Direito Constitucional II
com residência em Portugal pode requerer a
AV1
Aula 01
Direito de Nacionalidade
Conceito: um vínculo jurídico que designa quem faz
parte do estado, cada estado define quem são seus
nacionais, o povo é elemento humano do estado, nem
todo o habitante é nacional, isso cabe de definição da
constituição ou as normas infraconstitucionais, integra
o indivíduo ao povo daquele estado.
Nacionalidade primaria (originaria): se adquirir por
ato involuntário (nascimento), o lugar onde nasce
define nacionalidade.
Nacionalidade secundaria (derivada): realizado por
ato voluntario, são os naturalizados, é requerida pela
pessoa, há casos que o estado oferece a naturalização
as pessoas, chamada de grande nacionalização.
Critério jus solis (Art. 12, inciso I, alínea a): aquele
que nasce no território, utiliza-se o critério da
territorialidade (local de nascimento).
Critério jus sanguins (Art.12, inciso I, alínea b e c,
1º parte): adquire a nacionalidade, a partir da
nacionalidade de sua filiação e ascendência, não
importa onde o indivíduo nasceu, ocorre por
exemplo no caso de: brasileiros a serviço do brasil
no exterior, registro em órgão competente
brasileiro o exterior (embaixada) ou opção
confirmatória.
OBS.: Não pode adquirir só um critério, tem que ter
os dois, mas um com mais incidência.
Aquisição da nacionalidade brasileira
Nacionalidade primaria: são os brasileiros natos.
Nacionalidade secundaria:
1) EXPRESSA: é aquela que depende de
requerimento do interessado, demonstrando sua
manifestação de vontade em se tornar brasileiro.
I) EXTRAORDINARIA (art. 12, inciso II,
alínea b), é a pessoa que vive a 15 anos no
Brasil, sem condenação penal desde que
requeiram a nacionalidade brasileira, é
intrasferível;
II) ORDINARIA (art.12, inciso II, alínea a),
os que na forma da lei adquiram nacionalidade
brasileira, os originários de países de língua
portuguesa com 1 ano de residência e
idoneidade moral; os portugueses com
residência permanente no país, e o brasileiro
equiparação com a nacionalidade (art. 12, §1º)
2) TACITA: a grande naturalização (art. 69, §4º da
constituição de 1891)
Restrições aos brasileiros naturalizados: A lei poderá
estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo em casos previstos na
constituição, são quatro restrições:
1) Art. 12, §3º (cargos para brasileiros natos);
2) Art. 5, inciso LI (extradição do naturalizado),
por crime comum antes da naturalização ou
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
antes e depois na naturalização;
3) Art. 89, inciso VIII, composição do conselho
da republica deve ser inteiramente
composto por brasileiros natos;
4) Art. 222, propriedade de empresa
jornalísticas e de rádio fusão, é liberado para
naturalizados após 10 anos de naturalização
ou para pessoas jurídicas constituídas por lei
brasileira.
Distinções entre nacionais e estrangeiros:
1) Art. 14, §2 e §3, os estrangeiros não têm
direitos políticos, e está pratica é
considerada crime;
2) Art. 5, inciso LXXIII, não pode se eleger, o
estrangeiro não pode propor ação popular;
3) Art. 37, os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos estrangeiros e a
lei estabelece desta forma;
4) Art. 5, inciso XV, só o estrangeiro é
restringindo da livre locomoção no território
nacional, a não ser se houver visto;
5) Art. 222, o estrangeiro não pode ter
empresa jornalística e radio fusão;
6) Art. 5, inciso LI, o brasileiro não pode ser
extraditado;
7) Art. 176, todos os recursos minerais e
potenciais de energia hidráulica pertencem
a união, estrangeiros não podem explorar
esses recursos a não ser se houver
autorização da união ou empresa
constituída pela lei brasileira;
8) Art. 190, a lei brasileira regulará e limitará a
aquisição de propriedade rural.
Perda e reaquisição da nacionalidade
Perda: (Art. 12, § 4º, inciso I e II), cancelamento da
naturalização por sentença judicial em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional, que tenha o
processo transitado em julgado; adquirir outra
nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de
nacionalidade originaria estrangeira e se houver
imposição pela norma estrangeira.
Reaquisição: a) ao naturalizado cabe a ação rescisória,
b) ao natural nato, nacionalizado no estrangeiro, volta
a ser naturalizado, mas não nato ou a revogação de
perda de nacionalidade pelo poder executivo.
Direito político
Conceito: “são instrumentos através dos quais a
constituição garante o exercício da soberania popular,
atribuindo poderes aos cidadãos para interferir na
condição da coisa pública seja direta ou indiretamente,
no governo de seu país”, Cidadão é eleitor, para ser
eleitor é necessário ser nacional brasileiro.
Os direitos políticos são divididos em 5 grandes grupos
o sufrágio, participação do plebiscito e referendo,
iniciativa popular (art. 86), ação popular (art. 5 inciso
LXXIII) e partidos políticos (Art. 17).
A inscrição para ser eleitor é obrigatória, para maiores
de 18 anos e menores de 70 anos, são opcionais para
maiores de 16 anos e menores 18 anos e os
analfabetos.
Direito do sufrágio
É o direito de eleger e ser eleito, os de eleger são os
ativos e o de ser eleito passivo, o voto é o instrumento
desse direito, “é o direito subjetivo de natureza política
que tem o cidadão de eleger, ser eleito e de participar
da organização e da atividade do poder estatal.
Decorre diretamente do princípio de que todo poder
emana do povo”
Formas de sufrágio
Extensão:
a. Universal, se estende a todo o conjunto de
nacionais, sem restrições;
b. Restrito, quando os nacionais sofrem restrições
ao voto por determinada questões. censitário, é
de ordem econômica, capacitaria é de ordem
intelectual.
Igualdade:
a. Desigual:
I) Múltiplo, a múltipla opção de voto, pode votar
em vários lugares.
II) Plural, vota duas vezes ou mais na mesma
circunscrição.
III) Familiar, confere a uma pessoa todo o poder da
família de voto.
b. Igual: dá o direito de voto para todos, com
igualdade de condições, cada cidadão tem direito
ao voto, o seu voto tem valor igual para todos.
Voto – características: o voto é um direito e uma
obrigação e um dever jurídico, o voto não é uma
obrigação, há a obrigação de comparecer no local, mas
pode escolher em votar ou anular, tem se um direito
perante a sociedade.
O voto é personalíssimo, só o eleitor pode votar, é só
dele esse direito é livre pois tem a liberdade de escolha,
e ameaçado essa liberdade é considerado crime, é
secreto, só o eleitor sabe em quem votou, é direito,
não existe intermediação entre eleitor e o candidato.
É possível uma eleição indireta no Brasil, ela acontece
nos dois últimos anos do mandato, é feita pelo
congresso, é excepcional.
O VOTO É SECRETO (SIGILOSO); DIRETO (VOTA-SE SEM
INTERMEDIARIOS; UNIVERSAL (SEM CONDIÇÕES
DISCRIMINATORIAS); PERIODICOS (POIS CADA
MANDATO TEM PRAZO DE VALIDADE); LIVRE (POIS SE
UTILIZA O PODER DA ESCOLHA E PERSONALISSIMO
(PESSOAL)
Elegibilidade (art. 14, §3º): Capacidade eleitoral
passiva nem todos que elegem podem ser eleitos, são
condições, a nacionalidade brasileira, o pleno exercício
dos direitos políticos, alistamento eleitoral, o domicilio
eleitoral na circunscrição de pelo menos 1 ano, a
filiação partidária de pelo menos 6 meses, e idade
mínima na data da posse, o candidato a vereador é
uma exceção, deve ter 18 anos no dia para o registro
do cargo.
18 ANOS PARA VEREADOR; 21 PARA DEPUTADO
FEDERAL, ESTADUAL E DISTRITAL, PREFEITO E VICE-
PREFEITO E JUIZ DE PAZ; 30 PARA GOVERNADO E VICE-
GOVERNADOR; 35 ANOS PARA PRESIDENTE E VICE-
PRESIDENTE
Sistemas eleitorais: Conjunto de regras e
procedimentos que estabeleça o vencedor na
determinada eleição, as eleições são procedimentos
técnicos para a designação de pessoas para um cargo
ou formação de assembleia, eleger significa expressar
uma preferência entre alternativas, pois realizam um
ato formal de decisão
1) Sistema majoritário:
a. Maioria simples ou relativa: eleições
para prefeito com até 200.000 eleitores e para
 senadores, ganha a eleição quem for o mais
votado, quem fica em 1 lugar leva, o mesmo
acontece para o senado, uma única eleição
proclama o vencedor.
b. Maioria absoluta: eleições para
presidente, governador e prefeito com mais de
200.000 eleitores, ganha quem fizer mais de 50%
+1 dos votos válidos, caso não se chegue nesse
número vai para segundo turno quem tiver mais
votos ganha
2) Sistema proporcional: serve para eleger
vereadores, deputados federais e estaduais, há uma
proporcionalidade entre habitantes e deputados,
mas ela é relativa, pois o mínimo de deputados é 8
e o máximo é de 70 para de deputados federais, já
para deputados estaduais é no mínimo 24 e no
máximo 94, já para vereadores o número máximo é
de 21, nessas eleições os votos são proporcionais,
na hora da eleição, os votos são contados para o
partido, deste modo cada partido fica com uma
proporção, em porcentagem divididos os votos
validos do partido, pelos números de cadeiras, disso
de tem o número das cadeiras que são divididos
entre os primeiros elegidos.
DIVIDE-SE O Nº DE VOTOS VALIDOS PELO Nº DE
CADEIRAS EM DISPUTA, PARA SE TER O Nº DE
VOTOS NECESSARIOS PARA OCUPAR UMA CADEIRA,
APÓS ISSO, OS 1 COLOCADOS DOS PARTIDOS
OCUPAM A VAGA
Distritão: O mais votado leva o cargo, essa eleição seria
por distrito.
Direitos políticos negativos: negam participação dos
direitos políticos, que correspondem às previsões
constitucionais que restringem o acesso do cidadão à
participação nos órgãos governamentais, por meio de
impedimento às candidaturas
1) Perda e suspensão dos direitos políticos:
incidem em todos os direitos políticos, previstos no
art. 15, são eles o cancelamento da naturalização
por sentença transitada em julgado gera perda de
DP; a incapacidade civil absoluta que perdeu sua
aplicação com a nova redação do código civil; a
condenação criminal suspende os DP; a recusa de
cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 27, §4º; suspende e
perde respectivamente; improbidade
administrativa, nos termos do art. 37, §4º suspende
os DP, não são automáticos.
PERDA: CANCELAMENTO DE NATURALIZAÇÃO POR
SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO; RECUSA DE
CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA; PERDA
DE NACIONALIDADE EM VIRTUDE DE AQUISIÇÃO DE
OUTRA.
SUSPENSÃO: INCAPACIDADE CIVIL; CONDENAÇÃO
CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO;
IMPROIBIDADE ADMINISTRATIVA; EXERCICIO
ASSEGURADO PELA CLAUSULA DE RECIPROCIDADE.
2) Inegibilidade (art. 4, capacidade eleitoral
possível): Absolutas, implica impedimento eleitoral
para qualquer cargo eletivo, ou seja, não poderá
concorrer a nenhuma eleição (analfabetos e os
inavistáveis) e o relativos, restrições à elegibilidade
para determinados mandatos em razão de
situações especiais em que, no momento da
eleição, se encontre o cidadão (motivos funcionais,
conjugue/parente/afinidade, militares e motivos
legais).
Garantias Constitucionais: Constitucionais são os
meios que o Estado dá aos indivíduos para que os
direitos não sejam violados, ou até mesmo, que sejam
restabelecidos quando houver uma violação. A
garantia, geralmente, não traz vantagem para o
indivíduo, ela em si não tem aplicação se não houver
ameaça aos direitos.
OS DIREITOS SÃO PRERROGATIVAS E VANTAGENS QUE
O INDIVÍDUO TEM FRENTE A CONSTITUIÇÃO, AS
GARANTIAS SÃO UM INSTITUTO PREVISTO PELA
CONSTITUIÇÃO PARA VIABILIZAR O EXERCÍCIO E
RESTABELECIMENTO DOS DIREITOS DO INDIVÍDUOS
Princípio da legalidade: Eu como individuo devo fazer
aquilo que a lei permite e enquanto administrador
também. A lei é um instrumento legitimo para
restringir a liberdade das pessoas (diz o que é crime)
mas se não houver razão e proporcionalidade e não
atender a razoabilidade (sem motivos) pode ser
considerado inconstitucional e ser questionada, deve
haver interesse público na limitação pessoal para que
a lei não possa se tornar opressora.
Princípio da proteção judiciaria: princípio da
inafastabilidade do controle jurisdicional.
1) Proteção judiciária: está ligada ao acesso ao
judiciário, não existe atos e garantias se não houver
acesso ao poder judiciário que é onde reclamamos
 nossos direitos violados, garante a plenitude da
defesa.
Nossa CF deu o poder ao judiciário para garantir o
direito das pessoas e da sociedade, eles
determinam coisas contra o poder público, um
judiciário forte é requisito para a democracia, mas
fora do processo ele não tem poder.
O poder de qualquer autoridade é limitado pela lei,
tem poder dentro do processo em que atua e
ordenar
2) Ação e defesa, art. 5, inciso LIV, LV:
possibilidade das partes de se contradizer,
participando de tudo na produção das provas,
ouvindo a testemunha da outra parte e ter ciência
bilateral de tudo, oposição entre as partes.
Ampla defesa: não confundir com exceção de
defesa, existem os momentos certos para cada
prova, é a possibilidade de se trazer todos os
elementos que provem sua versão no fato, ela
assegura o direito de agir, o direito de ação, mas
também o direito contra quem se age, o poder de
agir e defender, assegura o réu a possibilidade de
trazer ao processo todos os elementos para
esclarecer a verdade
3) Devido processo legal: deve ser obedecida o devido
processo legal para que seja considerado culpado.
Preso em flagrante → inquérito do fato → procura
autor e coautor → encarrega o MP se entender
contra → entra com uma acusação contra a pessoa
do crime, ela é notificada da acusação e tem 10 dias
para o advogado fazer a defesa, ocorre a audiência
de instrução, são ouvidas as testemunhas, dentro
do processo deve haver uma igualdade. Configura a
dupla proteção do indivíduo, atuando tanto na
proteção do direito à liberdade e assegurando
paridade total de condições com o estado
Princípio da estabilidade dos direitos subjetivos (art. ,
inciso XXXVI): decorre da necessidade de garantir a
sucessão de leis no tempo, uma lei sucede outra e
regulamenta “aquilo”, quando alguém pratica algo,
regulamentado por lei anterior e a lei muda.
O cidadão precisa da proteção da vigência da lei
anterior regulamentar aquilo que a lei dispunha, a lei
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada.
Direito adquirido é a pessoa que preenche os requisitos
necessários para adquirir seu direito previsto em lei.
O ato jurídico perfeito, tendo sido celebrado ao tempo
que a lei antiga valia.
A coisa julgada, é a decisão judicial que não cabe mais
recurso, decisões transitadas em julgado e que
perderam prazo, a decisão só é quebrada, com lei mais
benéfica ao réu, a revisão criminal e no âmbito civil a
ação rescisória.
A lei penal pode retroagir em benefício do réu, alei civil
para retroagir se respeitar o direito adquirido, ato
jurídico e a coisa julgada, se a lei prever, não existe
direito adquirido não vale para nova constituição, a
norma constitucional derivada (emenda
constitucional), não aboli direito adquirido, ato jurídico
e coisa julgada, ela é limitada pela constituição.
Princípio da segurança: -
1. Segurança do domicílio – art. 5o, XI consagra o
direito do indivíduo ao aconchego do lar com a sua
família ou só, quando define casa como o asilo
inviolável do indivíduo. O objeto da tutela não é a
propriedade em si, mas o respeito à personalidade,
de que a esfera privativa e íntima é aspecto saliente,
assim, até onde exerça-se atividade profissional
fechada ao público é considerado como “casa”. A
segurança aparelhada neste inciso consiste na
proibição de na casa penetrar sem consentimento
do morador, a não ser em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
dia, por determinação judicial.
2. Segurança das comunicações pessoais – trata-
se de garantia constitucional que visa assegurar o
sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas e telefônicas (art. 5o , XII), que são
meios de comunicação interindividual, formas de
manifestação de pensamento de pessoa a pessoa.
Garantia também do sigilo das comunicações de
dados pessoais, a fim de proteger a esfera íntima do
indivíduo. Abriu-se excepcional possibilidade de
interceptar comunicações telefônicas, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer (só para crimes com pena de reclusão)
par fins de investigação criminal ou instrução
processual. Vale como prova a gravação da
conversa feita por um dos interlocutores, e é crime
se feita por terceiro. – Observar Lei 6538/78 – Art.
10 que arrola as excepcionais situações que não
constitui violação de correspondência.
Garantias constitucionais penais:
a) Garantia da inexistência de juízo ou tribunal da
exceção (art. 5, inciso XXXVII): o juiz deve ser natural
preestabelecido, pré constituído, através de
sorteio, o tribunal de exceção e proibido por lei,
 para evitar combinações ou corrupções na decisão,
a exceção é o foro privilegiado.
b) Garantia do juízo competente (art. 5, inciso LXI,
LIII): se julgado em juízo incompetente ou
autoridade competente, o julgamento anulado.
c) Garantias do julgamento dos crimes dolosos
contra a vida tribunal do júri: são os crimes
tipificadas pelos art. 121 e 128, são eles os crimes
dolosos contra a vida, a ideia é garantir a plenitude
do julgamento, então defesa e promotoria tem o
mesmo direito.
Garantias criminais preventivas:
a) Anterioridade da lei penal (art.5, inciso XXXIX):
não a crime a lei não prever, nem pena sem previa
comunicação legal;
b) Irretroatividade da lei penal (art. , inciso XL), a
ei não retroagira salvo para beneficiar o réu;
c) Legalidade e comunicabilidade da prisão (art. 5
incisos LXI a LXVI):
I. Inciso LXI: o tempo do flagrante é
relativo
II. Inciso LXII: juiz deverá ser comunicado
imediatamente ou até 48h para o juiz, para
verificar se a prisão é legal ou não, é informado
uma pessoa indicada pelo mesmo para
notificar a família e procura se defender com o
auxílio de advogado. A prisão considerada
legal, homologa a prisão, e designa a fiança ou
a liberdade provisória, já a prisão ilegal é
aquela não há crime e assim deve ser relaxada,
o juiz pode pedir prisão preventiva, se o réu é
reincidente, ou dá indícios de fuga, que
prejudicariam o andamento do processo.
III. Inciso LXIII: decorre a partir destes
incisos, o princípio de que ninguém pode fazer
prova contra si mesmo, mas estas provas
podem ser recolhidas, só não se pode obtê-las
por meio fraudulento.
Garantias Relativas à aplicação da pena
a) Proibição de determinados tipos de pena (art.
5, inciso XLVII):
I) Proibida pena de morte, salvo em caso
de guerra, em caso de deserção ou traição
II) Penas de caráter perpétuo, as penas
brasileiras têm tempo determinado
III) Proibidos trabalhos forçados
IV) De banimento
V) Penas cruéis
b) Personalização da pena (art. 5, inciso XLV):
nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
podendo a obrigação de indenizar ser estendida aos
seus sucessores, não se passa da pessoa do
acusado.
c) Invidualização da pena (art. 5, inciso XLVI): a
pena deve ser individual, analisando as
circunstancias subjetivas de cada réu.
d) Proibição de prisão civil por dívida (art. 5, inciso
LXVII): não se pode ser preso, pelo fato de não pagar
suas dívidas, mas há 2 exceções o de obrigação
alimentar e a do depositário infiel. A constituição
não é impositiva nesse sentido, ou seja, a norma
infraconstitucional com o pacto de são José da costa
rica, proíbe prisão do depositário infiel.
Princípio da presunção de inocência (art. 5, inciso
LVII): ninguém será considerado culpado até transitado
em julgado incube a quem acusa fazer prova, se houver
dúvida usa-se o in dubio pro réu.
O Art. 5, inciso LXXV, o estado indenizará o condenado
por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença, deve ser especificado.
As discussões sobre os fatos são até o TJ ou TRT, os
superiores tribunais existem para dizer se a lei foi
corretamente aplicada
Remédios constitucionais, eles chamam a atenção do
judiciário, para remediar, sanar, corrigir ilegalidades e
abusos de poder, em prejuízo de direitos e interesses
individuais.
1) Habeas corpus (art. 5, inciso LXVIII): garante
liberdade de locomoção, que precisa invocar o
judiciário, pode ser elaborado por qualquer um. O
autor é o impetrante, quem sofre a violência é
paciente, o ente é acusado é o coautor. São dois
tipos preventivos e repressivo o habeas corpus
preventivo, para previr futuros abusos, já o
repressivo é quando já se sofre os abusos e
realizada contra o poder judiciário. Não caberá
habeas corpus em punições disciplinares militares,
o chefe da unidade militar, tem competência de
punir, cabe habeas corpus se houve desvio ou
abusos (art. 142, §2º). Cabe habeas corpus em
outras disciplinas, também cabe habeas corpus no
decorrer do processo, para corrigir irregularidades
do flagrante.
IMPETRANTE: AUTOR; PACIENTE: RÉU;
IMPETRADO: AUTORIDADE, HÁ DUAS ESPEVIES
PREVENTIVO E REPRESSIVO
2) Mandado de segurança (art. 5, inciso LXIX):
Cabe quando não puder ser posto habeas corpus e
habeas data, serve para proteção de direito líquido
e certo, só pode ser proposto por advogado,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder por autoridade pública, só cabe se houver
prova documental.
3) Mandado de segurança coletivo (art. 5, inciso
LXX) se difere do mandado de segurança, pois quem
o impetra são a pessoas jurídicas, para garantir os
direitos de seus associados (sindicatos).
IMPETRANTE: DETENTOR DO DIREITO LIQUIDO E
CERTO; IMPETRADO: AUTORIDADE; SÓ PODE SER
PROPOSTO POR ADVOGADO
4) Habeas data (art. 5, incido LXXII): para
assegurar o conhecimento de informações relativas
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou
bancos de dados de entidades governamentais ou
de caráter público. Para a retificação de dados,
quando não se prefira fazê-lo por processo sigilosos,
judicial ou administrativo.
IMPETRANTE: SABER INFORMAÇÕES A SEU
RESPEITO; IMPETRADO: BANCO DE DADOS;
QUALQUER PESSOA PODE PROPOR
5) Mandado de injunção (art. 5, inciso LXXI):
viabilizando o exercício de um direito previsto em
uma norma constitucional não regulamentar,
combate as lacunas constitucionais, por falta de
norma infraconstitucional, busca o exercício de
direito contra a omissão constitucional. O art. 102,
inciso I, alínea a, fala a quem seriam atribuídos.
POLO ATIVO: QUALQUER PESSOA, UTILIZADA
QUANDO FALTA NORMA REGULADORA; POLO
PASSIVO: A PESSOA ESTATAL
6) Ação popular (art. 5, inciso LXXIII): ação
individual, mas defende o direito da coisa pública e
pode ser impetrado por qualquer cidadão, é os
meios constitucional posto à disposição de qualquer
cidadão para obter a invalidação de atos ou
contratos administrativos ilegais e lesivos do
patrimônio federal, estadual e municipal, ou de suas
autarquias, entidades, paraestatais e pessoas
jurídicas subvencionadas com dinheiro público.
POLO ATIVO: CIDADÃO; POLO PASSIVO:
ENTIDADES, AGENTES, ORGÃO DIVERSOS
7) Direito de petição (art. 5, inciso XXXIV): não
necessita de advogado para ser impetrado, direito
de se comunicar com os poderes públicos, requerer
ou solicitar aos poderes, deve ser respondida pelos
poderes, invoca a atenção dos poderes públicos
sobre uma questão ou uma situação
POLO ATIVO: QUALQUER PESSOA; POLO PASSIVO:
OS 3 PODERES (LEGISLATIVO, EXECUTIVO E
JUDICIARIO) E O MINISTERIO PUBLICO.
Forma do estado: as constituições que organizam o
estado, a constituição que deve estabelecer e a divisão
depende do órgão (governo central) e define qual o
poder legislativo e executivo vai poder existir, é
subdividido em 3 categorias unitária,
regional/autônoma e federal
Nos estados unitários os poderes dos entes locais
dependem exclusivamente da atitude do legislativo
ordinário do poder central, ao posso que na Federação
as prerrogativas dos locais pairam acima da vontade do
Estado central, seu judiciário pertence ao nacional.
“O modo de exercício do poder político em função do
território e que determina a forma do estado. Se existe
unidade de poder sobre o território, tem-se o estado
unitário. Se o poder se reparte, se divide no espaço
territorial, distribuindo-se regionalmente tem-se um
estado composto”
“No estado unitário a constituição delega todo o poder
governamental ao poder nacional, este poder cria
tantas subdivisões que quiser e delegar os poderes que
entende necessários, alterando seus limites, sempre
por lei ordinária e ao seu belo prazer”
“Na federação as entidades locais e os seus poderes
estão acima da vontade do governo nacional, pois são
garantidas por uma constituição rígida”
O estado autônomo é composto por regiões
autônomas, e não tem poder constituinte decorrente,
ou seja, não pode elaborar uma constituição estadual
e organizam na forma que a lei nacional regula
Soberania e autonomia:
Soberania, é própria do estado, é um poder que não
encontra nenhum outro acima dele na esfera
internacional e nenhum outro que lhe esteja em igual
nível de ordem interna
Autonomia, é a margem de atuação circunscrita pelo
direito, a união, os estados, os municípios e o distrito
federal, são autônomos, nos limites estabelecidos pela

Características da federação:

1) Descentralização político administrativa

constitucionalmente previstas; os estados
membros têm poder de escolher seus
representantes, editar suas próprias leis e elaborar
2) Constituição rígida: uma constituição que não
permita muitas modificações, uma constituição que
necessite de um procedimento mais difícil para
realizar alterações.
3) Existência de órgão encarregado que dite a
vontade dos estados membros: o senado federal é
este órgão, manifestação de vontade
4) Autonomia financeira: os estados membros
têm autonomia, para adquirir tributos para não
depender do poder central.
5) Existência de órgão para controle de
constitucionalidade: para que não haja invasão de
competência, para uma entidade se proteger as
outras, o órgão controlador é o poder judiciário, na
via de exceção os juízos e na via de ação o STF, para
lhe garantir renda própria.
6) Nacionalidade única: todos os nascidos na
federação têm a mesma nacionalidade sem
discriminação
7) Possibilidade de intervenção federal: para
restabelecer a supremacia da constituição nos
estados membros, equilíbrio federativo.
8) Possibilidade de criação, fusão e
desmembramento do estado membros
9) Indissolubilidade da federação: os estados não
podem se separar da federação, proibição da
secessão (estudar) (separar)

Confederação: é uma união de estados sobre um

tratado internacional, para realização de fins
comuns, cada estado mantém sua soberania, pode
ser considerado com um embrião para a criação de
uma federação, os estados por manterem sua
soberania não precisam acatar as decisões da
confederação.