Atualmente, sua
pesquisa artística transita entre o abstracionismo e o informalismo.

14.14- EPITÁCIO CERQUEIRA – Professor, escritor, artista plástico,


farmacêutico e químico, nasceu em Itaberaba – Ba. Fez as primeiras
letras nas Escolas Reunidas Castro Cincurá, o primário na Escola
Coração de Jesus, o Curso de Admissão no Ginásio Dantanópolis, em
Feira de Santana, o Ginásio no Colégio Ipiranga, em Salvador e, também,
o Científico no Colégio Central da Bahia. Lecionou no Colégio Estadual
de Itaberaba, onde foi Secretário e Diretor, também Secretário e Diretor
do Instituto Baiano de Educação, em Salvador. Fez inúmeras exposições
de pintura individuais e coletivas, Presidente Seccional para o Estado da
Bahia da Academia de Letras Municipais do Brasil, com sede em São
Paulo – SP; Membro do Grupo de Trabalho para Implantação do Centro
de Ensino Superior de Itaberaba – CESI; Membro da União Brasileira de
Escritores – (UBE); Chefe do Departamento de Patrimônio Histórico e
Cultural da Secretaria de Educação e Cultura do Município de Itaberaba;
Sua maior contribuição para o ovo de Itaberaba foi o livro “Pedra que
Brilha” que conta a história do município.
14.15- FATIMA ARAÚJO – Bonequeira, aderecista, atriz e arte
Educadora, Graduanda em Letras pela UNEB, nasceu em 16 de outubro
de 1972, na cidade de São Paulo. Mudou-se para Itaberaba no ano de
1973, onde reside até hoje. Filha de João Leopoldo de Araújo e Maria
Joana de O. Araújo, formou-se em magistério em 1993. Casada com o
também artista Cláudio Cruz, seu parceiro na companhia de teatro
“Mãos”.

14.16- FREDYE GAUBER- Fredson Antônio Almeida Mascarenhas,


nasceu em Itaberaba-BA, em 15 de março de 1973. Filho dos poetas e
professores Amilton Menezes Mascarenhas e Maria Amélia Almeida
Mascarenhas. Formou-se como Técnico em Contabilidade e em 1994
descobriu o dom de cantar e compor. Sua primeira música foi “Uma
história de amor”. Atualmente tem mais de 200 composições e participou
de festivais de música.

14.17- HILSON RAMOS – Hilson Claudino Ramos, conhecido como


‘Inho’, nasceu em Itaberaba em 08 de outubro de 1962. Filho de José
Bastos Ramos e Aurelina Claudino Ramos. Artista plástico autodidata,
desde muito cedo mostrou aptidão para o desenho, aprimorando sua arte
com o tempo. Suas Obras estão espalhadas por várias cidades do país e
do exterior. Dentre suas obras, destaca-se o quadro “Justiça Nordestina”,
exposto permanentemente co saguão do Fórum Desembargador Hélio
Lanza, Em Itaberaba.

14.18- JOÃO CARLOS - cantor, compositor e trovador, nasceu em


Lençóis – Ba, trabalha atualmente na Prefeitura Municipal de Itaberaba
como Chefe de Departamento de Coordenação de Projetos e Eventos da
Secretaria Municipal de Cultura. Ganhou fama ao ser vocalista do grupo
“Los Românticos” Formou-se em Magistério, atuando como professor e
Diretor Escolar. Fixou residência em Itaberaba, onde se casou e
constituiu família.

14.19- JONATAS ROCHA RAMOS - Nascido em 1982, em Itaberaba –


Ba.Filho de pessoas humildes, pai lavador de carros e a mãe doméstica,
sua infância foi muito difícil, começando a trabalhar com apenas sete
anos ajudando seu pai e assim seguiu até os 14 anos, quando iniciou seu
curso de informática e sua paixão por poesias. Aos 16 anos começou a
sua coletânea com o livro de poesias “Princesa”, ainda não publicado por
falta de recursos. Já estendeu sua obra com o mais recente “Jardim dos
Sentimentos”. Atualmente é técnico em micro computadores e já espera
seu reconhecimento como poeta da terra.

14.20- LAUMARTINS DE ANDRADE - Nascido em Itaberaba, é poeta,


trovador e professor. Fez o Curso Técnico para o Magistério, é licenciado
em Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do
Distrito Federal (CEUB). O poeta já participou de diversas coletâneas. A
relação espontânea e fraterna entre poetas, Laumartins idealizou o Grupo
“A Gente” – Agremiação Literária Independente – atualmente com sede
em Itaberaba. Laumartins é responsável pelo jornalzinho “A Gente é
Notícia”. Em outubro de 1985 fundou o Jornal – Livro A Gente (formato
bolsilivro). É membro fundador da casa de Cultura de Itaberaba, também
é sócio fundador da FEBET – que é a Federação Brasileira de Entidades
Trovistas pertencente a diversas entidades culturais.

14.21- LEE RAMOS – Filha do Sr. Barnabé e de D. Ambrosina. Tem


cinco irmãs. É natural de Mundo Novo – Ba, mas, adotou Itaberaba como
cidade mãe pelo tempo que aqui mora e por tudo que construiu.
Começou sua carreira artística em 1980 quando cursava o Magistério e,
por intermédio da Professora Olga Guimarães foi convidada a integrar o
Grupo de Recital da Casa de Cultura Renascer. Participando de
recitais em várias cidades da região, começou a escrever poesias e
participar de alguns recitais, chegando a ter algumas premiações.Em
1983, começa a fazer teatro com GAPI (Grupo de Arte Popular de
Itaberaba). Em 1985, tem sua primeira experiência com textos teatrais
com a oficina do Projeto Chapéu de Palha, promovida pelo TAI (Teatro
Amador de Itaberaba). Em 1986, funda o Grupo Raízes com outras
companheiras que integra até os dias de hoje. Integra, também, outros
movimentos sociais, como: Fórum da Cidadania, APLB, SINDSERVI,
Movimento Negro, ONG, PEDRA e outros.

14.22- MARIA DA CONCEIÇÃO SANTOS – Poetisa e diretora teatral,


nasceu em 30 de maio de 1940. Filha de Nestor Santos e Clotildes
Pereira Santos. Natural da cidade de Santo Antônio de Jesus – Ba,
casada com Deusdete Souza Ramos, teve nove filhos. Após o
nascimento do seu primeiro filho foi morar na cidade de Milagres, BA.,
onde passou alguns anos quando então mudou-se para Itaberaba, onde
reside há quase 40 anos. Chegando aqui, ingressou nos serviços da
Igreja Nossa Senhora do Rosário. Atendente de Enfermagem pelo HRI
(Hospital Regional de Itaberaba). Ajudou na luta pela conquista do
Campo do Governo, do Caititu, Rosário FM, a fundar o Movimento de
Mulheres e o Movimento Negro. Foi a primeira candidata a Prefeita de
Itaberaba. Durante anos promoveu o espetáculo teatral “Auto de Natal”
com a apresentação d coral Natividade, regido pelo maestro João Carlos.

14.23 - MARIA DE LOURDES DE ALMEIDA GOMES - Nasceu em Ipirá


– Bahia, em 13 de junho de 1943, filha de João Trajano Gomes e de
Maria Amélia Almeida Gomes. Escritora, professora, vereadora e lutadora
das causas educacionais e sociais, foi a fundadora da instituição Lar da
Criança Itaberabense que mais tarde transformou-se na Instituição
Educacional Escola Maria de Lourdes Almeida Gomes. É autora do livro
“Dolorosa Busca da Felicidade”.

14.24- NELSON GUIMARÃES - Nasceu em 11 de janeiro de 1905 na Vila


Bela de Umburanas, hoje Guiarpá, município de Urandi – Ba, filho de
Silvino Alves de Carvalho e de D. Joaquina Guimarães Carvalho.
Comerciante aposentado, residiu em Itaberaba desde 1938, casado com
Maria Izabel de Carvalho, professora aposentada, tiveram 14 filhos. Foi
membro fundador da Casa de Cultura de Itaberaba e além de poeta é
trovador, membro da FEBET.

14.25- OLGA MAGALHÃES – Poetisa e trovadora, filha de Nelson A. de


Guimarães Carvalho (poeta) e Maria Isabel de Carvalho, nasceu em
Itaberaba – Ba, em 28 de abril de 1944, casada, mãe de 3 filhos,
professora de 1º e 2º graus, é pintora, escritora, poetisa e trovadora.
Membro da FEBET – CRC – Academia Anapolina de Letras e Filosofia,
Academia Petropolitana de poesia Raul de Leone, Academia Eldoradense
de Letras, Casa de Cultura de Itaberaba e membro delegado da U.B.T.
(União Brasileira de Trovadores).

14.26- VALÉRIA ROCHA – Nascida em 07 de maio de 1979 é


professora, atriz, palhaça e cordelista. Última dos sete filhos da dona de
casa Maria José da Paixão de Oliveira e do garimpeiro Coriolando Rocha
de Oliveira, Valéria é natural de Lençóis - BA. Na sua infância e quase
toda a adolescência teve uma significativa vivência com a música, sendo
integrantedo Coral Pedra de Luz, sob a regência do Maestro Keiller Rêgo.
Em 1998 mudou-se para Itaberaba quando aprovada no vestibular de
Pedagogia na UNEB, quando se graduou. Pós graduada em Língua
Brasileira de Sinais – LIBRAS; e está se especializando em Literatura
Infantil. É professora de Educação Infantil pela rede Municipal de Ensino
de Itaberaba, tendo atuação em outras atividades desse segmento, e
como Técnica Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação.É atriz
de teatro desde 1999, participou do Grupo Teatral Raízes, da Companhia
Cênica Só os Lóro e os Caburés Cantando Dentro e da
Xengobulengotengo Companhia de Teatro. Recentemente, inaugurou a
Casa Azul - Xengobulengotengo - Escola de Teatro e outras Artes, na
qual é sócio-fundadora.
14.27- VALMIR ALVES BRITTO - Filho de Odulpho Santos Britto e Maria
José Alves Britto (Bezé), nascido em 02 de novembro de 1932, no
povoado de Itaíba – Itaberaba – BA. Concluiu o 1º e 2º Graus no Colégio
Estadual de Itaberaba. Autodidata. Como simples aposentado, passava o
tempo escrevendo versos, charadas e artigos para o “Jornal da
Chapada”, como cultor curioso da arte literária.
14.28- ZULMIRA SILVANY – (1882-1962), maestrina, poetisa e
professora, filha do Prof. Flavio Jose Silvani e D. Maria Florinda A.
Silvani, fez os primeiros estudos em Itaberaba com o compositor Roberto
Lídio Dantas. Em Salvador estudou com o maestro Sílvio Deolindo Fróis,
no Conservatório de Musica da Bahia, onde substituiu o maestro, hoje
Instituto de Musica da Bahia (da Universidade Católica). Nesta instituição
foi diretora até 1930, promovendo concertos para sua manutenção. Foi a
primeira mulher a empunhar uma batuta e a reger orquestras, bandas de
música e coros. Colaborou em jornais e revistas com artigos de crítica e
história da música. Compôs inúmeras peças musicais, como “Valsa para
Piano”, “Canção da pátria” e uma extraída do folclore de Itaberaba “A
Caiana”.
15. PERSONAGENS HISTÓRICOS DE ITABERABA4

15.1 - AFONSO SAMPAIO NETO (1928 – 1974) – Itaberabense de


família tradicional, Construtor Civil, construiu e vendeu muitas casas
aqui no município, faleceu ainda solteiro aos 46 anos vítima de
problemas cardíacos.
15.2 - ALFREDO SOUZA HAYNE (1879 – 1946) – Coletor federal,
cidadão honrado e grande prestador de serviços em beneficio à
comunidade itaberabense. Tronco de família tradicional desta cidade.
Faleceu aos 67 anos.
15.3 - ALOÍSIO ROCHA SAMPAIO – (1903 – 1977) – Natural de
Macajuba, fazendeiro, foi cobrador das Casas Bahia, tornou-se
comerciante, foi chefe do setor de compras e vendas da Cooperativa
Mista dos Agricultores de Itaberaba, participou do movimento político
de Itaberaba. Casou-se com D. Hercília Vitória Sampaio que da
união tiveram 20 filhos. Faleceu aos 74 anos.
15.4 - AMASÍLIA DE SÁ RIBEIRO DE BARROS – (1936 – 2008) –
Natural de São Felix, formada pela escola de Enfermagem da
Universidade Federal da Bahia, exerceu sua profissão na
Maternidade Tissila Balbino, transferindo-se para Itaberaba em 1960
onde passou a trabalhar no hospital Regional de Itaberaba, onde
exerceu vários cargos sem remuneração alguma. Pelo estado
trabalhou como coordenadora do PIDERP, foi vice diretora da
DIRES. Fundou em 1998 a Escola de Enfermagem Amasília Barros.
Casou-se com o médico Helio Ribeiro de Barros, o primeiro médio do
Hospital Regional de Itaberaba.
15.5 - AMÉLIA MOSCOSO DE OLIVEIRA (1869 – 1904) – Natural
de Salvador, comerciante de pedras preciosas. Mãe do ex-Prefeito
de Itaberaba Delsuc Moscoso de Oliveira, esposa do Coronel José
Baldoino de Oliveira, chefe político da época de Horácio de Matos.
Faleceu aos 35 anos no momento de dar a luz ao ex-prefeito Delsuc
Moscoso de Oliveira.
15.6 - ANÉSIA MATA PIRES (1877-1957) – Natural de Machado
Portela, sogra de, Delsuc Moscoso e mãe de dois ex-Prefeitos de
Itaberaba, Plínio Mata Pires e Dr. Almir Mata Pires.

4
Fonte: http://www.itaberabanoticias.com.br/sobre-itaberaba/personagens-historicos-de-itaberaba
15.7 - ARNALDO ALENCAR (1888 – 1978) – Natural de Morro do
Chapéu – BA veio para Itaberaba em 1932. Comerciante, lojista,
fazendeiro na cidade de Ruy Barbosa, foi Secretario da Prefeitura
Municipal de Itaberaba no período de 1944-45, poeta autodidata,
copilou a 1º monografia de Itaberaba, contribuía com o Jornal O
Itaberaba do Sr. Roque Fagundes na década de 60. Casou-se com
D. Gumercinda Ribeiro de Alencar, da união tiveram 11 filhos todos
formados, dentre eles: a Profª. Floracy Alencar, 1ª professora de
Itaberaba, Nelson Alencar, médico fundador do HRI e o Professor
Tarcísio Alencar.
15.8 - BENEDITA E PUREZA “PARTEIRA” – eram as comadres
que ajudavam as crianças de Itaberaba a virem ao mundo, pois nos
anos 30 a 70 era comum o trabalho das parteiras.
15.9 - DELSUC MOSCOSO DE OLIVEIRA (1889 – 1972) – Natural
de Andaraí – BA, formado em Engenharia Civil, cacauicultor e
pecuarista. Prefeito de Itaberaba no período de 1931 a 1934.
Realizou varia obras, entre elas: construção do Colégio Castro
Cincurá, Açude Juracy Magalhães, realizou o calçamento da 1ª Rua
de Itaberaba, trouxe a iluminação elétrica. Foi por duas vezes
Secretário de Estado dos Governos de Landulfo Alves e Reges
Pacheco. Secretário de viação de Obras Públicas e Agricultura.
Construiu a barragem de Joanes, que abastece Salvador, Colégio
Isaias Alves – ICEIA e a Faculdade de Agronomia de Cruz das
Almas. Interligou todos os Municípios da Bahia construindo pontes e
estradas, sendo que, na época a Bahia era composta de cento e dois
municípios.
15.10 - HELENA LUQUINI – Juntamente com Noélia Cincurá, muito
contribuiu na formação religiosa da juventude itaberabense,
responsáveis pelos Benjamins da Ação Católica e Cruzada
Eucarística.
15.11 - IVO DE OLIVEIRA SAMPAIO – Nascido em 1911 nesta
cidade de Itaberaba de formação primária, filho de família tradicional,
Ivo Sampaio foi fazendeiro casado com D. Maria Lima Sampaio,
onde tiveram juntos dezoito filhos.
15.12 - JAIME SAMPAIO – Itaberabense de formação primaria, foi
fazendeiro, comerciante, casou-se com D. Perina de Oliveira
Sampaio tiveram quatro filhos. Faleceu em 1958, vítima de um
infarto.
15.13 - JOÃO ALMEIDA MASCARENHAS – Fazendeiro, alto
negociante, construtor das próprias casas de trabalho e cine-teatro,
shoping e hotéis. Nascido em Ipírá, aos 26 de maio de 1926. Filho de
Manoel Antonio Mascarenhas e Anízia Almeida Mascarenhas. Aos
dois anos muda-se com seus pais para Itaberaba que fixam moradia
em Itaiba. Casou-se com Hercília Dias Mascarenhas, com a qual
teve filhos, dentre eles dois ex-prefeitos de Itaberaba: Jadiel Almeida
Mascarenhas e João Almeida Mascarenhas Filho. Foi Vereador de
Itaberaba entre 1964 e 1968.
15.14 - JOÃO DE DEUS – Mestre de obras da construção da Igreja
Matriz e de inúmeras residências, bem como calçamentos de ruas da
nossa cidade, sempre marcando a nossa história.
15.15 - JOAQUIM MANOEL SAMPAIO – Ex-prefeito deste município
no período de 1912 a 1915 e elemento de família tradicional desta
cidade, alto comerciante e proprietário rural com serviços prestados à
comunidade.
15.16 - JONAS JOSÉ DE MOURA – Do contingente da Força
Expedicionária Brasileira – FEB, que lutou na Itália na II Guerra
Mundial; herói de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Camaiore,
batalhas memoráveis.
15.17 - JOSÉ AMANDO SALES MASCARENHAS - (1940-2005) –
Advogado e Pecuarista, nasceu em 16 de outubro de 1940, em
Itaberaba-BA. Filho de João Silva Mascarenhas e Juventina Maria
Sales Mascarenhas, casou com Maria Luíza de Lucena Correia de
Mascarenhas a primeira mulher a ocupar o cargo de vice prefeita de
Itaberaba.Colaborou com diversos jornais, como escritor, Vice-diretor
e diretor interino do Colégio Estadual de Itaberaba, foi vereador em
Itaberaba, suplente deputado estadual, eleito deputado estadual
governador interino do Estado da Bahia em 1989 e 1990, quando
viabilizou o primeiro curso superior em Itaberaba.Faleceu em 25 de
março de 2005.
15.18 - MANOEL ANDRADE SAMPAIO – Agrônomo, ex-prefeito
deste município no período de 1920 a 1921 e elemento de família
tradicional.
15.19 - MANOEL DIAS ANDRADE – Ex-coletor federal nesta
cidade, elemento de família tradicional desta cidade, cidadão
conceituado em todas as camadas sociais.
15.20 - MARIA LAURÊNCIA - “Baiana da Terra” – Foi uma das
grandes doceiras do município.
15.21 - MESTRE NEBULOSA – Antonio França de Assis – 1913 /
1996 - Nascido no dia 13 de junho de 1913, em Castro Alves, no
Recôncavo baiano. Filho de Dona Martinha Maria de Assis e “Seu”
Luiz França de Assis, viera para Itaberaba, na década de 40, para
construção de uma rodovia ligando Itaberaba à cidade de Ruy
Barbosa, onde também pode mostrar seu talento para o futebol,
participando de “partidas” jogando pelo “time” da empresa em que
trabalhava, além de tocar em grupos e encontros musicais, o qual
chamava de “Jazz”. De Castro Alves trouxera seu apelido
“Nebulosa”, que dizia ter herdado de um famoso jogador de futebol
de sua infância. Trouxera também consigo seu conhecimento nas
artes da música, da construção civil e, é claro, do futebol,
transmitindo seus conhecimentos, durante décadas para muitas
crianças e adolescentes. Casou-se em 22 de março de 1957, com
Dona Aurelina Oliveira de Assis. Em 26 de março de 1984 recebeu
em sessão solene da Câmara dos Vereadores de Itaberaba, o Titulo
de Cidadão itaberabense, considerado por ele como a maior honraria
que já lhe fora prestada. Faleceu em 25 de novembro de 1996.
15.22 - MOYSÉS RIBEIRO DE SANTANA – (1933-2000) - Natural
de Cruz das Almas – BA, nasceu no dia 1º de maio de 1933. Mudou-
se para Itaberaba em 1957 com a intenção de instalar comércio, e
assim seguir a tradição da família que ficou no recôncavo baiano.
Casou-se em 1959 com Raymunda Ribeiro de Santana e teve cinco
filhos. Apesar de não ser um Itaberabense nato, sempre defendeu os
interesses da comunidade e suas atividades profissionais
contribuíram, de maneira marcante, para o crescimento da cidade.Na
política, teve participação ativa com o apoio de outros líderes
políticos da cidade. Faleceu no dia 04.03.2000.
15.23 - ODULFO SANTOS BRITO – (1905-1979) – Nasceu em
Santa Terezinha, contador prático, vereador em quatro legislaturas,
ocupou a presidência da Câmara, onde foi diretor até a
aposentadoria. Funcionário da empresa ferroviária “Leste Brasileira”,
veio para Itaberaba em 1920, passando a residir em Itaiba,
estabelecendo como intermediário responsável pela guarda e
remessa de mercadorias em tropas de mulas.
15.24 - PRECILIANO JOSÉ LEAL FILHO (1894 – 1965) – Médico do
Posto Médico de Itaberaba na década de 20, natural de Salvador.
Veio clinicar em Itaberaba e região a convite do coronel Manoel
Sampaio, considerado um dos melhores médicos da época. Casou-
se com D. Doralice Sampaio Leal e juntos tiveram dois filhos. Veio a
falecer aos setenta e um anos de trombose cerebral.
15.25 - RAFAEL CINCURÁ DE ANDRADE (1903-1984) – Advogado,
deputado federal em três legislaturas (1935/36 e de 1946 a 1954);
membro de comissões parlamentares e autor da lei que
regulamentou a profissão de corretor (1935), Autor de trabalhos
forenses e parlamentares e secretário da segurança pública da
Bahia, no período de 1959/62.
15.26 - RAMIRO PIMENTEL DE SÁ (1897 – 1955) – Natural de
Itiúba – BA, veio para Itaberaba na década de vinte como telegrafista
da Leste Brasil. Construiu o prédio onde funcionou a 1ª Sede do
Banco do Brasil de Itaberaba, localizada na Praça J.J Seabra. Era
fazendeiro e comerciante de mamona, pó de palha, ouricuri e fumo
de corda. Faleceu aos cinquenta e oito anos, de câncer.
15.27 - ROQUE FAGUNDES – Tabelião e fazendeiro da região,
cidadão itaberabense, mantenedor do abrigo de idosos
desamparados à Casa dos Pobres. Filho de família tradicional com
grades serviços prestados à comunidade. Faleceu na década de 80.
15.28 - SINÉSIO CERQUEIRA – Ex-prefeito deste município, alto
comerciante nesta cidade, além de cidadão probo e honrado.
15. 29 - VIRIATO SAMPAIO – Ex-prefeito deste município, reeleito
por duas vezes no período de 1894 a 1903, também pessoa de
tradicional família com relevantes serviços prestados à coletividade
itaberabense.
15.30 - WALTER MATA DE OLIVEIRA (1921- 1977) – Itaberabense,
fazendeiro e jornalista político do Rio de janeiro, tais como: O Dia, A
Noite e Os Diários Associados. Foi Diretor Executivo da SICAL –
Empresa Náutica e presidente do IAPC. Pai do ex-Vice-Prefeito e
advogado Delsuc Moscoso.
16. FESTAS PUPULARES:

16.1 - CARNAVAL E MICARETA: O carnaval aconteceu em itaberaba


até o ano de 1990. Durante o carnaval a cidade toda parava para
assistir blocos de mascaras e cordões. Durante o dia tinha as matinês
para as crianças, que geralmente aconteciam na segunda-feira antes
do carnaval, e à noite a festa era alegrada por bandas que arrastavam
multidões. De madrugada era a vez do clube do silêncio passava pelas
ruas fazendo uma folia. Antes mesmo de a festa começar o povo já
saía cantando marchinhas pelas ruas: “fecha o comércio que é tempo
de carnaval, se não as caretas entram e levam tudo que tem lá”. Anos
passaram e o carnaval deu lugar a outra festa, muito parecida: a
Micareta. Este novo festejo acontecia em forma de desfiles, as ruas
eram enfeitadas com mascaras, popularmente chamadas de Careta.
Continuaram os blocos como no carnaval. Tinha os grupos de
batucada e o bloco “As virgens de Manchinha” que saia da popular Rua
do Brega. Segundo contam, o senhor Manchinha era um homem que
gostava muito de andar pelos bordeis da referida rua.

16.2 - SEXTA-FEIRA SANTA: Na chamada Semana Santa acontecem


muitos eventos religiosos, tais como, a procissão de Ramos, a
procissão do Encontro, a celebração do Lava-pés, procissão da Paixão
e a missa do Fogaréu. A Sexta - feira da Paixão é o dia em que os fieis
em Itaberaba sobem ao Monte do Bom Jesus em procissão entoando
cânticos de penitência que lembram a morte de Jesus Cristo. No
monte, acendem velas no cruzeiro em frente à igreja e depois da missa
retornam as suas casas onde acontece o encontro familiar, já que
nessa data muitos itaberabenses que moram em outras cidades vêm
visitar suas famílias. À tarde, acontece a procissão do senhor morto,
que relembra o traslado do corpo de Jesus da cruz até o sepulcro e,
quando o cortejo chega à igreja acontece a cerimônia conhecida como
“beija-pés”, onde os fieis em fila beijam os pés da imagem do “Senhor -
morto” e a de Nossa Senhora das Dores. Durante toda a semana
santa, nas procissões, a igreja católica promove encenações que
revivem a paixão de Cristo.

16.3 - QUEIMA DE JUDAS – No sábado de Aleluia acontecia a


tradicional queima de Judas. A brincadeira iniciava com a leitura do
testamento em que eram divididos os bens do moribundo de forma
cômica. Após, começava o espetáculo com a queima do Judas e os
fogos que recheia o boneco. Na Rua do Monte quem fazia a
brincadeira era o senhor Ananias Bispo de Matos, proprietário do Bar
Ultimo Gole. Com o passar dos anos a tradição foi se perdendo no
tempo.

16.4 - SÃO JOÃO - A tradicional festa de São João e outros santos


juninos é uma herança que nos fora deixada pelos portugueses e,
sobretudo na região Nordeste é a mais popular. Em Itaberaba, em
tempos anteriores ao ano 2001, ano em que aconteceu o primeiro São
João de grande porte, a festa era uma confraternização familiar onde
as pessoas acendiam suas fogueiras na frente de casa e passavam a
noite comendo e bebendo as guloseimas típicas do mês junino. Depois
passou a acontecer em circuitos maiores e centralizados na antiga
Praça do Coqueiro onde as pessoas de todos os cantos da cidade se
reúnem para forrozear até o romper da aurora. Também é tradicional o
concurso de quadrilhas juninas que a todos encanta com seu
espetáculo de cores e dança.

16.5 – LAMENTO DAS ALMAS - saiam na quinta-feira santa 12 hs e


só chegava na sexta-feira da paixão, vestiam lençóis brancos e
tocavam matraca e entoavam excelências. Passavam pelo cemitério,
Cruzeiro e depois subiam pra o monte. Acabou na época do grupo
“Lazinha”. O lamento das almas era composto, sobretudo, por
mulheres.

16.6 - BUMBA – MEU – BOI – O folguedo mistura elementos míticos


de das culturas africana, europeia e ameríndia. A encenação do surgiu
de uma lenda do norte-nordesde do Brasil. Reza a lenda que numa
grande fazenda de criação de gados, um casal de escravos, Catirina e
Francisco passam um dilema: Catirina está grávida e sente desejo de
comer língua de boi. O marido pegou um boi, o matou e cozinhou sua
língua, saciando o desejo da esposa. O restante do boi, Francisco
repartiu com os vizinhos, sobrando apenas o par de chifres e o rabo,
que ninguém quis, contudo o boi era um boi premiado e Francisco tem
a missão de torná-lo à vida. Ele pega tecidos, fitas e enfeita o
esqueleto do boi fazendo-o ressuscitar. Outros personagens foram
incorporados ao folguedo, como a caipora, que era vestida de esteira
de ‘peri’, parecia um espantalho, ficava dançando enquanto cantavam:
"caipora ‘filindodô’. Teu pai, tua mãe teu avô”. Outra personagem era a
burrinha que na brincadeira era ‘montada’ pelo vaqueiro para encantar
o boi. Durante as festas de Nossa Senhora do Rosário era comum
apresentações de Bumba – meu – boi dentro da pérgula que fica em
frente à igreja matriz.

16.7 - BOM JESUS DA LAPA – No dia 06 de agosto, todos os anos


acontece a procissão do Sr. Bom Jesus da Lapa que sai em um andor
da igreja matriz, subindo a Avenida Medeiros Neto e seguindo em
direção ao mirante do monte, onde acontece a missa festiva.

16.8 - CARURUS DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO – Essa é uma


comemoração familiar. Muitas pessoas na cidade no mês de setembro
cumprem a promessa de dar o caruru dos sete meninos em devoção
aos Santos Cosme e Damião. Essa tradição mistura elementos
católicos e africanos, pois as comidas oferecidas no dia são caruru,
vatapá, arroz e galinha. Algumas pessoas após servirem o banquete
aos presentes fazem um samba, principalmente as pessoas ligadas às
religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. No
sincretismo religioso os santos católicos são sincretizados com os Ibeji,
orixás gêmeos na cultura africana. Além dos carurus de São Cosme e
São Damião, acontecem os de Santa Barbara, sincretizada com o orixá
Iansã.

16.9 - FESTA DO ROSÁRIO- Era uma das festas mais movimentadas


e animadas da cidade. Acontecia sempre do final de setembro para o
início de outubro, com missa festiva no dia 07 de outubro, que é o dia
da Santa e em Itaberaba era feriado municipal. Hoje, a festa religiosa
se dá geralmente no segundo domingo de outubro. Saia a filarmônica,
montavam-se barracas, tinha brincadeiras, jogos, quermesse e tão
esperado parque de diversões. A bandeira de Nossa Senhora saia
antes da festa de casa em casa angariando donativos para a festa.
Hoje em dia, a festa de largo não acontece mais, restando apenas a
parte religiosa da festa. No dia da festa acontece a missa festiva , pela
manha e, à tarde a procissão com a imagem da padroeira pelas ruas
da cidade.

16.10 - FESTA DA PRACINHA - No mês de julho acontecia a


tradicional festa de São Cristóvão, que para a igreja católica é o santo
protetor dos motoristas. A festa ficara conhecida como festa da
“Pracinha” porque a igreja do santo fica localizada na Praça Lauro
Silva, onde após a celebração religiosa começava a parte profana da
festa com muita música e diversão. Nesta ocasião, também era
montado o Parque de diversões. No ultimo dia da festa acontecia a
missa festiva pela manhã e, a tarde a magnífica carreata em
homenagem ao santo protetor dos motoristas. Com o passar do tempo
e aumento da violência a festa profana foi extinta, ficando apenas a
parte religiosa.

16.11 - FESTA DOS VAQUEIROS- A tradição da festa do Vaqueiro se


inicia em torno do mito de que um vaqueiro em perseguição um animal
teria caído de uma pedra situada no alto do monte do Bom Jesus. A
festa geralmente acontece no domingo que antecede a festa da
padroeira da cidade, Nossa Senhora do Rosário, quando os vaqueiros
saem em cavalgada em direção à praça da matriz onde acontece uma
missa e a benção dos Vaqueiros, e em seguida, o cortejo continua em
direção ao Monte. Todos os anos são escolhidas rainhas e princesas
para a festa. Ao termino do cortejo acontece argolinha e espetáculos
musicais. No ano de 2016, a Festa do Vaqueiro foi reconhecida como
patrimônio imaterial de Itaberaba.

16.12 - FESTAS DE SÃO ROQUE- O povo enfeitava uma caixinha


com a imagem do santo e passavam nas casas pedindo as chamadas
“esmolas”. Nas casas, as pessoas serviam pipoca e mungunzá depois
das rezas e benditos.

16.13 - SÃO JOSÉ – Em épocas de estiagem, muitas pessoas,


principalmente nas roças, faziam procissões para São José pedindo
chuva, pois acreditavam que as trovoadas que geralmente acontecem
no mês de março são intercedidas pelo santo.

16.14 – CORTEJO DAS BAIANAS – O cortejo de baianas saiam em


dois momentos anuais: lavagem das escadarias do Monte na festa do
Bom Jesus e para lavagem das escadarias na Igreja Matriz na festa de
nossa Senhora do Rosário. Atualmente só acontece a Lavagem do
Monte. Elas saem em cortejo da Praça da Matriz pelas ruas do centro
da cidade e sobem o monte pra fazer a lavagem, abençoam a cidade e
por fim fazem um belíssimo espetáculo de samba de roda. As baianas
foram reconhecidas como patrimônio imaterial da cidade.

16.15 – FESTA DAS ÁGUAS –Nos meses de janeiro e fevereiro é


tradição nos terreiros de candomblé e umbanda de Itaberaba o
chamado “Presente das águas”. Na ocasião, os sacerdotes enfeitam
balaios e os enche de presentes, como, espelhos, perfumes, bijuterias,
flores, brinquedos, além das comidas sagradas oferecidas as Senhoras
das Águas Iemanjá (Senhora dos Mares) e Oxum (Senhora dos Rios).
Deslocam-se para o Rio Paraguaçu, onde depositam seus presentes,
acendem velas, fazem suas orações e em seguida fazem um samba
em homenagens as divindades da água: Sereia, Marujos, Marinheiros,
Janaina, dentre outras.

16.16 – AUTO DE NATAL: Apresentação teatral e musical que


aconteceu entre os anos 2004 e 2008. O evento movimentava toda
acidade e vinham pessoas de outras cidades e estados para prestigiar
a apresentação. Durante esse período, todos os anos no dia 25 de
dezembro, era apresentado o espetáculo que tinha como palco a Praça
da Matriz, contando a história do Natal, desde a criação do mundo.
Participavam da encenação cerca de 200 atores amadores nas mais
variadas idades, crianças, jovens, adultos e idosos. O ato era dirigido
por d. Maria da Conceição Santos e também tinha a participação do
coral Natividade, sob a responsabilidade do Maestro João Carlos. Os
preparativos para o evento começava seis meses antes da
apresentação, com preparação do roteiro e dos figurinos.

16.17 – PARADA DO ORGULHO LGBT – O movimento LGBT em


Itaberaba iniciou com os grupos Jóias do Arco-Íres e Livre, que além de
empreender formação, roda de conversas e momentos sociais tem
como ação a realização da Parada LGBT, conhecida como Parada
Gay. O evento acontece sempre no mês de maio e reúne
representantes LGBT de diversas cidades baianas que saem em
cortejo até a praça J.J. Seabra buscando a autoafirmação e
reivindicando o fim da homofobia. O movimento começou no ano de
2011 e em 17 de agosto do mesmo ano, a lei municipal de n° 1.236
institui o dia Municipal contra a Homofobia, representando uma
conquista do movimento em Itaberaba.

Oh! Itaberaba! Eu te quero


tanto!...
Sinto-a em minh’alma
Como um belo sol,
Nas tuas doces manhãs,
Em leves beijos,
A vida canta,
Vibrando o arrebol.

Olga Magalhães
(Fragmento do poema
“Itaberaba, eu te quero tanto”).
17. CURIOSIDADES
17.1 - ITABERABENSES DOARAM UM AVIÃO PARA A UNIÃO - Durante
a Segunda Guerra mundial o Senhor Ramiro Pimentel de Sá encabeçou
uma campanha junto aos comerciantes, fazendeiros e pessoas influentes da
sociedade itaberabense para arrecadar fundos para a aquisição de um
avião que fora doado para o Governo Federal enviar para os combatentes
da referida guerra. O ministro Plínio Salgado enviou um telegrama
agradecendo a doação.
17.2 - JARDIM SUSPENSO DA PRAÇA DO ROSÁRIO – Também
conhecido como pérgula, os jardim suspenso foi edificado na década de 40.
O senhor Ramiro Pimentel de Sá viu a pérgula do Campo Grande em
Salvador e resolveu edificar uma em frente à Igreja Matriz de nossa
Senhora do Rosário.
17.3 - O MONUMENTO AO AGUADEIRO – Localizado na Praça Flávio
Silvany, esse monumento foi edificado na década de 50 como marco da
chegada do serviço de água (EMBASA) em Itaberaba. Com a chegada da
água encanada homenageou-se o aguadeiro enquanto figura que
desempenhara uma função importantíssima em décadas anteriores. O
ultimo aguadeiro de Itaberaba faleceu no ano de 2014, e era conhecido
como Faé, o Aguadeiro centenário.
17.4 - O PRIMEIRO AUTOMÓVEL – O Primeiro automóvel de Itaberaba era
de propriedade do senhor Mano Andrade. Era do modelo FOR-29. Foi uma
festa: o povo foi receber veículo em uma das entradas da cidade, na
Avenida Barão do Rio Branco, onde hoje é o Gabinete do Prefeito. O fato
aconteceu na década de 30.
17.5 - FAZENDAS QUE SE TORNARAM BAIRROS – Além da Fazenda
São Simão que deu origem a sede do município de Itaberaba, outras
fazendas que outrora existiram também deram lugar a bairros da cidade. Da
fazenda Caititu surgiram o Loteamento Bahia, Caititu e Campo do Governo.
A sede da antiga fazenda era onde hoje é a Escola Arvoredo. Também tinha
a fazenda Barro Vermelho, da Senhora Pombinha que deu origem ao Bairro
Barro Vermelho e Bairro São João. A fazenda Palmeiral deu origem aos
bairros Jardim das Palmeiras, Monte, Urbis, Morro das Flores, Alameda das
Umburanas, entre outros. A capela dessa fazenda é hoje a Igreja do Bom
Jesus da Lapa no Monte Mirante.
17.6 – O NOME DA PEDRA – O nome da incelberg localizado a 25 km da
sede da cidade é “Pedra Itaberaba” que se traduz em “Pedra que Brilha.
“Itibiraba” seria uma forma coloquial, ou um erro de pronúncia do nome do
bloco de granito, já que “Iti” em tupi pode ser traduzido como “Árvore Alta”
(exemplo: Buriti) e não há registros de “biraba” como vocábulo tupi, sendo o
termo definido em alguns dicionários como sinônimo de “matuto”.
18. MEDICINA POPULAR
Desde tempos antigos, quando os índios habitavam nossa região, a
medicina popular era muito praticada e eficaz na cura de muitas doenças.
O uso de ervas, folhas, cascas de árvores e sementes, tão usadas
no passado, continuam a fazer parte do cotidiano das pessoas em
Itaberaba que sempre recorrem “a sabedoria dos mais velhos”.
Na vegetação nativa de Itaberaba e, também em barracas na feira,
é possível encontrar grande variedade de plantas de uso medicinal, tais
como:
 ALECRIM DE VAQUEIRO: Banho e chá usados para catapora
(varicela); as folhas secas podem ser usadas como defumador;
 ALGODÃO: O sumo das folhas é um remédio eficaz para inflamações;
 AROEIRA: A casca é usada para combater inflamações;
 BATATA: As folhas são usadas no combate a caspa;
 BOLDO: Problemas de fígado, estômago e dor de barriga;
 BOTICUDO: Contra inflamações e infecções;
 CAJU: A casca é usada para dor de dente e diarréia;
 CAMOMILA: Chá calmante;
 CARRAPICHO-DE-AGULHA: A raiz é usada contra infecções;
 CATINGA DE PORCO: O chá é usado para infecção intestinal e
diarréia;
 CIRIGUELA: As folhas são usadas para hipertensão;
 ERVA-CIDREIRA: Chá calmante;
 ERVA-DOCE: Chá indicado para prisão de ventre;
 GENGIBRE: problemas de garganta;
 MATRUZ: Com leite é indicado para problemas com verminoses; o
sumo é eficaz na cicatrização de ferimentos;
 PINHA: O chá das folhas maduras é usado para recém-nascidos
quando estão começando a sair os primeiros dentes;
 QUEBRA-PEDRA: Usada no combate a pedras nos rins (cálculos
renais);
 ROMÃ: A casca é usada para problemas de garganta
 UMBURANA: A semente é usada para prisão de ventre e indigestão;
Aqui estão listadas apenas algumas das muitas de ervas que
fazem parte da sabedoria popular do povo itaberabense.
FONTES DE PESQUISA:

 Acervo da Biblioteca Pública Municipal;


 CERQUEIRA, Epitácio Pedreira de. Pedra que brilha. 3ª Edição, 2003. EGBA.
Salvador-BA;
 DIAS, Walter José. Itaberaba em Foco - Cartilha Histórico-Cultural, 2001. Gráfica Joade;
 IBGE - www.ibge.gov.br/;
 http://www.itaberaba.ba.gov.br/dadosMunicipais
 http://www.tribunadabahia.com.br/2016/11/12/pesquisa-faz-de-itaberaba-maior-produtor-
de-abacaxi-na-bahia;
 http://www.itaberabanoticias.com.br/sobre-itaberaba/personagens-historicos-de-
itaberaba
 MAGALHÃES, Olga. Cartilha histórico-cultural. 1ª e 3ª Edição, 1997. Gráfica
Rochedo.

COLABORADES COM RELATOS ORAIS:

 João Carlos Pereira dos Santos;


 Juracy Queiroz;
 Maria da Conceição Santos;
 Maria Guedes Barbosa;

FOTO DA CAPA: XXXXXXX – Fotografia vencedora do concurso de fotografia “O que é que


Itaberaba tem?” - Secretaria Municipal de Cultura.

CADERNO HISTÓRICO-CULTURAL

“ITABERABA EM FOCO”

Elaboração e Pesquisa: Digitação:

Danilo Reis de Matos Oliveira Danilo Reis de Matos Oliveira

João Batista Brito de Miranda

Revisão:

Maria das Dores Leão de Brito Arte Final:

Secretaria Municipal de Comunicação

Colaboradores da Pesquisa:

Equipe da secretaria Municipal de Impressão e Fotolito:


Cultura e Biblioteca Pública Municipal
Antônio Dias Andrade XXXX
EQUIPE DA SECRETARIA DE CULTURA

Ednalva Nolácio de Santana


Secretária de Cultura

José Eduardo da Conceição Silva Danilo Reis de Matos Oliveira

Coordenador de Espaços Culturais Gerente da Biblioteca Pública

João Carlos Pereira dos Santos Marizete Fraga Araújo

Coordenador de Informações, Gerente do Arquivo Público


programas e projetos

Iago de Cerqueira Azevedo


Auxiliar Administrativo

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