You are on page 1of 323

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS

1:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 1A: Materiais:Propriedades
Habilidades: 1.1. Reconhecer a origem e ocorrência de materiais.
1.1.1.Identificar os materiais mais abundantes no planeta: rochas, minerais, areia,
água e ar.
1.1.2. Relacionar a constituição dos seres vivos com os materiais existentes no
ambiente.
1.1.3. Relacionar as propriedades dos materiais como plásticos, metais, papel
e vidro aos seus usos, degradação e reaproveitamento.
Apontar, por exemplo, a diversidade de usos dos materiais e suas conseqüências
ambientais, principalmente relacionadas ao aquecimento global.

Baixe o módulo original


Por que ensinar em PDF
O material mais abundante encontrado na superfície do Planeta é a
água, pois ela cobre 70% de sua superfície. Apesar disso, a massa de água representa apenas 0,025%
da massa total da Terra. E dessa água, a maior parte é água salgada, por isso é preciso preservar a
água. Conhecer a água, suas propriedades, seus usos e como evitar sua poluição é de fundamental
importância para a formação de um cidadão.
Existem outros materiais abundantes, tais como: os minerais, os materiais de origem vulcânica, os gases
que compõem a atmosfera, materiais extraídos do mar e materiais de fontes orgânicas. Conhecer tais
materiais e suas propriedades torna o cidadão mais consciente da importância do seu uso adequado e da
necessidade de evitar a poluição para preservação da vida no Planeta.
Condições prévias para ensinar
Para a compreensão dos conceitos relacionados com os materiais mais abundantes no planeta e sua
importância para a vida é importante que os alunos tenham oportunidade de resgatar ou desenvolver os
seguintes conhecimentos e habilidades:
1. Leitura e interpretação de texto
2. Discutir a importância dos diversos materiais para o Planeta e para a vida
3. Substâncias e Misturas
O que ensinar
1. Materiais de origem mineral.
2. Materiais de fontes orgânicas.
3. Substâncias.
4. Misturas homogêneas e heterogêneas
5. Propriedades dos materiais
6. Relacionar as propriedades dos materiais aos seus usos
Como ensinar

Para o desenvolvimento dos conceitos relacionados ao estudo dos Materiais mais abundantes no planeta
e sua importância para a vida é recomendável que os alunos realizem atividades diversificadas, tais
como: pesquisa, discussão de textos, apresentação de sínteses do grupo para a turma, atividades
práticas relacionadas ao reconhecimento e separação de misturas e discussão sobre os diversos usos
dos materiais.

Os temas para pesquisa e discussão poderão ser: água, materiais de origem vulcânica, materiais
extraídos do mar, materiais de fontes vegetais, etc.

A bibliografia a seguir apresenta algumas atividades que poderão ser realizadas pelos alunos em sala de
aula, individualmente ou em grupos:

1. O módulo didático 7 – Partes I e II – Origem e ocorrência dos materiais no Planeta Terra aborda este
tema conforme as orientações do CBC. O professor pode optar por desenvolver todo o módulo com os
alunos ou utilizar apenas algumas partes.

2. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 31. Texto 5: A Terra tem solução? Este texto trata de alguns
materiais abundantes e importantes no Planeta, fazendo referência às suas propriedades. Seguem-se
algumas questões que poderão ser discutidas pelos alunos reunidos em grupos.

3. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 207.Texto 2. A formação de grutas de calcário. Discute o
comportamento de alguns materiais abundantes no Planeta. Seguido de Questões que poderão ser
discutidas pelos alunos organizados em grupos.

4. USBERCO, J. e SALVADOR, E. Química – volume único. 5.ed. reformulada.São Paulo:Saraiva.2002.


p. 46. Texto: Obtenção dos principais componentes do ar. Descreve sucintamente como se obtém através
do método industrial os principais componentes do ar.

EIXO
TEMÁTICO MATERIAIS
I:
Tema 1: Propriedades dos Materiais
Tópico 1A: Materiais: Propriedades
1.2. Identificar propriedades específicas e a
diversidade de materiais
1.2.1. Identificar Temperatura de Fusão
Habilidade:
(TF), Temperatura de Ebulição (TE),
Densidade e Solubilidade como
propriedades específicas dos materiais.
Objetivos:
1. Reconhecer métodos físicos para identificar se um material pode ser separado em outros materiais ou
substâncias.
2. Associar fenômenos do cotidiano aos processos de separação de substâncias.
3. Investigar regularidades entre os materiais a partir de experimentos simples.
Providências para a realização da atividade:
A professora deverá reservar um espaço, que não seja a sala de aula, para a realização da atividade
prática.
Pré-requisitos:
Não há
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1
Escolhendo o material
É cada vez maior o uso de materiais obtidos a partir das transformações químicas. Chamamos de
materiais todas as espécies de matéria existentes no Universo, em qualquer fase de agregação em que se
encontrem, como: o ar, o alumínio, o aço, a madeira. Esses materiais podem ser identificados e
diferenciados de outros por meio das suas propriedades físicas ou químicas. Por exemplo, podemos
identificar o álcool, a acetona e a água apenas pelo cheiro. Os diferentes usos que fazemos dos materiais
estão associados diretamente às suas propriedades.
As propriedades servem também para diferenciar os materiais que são constituídos por apenas uma
substância daqueles que constituem uma mistura de várias substâncias. Ainda por meio das propriedades
podemos evidenciar a ocorrência ou não de uma transformação química e, ainda, escolher o método mais
adequado para a separação dos componentes de um mistura.
Muitas vezes os químicos desenvolvem novos materiais no laboratório, buscando obter propriedades que
não são encontradas em nenhum material no seu estado natural, para atender determinada finalidade de
uso.

Questões
Dada a seguinte lista: nylon, espuma, vidro, ferro, alumínio, madeira, linho, pedra, plástico, porcelana,
ouro, isopor, couro, álcool etílico.
1) Qual (is) destes materiais você escolheria para fazer:
a) um pára-choque de caminhão?
b) uma cama para um indivíduo que pesa 180 kg?
c) uma xícara?
d) uma panela que mantenha o alimento aquecido por mais tempo?
e) uma panela que aqueça rapidamente?
f) uma roupa para usar em dias mais quentes?

2) Especifique quais critérios você usou para escolha do material adequado?


3) Dentre os materiais citados inicialmente indique:
a) aqueles que são obtidos diretamente da natureza.
b) aqueles que são obtidos por meio de transformações químicas.

4) Que outros materiais você conhece?

Comentário
Você percebeu que quando escolhemos um material para fabricar algo devemos ter em mente alguns
critérios. Por exemplo, mesmo achando o vidro muito bonito, você sabe que ele não é um material
adequado para fazer um pára-choque de caminhão, enquanto o ouro, apesar de apresentar as
características necessárias para se fabricar um pára-choque, não é usado devido ao seu alto preço. Na
escolha de um material adequado para fabricação de qualquer objeto é necessário conhecer as suas
propriedades. Por exemplo, se alguém nos mostrar um líquido amarelo, mesmo que não saibamos o que
é, jamais vamos confundi-lo com a água. Da mesma maneira que se alguém nos mostrar um metal
amarelo, não iremos confundi-lo com o alumínio ou o ferro. As propriedades que percebemos pelos órgãos
dos sentidos são denominadas propriedades organolépticas. São elas: cor, odor, sabor, estado físico.
Estas propriedades são válidas em alguns momentos, mas não são suficientes para identificar os
materiais. A percepção da cor, por exemplo, pode variar de uma pessoa para outra. Uma cor violeta pode
ser avermelhada para uns e bonina para outros. Para evitar confusões desse tipo, nós podemos utilizar
algumas propriedades que podem ser medidas e que, portanto, não variarão conforme o gosto do
observador. Estamos falando das propriedades físicas. Estas propriedades permitem caracterizar os
materiais, uma vez que os seus valores dependem apenas do material de que é constituída a amostra
independente da quantidade ou da procedência. As propriedades físicas apresentam valores constantes.
Geralmente necessitamos utilizar mais de uma propriedade física na identificação de um material.
Conhecer as propriedades físicas serve também para identificar a ocorrência de transformações químicas,
que são muito presentes na nossa vida diária. Você sabe o que é uma transformação química?

Atividade 2

Comportamento dos sólidos ao aquecer-se

Materiais:
6 tubos de ensaio, 1 vela, isqueiro ou bico de gás, um pedaço de chumbo, enxofre, um pedaço de fio de
cobre enrolado em espiral, naftalina, um pedaço de zinco, sal de cozinha, açúcar.

Como fazer
1) Prenda com uma pinça, cada um dos materiais listados acima e aqueça na chama da vela. Atenção, o
enxofre, a naftalina e o sal de cozinha devem ser aquecidos dentro de um tubo de ensaio. Anote suas
observações.
Atenção: Deixe o tubo de ensaio sempre na direção contrária às pessoas.

2) Repita o procedimento 1 utilizando a chama de um isqueiro ou de um bico de gás. Anote suas


observações.

Questões
1) De que maneira o chumbo e o zinco se modificam quando são colocados na chama de uma vela?
2) Que modificações você observou nesses materiais quando submetidos à chama da vela e do bico de
gás?
3) Quais são os materiais que se modificam a uma temperatura evidentemente inferior à temperatura
alcançada pela chama da vela?
4) O que você pode concluir sobre o comportamento de substâncias diferentes quando submetidas a uma
mesma fonte de calor?
5) O fato de algumas substâncias não terem derretido significa que não derreteriam em nenhuma
circunstância?
6) A temperatura na qual um material passa do estado sólido para o estado líquido é denominada
Temperatura de fusão. Tendo como guia apenas as suas observações, coloque os materiais empregados
em ordem crescente de sua temperatura de fusão.
Possíveis dificuldades
Caso a sala seja muito cheia, sugiro que a turma seja dividida.
Alerta para riscos :
CUIDADO com o fogo.
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos Materiais
Tópico 1B: Materiais: Propriedades
1.3. Identificar as propriedades físicas: temperaturas de fusão e ebulição.
1.3.1. Reconhecer que a constância das propriedades específicas dos materiais
(temperatura de ebulição) serve como critério de pureza dos materiais e auxiliam na
identificação dos materiais.
1.3.4. Realizar experimentos simples sobre as mudanças de estado físico e
Habilidade:
interpretá-los de acordo com as evidências empíricas.
1.3.5. Construir e interpretar gráficos como recursos de apresentação de resultados
experimentais.
1.3.6. Construir e interpretar tabelas como recurso de apresentação de resultados
experimentais.
Objetivos:
1. Reconhecer métodos físicos para identificar se um material pode ser separado em outros materiais.
2. Inferir que a constância de algumas propriedades físicas pode servir como critério de pureza das
substâncias.
3. Relacionar propriedades físicas com o uso de materiais e substâncias
4. Reconhecer como a pressão afeta a temperatura de ebulição e fusão das substâncias.
5. Diferenciar misturas de substâncias a partir de suas propriedades físicas
6. Fazer medidas de temperatura relacionadas a processos bio-físico-químicos.
7. Construir e interpretar gráficos com dados obtidos de experimentos.
8. Relacionar a construção do termômetro e as propriedades físicas dos materiais.
9. Planejar e executar um procedimento experimental simples envolvendo propriedades físicas.
Providências para a realização da atividade:
A atividade prática deverá ser realizada em um local adequado.
Pré-requisitos:
Não há
Descrição dos procedimentos:
Questões preliminares
O que você faria para diferenciar:
a) uma amostra de água de uma amostra de vinho?
b) uma porção de água do mar filtrada de uma porção de água pura, sem
provar?
c) Uma porção de álcool de uma porção de água, sem sentir o odor?
As respostas a estas questões podem ser dadas por meio do estudo das propriedades desses materiais.

Determinando a temperatura de ebulição de um líquido


Materiais:

2 béqueres de 100 mL, suporte e garra, tripé e tela de amianto, 1 termômetro de 10 a 110 oC, 1 cronômetro
ou relógio com marcador de segundos, 1 bastão de vidro, água, sal de cozinha.
Cuidados
Evite queimaduras. Não pegue os materiais quentes com as mãos. Não coloque materiais de vidro
quentes diretamente sobre as bancadas de azulejo.

Procedimentos

1.Faça a montagem conforme o esquema abaixo.


2. Coloque cerca de 50 mL de água no béquer.
3. Coloque o termômetro no béquer e inicie o aquecimento. Durante o aquecimento agite a água com o
próprio termômetro CUIDADOSAMENTE.
4. De 30 em 30 segundos, leia a temperatura da água e anote na tabela própria. Assinale a temperatura
em que se inicia a ebulição.
4. Após o início da ebulição, continue marcando a temperatura durante 3 minutos.
5. Em outro béquer coloque 50 mL de água e aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha.
Misture com o bastão até o sal se dissolver completamente.
6. Repita o procedimento para esta mistura.
7. Utilizando papel milimetrado, construa o gráfico que representa o comportamento da temperatura
durante o aquecimento da água. Em seguida, utilizando a mesma escala construa o gráfico que representa
o comportamento da mistura água e sal de cozinha. Coloque a temperatura em ordenadas e o tempo em
abscissa.

Analisando os dados

1. Há alguma diferença entre esses gráficos? Qual?


2. A temperatura na qual uma substância passa do estado líquido para o estado gasoso é denominada
temperatura de ebulição. Marque, em cada gráfico, os pontos que com certeza, correspondem à
temperatura de início da ebulição dos materiais.
3. Considerando que fossem utilizadas amostras de água de diferentes procedências, e em diferentes
quantidades, você acha que o patamar do gráfico, corresponderia ao mesmo valor de temperatura?
4. Considerando que a quantidade de água fosse duas vezes maior do a utilizada, como você acha que
seria as temperaturas de ebulição?
5. A temperatura em que ocorre a ebulição da água é constante? E da água e sal? Como você chegou a
essa resposta?

Comentários
Por meio deste experimento foi possível observar o comportamento de dois líquidos quando submetidos a
um aquecimento até mudarem de estado físico. O sistema constituído por apenas uma substância - água -
apresentou uma temperatura constante durante a ebulição. O mesmo não aconteceu com o sistema
constituído por mais de uma substância - água e sal de cozinha. Podemos dizer que os materiais
constituídos de apenas uma substância possuem temperatura de ebulição constante, enquanto que
aqueles constituídos por mais de uma substância - as misturas - não apresentam temperatura de ebulição
constante. A temperatura de ebulição independe da quantidade do material utilizado, quando se trata de
apenas uma substância, enquanto que para as misturas a temperatura de início de ebulição irá depender
da proporção de substâncias utilizadas. A temperatura de ebulição (Te) assim como a temperatura de
fusão (Tf) é uma propriedade física. Os valores são constantes, podendo variar com a pressão
atmosférica.
Possíveis dificuldades:
Que a escola não tenha um espaço que não seja a sala de aula e nem materiais para o desenvolvimento
da atividade prática.
Alerta para riscos:
CUIDADO com queimaduras.
Glossário:
Temperatura de ebulição: é a temperatura na qual o material passa do estado líquido para o estado
gasoso.
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 1C: Materiais: propriedades
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo a solubilidade.
Habilidade:
1.7. Reconhecer o comportamento ácido, básico e neutro dos materiais.
1.7.3. Reconhecer alguns indicadores mais comuns e seus comportamentos em
meio ácido, básico e neutro.
Objetivos:
O objetivo desta atividade experimental é permitir ao professor abordar, em um primeiro momento, a
relação do leite enriquecido, presente no cotidiano dos alunos, ao combate à desnutrição e à deficiência
do íon ferro.
É possível a partir da atividade proposta a abordagem de alguns conceitos químicos tais como reação
química, solubilidade, acidez, basicidade e equilíbrio químico. A escolha pela análise destes íons se deve
à facilidade na detecção qualitativa e ao efeito visual obtido na atividade.
Providências para a realização da atividade:
O ideal é realizar a atividade no laboratório. Caso não seja possível, providenciar um espaço adequado
para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Conceito de reações químicas; representação e leitura de equações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Identificação dos íons ferro (Fe+3) e cálcio (Ca+2) no leite
Materiais e reagentes
Béquer de 25 mL ou copinhos de café de plástico, bastão de vidro ou palito de sorvete, proveta graduada
de 10 mL ou seringa descartável de 10 mL ou de 25 mL, funil pequeno de vidro ou de plástico, filtro de
papel para café, algodão
• soluções: hexacianoferrato(II) de potássio 1% p/v , tiocianato de amônio 1% p/v, hidróxido de sódio 3
mol/L, cloreto férrico 5% p/v, ácido clorídrico 1:3 v/v, carbonato de sódio 5% p/v, fenolftaleína 0,1% p/v
• Semorin®; Vendido em supermercados para tirar mancha de ferrugem. É uma solução de ácido oxálico
Procedimento
Identificação do íon ferro
a) Coloque cerca de 20 mL de leite em um béquer, adicione 5 mL da solução de hexacianoferrato(II) de
potássio e 5 mL da solução de ácido clorídrico 1:3. Anote as suas observações.
b) Coloque cerca de 20 mL de leite em um béquer, adicione 10 mL da solução de tiocianato de amônio e 5
mL da solução de ácido clorídrico 1:3. Anote as suas observações.
Identificação do íon cálcio
a) Como oxalato de cálcio: coloque cerca de 20 mL de leite em um béquer e adicione 5 mL da solução de
ácido clorídrico 1:3. Homogeneíze com bastão de vidro e filtre, utilizando um papel de filtro e um chumaço
de algodão no fundo do papel de filtro para melhorar a eficiência da filtração. Anote as suas observações.
No filtrado, adicione uma solução preparada com 10 gotas de Semorin® e 5 mL da solução de hidróxido
de sódio 3 mol/L. Anote as suas observações.
b) Como carbonato de cálcio: siga o procedimento acima até a etapa de filtração. Adicione algumas gotas
da solução de fenolftaleína ao filtrado e goteje a solução de hidróxido de sódio até que ocorra a viragem
do indicador. Adicione 10 mL da solução de carbonato de sódio, agite com o bastão de vidro e deixe em
repouso por 5 min.
Questões
1) Qual a função da adição da solução de NaOH para a formação do precipitado de oxalato de cálcio?
2) Em quais outros sistemas do cotidiano a determinação qualitativa pode ser aplicada?
3) Os íons ferro e cálcio podem ser adicionados (ou encontrados) em que outros alimentos?
Justifique.
Reações químicas envolvidas
Na presença de hexacianoferrato(II) de potássio, obtém-se um precipitado de coloração azul intenso (azul
da Prússia), devido à oxidação parcial do hexacianoferrato(II) de ferro e potássio (K2Fe[Fe(CN)6] a
hexacianoferrato(II) de ferro(III) (Fe4[Fe(CN)6]3
K2Fe[Fe(CN)6](aq) + 2K+(aq)a Fe2+(aq) + K4[Fe(CN)6](aq)
4K2Fe[Fe(CN)6](aq) + O2(g) + 4H+(aq) a Fe4[Fe(CN)6]3(aq) + 8K+(aq) + [Fe(CN)6]4–(aq) + 2H2O(l)
Obs.: Na presença do ânion tiocianato, SCN-, tem-se uma coloração vermelha derivada do íon
hexatiocianoferrato (III) ([Fe(SCN)6]3
Fe[Fe(SCN)6](aq) a 2Fe3+(aq) + 6SCN–(aq)
Obs.: Na presença do íon oxalato produz-se um precipitado branco de oxalato de cálcio. Em
concentrações elevadas ocorre precipitação instantânea, porém em soluções mais diluídas pode ocorrer
apenas turvação.
CaC2O4(s)a Ca2+(aq) + C2O4 2–(aq)
Obs.: Na presença de carbonato de sódio produz-se um precipitado branco de carbonato de cálcio. É
necessário proceder primeiramente à neutralização do filtrado, para que não haja formação de bicarbonato
de cálcio, que é mais solúvel do que o carbonato.
CaCO3(s) aCa2+(aq) + CO3 2–(aq)
Comentários
1. A adição de HCl ao leite desnatura as proteínas e permite que tanto o ferro como o cálcio sofram
hidrólise e passem para o seio da solução. O íon cálcio, no entanto, como está em sua maioria ligado à
caseína (no leite de vaca), acaba ficando, parcialmente, retido no papel de filtro, junto com a proteína que
sofreu desnaturação.
2. O professor, a título de ilustração, pode escrever frases em uma cartolina ou papel com o auxílio de um
cotonete, utilizando as soluções de NH4SCN e K4[Fe(CN)6]. Após a secagem dessas soluções, borrifa-se
uma solução de FeCl3 sobre a cartolina ou similar e obtém-se como efeito imediato o aparecimento das
frases que, antes incolores, tomam as respectivas cores dos compostos formados: vermelho e azul.
3. O Ministério da Saúde estuda a possibilidade de tornar obrigatória a adição de íon ferro no sal de
cozinha, para intensificar o combate à anemia.
Atividade adaptada da Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 14, 2001, p. 43
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades os materiais
Tópico 1D: Materiais: propriedades
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
Habilidade: 1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo a solubilidade.
Objetivos:
Determinar a concentração de oxigênio dissolvido em uma amostra de água de torneira.
Providências para a realização da atividade:
É ideal realizar o experimento no laboratório. Portanto, reserve o laboratório da sua escola ou um espaço
adequado para a realização da atividade
Pré-requisitos:
O Estudo de soluções, solubilidade e reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Questões
1) É melhor pescar em dias quentes ou dias frios? Por quê?
2) Muitos aquários possuem um aparelho que mantém a água em movimento. Qual a função disso?
3) De onde vem o oxigênio dissolvido na água?
4) Qual a relação entre solubilidade dos gases e temperatura?
Introdução
A concentração de oxigênio dissolvida em água conhecida por "COD" é um parâmetro importante para se
analisar as características químicas e biológicas das águas potáveis e de rios e lagos. O oxigênio
dissolvido (OD) em água pode ter origem tanto na fotossíntese da biota aquática como no processo de
difusão que ocorre na interface ar – água e sua concentração pode variar em função da temperatura,
salinidade e pressão. Em geral, a solubilidade dos gases aumenta com o decréscimo da salinidade e da
temperatura. Assim, pode-se dizer que águas mais fria retêm mais oxigênio e que a água do mar contém
menos OD que outras águas. A pressão parcial e o nível de saturação dos gases em água variam com a
altitude. A solubilidade de um gás diminui com a diminuição da pressão.
O oxigênio é essencial à vida de vários organismos aquáticos. Alguns desses organismos usam
oxigênio para quebrar moléculas orgânicas de cadeia longa em moléculas ou íons menores e mais
simples, como dióxido de carbono, água, fosfato e nitrato. Nesses processos, o oxigênio é removido do
sistema aquático e pode ser reposto vindo da interface ar – água. O excesso de matéria orgânica nos
sistemas aquáticos pode provocar uma séria diminuição do nível de OD e, conseqüentemente, a morte de
peixes e outras espécies.
Neste experimento será utilizado um método simples e barato para determinar COD em água. O
método consiste em utilizar pequenas porções de palha de aço (tipo bombril), garrafas PET e diferentes
amostras de água (potável, rios, piscinas etc). Para verificar a exatidão do método proposto, alguns
experimentos foram desenvolvidos em laboratório de pesquisa e a COD foi determinada usando um
sensor específico para oxigênio como referência.
Materiais e reagentes
3 garrafas PET de refrigerante de 2L, 3 pedaços de palha de aço (tipo bombril), água de torneira, papel de
filtro (usado para coar café), acetona comercial, bastão de vidro, estufa ou forno de fogão doméstico,
balança de supermercado (com precisão de 0,01 g)
Procedimento
1. Pesar três pedaços de palha de aço de aproximadamente 1,5 g cada.
2. Com o auxílio de um bastão de vidro, colocar cada um dos três pedaços dentro das garrafas PET
devidamente identificadas como 1,2 e 3.
3. Em seguida, abrir a torneira de onde será coletada água, de forma a manter um pequeno fluxo de água.
As garrafas devem ser inclinadas em relação à torneira. O fluxo de água deve escoar pelas paredes da
garrafa, de forma a evitar uma oxigenação da água nesta etapa.
4. Após a coleta das amostras, deixar as garrafas abertas por 15 minutos e depois fechá-las e observá-las
por cinco dias.
5. Secar o papel de filtro a 110 °C por 1 h. Deixar esfriar a temperatura ambiente.
6. Pesar o papel de filtro seco. Anotar a massa.
7. Passado os cinco dias, abrir as garrafas e recolher o sólido marrom avermelhado (ferrugem) pelo
processo de filtração.
8. Lavar o sólido com acetona, a fim de facilitar a secagem.
9. Secar em estufa o sistema (papel + sólido) a 110°C por 1h.
10. Deixar esfriar no dessecador ou em estufa.
CUIDADO: Caso seja utilizado o forno caseiro em substituição à estufa, não use acetona em hipótese
alguma.
11. Pesar o sistema (papel + ferrugem). Anotar a massa.
12. Determinar a massa de ferrugem subtraindo-a da massa do papel filtro.
13. Por meio da estequiometria da reação de formação da ferrugem, calcular a COD na água das garrafas.
14. Os resultados devem ser expressos nas unidades mg. L-1
Questões para discussão
1) Você conhece materiais que poderia ser usado para substituir a palha de aço? Dos materiais
constituintes da palha de aço, qual o mais importante na determinação da COD?
2) O sólido marrom avermelhado formado nas garrafas poderia ter se formado caso a água tivesse sido
fervida anteriormente?
3) A COD nas águas varia com a temperatura. Essa afirmação poderia ser generalizada para outros
gases?
4) Por que quando abrimos uma garrafa de refrigerante gelado observamos a formação de menos espuma
do que quando está na temperatura ambiente?
5) O que aconteceria com a COD se adicionasse sal de cozinha na água das garrafas?
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 1E: Materiais: propriedades
1.6. Reconhecer métodos físicos de separação de misturas.
1.6.3. Associar alguns fenômenos do cotidiano a processos de separação.
Habilidade:
1.6.4. Realizar e interpretar procedimentos simples de laboratório para separação
de misturas.
Objetivos:
Associar fenômenos do cotidiano aos processos de separação de substâncias
Providências para a realização da atividade:
É ideal realizar o experimento no laboratório. Portanto, reserve o laboratório da sua escola ou um espaço
adequado para a realização da atividade
Pré-requisitos:
Não há
Descrição dos procedimentos:
Questões
1) Você sabe a diferença entre leite tipo A, B e C?
2) O tipo de leite está associado às quantidades de gordura e vitaminas presentes no leite. Discuta esta
afirmação.
3) O que é um leite enriquecido?
4) O que é leite UHT?
5) Você sabe como é fabricado o queijo?
6) O que diferencia o queijo minas do queijo prato ou canastra?
7) Qual a diferença entre leite em pó e longa vida?

Análise de diversos tipos de leite através da separação das proteínas caseína e albumina
A fabricação de queijo segue o mesmo princípio adotado nesta atividade prática. Adiciona-se ao leite uma
substância capaz de desnaturar as caseínas, principais proteínas do leite. Com a desnaturação formam-se
aglomerados brancos de caseína, que são recolhidos e salgados. À caseína podem ser acrescentados
microorganismos, enzimas, pigmentos, que irão produzir queijos com cheiro e sabor característicos. É por
isso que existem diversos tipos de queijos como queijo minas, prato, canastra e muitos outros.
O leite recebe, no comércio, diferentes classificações baseadas em critérios que consideram desde a
forma de ordenha até o transporte e o processamento. A Tabela I resume alguns desses critérios:
Tabela I – Tipos de leite

Nesta experiência serão separadas a caseína e a albumina, as principais proteínas do leite. Para isso a
sala deve ser dividida em dez grupos. O mesmo tipo de leite será analisado por dois grupos, mas cada um
escolhe um fabricante diferente. Por exemplo, leite tipo ‘C’ marca Itambé e Cotochés.
Materiais

- 200 mL de leite de algum dos tipos indicados na Tabela I (o grupo que trabalhar com leite em pó
deverá reconstituí-lo seguindo as instruções da embalagem);
- 10 mL de vinagre;
- 2 pedaços de pano fino (20 cm x 20 cm aproximadamente);
- 2 béqueres de 250 mL;
- Sistema para aquecimento (tripé com tela refratária, bico de gás).

Questão: O que você acha que acontecerá quando colocar gotas de vinagre no leite? Por quê?
Procedimentos
- Aqueça o leite em um dos béqueres até ficar bem morno, mas sem ferver;
- retire do fogo e acrescente vinagre aos poucos, até que se forme aglomerados brancos. Esse
material é uma das proteínas do leite: a caseína;
- coe a caseína utilizando um dos pedaços de pano, recolhendo o soro no outro béquer;
- lave o béquer que continha o leite para utilizá-lo na próxima etapa.;
- aqueça agora o soro, deixando-o ferver;
- após algum tempo de fervura formam-se grumos que são constituídos por outra proteína do leite: a
albumina;
- coe a albumina utilizando o outro pedaço de pano;
- recolha o soro no béquer limpo.
Se houver uma balança faça a pesagem da caseína e albumina obtidas. Caso contrário faça uma
comparação qualitativa com os outros grupos e registre os dados nas Tabelas II e III:
Tabela II - Ordem crescente da quantidade de caseína

Tabela III - Ordem crescente da quantidade de albumina


Questões

1) O que se observou quanto ao teor de proteínas (caseína e albumina) nos diferentes tipos de leite?
2) A classificação do leite em um determinado tipo é uniforme quanto aos teores de proteínas?
3) Faça uma pesquisa sobre a importância das proteínas citadas
Possíveis dificuldades:
Propriedades dos Materiais
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David

Tema 1 – Propriedades dos materiais


TÓPICOS DO CBC E HABILIDADES BÁSICAS RELACIONADAS
1.2. Identificar propriedades específicas e a diversidade dos materiais.
1.2.1. Identificar Temperatura de Fusão (TF), Temperatura de Ebulição (TE), Densidade e Solubilidade
como propriedades específicas dos materiais.
1.2.2. Diferenciar misturas de substâncias a partir das propriedades específicas.
1.3. Identificar as propriedades físicas: temperaturas de fusão e ebulição
1.3.1. Reconhecer que a constância das propriedades específicas dos materiais (TF, TE, densidade e
solubilidade) serve como critério de sua pureza e que auxiliam na sua identificação.
1.3.2. Caracterizar, a partir do uso de modelos, os estados físicos dos materiais.
1.3.3. Nomear as mudanças de fase e associar essas mudanças com a permanência das unidades
estruturais, isto é, reconhecer que a substância não muda.
1.3.4. Realizar experimentos simples sobre as mudanças de estado físico e interpretá-los de acordo com
as evidências empíricas.
1.3.5. Construir e interpretar gráficos como recurso de apresentação de resultados experimentais.
1.3.6. Construir e interpretar tabelas como recurso de apresentação de resultados experimentais.
1.3.7. Reconhecer as variações de energia envolvida nas mudanças de fase.
1.3.8. Relacionar a variação da pressão atmosférica com os efeitos na variação da TE.
1.3.9. Construir e analisar gráficos relativos às mudanças de fase.
1.3.10. Prever os estados físicos de um material em função das suas TF e TE.
1.4. Identificar a propriedade física densidade.
1.4.1. Aplicar o conceito de densidade em situações práticas.
1.4.2. Realizar experimentos simples envolvendo densidade.
1.4.3. Analisar as relações massa, volume e densidade por meio de gráficos.
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo solubilidade.
1.6. Reconhecer métodos físicos de separação de misturas.
1.6.1. Identificar métodos físicos de separação em situações problemas.
1.6.2. Relacionar o tipo de processo de separação com as propriedades físicas dos materiais.
1.6.3. Associar alguns fenômenos do cotidiano a processos de separação.
1.6.4. Realizar e interpretar procedimentos simples de laboratório para separação de misturas.
1.6.5. Identificar os equipamentos mais utilizados para separação de misturas.

ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS

ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química


Propriedades dos materiais

Constituição dos materiais Transformações dos materiais


ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino
Propriedades e usos dos materiais

Constituição das substâncias Representação das propriedades


e misturas das substâncias

ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico


Fenomenológico: processos de separação

Teórico:
Representacional:
Propriedades dos
Unidades de medidas
materiais

Propriedades dos materiais


Temperatura de fusão, temperatura de ebulição, solubilidade e densidade.
É cada vez maior o uso de materiais obtidos a partir das transformações químicas. Chamamos de
materiais todas as espécies de matéria existentes no Universo, em qualquer fase de agregação em que se
encontrem, como: o ar, o alumínio, o aço, a madeira. Esses materiais podem ser identificados e
diferenciados de outros por meio das suas propriedades físicas ou químicas. Por exemplo, podemos
identificar o álcool, a acetona e a água apenas pelo cheiro. Os diferentes usos que fazemos dos materiais
estão associados diretamente às suas propriedades.
As propriedades servem também para diferenciar os materiais que são constituídos por apenas uma
substância daqueles que constituem uma mistura de várias substâncias. Ainda por meio das propriedades
podemos evidenciar a ocorrência ou não de uma transformação química e, ainda, escolher o método mais
adequado para a separação dos componentes de um mistura.
Muitas vezes os químicos, para atender determinada finalidade de uso, desenvolvem novos materiais em
laboratório buscando obter propriedades que não são encontradas em nenhum material no seu estado
natural.

Questões
Dada a seguinte lista de materiais: nylon, espuma, vidro, ferro, alumínio, madeira, linho, pedra, plástico,
porcelana, ouro, isopor, couro, álcool etílico, responda:
1) Qual (is) deste(s) você escolheria para fazer:
a) um pára-choque de caminhão?
b) uma cama para um indivíduo que pesa 180 kg?
c) uma xícara?
d) uma panela que mantenha o alimento aquecido por mais tempo?
e) uma panela que aqueça rapidamente?
f) uma roupa para usar em dias mais quentes?
2) Especifique quais critérios você usou para escolha do material adequado.
3) Dentre os materiais citados inicialmente indique:
a)aqueles que são obtidos diretamente da natureza.
b)aqueles que são obtidos por meio de transformações químicas.

INTRODUÇÃO

Ao escolhemos um material para fabricar algo devemos ter em mente alguns critérios. Por exemplo,
mesmo achando o vidro muito bonito, você sabe que ele não é um material adequado para fazer um pára-
choque de caminhão, enquanto o ouro, apesar de apresentar características necessárias para se fabricar
um pára-choque, não é usado devido ao seu alto preço.
Na escolha de um material adequado para fabricação de qualquer objeto é necessário conhecer suas
propriedades. Por exemplo, se alguém nos mostra um líquido amarelo, mesmo que não saibamos o que
seja, jamais vamos confundi-lo com água. Da mesma maneira, um metal amarelo não é confundido com
alumínio ou ferro.

Fonte: www.lkecologia.com.br/caminhoes.htm (data: 18/11/2007)


As propriedades que percebemos pelos órgãos dos sentidos são denominadas propriedades
organolépticas. São elas: cor, odor, sabor, estado físico. Essas propriedades são válidas em alguns
momentos, mas não são suficientes para identificar os materiais. A cor, por exemplo, pode variar de uma
pessoa para outra.
Uma cor violeta pode ser avermelhada para uns e roxo para outros. Para evitar confusões desse tipo, nós
podemos utilizar algumas propriedades que podem ser medidas e que, portanto, não variarão conforme o
gosto do observador. Estamos falando daspropriedades físicas.

Fonte: Fonte:
www.museu.em.ufop.br Fonte:
nautilus.fis.uc.pt http://ciencia.hsw.uol.com.br
(data: 30/04/2010) (data: 30/04/2010)
(data:30/04/2010)
Propriedades físicas são grandezas dimensionais que nos permitem caracterizar os materiais, uma vez
que os seus valores dependem apenas do material de que é constituída a amostra, independente da
quantidade ou da procedência. As propriedades físicas para cada material distinto, estando estes nas
mesmas condições, apresentam valores constantes. Geralmente necessitamos utilizar mais de uma
propriedade física na identificação de um material. Conhecer as propriedades físicas serve também para
identificar a ocorrência de transformações químicas, que são muito presentes na nossa vida diária.
Neste módulo didático, iremos estudar as propriedades físicas dos materiais: temperaturas de fusão e
ebulição, densidade e solubilidade, procurando entender o uso dessas propriedades para o
reconhecimento e utilização dos materiais.

Experimento 1 – Comportamento dos sólidos ao aquecer-se


Materiais:
• Seis tubos de ensaio;
• Uma vela, isqueiro ou bico de gás;
• Um pedaço de chumbo, enxofre, um pedaço de fio de cobre enrolado em espiral, naftalina, um
pedaço de zinco, sal de cozinha, açúcar.
Como fazer
1. Prenda com uma pinça cada um dos materiais listados e aqueça na chama da vela. Anote suas
observações.
Atenção: o enxofre, a naftalina e o sal de cozinha devem ser aquecidos dentro de um tubo de ensaio.
2. Repita o procedimento 1 utilizando a chama de um isqueiro ou de um bico de gás. Anote suas
observações.
Atenção: Deixe o tubo de ensaio sempre na direção contrária às pessoas.

Questões
1. De que maneira o chumbo e o zinco se modificam quando são colocados na chama de uma vela?
2. Que modificações você observou nesses materiais quando submetidos à chama da vela e do bico
de gás?
3. Quais são os materiais que se modificam a uma temperatura evidentemente inferior à temperatura
alcançada pela chama da vela?
4. O que você pode concluir sobre o comportamento de substâncias diferentes quando submetidas a
uma mesma fonte de calor?
5. O fato de algumas substâncias não terem derretido significa que não derreteriam em nenhuma
circunstância? Explique.
6. A temperatura na qual um material passa do estado sólido para o estado líquido é
denominada Temperatura de fusão. Tendo como guia apenas as suas observações, coloque os materiais
empregados em ordem crescente de sua temperatura de fusão.

Experimento 2 – Determinando a temperatura de fusão de um sólido


Materiais:
• Um tubo de ensaio, um béquer de 250 mL, um termômetro
de -10ºC a110ºC;
• Suporte e garra para tubo de ensaio, tripé e tela de amianto;
• Naftalina, parafina, água;
• Um bico de gás, um cronômetro ou relógio com marcador de
segundos.
Atenção: Cuidado com queimaduras, lembre-se que o vidro quente
tem o mesmo aspecto que o vidro frio. Não coloque materiais
quentes sob superfícies frias. Não respire vapores de naftalina.

Procedimento
1. Coloque água no béquer até ¾
2. Triture bolas de naftalina e coloque no tubo de ensaio. Veja
a quantidade com o seu professor.
3. Faça a montagem conforme o esquema ao lado.
4. Após a montagem pronta, ligue o bico de gás e inicie o
aquecimento. Caso a água comece a ferver, desligue o bico.
Durante o aquecimento, agite o sólido com o termômetro,
CUIDADOSAMENTE.
5. Continue a anotar os dados até que a temperatura atinja
90ºC. Anote a temperatura na tabela de dados a cada 15 segundos.
Anote na coluna de observações qualquer modificação ocorrida no
sistema.
6. Retire, então, o tubo de ensaio da água e comece
imediatamente a anotar a temperatura do material a cada 15
segundos.
7. Durante o resfriamento, agite o sólido com o termômetro,
CUIDADOSAMENTE
8. Anote os dados até a temperatura atingir 50o C. Anote na
coluna de observações qualquer modificação ocorrida no sistema.
9. Repita o mesmo procedimento usando parafina.
Organizando os dados
1. Utilizando papel milimetrado ou quadriculado construa um gráfico que represente o aquecimento e
um que represente o resfriamento da naftalina.
2. Coloque a temperatura em ordenadas e o tempo em abscissa.
3. Utilize uma mesma folha de papel milimetrado ou quadriculado para construir os dois gráficos.
4. Repita o mesmo procedimento utilizando os dados para a parafina.
Analisando os dados
1. Há alguma semelhança entre os gráficos? Qual?
2. Indique o estado físico do material em cada ponto do gráfico.
3. Qual é a temperatura de fusão da naftalina? Como você chegou a essa conclusão?
4. Qual é a temperatura de solidificação da naftalina? Como você chegou a essa conclusão?
5. Qual é a temperatura de fusão da parafina? Como você chegou a essa conclusão?
6. Qual é a temperatura de solidificação da naftalina?
7. Qual a relação entre a temperatura de fusão e a temperatura de solidificação da naftalina?
8. O que você pode concluir sobre as temperaturas de fusão da naftalina e da parafina?
Comentários
Neste experimento você observou, por meio da análise dos gráficos, que a naftalina e a parafina
apresentaram comportamento diferente quando submetidas ao aquecimento e ao resfriamento. Você
percebeu que a naftalina apresentou temperatura constante durante a mudança de estado físico, o mesmo
não ocorrendo com a parafina. Materiais que apresentam comportamento semelhante ao da naftalina, ou
seja, apresentam temperatura constante durante a fusão, são constituídos de uma única substância.
Enquanto que materiais que apresentam comportamento semelhante ao da parafina, ou seja, não
apresentam temperatura constante durante a fusão, são constituídos de uma mistura de substâncias.

Experimento 3 – Determinando a temperatura de ebulição de um líquido


Questões preliminares
O que você faria para diferenciar:
a) uma amostra de água de uma amostra de vinho?
b) uma porção de água do mar filtrada de uma porção de água pura, sem experimentar o gosto?
c) uma porção de álcool de uma porção de água, sem sentir o odor?
Materiais:
• Dois béqueres de 100 mL;
• Suporte e garra;
• Tripé e tela de amianto;
• Um termômetro de 10 a 110ºC;
• Um cronômetro ou relógio com marcador de segundos;
• Um bastão de vidro;
• Água e sal de cozinha.

Procedimentos
1. Faça a montagem conforme o esquema ao lado.
2. Coloque cerca de 50 mL de água no béquer.
3. Coloque o termômetro no béquer e inicie o aquecimento.
Durante o aquecimento agite a água com o próprio termômetro
CUIDADOSAMENTE.
4. De 30 em 30 segundos, leia a temperatura da água e
anote na tabela própria. Assinale a temperatura em que se inicia
a ebulição.
5. Após o início da ebulição, continue marcando a
temperatura durante 3 minutos.
6. Em outro béquer coloque 50 mL de água e
aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha. Misture
com o bastão até o sal se dissolver completamente.
7. Repita o procedimento para esta mistura.

Organizando os dados
1. Utilizando papel milimetrado ou quadriculado, construa um gráfico que represente o
comportamento da temperatura durante o aquecimento da água.
2. Coloque a temperatura em ordenadas e o tempo em abscissa.
3. Em seguida, utilizando a mesma escala construa o gráfico que represente o comportamento da
mistura água e sal de cozinha.
Analisando os dados
1. Há alguma diferença entre esses gráficos? Qual?
2. A temperatura na qual uma substância passa do estado líquido para o estado gasoso é
denominada temperatura de ebulição. Marque, em cada gráfico, os pontos que correspondem à
temperatura de início da ebulição dos materiais.
3. Considerando que fossem utilizadas amostras de água de diferentes procedências, e em diferentes
quantidades, você acha que o patamar do gráfico corresponderia ao mesmo valor de temperatura?
4. Considerando que a quantidade de água fosse duas vezes maior do que a utilizada, como você
acha que seriam as temperaturas de ebulição?
5. A temperatura em que ocorre a ebulição da água é constante? E da água e sal? Como você
chegou a essa resposta?
Comentários
Por meio desse experimento foi possível observar o comportamento de dois líquidos quando submetidos a
um aquecimento até mudarem de estado físico. O sistema constituído por apenas uma substância – água
– apresentou uma temperatura constante durante a ebulição. O mesmo não aconteceu com o sistema
constituído por mais de uma substância – água e sal de cozinha. Podemos dizer que os materiais
constituídos de apenas uma substância possuem temperatura de ebulição constante, enquanto que
aqueles constituídos por mais de uma substância – as misturas – não apresentam temperatura de
ebulição constante. A temperatura de ebulição independe da quantidade do material utilizado, quando se
trata de apenas uma substância, enquanto que para as misturas a temperatura de início de ebulição irá
depender da proporção de substâncias existentes na mistura. A temperatura de ebulição (Te) assim como
a temperatura de fusão (Tf) é uma propriedade física. Os valores são constantes, podendo variar com a
pressão atmosférica.

Densidade

Experimento 4 – Observando a flutuação


Questão preliminar
Se colocarmos um prego de ferro de 20g na superfície da água do mar observaremos que ele afundará.
No entanto, um navio com muitas toneladas de ferro flutua na água. Como você explica este fato?

Parte I
Materiais:
• Dois béqueres de 100 mL;
• Água, álcool e gelo.
Como fazer
1. Em um béquer coloque 50 mL de água.
2. Em outro béquer coloque 50 mL de álcool etílico.
CUIDADO: O álcool etílico (etanol) é inflamável. Ao manipulá-lo, certifique-se de não existem chamas nas
proximidades.
3. Coloque em cada béquer um cubo de gelo.
4. Anote as suas observações.

Analisando os dados
1. Explique o que você observou.
2. O que você acha que acontecerá quando
a. misturarmos água e álcool e colocarmos o gelo?
b. adicionarmos uma colher de chá de sal de cozinha (NaCl) na água?

Parte II
Materiais:
• Uma proveta de 200 mL;
• Xarope de groselha, óleo de soja, solução concentrada de CuSO4;
• Um parafuso;
• Um pedaço de cano tipo PVC;
• Um pedaço de cortiça;
• Água e naftalina.
Como fazer
1. Adicione cerca de 50 mL de xarope.
2. Adicione 50 mL de óleo de soja.
3. Adicione, lentamente, 50 mL de água.
4. Por último adicione nesta ordem os seguintes objetos: parafuso, uva, pedaço de cano, pedaço de
cortiça.
Analisando os dados
1. O que você observou?
2. Faça um desenho representando a disposição dos materiais na proveta.
3. Caso mudássemos a ordem de colocação dos líquidos e dos sólidos, a disposição seria diferente?
Justifique sua resposta.
Comentários
Por meio das atividades foi possível verificar que alguns objetos afundam na água, enquanto que outros
flutuam. Vocês devem estar pensando que esse experimento é uma tremenda bobagem, pois disso vocês
já sabiam. No entanto, vocês sabem responder por que os objetos flutuam ou afundam em determinado
líquido? Este fato está associado a uma propriedade denominada densidade. Esta propriedade expressa
quanto existe de massa por unidade de volume de uma dada porção de matéria a uma dada temperatura.
A densidade representa a razão entre a massa e o volume de um objeto e, portanto, depende do material
do qual ele é feito.

d=
m/v

Estamos tão acostumados a ver cubos de gelo flutuando nos líquidos que raramente pensamos neste fato.
Será que todos os sólidos flutuam no líquido constituído do mesmo material? Sabemos que não. Os
sólidos afundam nos líquidos constituídos do mesmo material.
Para fazer: Utilize o modelo cinético molecular para explicar este fato.
A água contraria este fato, apresentando em estado sólido densidade menor (0,92 g/cm3) do que em
estado líquido (1,00 g/cm3). Ao colocarmos gelo no álcool etílico, cuja densidade é 0,79 g/cm3, e
adicionamos água, a mistura terá densidade maior até igualar a densidade do gelo e ele poderá ficar
flutuando no meio do líquido. Se continuarmos adicionando água, o gelo voltará a flutuar na superfície da
mistura.
Com isto podemos afirmar que a densidade dos materiais pode variar conforme a variação da composição
dos mesmos. Baseado nisto é possível determinar a qualidade dos materiais utilizados pela população.
Por exemplo, o controle de qualidade do leite é feito utilizando um densímetro (aparelho para medir
densidade). A medida da densidade do leite permite saber se este sofreu adulteração. Outro uso muito
comum é para determinar a quantidade de álcool na gasolina. Os postos de gasolina possuem um
dispositivo que fica ao lado das bombas de combustível.

Densímetro
Fonte: www.prossiga.br Posto de gasolina - Fonte: cienciahoje.uol.com.br
O consumidor deve ficar atento pois quando a gasolina não está dentro das especificações sugeridas pela
lei, há modificação da densidade, fazendo com que as posições das bolas que ficam dentro do dispositivo
sofram alterações.
Agora você já tem condições de responder à nossa primeira questão: Por que um navio não afunda na
água, mesmo sendo constituído de um material de densidade maior do que a da água?

Densidades e Temperaturas de Fusão (TF) e de Ebulição (TE) de Alguns Metais


Nome do metal Símbolo do elemento Densidade/g/cm3 a 4 ºC TF/ºC TE/ºC
Alumínio Al 2,702 660,2 2467
Antimônio Sb 6,684 (25ºC) 630,5 1380
Cobalto Co 8,9 1495 2900
Cobre Cu 8,92 1083 2595
Chumbo Pb 11,347 (16ºC) 327,5 1744
Cromo Cr 7,20 (28ºC) 1890 2482
Ferro Fe 7,86 1535 3000
Mercúrio Hg 13,5939 -38,87 356,58
Níquel Ni 8,90 1453 2732
Ouro Au 19,3 1063 2966
Platina Pt 21,45 1769 3827+100
Prata Ag 10,50 960,8 2212
Zinco Zn 7,14 419,4 907
Titânio Ti 4,5 1675 3260
Questão: Por que os símbolos de alguns elementos apresentados na tabela acima não correspondem à
letra inicial do nome do elemento?
Propriedades dos Materiais
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David

A solubilidade também é uma propriedade específica?


Experimento 5 – Determinando a quantidade de álcool presente na gasolina
A gasolina vendida nos postos de combustível, no Brasil, contém certa quantidade de álcool etílico
(etanol). Nesta atividade vamos determinar a quantidade de álcool etílico presente na gasolina.
Materiais:
• Uma proveta de 50 mL;
• Uma proveta de 25 mL,
• 25 mL de água e 25 mL de gasolina.
Cuidados
Gasolina é um líquido tóxico, bastante volátil; durante a realização desta experiência, mantenha o
laboratório arejado e evite a inalação dos vapores de gasolina. Por outro lado, a gasolina é altamente
inflamável; assim, durante a realização desta experiência, não deve haver qualquer chama acesa no
laboratório.
Como fazer
1. Meça 25 mL de gasolina na proveta de 50 mL.
2. Meça 25 mL de água na proveta de 25 mL. Sabendo que água e gasolina são imiscíveis, se você
transferir os 25 mL de água para a proveta contendo gasolina, qual dos líquidos flutuará sobre o outro?
Faça um desenho para representar sua resposta.
3. Transfira os 25 mL de água para a proveta contendo 25 mL de gasolina. Sem agitar, verifique o volume
da mistura.
4. Agite vigorosamente a proveta com o auxílio de um bastão. Deixe-a sobre a mesa durante alguns
minutos. Verifique o volume da mistura e anote-o.
Questões
1) Após a agitação, qual o volume de cada fase presente na mistura?
2) A que você atribui a diminuição de volume observada?
3) A ordem em que os líquidos são adicionados tem alguma influência sobre qual fica em baixo e qual fica
em cima? Justifique.
4) Sabendo que atualmente a quantidade de álcool presente na gasolina deve ser de no máximo 24%,
determine a quantidade de álcool presente na gasolina que você utilizou. Essa gasolina está dentro dos
padrões estabelecidos por lei?
5) Como o consumidor deve proceder em caso de suspeita de adulteração dos combustíveis?
6) Seria possível separar o álcool da gasolina? Em caso afirmativo, explique como isto pode ser feito.
7) Por que a água extrai o álcool presente na gasolina?

Experimento 6 – Observando os aspectos qualitativos da solubilidade


Cuidados
Não toque com as mãos em nenhum sólido ou líquido. Use pipeta para os líquidos e espátula para os
sólidos. Não cheire os líquidos.
Materiais:
• 15 tubos de ensaio;
• Estante para tubos;
• Um pipeta graduada;
• Um bico de gás ou lamparina;
• Uma pinça de madeira;
• Uma espátula;
• Álcool, acetona, água, enxofre, açúcar, naftalina triturada, sulfato de cobre II (CuSO4) e sal de
cozinha (NaCl).
Como fazer
1. Coloque em um tubo de ensaio aproximadamente 5 mL de água. Adicione ao tubo a menor quantidade
possível de açúcar. Agite. Se a dissolução não for total, adicione mais açúcar aos poucos e agite até que
não se dissolva mais sólido. Anote na tabela A:
• Dissolve muito
• Dissolve pouco
• Não dissolve
2. Repita o item 1 para as outras substâncias da tabela: açúcar, sal de cozinha, enxofre, naftalina, sulfato
de cobre II.
3. Repita este procedimento para os outros solventes: álcool e acetona.
Tabela A
Sólidos
Sólventes Sal de Sulfato de
Açúcar Enxofre Naftalina
cozinha cobre II
Água
Acetona
Álcool
4. Em um béquer pequeno coloque aproximadamente 6,0 g de sulfato de cobre II.
5. Adicione 20 mL de água. Anote o que você observou.
6. Por fim, aqueça essa mistura até cerca de 80ºC. Anote o que você observou.
Questões
1. Com o auxílio da tabela A responda às questões abaixo:
a. Quais das substâncias utilizadas se dissolvem mais na água?
b. Quais se dissolvem menos na água?
c. Qual o melhor solvente para a naftalina?
d. Qual o melhor solvente para o sulfato de cobre II?
2. Você diria que a temperatura influencia na solubilidade de uma substância? Explique sua resposta.
3. O que você pode concluir sobre a dissolução de uma substância em diferentes solventes?
Comentários
Por meio da realização dos dois experimentos foi possível perceber que apenas o fato de dois materiais
apresentarem valores diferentes para densidade nem sempre é suficiente para prever a flutuação de um
deles. Você observou na atividade 1 que na mistura álcool-gasolina não é possível identificar os
componentes, apesar de a gasolina ter densidade diferente do álcool. Já na mistura água-gasolina
podemos perceber a camada de separação entre os dois líquidos. A outra propriedade que deve ser
analisada como critério de identificação de um material é a solubilidade.
Essa propriedade está relacionada com a capacidade de uma substância dissolver a outra. As substâncias
que são dissolvidas denominamos solutos, enquanto as que dissolvem são denominadas solventes. Por
meio da dissolução de um soluto em um solvente obtém-se uma solução. Quando em um solvente é
adicionada a quantidade máxima de soluto que o mesmo consegue dissolver, dizemos que a solução
está saturada. Solventes com quantidades de soluto inferiores à sua capacidade de dissolução são
denominadas insaturadas. Quando o solvente e o soluto são líquidos que se dissolvem, dizemos que
são miscíveis. Ex: água e álcool. Caso tivermos dois líquidos que não se dissolvem, dizemos que
são imiscíveis. Ex: água e gasolina.
Por meio da atividade 2 é possível observar que um solvente pode dissolver várias substâncias diferentes
e que também uma mesma substância pode ser solúvel em vários solventes diferentes.
A solubilidade é uma propriedade que depende das substâncias envolvidas e da temperatura. Para uma
temperatura definida a solubilidade de uma substância sólida pode ser expressa em gramas do sólido por
litro do líquido (g/L) ou em g/cm3.
A solubilidade é uma propriedade que varia com a temperatura. Algumas substâncias, como o sulfato de
cobre II, têm sua solubilidade aumentada com o aumento da temperatura, mas nem todas apresentam
esse comportamento. Para algumas substâncias, como o sal de cozinha, um aumento de temperatura não
altera a solubilidade e para outras a solubilidade pode até diminuir com o aumento de temperatura.
Podemos falar também de solubilidade de líquidos com gases ou de líquidos com líquidos. Para os gases
a elevação da temperatura provoca uma diminuição de sua solubilidade e para os líquidos, a variação de
temperatura praticamente não altera a sua solubilidade.
Atividade 1
Utilizando o gráfico de solubilidade por temperatura, responda as questões:
01) Baseado nas informações do quadro e do
Gráfico de solubilidade de alguns sais X gráfico responda:
temperatura a) Em qual dos sais o efeito da temperatura
sobre a solubilidade é mais acentuado?
b) Em qual temperatura a solubilidade do nitrato
de chumbo é igual à do nitrato de potássio?
c) Em qual temperatura a solubilidade do cloreto
de sódio é igual à do nitrato de potássio?
d) À temperatura de 20°C, qual dos sais
relacionados no quadro acima é mais solúvel em
água? Qual é menos solúvel?
e) À temperatura de 60°C, qual dos sais
relacionados no quadro acima é o mais solúvel
em água? Qual é o menos solúvel?
f) Se você for resfriar até 20°C uma solução
saturada de nitrato de chumbo, que foi preparada
a 80°C, usando 100g de água, qual a massa de
nitrato de chumbo que ficará insolúvel e
decantará no fundo do béquer?

02) Complete o quadro de acordo com os dados do gráfico:


Solubilidade na temperatura indicada (em g/100g de água)
Material
20°C 40°C 60°C 80°C
NaCl (Cloreto de sódio)
Pb(NO3)2 (nitrato de chumbo)
KNO3 (Nitrato de potássio)
CsSO4 (Sulfato de césio)
03) A solubilidade é uma propriedade específica? Explique.
Assim como a densidade, a temperatura de fusão e a temperatura de ebulição, a solubilidade também é
uma propriedade específica.

Conclusões
O conhecimento de propriedades físicas tais como temperatura de fusão, temperatura de ebulição,
densidade e solubilidade permite na maioria dos casos, identificar materiais, diferenciando-os uns dos
outros. A utilização das propriedades físicas permite também a verificação segura da ocorrência de uma
transformação química num dado sistema. Se houver mudanças de valores das propriedades físicas dos
componentes do sistema é porque as substâncias iniciais se transformaram em outras.
As propriedades físicas são características das substâncias. Além de indicar se um material é constituído
por uma única substância ou se é uma mistura de várias substâncias, de caracterizar e identificar
substâncias e verificar, com certeza, a ocorrência ou não de uma transformação química, as propriedades
físicas são muito importantes na separação de substâncias de uma mistura e na determinação do grau de
pureza das substâncias separadas. Além dessas propriedades que nós estudamos, existem outras
propriedades que também podem ser utilizadas na identificação de materiais. Como exemplo, podemos
citar resistência ao calor, resistência à corrosão, permeabilidade, toxicidade, maleabilidade, condutividade
térmica, condutividade elétrica, etc.

Comparando as propriedades de compostos inorgânicos e compostos orgânicos


Você sabe a diferença entre compostos orgânicos e inorgânicos?
São considerados compostos orgânicos, aqueles que possuem o átomo de carbono (C) em sua
constituição. Exemplos: açúcar comum (sacarose) – C12p2O11, álcool comum – C2pOH, naftalina –
C10H8. Os compostos que não possuem o átomo de carbono em sua constituição são os inorgânicos.
Exceção: CO2, CO, CS2 e compostos que contém o íon carbonato (CO3-2) ou bicarbonato (HCO3-1).
Se você tivesse duas amostras sólidas, uma constituída de um composto orgânico e outra de um
composto inorgânico, que procedimentos experimentais você utilizaria para distinguir as amostras?
A maioria dos compostos orgânicos é molecular e apolar ou possuem baixa polaridade, ou seja, é
constituída de ligações covalentes; ao contrário dos compostos inorgânicos, que são iônicos ou, no caso
de serem moleculares, apresentam polaridade elevada. Em vista da baixa polaridade, os compostos
orgânicos se diferenciam dos compostos inorgânicos nos seguintes aspectos:
Compostos orgânicos Compostos inorgânicos
1. Condutibilidade elétrica
A maioria não conduz corrente elétrica em solução Os compostos iônicos conduzem em solução
aquosa ou no estado líquido. Alguns deles, como os aquosa e no estado líquido. Alguns compostos
ácidos carboxílicos, as aminas e os fenóis moleculares polares conduzem em solução.
conduzem corrente elétrica em solução aquosa.
2. Solubilidade
De um modo geral, os compostos orgânicos são Os compostos iônicos são solúveis quase sempre
pouco solúveis na água e muito solúveis em em solventes polares com constantes dielétricas
solventes orgânicos (benzina, gasolina, clorofórmio elevadas.
etc.)
3. Temperaturas de fusão e de ebulição
Geralmente são substâncias moleculares. Nessas Apresentam temperaturas de fusão e ebulição mais
substâncias, os átomos, em cada molécula, estão elevadas.
unidos por ligações covalentes fortes. Entretanto, as
forças de coesão entre as moléculas são em geral
forças de Van der Waals, muito menos intensas. Em
razão disso, apresentam temperatura de fusão e
ebulição baixas.
4. Densidade
Possuem densidades mais baixa em razão de Densidade mais elevada.
serem formados por átomos de massa atômica
baixa (C e H) e também devido às interações
intermoleculares fracas.
5. Reatividade
Como normalmente são formados por ligações Os compostos que favorecem a formação de íons
covalentes, as quebras moleculares e a formação possibilitam reações mais rápidas.
de novas ligações tornam as reações mais lentas.
6. Isomeria e polimeria
Apresentam isomeria e polimeria. Isômeros: Não apresentam.
compostos com a mesma fórmula molecular e
fórmulas estruturais diferentes.
pC – Cp – OHC2pO Cp – O – Cp
Polímeros: compostos formados, geralmente, de
moléculas grandes (macromoléculas) obtidas pela
combinação de moléculas pequenas (monômeros).
7. Resistência ao aquecimento
A maioria decompõe quando submetido ao Resistem melhor ao aquecimento.
aquecimento, ainda que este não seja muito alto.

Exercícios Propostos
1) Determinou-se a temperatura de fusão de uma substância X e encontrou-se um valor menor que o
tabelado para esta substância. Isto pode significar que:
a) a quantidade de substância utilizada na determinação foi menor do que o necessário;
b) a quantidade de substância utilizada na determinação foi maior do que o necessário;
c) uma parte da substância não fundiu;
d) a substância contém impurezas.

2) (Puc 1997) Um professor realizou várias experiências (a 20°C e 1 atm) e organizou a seguinte tabela:

De acordo com a tabela, assinale a afirmativa INCORRETA:


a) O estado físico da substância D, à temperatura ambiente, é gasoso.
b) Se misturarmos a substância B com a substância D, à temperatura ambiente, forma-se uma mistura
homogênea.
c) A substância mais volátil, à temperatura ambiente, é a A.
d) Se misturarmos as substâncias A, C e água, forma-se um sistema bifásico.

3) (Puc 1997) – Modificada- Nas condições ambiente (25°C e 1 atm), assinale a opção cujas substâncias
formadas por esses elementos são, respectivamente, gás, líquido e sólido:
a) hélio, césio, sódio.
b) nitrogênio, iodo, telúrio.
c) flúor, cloro, enxofre.
d) criptônio, bromo, selênio.

4) (Puc 1997) Em garimpos onde o ouro é encontrado em pó, para separá-lo da areia acrescenta-se
mercúrio líquido que forma liga metálica com o ouro. Para separar os metais, a liga é aquecida até a
evaporação completa do mercúrio. Esse procedimento é possível porque dos dois metais, o mercúrio tem
a) menor densidade.
b) menor massa molar.
c) menor temperatura de ebulição.
d) maior temperatura de fusão.

5) (Unicamp 1999) Dois frascos idênticos estão esquematizados abaixo. Um deles contém certa massa de
água (p0) e o outro, a mesma massa de álcool (CpCp‚OH).

Qual das substâncias está no frasco A e qual está no frasco B? Justifique.

6) Uma barra de certo metal, de massa igual a 37,8g, foi introduzida num cilindro graduado contendo água.
O nível da água contida no cilindro, antes (1) e após (2) a imersão da barra metálica é mostrado na figura.
Determine a densidade deste metal e
consultando a tabela da página 11 indique o
nome e o símbolo do metal. Cite 2 usos para
este metal.

7) (ENEM 1999) A obsidiana é uma pedra de origem vulcânica que, em contato com a umidade do ar, fixa
água em sua superfície formando uma camada hidratada. A espessura da camada hidratada aumenta de
acordo com o tempo de permanência no ar, propriedade que pode ser utilizada para medir sua idade. O
gráfico a seguir mostra como varia a espessura da camada hidratada, em mícrons (1 mícron = 1 milésimo
de milímetro) em função da idade da obsidiana.

Com base no gráfico, pode-se concluir que a espessura das camadas hidratada de uma obsidiana
a) é diretamente proporcional à sua idade
b) dobra a cada 10 000 anos
c) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais jovem
d) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais velha
e) a partir de 100 000 anos não aumenta mais.

8) Considere três frascos de vidro transparente, fechados e exatamente iguais. Cada um contém a mesma
massa de diferentes líquidos. Um contém água (d=1,00g/mL), o outro, clorofórmio (d=1,4g/mL) e o
terceiro, álcool etílico (d=0,8g/mL). Faça um desenho para os três frascos. Como você chegou a esta
conclusão?
COMPORTAMENTO ÁCIDO E BÁSICO DAS SUBSTÂNCIAS
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva

Análise e correção da acidez da água http://www.palintest.com/images/categories/poolsp


http://www.fundep.ufmg.br/homepage/fotos_cases/agu a-small.jpg
a2.jpg

TÓPICOS DO CBC E HABILIDADES BÁSICAS RELACIONADAS


Tópico 1 – Materiais: propriedades
1.7. Reconhecer o comportamento ácido, básico e neutro de materiais.
1.7.1 Reconhecer materiais de uso comum que apresentem comportamento ácido, básico e neutro.
1.7.2 Associar o caráter ácido, básico e neutro ao valor de pH.
1.7.3 Reconhecer alguns indicadores mais comuns e seus comportamentos em meio ácido, básico e
neutro.
Tópico 20 – Materiais; Acidez e basicidade
20.1 – Compreender que as soluções apresentam comportamento ácido, básico ou neutro.
20.1.1. Propor e/ou executar procedimentos simples para a identificação do caráter ácido, básico ou neutro
de soluções por meio de indicadores.
20.1.2. Representar ou identificar, por meio de equações ou fórmulas químicas, sistemas que apresentem
caráter ácido, básico ou neutro.
Tópico 21 – Materiais: Neutralização de soluções
21.1. Reconhecer transformações que envolver neutralização de soluções.
21.1.1. Representar por meio de equações químicas, reações de neutralização ácido-base.

Questão
D. Vera gosta muito de jardinagem. Ela está com a seguinte dúvida:
O que faço para minhas hortênsias darem flores azuis e roxas, pois sempre ganho muda dessas cores,
mas quando planto nascem flores rosas. Preciso colocar algo na terra? E o que faço para florirem mais?
Vamos ajudá-la?

Introdução
Solo é uma mistura de materiais minerais e orgânicos da superfície da terra que serve de ambiente para o
crescimento das plantas. É um componente fundamental do ecossistema terrestre por ser o principal
substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação. Fornece água, ar e nutrientes
para as mesmas.
Exerce, também, funções tais como: regulação da distribuição, armazenamento, escoamento e infiltração
da água da chuva e de irrigação; armazenamento de nutrientes para as plantas; ação filtrante e protetora
da qualidade da água e do ar.
Como recurso natural, o solo é passível de ser degradado e contaminado em função do uso inadequado
pelo homem. Com isso, o desempenho de suas funções básicas fica prejudicado, o que acarreta
interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo a qualidade de vida dos ecossistemas,
principalmente daqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana, como os sistemas agrícolas
e urbanos.
Os principais minerais constituintes do solo são silicatos de alumínio (constituintes da argila), óxidos,
hidróxidos e oxihidróxidos de Ferro e Alumínio (hematita, goethita).
A matéria orgânica do solo é representada por resíduos animais e vegetais em estado de decomposição
misturado com partículas minerais. Tanto pode estar presente de forma natural como adicionada na forma
de fertilizantes orgânicos.
A matéria húmica, também denominada húmus, é uma mistura de compostos complexos, estáveis e de
massas moleculares elevadas, constituída, principalmente, por Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio,
Enxofre e Fósforo.
A matéria não húmica é formada por carboidratos, proteínas, aminoácidos, ceras e ácidos de massas
moleculares baixas e, geralmente, solúveis e degradáveis por micro-organismos.
O teor de matéria orgânica no solo varia em função do tipo de solo, das condições ambientais e do
sistema de manejo dos solos, variando entre 2,0 e 5%, podendo chegar a quase 0% em solos arenosos e
30% em solos orgânicos.
A água presente no solo é fundamental para o desenvolvimento das plantas, pois atua no transporte,
desde do solo até as folhas, de nutrientes essenciais. A capacidade de retenção de água no solo é de
suma importância, pois, representa, praticamente, a única fonte de suprimento de água para os vegetais.
A dissolução de certos minerais pela água e também o uso de alguns fertilizantes podem tornar o solo
ácido, o que prejudica o crescimento de alguns vegetais (soja, feijão, trigo) e diminui a ação de micro-
organismos presentes no solo. Pode ocorrer também de este tornar-se alcalino (básico), principalmente
em regiões áridas e com pouca chuva. Solos alcalinos podem ser prejudiciais ao crescimento das plantas.
As características químicas do solo estão relacionadas com a natureza dos seus minerais e a
disponibilidade de nutrientes presentes nele, subsídio este fundamental para a recomendação da dose de
adubação, assim como as transformações a que os nutrientes adicionados ao solo estarão sujeitos. O pH,
que é um índice que indica o grau de acidez do solo, é de extrema importância, pois determina a
disponibilidade dos nutrientes contidos no solo ou a ele adicionado, bem como a assimilação dos
nutrientes pelas plantas. Considerando que a maioria dos solos brasileiros apresenta acidez média a alta,
a sua correção, ou seja, a calagem, é um fator decisivo na eficiência das adubações.
Para diminuir a acidez dos solos utiliza-se a calagem, que consiste em adicionar ao solo materiais
calcários que contenham cálcio e magnésio (calcários calcíticos, dolomítico ou magnesiano). Os íons
carbonato neutralizam os ácidos presentes nas zonas mais superficiais do solo, produzindo, por meio
desta reação, dióxido de carbono (CO2) e água. Uma vez que o processo tenha ocorrido, os íons cálcio
podem substituir os íons hidrogênio na matéria orgânica ou nas argilas.
Em valores baixos de pH, a maior parte dos nutrientes (K, Ca, Mg, N, S, B e P) está menos disponível e
alguns, como Fe, Cu, Mn e Zn, estão mais disponíveis.
Como reconhecer que o limão é ácido? Cite outros materiais ácidos que você conhece.

Experimento 1 – Identificando ácidos e bases


A – Preparando um indicador
Indicadores são substâncias orgânicas utilizadas para determinar se um material tem comportamento
ácido ou básico.
Para este experimento, você poderá extrair o indicador usando folha de repolho roxo, casca de jabuticaba,
folhas de beterraba ou cascas de maçã.
Materiais
• Um frasco de boca larga para aquecimento.
• Uma1 fonte de calor: bico de gás ou ebulidor.
• Um papel de filtro ou um pano para coar.
• Um frasco conta gotas para armazenar o extrato.
• Etiqueta.

Procedimento
1. Coloque água no frasco de boca larga e adicione o material que você escolheu para extração do
indicador.
2. Aqueça até a fervura.
2. Espere esfriar, coe e coloque no frasco conta gotas.
3. Coloque a etiqueta e guarde na geladeira.

B – Construção da escala de acidez


Materiais
• Extrato do indicador.
• Solução diluída de ácido clorídrico (HCl). Essa solução é preparada diluindo-se 1,0 mL de ácido clorídrico
concentrado em água até completar 100,0 mL. CUIDADO com ácido clorídrico.
• Solução diluída de Hidróxido de Sódio (NaOH). CUIDADO com hidróxido de sódio. Essa solução é
preparada dissolvendo uma pastilha de soda cáustica em 100 mL de água.
• Treze tubos de ensaio.
• Uma estante para tubos de ensaio.
• Uma seringa de 10 mL.

Procedimento
1. Numere os tubos de ensaio de 1 a 13.
2. Adicione 1 mL de extrato em cada tubo.
3. Complete os tubos conforme o quadro abaixo

Quadro 1. Preparação da escala padrão de pH


Solução Preparo pH Cor
observada
1 2 mL de HCl diluído + 1mL de extrato 1
2 1 mL de HCl diluído + 9 mL de água filtrada +1 mL de extrato 2
3 1mL da solução 2 + 9 mL de água + 1 mL extrato 3
4 1 mL da solução 3 + 9 mL água filtrada + 1 mL de extrato 4
5 1 mL da solução 4 + 9 mL água filtrada + 1 mL de extrato 5
6 1 mL da solução 5 + 9 mL água filtrada + 1 mL de extrato 6
7 5 mL de água + 5 gotas de extrato 7
8 1 mL da solução 9 + 9 mL de água + 1 mL de extrato 8
9 1 mL da solução 10 + 9 mL de água + 1 mL de extrato 9
10 1 mL da solução 11 + 9 mL de água + 1 mL de extrato 10
11 1 mL da solução 12 + 9 mL de água + 1 mL de extrato 11
12 1 ml de solução diluída de NaOH + 9 mL de água + 1 mL de 12
extrato
13 1 ml de solução diluída de NaOH + 1 mL de extrato 13

C – Testando alguns materiais com o extrato obtido


1. Escolha alguns materiais para realizar o teste: água de torneira, solução aquosa de NaCl, solução
aquosa de sacarose, vinagre branco, álcool, solução diluída de limpa forno, suco de algumas frutas
(laranja, limão, caju, abacaxi, acerola), água sanitária, leite de magnésia dissolvido em água, Sonrisal
dissolvido em água, soda limonada, água mineral com gás, leite.
2. Coloque em um tubo de ensaio 2 mL da solução que você quer testar. Adicione 1 mL de extrato e
compare a cor com a tabela.

D – Analisando os resultados
1) Separe os materiais em dois grupos. Qual critério você usou na separação?
2) Quais materiais são ácidos e quais são básicos?
3) Existe algum material mais ácido ou mais básico que outro? Como você chegou a essa conclusão?
4) Todo material ácido é prejudicial à saúde?
5) Organize uma tabela com os materiais que você testou e o seu respectivo pH.
E – Respondendo a questão de D. Vera
Vamos pegar um pouco de terra e dissolver em água. Agora vamos adicionar 1 mL de extrato de repolho
roxo. E aí de que cor vai ficar? Qual é o pH do solo?
O pH é um índice que indica o grau de acidez de um meio qualquer, inclusive do solo. O pH do solo é
variável, pois vai depender da presença maior ou menor de determinados minerais. Assim, o solo pode ser
mais ácido ou mais básico e é isto o que vai determinar se ele é bom ou ruim para o cultivo de
determinadas plantas. O conhecimento sobre o pH do solo é muito importante, pois determina a
disponibilidade dos nutrientes contidos no solo ou a ele adicionado, bem como a assimilação dos
nutrientes pelas plantas. De um modo geral os solos brasileiros apresentam acidez média a alta e por isto
é necessário que sejam feitos procedimentos de “correção do solo” antes do plantio da maioria das
lavouras, para aumentar o pH.
As cores azuis ou roxas das hortênsias são obtidas com o aumento da acidez do solo. Se D. Vera está
conseguindo apenas cor rosa, significa que o solo está básico. Para aumentar a acidez do solo, ela deve
adicionar sulfato de alumínio (Al2(SO4)3) na terra do vaso ou canteiro. Sulfato de alumínio é encontrado
facilmente em lojas que comercializam produtos de manutenção da água de piscinas.
Para conseguir belas flores, basta adubar com torta de mamona e farinha de osso.

http://www.infojardin.net/galerias/displayimage... (Acesso12/09/2007)

Como identificar solos ácidos, neutros e alcalinos


Ao ler dicas sobre como cultivar determinada espécie de Flores, muitas vezes nos deparamos com a
seguinte informação:".... prefere solo ácido... ou prefere solo alcalino...". Mas como identificar se o solo é
ácido ou alcalino? Ou neutro?
Na verdade, para se ter uma identificação segura, o melhor mesmo é fazer um teste de medição de pH.
No entanto, mesmo sem fazer uma análise profunda do solo, dá para se ter uma ideia se o solo no qual
você pretende cultivar uma espécie tem tendência para ácido, neutro ou alcalino. Veja só:
O solo ácido costuma apresentar a superfície de cor escura e quando molhado forma poças lamacentas.
O solo com pH entre 5,5 e 6,5 é o preferido pela maioria das plantas.
O solo alcalino em geral tem superfície clara ou esbranquiçada. É rico em nutrientes, mas geralmente
provoca ferrugem nas plantas mais suscetíveis.
Já o solo neutro possui coloração e características intermediárias entre um tipo e outro.
Para ter certeza do tipo de solo, é possível adquirir um kit para medir o pH.

Ácidos e bases
A palavra ácido é originada do latim acidus, que significa “azedo”. Os ácidos apresentam comportamento
típico quando estão emsolução aquosa. Geralmente, as soluções ácidas reagem com alguns metais (ferro,
zinco, magnésio, etc) liberando o gás Hidrogênio (H2); neutralizam soluções básicas; reagem com
carbonatos (CO3-2) e bicarbonatos (HCO3-2) liberando gás carbônico. As soluçõesácidas são eletrolíticas,
isto é, conduzem eletricidade.
Exemplos: ácido clorídrico – HCl (presente no suco gástrico), ácido acético (presente no vinagre), ácido
cítrico (no sumo de limão), ácido tartárico (no sumo de uva), ácido málico (no sumo da maçã), ácido lático
(no leite azedo), ácido úrico (na urina) e ácido oleico (no azeite).
Os árabes tinham uma palavra, alkali, para designar as substâncias a que chamamos bases,
ou alcalinas. Este termo era inicialmente usado para cinzas de algumas plantas, que eram escorregadias
ao tato, mas foi generalizado para outras que tivessem o mesmo comportamento. São substâncias muito
corrosivas. Quando em solução aquosa são condutoras de eletricidade.
Exemplos: Hidróxido de sódio – NaOH (soda cáustica), hidróxido de magnésio – Mg(OH)2 (leite de
magnésia), hidróxido de alumínio – Al(OH)3 (antiácido), hidróxido de cálcio – Ca(OH)2 (água de cal).

Qualitativamente podemos utilizar alguns testes, como o da atividade 1, para determinarmos se os


materiais são ácidos ou básicos. As substâncias que apresentam comportamento semelhante ao do
extrato utilizado na atividade 1 são denominadas de indicadores ácido-base. Existem alguns indicadores
ácido-base industriais.
Indicadores ácido-base
Indicadores Meio ácido Meio básico
Fenolfataleína Incolor Vermelha
Alaranjado de metil Vermelho Amarelo
Papel tornassol Rosa Azul
Para uma determinação mais precisa da acidez ou basicidade utilizamos uma grandeza denominada pH.
O pH é uma medida do grau de acidez ou basicidade de uma solução e é um modo de expressar a
concentração dos íons hidrogênio (H+) nessa solução. A escala de pH varia de 0 a 14. O valor de pH igual
a 7 indica que a solução é neutra. É esse o valor do pH da água pura, que é portanto neutra.
H2O → H+ + OH-
O termo "neutro" quer dizer que na água as concentrações de íons H+ e OH- são iguais. Na água pura a
concentração de íons H+ é igual 10-7 mol de íons por litro de água e essa é exatamente a concentração dos
íons OH-. O valor de pH, para essa concentração de íons H+, é igual a 7. Valores abaixo de 7 indicam
soluções ácidas e a acidez aumenta com a diminuição do pH. Valores acima de 7 indicam soluções
básicas e a basicidade aumenta com o aumento do pH. O pH é usado para expressar a acidez e
basicidade da maioria das soluções e emulsões com as quais lidamos na vida cotidiana, por exemplo, a
água de rios e oceanos, o sangue, xampus, detergentes, vinagre, etc.
Acidez e basicidade não são atributos das substâncias, tal como estamos acostumados a dizer no nosso
dia-a-dia. As substâncias são ácidas ou básicas em relação a outras substâncias. Por exemplo, a água é
considerada uma substância neutra porque a quantidade de íons OH- (caráter básico) presentes na água é
igual à quantidade de íons H+ (caráter ácido). Quando certa quantidade de HCl é adicionada à água, ele
ioniza-se produzindo íons H+ que dão um caráter ácido à solução, logo dizemos que o HCl é ácido em
relação à água. Por outro lado, quando se adiciona NaOH à água, aquele, por ser um composto iônico,
dissocia-se produzindo íons OH- o que confere um caráter básico à água. Arrhenius foi o químico que
definiu ácido e base em relação a um solvente, no caso a água, considerado-a neutro. Segundo a teoria
de Arrhenius:
Ácido é toda substância que em água produz íons H+.
HCl (aq) → H+(aq) +Cl-(aq)
Base é toda substância que em água produz íons OH-.
NaOH(aq) → Na+(aq) + OH-(aq)
A neutralização é a reação entre essas duas espécies.
H+ (aq) + OH-(aq) → H2O(l)
Compostos com características ácidas (ácidos e óxidos ácidos) reagem com compostos com
características básicas (hidróxidos e óxidos básicos). Essas reações, denominadas reações ácido/base,
constituem uma das alternativas para o combate à poluição causada pelos óxidos ácidos (NO, NO2, SO2).
Os produtos obtidos das reações ácido-base são sal e água.
Na+(aq) + Cl-(aq) → NaCl(aq)
A escala de pH resulta da teoria ácido-base de Arrhenius, a qual expressa a ideia de que acidez e
basicidade não são propriedades inerentes às substâncias, mas expressam o comportamento dessas
substâncias frente a um solvente – no caso a água – que é considerado neutro.
Para entendermos como funciona uma escala de pH, precisamos entender o que acontece com a
aplicação da função logarítmica à concentração dos íons H+.
pH = - log [H+]
Vejamos o que significa uma variação de pH de 7 para 6. Quando o pH varia de 1 unidade, signfica que a
concentração de íons H+, em solução, aumentou 10 vezes. A variação de pH de um rio qualquer de 6 para
4 indica que a concentração de íons H+ aumentou 100 vezes. Um aumento enorme de acidez que pode ter
consequências dramáticas para as formas de vida existentes nesse rio. Portanto, a escala de pH é
conveniente porque pequenas variações de pH expressam variações muito grandes na acidez e
basicidade das soluções, e isso potencializa o uso da escala para uma variedade de sistemas com
diferenças muito grandes na concentração de íons H+ ou OH-.
O pH pode ser determinado pelo medidor de pH

Escala de pH Medidor de pH

http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/medio/quimica/ult1707u
8.jhtm(11/09/2007)

Qual a relação entre acidez e pH?


Quanto maior o pH, menor a acidez da solução. Em soluções aquosas podemos relacionar a acidez com o
pH conforme a tabela.
Valores de pH para soluções aquosas a 25ºC
Solução aquosa pH
Ácida <7
Neutra =7
Básica >7
O aumento da acidez provoca a diminuição no valor do pH.
O aumento da basicidade provoca o aumento no pH.
Onde estão os ácidos e as bases no nosso cotidiano?
Exemplos de alguns ácidos e suas aplicações.
Nome Fórmula Aplicação
Ácido Clorídrico HCl Limpeza, tratamento e galvanização de metais,
curtição couros, limpeza de pisos, e na produção
e refino de uma grande variedade de produtos. É
conhecido comercialmente como ácido muriático.
Ácido fosfórico H3PO4 Utilizado nas indústrias farmacêutica, de bebidas,
de fertilizantes e detergentes. Também é usado
na produção de sal mineral para alimentação
animal e nas usinas de açúcar.
Ácido sulfúrico H2SO4 O ácido sulfúrico tem várias aplicações
industriais. O principal uso engloba a fabricação
de fertilizantes, o processamento deminérios, a
síntese química, o processamento de
efluenteslíquidos e o refino de petróleo.
Ácido nítrico HNO3 É um ácido bastante corrosivo. A sua principal
aplicação é na produção de fertilizantes.
Ácido carbônico H2CO3 É responsável pelo gás nos refrigerantes e águas
gaseificada.

http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Acido_cloridric http://www.windows.ucar.edu/.../hno3_molecule_
o.png big.gif
Acesso 11/09/2007 Acesso 11/09/2007

Exemplos de algumas bases e suas aplicações.


Nome Fórmula Aplicação
Hidróxido de sódio NaOH Conhecido como soda cáustica, ele é usado na
fabricação
de papel,tecidos, detergentes, alimentos, biodiesel,
sabão e glicerina: É usado também na limpeza
doméstica.
Hidróxido de magnésio Mg(OH)2 É pouco solúvel na água. A suspensão aquosa de
Mg(OH)2 é o leite de magnésia. Ele é usado como
antiácido estomacal. Neutraliza o excesso de HCl no
suco gástrico.
Mg(OH)2 + 2HCl → MgCl2 + 2H2O
Hidróxido de alumínio Al(OH)3 É muito usado em medicamentos antiácidos
estomacais, como Maalox, Pepsamar, etc.
Solução amoniacal NH3 + H2O A amônia é um gás incolor e de odor picante. A
(Amônia) solução aquosa de amônia apresenta caráter básico.
Isso ocorre devido à formação do hidróxido de amônio
(NH4OH) quando ele se dissolve na água.
A amônia é usada em armazéns frigoríficos como
agente refrigerante, na fabricação da ureia
(importante fertilizante, de uso crescente). Emprega-
se a amônia, também, como agente de limpeza,
devido ao seu poder desengraxante (limpadores com
amoníaco).
Hidróxido de cálcio Ca(OH)2 Conhecido como cal apagada, hidratada ou extinta é
um sólido branco que se dissolve parcialmente na
água (água de cal). É usado como base barata para
neutralizar a acidez de certos tipos de solo e na
produção de argamassa, leite de cal, cloreto de cal e
vidro.
Hidróxido de sódio Limpador com amônia
http://pt.wikipedia.org/wiki/ (acesso em 12/09/2007)

Questões para discussão


1) Por que os materiais constituídos de ferro enferrujam?
2) O que é aço inoxidável?
3) Por que quando as pessoas têm azia elas tomam bicarbonato de sódio ou leite de magnésia?
4) Por que os alimentos deterioram?
5) O que é um sabonete neutro? E um xampu alcalino?
6) Qual é o refrigerante mais ácido?

Essas e outras questões poderão ser respondidas à medida que compreendermos como as substâncias
reagem entre si.
COMPORTAMENTO ÁCIDO E BÁSICO DAS SUBSTÂNCIAS
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva
continuação / ver parte I

A – Óxidos, Hidróxidos e ácidos


Óxidos são compostos formados por oxigênio e um elemento menos eletronegativo. Existem desde
óxidos iônicos que, na temperatura ambiente, são sólidos cristalinos, como CaO, até óxidos constituídos
por moléculas covalentes, como CO2 e SO2. A maioria das substâncias elementares reage diretamente
com o oxigênio do ar formando óxidos. Por exemplo,
C(s) + O2(g) → CO2(g)
Ca(s) + ½ O2(g) → CaO(s)
S(s) + O2(g) → SO2(g)
O grupo funcional que caracteriza os óxidos é o O-2.
Exemplos de alguns óxidos:
CO – monóxido de carbono
CO2 – dióxido de carbono (gás carbônico)
SO3 – trióxido de enxofre
CaO – óxido de cálcio
Fe2O3 – óxido de ferro III ou óxido férrico
Alguns óxidos reagem com a água dando origem a uma substância de natureza básica e, portanto, são
denominados óxidos básicos.
Na2O + H2O → NaOH
CaO + H2O → Ca(OH)2
O grupo funcional que caracteriza as bases é o grupo OH- denominado hidróxido.
NaOH – hidróxido de sódio
Ca(OH)2 – hidróxido de cálcio
Fe(OH)3 – hidróxido de ferro III ou hidróxido férrico
Alguns óxidos moleculares são denominados óxidos ácidos devido ao fato de reagir com a água e
produzir uma substância de natureza ácida.
Óxido ácido + água → ácido oxigenado
SO3 +H2O → H2SO4
Exemplos:
CO2 + H2O → H2CO3 ácido carbônico
SO3 + H2O → H2SO4 ácido sulfúrico
Cl2O + H2O → 2 HClO ácido hipocloroso
Monóxido e dióxido de nitrogênio (NO e NO2, gasosos, conhecidos em conjunto como NOx). Na
atmosfera, transformam-se em ácido nítrico (HNO3), um dos componentes da chuva ácida.
Dióxido de enxofre (SO2). Trata-se de um gás venenoso para plantas e para animais. Na atmosfera, é
convertido sucessivamente em trióxido de enxofre (SO3) e em ácido sulfúrico (H2SO4), outro componente
principal da chuva ácida.
O grupo funcional que caracteriza os ácidos é o H+.

Experimento 2
Simulando alguns efeitos da chuva ácida

Materiais e reagentes
• Um frasco de boca larga com tampa (por exemplo, frasco de maionese).
• Um copinho (ou xícara de café) cheio de água destilada.
• Um conta-gotas.
• Um vidro de relógio.
• Uma espátula.
• Dois fios de cobre (número 18) de 20 cm cada um.
• Um isqueiro grande.
• Uma flor vermelha ou, como alternativa, uma folha de repolho roxo.
• Enxofre em pó.
• Papel tornassol azul.

Procedimentos
a) Ação do enxofre em pó sobre os pigmentos da flor, sobre o papel tornassol e sobre a água.
1. Destaque uma pétala da flor e tome uma tira de papel tornassol, em seguida coloque sobre esses
materiais um pouco de enxofre em pó. Observe. Após dois minutos remova o enxofre e observe
novamente.
2. Coloque um pouco de água no vidro de relógio e umedeça nessa água uma parte do papel de tornassol.
Adicione enxofre à água e repita o teste com o tornassol. Anote suas observações.
b) Ação da fumaça produzida pela queima do enxofre sobre os pigmentos da flor, sobre o papel de
tornassol e sobre a água.
Faça a montagem abaixo:

1. Destaque uma pétala da flor e tome uma tira de papel de tornassol, em seguida prenda esses materiais
em um dos fios de cobre (figura acima). Com o outro fio de cobre construa um cone de aproximadamente
1 cm de altura, usando como molde a ponta de uma caneta esferográfica. Prenda os dois fios na borda do
frasco, devendo o cone ficar abaixo da flor (figura acima).
2. Remova o cone, encha-o com enxofre em pó e inicie a queima do enxofre utilizando a chama de um
isqueiro (CUIDADO para que você não queime as mãos). Rapidamente, coloque o cone dentro do frasco,
tampe-o e observe. Aguarde 10 minutos, observando o que ocorrer. Anote suas observações.
3. Retire a flor e o cone de dentro do frasco e adicione rapidamente ao frasco a água do copinho de café.
Tampe-o e agite-o bem. Com o conta-gotas, tire uma amostra do líquido e pingue duas gotas sobre uma
tira de papel de tornassol. Anote o que for observado.
C) Ação da substância formada na queima do enxofre sobre o cloreto de bário (BaCl2) em ácido clorídrico
(HCl).
Repita o mesmo procedimento anterior, só que a agora o gás produzido na reação da queima do enxofre
deverá ser recolhido em uma solução diluída de cloreto de bário com ácido clorídrico. Anote suas
observações.

Questões
1) Houve alguma evidência experimental da reação química entre o enxofre em pó e a pétala ou o papel
tornassol azul? Note que o tornassol azul, na presença de substâncias com características ácidas – por
exemplo, o suco de limão –, adquire cor vermelha.
2) A mistura de água com enxofre em pó tem características ácidas?
3) Houve alguma evidência experimental da reação química entre a fumaça produzida pela queima do
enxofre e a pétala ou o papel tornassol?
4) A solução de água e a fumaça produzida nesse experimento têm características ácidas?
Para responder: Você já tem uma ideia mais clara do motivo pelo qual a queima de
combustíveis contendo enxofre é uma das causas da chuva ácida?
Chegou, pois, a oportunidade de ampliar nossa discussão sobre as reações envolvendo ácidos e bases e
de introduzir outra função inorgânica: a função sal.
B – Sal
Sal é um composto que pode ser considerado resultante da associação entre o cátion de um hidróxido e
o ânion de um ácido. Vamos exemplificar.
NaOH - O hidróxido de sódio
HCl - ácido clorídrico
Da associação de Na+ e de Cl- resulta o sal NaCl, cloreto de sódio, principal constituinte do nosso sal de
cozinha.
A proporção entre cátions e ânions para formar a unidade de um sal deve ser uma proporção que leve a
uma unidade neutra, como a proporção de 1:1 em NaCl. O cátion Cl–, no exemplo dado, é denominado
cloreto e é derivado do ácido clorídrico. Logo, podemos dizer que o ânion do sal, o qual denominamos
radical ácido, é derivado do ácido trocando-se o sufixo do ácido pelos seguintes.
Ácido Radical ácido
Ídrico Eto
Oso Ito
Ico Ato
Exemplo:
H2SO4 – ácido sulfúrico dá origem ao radical sulfato SO4-2
HClO – ácido hipocloroso dá origem ao radical hipoclorito ClO-
Os sais podem ser formados por diversas reações. Talvez uma das mais conhecidas seja a reação entre
um ácido e uma base, da qual resultam sal e água. Essa é uma reação de neutralização. Como
exemplos desta, temos as reações entre ácido fosfórico e hidróxido de sódio, e entre ácido sulfúrico e
hidróxido de cálcio:
H3PO4(aq) + 3 NaOH(aq) → Na3PO4 (aq) + 3 H2O(l)
ácido fosfórico , hidróxido de sódio , fosfato de sódio
H2SO4(aq) + Ca(OH) 2 (aq) → CaSO4(aq) + 2 H2O(l)
ácido sulfúrico , hidróxido de cálcio , sulfato de cálcio
Experimento 3 – Reação ácido/base
Materiais
• Solução de fenolftaleína (como opção pode-se usar extrato de repolho roxo).
• Três frascos de boca larga com tampa (por exemplo, frascos de maionese).
• Um conta-gotas.
• ½ colher (sopa) de cal virgem ou de cal hidratada.
• Suco de limão ou vinagre.

Procedimentos
a) Preparo de água de cal
Coloque ½ colher (sopa) de cal em um frasco e adicione ½ litro de água. Se estiver usando cal virgem,
observe se há alguma evidência de reação, por exemplo variação de temperatura. Agite bem, tampe o
frasco e deixe até o dia seguinte. Filtre em pano ou algodão e transfira para o outro frasco a solução
obtida. Mantenha o frasco tampado (para evitar a entrada de CO2 da atmosfera) e lave o primeiro frasco.
b) Reação ácido/base
Coloque dois dedos de água pura em um frasco vazio e acrescente de 3 a 5 gotas da solução de
fenolftaleína. Goteje lentamente água de cal. Observe. Coloque mais algumas gotas de água de cal.
Observe. Goteje lentamente suco de limão ou vinagre até que a solução volte a incolor. Coloque mais
algumas gotas de limão ou vinagre e observe se há mudança de cor. Goteje novamente água de cal até
que a solução fique colorida e, depois, suco de limão ou vinagre até nova descoloração.
Questões
1) Houve alguma evidência experimental da reação química entre a cal virgem e a água?
2) Que cor adquire a fenolftaleína na presença da água de cal? Isso indica que a água de cal tem
características ácidas ou alcalinas?
3) Por que a adição de vinagre ou de suco de limão faz com que a solução volte a ficar incolor?
4) Como se chama o tipo de reação que ocorre?
5) Qual é o nome químico para a água de cal?

Comentários
Se você utilizou cal virgem (nome popular para o óxido de cálcio), certamente notou que a reação entre
esse óxido e a água libera bastante calor. O hidróxido de cálcio formado reage com os ácidos do limão ou
do vinagre – ocorre, pois, uma reação de neutralização. Note que tanto o limão quanto o vinagre são
azedos – esse sabor é característico de todos os ácidos. Na verdade, sabor ácido e sabor azedo são
expressões sinônimas. Em qualquer dos casos, com o limão ou com o vinagre, houve a formação de um
sal. Você saberia dizer quais são os ácidos envolvidos?
A solução de fenolftaleína, como o papel tornassol, é um indicador ácido/base. Ela tem a coloração rósea
em meio alcalino (básico) e é incolor em meio ácido.
Para diminuir a acidez dos solos, utiliza-se a calagem, que consiste em adicionar ao
solo materiais calcários que contenham cálcio e magnésio (calcários calcíticos,
dolomítico ou magnesiano). Os íons carbonato neutralizam os ácidos presentes nas
zonas mais superficiais do solo, produzindo por meio dessa reação dióxido de
carbono e água. Uma vez que o processo tenha ocorrido, os íons cálcio podem
substituir os íons hidrogênio na matéria orgânica ou nas argilas.
Os sais também podem resultar da reação entre ácidos e óxidos básicos, ou entre bases e óxidos ácidos
como, por exemplo:
2 HCl (aq) + Na2O(s) → 2 NaCl (aq) + H2O(l)
Ca(OH)2(aq) + SO2(g) → CaSO3(aq) + H2O(l)
Essa última é de enorme importância para a indústria, uma vez que é uma das reações utilizadas para a
remoção de SO2(g) de rejeitos industriais.
Até aqui nós apresentamos os principais grupos de compostos inorgânicos e algumas reações
características. Vamos recordar algumas reações?
a) Formação de óxidos
Substância simples + oxigênio → óxido
S + O2 → SO2
Fe + O2 → Fe2O3
b) Formação de hidróxidos
Óxido básico + água → Hidróxido
Na2O +H2O → 2 NaOH
c) Formação de oxiácidos
Óxido ácido + água → Oxiácido
SO2+ H2O → H2SO3
d) Formação de sais
Ácido +Base → sal + água
3 HNO3 + Al(OH)3 → Al (NO3)3+ 3 H2O
Ácido+ óxido básico → Sal + água
2 HCl +CaO → CaCl2+ H2O
Óxido ácido + água → Sal+ água
SO3 +H2O → CaSO4 + H2O
Óxido ácido + óxido básico → Sal
CaO +SO3 → CaSO4
e) Reações de carbonatos e bicarbonatos com ácidos
Com qualquer carbonato, os ácidos reagem formando três produtos: sal, água e dióxido de carbono
(CO2,g).
CaCO3 + 2 HCl → CaCl2 + CO2(g) + H2O
Questão: por que os peixes não se reproduzem na água com pH baixo?
Em aulas anteriores já discutimos a influência do pH na vida aquática. Quando o pH da água está baixo
(com alto nível de acidez), os peixes encontram maior dificuldade para se reproduzirem com êxito. Os
ovos acabam por eclodir antes do tempo sob o efeito de altos índices de acidez, interrompendo
prematuramente o ciclo de reprodução.
Para ilustrar este fato iremos realizar um experimento bem simples e você irá propor uma explicação para
isto baseado no que já aprendemos sobre equilíbrio ácido-base.

Experimento 4 - Respondendo à questão


Materiais
• Um pote (tipo maionese) com tampa.
• Um ovo cru.
• Vinagre.
• Uma colher.
Procedimento
1. Coloque o vinagre no pote até que o líquido fique mais alto que a altura de um ovo cru. Observe o que
acontece e anote.
2. Em seguida tampe o pote.
3. Espere até a semana seguinte para ver o que acontece.
Depois de uma semana.
4. Com o auxílio de uma colher, pegue o ovo e veja como ele está. Experimente apertá-lo com os dedos.
5. Que tal jogá-lo de uma altura baixa?
Observe as equações 1 e 2 e responda:
H2O(l) + CO2 (aq) H2CO3 (aq) (eq. 1)
2H+ (aq) + CO3-2 (aq) H2CO3 (aq) (eq. 2)
1) O que aconteceu com a casca do ovo após uma semana? Como você explica esse fato? (dica: o
vinagre é constituído por ácido acético, CH3COOH, que em solução aquosa se ioniza, produzindo H+).
Explique como essa observação o ajuda a entender o fato de os ovos dos peixes eclodirem em pH baixo.
2) Sabendo que um dos constituintes do ovo é o carbonato, CO32-, e que, em meio ácido, temos a
presença de H+, qual composto foi formado dentro do pote?

Alguns sais e suas aplicações


Nome Fórmula Aplicação
Fosfato de cálcio Ca3(PO4)2 Produção de ácido fosfórico e fertilizantes. O uso em
excesso de certas formas de fosfato de cálcio pode
levar a efeitos adversos na água, como a explosão de
algas e a eutroficação. Também é usado
como suplemento nutricional.
Carbonato de sódio Na2CO3 É um sal branco e translúcido usado, entre outras
coisas, na fabricação de sabão, vidro e tintas. O
carbonato de sódio é conhecido comumente de
"barrilha" ou "soda" (não confundir com a soda
cáustica que é o hidróxido de sódio.
Bicarbonato de NaHCO3 É um composto cristalino de cor branca, muito solúvel
sódio em água, com um sabor ligeiramente alcalino. Usa-se
como antiácido para tratar a acidez do estômago.
Também é muito usado, em receitas de culinária,
como fermento químico para fazer crescer massas de
pães, bolos e biscoitos durante o cozimento no forno.
Quando o bicarbonato de sódio é misturado com
um ácido, liberta dióxido de carbono e água. A reação
é:
NaHCO3 + HCl → NaCl + H2O + CO2 (gás)
NaHCO3 + CH3COOH → CH3COONa + H2O +
CO2 (gás)
Devido à sua capacidade de liberar dióxido de
carbono, é usado como agente levedante e na
produção de gasosas.
Hipoclorito de sódio NaClO A solução de hipoclorito de sódio é usada
freqüentemente como desinfetante e como agente
alvejante; na verdade, é freqüentemente chamado
apenas por "alvejante", embora outros produtos
químicos sejam chamados assim também. A solução é
conhecida como água sanitária.
O agente branqueador nas lixívias comerciais é o
hipoclorito de sódio, o qual é produzido pela reacção
do cloro com o hidróxido de sódio.
Nitrato de potássio KNO3. É um oxidante forte, sendo essa característica
marcante para a sua utilização
em combustíveis sólidos de foguetes amadores. É
usado pelas indústrias de alimentos que
produzem carnes
defumadas e embutidos (salsichas, linguiças, salames,
etc.) a fim de evitar a proliferação
da bactéria causadora do botulismo, que é
uma intoxicação alimentar grave. Serve também para
ressaltar a cor e o sabor de alimentos. O alto consumo
desses produtos pode ser prejudicial à saúde, pois as
bactérias do intestinoconvertem os nitratos, como o
salitre, em nitritos, que reagem com
compostos nitrogenados e transformam-se
em nitrosaminas, substâncias
potencialmente cancerígenas que também podem
causar anomalias fetais.

Exercícios de Revisão
1) Escreva as equações químicas balanceadas, indicando as fórmulas e os nomes oficiais dos produtos
das reações entre:
a) Óxido de sódio e água.
b) Zinco metálico e ácido sulfúrico

2) Ao assoprarmos água de cal, estamos:


a) produzindo carbonato de cálcio.
b) injetando oxigênio na solução.
c) tornando a solução azul.
d) formando como produto um óxido.
3) (UNICAP, 1993) No armazém de uma empresa, perderam-se acidentalmente os rótulos de três barricas.
Uma delas contém nitrato de amônio (NH4NO3), outra, carbonato de sódio (Na2CO3) e outra, nitrato de
sódio (NaNO3). Todos estes sais têm o mesmo aspecto (pós brancos). Utilizando apenas vinagre (solução
aquosa de ácido acético), água filtrada, copos e talheres, disponíveis na cozinha da empresa, e também
as informações a seguir, como você faria para identificar esses sais?
Informações:
"Os sais de amônio, em presença de hidróxido e carbonatos de metais alcalinos, desprendem amônia,
NH3, de cheiro característico".
"Os carbonatos reagem com ácido, produzindo efervescência, ou seja, desprendimento de gás carbônico,
CO‚".

4) (FUVEST, 1992) Paredes pintadas com cal extinta (apagada), com o tempo, ficam recobertas por
película de carbonato de cálcio devido à reação da cal extinta com o gás carbônico do ar. A equação que
representa essa reação é:
a) CaO + CO2 → CaCO3
b) Ca(OH) 2 + CO2 → CaCO3 + H‚O
c) Ca(HCO3)‚ → CaCO3 + CO2 + H2O
d) 2 CaOH + CO2 → Ca2CO3 + H2O

5) A respiração de um astronauta numa nave espacial causa o aumento da concentração de dióxido de


carbono na cabine. O dióxido de carbono é continuamente eliminado através da reação química com
reagente apropriado. Qual dos reagentes a seguir é o mais indicado para retirar o dióxido de carbono da
atmosfera da cabine?
a) ácido sulfúrico concentrado.
b) hidróxido de lítio.
c) ácido acético concentrado.
d) água destilada.

6) Responda as questões abaixo:


a) Dê os nomes dos compostos representados pelas fórmulas H2SO4 e NH3.
b) Escreva a equação da reação entre esses compostos e dê o nome do sal formado.

7) A água purificada por destilação comum tem caráter levemente ácido.


Esse fato é atribuído à:
a) presença de oxigênio dissolvido.
b) presença de gás carbônico dissolvido.
c) sua dissociação em hidrogênio e oxigênio.
d) presença de sais dissolvidos.

8) Ácido clorídrico comercial, vendido com o nome de ácido muriático, é muito empregado na limpeza de
pisos de pedra. Entretanto ele não deve ser usado em piso de mármore devido à reação que ocorre entre
esse ácido e o carbonato de cálcio constituinte do mármore.
a) Escreva a equação química que representa essa reação.
b) Na limpeza de uma casa, acidentalmente, caiu um pouco de ácido muriático sobre o piso de mármore.
O dono da casa agiu rapidamente. Absorveu o ácido com um pano e, a seguir, espalhou sobre o local
atingido um dos seguintes "produtos", comumente encontrados numa residência: vinagre, água, amoníaco,
sal de cozinha. Dentre essas opções, o dono escolheu a melhor.
Qual foi essa opção? Justifique sua resposta.

9) O "leite de magnésia" é o resultado da mistura de sulfato de magnésio com hidróxido de sódio e água
destilada aquecida ao fogo e submetida a várias lavagens. É usado como antiácido e laxante. No combate
à acidez estomacal o "leite de magnésia" reage produzindo:
a) MgSO4
b) Na2SO4
c) NaCl
d) MgCl2
Módulo nº7
ORIGEM E OCORRÊNCIA DOS MATERIAIS NO PLANETA TERRA
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


Tema 1 – Propriedades dos materiais
Tópico 1. Materiais: propriedades
Habilidades Básicas
1.1. Reconhecer a origem e ocorrência de materiais.
1.1.1. Identificar os materiais mais abundantes no planeta: rochas, minerais, areia, água e ar.
1.1.2. Relacionar a constituição dos seres vivos com os materiais existentes no ambiente.
1.1.3. Relacionar as propriedades dos materiais como plásticos, metais, papel e vidro aos seus usos,
degradação e reaproveitamento.
1.1.4. Apontar, por exemplo, a diversidade de usos dos materiais e suas consequências ambientais,
principalmente relacionadas ao aquecimento global.

Planeta Terra
www.oceania-turismo.com/mapas/asia-oceania.htm Acesso em 15/06/2007

A Terra é o quinto maior planeta do nosso sistema e o terceiro planeta a partir do Sol. É um planeta vivo e
seus continentes estão em constante movimento. Esse movimento, chamado pelos geólogos de “deriva
continental”, é causado pela dissipação de calor do interior do planeta. A teoria da tectônica de placas ou
geotectônica analisa a dinâmica da deriva continental, enfocando, em conjunto, os processos a ela
ligados, tais como o magmatismo, a sedimentação, o metamorfismo e as atividades sísmicas ou
terremotos.
A Geologia é a ciência que estuda a origem e a evolução do Planeta por meio da análise das rochas e de
seus minerais. As rochas que formam os continentes e fundos dos oceanos registram os fenômenos de
transformação da superfície e do interior da crosta terrestre.

Formação do Planeta Terra


Segundo a Teoria do Big Bang, o Universo se formou a partir de uma grande explosão atômica. Assim, o
Planeta Terra teria sido formado pela agregação de poeira cósmica em temperatura muito alta. O aumento
da massa agregada e da gravidade catalisou impactos de corpos maiores. Essa mesma força gravitacional
possibilitou a retenção de gases constituindo uma atmosfera primitiva.
O envoltório atmosférico primordial atuou como isolante térmico, criando o ambiente na qual se processou
a fusão dos materiais terrestres. Os elementos mais densos, como o ferro e o níquel, migraram para o
interior; os menos densos localizaram-se nas proximidades da superfície. Dessa forma, constituiu-se a
estrutura interna do Planeta, com a distinção entre a crosta ou litosfera, manto e núcleo. O conhecimento
dessa estrutura deve-se à propagação de ondas sísmicas geradas pelos terremotos. Tais ondas, medidas
por sismógrafos, variam de velocidade ao longo do seu percurso até a superfície, o que prova que o
planeta possui estrutura interna heterogênea, ou seja, as camadas internas possuem densidade e
temperatura distintas.

O Interior da Terra
Forma a maior parte da litosfera; sua extensão é variável, podendo atingir 70 km de profundidade.
Crosta A crosta é mais fina sob os oceanos e mais espessa sob os continentes. Ela é constituída
basicamente de quartzo – dióxido de silício e outros silicatos, tal como o feldspato.
Estende-se a 30 km numa profundidade de 2.900km. É composto por ferro e magnésio em estado
Manto
sólido ou na forma de pasta viscosa.
Inicialmente o Planeta era formado por materiais líquidos ou pastosos que, com a ação da
gravidade, foram empurrados para o seu interior, ao mesmo tempo em que outros materiais
Núcleo
menos densos foram trazidos para a superfície.
O núcleo é dividido em duas partes, uma sólida, composta por ferro e níquel, e uma líquida,
composta por ferro e níquel líquidos que dão origem a um campo magnético devido a convecção
desse material, eletricamente condutor. As temperaturas no centro do núcleo podem chegar a
7500 K – mais quente que a superfície do Sol.
Em termos de massa, a composição química da Terra é:
Composição química média da terra
(Percentual sobre peso total da Terra)
Substância Percentual
Ferro - Fe 35%
Oxigênio - O 30%
Silício - Si 15%
Magnésio - Mg 13%
Ni, S, Ca, Al e outros elementos 7%
http://www.ufrgs.br - Acesso em 27/12/2007

A Biosfera
A biosfera é constituída pelo conjunto de ambientes e de seres vivos que habitam o Planeta Terra. Ela é
dividida em biomas, ou seja, em diferentes ambientes separados pela latitude e pelo clima, além de serem
habitados por fauna e flora peculiares. Os biomas localizados nas áreas do polo norte e do polo sul são
pobres em plantas e animais, enquanto que na linha do Equador encontram-se os biomas mais ricos.
O tempo de existência da biosfera determinado pela Ciência atual é de cerca de 3,5 bilhões de anos. Entre
os planetas do Sistema Solar, a Terra apresenta condições únicas, pois mantém grandes quantidades
de água, tem placas tectônicas e um forte campo magnético. A biosfera, que possibilita a vida como nós a
conhecemos, é constituída pela atmosfera, hidrosfera e litosfera.
a) Atmosfera
A atmosfera terrestre é composta por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 1% de argônio e quantidades
menores de dióxido de carbono, e água. Havia provavelmente uma quantidade muito maior de dióxido de
carbono na atmosfera da Terra quando da formação do planeta, mas quase todo ele foi incorporado às
rochas de carbonato (CO3-2) e, em menor grau, dissolvido nos oceanos e consumido pelas plantas vivas.
As placas tectônicas e os processos biológicos agora mantêm um fluxo contínuo de dióxido de carbono da
atmosfera para esses vários "sumidouros" e, novamente, de volta à atmosfera. Uma pequena quantidade
de dióxido de carbono residente na atmosfera, em qualquer época, é extremamente importante para a
manutenção da temperatura superficial do planeta, via efeito estufa.
A presença de oxigênio livre é bastante notável do ponto de vista químico. O oxigênio é um gás muito
reativo e, em circunstâncias "normais", rapidamente combina com outros elementos. O oxigênio na
atmosfera terrestre é produzido e mantido por processos biológicos. Sem a vida não existiria oxigênio livre.
b) Hidrosfera
A Terra é coberta pela hidrosfera, que constitui 71% da sua superfície. É composta por 97% água salgada
e 3% água doce. Divide os sete continentes através de cinco oceanos. Hoje, 20% das águas estão
concentradas nas geleiras e calotas polares.
c) Litosfera
É a camada da terra formada pelas rochas e pelos solos.

Materais mais abundantes no Planeta


Nosso Planeta tem 4,5 a 4,6 bilhões de anos; no entanto, as rochas mais antigas de que se tem notícia
datam de menos de 4 bilhões de anos, sendo raras as rochas com mais de 3 bilhões de anos. Os mais
antigos fósseis de organismos vivos têm menos de 3,9 bilhões de anos. Não há registro do período crítico
em que a vida se iniciou.
Rocha é um agregado de um ou vários minerais e formam as grandes massas da crosta terrestre. Em
certos casos, a rocha pode ser formada de uma só espécie mineral, como é o caso do calcário, constituído
unicamente por calcita; dos folhelhos, formados por argila; e do quartzito, formado predominantemente por
quartzo. Mais comumente as rochas são constituídas por mais de uma espécie mineral; alguns mais
abundantes, chamados de essenciais, outros em pequena proporção, constituindo os minerais acessórios.
A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, chamadas
magmáticas ou ígneas, dando origem à estrutura geológica denominada escudos cristalinos ou maciços
antigos. Formou-se, assim, a litosfera ou crosta terrestre. A liberação de gases decorrentes do
resfriamento do planeta originou a atmosfera – responsável pela ocorrência das primeiras chuvas e pela
formação de lagos e mares nas áreas rebaixadas. Assim, iniciou-se o processo de intemperismo
(decomposição das rochas), fenômeno responsável pela formação dos solos e consequente início da
erosão e da sedimentação.
A cadeia de processos de formação de rochas sedimentares pode atuar sobre qualquer rocha (ígnea,
metamórfica, sedimentar) exposta à superfície da Terra.
Devido à deriva dos continentes, as rochas podem ser levadas a ambientes muito diferentes daqueles
onde se deu a sua formação. Qualquer tipo de rocha (ígnea, sedimentar, metamórfica) que sofra a ação
de, por exemplo, altas pressões e temperaturas, sofre transformações mineralógicas e texturais, tornando-
se uma rocha metamórfica.
Se as condições de metamorfismo forem muito intensas, as rochas podem se fundir, gerando magmas
que, ao se solidificar, darão origem a novas rochas ígneas.

http://www2.igc.usp.br/replicas/rochas/ciclo.htm - Acesso em 10/07/2007

O ciclo das rochas existe desde os primórdios da história geológica da Terra e, por meio dele, a crosta de
nosso planeta está em constante transformação e evolução.

As rochas podem ser agrupadas em:


Rochas Magmáticas ou ígneas: resultam da consolidação do magma – material fundido que se encontra
em certas partes do interior do globo terrestre. Se a consolidação do magma ocorrer em superfície,
formam-se rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas. Ex.: Basalto. Se a consolidação do magma
ocorrer em profundidade, formam-se as rochas magmáticas plutônicas ou intrusivas. Ex.: Granito.
As rochas ígneas podem conter jazidas de vários metais, como ouro, platina, cobre, estanho, e trazem à
superfície do planeta importantes informações sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre.
Rochas Sedimentares ou Estratificadas: resultam da deposição de detritos de outras rochas
(magmáticas, metamórficas e até mesmo outra sedimentar), ou do acúmulo de detritos orgânicos ou,
ainda, da precipitação de substâncias químicas. São chamadas também de estratificadas em virtude de se
apresentarem em camadas ou estratos. Ex.: Arenito, carvão mineral, calcário fossilífero, calcário travertino,
folhelhos, etc. Surgem nas zonas profundas da litosfera (crosta terrestre) e sua formação dá-se a partir de
processos físico-químicos que sofrem os agentes destrutivos. Ex. arenitos, calcário, folhelhos, etc.
As rochas sedimentares fornecem importantes informações sobre as variações ambientais ao longo do
tempo geológico. Os fósseis, que são vestígios de seres vivos antigos preservados nestas rochas, são a
chave para a compreensão da origem e evolução da vida.
Atividade 1
Pesquisa: Como os fósseis podem ser utilizados como indicadores cronológicos?
A importância econômica das rochas sedimentares está em suas reservas de petróleo, gás natural e
carvão mineral – principais fontes de energia do mundo moderno.
Atividade 2
Dividir a sala em grupos, cada grupo deverá pesquisar sobre uma das seguintes fontes: petróleo, gás
natural e carvão mineral. A pesquisa deverá indicar: eficiência energética, custos de produção, impacto
ambiental e social da sua produção e utilização. O trabalho poderá ser apresentado em foma oral, cartaz,
relatório ou uma exposição na escola.
Rochas Metamórficas: resultam da transformação, em estado sólido, de outras rochas pré-existentes
(ígnea, sedimentar ou outra rocha metamórfica) em função da mudança das condições de temperatura e
pressão do ambiente em que se encontram. Ex.: mármore, gnaisse, ardósia. Tal transformação acontece
pelo aumento da temperatura e ainda ocasiona a elevação da pressão e o aumento de deslocamento, o
que resulta na fragmentação da rocha original.

http://www.ufrgs.br/geociencias Acesso em 10/07/2007


Atividade 3 – Trabalho em grupo: organizando uma coleção de minerais
Cada aluno deverá trazer uma rocha ou mineral para a escola e também uma legenda contendo
informações sobre o tipo de rocha ou mineral, o seu nome e as suas principais características.
Cada grupo deverá organizar as rochas ou minerais em folhas de isopor para realizar uma exposição na
escola.

Minerais
Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interação de processos físico-
químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e denominado não apenas com base na
sua composição química, mas também na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Assim,
materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado
de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente,
como, por exemplo, a grafite ou grafita e o diamante.

Estrutura cristalina e foto do diamante

Estrutura cristalina e foto da grafite


www.moderna.com.br Acesso em 10/07/2007
Os minerais variam na sua composição contendo desde químicas, em estado puro ou quase puro,
como sais simples e silicatoscomplexos.. Embora em sentido estrito, o petróleo, o gás natural e outros
compostos orgânicos formados em ambientes geológicos, sejam minerais, geralmente a maioria dos
compostos orgânicos é excluída. Também são excluídos os materiais, mesmo que idênticos em
composição e estrutura a algum mineral, produzidos pela atividade humana, como os diamantes artificiais.
A ciência que estuda os minerais e denominada mineralogia.
É da conjugação da composição química e da estrutura cristalina que é definido um mineral, sendo em
extremo comuns substâncias que em condições geológicas distintas cristalizam em formas diferentes,
para não falar da similaridade de cristalização por parte de substâncias com composição química
totalmente diversa.
“Um mineral é um sólido, homogêneo, natural, com uma composição química definida (mas geralmente
não fixa) e um arranjo atômico altamente alternado. É geralmente formado por processos inorgânicos.”
(Klein e Hurlbut – 1999)
Atividade 4
Cite algumas propriedades da grafita e do diamante. Explique por que esses materiais apresentam
propriedades tão distintas.
Para ser classificado como um "verdadeiro" mineral, um material deve ser uma substância sólida e ter uma
estrutura cristalina definida. Deve também apresentar aspecto homogêneo natural, com uma composição
química definida. Substâncias semelhantes a minerais que não satisfazem estritamente a definição, são
por vezes classificados como mineraloides.

Minerais e rochas – Qual a diferença?


Embora na linguagem comum, por vezes, os termos mineral e rocha sejam utilizados de forma quase
sinônima, é importante manter uma distinção clara entre ambos.
Mineral é um composto químico com uma determinada composição química e uma estrutura cristalina
definida.
Rocha é uma mistura complexa de um ou diversos minerais, em proporções variadas, incluindo
frequentemente frações, que podem ser significativas ou mesmo dominantes, de material vítreo, isto é,
não cristalino.

Propriedades físicas dos minerais


As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e das suas características
estruturais. As propriedades físicas mais óbvias e mais facilmente comparáveis são as mais utilizadas na
identificação de um mineral. Na maioria das vezes, essas propriedades, e a utilização de tabelas
adequadas, são suficientes para uma correta identificação. Quando isto não é possível, ou quando um
elevado grau de ambiguidade persiste, como no caso de muitos isomorfos similares, a identificação é
realizada a partir da análise química, de estudos de ótica ao microscópio petrográfico ou
por difração de raios X.
As propriedades físicas macroscópicas, ou seja, observáveis sem necessidade de equipamento
sofisticado, são as seguintes: cor, brilho, traço ou risco, clivagem, dureza, densidade, tenacidade,
densidade, magnetismo, sistema cristalino.

Classificação química dos minerais


Os minerais podem ser classificados de acordo com sua composição química; eles estão listados abaixo
na ordem aproximada de abundância na crosta terrestre.
Minerais Composição química
Silicatos de magnésio,
Feldspato, quartzo, olivinas, piroxenas, granadas e micas.
o ferro e o cálcio.
Calcita e aragonita (carbonatos de cálcio), dolomita (carbonato de magnésio e
Carbonatos – CO32-
cálcio) e a siderita(carbonato de ferro).
Os sulfatos mais comuns são a anidrita (sulfato de cálcio), a celestita (sulfato
Sulfatos – SO42-
de estrôncio) e ogesso (sulfato hidratado de cálcio).
O grupo dos haloides é constituído pelos minerais que formam os sais naturais,
incluindo afluorite, a halite (sal comum) e o sal amoníaco (cloreto de amónia). Haloides – F-, Cl-, I-
Inclui os minerais de fluoretos,cloretos e iodetos.
Os óxidos mais comuns incluem a hematita (óxido de ferro), a espinela (óxido
de alumínio e magnésio, um componente comum do manto) e o gelo (de água,
Óxidos – O2-
ou seja, óxido de hidrogénio). São também incluídos nessa classe os minerais
de hidróxidos.
Calcopirita (sulfeto de cobre e ferro) e galena (sulfeto de chumbo). Sulfetos – S2-
Apatita Fosfatos – PO43-
Metais e amálgamas intermetálicas (como as de ouro, prata e cobre), não
Elementos nativos
metais (antimónio,bismuto, grafite e enxofre).

Os sais minerais e o nosso organismo


Assim como as proteínas, gorduras, carboidratos e vitaminas, existem outros nutrientes necessários à
saúde, são os chamados sais minerais. Os sais minerais, assim como as vitaminas, não podem ser
sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos por meio da alimentação. Como componentes
dos alimentos, eles participam do sabor e da textura dos alimentos.
Os sais minerais não fornecem energia, mas desempenham diversas funções essenciais para o
organismo, tais como: constituintes estruturais dos tecidos corpóreos, função do cálcio e do fósforo, que
formam os ossos e os dentes; controladores dos impulsos nervosos, das atividades musculares e do
balanço ácido-básico do organismo e reguladores de muitas enzimas. Os sais minerais estão envolvidos
no processo de crescimento e desenvolvimento corporal.
Os minerais também são importantes na prática esportiva, pois durante o exercício físico a perda de água
pelo suor é sempre acompanhada pela perda de eletrólitos, especialmente sódio, cloreto, potássio,
magnésio e cálcio, o que pode levar ao aparecimento de cãibras musculares.
Cada mineral é requerido em quantidades específicas, numa faixa que varia de microgramas a gramas por
dia. Em geral, o consumo de uma alimentação balanceada, com o fornecimento adequado de alimentos,
normalmente é suficiente para suprir as necessidades de minerais. Por isso, deve-se tomar cuidado com o
uso não indicado de suplementos, pois tanto a falta como o excesso de minerais pode ser prejudicial à
saúde. Por exemplo, a absorção de zinco e de cálcio pode ser afetada pela suplementação de ferro,
enquanto a ingestão em excesso de zinco pode reduzir a absorção de cobre.

Tabela de íons de alguns minerais necessários ao organismo humano


Principais fontes
Íon Função Deficiência provoca
alimentares
Atua na formação de tecidos, ossos e
dentes; contração muscular; age na Leite e derivados,
Cálcio
coagulação do sangue e na Deformações ósseas. couve, marisco, ostras,
Ca2+
oxigenação dos tecidos; auxilia a chicória, feijão, lentilha.
neurotransmissão.
Componente do ácido gástrico;
Cloreto Há pouca chance de Sal, frutos do mar, leite,
ativador de enzimas; regula o
Cl - deficiência. carnes, ovos.
equilíbrio eletrolítico e ácido-base.
Óleo de milho, cereais
Cromo Associado ao metabolismo de
Resistência à insulina. integrais, levedo de
Cr3+ glicose; Potencializa ação a insulina.
cerveja.
Essencial para função normal,
A deficiência é rara.
Cobalto particularmente, das células da
Existente quando há Carne bovina.
Co2+ medula óssea, sitema nervoso e
deficiência de vitamina B12.
digestório.
Vísceras, mariscos,
Cobre Formação dos ossos; síntese da Não existem evidências em
leguminosas, frutas
Cu2+ hemoglobina e colágeno. humano.
secas, cereais integrais.
Constituinte da hemoglobina e Carne, ovo, cereais,
Ferro
mioglobina; transporte de oxigênio; Anemia leguminosas, vegetais
Fe2+
componentes de enzimas heme. verdes.
Chá, água e sal
Fluoreto Componente estrutural dos ossos e
Deformações ósseas. fluorados, e produtos
F- dentes.
do mar.
Normalmente não ocorre,
Leite e derivados, ovo,
Fosfato Estrutura de ossos e dentes; desde que a ingestão de
tecido animal, cereais e
PO43+ constituinte celular. proteínas e cálcio esteja
leguminosas.
adequada.
Iodeto Sal iodado, leite, ovo e
Regula a função da glândula tireoide. Bócio.
I- produtos do mar.
Leite, leguminosas,
Magnésio Componente estrutural das células e tecidos animais, cereais
É rara.
Mg2+ ossos; ativador de diversas enzimas. integrais, vegetais e
folhas verdes.
Leguminosas, vegetais
Manganês Constituinte dos sistemas enzimáticos É pouco provável a
verdes, cereais
Mn3+ essenciais. deficiência em humanos.
integrais.
Legumes, cereais, leite
Molibdênio Constituinte de uma enzima
Sem informação e derivados, vegetal de
Mo3+ essencial.
folha verde-escuro.
Abundante em quase
Deficiência condicionada
Potássio Contração muscular; equilíbrio ácido- todos os alimentos.
pode ser encontrada em
K+ base. Leguminosas e
algumas doenças.
vegetais verdes.
Antioxidante; formação de ossos e Produtos do mar,
Selênio Doença de Keshan é um
dentes; associado ao metabolismo de cereais integrais, leite e
Se2+ estado de deficiência.
gordura e medicamentos. derivados e ovo.
Abundante em quase
Contração muscular; regula
Sódio todos os alimentos.
osmolaridade, pH e volume dos É rara.
Na+ Leite e derivados, pão,
líquidos corpóreos.
cenoura, espinafre.
A deficiência pode ser
observada em doenças Ovo, tecidos animais,
Zinco Resposta imune; antioxidante;
sistêmicas, indivíduos mal cereais integrais,
Zn2+ constituinte de diversas enzimas.
nutridos ou que foram gérmen de trigo.
submetidos à cirurgia.

Atividade 5 – Responda as questões.


1. Faça uma lista indicando a sua refeição durante uma semana. Em seguida, procure na tabela acima
quais os alimentos que você ingere com maior frequência e indique quais íons estão presentes nesse
alimentos.
2. Dê o nome de todos os elementos químicos que dão origem aos íons que você identificou e indique a
função dos mesmos em seu organismo.
3. Existe algum alimento ingerido por você o qual contenha elementos que, em excesso, possam produzir
efeitos nocivos no organismo? Qual é o alimento, qual é o elemento e quais são os possíveis efeitos
nocivos causados por ele?
4. Existe algum alimento do qual você não gosta e que contenha algum elemento essencial ao seu
organismo? O que você pode fazer para suprir a falta desse elemento?
5. Considerando o quadro acima e também as leituras e as discussões em sala de aula, sugira uma dieta
saudável para uma pessoa de sua idade no período de uma semana.
6. Ao final deste estudo, experimente colocar em prática uma dieta saudável!

Alguns minerais encontrados no corpo humano – Desenho Diogo Campos

Areia – rocha granulada


Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, cuja constituição é
basicamente dióxido de silício – SiO2. Ela é formada na superfície da Terra pela fragmentação
das rochas por erosão, por ação do vento ou da água. Através de processos desedimentação, ela pode
ser transformada em arenito.
Depois de lavada e posta para secar, ela é utilizada conforme sua granulação. O tamanho dos grãos da
areia, ou a sua granulometria a classificam como: areia fina, areia média e areia grossa. Ela é utilizada em
obras de engenharia civil, aterros, execução de argamassas econcretos, e também no fabrico de vidro.
Normalmente, a areia é extraída do fundo dos rios com dragas,
Draga o que pode ocasionar graves danos ambientais, mas também
pode contribuir para o desassoreamento dos leitos dos rios
onde a extração é realizada.

www.cemig.com.br Acesso em
10/07/2007

Água: Um bem precioso!


"A água é o constituinte mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez o
recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se observe pelos países mundo afora
tanta negligência e tanta falta de visão com relação a este recurso, é de se esperar que os seres humanos
tenham pela água grande respeito, que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua
pureza. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido a
menos que haja uma melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres."
(J.W.Maurits la Rivière, Ph.D. em Microbiologia, Delft University of Technology, Holanda)
A água, como o ar, é essencial para todas as formas de vida. Diferentemente do ar, não pode ser
encontrada em qualquer lugar, mas cobre cerca de três quartos da superfície da Terra. Geralmente é no
estado líquido, mas pode ser transformada tanto em um sólido (gelo) como em um vapor.

http://www.enq.ufsc.br/ Acesso em 24/05/2010


Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de
3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água
subterrânea). Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente
disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios, ou como umidade presente no
solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos.

O ciclo hidrológico tem três componentes principais: Precipitações, evaporação e transporte de vapor

http://www.planetaacqua.hpg.com.br Acesso em 24/05/2010


Módulo nº7
ORIGEM E OCORRÊNCIA DOS MATERIAIS NO PLANETA TERRA
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David
continuação / ver parte I

Contaminação da água
Questão para discussão
Em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais mora uma família que vive do plantio de verduras e
legumes. A horta se localiza na beira de um córrego que abastece muitas famílias desta cidade. O dono
desta horta, Sr. Antônio Horta, rega suas hortaliças todas as manhãs e o excesso de água escoa para o
córrego.
Certa vez, sua horta foi atacada por uma praga e como a horta era a única fonte de renda da família, Sr.
Antônio Horta foi procurar saber como poderia exterminar aquela praga. Um velho amigo o informou que
se ele jogasse determinado pesticida, solúvel em água, acabaria com as pragas, mas que deveria tomar
cuidado, pois aquele produto era muito tóxico e não poderia ser inalado, muito menos ingerido. No entanto
este produto não afetava as hortaliças.
Pensando nisso, aponte as conseqüências da utilização deste pesticida na horta do Sr. Antônio Horta para
o ambiente,.
As reservas de água no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo
poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável
pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isso movido pela energia solar.
A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa
complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e
o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de
vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os
insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser
preservada. No entanto,, nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles
seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.
No seu caminho para o mar, a água fica carregada de partículas e matéria dissolvida, provenientes de
detritos naturais e dos despejos da sociedade humana. Quando a densidade populacional ao redor de
uma reserva de água é baixa, os resíduos na água podem ser degradados por micróbios, em um processo
natural de autopurificação. Quando a capacidade de autopurificação é excedida, grandes quantidades
de resíduos se acumulam nos mares, podendo causar danos à vida aquática.
Existem dois tipos de despejos que contaminam a água: o lixo orgânico, proveniente de excrementos
humanos e de animais e do descarte das partes fibrosas de vegetais colhidos e não consumidos; e o lixo
industrial, gerado pelos processos industriais e pelo descarte que, cedo ou tarde, se faz dos produtos
fabricados pelas indústrias.
O lixo orgânico é biodegradável, mas pode representar um grande problema: a biodegradação excessiva
pode levar à falta de oxigênio em rios e lagos. Os excrementos humanos contêm alguns dos mais nocivos
contaminantes conhecidos, incluindo microrganismos patogênicos como os agentes da cólera, da febre
tifóide e da desinteria.
O lixo industrial pode incluir metais pesados e grandes quantidades de material sintético, como os
pesticidas. São materiais que se caracterizam pela toxicidade e pela persistência, não sendo rapidamente
degradados em processos naturais ou nas usinas de tratamento de esgotos. Materiais industrializados tais
como vidro, concreto, papel, ferro e alguns plásticos são relativamente inócuos, ou por serem inertes, ou
biodegradáveis, ou pelo menos não-tóxicos.

Trabalho em grupo: pesquisem e informem a sua comunidade sobre o que fazer com o lixo.
Em grupos, pesquisem sobre o tempo de degradação dos diversos materiais que são descartados no
ambiente, sobre os danos que tais materiais podem causar e também sobre as possibilidades de se fazer
um descarte adequado para reciclagem em sua comunidade. Cada grupo deve pesquisar sobre um
material: vidro, plástico, metais, isopor, embalagens tetra pack, pilhas comuns, baterias de níquel/cádmio,
etc.
Ao final, os grupos devem construir uma tabela gigante contendo as informações obtidas na pesquisa e
expor para toda a Escola.
Muitos poluentes penetram em rios e lagos por meio de descargas de fontes localizadas – como
canalizações de esgotos, ou de fontes não localizadas, como é o caso das águas de escoamento, que
transportam pesticidas e fertilizantes. Contaminantes também podem penetrar no ciclo da água pela
atmosfera. O mais conhecido entre eles talvez seja o ácido resultante da emissão de óxidos de nitrogênio
e dióxido de enxofre pela indústria e pelos motores de carro. A deposição de ácido pode ser "seca"
(quando os gases atingem diretamente o solo ou a vegetação) ou "úmida" (quando o ácido se dissolve na
chuva). Em áreas de pastoreio intensivo, parte da amônia liberada do esterco é introduzida na atmosfera e
parte é convertida, por micróbios no solo, em nitratos solúveis. Como o nitrato tem alta mobilidade, por ser
solúvel em água e não se ligar a partículas do solo, tornou-se um dos principais poluentes da água
subterrânea.
A água vem se tornando cada vez mais escassa à medida que a população, a indústria e a agricultura se
expandem. Embora os usos da água variem de país para país, a agricultura é a atividade que mais
consome água.
Escreva um comentário sobre a frase abaixo
“Assegurar a quantidade de água necessária não basta, é preciso manter a qualidade da água.”
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de
forma direta, pois ela é usada para beber, tomar banho, lavar roupas e utensílios, e, principalmente, para
alimentação humana e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também
utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de
gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido por meio do seu tratamento,
desde a retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais.
A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta, por litro, menos de mil coliformes
fecais e menos de dez microorganismos patogênicos (como aqueles causadores de verminoses, cólera,
esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc). Portanto, para a água se manter
nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza
química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.
A poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de
efluentes a altas temperaturas,poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição
biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, epoluição química, que pode ocorrer por
deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização.
A eutrofização é um processo relacionado ao excesso de nutrientes num ambiente aquático. Esses
nutrientes em excesso podem ser gerados por resíduos de esgotos domésticos e industriais e também por
fertilizantes, que provocam o desequilíbrio no ambiente aquático, tornando-o impróprio para a vida das
espécies que lá habitam.

O Ar nosso de cada dia


Ar é o nome da mistura de gases presentes na atmosfera da Terra, que está presente em todo lugar
sobre a sua superfície. Ele é importante para a manutenção da maioria das formas de vidas, tanto animais
quanto vegetais, e ocupa praticamente todo o espaço próximo e ao redor da terra que não esteja
preenchido por líquido, sólido ou outros gases.
Embora não possamos ver o ar, é facilmente demonstrável que ele pode ser sentido, que tem massa,
ocupa espaço, exerce pressão e pode expandir-se. O ar seco é composto por 78% de nitrogênio, 21%
de oxigénio, 0,97 de gases nobres e 0,03 de gás carbônico. O ar pode ainda conter de 0 a 7% de vapor de
água. A composição do ar altera-se com a altitude.
Composição aproximada do ar
Composição do ar seco
Nome Fórmula Proporção
Nitrogénio N2 78,08 %
Oxigênio O2 20,95 %
Argônio Ar 0,934 %
Gás Carbônico CO2 382 ppm
O ar atmosférico não é apenas uma mistura de gases, apresenta também partículas sólidas de sujeira.

A proporção dos gases no ar é constante


A quantidade de vapor de água ou umidade do ar é variável e está relacionada com outros fatores
climáticos como temperatura e pressão. A umidade absoluta do ar é a quantidade de água em estado de
vapor na atmosfera, e umidade relativa é a porcentagem de umidade máxima (saturação) que corresponde
à mesma temperatura e pressão. A umidade pode ser medida com aparelhos conhecidos
como higrômetros e é muito útil na meteorologia.

CURIOSIDADE
O higrômetro de cabelo baseia-se na capacidade do fio estender ou dilatar de acordo com a umidade.
Para entender melhor: você já deve ter ouvido alguém comentar que num dia de chuva o cabelo fica mais
enrolado ou "arrepiado", isto porque, de acordo com a umidade, o cabelo pode se esticar ou encolher.

O ar exerce pressão
A camada de ar faz pressão sobre a superfície da Terra. Nos lugares mais altos, como morros e
montanhas, a camada de ar é menor, portanto a pressão do ar também é menor. Em lugares mais baixos,
por exemplo, uma praia, a camada de ar é maior e desta maneira a pressão do ar também é maior.
A pressão exercida pela atmosfera é chamada de pressão atmosférica.

Questões
1) Como funciona um desentupidor de pia?
2) Por que nos balões, o ar é aquecido?
3) Considere que há uma pessoa em cada um dos pontos A, B, C. Coloque em ordem
crescente, em relação à pressão atmosférica, os indivíduos A, B, C, considerando
também C o nível do mar.

Experimento - Reciclando uma lata


Material
Lata de refrigerante vazia.
Água.
Pinça ou garra para segurar a lata.
Tigela de vidro ou bacia.
Fonte de calor.
Procedimento
1. Coloque água na tigela até aproximadamente ¾ água.
2. Adicione um pouco de água na lata, suficiente para cobrir o seu fundo.
3. Usando a garra, segure a lata e aqueça-a diretamente na chama até a ebulição.
4. Quando uma grande quantidade de vapor estiver saindo da lata, inverta-a na tigela contendo água, de
forma que a boca da lata fique submersa.
5. Anote o que aconteceu.
6. Escreva um pequeno texto explicando o que você observou.

Curiosidade
Algumas pessoas mascam chicletes, ou fazem movimentos de abrir e fechar a boca para diminuir o efeito
da variação de pressão. No meio aquático também podemos sentir este zumbido quando mergulhamos,
afinal existe variação de pressão também dentro da água. Quando o mergulho é em profundidades
maiores que 10 metros, é necessário fazer descompressões antes de voltar à superfície, porque a
diminuição da pressão pode liberar bolhas de nitrogênio no sangue. Este fenômeno é conhecido como Mal
da Descompressão e pode ser fatal!
O ar, além das diferenças de pressão, também está sujeito às variações de temperatura (a temperatura
varia de um local para outro e também ao longo do dia). Essas variações fazem com que o ar se
movimente com velocidades diferentes. Percebemos o movimento do ar através dos ventos ou correntes
de ar.

Poluição do ar
Como o ar está presente em todos os locais, preenchendo os espaços vazios, torna-se facilmente alterado
por quaisquer atividades. Já vimos que alterações das condições originais provocadas por atividades
humanas caracterizam a poluição dos ambientes.
Atualmente, a poluição do ar tem sido amplamente discutida, uma vez que não está mais restrita a centros
industriais. O crescimento das cidades gera conseqüências que afetam diretamente a qualidade do ar.
Das indústrias, dos escapamentos de automóveis ou através das queimadas de florestas e de lixo são
lançados diretamente no ar uma série de substâncias químicas. Os combustíveis que fazem os veículos se
movimentarem sofrem uma reação química no motor, sendo liberados, então, na forma de monóxido de
carbono (CO), aldeídos, hidrocarbonetos e compostos de nitrogênio e enxofre.
A concentração destas substâncias pode provocar desconforto, como dores de cabeça, cansaço,
vertigens, além de irritação dos olhos, nariz e garganta; podem ainda contribuir para o agravamento de
algumas doenças sérias, como asma aguda e crônica, bronquite e enfisema. Estas doenças são
decorrentes do entupimento das vias respiratórias pelas partículas que estão presentes no ar. As
queimadas agravam ainda mais a situação através das cinzas e da fumaça que são lançadas.

Questão para discussão


Por que no inverno a poluição do ar tende a ser mais agravada?
Algumas conseqüências da poluição do ar
Inversão térmica: Em condições normais, o ar quente, menos denso, tende a subir, e o ar frio, a
permanecer nas camadas inferiores (devido aos movimentos de convecção).
Quando vem uma frente fria intensa, o fenômeno pode se inverter: a camada de ar frio fica presa entre
duas camadas de ar quente, dificultando a formação das correntes de convecção. O ar junto ao solo fica
parado, não circula, acumulando então os poluentes. Quando ocorre este fenômeno, observa-se uma alta
incidência de doenças pulmonares.
Chuva ácida: Alguns gases (particularmente compostos de nitrogênio e enxofre) são capazes de reagir
com o vapor d'água presente na atmosfera. O produto desta reação é água acidificada que ao precipitar
pode causar sérios danos. Embora a chuva ácida ocorra principalmente em países mais industrializados
do hemisfério norte, já começa a chamar atenção aqui no Brasil; em Santa Catarina esse efeito tem sido
constatado. Em Criciúma existe uma mineradora de carvão que libera enxofre para a atmosfera. Este
enxofre se mistura às nuvens e é carregado para locais distantes dali onde se precipita, atingindo a
vegetação, o solo e corpos d'água.
Experimento – Simulando a chuva ácida
Material
1 frasco de vidro boca larga com tampa (tipo frasco de maionese).
1 vidro de relógio.
1 espátula.
2 fios de cobre de 20 cm cada um (nº 18).
Fósforo ou isqueiro (melhor).
Solução de azul de bromotimol.
Reagentes
1 folha de repolho roxo ou flor vermelha (hibisco ou azálea) .
Enxofre em pó (S).
Água destilada.
Tiras de papel de tornassol azul.
Procedimento
1. Coloque cerca de 30 mL de água no frasco de vidro.
2. Coloque a folha de repolho roxo ou pétala dentro do frasco de vidro.
3. Faça um cone de cerca de 1 cm de altura com o fio de cobre. Para isso use o bico da sua caneta e
enrole o fio de forma que ele fique com uma haste de comprimento maior do que a do vidro.
4. Encha o cone com enxofre.
5. Acenda o isqueiro debaixo do cone de modo que o enxofre pegue fogo e rapidamente pendure o cone
na boca do vidro. Tampe-o vedando bem, conforme o desenho.

6. Observe e anote o que você percebeu.


7. Espere cerca de 10 minutos e retire um pouco da solução que está dentro do frasco, em seguida
adicione 2 gotas de azul de bromotimol. Descreva o que aconteceu?
8. Discuta com os seus colegas sobre os resultados obtidos nesta experiência.
Questão para discussão: como evitar a Chuva Ácida?

Atividade 6
Cada grupo deve observar um rótulo diferente de protetor solar, pesquisar e responder as seguintes
questões:
a) quais são os materiais que fazem parte da composição do filtro solar de acordo com o rótulo?
b) quais são as informações do rótulo sobre o modo de usar o filtro solar?
c) o rótulo contém informações sobre cuidados com o armazenamento e prazo de validade do produto?
d) existe alguma indicação no rótulo sobre qual é a substância ativa do produto, ou seja, a substância que
faz o efeito de proteção solar? Identifique tal substância ou substâncias.
e) quais são os significados dos termos: FPS, UVB e UVA?

Discussão final da atividade 6


1. Cada grupo deve apresentar oralmente para a turma as informações que obteve a partir de seu
rótulo e de sua pesquisa.
A turma deve observar o que os diversos filtros solares apresentam em comum e também as suas
diferenças. Além disso, a turma deve discutir sobre a importância do uso de filtros solares, sobre os
perigos da exposição exagerada ao sol, e também sobre a importância da exposição ao sol para a saúde.
2. Sugestão de tema para debate: o bronzeamento artificial pode ser nocivo para a saúde?
3. Sugestão de filme: Núcleo.
4. Sugestão de leitura: Viagem ao centro da Terra do Júlio Verne.
5. Sugestão de excursão: visita a um museu de mineralogia ou uma gruta.

Glossário
Biodegradação: é a decomposição de uma substância orgânica pela ação de organismos vivos,
normalmente microrganismos e, em especial, as bactérias.
Calcário: são rochas sedimentares que contêm minerais com quantidade acima de 30% de carbonato de
cálcio (aragonita ou calcita).
Calcita: é um mineral constituído de CaCO3, com clivagem ortorrômbico perfeita.
Clivagem: é a forma como muitos minerais se quebram, isto é, seguindo planos relacionados com a
estrutura molecular interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam.
Enzimas: são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Praticamente todas as reações
que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.
Estritamente: qualidade do que é estrito. Rigoroso, exato, estreito, restrito.
Eutrofização: fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos
em fósforo ou nitrogênio, normalmente causado pela descarga
de efluentes agrícolas, urbanos ou industriais) num corpo de água mais ou menos fechado, o que leva à
proliferação excessiva de algas, que, ao entrarem em decomposição, levam ao aumento do número
de microorganismos e à conseqüente deterioração da qualidade do corpo de água
(rios, lagos, baías, estuários, etc).
Folhelhos: são rochas sedimentares que possuem grãos de tamanho argila.
Fossilífero: em que há fósseis animais ou vegetais.
Isomorfos: Que apresenta o fenômeno do isomorfismo. Fenômeno pelo qual duas ou mais substãncias
que tenham composição química e estruturas cristalinas análogas cristalizam-se em formas semelhantes e
podem dar cristais com misturas em várias proporções.
Meteorologia: parte da física que estuda os fenômenos atmosféricos.
Nutrientes: são componentes dos alimentos que consumimos. Estão divididos em macronutrientes
(carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas, minerais, água e fibras). Nos
macronutrientes é que estão os valores calóricos dos alimentos.
Similaridade: semelhança.
Sismógrafos: é o aparelho que regista, com precisão e nitidez, as ondas sísmicas, ou seja, a medição da
intensidade dos terremotos.
Toxidez: Toxicidade. Capacidade de uma toxina ou substância venenosa produzir dano a um organismo
animal.
Travertino: é uma rocha calcária composta de calcite, aragonite e limonite, com bandas compactas,
paralelas entre si, nas quais se observam pequenas cavidades, onde predominam os tons que passam
pelo branco, verde ou rosa, apresentando, frequentemente, marcas de ramos e folhas. Também é
conhecida pelo nome de tufo calcário.

Exercícios
1. A obsidiana é uma pedra de origem vulcânica que, em
contato com a umidade do ar, fixa água em sua superfície
formando uma camada hidratada. A espessura da camada
hidratada aumenta de acordo com o tempo de permanência
no ar, propriedade que pode ser utilizada para medir sua
idade. O gráfico a seguir mostra como varia a espessura da
camada hidratada, em mícrons (1 mícron = 1 milésimo de
milímetro), em função da idade da obsidiana.

Com base no gráfico, pode-se concluir quem a espessura da


camada hidratada de uma obsidiana
a) é diretamente proporcional à sua idade.
b) dobra a cada 10 000 anos.
c) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais jovem.
d) aumenta mais rapidamente quando a pedra é mais velha.
e) a partir de 100 000 anos não aumenta mais.

2. Considere as afirmativas:
I. Como os CFC (clorofluorocarbonos) destroem a camada de ozônio que protege a Terra dos raios
ultravioletas, eles estão sendo substituídos por outros gases, como o butano, por exemplo. O que
diferencia os gases CFC do gás butano, neste aspecto, é uma propriedade química.
II. Matéria e energia são interconversíveis.
III. Três frascos de vidro transparente, fechados e exatamente iguais, contêm cada um a mesma massa de
diferentes líquidos. Um contém água (d=1,00g/mL), o outro, clorofórmio (d=1,4g/mL) e o terceiro, álcool
etílico (d=0,8g/mL). O frasco que contém menor volume de líquido é o do álcool etílico.
IV. São propriedades gerais da matéria: massa, extensão, compressibilidade, elasticidade e acidez.
V. A medida da massa de um corpo não varia em função da sua posição geográfica na Terra.
Das afirmativas acima são verdadeiras somente:
a) I, II, III e IV
b) I, II, III e V
c) II, III e V
d) I, II e V

3. A dureza de um mineral reflete a resistência deste ao


risco. Uma das escalas utilizadas para verificar a dureza
de um mineral é a escala de Mohs.

De acordo com essa escala, é INCORRETO afirmar que:


a) o diamante é o mineral mais duro.
b) apenas o coríndon risca o diamante.
c) a apatita é riscada pelo quartzo.
d) o topázio e a fluorita riscam a calcita.
e) o mineral menos duro é o talco.

4. O ar é uma mistura de gases e é importante para as


plantas e os animais. Qual a constituição do ar?
a) 78% de oxigênio, 21% de nitrogênio e 1% de outros gases.
b) 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases.
c) 78% de oxigênio, 21% de hidrogênio e 1% de outros gases.
d) 78% de hidrogênio, 21% de nitrogênio e 1% de outros gases.

5. Quanto às suas origens, há basicamente três tipos de rochas: ígneas, sedimentares e metamórficas.
São exemplos de destes tipos de rochas, respectivamente:
a) carvão mineral, ardósia, granito.
b) basalto, mármore, arenito.
c) calcário, ardósia, granito.
d) granito, calcário, ardósia.
TÓPICO 10: ENERGIA: COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.
Autores: Juliana Maria Sampaio Furlani
CONTEÚDO DO MÓDULO: ENERGIA: COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.
ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS
ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química

ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino

ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico


Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas
Tópico 1. Materiais: propriedades

1.4. Identificar a propriedade física densidade.


1.4.1. Aplicar o conceito de densidade em situações práticas.
1.4.2. Realizar experimentos simples envolvendo a densidade.
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo a solubilidade.
1.6. Reconhecer métodos físicos de separação de misturas.
1.6.1. Identificar métodos físicos de separação em situações problemas.
Tópico 2. Materiais: constituição

2.3. Saber como são constituídas as misturas.


2.3.4. Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o valor da massa do soluto e a massa ou
volume do solvente.
Tópico 10. Energia: combustíveis fósseis
10.1. Reconhecer o petróleo como fonte de combustíveis fósseis.
10.1.1. Reconhecer o petróleo como combustível fóssil.
10.1.2. Conhecer o uso do petróleo como fonte esgotável de energia.
10.1.3. Conhecer os principais derivados do petróleo, como por exemplo, os combustíveis e os plásticos.
10.1.4. Relacionar aspectos do uso industrial dos derivados de petróleo com os impactos ambientais.
10.1.5. Relacionar aspectos do uso social dos derivados de petróleo com os impactos ambientais.
10.2. Saber que reações de combustão e queima de combustíveis fósseis liberam energia.
10.2.1. Reconhecer reações de combustão.
10.2.2. Saber que reações de combustão liberam energia.
10.2.3. Entender que os produtos de uma reação de combustão são substâncias cuja energia associada é
menor do que a das substâncias reagentes.
10.2.4. Conhecer as fórmulas de alguns combustíveis mais comuns, tais como hidrocarbonetos.
10.2.5. Conhecer as fórmulas de alguns combustíveis mais comuns, tais como álcool etílico.
10.3. Associar aquecimento global com a queima de combustíveis fósseis.
10.3.1. Associar efeito estufa com a queima de combustíveis fósseis.
10.3.2. Conhecer os processos físico-químicos que provocam o efeito estufa.
10.3.3. Reconhecer nos produtos de combustão dos derivados de petróleo aquelas substâncias comuns
que provocam o efeito estufa.
10.3.4. Relacionar os fenômenos de efeito estufa ao Aquecimento Global.
Tópico 24. Materiais: principais grupos de substâncias orgânicas
24.1. Reconhecer as substâncias que apresentam as principais funções orgânicas e algumas de suas
características.
24.1.1. Identificar o grupo funcional das substâncias orgânicas mais comuns (hidrocarbonetos, álcoois,
fenóis, cetonas, aldeídos, éteres, ésteres, ácidos carboxílicos, amidas e aminas). Neste módulo, apenas
as grifadas.
28. Modelos: interações intermoleculares

28.1. Compreender modelos de interações intermoleculares.


28.1.1. Caracterizar as interações intermoleculares (dipolo permanente-dipolo permanente, dipolo
instantâneo-dipolo induzido, ligação de hidrogênio).
28.1.3. Identificar a relatividade da intensidade das interações nas substâncias moleculares.
28.2. Explicar o fenômeno da solubilidade para substâncias moleculares.
28.2.1. Compreender a relação entre o fenômeno da solubilidade e os modelos explicativos.
28.3. Relacionar o modelo de interações intermoleculares com propriedades e transformações envolvendo
substâncias moleculares.
28.3.1. Explicar a solubilidade das substâncias moleculares em solventes polares e apolares.
1 - Introdução
Todos nós precisamos de energia para viver. Em diversos contextos, usamos essa palavra para nos
expressarmos: falamos de energia do movimento, energia dos alimentos, energia luminosa, energia
térmica, energia hidráulica, energia química, energia espiritual, energia do olhar... Ufa!!! Poderíamos
encontrar centenas de adjetivos para caracterizá-la. O fato é que a noção de energia que desenvolvemos
a partir de nossa vivência nos transmite ideias diversas como: de movimento, de calor, de continuidade, de
capacidade de realizar, de fazer, de atuar, de dar prosseguimento. Seria como se a energia fosse uma
fonte para tudo, uma fonte da vida.

Do ponto de vista científico, a energia é caracterizada pela capacidade de gerar trabalho e calor, e pode,
inclusive, ser definida matematicamente.

Neste módulo será desenvolvido, pretendemos construir o conceito de energia relacionado ao uso dos
combustíveis, em especial ao uso do petróleo como fonte de energia. A partir de dados atuais e de
projeções estatísticas, iremos comparar o uso da energia no Brasil e no mundo. Enfocando principalmente
o petróleo e o etanol, discutiremos os impactos ambientais, sociais, econômicos e políticos do uso dessas
fontes de energia. Estudaremos as reações envolvidas na transformação desses combustíveis e a
consequente geração de energia nas mesmas; faremos cálculos para comparar os combustíveis quanto à
sua capacidade de gerar energia e estudaremos ainda os efeitos ambientais do uso intensivo de energia
pela sociedade atual, o que vem notadamente ocasionando graves consequências ambientais, como o
aquecimento global.

Iniciaremos nosso estudo pelo conceito de fontes primárias de energia, comparando sua utilização no
Brasil e no mundo.
2 - Matrizes e cadeias energéticas
Atividade 1

Para ser realizada em grupo


Apesar dos dois gráficos não terem sido gerados com dados do mesmo ano, a diferença nesse período
não foi significativa. Não ocorreu nenhum fato que pudesse causar uma reviravolta no uso de energia
primária, como uma grande guerra, uma catástrofe natural, a perda de grandes usinas hidrelétricas, um
acidente com centrais nucleares ou mesmo a descoberta inesperada de uma nova grande jazida. A guerra
no Iraque, que poderia ser um fator que impediria a comparação, iniciou-se em 2003, com a invasão desse
país em março.

Portanto, os dados de 2003 e de 2005 apresentam o mesmo quadro geral em relação à oferta de energia
primária.

Figura 1 – Oferta de energia primária no mundo, 2003. Fonte: EPE, 2007.

Figura 2 – Oferta de energia primária no Brasil, 2005. Fonte: EPE, 2007.


A partir da análise dos gráficos responda as questões
A partir da legenda dos gráficos de setor apresentados, o que vocês entendem por energia primária?
Comparem os dois gráficos, que apresentam o uso de energia primária no Brasil e no mundo, e apontem:
2.1- as principais semelhanças;
2.2 - as principais diferenças.
O Ministério das Minas e Energia elaborou, por meio da Empresa de Pesquisa Energética – EPE, o
primeiro estudo de planejamento integrado dos recursos energéticos realizado no âmbito do Governo
brasileiro, chamado Plano Nacional de Energia – 2030, o PNE-2030, cujos trabalhos foram realizados em
2006, sendo os resultados consolidados e publicados em 2007. Após esse estudo, estima-se uma
evolução da matriz energética brasileira conforme ilustrado nos gráficos a seguir.
Evolução da Matriz Energética Brasileira, 2005 - 2030

Figura 3 – Evolução da matriz energética brasileira, 2005 – 2030. Fonte: EPE, 2007.
A unidade tep significa toneladas equivalentes de petróleo. Assim, para o gás natural, por exemplo,
compara-se a quantidade de gás natural necessária para fornecer a mesma quantidade de energia que
uma tonelada de petróleo. A quantidade de gás, então, é expressa em toneladas equivalentes de petróleo.
Isso feito para todas as fontes energéticas, faz-se o somatório das “tep” e calcula-se o percentual de
participação de cada uma.

Das fontes de energia relacionadas nos gráficos, petróleo e derivados, gás natural, carvão mineral e
derivados, urânio (U3O8) e derivados são fontes não-renováveis de energia. Já a hidráulica e a
eletricidade, lenha e carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar e outras fontes primárias renováveis,
são fontes renováveis de energia.
Atividade 2
Para 2030, quantas “tep” o PNE-2030 estimou que o Brasil consumirá a mais? Em relação ao valor de
2005, qual porcentagem esse aumento representa?
Preencha o quadro 1, a seguir, que irá auxiliá-lo na análise dos gráficos. Na coluna participação na matriz
em 2030, em relação a 2005, preencha com as setas ↑ (aumenta), ↓ (diminui) ou ↔ (praticamente não se
altera).

3. Com o auxílio do(a) professor(a), responda: o que são fontes renováveis e fontes não-renováveis de
energia?
4. Agora elabore um texto indicando quais são as principais mudanças esperadas na matriz energética
brasileira, procurando enfatizar as relações entre as fontes renováveis e não-renováveis de energia.
2.1 - Tecendo rede de significados
Uma matriz energética2 é uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade
de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região.

A análise da matriz energética de um país, ao longo do tempo, é fundamental para a orientação do


planejamento do setor energético, que tem que garantir a produção e o uso adequados da energia
produzida, permitindo, inclusive, as projeções futuras.

Uma informação importante, obtida a partir da análise de uma matriz energética, é a quantidade de
recursos naturais que está sendo utilizada. Dispor desta informação nos permite avaliar se a utilização
desses recursos está sendo feita de forma racional.

As fontes de energia primária não renováveis são aquelas que correm o risco de se esgotar por serem
utilizadas em velocidade maior do que o tempo necessário para a sua formação. É o caso dos
combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural) e dos combustíveis radioativos (urânio, tório,
plutônio, entre outros).

As fontes primárias renováveis, ao contrário, são as que podemos considerar permanentemente


disponíveis (sol, rios, mares, ventos) ou aquelas que os seres humanos podem manejar de acordo com a
necessidade, como a biomassa, obtida da cana-de-açúcar, da casca do arroz e de resíduos animais,
humanos e industriais.

O resultado da conversão da energia primária, ou seja, da transformação de fontes primárias, renováveis


ou não, em calor, força, movimento etc, é chamado de energia secundária ou energia derivada.
Já a energia utilizada pelos consumidores residenciais ou industriais, na cidade ou no campo, é
denominada energia final. Alguns de seus melhores exemplos são a eletricidade e a gasolina.

Ao conjunto de atividades necessárias para que a energia chegue onde queremos usá-la chama-se
de cadeia energética. Essas atividades estão relacionadas à obtenção de energia primária, sua
transformação em secundária, nos centros de transformação, e seu transporte de um ponto a outro até o
consumo final.

Atualmente geramos energia secundária em usinas, destilarias e refinarias, a partir de diversos recursos
naturais como a água, o petróleo, a cana-de-açúcar, a lenha, o carvão e o gás natural. Depois, nós a
transportamos para as cidades, já como energia final, na forma de eletricidade, álcool, gasolina, óleo e
gás. A energia útil, ou seja, o que realmente é aproveitado na forma de calor, luz ou movimento
(trabalho), depende da eficiência da máquina.
Figura 4 – Cadeia energética3. Fonte: http://ecen.com/eee18/enerequi.htm
Para Pensar:
Você saberia propor uma cadeia energética para o petróleo? Para fazê-la, tente responder: De onde vem o
petróleo? Como ele é transportado? Que tipo de indústria transforma o petróleo em seus subprodutos?
Quais são os principais derivados do petróleo e quais são suas principais utilizações?

No caso do petróleo, podemos verificar que ele é transportado do poço de onde é extraído para a refinaria
por um oleoduto ou navio-tanque. Depois é transformado em subprodutos como a gasolina e o óleo diesel,
em seguida, são transportados novamente por caminhões-tanque até os postos distribuidores onde será
adquirido pelo consumidor final. No motor, a queima da gasolina ou do diesel (energia final) gera o
movimento do carro, ou seja, energia útil, além de perdas na forma de calor. Esta é a cadeia energética do
petróleo.

É possível, a partir dessa pequena introdução, perceber a complexidade que envolve a utilização de
energia.
A matriz energética brasileira é bem diferente da matriz mundial, mas há pontos em comum. Na análise
das figuras 1 e 2, notadamente o petróleo é a principal fonte de energia nos dois cenários. A oferta de
outras fontes não-renováveis, como o gás natural, o carvão mineral e as fontes radioativas é menos
intensa no Brasil, comparada à matriz mundial. Por outro lado, a oferta de fontes renováveis de energia,
como a hidroeletricidade e os combustíveis renováveis (biomassa), é mais intensa no Brasil.

Para 2030, pelas estimativas da EPE que podemos verificar pela análise da figura 3, é esperada uma
diminuição considerável da participação do petróleo e seus derivados na matriz energética brasileira, de
39% para 29%. Em compensação, estima-se um aumento da oferta de energia nuclear e gás natural. O
carvão mineral, também não-renovável, deve permanecer constante. Por outro lado, analisando a
participação das fontes renováveis, espera-se um aumento significativo dos derivados da cana-de-açúcar,
cuja participação crescerá dos atuais 14% para 18% e de outras fontes de biomassa, de 3% para 7%. O
uso de lenha e carvão vegetal, porém, diminuirá de 13% para 6%. Já a hidroeletricidade permanecerá
praticamente constante.

Como um todo, tanto a matriz energética atual como a previsão para 2030, apresentam 55% de oferta de
energia proveniente de fontes não-renováveis e 45% de fontes renováveis. A composição de cada grupo,
como visto, é que irá variar.

Até aqui, espera-se que vocês possam ter percebido que o uso dos combustíveis não é um fator isolado.
Ele é uma das formas de obtenção de energia pelo homem, dentre diversas outras, como a energia
nuclear ou a hidroeletricidade, por exemplo. Retomando então o nosso contexto específico, que é o estudo
dos combustíveis e das reações de combustão, iremos eleger duas formas de energia final: a gasolina e o
etanol, ou seja, um combustível não-renovável e um combustível renovável. Estudaremos toda a
cadeia energética dos mesmos, além de discutir os impactos ambientais e sociais decorrentes da sua
utilização.
3 - Cadeia energética do petróleo
Conheceremos o petróleo, desde seu processo de formação até sua utilização como energia final, na
forma de um de seus derivados, a gasolina. Nessa discussão, iremos aprender sobre algumas
propriedades físicas do petróleo; sua constituição; a destilação fracionada; as reações de combustão e
seus produtos, além de compreender um pouco mais sobre o fenômeno denominado aquecimento global,
tão comentado hoje na mídia.
3.1 - O petróleo
O nome petróleo significa “óleo de pedra”. Ele é um produto natural que vem sendo formado há milhares
de anos. Segunda a teoria mais aceita atualmente, sua formação se dá da seguinte forma: durante
milhões de anos, matéria orgânica (restos de animais e vegetais) deposita-se em rochas sedimentares,
ocorrendo a superposição de mais rochas sobre as primeiras, e mais matéria orgânica, assim
sucessivamente. Com o passar do tempo, essa matéria orgânica sofre a ação de bactérias, do calor e da
pressão, causados por esse empilhamento de novas camadas rochosas, transformando aquela matéria
orgânica em petróleo.

Numa jazida, o petróleo normalmente não se encontra sob a forma de bolsões ou lençóis subterrâneos. É
mais comum encontrá-lo nos poros ou fraturas das rochas, o que pode ser comparado à imagem de uma
esponja encharcada de água.
Atividade 3

Para ser realizada em grupo


Para conhecermos algumas propriedades físicas do petróleo, faremos um experimento simples.
Materiais
petróleo (ou algum de seus derivados, como o querosene – não utilizar gasolina, pois no Brasil ela é
acrescida de etanol);
água;
etanol (álcool etílico);
béqueres de 50 mL para os líquidos (3 para os líquidos e 2 para as misturas);
bastão de vidro.
Procedimento
Em um béquer, adicione cerca de 20 mL de petróleo e em seguida 20 mL de água. Misture com o bastão
de vidro, aguarde um tempo após o sistema ficar em repouso e registre suas observações.
Em outro béquer, adicione cerca de 20 mL de etanol e, em seguida, adicione lentamente 20 mL de água,
observando como é o comportamento da água no etanol (afunda ou flutua?). Misture com o bastão de
vidro, aguarde um tempo após o sistema ficar em repouso e registre suas observações.
Agora responda
3.O petróleo é solúvel ou insolúvel em água? E sua densidade, é maior ou menor do que a densidade da
água?
4. E o etanol, é solúvel ou insolúvel em água? E sua densidade, é maior ou menor do que a densidade da
água?
5. Dos sistemas representados a seguir, qual é adequado para representar uma mistura de petróleo e
água? Justifique.

Figura 5 – Possíveis sistemas água-petróleo do exercício 5, atividade 3.


O petróleo é formado principalmente por hidrocarbonetos. Os hidrocarbonetos fazem parte de um grande
grupo de substâncias denominadas substâncias orgânicas. Quimicamente falando, as substâncias
orgânicas são os compostos de carbono (as exceções são os carbonatos, CO32-, os bicarbonatos, HCO3
–, o gás carbônico, CO2, e o monóxido de carbono, CO).
Os hidrocarbonetos são substâncias orgânicas formadas apenas por átomos de carbono e de hidrogênio.
No petróleo há, em proporções bem menores, compostos que possuem átomos de oxigênio, nitrogênio,
enxofre e metais pesados, que se combinam de formas distintas com os hidrocarbonetos. A composição
química do petróleo é, portanto, variável.

Seu aspecto pode ser viscoso, com tonalidades que vão do castanho-escuro ao preto, passando pelo
verde. Mas pode também apresentar maior fluidez e cor clara. Esses aspectos estão diretamente
relacionados com a sua composição química.

Independentemente do aspecto, o petróleo é uma mistura líquida, cujos constituintes são gasosos, líquidos
e sólidos. Essa mistura líquida é menos densa do que a água e insolúvel na mesma, como nós pudemos
observar no experimento da atividade 3.
O petróleo, porém, não é utilizado em sua forma bruta, sendo considerado uma fonte primária de energia.
Sua transformação em energia secundária ocorre, principalmente, através do processo de destilação
fracionada.
3.2 - A destilação do petróleo
Quando o petróleo é extraído5, ele não vem sozinho. Juntamente com o ele são extraídos água, gases e
alguns sólidos, dos quais se torna necessário separar o petróleo. Essa separação pode ocorrer em
estações ou na própria unidade de produção. Para obtenção dos componentes do petróleo que são
utilizados nas mais diversas aplicações, entretanto, é necessário o processamento e refino da mistura de
hidrocarbonetos proveniente da rocha reservatório. As técnicas mais utilizadas de refino são: destilação
fracionada, craqueamento térmico, alquilação e craqueamento catalítico. Estudaremos aqui o refino via
destilação fracionada, que é o primeiro e mais amplo processo de refino do petróleo. O refino consiste,
portanto, em separar a complexa mistura de hidrocarbonetos em frações desejadas, processá-las e
industrializá-las em produtos comerciáveis.
Para relembrar
A destilação fracionada é utilizada na separação de misturas. Para isso, o sistema deve ser homogêneo
ou heterogêneo?

Em qual propriedade específica da matéria essa separação se baseia: densidade ou temperatura de


ebulição?

A destilação fracionada aplica-se a misturas homogêneas. Ela consiste no aquecimento do líquido até sua
vaporização. Na condensação do vapor, os componentes são separados devido à diferença entre suas
temperaturas de ebulição. No caso do petróleo, a destilação ocorre em torres de fracionamento. Veja a
figura 6.

Figura 6 – Torre de fracionamento do petróleo7.


Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br
O petróleo é essencialmente uma mistura de hidrocarbonetos. E mais: a maioria dos hidrocarbonetos
constituintes do petróleo são alcanos. Os alcanos são hidrocarbonetos de cadeia carbônica aberta e
saturada. Mas você sabe o que isso significa?

Na cadeia aberta, todos os átomos de carbono estão ligados sem formar um ciclo. Caso contrário, a
cadeia é denominada cadeia fechada. Na cadeia saturada, as ligações entre os átomos de carbono são
apenas as ligações simples. Quando há presença de pelo menos uma ligação dupla ou tripla entre os
carbonos, a cadeia é denominada insaturada. Veja a figura 7.
Há mais de um modo de representar as cadeias carbônicas. A forma mais completa consiste na
representação de todos os átomos da molécula e as ligações entre os mesmos, simbolizadas por traços.
Porém, uma forma bastante simplificada é representar apenas as ligações entre os átomos de carbonos.
Assume-se que os vértices entre os traços das ligações são os átomos de carbono. Nessa representação,
omite-se o hidrogênio ligado diretamente a um átomo de carbono. Veja as representações na figura 7.

Figura 7 – Fórmulas estruturais de hidrocarbonetos de cadeias aberta e fechada


Atividade 4

Para ser realizada em grupo


Vamos aprender um pouco mais sobre os hidrocarbonetos e o processo de destilação fracionada do
petróleo.
1. Identifique, dentre as fórmulas moleculares representadas a seguir, aquelas que correspondem a
moléculas de hidrocarbonetos.

2.Para as moléculas de hidrocarbonetos identificadas, indique as saturadas e as insaturadas.


3. No petróleo, os principais componentes são os hidrocarbonetos de cadeia aberta e saturada,
denominados alcanos. Como o petróleo é insolúvel em água, que possui moléculas muito polares, o que
se pode dizer da polaridade das moléculas dos alcanos? São polares ou apolares?
4. A figura 6 apresenta a torre de destilação do petróleo. As temperaturas correspondem a faixas
aproximadas das temperaturas de ebulição das frações de petróleo obtidas no processo de separação.
Faça uma tabela associando o total de carbono nas moléculas com os valores aproximados das
temperaturas.
5. Qual é a relação entre o número de átomos de carbono na cadeia e a temperatura de ebulição da fração
do petróleo?
6. Qual deve ser a relação entre o número de átomos de carbono na cadeia e a massa molar da
substância?
7. O tipo de interação intermolecular existente nos alcanos são as interações por dipolos induzidos.
Correlacione a intensidade das interações por dipolos induzidos com a massa molar dos hidrocarbonetos.
3.3 - A gasolina e as reações de combustão
A gasolina é uma das frações do petróleo, como pode ser observado na figura 6 da torre de destilação.
Assim como as outras frações do petróleo, a gasolina não é uma substância pura. Ela é formada por
uma mistura de hidrocarbonetos, cujas cadeias carbônicas são menores do que no petróleo original. Na
gasolina, de modo geral, as moléculas dos hidrocarbonetos têm de 7 a 9 átomos de carbono, sendo que
as gasolinas de melhor qualidade têm propriedades de queima que se assemelham a um hidrocarboneto
de 8 carbonos, o isoctano, C8H18.

Nos motores dos automóveis movidos à gasolina, ocorre uma reação química denominada combustão. A
reação de combustão é normalmente designada como queima.
Para relembrar
Você se recorda do que é fundamental para ocorrer a queima de um material? Pense numa situação
prática, como a queima da madeira ou do papel. Como essa reação se inicia? Como ela pode ser
interrompida?

Um esquema simples pode nos mostrar os elementos essenciais para que uma queima ocorra, como
representado na figura 8.

Sendo a gasolina o combustível, o comburente normalmente é o gás oxigênio, O2, presente no ar


atmosférico. A energia de ativação é a energia mínima necessária para que uma reação se inicie. No
caso dos motores dos automóveis, essa energia é fornecida por uma faísca elétrica emitida pela vela de
ignição dentro do motor do automóvel. A combustão da gasolina libera energia na forma de calor. Essa
energia expande os gases que são formados dentro da câmara de combustão. Essa expansão movimenta
eixos que transmitem essa energia, movimentando então as rodas do veículo. Essa é a denominada
energia útil. Mas também há perdas nesse processo de queima, e nem toda a energia liberada é utilizada
para movimentar o veículo. Essas perdas estão relacionadas principalmente ao aquecimento dos
componentes do motor, ao atrito, entre outros.
Atividade 5
Reveja a figura 4, que representa de forma genérica uma cadeia energética. Proponha um esquema
semelhante, porém aplicado especificamente à gasolina. Oriente-se pela descrição dada no parágrafo
anterior a esta atividade.

A gasolina é uma mistura de vários hidrocarbonetos. De modo geral, os hidrocarbonetos em maior


quantidade na gasolina são aqueles com oito átomos de carbono na molécula. Então, por simplificação,
vamos usar para a gasolina a fórmula molecular C8H18. A equação da reação de combustão da gasolina
é:

Essa equação representa a combustão completa da gasolina, formando dióxido de carbono (gás
carbônico), CO2, e água. Os estados físicos foram representados nas condições padrão de 25°C e 1 atm.
Do ponto de vista energético, as reações de combustão sempre liberam calor para o ambiente que as
circundam, denominado vizinhança. Veja a figura 9.
Figura 9 – Energia, E, liberada pela combustão para a sua vizinhança.
Considera-se que essa energia liberada deve-se à diferença de energia entre os produtos e os reagentes.
Assim, podemos concluir que as substâncias do produto estão num estado energético inferior ao das
substâncias dos reagentes, e a diferença de energia é liberada e aproveitada pela vizinhança (o ambiente
ao redor) dessa reação. Uma representação da variação de energia na combustão está esquematizada na
figura 10.

Figura 10 – Gráfico da variação de energia na reação de combustão.


Atividade 6
O poder calorífico de um combustível é a energia liberada na queima de 1,0 kg desse combustível.
Comercialmente falando, é essa a propriedade que interessa, pois o combustível é vendido em massa ou
em volume (obtido da massa a partir da densidade do material). Do ponto de vista químico, porém, devido
à relação direta com as equações químicas, a energia liberada é dada por mol do combustível. Assim, na
combustão de 1,0 mol de C8H18 é liberada, aproximadamente, a energia de 5471 kJ.
Calcule a massa molar do C8H18. Dados de massa atômica (g/mol): C=12; H=1.
Calcule, então, o poder calorífico do C8H18, que estamos tomando como representante da gasolina. Dê
seu valor em kJ / kg de C8H18.

TÓPICO 10: ENERGIA: COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.


Autores: Juliana Maria Sampaio Furlani
CONTEÚDO DO MÓDULO: ENERGIA: COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS.
3.4 - A combustão dos derivados do petróleo e o efeito estufa
Na combustão da gasolina e de todos os hidrocarbonetos há formação de gás carbônico e água. Essas
substâncias são normalmente encontradas na atmosfera terrestre, visto que na respiração os animais
também liberam esses gases. Assim, em princípio, considerando-se a combustão completa dos
hidrocarbonetos, nenhum problema ambiental deveria surgir a partir desse processo.
Notou-se, porém, que a partir do período da Revolução Industrial, no século XIX, a concentração do gás
carbônico na atmosfera tem aumentado muito. Veja o gráfico abaixo (figura 11).
Figura 11 – Gráfico do aumento da concentração de CO2 na atmosfera.
Para pensar
Como você explica o fato de, após a Revolução Industrial, a concentração de CO2 na atmosfera ter
aumentado de modo tão significativo?

Paralelamente ao aumento da concentração de CO2, registrou-se também, nesse período, o aumento


temperatura média do planeta, fenômeno denominado aquecimento global.

Mas qual é a relação que existe entre o aquecimento global e o aumento da concentração do gás
carbônico na atmosfera? Para entendermos essa relação, precisamos compreender o que é o efeito
estufa.
Para pensar
Hoje em dia o efeito estufa é um assunto muito divulgado em jornais e revistas; é tema de programas de
TV e outras formas de mídia.

O que você sabe sobre efeito estufa? Ele sempre existiu ou é um fenômeno novo, associado à
industrialização? Sem o efeito estufa, o que poderíamos dizer sobre a temperatura média de nosso
planeta, seria menor ou maior do que a atual? Esse fenômeno é um fato isolado ou está relacionado a
outros fenômenos naturais? Se sua resposta foi positiva, quais seriam esses outros fenômenos?

O efeito estufa8, em si, refere-se a uma contenção de calor (representada pelo redirecionamento de
radiação à superfície terrestre), que é promovido pelas moléculas dos gases estufa, como vapor d’água,
CO2 (o principal gás estufa) e CH4 (metano). Esse fenômeno é normal e benéfico, pois mantém a
temperatura da Terra em valores compatíveis com a vida.

O que estamos discutindo aqui, então, refere-se a um efeito estufa aumentado, que é causado pelo
aumento exacerbado na concentração de gases estufa como o CO2 e o CH4. Devido à liberação de gás
carbônico para a atmosfera, em função de processos industriais (queima de combustíveis fósseis), tem
sido observado um aumento na concentração desse gás, o que vem sendo correlacionado com o aumento
da temperatura média da atmosfera. Segundo vários pesquisadores, a exacerbação do aquecimento
global é um efeito que já vem ocorrendo há algum tempo. Reconhece-se hoje que este efeito é
responsável pelo aumento na temperatura da troposfera terrestre de cerca de 2/3 a 1 grau Celsius.

Algumas consequências desse aquecimento têm sido previstas. Há que se registrar que poderão ocorrer
alguns efeitos positivos em algumas regiões do globo, como a atenuação na temperatura em invernos
rigorosos ou a distribuição mais abundante e favorável de chuvas, em outras regiões. No entanto, a
previsão mais comum é de efeitos negativos9 como, por exemplo, o alagamento de muitas regiões
costeiras do globo, devido ao derretimento do gelo das calotas polares; o aumento na temperatura dos
oceanos e consequente desequilíbrio em ecossistemas marinhos; as modificações climáticas como a
alteração do regime das chuvas, tempestades e furacões mais frequentes e mais violentos, causando
desequilíbrio nos ecossistemas terrestres; e as alterações na agricultura, não só devido a variações de
temperaturas e chuvas, como também com proliferação de pragas e insetos.
Atividade 7
Nesta atividade, iremos relacionar o aumento da concentração do gás carbônico na atmosfera com a
queima dos derivados do petróleo e outros combustíveis fósseis.
Consultando o gráfico da figura 11, calcule o aumento percentual da emissão de CO2, comparando os
períodos entre 1800 e 1900 e entre 1900 e 2000. Esse cálculo é feito dividindo-se a diferença entre a
emissão nos dois anos pela emissão absoluta inicial. Veja:
Esse aumento é irreversível quando consideramos que os combustíveis envolvidos são combustíveis
fósseis. Explique.
Comentários
Se você fez os cálculos do item 1 da atividade 7, encontrou que o aumento da concentração do gás
carbônico na atmosfera, entre 1800 e 1900, foi de 3,6% e, entre 1900 e 2000, de 20%. Essa taxa
aumentou muito depois que o homem passou a utilizar, de modo intensivo, os combustíveis fósseis, como
o petróleo e o carvão mineral.

Antes de 1800, a principal fonte de energia era a madeira na forma de carvão vegetal. Para que ocorra o
crescimento de um vegetal é necessário que ocorra a fotossíntese. Esse fenômeno, simplificadamente,
pode ser entendido da seguinte forma: o vegetal utiliza gás carbônico e água, em presença de luz, para
sintetizar carboidrato e oxigênio. A queima da madeira, essencialmente formada por compostos que
contém carbono, libera CO2, assim como a queima dos derivados do petróleo. Mas no caso do vegetal,
seu crescimento absorve novamente o CO2 liberado. O que temos, portanto, é um ciclo para o carbono.
Veja a figura 12.

Figura 12 – Ciclo do carbono no uso de combustíveis renováveis, como a madeira.


Quando o homem passa a utilizar de forma intensiva os combustíveis fósseis, o ciclo é quebrado. O
carbono, acumulado na formação do combustível há milhões de anos, agora, com a queima, é lançado
novamente para a atmosfera. Como vimos no início deste módulo, a característica de um combustível não-
renovável é exatamente essa: seu uso ocorre em velocidade maior do que o tempo necessário para a sua
formação. Assim, a consequência direta do uso de combustíveis fósseis é o grande aumento da
concentração do CO2 na atmosfera.
4 – Etanol – uma alternativa
No Brasil, paralelamente ao uso da gasolina como combustível para os veículos automotores, utiliza-se
também o etanol. Conheceremos mais sobre as propriedades desse combustível, seu processo de
obtenção e sua queima. Ao final, poderemos compreender como o efeito estufa pode ser minimizado pelo
seu uso em substituição, ou em complementaridade, ao uso da gasolina.
4.1 – Obtenção do etanol
O etanol, também conhecido como álcool etílico, é uma substância que encontra diversos usos. Para
enumerar alguns: o álcool etílico é o principal componente das bebidas alcoólicas, é utilizado como
solvente doméstico para limpeza de superfícies gordurosas e é também encontrado nos postos de
combustíveis para abastecimento dos carros de passeio.

O etanol tem origem na fermentação alcoólica de diversos vegetais, como a uva, na obtenção do vinho, ou
a cana-de-açúcar, na produção da cachaça. No Brasil, a produção do álcool para a utilização como
combustível se dá a partir da cana-de-açúcar.

A importância10 da cana de açúcar pode ser atribuída à sua múltipla utilização. Pode ser empregada in
natura, sob a forma de forragem, para alimentação animal ou como matéria prima para a fabricação de
rapadura, melado, aguardente, açúcar e álcool. O clima ideal é aquele que apresenta duas estações
distintas, uma quente e úmida para proporcionar a germinação, perfilhamento e desenvolvimento
vegetativo; seguida de outra fria e seca para promover a maturação e consequente acúmulo de sacarose
nos colmos (colmos são caules bem demarcados, formados no período do plantio, como os da cana-de-
açúcar ou os do bambu).

É a partir da sacarose, um carboidrato (açúcar), que o processo de fermentação se inicia. A fermentação


ocorre em presença de leveduras. A sacarose sofre hidrólise, formando glicose e frutose (também
açúcares). Em presença de leveduras, ocorre a fermentação alcoólica, formando etanol e liberando CO2.

Mas para chegar à etapa da fermentação, a cana-de-açúcar passa por diversos processos desde o seu
plantio. Após a colheita, manual ou mecânica, a cana-de-açúcar é levada para as usinas sucro-alcooleiras.
A produção11 de açúcar e de álcool depende da tonelagem de cana, do seu conteúdo de açúcar e da sua
qualidade. É importante que a cana seja colhida no tempo apropriado (madura), quando então o ideal
econômico de recuperação do açúcar por área é alcançado. Na usina, uma dada quantidade de cana-de-
açúcar irá produzir ou açúcar ou álcool, visto que a matéria-prima para ambos é a mesma: a sacarose
contida na cana.

Na usina, a cana é lavada, picada e moída, obtendo-se o caldo de cana ou garapa. A garapa é então
concentrada, formando o melaço. Esse pode produzir açúcar ou álcool. Para a produção de álcool, o
melaço é fermentado com a presença de leveduras adequadas. O mosto fermentado é então filtrado e, em
seguida, passa pelo processo de destilação para a obtenção do álcool no teor de 96% de pureza. Esse
produto é chamado álcool hidratado, pois contém 4% de água. A produção de aguardente (cachaça)
ocorre de modo similar, diferindo principalmente na eficiência da torre de destilação que é utilizada. A
cachaça tem um teor alcoólico de 40%. A figura 13 mostra o processo de produção do álcool a partir da
cana-de-açúcar.

Figura 13 – Fluxograma de produção do álcool e do açúcar.


Atividade 8

Para ser realizada em grupo


Nesta atividade vocês irão fazer uma pesquisa para obter algumas informações extras sobre o etanol.
Assim, serão necessários outros livros ou uma consulta na internet. Vocês irão precisar também de rótulos
de bebidas alcoólicas.
O nome fermentação vem do latim “fervere”, que significa ferver. Como o mosto de fermentação contém
microorganismos – as leveduras – ele não pode ultrapassar a temperatura de 40°C, pois mataria as
leveduras. Recorram à equação que representa a fermentação alcoólica e procurem compreender qual a
evidência de reação que pode ter levado a esse nome.
No fluxograma da figura 13, podemos perceber que a cana-de-açúcar não dá origem apenas a produtos
comerciais de interesse, ou seja, o açúcar e o etanol. Há subprodutos nesse processo, que muitas vezes
são tratados apenas como rejeitos. Identifique esses subprodutos; pesquise o que são e qual a possível
utilidade dos mesmos. Procure saber também o que tem sido feito quando esses subprodutos são
considerados rejeitos pelos produtores.
O processo de destilação permite obter, no máximo, álcool com o teor, em volume, de 96%. Isso significa
que a solução obtida contém 96mL de etanol e 4mL de água. Esse fenômeno ocorre com misturas
denominadas misturas azeotrópicas. O que significa isso? Pesquise sobre o assunto.
A escala de teor alcoólico tem uma outra denominação, que também expressa a porcentagem em volume
do etanol. É o chamado grau Gay-Lussac (°G.L.). Encontre nos rótulos de bebidas, como cervejas, vinhos
e cachaças, qual o seu valor do teor alcoólico e em qual unidade foi expresso pelo fabricante.
4.2 – Os álcoois
Assim como os constituintes do petróleo fazem parte de um grupo de substâncias orgânicas – os
hidrocarbonetos –, o etanol também faz parte de um desses grupos – o grupo dos álcoois. A característica
principal desse grupo de substâncias orgânicas é a presença do grupo O-H ligado a um átomo de carbono
que faz quatro ligações simples. Alguns álcoois mais comuns estão na figura 14.

Figura 14 – Fórmulas estruturais e nomes de alguns álcoois.


O grupo O-H é chamado de hidroxila. Devido à grande diferença de eletronegatividade entre os átomos de
oxigênio e hidrogênio, a ligação covalente entre eles é bastante polarizada. Isso torna as moléculas dos
álcoois bastante polarizadas. O efeito da polarização do grupo O-H se torna menos intenso quando a
cadeia carbônica do álcool tem quatro ou mais átomos de carbono. Isso ocorre porque a cadeia carbônica
confere às moléculas características apolares como as dos hidrocarbonetos.
Atividade 9
Relembrando a atividade 3, quando misturamos o etanol em água, concluímos que eles formam um
sistema homogêneo, sendo solúveis mutuamente. Agora que conhecemos a estrutura dos álcoois,
podemos explicar essa solubilidade a partir do modelo das interações intermoleculares. Qual é a interação
intermolecular formada entre o etanol e a água? (Dipolos induzidos, dipolos permanentes ou ligações de
hidrogênio?) Justifique sua escolha.
Represente a estrutura dos álcoois etanol, 1-propanol e 2-propanol utilizando as estruturas de linhas de
ligação (estrutura de bastão).
4.3 – A combustão do etanol
O álcool reage como oxigênio atmosférico produzindo gás carbônico e água. É a reação de combustão
completa do álcool. Veja a equação balanceada desta reação, considerando as substâncias no estado
físico padrão a 25°C e pressão de 1,0 atm.

Como o etanol provém de um vegetal, a cana-de-açúcar, ele é um combustível renovável. Sua combustão,
apesar de liberar gás carbônico, não contribui de forma permanente para o aumento da concentração
desse gás na atmosfera, visto que no crescimento da cana ela realiza a fotossíntese e capta CO2 da
atmosfera. Temos aqui uma situação similar à queima da madeira. Assim, o ciclo do carbono,
representado na figura 12, vale também para o etanol.
Atividade 10
Calcule a massa molar do etanol, C2H5OH. Dados de massa atômica (g/mol): C=12, H=1, O=16.
Na combustão de 1,0 mol de etanol, C2H5OH, é liberada, aproximadamente, a energia de 1368 kJ.
Calcule o poder calorífico do C2H5OH. Dê seu valor em kJ/kg.
5 – A gasolina e o etanol no Brasil
No Brasil, os combustíveis disponíveis para os veículos de passeio são a gasolina e o etanol (álcool
etílico). Há diferentes tipos de “gasolinas” e “álcoois”, que recebem aditivos visando melhorar a
performance dos motores, dentre outras funções. Em comum, todas as versões de gasolina comercial
recebem adição de etanol anidro (sem água), numa proporção que varia conforme a legislação vigente,
determinada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Iremos considerar em nossas atividades a gasolina
comum, denominada gasolina C. No caso do etanol, quando não está adicionado à gasolina, o álcool
combustível é o álcool hidratado, com teor alcoólico de 96%, como obtido no processo de destilação.
Atualmente, qual a quantidade de álcool, em volume, tem sido adicionado à gasolina? Podemos responder
a essa questão de duas maneiras: pesquisando ou realizando um experimento. Vamos fazer os dois?
Primeiro, mãos à obra!
Atividade 11
Para ser realizada em grupo
Determinaremos o teor alcoólico da gasolina C12. Como o cheiro da gasolina e seu contato com a pele
são irritantes, é conveniente que esse experimento seja realizado em um local aberto, como o pátio da
escola, e que sejam usadas luvas.
Materiais
gasolina C (mistura álcool-gasolina);
água;
2 béqueres de 100 mL para os líquidos;
proveta de vidro com capacidade de 100 mL, de rolha esmerilhada graduada em divisões de 1 mL;
se não dispuser deste tipo de proveta, utilizar uma proveta de 100mL ou mais e um bastão de vidro para
misturar a gasolina e a água, ao invés de inverter a proveta com rolha (procedimento 3).
Procedimento
Coloque 50 ml da gasolina C em uma proveta de vidro com capacidade de 100 mL, de rolha esmerilhada
graduada em divisões de 1 mL;
Adicione água destilada na proveta até complementar o volume de 100 mL;
Inverta e agite a proveta para completa retirada do álcool pela camada aquosa, deixando-a depois em
repouso para perfeita separação das duas camadas;
Multiplique por 2 a leitura direta do aumento volumétrico da camada aquosa, vista no menisco inferior. Ou
seja, efetue a leitura e subtraia 50 mL, que é o volume inicial de água. Assim tem-se o aumento
volumétrico da camada aquosa;
O resultado é dado em percentual de álcool anidro existente no total da mistura álcool-gasolina (volume
em mL de álcool anidro em 100 mL da mistura álcool-gasolina).
Agora responda
Pesquise qual é o atual teor alcoólico determinado pela ANP para a gasolina C. A determinação
experimental aproximou-se deste valor?
O sistema inicial gasolina-álcool é homogêneo ou heterogêneo? O álcool é solúvel ou insolúvel na
gasolina?
Lembrando a atividade 3, a gasolina é solúvel ou insolúvel em água? E sua densidade, é maior ou menor
do que a densidade da água? Esse experimento confirmou as observações do experimento da atividade
3?
Ainda lembrando a atividade 3: e o etanol, é solúvel ou insolúvel em água?
Segundo o método utilizado, o que representa o aumento de volume da fase aquosa?
A partir dos modelos das interações intermoleculares, como explicar que a solubilidade do etanol é maior
na água do que na gasolina?
Atividade 12
Para ser realizada em grupo
Nesta atividade iremos calcular o poder calorífico da gasolina C (comercial comum). Caso não tenha sido
possível realizar a atividade 11, iremos considerar que a gasolina C tem o teor alcoólico igual a 25% para
responder ao item 2 desta atividade.

Para calcular o poder calorífico da gasolina C (em kJ/L), precisaremos dos dados do poder calorífico da
gasolina (sem álcool, como C8H18) e do etanol (C2H5OH), que calculamos nas atividades 6 e 10,
respectivamente. Os valores das densidades do C8H18 e do C2H5OH também serão necessários para
realizar esse cálculo. Assim, os dados estão resumidos na tabela 1.

Calcule, para a gasolina e para o etanol, o poder calorífico em kJ/L, usando os respectivos valores de
densidade.
Considerando o teor alcoólico da gasolina C (comercial comum) determinado na atividade 11, calcule o
poder calorífico desta gasolina C em kJ/L.
Atividade 13
Para ser realizada em grupo
Você costuma comprar gasolina? E álcool? Tem alguma noção do preço desses combustíveis em sua
cidade? Você sabia que apenas no Brasil é possível abastecer um mesmo veículo com álcool ou com
gasolina?
Hoje em dia, no Brasil, todas as montadoras de veículos dispõem de modelos denominados “Flex
Fuel”. Essa designação em inglês indica que há flexibilidade na escolha do combustível que será usado
para abastecer o veículo: etanol ou gasolina comercial.

Mas como decidir, tendo como critério a vantagem econômica que o combustível deverá apresentar? Para
resolvermos essa questão, consideremos o seguinte: seja utilizando etanol ou gasolina C, o veículo
consumirá a mesma energia útil, ou seja, o mesmo valor de energia será necessário para movimentar o
veículo.

Se os cálculos foram feitos corretamente na atividade 12, o etanol apresentou poder calorífico igual a
23791 kJ/L de etanol. Já a gasolina C, com teor alcoólico de 25%, apresentou poder calorífico igual a
31143 kJ/L de gasolina C.
Calcule o volume de etanol que libera a mesma quantidade de energia que 1 L de gasolina C.
Pesquisem o preço do álcool combustível e da gasolina comum em um posto de abastecimento em sua
cidade. Com os valores obtidos pelos colegas da turma, calculem o preço médio do combustível em sua
cidade.
Neste momento, em sua cidade, quanto se paga pelo álcool para se obter a mesma energia da gasolina
C? Qual é o combustível mais vantajoso para os proprietários dos veículos “Flex Fuel” em sua cidade?
6 – E o que mais podemos descobrir?
Esse módulo sobre a gasolina e o etanol serve de referência para que vocês possam ir bem além. Que tal
preparar um estudo sobre os impactos ambientais e sociais da exploração, transporte e refino do petróleo?
E o que dizer sobre as grandes áreas agricultáveis ocupadas com o plantio da cana-de-açúcar? Como são
as condições dos trabalhadores do corte de cana? O Brasil já conseguiu eliminar o trabalho infantil nesse
setor? Quais são os embates que a sociedade está levantando acerca da exportação do etanol para os
Estados Unidos? Ah! Assunto não falta! E hoje em dia, com a internet, temos a informação mais
disponível. Nas referências utilizadas neste módulo e que se encontram ao final do mesmo, vocês podem
encontrar inúmeras informações sobre o tema, além de “links”interessantes. Bons estudos!
7 – Algumas questões de vestibulares
UFMG - 2004
UFMG - 2005
UFMG - 2006
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS
1:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 1B: Materiais: propriedades
Habilidades: 1.2. Identificar propriedades específicas e a diversidade dos materiais.
1.2.1. Identificar Temperatura de Fusão (TF), Temperatura de Ebulição (TE),
Densidade e Solubilidade como propriedades específicas dos materiais.
1.2.2. Diferenciar misturas de substâncias a partir das propriedades específicas.
1.3. Identificar as propriedades físicas: temperaturas de fusão e ebulição.
1.3.1. Reconhecer que a constância das propriedades específicas dos materiais
(TF, TE, densidade e solubilidade) serve como critério de pureza dos materiais e
auxiliam na identificação dos materiais.
1.3.2. Caracterizar, a partir do uso de modelos, os estados físicos dos materiais.
1.3.3. Nomear as mudanças de fase e associar essas mudanças com a
permanência das unidades estruturais, isto é, reconhecer que a substância não
muda.
1.3.4. Realizar experimentos simples sobre as mudanças de estado físico e
interpretá-los de acordo com as evidências empíricas.
1.3.5. Construir e interpretar gráficos como recursos de apresentação de resultados
experimentais.
1.3.6. Construir e interpretar tabelas como recurso de apresentação de resultados
experimentais.
1.3.7. Reconhecer as variações de energia envolvida nas mudanças de fase.
1.3.8. Relacionar a variação da pressão atmosférica com os efeitos na variação da
TE.
1.3.9. Construir e analisar gráficos relativos às mudanças de fase.
1.3.10. Prever os estados físicos de um material em função das suas TF e TE.
1.4. Identificar a propriedade física densidade.
1.4.1. Aplicar o conceito de densidade em situações práticas.
1.4.2. Realizar experimentos simples envolvendo a densidade.
1.4.3. Analisar as relações massa, volume e densidade por meio de gráficos.
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo a solubilidade.
Baixe o módulo original
em PDF

1.6. Reconhecer métodos físicos de separação de misturas.


1.6.1. Identificar métodos físicos de separação em situações problemas.
1.6.2. Relacionar o tipo de processo de separação com as propriedades físicas dos
materiais.
1.6.3. Associar alguns fenômenos do cotidiano a processos de separação.
1.6.4. Realizar e interpretar procedimentos simples de laboratório para separação
de misturas.
1.6.5. Identificar os equipamentos mais utilizados para separação de misturas.

Por que ensinar


Os vários materiais com que lidamos na natureza apresentam -se na forma de mistura de substâncias. Em
nossa vida diária, ao fazermos um café, ao catarmos feijão, ao filtrarmos água para o consumo e mesmo
ao recolhermos o lixo para entregar ao lixeiro, estamos aplicando várias técnicas de separação desses
materiais que se encontram misturados. É importante que os alunos reflitam o quanto o ensino de química
pode contribuir para que eles conheçam se a qualidade do combustível que está sendo usado em seu
carro está dentro dos padrões de qualidade estabelecidos por lei. É importante também que saibam dar
um final adequado para o lixo que produziram durante alguns dias em um acampamento. Portanto este
módulo tem como objetivo discutir idéia de mistura, utilizando o eixo contextual.
Condições prévias para ensinar
Para compreender melhor os processos de separação de misturas, os alunos necessitam dos seguintes
pré-requisitos: dissolução, solubilidade, substâncias simples e composta, misturas homogêneas, sistema
heterogêneo, energia nas mudanças de fase, densidade, temperatura de fusão, temperatura de ebulição.
O que ensinar
1. Métodos de separação pela densidade
2. Métodos de separação pela solubilidade
3. Método de separação pela temperatura de fusão
4. Método de separação pela temperatura de ebulição
5. Critérios de pureza
6. O que é mistura
7. O que é substância.
Como ensinar
Antes de iniciar o trabalho com as substâncias, suas propriedades e processos de separação,
recomenda-se a leitura do texto “O mito da substância”, de Renato José de Oliveira, na revista Química
Nova na Escola, n. 1, maio de 1995, disponível no site da SBQ para consulta on line, download ou
impressão. http:// www.sbq.org.br
As atividades e textos sugeridos para esse tópico fazem parte do capítulo 3 – Materiais: Introdução de
processos de separação e purificação - e constam na seguinte referência:
1. No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV, este conteúdo está
desenvolvido no tópico 2: Propriedades dos materiais- Partes I e II.
2. MORTIMER, E. F e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. ( Série Parâmetros). p. 40-64.
Em todas as atividades desse tópico, são empregados processos de separação onde são utilizadas as
propriedades físicas: solubilidade, temperatura de fusão e ebulição e densidade.
Esse é um bom momento para diferenciar uma substância de uma mistura e abordar as questões de
critério de pureza relacionadas ao uso que se faz do material.
Os conceitos de substâncias e misturas devem ser reforçados pelo professor. É interessante o mesmo
ressaltar que os processos de separação consistem em separar os componentes de misturas para chegar
às substâncias que a formam. Essa é uma aplicação bastante útil do conhecimento de propriedades
específicas dos materiais. Isto porque tudo aquilo que o homem utiliza provém de materiais existentes na
natureza e que, sua grande maioria, são misturas formados por diferentes componentes. O conceito de
propriedades específicas dos materiais será aprofundado no tópico 4.
Nas atividades 1 e 2 do livro de Mortimer, se houver condições, será muito interessante a realização de
experimento pelos alunos em laboratório, ou por demonstração, o que pode ser feito mesmo em sala de
aula. Estas atividades requerem pesquisa antes de se iniciar a prática.
Para desenvolver esse tópico são requeridos equipamentos simples de laboratório e alguns deles podem
até mesmo ser construídos pelos alunos. A familiarização dos alunos com equipamentos de laboratório
acontece de maneira gradativa, ou seja, na medida de sua necessidade.
Fazem também parte de sugestões para o trabalho com o tópico os seguintes textos:
Projeto -1 Aprendendo sobre o lixo urbano: texto 1 - 2 - 3 em Texto 2: O lixo pode contaminar a água que
utilizamos. MORTIMER, E. F e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P.55-56.
O texto 3, citado acima, propõe vários processos de separação de misturas. É essencial que o professor o
leia e comente sobre todos os processos, realizando com os alunos os experimentos. O professor pode
também sugerir alguns processos de separação factíveis em casa como, por exemplo, dissolução
fracionada, decantação, filtração, peneiramento.
Pode ainda propor diferentes misturas a grupo de alunos e solicitar que as separem nos componentes
dizendo detalhadamente em quais propriedades se baseia para separá-las.
O tema água é outra sugestão para trabalhar o tópico. O tratamento de água para o consumo urbano é de
grande importância, pois neste tipo de tratamento são empregados vários processos de separação de
mistura.
Existem livros paradidáticos que abordam este tema. Sugestão:
1. BRANCO, Samuel Murgel. Água: origem, uso e preservação. São Paulo: Editora Moderna, 2003.
2. MONTANARI, Valdir; STRAZZACAPPA, Cristina. Pelos caminhos da água. São Paulo: Moderna,
1999.
Além disso, sugerem – se os seguintes vídeos para auxiliar no trabalho:
1. Água Fonte de Vida
2. Projeto Chuá; Processo de tratamento de água
3. Educação para o consumo da água
Esses vídeos podem ser tomados de empréstimo da Biblioteca da COPASA
Outra sugestão é levar os alunos para visitar uma estação de tratamento de água da cidade, observando
todas as principais etapas de tratamento
Como avaliar
A avaliação permite analisar e qualificar o desenvolvimento do trabalho do professor e dos alunos e as
condições educativas. Ela faz parte do processo educativo e tem como finalidade primordial à melhoria da
qualidade do processo de ensino.
Em uma avaliação, é importante apontar indicadores que correspondam aos fatores mais significativos de
qualidade da ação do professor. Esses indicadores servirão de parâmetro para a avaliação do processo.
Para orientar a avaliação da aprendizagem dos alunos, é necessário que se escolham critérios.
Desse modo, especificamente no tópico - Métodos de separação e mudanças de estado físico - além do
comprometimento e envolvimento do aluno com o conteúdo e aulas é importante avaliar:
1. A separação dos diversos tipos de lixo “coleta seletiva” para reciclagem constitui processo de
separação.
2. Verificar se o aluno consegue resolver um processo do seu cotidiano utilizando os métodos de
separação de mistura. Para isso, o professor pode propor diferentes misturas a grupo de alunos e solicitar
que as separem nos componentes, dizendo detalhadamente em quais propriedades se baseiam para
separá-las.
3. Utilizar as propriedades físicas no processo de separação de misturas.
4. Reconhecer que o tratamento da água da COPASA cumpre etapas de processo de separação de
misturas.
Para tanto, questões referentes ao tópico encontram-se na bibliografia sugerida.
IXO TEMÁTICO 1: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 2: Materiais: constituição
Habilidades: 1.7. Reconhecer o comportamento ácido, básico e neutro de materiais.
1.7.1. Reconhecer materiais de uso comum que apresentem comportamento
ácido, básico e neutro.
1.7.2. Associar o caráter ácido, básico e neutro ao valo r de pH.
1.7.3. Reconhecer alguns indicadores mais comuns e seus comportamentos
em meio ácido, básico e neutro.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Ácidos e bases fazem parte do cotidiano das pessoas de um modo geral.
Assim, identificar essas substâncias e reconhecer suas propriedades permite aos cidadãos utilizar os
diversos produtos que os contém de um modo mais eficiente e seguro.
Para explicar o comportamento dos ácidos e das bases, foram criadas algumas teorias, sendo que a
primeira delas foi definida pelo químico sueco Svante August Arrhenius em 1887. Por causa dessa teoria,
ele recebeu o prêmio Nobel de Química em 1903.
A relevância da teoria de Arrhenius não está apenas em sua importância na história da química, mas
também porque ela explica o comportamento ácido ou básico de um grande número de substâncias. É
importante que o estudante do E. Médio aprenda a usar teorias científicas para explicar o comportamento
dos materiais.
A discussão sobre as limitações da teoria de Arrhenius para explicar o comportamento de muitas
substâncias é de fundamental importância para uma melhor compreensão sobre os ácidos e bases e
também sobre o desenvolvimento científico.
Condições prévias para ensinar
Para aprender sobre o comportamento dos ácidos e das bases é necessário que os estudantes retomem,
ou que eles sejam iniciados nos seguintes conceitos: elementos químicos; metais e ametais; propriedades
periódicas, ligações químicas, substâncias moleculares e iônicas.
O artigo a seguir apresenta diferentes teorias de ácido-base propostas durante o século XX mostrando
como evoluíram e estão relacionadas entre si.
CHAGAS, A. P. et al. Teorias ácido-base do século XX. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 9,
1999, p. 29:
O que ensinar
1. Teoria de Arrhenius.
2. Comparar diversas substâncias e seu caráter ácido ou básico de acordo com esta teoria.
3. Substâncias mais comuns de natureza ácida ou básica.
6. Explicar o comportamento das substâncias de acordo com a teoria.
7. Identificar a presença de ácidos ou bases em produtos familiares.
8. Conceituar pH e pOH.
9. Escala de pH e pOH
Como ensinar
Para o desenvolvimento dos conceitos relacionados ao estudo de ácidos e bases é recomendável que os
alunos realizem atividades diversificadas, tais como: pesquisa sobre a evolução dos conceitos de ácido e
de base comparando as diferentes teorias para explicar o comportamento de diferentes substâncias;
atividades práticas, discussões e confecção de relatórios, e também a resolução de exercícios
relacionados com o uso da linguagem química, ou seja, o uso de fórmulas e equações.
A bibliografia a seguir apresenta algumas atividades que poderão ser realizadas pelos alunos em sala de
aula, individualmente ou em grupos:
1. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 317. Atividade 4. Esta atividade resgata alguns usos de palavras
associadas ao equilíbrio ácido-base que são utilizadas no nosso cotidiano e discute e os seus significados.
2. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 317. Texto 1. Discute a definição de ácidos e bases como uma
definição relacional.
3. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 319. Atividade 5. Traz a definição de pH e propõe a construção de
uma escala de pH usando materiais comuns e um indicador à base de repolho roxo.
4. MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001. traz alguns experimentos que lidam
com indicadores ácido-base. Podemos citar: De olho no repolho, outros indicadores naturais, preparando
um papel indicador, Origami com papel indicador, Tintas invisíveis, Borbulhando no indicador, A chuva
ácida e o indicador, Das cinzas ao repolho, O caminho das formigas.
5. SILVA, E. R.; NÓBREGA, O. S.; Silva, R. H. Química - transformações e energia. V. 3 - São Paulo:
Ática, 2001. Manual do professor, p.33. Traz uma atividade experimental para comparar a força entre
alguns ácidos e algumas bases por meio da condução da corrente elétrica. Na página 25 tem um
experimento para testar o pH de várias soluções com indicadores extraídos de flores.
6. MARCONATO, J. C. e Franchetti, S. M.. Decomposição térmica do PVC e detecção do HCl utilizando
um indicador ácido - base natural. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 14, 2001, p. 40: Este texto
aborda conceitos relacionados aos ácidos e bases relacionando-os às propriedade dos polímeros.
Como avaliar
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
4. REIS, Martha. Completamente Química - Físico-Química. São Paulo: FTD, 2001, p. 371. Questão 46.
Vale a pena discutir esta questão como revisão dos conceitos de ácido e base.
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 1: Materiais: propriedades
1.5. Identificar a propriedade física solubilidade.
1.5.1. Aplicar o conceito de solubilidade em situações práticas.
1.5.2. Realizar experimentos simples envolvendo a solubilidade.
Habilidade: 28. 3 – Relacionar o modelo de interações intermoleculares com propriedades e
transformações envolvendo substâncias moleculares.
28.3.1 - Explicar a solubilidade das substâncias moleculares em solventes polares e
apolares.
Objetivos:
Sugerir explicações sobre a solubilidade das substâncias moleculares em água e em outros solventes
familiares.
Determinar o teor de álcool na gasolina
Providências para a realização da atividade:
Separar o material para execução da atividade. Não é bom realizar na sala de aula devido ao forte cheiro
da gasolina. O ideal é um lugar aberto,
Pré-requisitos:
Reações químicas. Esta atividade pode ser realizada em vários momentos e explorada conforme os pré-
requisitos dos alunos. Por exemplo, no início do curso para tratar solubilidade, no aprofundamento para
explicar a solubilidade usando o modelo de ligações e, ainda, para explicar propriedades de compostos
orgânicos e inorgânicos.
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1 – Determinando a porcentagem de álcool na gasolina.
Introdução
Por meio da destilação fracionada do petróleo pode-se obter vários produtos como: o gás natural,
querosene, diesel e asfalto. A gasolina é o que apresenta maior valor comercial, por isso é a mais
utilizada.
Questões
1) Faça um desenho que represente o sistema formado por água e gasolina.
2) Você sabe por que se adiciona álcool na gasolina?
Materiais
- Uma proveta com tampa (100ml)
- 50ml de gasolina
- 50ml de água
- Funil
Como fazer
- Uma proveta de 100 mL com tampa coloque 50 mL de gasolina
- Adicione 50 mL de água
- Misture, fazendo de 5 a 10 inversões sucessivas da proveta. Evite agitação enérgica para evitar bolhas e
segure firme a tampa para evitar derramamento.
- Deixe em repouso durante 5 minutos
- Anote o volume das fases observadas
Questões
1) O sistema é homogêneo ou heterogêneo?
2) Identifique as fases do sistema?
3) Por que a água não se mistura na gasolina?
4) O desenho que você fez antes de iniciar o experimento coincide com o que você vê agora na proveta?
5) Explique o que você está vendo.
6) Defina o que é solubilidade?
7) Calcule o teor de álcool na gasolina?
Conteúdos que podem ser discutidos a partir deste experimento:
- Propriedades dos materiais: densidade e solubilidade
- Métodos de separação de mistura
- Sistemas homogêneos e heterogêneos
- Polaridade
- Hidrocarbonetos
- Introdução, classificação e nomenclatura dos álcoois
Considerações finais
A adição de álcool à gasolina tem como objetivo diminuir a quantidade de gases poluentes que são
lançados na atmosfera devido à queima da gasolina e também abaixar o custo, uma vez que o álcool
etílico pode ser produzido com certa facilidade. O petróleo brasileiro, além de ser insuficiente, ainda é rico
em enxofre, o que nos faz importar petróleo de melhor qualidade de outros países.
A queima da gasolina produz vários óxidos como SOx, NOx, CO, que são muito poluentes, sendo que o
CO é altamente tóxico. Atualmente são usados os catalisadores nos automóveis para transformar mais
rapidamente os gases poluentes em não poluente.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS


1:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 2A: materiais: constituição
Habilidades: 2.1. Saber como são constituídas as substâncias.
2.1.1. Admitir que os materiais são constituídos por partículas e espaços vazios -
modelo cinético molecular.
2.1.2. Reconhecer a relação entre as partículas que constituem os materiais e a
diversidade de tipos de átomos (elementos químicos).
2.1.3. Entender que a combinação de átomos do mesmo tipo ou de átomos
diferentes dá origem às substâncias simples ou compostas.
2.1.4. Reconhecer os principais ácidos, bases sais e óxidos.
2.1.5. Identificar as principais diferenças entre materiais de natureza orgânica e
inorgânica.

Por que ensinar


É importante que os alunos percebam que há uma regularidade na forma como algumas substâncias
reagem com a água e que este fato está associado à localização dos elementos na tabela periódica.
Acreditamos que é mais importante os alunos reconhecerem fórmulas de ácido, bases e óxidos, sem a
preocupação de memorizar regras de nomenclatura. É importante discutir propriedades dos compostos e o
seu comportamento na presença da água.
Condições prévias para ensinar
Os alunos devem estar familiarizados com a tabela periódica.
O que ensinar
1. Formação de óxidos
2. Características dos óxidos
3. Reações dos óxidos
4. Formação das bases
5. Formação dos ácidos
6. Propriedades dos ácidos e bases
Como ensinar
O professor pode iniciar o conteúdo a partir do estudo de um assunto que seja do conhecimento dos
alunos. Por exemplo, solos, chuva ácida, efeito estufa, materiais de limpeza, etc.
Pode iniciar também apresentando algumas reações de formação de óxidos. Por exemplo, formação da
ferrugem, queima do enxofre, queima de magnésio.
Outras demonstrações podem ser realizadas na sala de aula. Para auxiliar o professor na preparação das
suas aulas sugerimos a leitura dos textos abaixo:
1. No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV o módulo
5:Comportamento ácido e básico das substâncias aborda este tema apresentando várias sugestões de
atividades.
2. GEPEQ - Estudando o equilíbrio ácido <--->base. Extrato de repolho roxo como indicador universal de
pH. Pode transformar em um roteiro de aula experimental.
3. Química Nova na Escola. n.1. São Paulo: SBQ, 1995.
4. FERREIRA, V. F. Aprendendo sobre os conceitos de ácido e base. Química Nova na Escola. n.4. São
Paulo: SBQ, 1996. Descreve a extração do Lapachol a partir da serragem do Ipê
5. TOLENTINO, M.; ROCHA-FILHO, R. O efeito estufa. Química Nova na Escola. n.8. São Paulo: SBQ,
1996.
5. CAMPOS, R. C.; SILVA, R. C. Funções da Química Inorgânica....funcionam? Química Nova na Escola.
n.9. São Paulo: SBQ, 1999. Ótimo para tratar funções inorgânicas.
7. REIS, M. Química Geral. Ciência, Tecnologia e Sociedade. São Paulo: FTD, 2001
P.446 – Pratique química – Apresenta uma formulação para fabricação de refrigerante caseiro.
• P.527 – A teoria na prática
• P. 530 – Texto s obre solos. Pode ser adaptado para o aluno.
• P.546 – Experimento para produção caseira de defensivos agrícolas
• P. 548 – Trata do cultivo de plantas através da hidroponia.
• P. 550 – Química ambiental. Texto sobre o uso de adubos.
• P. 594 – Texto sobre pasta de dente
8. GEPEC. Interações e transformações I – Elaborando conceitos sobre transformações químicas. São
Paulo: Edusp, 1995. Módulo I – itens 1 a 3
Como avaliar
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor
Os livros sugeridos trazem questões para avaliação
• Sugestões de avaliação
É importante dar alguns exemplos de como avaliar mostrando o aspecto considerado relevante do tópico
em foco. Uma prova indica aos alunos o que o professor julga importante e, portanto, o que precisa ser
estudado e aprendido. Assim, me parece ótima idéia apresentar exemplos de itens retirados de exames
públicos (SAEB, ENEM, SIMAVE, Banco de itens, vestibulares, etc).
As questões de avaliação devem expressar os objetivos propostos para o ensino do tópico, ou seja, o que
se quer enfatizar.
Pensar também nas habilidades a serem desenvolvidas.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS
1:
Tema 1: Propriedades dos Materiais
Tópico 2B: Materiais: Constituição
Baixe o módulo original
em PDF

Habilidades: 2.2. Conceituar elemento químico.


2.2.1. Identificar os símbolos dos elementos químicos mais comuns.
2.2.2. Localizar elementos químicos mais comuns na Tabela Periódica.
2.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
2.2.4. Reconhecer que as substâncias podem ser representadas por fórmulas e
reconhecer fórmulas de substâncias mais comuns.

Por que ensinar


O uso da linguagem química na identificação das substâncias refere-se ao aspecto representacional. As
representações de modelos, as fórmulas e as equações constituem um conjunto de signos utilizados para
comunicar o conhecimento químico. Nesse sentido torna-se importante que a linguagem química faça
parte do currículo do ensino médio, pois possibilita a interação entre o discurso científico e o discurso
cotidiano na sala de aula.
Entretanto, é importante lembrar que a linguagem química, não pode ser priorizada em detrimento do
contexto ou da teoria. Todos esses aspectos devem ser atendidos simultaneamente, permitindo ao aluno
observar fenômenos que ocorrem no dia-a-dia, compreendê-los do ponto de vista teórico e descrevê-los
usando a linguagem química.
Condições prévias para ensinar
Aproximar o estudante do ensino médio da linguagem científica constitui uma tarefa difícil para todo
professor. Antes, porém, outro desafio não menos importante é trazer para a sala de aula a linguagem
cotidiana, como forma de conhecer as crenças do aluno e saber como ele interpreta os fenômenos do dia-
a-dia.
Ao professor não cabe substituir a linguagem cotidiana pela linguagem científica, como se essa última
carregasse em si mais importância e verdade, mas sim, fazer ao aluno perceber que essas linguagens se
complementam no esforço que todos fazem para entender e explicar o mundo.
A condição prévia para ensinar sobre o uso da linguagem química é conhecer a linguagem que o aluno
usa para expressar a sua visão de mundo. Para isso o professor deve proporcionar aos alunos
oportunidade de fazer uso da linguagem oral e escrita para expor a sua opinião ou o seu pensamento
sobre os diversos fenômenos estudados.
www.sbq.org.br/ensino no portal do professor há indicações de textos sobre o uso da linguagem química.
O que ensinar
• Familiarizar os alunos com o uso da tabela periódica.
• Reconhecer os símbolos dos elementos químicos presentes nas principais substâncias a que os
estudantes têm acesso no seu dia-a-dia.
• Familiarizar e reconhecer as fórmulas de algumas substâncias, importantes para a compreensão de
fenômenos relacionados às atividades do dia-a-dia, como alimentação, higiene, transporte, ao uso e
descarte de objetos, além de outras relacionadas ao ambiente e a saúde.
• Representar fenômenos por meio de equações químicas.
• Saber descrever transformações químicas, usando a linguagem cotidiana, a partir de representações
simbólicas representadas por equações químicas.
• Reconhecer aspectos relacionados às propriedades físicas e químicas dos materiais a partir do
reconhecimento de fórmulas e estruturas moleculares.
Como ensinar
Algumas atividades sobre o tópico poderão ser encontradas em:
• No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV o Módulo 11: Elementos
químicos e Tabela Periódica aborda o conteúdo deste tópico.
• USBERCO e SALVADOR. Química – Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2002. P. 597
Atividade baseada no texto: Maria Louca, retirado do livro (p. 182 e 183) de Dráuzio Varella (1999),
Estação Carandiru, Companhia das Letras, São Paulo. Nessa atividade os alunos são convidados a
interpretar o texto do ponto de vista das transformações químicas nele descritas e a representar as
fórmulas e equações para explicitar o seu entendimento sobre ele.
• GONÇALVES, J. M. et al. Determinação dos íons cálcio e ferro no leite enriquecido. Química Nova na
Escola. n. 14. São Paulo: SBQ, 2001.
Este artigo tem como objetivo central: propor uma aula experimental baseada em leite enriquecido que
permita o professor, ele aborda a relação desse alimento, presente no nosso dia-a-dia, com o combate a
desnutrição e a deficiência de íon ferro. Faz também uma análise qualitativa da presença de íons ferro e
cálcio no leite. Este experimento poderá ser útil também para introduzir conceitos tais como: reações
químicas, solubilidade, acidez, basicidade e equilíbrio químico.
É recomendável que os professores realizem com os seus alunos atividades de demonstração ou práticas
investigativas, feitas pelos próprios alunos sobre o uso de indicadores na identificação de substâncias.
Usar repolho roxo como indicador é interessante, pois ele serve como indicador tanto de ácidos como de
bases.
Como avaliar
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
Alguns exemplos de questões:
Represente através de equações as reações químicas descritas a seguir:
•Produção da ferrugem (Fe2O3) a partir da reação do ferro com o oxigênio do ar.
•Produção de oxido de alumínio (Al2O3) a partir da reação do alumínio com o oxigênio do ar.
•Queima do magnésio metálico produzindo o oxido de magnésio.
•Produção de gás carbônico a partir da queima do carvão (C(s)).
•Produção do gás sulfuroso (SO2) a partir da queima do enxofre.
•Produção do gás sulfúrico (SO3) a partir da reação do gás sulfuroso com o oxigênio.
•Produção de hidróxido de ferro III a partir da reação da ferrugem com água.
•Produção do medicamento usado para combater a acidez estomacal - hidróxido de alumínio - a partir da
reação do oxido de alumínio com água.
•Produção do acido carbônico na fabricação de refrigerantes a partir da injeção de gás carbônico na água.
•Formação da chuva acida a partir da reação com água do gás sulfúrico, poluente jogado na atmosfera
pelos automóveis.
•Reação do alumínio das janelas com o acido sulfúrico proveniente da chuva ácida.
•Neutralização da acidez estomacal, causada pelo excesso de acido clorídrico em nosso estomago, pela
ingestão de hidróxido de alumínio.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS
1:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 2C: Materiais: Constituição
Habilidades: 2.3 - Saber como são constituídas as misturas.
2.3.1 - Reconhecer que a maior parte dos materiais é constituída de misturas
homogêneas ou heterogêneas de diferentes substâncias.
2.3.2 - Reconhecer que solução é uma mistura homogênea na qual os constituintes
são substâncias diferentes.
2.3.3 - Saber que, em uma solução, dá-se o nome de soluto à sustância que se
encontra em menor quantidade e solvente à que a dissolve.
2.3.4 - Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o valor da massa do
soluto e a massa ou volume do solvente.
2.3.5 - Saber que a concentração da solução pode ser dada como massa(g)
/massa(g) ou massa(g) /volume(L).
2.3.6 - Identificar soluções mais e menos concentradas em função das relações
entre soluto/solvente.
2.3.7 - Fazer cálculos que envolvem proporcionalidade para determinar o valor da
concentração de soluções.
2.3.8 -. Prever a solubilidade de uma substância por meio de curvas de
solubilidade.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
A água é encontrada naturalmente na forma de solução, ou seja, ela não
é encontrada pura, porque nela se dissolvem um grande número de solutos. Por essa particularidade em
dissolver tantos solutos, ela é denominada solvente universal. Nesse sentido, o estudo das soluções torna-
se necessário para que as pessoas, de um modo geral, possam conhecer as soluções mais importantes e
mais abundantes da natureza: as soluções aquosas. Outro aspecto importante no estudo das soluções é o
conhecimento sobre as quantidades relativas de solutos dissolvidos em determinada solução: a
concentração das soluções. Os rótulos de muitos produtos de limpeza, medicamentos, bebidas e outros,
apresentam quantidades relativas de solutos em soluções.
Reconhecer e compreender as concentrações das substâncias apresentadas nos rótulos dos produtos é
fundamental para as necessidades cotidianas de todos nós.
Condições prévias para ensinar
Para elaboração dos conceitos de dissolução de substâncias e de concentrações de soluções, é
necessário que os estudantes tenham oportunidade de realizar dissoluções, pesando os solutos e
medindo o volume das soluções. Usando as medidas obtidas experimentalmente os estudantes devem
calcular a concentração das soluções.
Realizar um estudo de rótulos cria oportunidade para uma abordagem contextualizada sobre os conceitos
relacionados ao estudo das soluções e das concentrações das soluções e auxilia no desenvolvimento de
algumas habilidades requeridas no dia-a-dia do cidadão.
Para iniciar o estudo de soluções, é necessário que os alunos tenham algum conhecimento sobre os
seguintes conceitos: misturas, misturas homogêneas, dissolução e diluição.
O que ensinar
1 - Conceitos envolvidos: solubilidade, saturação, dissolução, diluição, concentração.
2 - Calcular a concentração de soluções em g/ml e em percentual (mol/l conforme o nível de
aprofundamento).
3 – Interpretar dados de concentração de soluções fornecidos por rótulos.
4 – Procedimentos de diluição de soluções e cálculos relacionados de concentração.
Como ensinar
Atividades interessantes poderão ser encontradas na bibliografia indicada a seguir:
1. O módulo didático 2 – Propriedade dos materiais – parte II disponível no site
da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV aborda o conteúdo solubilidade.
2. DIAS, s. m. et al. Perfumes: uma química inesquecível. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 4,
1996, p. 3.
Este texto trata do histórico, componentes e composição química dos perfumes. Os conceitos de
concentração podem ser abordados a partir das concentrações das soluções utilizadas na produção de
perfume.
3. M MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetro) – capítulo 10 – Soluções e Solubilidade – p. 204 a 227.
Este capítulo apresenta textos e questões para discussão e atividades relacionadas à leitura de rótulos de
diversos produtos.
Como avaliar
1 – As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo
2 – Também devem ser valorizados os produtos das atividades, que poderá ser obtido por meio de
exposições orais ou de sínteses escritas, realizadas pelo grupo ou individualmente
3 – Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais (ENEM, SAEB, SIMAVE, vestibulares, banco de itens, etc), assim como as que são
formuladas pelo professor
Algumas sugestões de questões
1. A solubilidade de certo sal é de 12,5g em 100 mL de água, a 20 oC. Colocando-se em um tubo de
ensaio contendo 20 mL de água, a 20 oC, 5g deste sal, após agitação, seguida de repouso, obtemos uma
solução saturada juntamente com uma fase sólida no fundo. Explique.
2. O quadro apresenta as quantidades de um mesmo soluto em três soluções de volumes diferentes.
Considerando-se as concentrações das três soluções, coloque as soluções em ordem crescente de
diluição.
3. Thiago, ao preparar um refresco usou certo pó para refrescos, adicionou em 2L de água, além do
conteúdo do envelope, 4 medidas de açúcar, contendo cada uma cerca de 34,2g. Conhecendo a fórmula
da sacarose, C12H22O11, principal componente do açúcar, determine a concentração mol/L do refresco.
4. Complete o quadro de acordo com os dados do gráfico:

5. Baseado nas informações do quadro e do gráfico responda:


a) Em qual dos sais o efeito da temperatura sobre a solubilidade é mais acentuado?
b) Em qual temperatura a solubilidade do nitrato de chumbo é igual à do nitrato de
potássio?
c) Em qual temperatura a solubilidade do cloreto de sódio é igual à do nitrato de
potássio?
d) À temperatura de 20°C, qual dos sais relacionados no quadro acima é mais solúvel
em água? Qual é menos solúvel?
e) À temperatura de 60°C, qual dos sais relacionados no quadro acima é o mais solúvel
em água? Qual é o menos solúvel?
f) Se você for resfriar até 20°C uma solução saturada de nitrato de chumbo, que foi
preparada a 80°C, usando 100g de água, qual a massa de nitrato de chumbo que ficará insolúvel e
decantará no fundo do béquer?
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 2A: Materiais: constituição
2.3. Saber como são constituídas as misturas.
2.3.1. Reconhecer que a maior parte dos materiais é constituída de misturas
homogêneas ou heterogêneas de diferentes substâncias.
Habilidade: 2.3.2. Reconhecer que solução é uma mistura homogênea na qual os constituintes
são substâncias diferentes.
2.3.3. Saber que, em uma solução, dá-se o nome de soluto à sustância que se
encontra em menor quantidade e solvente à que a dissolve.
2.3.4. Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o valor da massa do
soluto e a massa ou volume do solvente.
2.3.5. Saber que a concentração da solução pode ser dada como
massa(g)/massa(g) ou massa(g)/volume(L).
2.3.6. Identificar soluções mais e menos concentradas em função das relações
entre soluto/solvente.
2.3.7. Fazer cálculos que envolvem proporcionalidade para determinar o valor da
concentração de soluções.
Objetivos:
Criar oportunidade para uma abordagem contextualizada dos conceitos relacionados ao estudo das
soluções e das concentrações das soluções, assim como desenvolver algumas habilidades requeridas no
dia-a-dia do cidadão, tais como: leitura de rótulos de materiais de limpeza, medicamentos, bebidas e
outros, prestando atenção nas informações relacionadas com os cuidados de segurança e conservação.
Familiarização com as diferentes representações de medidas de concentração especificadas nos rótulos e
relacionar com aquelas que mais usuais na Química: concentração gramas por litro (g/L); em mol por litro
(mol/L) e percentual peso por volume ou peso por peso (%p/v ou %p/p).
Realizar transformações de unidades e cálculos de concentrações a partir das informações do rótulo.
Compreender conceitos relativos ao estudo das soluções, tais como: solubilidade, saturação, dissolução,
diluição e concentração.
Providências para a realização da atividade:
Pedir aos alunos para levar rótulos de produto de limpeza, de medicamentos ou bebidas. É desejável que
o professor possa analisar os rótulos antes de iniciar a atividade com os alunos. Dê preferência para um
dos três tipos de rótulos sugeridos. Por exemplo, se a professora optar por utilizar rótulos de material de
limpeza, escolha: água sanitária, desinfetante, detergente, sabão em pó e cera.
Pré-requisitos:
Familiaridade com cálculos matemáticos.
Descrição dos procedimentos:
Título: Análise de rótulos
Material:
Rótulos, cola e papel craft ou cartolina
Conceitos Preliminares
Explique e dê exemplo para: dissolução, solução, solubilidade, concentração, diluição, emulsão
Trabalho em grupo
Cada grupo deverá:
1. juntar 3 ou 4 rótulos do produto indicado pela professora e responder as questões que se seguem
para todos os rótulos. E ao final, um representante de cada grupo deverá colocar os dados obtidos em
uma folha de papel craft e depois apresentar para toda a classe. Cole os rótulos no papel craft.
Questões – Cada aluno deverá responder no caderno e o grupo deverá entregar uma cópia.
Que rótulo será investigado pelo grupo? Quais informações do rótulo permitem dizer para que serve o
produto?
Existem informações no rótulo sobre os cuidados de segurança e conservação do produto? Quais? Qual é
o prazo de validade do produto?
Copie as informações do rótulo sobre a composição do produto: nomes das substâncias, quantidades ou
concentrações.
Você já conhecia os materiais relacionados? Cite aqueles que você já conhecia e, se souber, cite também
outras finalidades desses materiais.
Você percebeu alguma informação no rótulo estudado que tenha lhe chamado a atenção e que você não
havia percebido antes desse estudo? Qual? E por que essa informação chamou a sua atenção?
Possíveis dificuldades:
Não há.
Alerta para riscos:
Não há
Glossário:
Diluição: adição de um solvente a uma solução.

EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS
I:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 2B: Materiais:Constituição
Habilidade: 2.3. Saber como são constituídas as misturas.
2.3.3. Saber que, em uma solução, dá-se o nome de soluto à sustância que se
encontra em menor quantidade e solvente à que a dissolve.
2.3.4. Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o valor da massa do
soluto e a massa ou volume do solvente.
2.3.5. Saber que a concentração da solução pode ser dada como
massa(g)/massa(g) ou massa(g)/volume(L).
2.3.6. Identificar soluções mais e menos concentradas em função das relações
entre soluto/solvente.
2.3.7. Fazer cálculos que envolvem proporcionalidade para determinar o valor da
concentração de soluções.
Objetivos:
1. Reconhecer as substâncias usualmente empregadas como drogas e os efeitos biológicos de seu uso.
2. Reconhecer o percentual de álcool presente em várias bebidas.
3. Identificar a reação de fermentação na fabricação de bebidas alcoólicas.
Providências para a realização da atividade:
Pedir aos alunos com antecedência que traga rótulos de bebidas para a sala de aula
Pré-requisitos:
Reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Teor alcoólico de bebidas e a questão da segurança dos adolescentes – o estudo das soluções
químicas.
Maria Emília C. C. Lima e Ademilde Dias A. Ornelas
Adaptação: David A. P. Silva, Juliana M. S. Furlani
Introdução
Segundo o dicionário Aurélio, solução é:
1. Ato ou efeito de solver, solvência;
2. Meio de superar ou resolver uma dificuldade, um problema;
3. Aquilo que dá por encerrado um assunto; conclusão, desfecho, termo;
4. Pagamento definitivo;
5. Separação das partes de um todo, divisão, interrupção; dissolução; solução de continuidade;
6. Palavra, locução ou frase que representa a decifração de uma charada ou enigma;
7. (Mat.) resultado de um problema ou de uma equação;
8. (Fís.-Quím.) sistema homogêneo com mais de um componente;
9. (Farm.) líquido que contém outra substância dissolvida: “este remédio pode ser tomado em solução
açucarada”.
Como observado, o termo solução possui mais de um significado.
Neste texto, estaremos discutindo os problemas no trânsito causado pelo uso de bebidas alcoólicas e as
possíveis soluções para este problema. Discutiremos, também, o teor alcoólico das bebidas que são
ingeridas nas festinhas e finais de semanas. Estudaremos as concentrações de álcool no sangue
decorrentes do uso de bebidas.
A maioria das misturas líquidas e homogêneas do nosso cotidiano são soluções aquosas, isto é, misturas
líquidas nas quais a água é o solvente. Uma mistura de sal e água (dependendo da quantidade de sal)
constitui uma solução.
Quando uma substância dissolve a outra, ocorre uma ruptura das ligações ou forças de atração que
mantinham as partículas unidas. O sal, por exemplo, quando se dissolve na água, tem seus íons
separados e solvatados pelas moléculas de água. O sal é o soluto, substância que sofre dissolução. A
água é o solvente, isto é, o líquido em que o sal está sendo dissolvido.

Obtenção e uso do álcool


No Brasil, a maior parte do álcool destina-se à produção de bebidas e de combustível para abastecimento
de veículos. Tanto o combustível como as bebidas são constituídas pela mesma substância: o álcool
etílico (C2H6O). Entretanto, o álcool usado como combustível é adulterado para evitar o seu consumo
como bebida. A adulteração (chamada de desnaturação) consiste em adicionar pequenas quantidades de
produtos venenosos como, por exemplo: piridina, benzeno, óleos de xisto, e, mais comumente, metanol. O
metanol é muito tóxico, podendo causar cegueira e até morte. Recentemente, no Brasil, várias pessoas
foram internadas em estado grave e outras morreram em decorrência da ingestão de metanol.
O álcool etílico, densidade 0,8g/cm3, pode ser obtido a partir da cana-de-açúcar, da beterraba e do amido,
entre outros. A maior parte do álcool produzido no Brasil é obtida a partir da fermentação da garapa da
cana. Os microorganismos responsáveis pela fermentação liberam enzimas que favorecem a
transformação do açúcar em álcool. Em seguida, o álcool é separado das demais impurezas por
destilação. O álcool obtido possui uma concentração 96º GL, ou seja, uma mistura que possui 96% em
volume de álcool e 4% em volume de água.
A maior parte da produção mundial de álcool é destinada à produção de bebidas. As bebidas alcoólicas
são classificadas em duas categorias: as fermentadas e as destiladas. As bebidas fermentadas, como o
vinho e a cerveja, têm teor alcoólico mais baixo, enquanto que as bebidas destiladas como a cachaça, o
conhaque e o uísque possuem o teor alcoólico mais elevado.
ATIVIDADES
1. Preencha a tabela abaixo utilizando os dados dos rótulos das bebidas (deixe os cálculos
registrados):

2. Qual a massa de álcool existente em uma lata de cerveja (350mL)? Utilize-se dos dados da tabela.
3. Qual é a massa de álcool, em gramas, existente em uma dose de uísque (50mL)?
4. Qual é a massa de álcool, em gramas, existente em uma taça de vinho (150mL)?
5. Existe diferença de teor alcoólico de uma cerveja em lata e a cerveja em garrafa, de mesma marca?
E de massa? Explique.
6. Ordene em ordem crescente de teor alcoólico as doses de cerveja, uísque e vinho.

O álcool e o trânsito
A ingestão de bebidas alcoólicas é uma das responsáveis pela elevada taxa de acidentes no trânsito. Ao
contrário do que se imagina, as bebidas alcoólicas agem como depressoras e não como estimulantes do
sistema nervoso central. O regulamento do código nacional de trânsito estabelece que é proibido a todo
condutor de veículo dirigir em estado de embriaguez alcoólica e determina que este estado se evidencia a
partir da concentração de 0,6 g/L de álcool no sangue. Isto significa que, para cada 1L de sangue do
indivíduo, vai haver 0,6 g de álcool. Entretanto, mesmo abaixo deste limite tolerado pela lei, o álcool
provoca o retardamento dos reflexos.
Considere o gráfico a seguir:

Por meio do gráfico é possível perceber que, a partir do limite 0,6 g/L de álcool no sangue, o risco de
acidentes no trânsito cresce muito rapidamente.
7. Segundo o código nacional de trânsito qual a quantidade mínima de álcool, por litro de sangue, que
caracteriza o estado de embriaguez?
8. Um homem possui em média 5 litros de sangue. Qual é a quantidade mínima de álcool, em gramas,
que ele possuirá no sangue, caso evidencie o estado de embriaguez?
9. O DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) informa, em documento, que uma dose de
cerveja em lata (350 mL) corresponde a uma taça de vinho (150 mL) e a uma dose de uísque (50 mL) em
termos de massa de álcool. Esta informação está correta? Justifique.
10. O DENATRAN informa também que, em um indivíduo que possui massa 60 kg, é necessária a
ingestão de 3 doses de cerveja (350 mL) ou 3 doses de vinho ou 3 doses de uísque para se atingir a
concentração de 0,6 g de álcool por litro de sangue. Supondo que o álcool ingerido se distribui
uniformemente por todo o corpo, responda:
a) Qual a massa de álcool existente em 3 doses de uísque?
b) Uma pessoa de 60 Kg ao ingerir 3 doses de uísque teria qual concentração de álcool por kg de
massa corporal?
11. Quantos mols de álcool (C2H6O) existem em 0,6 g?
12. Qual a concentração, em mol/L, que caracteriza o estado de embriaguez?
Uma pesquisa pioneira da “Vox Populi” encomendada pela “ABRAÇO” e pela “Confederação Nacional de
Transportes” para mostrar o perfil do consumo de álcool no país mostra que o hábito de beber afeta um
em cada três brasileiros. O mais assustador é que 38% dos jovens entre 16 e 24 anos estão acostumados
à bebida. A preferência nacional é mesmo a cerveja. “O mais delicado é que a cerveja serve como
iniciação aos adolescentes” afirma José Elias Murad, presidente da “ABRAÇO”. (Estado de Minas, 20 de
fev. de 2000)
Após entrar na corrente sangüínea, o álcool á distribuído por todo o organismo humano. A sua presença
pode ser detectada no sangue 5 minutos após a ingestão e a concentração máxima é atingida entre 30 e
90 minutos.
Menos de 10% do álcool ingerido é excretado do organismo quimicamente inalterado através do suor,
urina e respiração. O restante do álcool é eliminado, principalmente, através de sua oxidação dentro do
organismo, produzindo gás carbônico (CO2) e vapor d’água (H2O). Estas reações são demoradas e
liberam uma energia de 7 kcal por grama de álcool. A taxa de oxidação é 150mg de álcool por kg de
massa corporal por hora. Café forte e banho frio em nada contribuem no sentido de acelerar o
metabolismo do álcool no sangue.
13. Qual a energia liberada na oxidação do álcool existente em 3 doses de uísque?
14. Qual a massa de álcool oxidada por hora supondo que a pessoa possua massa 60 kg?
15. Quanto tempo essa pessoa levaria para oxidar todo o álcool existente em 3 doses de uísque?

Considerações finais
Como discutimos, uma boa parte dos acidentes de trânsito é causada por motoristas embriagados. Vimos
ainda que a excreção do álcool é lenta, e que a sua presença pode ser facilmente reconhecida no sangue.
Para saber se o motorista fez uso abusivo de bebidas alcoólicas, a polícia lança mão do bafômetro,
aparelho que indica a concentração de álcool que o indivíduo ingeriu, através do hálito. O motorista
suspeito de embriaguez é obrigado a realizar o teste do bafômetro, segundo o Novo Código Nacional de
Trânsito, ou realizar uma perícia, que inclui a dosagem do álcool presente no sangue. A punição é severa:
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de
qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor correspondente a R$ 957,69 e suspensão
do direito de dirigir; perde sete pontos na carteira;
II - Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento
do documento de habilitação.
(Lei 9.503 22/01/98 Art. 165)
A lei é clara. Cabe agora aos motoristas, em especial os jovens, tomar consciência dos riscos que as
bebidas alcoólicas trazem não só para a vida dos condutores e pedestres, mas para o organismo humano.
Procure mais informações sobre esse assunto, coloque a referência bibliográfica de suas fontes de
informação e escreva uma conclusão pessoal.
CONSTITUIÇÃO DOS MATERIAIS – MISTURAS E SOLUÇÕES
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva

www.secretdestroyers.blogger.com.br www.genuina.com www.ojodigital.net

INTRODUÇÃO
Sabemos que a água é imprescindível para os vegetais e os animais e que a vida, tal como a
conhecemos, não seria possível sem ela. Por isso que a água é o material mais utilizado pelo ser humano
para diversas finalidades no seu dia a dia.
A água é o líquido mais comum na terra – cobre 72% da superfície do nosso planeta. A maior parte,
97,3%, é água salgada de mares e oceanos. O restante é água doce. Na forma de gelo, nas calotas
polares e em geleiras, encontram-se 2,1%. Assim, apenas 0,6% do total de água na terra é água doce dos
rios, lagos e depósitos subterrâneos. Essa é a água de que necessitamos para beber, cozinhar, lavar e,
também, para usar na indústria e na agricultura.
Apesar da grande quantidade de água existente na terra, a maior parte da água é imprópria para as
principais finalidades a que ela é destinada. E o tratamento adequado da água é muito caro. Por essa
razão em muitos locais não existe saneamento básico (tratamento de água e de esgotos), o que coloca um
grande número de pessoas sujeitas a doenças de veiculação hídrica.
Para os químicos, a água é considerada o solvente universal, porque dissolve muitas outras substâncias
como, por exemplo, os sais e os ácidos, além de diversos gases, sendo utilizada em inúmeros processos
industriais. Algumas substâncias que não são solúveis em água, como as gorduras, podem ser
dissolvidas pela mistura de água e sabão. Essa possibilidade de dissolver substâncias de naturezas
diferentes, além da grande quantidade encontrada na terra, é que faz da água um solvente tão importante.
Neste módulo trataremos de alguns conhecimentos químicos relacionados a uma área de grande
importância para todos nós: a saúde e o desenvolvimento social. Estudaremos como a água é obtida na
natureza e como deve ser tratada adequadamente para que se torne própria para o consumo humano.
Discutiremos também algumas causas da poluição das águas e algumas formas de evitar esse problema
em nossas comunidades.
Ao abordarmos alguns processos envolvidos na obtenção da água potável, estudaremos alguns tópicos do
conhecimento químico: propriedades físicas dos materiais – densidade e solubilidade, misturas e
processos de separação de misturas, transformações químicas e soluções.
Outros tópicos que se relacionam com a utilização da água como solvente – presente em produtos de
limpeza e outras soluções – também serão explorados para que possamos fazer um estudo mais
abrangente das soluções aquosas, observando os aspectos quantitativos relativos às suas concentrações.

ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS


ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química
Propriedades dos materiais

Constituição dos materiais Transformações dos materiais

ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino


Propriedades e Usos da Água

Composição das Águas Representação da água como


substância e das soluções aquosas

ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico


Fenomenológico: processos de separação

Teórico: Representacional
(Definições dos tipos de concentrações) (Fórmulas e definições)

Tema 1 – Propriedades dos materiais


TóPICOS DO CBC E HABILIDADES BáSICAS RELACIONADAS
Tópico 2 - Materiais: constituição
2.3. Saber como são constituídas as misturas.
2.3.1.Reconhecer que a maior parte dos materiais é constituída de misturas homogêneas ou heterogêneas
de diferentes substâncias.
2.3.2. Reconhecer que solução é uma mistura homogênea na qual os constituintes são substâncias
diferentes.
2.3.3. Saber que, em uma solução, dá-se o nome de soluto à sustância que se encontra em menor
quantidade e solvente à que a dissolve.
2.3.4. Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o valor da massa do soluto e a massa ou
volume do solvente.
2.3.5. Saber que a concentração da solução pode ser dada como massa(g)/massa(g) ou
massa(g)/volume(L).
2.3.6. Identificar soluções mais e menos concentradas em função das relações entre soluto/solvente.
2.3.7. Fazer cálculos que envolvem proporcionalidade para determinar o valor da concentração de
soluções.
2.3.8. Prever a solubilidade de uma substância por meio de curvas de solubilidade.

1. ÁGUA: UM BEM NATURAL


1.1 O ciclo da água
A água raramente permanece muito tempo no mesmo lugar – exceto quando está na forma de gelo, nas
regiões muito frias da terra, ou em depósitos subterrâneos muito profundos. Estima-se que o tempo médio
de permanência de uma molécula de água na atmosfera seja de apenas 10 dias.
A energia fornecida pelo sol é a causa primeira para os deslocamentos da água na terra. A energia solar
evapora a água dos rios e mares que, juntamente com a água perdida pelas plantas na transpiração e com
a de outras origens, vai formar as nuvens. Condensando-se, a água das nuvens cai como chuva, neve ou
granizo. Parte dessa água infiltra-se no solo e parte escoa diretamente para os rios. Eventualmente, a
maior parte retorna aos mares e o ciclo recomeça. Veja a figura 2.

Ciclo natural da água – Fonte: http://www.infoescola.com


Água absolutamente pura, constituída apenas de moléculas H2O e sem nenhuma substância dissolvida,
não existe e é impossível obtê-la. A água que cai na forma de chuva dissolve certa quantidade dos gases
constituintes do ar e arrasta partículas em suspensão na atmosfera. Quando ela flui sobre a terra, em sua
jornada até os oceanos, arrasta uma série de substâncias dissolvidas ou não. Usada pelo homem, ela
recebe uma carga adicional de materiais, podendo atingir diferentes graus de poluição.
A água necessária para o abastecimento das cidades é obtida de rios, lagos ou de depósitos
subterrâneos. Parte dessa água, muito provavelmente, já foi utilizada anteriormente pelo homem na
agricultura, na indústria ou em casa.

1.2 Água potável


Potável significa “o que se pode beber”. Assim, a água potável é aquela que pode ser consumida sem
risco para a saúde. Para ser considerada potável, a água deve obedecer a determinados requisitos de
natureza física, química e biológica.

Requisitos físicos
• Ser incolor (não ter cor).
• Ser inodora (não ter cheiro).
• Ter sabor indefinível, mas que permite distingui-la de qualquer outro líquido.
• Dar sensação de frio ao tato, quando em temperatura ambiente e inferior a do corpo.
Com relação aos aspectos físicos considerados, são chamadas de poluição todas as alterações que
podem ser percebidas em sua cor, cheiro, sabor e também em sua temperatura.
Essas alterações podem ter diversas causas. Quando a água apresenta alguma alteração em sua limpeza,
dizemos que apresenta turvação ou turbidez. A turbidez da água pode ser causada pela presença de
argila, algas ou matéria orgânica.
As alterações de cheiro, cor e até na temperatura podem ser causadas pela decomposição de matéria
orgânica. Entretanto, quando a água se apresenta muito escura ou leitosa, pode conter restos industriais.

Requisitos químicos
• Deve conter sais dissolvidos com pequena quantidade de cálcio e magnésio.
• Não deve conter nenhum sal tóxico.
• Deve conter oxigênio dissolvido em quantidade adequada.
As alterações químicas são mais difíceis de serem percebidas, pois podem não alterar os aspectos físicos
característicos da água potável.
O excesso ou a ausência de sais minerais que, normalmente a água potável deve conter, prejudica a
qualidade da água. Assim como a presença de elementos estranhos e tóxicos como, por exemplo, o
arsênio, o chumbo e o mercúrio.

Requisitos biológicos
Para que a água seja considerada potável, não pode conter organismos patogênicos, ou seja, causadores
de doenças.

2. A ÁGUA POTáVEL
2.1 Sistema urbano de abastecimento de água
Para se construir um sistema de abastecimento de água em uma cidade é necessário que se conheça as
necessidades da população que será abastecida e também a taxa de crescimento populacional e industrial
dessa cidade. A partir dessas informações é possível projetar um sistema de abastecimento de água
tratada, que poderá servir àquela comunidade específica durante muitos anos.
Um sistema convencional de abastecimento de água é constituído das seguintes unidades: captação,
adução, estação de tratamento, reservação, redes de distribuição e ligações domiciliares. (Ver figura –
sistema convencional de tratamento de água)
Fig. 3 – Processo convencional de tratamento de água – Cartilha da COPASA – MG - 2000
SANEAMENTO – SAÚDE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

2.2 Tratamento da água de captação superficial


O processo de tratamento da água leva em conta os requisitos físicos, químicos e biológicos e é feito em 8
etapas: coagulação, floculação, decantação, filtração, aeração, desinfecção, fluoretação e correção do pH.

1. Coagulação
Ao chegar à estação de tratamento, a água bruta recebe duas substâncias: cal e sulfato de alumínio. Em
lugar de sulfato de alumínio pode-se também usar o cloreto férrico. Com a adição de CaO (cal), a água
torna-se ligeiramente alcalina ou básica. Isto porque o óxido de cálcio ou CaO reage com a água
produzindo o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), que dissolvido produz íons hidroxila (OH-). Em seguida, com a
adição do sulfato de alumínio, forma-se o hidróxido de alumínio (Al(OH)3), que é insolúvel e tem um
aspecto gelatinoso, formando uma espécie de coágulos na água.
CaO (s) + H2O (l) → Ca++ (aq) + 2OH- (aq)
Al2(SO4)3 + H2O → 2Al+++ (aq) + 3SO4- 2(aq)
Al+++ (aq) + 3OH- (aq) → Al(OH)3 (precipitado gelatinoso)

2. Floculação
A floculação é o que acontece depois da coagulação. Após a adição de cal e sulfato de alumínio, a água é
misturada, permitindo que os coágulos de hidróxido de alumínio se espalhem e, assim, ao precipitar,
carregue as partículas de sujeira em suspensão na água para o fundo do tanque de concreto.

3. Decantação
Os flocos formados pelo hidróxido de alumínio e as partículas de sujeira depositam-se no fundo por ação
da gravidade. Assim, a água livre dos resíduos que fica por cima pode ser separada mecanicamente.

4. Filtração
O processo de filtração serve para separar resíduos sólidos de um líquido. Nesse caso a água decantada
passa por filtros formados por diversas camadas de areia e cascalho de diversos tamanhos. As impurezas
que não foram sedimentadas durante os processos anteriores ficam retidas no filtro.

5. Aeração
Um dos requisitos para a potabilidade da água é que ela tenha certa quantidade de oxigênio dissolvido.
Com objetivo de aerá-la, a água é aspergida*[1] no ar. A aeração, além de conferir à água seu sabor
característico, auxilia no processo de oxidação de substâncias orgânicas eventualmente presentes.

6. Desinfecção
Quando a água chega a esta etapa, ela já se encontra limpa. Do ponto de vista físico todos os requisitos já
foram observados, mas a água poderá ainda conter microorganismos nocivos à saúde, por essa razão é
feita a adição de hipoclorito de sódio (NaClO), e é isto que garante a qualidade da água nas redes de
distribuição e nos reservatórios.

7. Fluoretação
Em algumas cidades brasileiras, além do tratamento de limpeza e desinfeção da água, ela é também
fluoretada. A fluoretação consiste na aplicação de dosagens adequadas de iodeto de sódio ou potássio
nas águas a serem distribuídas. A fluoretação previne e reduz a incidência de cárie dentária,
especialmente no período de formação de dentes, que vai da gestação até a faixa de 14 anos de idade.
Durante um período de 10 anos a aplicação do flúor provoca redução de 60% no índice de cáries
dentárias.

8. Correção do pH
A etapa final envolve novamente a adição de CaO (cal) afim de se obter pH adequado para a proteção das
tubulações da rede de distribuição e das casas dos usuários.

2.3 - Atividade 1
Obtenção de água potável a partir da água salgada
Em regiões desérticas, onde há dificuldade de obtenção de água doce, é comum que as pessoas
improvisem aparelhos para obtenção de água potável a partir da água salobra (água que possui sabor
salgado por causa de uma quantidade considerável de sais dissolvidos).
Material
• Bacia grande de plástico cheia até a metade com água salgada.
• Um copo com pé ou outro recipiente similar para prender no fundo da bacia.
• Plástico transparente (para cobrir a bacia.)
• Fita adesiva para prender o plástico à bacia.
• Uma pedra (para ser colocada sobre o plástico)

Fig. 4 – Aparelho para obtenção de água potável


Montagem
1. Prenda um copo no fundo da bacia.
2. Cubra a bacia com o plástico transparente e prenda com a fita adesiva para ficar bem vedado.
3. Coloque a pedra sobre o plástico para fazer com que fique inclinado para o centro da bacia.

Questões
1) Que processos de transformações ocorrem dentro do aparelho para obtenção de água potável?
2) Esses processos ocorrem com absorção ou liberação de energia? Explique.
3) Discuta outras possibilidades de aproveitamento da água salgada em atividades do cotidiano.

2.4 - Atividade 2 – Sugestão de Projeto Interdisciplinar


Avaliação da qualidade da água de um córrego, ribeirão, rio, lagoa ou qualquer tipo de fonte de água doce
local.
Objetivo
Este trabalho deverá envolver toda a comunidade escolar para que, trabalhando em parceria com os
professores, alunos e outros membros dessa comunidade possam adquirir um conjunto de crenças e
valores que os tornem mais conscientes de suas responsabilidades para com o meio ambiente no qual
habitam e utilizam para suas diversas necessidades.
Os dados obtidos ao final desse trabalho poderão ser úteis para aumentar o conhecimento tanto dos
alunos como dos professores, além de outros membros da comunidade, sobre o assunto.
Os resultados desse trabalho poderão servir ainda, quando for constatada alguma irregularidade, para
denunciar o impacto causado ao ambiente, verificando de quem é a responsabilidade e alertando a
população para os perigos a que está sendo exposta.

1ª. Etapa
Caracterização ambiental – essa parte do trabalho poderá ser coordenada por um professor de
geografia.
Utilizar um mapa, que poderá ser obtido na prefeitura da cidade, para obter todas as informações
possíveis para delimitação da área de estudo. Através de mapas e fotografias pode-se obter uma série de
informações básicas:
1. área de abrangência da bacia hidrográfica.
2. Dimensões e localização do corpo da água.
3. Informações sobre o relevo, vegetação e hidrografia.
4. Ocupação da área (residencial, agricultura, pecuária, avicultura, suinocultura, indústria).
5. Dados climatológicos.
Dados históricos (poderá ser coordenado pelo professor de história)
Os alunos deverão pesquisar sobre a história oficial da unidade hidrográfica. Podem ser obtidos na
prefeitura, fotos antigas ou documentos; os alunos podem ainda colher de habitantes mais antigos, por
meio de entrevistas, informações de como se deu a ocupação da área, como as águas eram utilizadas,
verificar se havia enchentes e em que período ocorria, sua extensão, prejuízos que causavam, bem como
doenças causadas pelas águas.
Escolha dos pontos de coleta de água para análise
O grupo de professores e alunos envolvidos no projeto deverá escolher os pontos de coleta. São
necessários pelo menos três pontos: o primeiro próximo à nascente; o segundo deve ser um local
estratégico, próximo a alguma fonte potencial de poluição; e o terceiro, um ponto após uma estação de
tratamento, caso haja alguma.
O grupo deverá ainda promover visitas aos pontos de coleta escolhidos, antes do dia da coleta, para
saberem o máximo possível sobre esses locais. Deve-se obter informação sobre a situação das vias de
acesso aos locais e avaliar inclusive o tempo necessário para a realização do trabalho de coleta. Um
professor de matemática poderá coordenar esse trabalho.

2ª. Etapa
Levantamento preliminar da área de estudo
Devem ser observadas e relatadas as características ambientais da região. As descrições poderão ser
feitas pelos alunos por meio de redações, poesias, etc. sob a coordenação de um professor de português.
Devem ser considerados os aspectos ambientais e da água propriamente ditos. Deverão participar os
professores das diversas áreas.
1. Aspectos ambientais
• Cobertura vegetal (se é rasteira, arbórea, arbustiva, inexistente).
• Solo (arenoso, argiloso, erosão, margens desbarrancadas).
• Fauna terrestre (presença ou vestígios de animais, fezes e pegadas).
• Uso do solo (agricultura, pecuária, residências, indústrias, etc).
• Resíduos domésticos ou industriais (acúmulo de lixo, tubulação de esgoto).
• Clima (verificar a ocorrência de chuva, observar se houve ocorrência de chuva nas últimas 24 horas
antes da coleta).
2. Aspectos da água
• Turbidez – Colocar a água em um frasco transparente, deixar por alguns minutos e observar se a água
é turva e se deposita resíduo no fundo. Avaliar os motivos da turbidez: chuva, mineração, resíduos
industriais, etc.
• Cor – Se a água apresentar alguma coloração, avaliar os motivos que a levaram a adquirir aquela
coloração.
• Odor – Se a água apresentar algum cheiro, definir e avaliar a causa.
• Fauna e flora aquática – observar a presença de peixes, plantas aquáticas, larvas de inseto, anotando
em todos os casos características como tamanho e abundância.
• Algas – aspecto esverdeado da água.
• Hidrologia – correnteza, profundidade aparente.
• Materiais flutuantes – espuma, folhas e dejetos.

3ª. Etapa
Análise da qualidade da água (Professores de química, física e biologia)
• Oxigênio dissolvido.
• Nitrogênio Amoniacal (amônia).
• PH (usar o processo de determinação do pH do solo descrito no módulo 5: comportamento ácido e
básico das substÂncias).
• Condutividade elétrica.
• Temperatura da água.
• Parâmetros biológicos – bactérias coliformes. (pesquisar sobre os dados obtidos por monitoramento pela
COPASA ou por outras empresas de saneamento e instituições governamentais).

3. A ÁGUA QUE BEBEMOS é UMA MISTURA HOMOGÊNEA


A água é um composto químico de origem mineral, mas que devido a sua propriedade de dissolver outras
substâncias é encontrada apenas como solução. Assim, a água encontrada em lugares diferentes
apresenta diferentes substâncias dissolvidas e em concentrações diferentes.
No rótulo da água mineral de marca Cambuquira está escrito a seguinte observação: água mineral
gasosa natural. Como você interpreta essa observação? Do ponto de vista químico, como deveria ter sido
escrita essa informação? Explique sua resposta.
Outras informações que também constam do rótulo dessa mesma água mineral são relativos à sua
composição e também às suas características físico-químicas.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA PROVáVEL (mg/L)
sulfato de bário: 0,03
sulfato de estrôncio: 0,04
sulfato de cálcio: 0,17
bicarbonato de cálcio: 6,67
bicarbonato de magnésio: 4,69
bicarbonato de potássio: 1,81
bicarbonato de sódio: 3,66
nitrato de sódio: 3,10
cloreto de sódio: 0,67
óxido de alumínio: 0,09
óxido de manganês: 0,02
óxido de silício: 12,19
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS
pH a 25ºC: 3,60
Temperatura da água na fonte: 25ºC
Condutividade elétrica a 25ºC em mhos/cm: 4,17 x 105
Resíduo de evaporação a 180 oC: 21,50 mg/L
Gás Carbônico: 1766,37 mg/L

3.1 – Estudando as concentrações das soluções


Soluções aquosas são misturas homogêneas nas quais a água é o solvente que contém um ou mais
solutos dissolvidos.
Estudar maneiras de medir a concentração dos solutos nas soluções é importante tanto para que
possamos conhecer as soluções encontradas na natureza quanto para prepararmos soluções que são
utilizadas para diversas finalidades. O soro fisiológico, o soro glicosado e também o soro caseiro que todos
nós conhecemos representam algumas dessas soluções. A concentração é uma forma de representar a
relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solução.
Por exemplo:
C = Quantidade de soluto(g)
Quantidade de solução (L)
Tanto para reconhecer as soluções como para prepará-las é necessário conhecermos a sua concentração.
Existem muitas maneiras de medirmos a concentração de uma solução. Nesse módulo vamos estudar três
dessas maneiras, que são: concentração peso por volume (%p/v); concentração gramas por litro (g/L);
concentração mol por litro.

3.3 - Concentração peso por volume (%p/v)


Essa forma de concentração é dada pela quantidade de soluto em gramas presente em 100 mL de
solução aquosa. Para prepararmos uma solução aquosa 10 % p/v, devemos utilizar 10 gramas de um
soluto e acrescentarmos água até completarmos o volume para 100 mL. s
Quantos gramas de soluto você deverá utilizar para preparar um litro desta mesma solução?

3.4 - Concentração gramas por litro (g/L)


Essa forma de concentração é representada pela quantidade do soluto em gramas por cada litro de
solução. Para prepararmos uma solução 10 g/L, devemos utilizar 10 gramas do soluto e completar o
volume para 1L.
Qual é a concentração de 200 mL de solução aquosa de cloreto de sódio que contém 3g do soluto?

3.5 - Concentração mol por litro (mol/L)


Para estudarmos a concentração em mol por litro, antes devemos conhecer o que representa a grandeza
mol. Essa é uma grandeza fundamental na química e pode ser definida como a quantidade de matéria
presente em certo número de partículas químicas.
O conhecimento da grandeza mol nos permite realizar cálculos envolvendo relações entre massa, volume
e quantidade de matéria; além de permitir o cálculo de quantidades de substâncias envolvidas em reações
químicas. Essas relações são usadas também, como veremos em outros fascículos, para a determinação
de fórmulas químicas.
A concentração em mol por litro (mol/L) é representada pela quantidade de soluto em mol presente em 1
litro de solução. Para prepararmos uma solução 1 mol/L de uma substância devemos utilizar 1 mol do
soluto e completarmos o volume para 1 litro.
Qual é a concentração de uma solução aquosa de cloreto de sódio que contém 59g em um litro de
solução?

3.5.1 - Quantidade de matéria - mol


Mol é uma grandeza e ao mesmo tempo expressa uma unidade de medida muito especial para a Química
e os químicos. Poderíamos dizer que o conceito de mol é utilizado pelos químicos de maneira semelhante
como usamos o conceito de dúzia, dezena ou centena em nosso dia a dia, ou seja, como uma unidade de
medida.
Segundo a IUPAC, a quantidade de matéria - mol é definida como sendo a quantidade de substância de
um sistema que contém tantas partículas elementares (átomos, íons, moléculas, etc) quanto são os
átomos existentes em 0,012 kg de carbono 12.
A massa molar (M) corresponde à massa de um mol de substância e para calculá-la basta consultar a
tabela periódica.
Exemplo: ácido sulfúrico – H2SO4
M = (2 x 1) + (1 x 32) + (4 x 16) = 98 g ou seja 98 g/mol
Sacarose – C12H22O11
M = (12 x12) + (22 x 1) + (11 x 16) = 342 g ou 342 g/mol

3.2 - Estudando a composição química da água mineral


1) As substâncias que se encontram dissolvidas na água mineral Cambuquira são compostos inorgânicos
pertencentes às funções sais e óxidos. Represente as dissoluções de cada uma dessas substâncias por
meio de equações químicas.
2) Desenhe um modelo de partículas que represente a constituição da água mineral.
3) Observe e compare alguns rótulos de outras marcas de água mineral. Existe diferença entre eles? Caso
exista, explique porque isso acontece.
4) Represente as concentrações de cada um dos componentes da água mineral Cambuquira em g/L.
5) Por que a unidade escolhida para representar as concentrações das substâncias presentes na água
mineral foi mg/L?
6) Expresse a concentração de todos os componentes dessa água mineral em %p/v.
7) Expresse a concentração de todos os componentes da água mineral em mol por litro.
8) Por que não é conveniente expressar as concentrações dos componentes da água mineral em mol por
litro em seu rótulo?

3.2.1 - Estudando as características físico-químicas da água mineral


1) O que significa dizer que o pH da água é aproximadamente 3,60 em termos de acidez e basicidade?
2) Quais são as substâncias responsáveis pela condutividade elétrica da água? Explique.
3) Explique o que significa resíduo de evaporação a 180 oC: 21,50 mg/L.

3.2.2 - Estudando um pouco sobre soluções iônicas


Soluções iônicas ou eletrolíticas são aquelas nas quais há presença de íons. Nas soluções cujos solutos
são substâncias iônicas ocorre dissociação, e nas soluções cujos solutos são ácidos ocorre ionização, ou
seja, os íons do soluto são liberados para a solução.
Como exemplo, tomemos o cloreto de sódio, uma substância iônica que ao ser dissolvido na água se
dissocia em íons cloreto e sódio.
NaCl + H2O → Na + (aq) + Cl- (aq)
Um outro exemplo é o ácido clorídrico, que em solução aquosa, libera íons H+ para a solução produzindo o
íon H3O+.
HCl + H2O → H + (aq) + Cl- (aq)
H + (aq) + H2O → H3O+ (aq)
Uma solução eletrolítica apresenta condutividade elétrica devido ao movimento dos íons que são
carregados eletricamente na solução. Na prática, podemos identificar se uma solução é eletrolítica
medindo a passagem de corrente elétrica por ela.

3.2.3 - Estudando um pouco sobre ácidos, bases e pH.


Existe mais de uma maneira de se identificar as substâncias que têm caráter ácido ou básico. Uma dessas
maneiras foi definida pelo químico Arrhenius, que diz que os ácidos são substâncias que em solução
aquosa ionizam liberando íons H+. E as bases ou hidróxidos são substâncias iônicas, que em solução
aquosa, dissociam liberando íons OH -.
Estudando as soluções eletrolíticas vimos o exemplo do ácido clorídrico. A mesma coisa acontece com os
outros ácidos. Vejamos o caso do ácido nítrico.
HNO3 + H2O → H + (aq) + NO3- (aq)
H + (aq) + H2O → H3O+ (aq)
As bases são substâncias formadas, em geral, por um metal ligado ao íon hidroxila (OH-). Ao serem
dissolvidas em água dissociam seus íons. Um exemplo de uma base, conhecida comercialmente como
soda cáustica, é o hidróxido de sódio.
NaOH+ H2O → Na + (aq) + OH- (aq)
Para identificar os ácidos e as bases, os químicos utilizam algumas substâncias que mudam de cor em
presença de um ou de outro. Essas substâncias são denominadas indicadores. Algumas dessas
substâncias são: a fenolftaleina, que adquire uma cor avermelhada em presença de base e fica incolor em
presença de ácido; e o tornassol, que se torna azul em presença de uma base e vermelho em presença de
um ácido.
Algumas plantas, tais como as flores, também possuem substâncias que têm essa propriedade de mudar
de cor em presença de ácidos e de bases. Uma dessas plantas é o repolho roxo. Extraindo o suco do
repolho roxo e colocando esse suco em contato com ácidos e bases, observamos que o suco se torna
verde ou azul em presença da base e avermelhado em presença do ácido. A intensidade da cor adquirida
vai depender da maior ou menor concentração de ácido ou de base.
Para distinguir diferentes concentrações dos íons H + e OH- em solução, os químicos utilizam uma escala
de pH. A medida de pH baseia-se na condutibilidade elétrica das soluções. Existem aparelhos eletrônicos
medidores de pH capazes de fazer leituras precisas de seus valores. Quanto maior a quantidade de íons
em solução, maior a condutibilidade elétrica.
Estabeleceu-se uma escala de pH que varia de 0 a 14. À temperatura de 25º C, as soluções ácidas
apresentam pH inferior a 7, e as soluções básicas ou alcalinas apresentam pH superior a 7. Já as
soluções neutras apresentam pH igual a 7. As soluções são neutras quando apresentam o mesmo
número de íons H + que OH-. As soluções que apresentam concentração maior de íons H+ são ácidas e
apresentam pH inferiores a 7. Aquelas que apresentam concentração maior em íons OH- são alcalinas e
portanto apresentam pH superiores a 7.
Para fazermos medidas menos precisas de pH, podemos utilizar os indicadores, pois já existem escalas
que são indicadas por diferentes tonalidades de cores em diferentes concentrações de ácidos ou bases.
Um exemplo disso é o papel tornassol, que apresenta escala de 1 a 14, com o qual podemos determinar
valores aproximados de pH.
O conhecimento do valor do pH de determinado meio é muito importante, pois alterações de pH no
ambiente podem causar a impossibilidade de vida. Nos rios, por exemplo, peixes e outros animais, bem
como plantas, não têm condição de sobrevivência em pH baixo ou alto. Isso acontece também no solo,
que pode se tornar impróprio para o plantio quando apresenta o seu pH alterado. Há casos que é
necessário fazer correção do pH do solo para torná-lo apropriado.

3.2.4 - Estudando as características da água de coco


A água de coco da marca Kero-coco traz em sua embalagem de 200 mL uma tabela contendo as
seguintes informações:
Informações Nutricionais por 100mL
Energia 22 cal Cálcio 5 mg
Colesterol Zero Potássio 160 mg
Proteína 0,1g Sódio 25 mg
Carboidratos 5,5g Fósforo 0,4 mg
Lipídios 0,05g Magnésio 0,45 mg
Água de coco é uma bebida isotônica natural com alto poder hidratante
Dados obtidos na embalagem do produto

Algumas questões
1) Em qual forma os elementos citados na tabela nutricional se encontram na água de coco?
2) Represente as concentrações presentes na tabela nutricional em % p/v.
3) Represente as concentrações presentes na tabela nutricional em g/L
4) Represente as concentrações de sódio e potássio presentes na tabela nutricional em mol/L.
5) Você observou que na tabela foi utilizado mg em 100 mL. Você acha que essa é uma forma adequada
de apresentar a concentração para o consumidor?
6) A água de coco apresenta condutividade elétrica? Por quê?

3.2.5 - Estudando as características de uma solução isotônica


Um produto muito conhecido no mercado, denominado Gatorade, é uma bebida considerada como uma
solução isotônica e assim pode ser utilizada como repositor de líquido no organismo. Esse produto traz
uma tabela em seu rótulo com as seguintes informações:
Tabela Nutricional
Cada 100 mL contém:
Calorias 22,8 cal
Carboidratos 6,0g
Proteínas 0,0g
Lipídios 0,0g
Sódio 45,0 mg
Potássio 10,0 mg
Algumas questões
1) Em qual forma os elementos sódio e potássio se encontram no Gatorade?
2) Represente as concentrações de sódio e potássio presentes no Gatorade em % p/v.
3) Represente as concentrações de sódio e potássio presentes no Gatorade em g/L.
4) Represente as concentrações de sódio e potássio presentes no Gatorade em mol/L.
5) A solução isotônica Gatorade apresenta condutividade elétrica? Por quê?
6) Considerando que a necessidade média diária de íons potássio (K+) para repor as perdas em nosso
sangue é de 1,0g e as informações contidas na tabela nutricional do Gatorade, responda que volume
dessa bebida seria necessário consumir diariamente para que fosse reposta a quantidade necessária de
potássio. Imagine que o Gatorede seja a única fonte de potássio.
7) Comparando as informações dos rótulos de Gatorade e de água de coco, qual seria mais eficiente
como repositor de potássio?

Água dura
Entre os diversos fatores que são levados em consideração para a obtenção da água potável está
a dureza da água. A dureza da água é definida em termos de concentração dos cátions cálcio e magnésio,
normalmente acompanhados pelos ânions carbonato, bicarbonato, cloreto e sulfato. Dependendo da
concentração desses cátions, as águas são classificadas como dura, mole ou moderada. A água é
considerada dura quando os teores de cátions encontram-se acima de 150 mg/L. Abaixo desse valor até
75 mg/L a água é considerada moderada, e abaixo deste valor é chamada de mole.
A dureza da água ocorre, geralmente, em razão da dissolução de rochas calcárias. A água proveniente de
algumas regiões brasileiras é rica em cálcio e tem propriedades terapêuticas.
Para a indústria, o controle da dureza da água é muito importante, pois deste vai depender o destino do
seu uso. A água dura, por exemplo, quando utilizada em caldeiras pode acumular sais no interior das
tubulações, provocando obstruções e causando prejuízos.
Podemos observar que o sabão que utilizamos para limpeza dos utensílios ou para nosso banho diário,
não produz espuma quando dissolvido em água dura ou em água que está muito concentrada em íons
cálcio e magnésio. Por que isto acontece?
Antes de respondermos a essa questão vamos verificar experimentalmente o que acontece.

Atividade Experimental 3
Preparando água dura [2]
Material
• 3 frascos de refrigerante de 2L.
• 3 tubos de ensaio.
• 1 copo.
• 1 colher de café.
• 1 conta gotas.
• 1 pedaço de sabão.
Reagentes
• 2 L de água destilada.
• 4 L de água de torneira.
• Cal virgem.
Como fazer
• Colocar em um dos frascos de refrigerante 1g de cal virgem (1 colher de café) e completar o volume até
dois litros com água de torneira ou com água destilada, caso tenha. Escrever no rótulo: água dura.
• Encher o segundo frasco com água destilada e rotular.
• Encher o terceiro frasco com água de torneira e rotular.

Dissolução do sabão em água dura

• Ensaboe bem as mãos e remova o sabão pouco a pouco com a água dos três frascos separadamente.
Faça isso com a menor quantidade de água que conseguir. Recolha a água utilizada em um recipiente.

• Após cada operação, meça, em um béquer ou em uma proveta, a quantidade de água gasta.
Questões para discussão
1) Com qual das águas você observou a formação de menor quantidade de espuma (água da torneira,
água destilada ou a água dura)?
2) Qual foi a água que você gastou em maior quantidade?
3) Como você classificaria a água que retirou da torneira?

Para saber mais


1. BARROS, H. A água potável que bebemos. Artigo publicado na Revista Presença Pedagógica. jan./fev.
1996 v.2 n.7.
Este artigo poderá servir de apoio ao professor durante o estudo do tratamento de água para o consumo
humano. O texto pode ser discutido por estudantes do ensino médio com a ajuda do professor. Ele trata da
distribuição de água na terra, do ciclo da água, do conceito de água potável e de como a água é tratada
para se tornar potável.
2. BRANCO, S. M. Água: origem, uso e preservação. 7ª Edição. São Paulo: Moderna, 1996.
Este livro apresenta linguagem acessível para o estudante do ensino médio. Ele trata de diversos
aspectos relativos à água na natureza e sobre a sua exploração enquanto um produto de consumo. Trata
dos diversos ambientes aquáticos existentes, da qualidade da água, de sua poluição e contaminação,
assim como da reconstituição e preservação da qualidade da água.
3. BRANCO, S. M. Poluição: a morte de nossos rios. Cetesb, 1983.
Este livro apresenta linguagem acessível para o estudante do ensino médio. Trata do problema de
degradação da água dos rios e de sua preservação.
4. HARA, Massao. A água e os seres vivos. Coleção: O Universo da Ciência. São Paulo: Scipione, 1990.
Este livro apresenta linguagem acessível para estudantes do ensino médio. Ele trata da importância da
água para a vida no planeta abordando diversos aspectos relativos à participação da água no metabolismo
das plantas e animais.
5. MORTIMER, E. F. Água = H2O. Artigo publicado na Revista Presença Pedagógica. No. Páginas
maio/junho de 1995
Este artigo poderá servir de apoio ao professor durante o estudo das ligações químicas e propriedades
das substâncias. O texto pode ser discutido por estudantes do ensino médio com a ajuda do professor. Ele
trata da discussão sobre a água enquanto parte da natureza e enquanto objeto de estudo da química.
Aborda diversos aspectos relativos às características da água e de suas propriedades. Discute também
aspectos históricos envolvidos no desenvolvimento da teoria de ligações químicas e apresenta diversas
considerações sobre a estrutura molecular da água.
Módulo nº11
ELEMENTOS QUÍMICOS E TABELA PERIÓDICA
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva

A descoberta do fósforo em 1669 pelo alquimista Henning Brand foi a primeira


descoberta científica de um elemento químico. Depois dessa descoberta dois séculos
se passaram até que um grande volume de conhecimento relativo às propriedades
dos elementos e seus compostos fossem adquiridos pelos químicos. Com o aumento
do número de elementos químicos descobertos, os cientistas iniciaram a
investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas
de classificação desses elementos. Em 1863, A. E. Béguyer de Chancourtois dispôs
os elementos numa espiral traçada nas paredes de um cilindro, em ordem crescente
de massa atômica. Esta classificação recebeu o nome de parafuso telúrico.

http://www.colegioconcordia.com.br
Tópicos do cbc e habilidades relacionadas
Eixo I: Materiais
Tema 1 - Propriedades dos materiais

Tópico 2: Materiais: constituição


2.1. Saber como são constituídas as substâncias.
2.1.1. Admitir que os materiais são constituídos por partículas e espaços vazios – modelo cinético
molecular.
2.1.2. Reconhecer a relação entre as partículas que constituem os materiais e a diversidade de tipos de
átomos (elementos químicos).
2.1.3. Entender que a combinação de átomos do mesmo tipo ou de átomos diferentes dá origem às
substâncias simples ou compostas.
2.1.4. Reconhecer os principais ácidos, bases sais e óxidos.
2.1.5. Identificar as principais diferenças entre materiais de natureza orgânica e inorgânica.
2.2. Saber o conceito de elemento químico.
2.2.1. Identificar os símbolos dos elementos químicos mais comuns.
2.2.2. Localizar elementos químicos mais comuns na Tabela Periódica.
2.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
2.2.4. Reconhecer que as substâncias podem ser representadas por fórmulas e reconhecer fórmulas de
substâncias mais comuns.
Tópico 6. Representações para átomos
6.1. Representar um elemento químico qualquer a partir de seu símbolo e número atômico.
6.1.1. Identificar o símbolo dos principais elementos químicos na Tabela Periódica; relacionar suas
propriedades com a sua posição na Tabela.
6.1.2. Identificar a massa atômica de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.1.3. Identificar o número atômico de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.2. Representar as partículas do átomo: prótons, elétrons e nêutrons
6.2.1. Entender que o conceito de elemento químico está associado ao de número atômico.
6.2.2. Entender a carga elétrica das espécies químicas elementares e os íons que podem formar.
6.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
6.3. Representar isótopos.
6.3.1. Saber que um mesmo elemento químico pode existir tendo diferentes números de nêutrons.
6.4. Usar a Tabela Periódica para reconhecer os elementos, seus símbolos e as características de
substâncias elementares.
6.4.1. Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados aos elementos
químicos.
6.4.2. Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados ao grupo em que se
encontram os elementos químicos.
6.4.3. Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados ao período em que se
encontram os elementos químicos.
6.4.4. Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados a algumas
propriedades físicas das substâncias elementares que elas formam e às fórmulas dessas substâncias.

Introdução
Como foi criada a tabela periódica
No tempo de Aristóteles, o termo elemento se referia ao fogo, ao ar, à água e à terra como constituintes da
matéria. Atualmente,elemento químico refere-se a um conjunto de átomos do mesmo tipo. A primeira
descoberta científica de um elemento químico ocorreu em 1669, quando o alquimista* Henning Brand
descobriu o fósforo, um elemento que brilha no escuro. Depois dessa descoberta, muitas outras foram
feitas e, à medida que o número de elementos químicos descobertos aumentava, tornou-se necessário
organizá-los de acordo com as suas características ou propriedades.
Para classificar os elementos, os cientistas criaram modelos para reconhecer as suas propriedades e das
substâncias por eles formadas, a fim de desenvolver esquemas de classificação.
A primeira classificação foi a divisão dos elementos em metais e não metais. Isso possibilitou a previsão
das propriedades de alguns elementos que ainda não eram conhecidos, determinando se seriam ou não
metálicos.
Alguns elementos, tais como ouro (Au), prata (Ag), estanho (Sn), cobre (Cu), chumbo (Pb) e mercúrio (Hg)
eram conhecidos desde a antiguidade, mas as suas descobertas não foram registradas como fatos
científicos naquela época.
Dizer que os elementos eram conhecidos, mas que ainda não tinham sido descobertos cientificamente é,
no mínimo, curioso. Entretanto, uma descoberta científica é o resultado de ações previamente planejadas,
com propósitos definidos. Assim, embora os metais fossem usados pelas pessoas que viveram na
antiguidade, não foram registrados estudos sobre eles.
A organização dos elementos, segundo as suas propriedades, levou os cientistas a construírem muitas
formas de organização até conseguirem construir a tabela periódica que usamos atualmente.

*Glossário: alquimista = estudioso da química na Idade Média. Os alquimistas eram considerados como
magos ou bruxos naquela época. Atualmente eles são considerados também como cientistas.

Os elementos químicos e a Tabela periódica


Questões Preliminares
1 - Pesquise sobre os diversos significados do termo elemento. Qual dos significados encontrados se
aplica ao estudo da Química?
2 - Você já ouviu falar de algum elemento químico? Em caso afirmativo, cite os elementos que você já
ouviu falar e informe o que sabe a respeito dele.
3 - Observe uma tabela periódica, localize os símbolos dos elementos que você conhece.

Agrupando os materiais por suas características


Provavelmente você conhece algum tipo de farinha: há a de mandioca, a de milho, a de trigo, a de rosca,
etc. Existem também muitos tipos de feijão: o preto, o branco, o carioquinha, o roxinho, etc. Além de
existirem diferentes tipos de feijão, eles ainda recebem classificações diferentes conforme a qualidade dos
grãos e também de acordo com as marcas de indústrias diferentes.
Quando as pessoas vão ao supermercado, elas procuram a farinha e o feijão que desejam nas prateleiras
e os encontram organizados conforme as suas classificações. Você consegue imaginar o que aconteceria
se os produtos não tivessem essa organização no supermercado?
O objetivo de classificar as coisas em função das suas propriedades é facilitar a obtenção de informações
sobre elas. Quaisquer que sejam os objetos classificados, os principais objetivos da classificação são:
reunir os que se assemelham ou separar os que se diferenciam. Assim, quando precisamos de algum
objeto, sabemos onde encontrá-lo e para que finalidade nós podemos usá-lo.
O mesmo ocorre com os elementos químicos. Classificá-los conforme as suas propriedades nos permite
conhecê-los, assim como às substâncias das quais eles fazem parte.

Classificação dos elementos químicos


Uma tentativa de classificar os elementos químicos foi a de um cientista chamado Newlands, que também
era músico. Ao organizar os elementos na ordem crescente de suas massas, fez uma curiosa
comparação. Como existem sete notas musicais, a oitava nota é sempre uma repetição da nota de onde
se partiu. Para ele, com os elementos aconteceria o mesmo, porque o oitavo elemento teria as mesmas
propriedades que o primeiro. Apesar das limitações, essa teoria foi a primeira a esboçar a ideia da
periodicidade dos elementos, isto é, a de que as propriedades dos elementos se repetem de período em
período.
Dois cientistas apostaram nessa ideia de periodicidade dos elementos: L. Meyer e D. Mendeleev. Meyer
fez uma tabela tomando como base o volume dos elementos. Mendeleev ordenou os elementos em
colunas, segundo suas massas atômicas crescentes e observou que os elementos quimicamente
semelhantes ficavam coincidentemente em uma mesma horizontal.
Posteriormente, Mendeleev reuniu os elementos químicos de propriedades parecidas em colunas,
denominando-as grupos ou famílias. E assim, ele enunciou a lei periódica que, de modo simplificado, pode
ser interpretada do seguinte forma: quando os elementos químicos são colocados em ordem crescente de
suas massas e agrupados verticalmente por suas características semelhantes, observa-se que a variação
de suas propriedades se repete em cada período.
Ele confiava tanto na validade dessa lei que, quando a ordem dos elementos parecia ser interrompida,
deixava espaços em branco, lacunas que corresponderiam a elementos que deveriam ser descobertos.
Mendeleev chegou a prever as propriedades de elementos ainda não conhecidos, acertando
posteriormente, quase todas.
Em 1872, Mendeleev apresentou uma classificação, que é a base da classificação periódica moderna,
colocando os elementos em ordem crescente de suas massas atômicas, distribuídos em oito colunas
verticais e doze faixas horizontais. A ordenação vertical dos elementos já obedecia à semelhança de
propriedades químicas entre eles.

Mendeleev esperava que os espaços vazios na tabela que propôs seriam ocupados por elementos a
serem descobertos. Ele previu as propriedades físicas e químicas de três elementos, que sucederiam o
boro, o alumínio e o silício. Para designá-los, Mendeleev adotou o prefixo sânscrito eka, que significa
primeiro, chamando-os, respectivamente de eka-boro, eka-alumínio e eka-silício.
Os químicos só se convenceram de que o trabalho de Mendeleev foi brilhante, quando, em 1874, o
químico francês Lecoq de Boisbaudran descobriu um novo elemento, ao qual deu o nome de gálio.
Mendeleev provou então que esse elemento tinha propriedades físicas e químicas semelhantes as que ele
havia descrito para o eka-alumínio.
E, em 1879, o químico sueco Lars Fredrik Nilson descobriu o escândio, que Peter Theodore Cleve,
químico e geólogo sueco, demonstrou ser o eka-boro descrito por Mendeleev. Anos depois, em 1885, o
químico alemão Clemens Alexander Winkler descobriu o germânio, que ele próprio identificou como o eka-
silício.
A partir desses trabalhos, Mendeleev chegou a “Lei da Periodicidade dos elementos químicos” que diz:
“muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente, na sequência de suas
massas atômicas.”

Dmitri Ivanovitch Mendeleev nasceu na Sibéria, em 1834, 17º filho de um


professor. Formou-se em Química na Universidade de São Petersburgo
em 1856. Entre muitos dos seus importantes estudos, destacou-se o
trabalho de classificação periódica dos elementos químicos. Ele morreu,
em São Petersburgo em 1907.

http://cdcc.sc.usp.br
Acesso 05/07/2010
Atividade em grupo
Divididos em grupos, a turma irá pesquisar sobre as diferentes classificações dos elementos químicos.
• Cada grupo deverá consultar diversas fontes: livros didáticos e paradidáticos, enciclopédias, revistas e a
Internet.
• Cada grupo deverá buscar informações sobre como os elementos químicos foram organizados, segundo
um dos cientistas a seguir: Johann W. Döbereiner, Chancourtois, John A. R. Newlands e Mendeleev.
• Ao final, cada grupo deverá fazer um cartaz com o seu modelo de classificação dos elementos e explicar
para a turma.

Organização moderna dos elementos na tabela periódica


A periodicidade ocorre quando um determinado evento se repete regularmente, em função de um certo
parâmetro. No caso da Tabela Periódica de Mendeleev, o arranjo adotado por ele determinava uma
variação repetitiva (periódica) das propriedades físicas e químicas à medida que se sucediam as linhas de
elementos, o mesmo se observando nas colunas.
Com o passar do tempo, a tabela de Mendeleev sofreu algumas modificações para acomodar novos
elementos que foram sendo descobertos, entre eles os gases nobres.
A partir do modelo atômico de Rutherford, os átomos passam a ser definidos como sistemas constituídos
por núcleo e eletrosfera contendo partículas. O núcleo contém partículas positivas e partículas sem carga.
As partículas do núcleo do átomo são responsáveis por praticamente toda a massa do átomo, que é
chamada de massa atômica.
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr, após realizar experimentos sobre as emissões de luz de certas
substâncias, modificou o modelo de Rutherford. O novo modelo atômico apresentado por Bohr pode ser
resumido nos seguintes postulados:
O átomo é constituído de núcleo e da eletrosfera.
No núcleo se encontram os prótons, de cargas positivas, e os nêutrons, que não possuem carga.
As partículas do átomo nos modelos de Rutherford e Bohr
Partícula Carga Representação
Prótons Positiva (+) p1+
Nêutrons Não há (0) n1º
Elétrons Negativa(-) e0-
Observações: o número 1, exibido na representação simbólica dos prótons e nêutrons, significa que cada
uma dessas partículas possui uma unidade de massa do átomo. O zero (0), na representação do elétron,
significa ausência de massa. A massa do átomo ou massa atômica corresponde à soma das massas de
prótons e nêutrons.
Na eletrosfera se distribuem os elétrons, que giram em torno do núcleo em órbitas definidas por
determinada quantidade de energia.
A cada nível de energia corresponde uma camada. As camadas são denominadas K, L, M, N, O, P e Q.
Os níveis de energia aumentam conforme o elétron se afasta do núcleo. O esquema abaixo mostra os
níveis de energia ou camadas representados na tabela e os elementos dispostos de acordo com o
crescimento do seu número atômico.

Tabela - Números atômicos dos elementos químicos atuais.

A organização da tabela periódica passa a levar em conta não apenas as características aparentes do
átomo, mas, também, o número de prótons ou de cargas positivas no núcleo, que é a sua principal
característica.
A partir daí, a organização da tabela periódica passou a apresentar os elementos em ordem crescente de
número de prótons presentes no núcleo dos átomos, também chamado de número atômico.
Nessa época, o físico inglês Henry G. J. Moseley percebeu que as propriedades periódicas eram em
função do número atômico crescente e não da massa atômica, como pensaram os pesquisadores
anteriores. E, a partir daí, a Lei da Periodicidade passa a ser descrita por Moseley da seguinte forma:
"muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na sequência de
seus números atômicos.”

Tabela Periódica dos Elementos


Atualmente, a tabela periódica dos elementos químicos está organizada em 7 períodos, que correspondem
às linhas horizontais, e em 18 colunas, que correspondem às linhas verticais. As colunas são numeradas
com algarismos arábicos, da esquerda para a direita, de 1 a 18, conforme recomenda a União
Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC).
Em cada período, os elementos estão dispostos em ordem crescente de seus números atômicos, ou
número de prótons no núcleo dos átomos. E em cada coluna, os elementos estão agrupados conforme as
semelhanças de suas características e por isto são chamados de grupos ou famílias.

As características dos elementos químicos estão relacionadas com o número de prótons do núcleo de
seus átomos e também com a sua distribuição eletrônica.

Principais famílias de elementos químicos e algumas de suas características


Coluna Nome da família Algumas características químicas dos elementos
Eles recebem esse nome devido ao vocábulo álcali, que significa cinza de
01 Metais alcalinos plantas, onde podem ser encontrados, principalmente, o sódio e o potássio.
São muito reativos; reagem violentamente com a água.
Esse nome é devido à semelhança apresentada com os alcalinos e por
Metais Alcalinos serem encontrados na terra.
02
Terrosos Eles reagem com o oxigênio, formando compostos que em temperatura
ambiente são todos sólidos, brancos e pouco solúveis em água.
Essa palavra vem do grego e significa “formadores de cobre”. Combinados
16 Calcogênios com o oxigênio formam substâncias que são gasosas em temperatura
ambiente.
Essa palavra vem do grego e significa “formadores de sais”. Eles são muito
17 Halogênios
reativos e são encontrados combinados com outros elementos.
Eles não reagem naturalmente com outros elementos e são encontrados na
18 Gases Nobres
forma de moléculas monoatômicas.

A Distribuição Eletrônica e a Tabela Periódica


Os elementos das colunas 1 e 2, e 13 a 17, são chamados de representativos ou típicos. Esses elementos
são chamados assim porque possuem distribuição eletrônica regular e os seus últimos elétrons entram no
subnível s (elementos das colunas 1 e 2) ou no subnível p (elementos das colunas de 13 a 17). Eles ainda
apresentam o último nível incompleto, o que lhes permite ligar-se uns aos outros através de ligações
químicas.
Podemos observar que na Tabela Periódica o número do período corresponde ao último nível de energia
dos elementos e a coluna corresponde ao número de elétrons do último nível. Os elementos da mesma
coluna têm o mesmo número de elétrons no último nível e por isto apresentam propriedades químicas
muito semelhantes. A tabela a seguir mostra a distribuição eletrônica do último nível dos elementos
representativos e dos gases nobres.

Elementos de transição interna - Subníveis f

Podemos observar na tabela acima que os gases nobres apresentam os seus últimos subníveis sempre
completos em elétrons, enquanto os elementos representativos têm os últimos subníveis incompletos.
O hélio – He se encontra no primeiro período da tabela e só possui um nível de energia. O neônio – Ne se
encontra no 2º período e o seu último nível de energia é o 2º, e assim por diante até chegar no Radônio –
Rn, que está no 6º período e seu último nível é o 6º.
Como pode ser verificado no quadro a seguir, a localização dos gases nobres na tabela periódica, bem
como a sua distribuição eletrônica mostram, que o número de elétrons em seus últimos níveis é sempre
maior em cada período. Exceto o hélio, que possui apenas dois elétrons, todos os outros gases nobres
distribuem 8 elétrons em seus últimos níveis.

Distribuição eletrônica Elétrons


Gás nobre Total de elétrons Período
em níveis e subníveis do último nível
He - Hélio 2 1s2 1 2
Ne – Neônio 10 1s2 2s2 2p6 2 8
Ar - Argônio 18 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3 8
Kr - Criptônio 36 1s2 2s2 2p6 3s2 3p64s2 3d104p6 4 8
Veja o que acontece com a distribuição eletrônica dos halogênios, coluna 17.
Total de Distribuição eletrônica em níveis e Elétrons no
Halogênios Período
elétrons subníveis último nível
F- Flúor 9 1s2 2s2 2p5 2 7
Cl – Cloro 17 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 3 7
Br- Bromo 35 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p5 4 7
Cada átomo dos halogênios possui 7 elétrons em seu último nível, portanto, falta um elétron para que ele
tenha a distribuição igual à do gás nobre vizinho. Ter os últimos subníveis completos faz com que os
gases nobres sejam mais estáveis do que os outros elementos e por isto eles são encontrados na forma
de moléculas monoatômicas. Os halogênios por sua vez, que são menos estáveis, são encontrados no
ambiente combinados com outros elementos.

Elementos de Transição
Os elementos que ocupam as colunas de 3 a 12 da tabela são chamados de metais de transição externa.
Na coluna 3, no 6º e 7º período, encontram-se os elementos de transição externa, mostrados em duas
linhas abaixo da tabela e constituem as séries doslantanídeos e dos actinídeos.
Os metais de transição externa têm os seus últimos elétrons distribuídos no subnível “d” e os metais de
transição interna têm os seus últimos elétrons no subnível “f”. A distribuição eletrônica desses elementos
não é regular como a dos elementos representativos.

Metais e Ametais
Inicialmente, os elementos químicos foram divididos em dois grandes grupos: os metais e os não-metais.
A descoberta dos gases nobres e de outros elementos com novas propriedades fez surgir o grupo dos
gases nobres e o grupo dos semimetais, respectivamente. Atualmente, os elementos químicos são
distribuídos entre metais, ametais ou não metais, e gases nobres; há também os semimetais, que têm
algumas características de metais e outras de não metais.
Os metais em geral são sólidos em temperatura normal, exceto o mercúrio que é líquido; geralmente são
duros; têm a propriedade de refletir a luz, o que lhes dá um brilho característico, ou seja, um “brilho
metálico”; eles são densos; apresentam altas temperaturas de fusão e de ebulição e também altas
condutividades elétrica e térmica; são dúcteis, ou seja, podem ser facilmente transformados em fios;
maleáveis, são facilmente transformados em lâminas; na formação de uma ligação química perdem
facilmente elétrons dando origem a íons positivos ou cátions.
Os não-metais ou ametais apresentam propriedades opostas às dos metais, ou seja: são maus condutores
de calor e eletricidade; em geral são opacos e não apresentam brilho, não são dúcteis e nem maleáveis e
numa ligação química ganham elétrons, transformando-se em íons negativos ou ânions.
Os gases nobres são encontrados isoladamente na natureza na forma de moléculas monoatômicas ou
substâncias simples; têm comportamento químico específico e receberam esse nome porque, inicialmente,
foram considerados inertes, ou seja, acreditava-se que esses elementos não reagiam com outros. Hoje já
foram sintetizados alguns compostos de gases nobres.
O hidrogênio não se encaixa na classificação de metais, não metais e gases nobres, pois ele tem
características distintas de todos os demais elementos. Em algumas tabelas ele é representado à parte,
ou acima da família dos metais alcalinos. O hidrogênio apresenta características únicas e por isto não faz
parte de nenhum grupo ou família.
Há alguns elementos que são artificiais, ou seja, que foram sintetizados pelo homem; alguns desses
elementos, que têm número atômico menor do que 92 (Urânio) são chamados cisurânicos. Os elementos
artificiais de número atômico maior do que 92 são chamados transurânicos.

Formação de Íons
Íons são formados quando um átomo perde ou ganha elétron. Quando o átomo perde elétron, ele forma
íon de carga positiva denominado cátion. Quando o átomo ganha elétron, ele forma íon de carga negativa
denominado ânion. Numa ligação química, os metais sempre formam cátions, pois perdem elétrons com
facilidade e os ametais geralmente formam ânions, pois recebem elétrons com facilidade.
Quando os elementos representativos perdem ou ganham elétrons, atingem a configuração eletrônica do
gás nobre imediatamente anterior ou posterior a ele na tabela periódica.

Exemplos:
Na (Z=11) 1s22s22p63s1 menos 1e- → Na+ 1s2 2s2 2p6 3s0
F (Z=9) 1s22s22p5 mais 1e- → F- 1s2 2s2 2p6
Ambos os íons são semelhantes ao gás nobre neônio: Ne (Z=10) - 1s2 2s2 2p6
Neste exemplo, Na+ e F- possuem o mesmo número de elétrons e por isso são chamados de
isoeletrônicos.

Atividade em grupo
Consulte a tabela periódica e responda:
1. Quais são os nomes e os símbolos dos elementos das famílias citadas no quadro anterior?
2. Dê exemplos de 10 metais e de 10 ametais.
3. Observe na tabela periódica os valores de massa atômica dos elementos. As massas atômicas são os
valores médios das massas dos isótopos dos elementos. O que são isótopos e como as massas atômicas
são encontradas?

Para Pesquisar
Divididos em grupos, a turma irá pesquisar sobre os elementos químicos pertencentes às principais
famílias químicas. Cada grupo deverá pesquisar sobre uma família química consultando diversas fontes:
livros didáticos e paradidáticos, enciclopédias, revistas e a Internet.
Procurem as seguintes informações: Qual é a origem do nome e do símbolo do elemento? O elemento é
encontrado puro ou combinado com outros elementos? No caso de ser encontrado combinado, quais são
os compostos onde é encontrado? E qual é o uso específico desse elemento puro ou combinado na forma
de composto? Os elementos da família pesquisada são metais ou ametais? Caso sejam metais, quais são
as características dos metais? Caso sejam ametais, quais são as características dos ametais?
Ao final, cada grupo deverá apresentar para a turma o resultado de sua pesquisa.

QUESTÕES PARA REVISÃO


I - Para responder as questões de 1 a 4, você deverá ler o texto deste capítulo e consultar a tabela
periódica.
Desenhe uma tabela e indique a localização dos metais e dos ametais colorindo cada parte de uma cor.
Indique também a célula onde se localiza o hidrogênio, pois ele não é um metal, embora esteja na coluna
1. Coloque acima de cada coluna o número correspondente e escreva os nomes das principais colunas na
vertical.
Consultando a tabela periódica, preencha a tabela a seguir.
Dados sobre os elementos químicos
Símbolo Nome Número Atômico Número de massa Número de Nêutrons
Cloro
18
12
I
Por que é importante a classificação periódica dos elementos químicos? E para que serve a tabela
periódica?

Atividade em grupo
II - Divididos em grupos, a turma irá pesquisar sobre os metais consultando diversas fontes: livros
didáticos e paradidáticos, enciclopédias, revistas e a Internet.
Cada grupo deverá buscar informações sobre um metal de sua escolha e responder às seguintes
questões: Onde e como é encontrado? Como é obtido? Para que é utilizado na forma metálica? Ele faz
parte da composição de algum material que você conhece? Qual?
Ao final, cada grupo deverá apresentar as informações que encontrou para a turma.

Atividade em grupo – Organizando uma tabela periódica com amostras


Os elementos devem ser sorteados entre os alunos de acordo com o seu número atômico.
Cada aluno deverá levar para a sala pequenos objetos que contenham determinado tipo de elemento
químico.
Cada grupo deverá desenhar uma tabela periódica em uma folha grande de papel craft e prender
saquinhos de plástico identificados com os símbolos de cada elemento e também com o seu número
atômico e de massa.

Algumas sugestões de objetos que contêm determinados elementos:


Um pedaço de carvão ou de grafite contém carbono.
Um pedaço de osso, um dente, ou casca de ovos contém cálcio.
Um brinquinho antigo de alguém que perdeu o par contém ouro.
Um anel de alguém que perdeu a pedra contém prata.
O filamento de uma lâmpada incandescente é de tungstênio (a pontinha da caneta esferográfica também).
Areia contém silício.
Propriedades Aperiódicas e Periódicas

Propriedades aperiódicas são aquelas cujos valores aumentam ou diminuem na medida em que o número
atômico aumenta. Essas propriedades não se repetem em cada período. Um exemplo é a massa atômica,
cujo valor sempre aumenta de acordo com o número atômico desse elemento.
As propriedades periódicas são aquelas que, à medida em que o número atômico aumenta, assumem
valores semelhantes para intervalos regulares, isto é, repetem-se periodicamente. Um exemplo é o
número de elétrons na camada de mais externa.
Algumas das propriedades periódicas são: raio atômico, energia de ionização, afinidade eletrônica ou
eletroafinidade, eletronegatividade, eletropositividade ou caráter metálico.

Raio Atômico
Essa propriedade refere-se à distância média entre dois átomos ligados entre si. O raio atômico também
está relacionado com o tamanho do átomo. Há pelo menos dois fatores que influenciam o tamanho do raio
atômico: o número de níveis de energia e a quantidade de prótons do núcleo.
Quanto maior o número de níveis, maior será o tamanho do átomo. E quanto maior número de prótons,
maior será a atração exercida pelo núcleo sobre os elétrons, o que ocasiona uma diminuição do seu
tamanho, por causa da atração núcleo-elétron.

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento do raio atômico na tabela periódica.
2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro, indique qual é o elemento que tem o menor raio entre
os elementos da coluna 2. Justifique.

Energia de ionização
É a energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso.
Xº(g) + energia → X+(g) + e-
A remoção do primeiro elétron, que é o mais afastado do núcleo, requer uma quantidade de energia
denominada primeira energia de ionização (1a E.I.) e, assim, sucessivamente. De maneira geral, podemos
relacionar a energia de ionização com o tamanho do átomo, pois quanto maior for o raio atômico, mais
fácil será remover o elétron mais afastado (ou externo), visto que a força de atração núcleo-elétron será
menor.
Generalizando: quanto maior o tamanho do átomo, menor será a primeira energia de ionização, logo, a
1a E.I. na tabela periódica varia de modo inverso ao raio atômico.

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento da energia de ionização na tabela periódica.
Explique.

2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro, indique os elementos que têm, respectivamente, a
menor e a maior energia de ionização na tabela periódica. Justifique.

Afinidade Eletrônica Ou Eletroafinidade


Afinidade eletrônica é a energia liberada quando um átomo isolado, no estado gasoso, "captura" um
elétron.
Xº(g) + e- → X-(g) + energia

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento da afinidade eletrônica na tabela periódica.
Explique.

2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro, indique os elementos que têm, respectivamente, a
menor e a maior afinidade eletrônica na tabela periódica. Justifique.
Podemos dizer que, quanto menor o tamanho do átomo, maior será sua afinidade eletrônica, embora a
medida experimental de afinidade eletrônica seja muito difícil e, por isso, seus valores são conhecidos
apenas para alguns elementos químicos.

Eletronegatividade
A eletronegatividade dos elementos é a força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. Essa
não é uma grandeza absoluta, mas, sim, relativa. Ao estudá-la, na verdade estamos comparando estamos
comparando a força de atração exercida pelos átomos sobre os elétrons de uma ligação. Essa força de
atração tem uma relação com o raio atômico: Quanto menor o tamanho de um átomo, maior será a força
de atração, pois a distância núcleo-elétron da ligação é menor. Essa propriedade, assim como a afinidade
eletrônica, não é definida para os gases nobres.

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento da eletronegatividade na tabela periódica.
Explique.

2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro indique os elementos que têm respectivamente a
menor e a maior eletronegatividade na tabela periódica. Justifique.

Eletropositividade ou Caráter Metálico


Eletropositividade, conforme o nome indica, é uma propriedade contrária à eletronegatividade. É a
tendência que os elementos têm de perder elétrons. Os metais apresentam elevadas eletropositividades,
pois uma de suas características é a grande capacidade de perder elétrons. Entre o tamanho do átomo e
sua eletropositividade, há uma relação genérica, uma vez que quanto maior o tamanho do átomo, menor a
atração núcleo-elétron e, portanto, maior a sua facilidade em perder elétrons. Essa propriedade também
não está definida para os gases nobres.

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento da eletropositividade na tabela periódica.
Explique.

2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro, indique os elementos que têm, respectivamente, a
menor e a maior eletropositividade na tabela periódica. Justifique.

Reatividade
A reatividade de um elemento químico está associada à sua maior ou menor facilidade em ganhar ou
perder elétrons. Assim, os elementos mais reativos serão tantos os metais que perdem elétrons com maior
facilidade, quanto os ametais que ganham elétrons com maior facilidade.

Pense e resolva
1. No quadro abaixo, represente com setas o crescimento da reatividade na tabela periódica. Explique.

2. Seguindo o caminho que você traçou no quadro, indique os elementos mais reativos da tabela
periódica. Justifique.
Exercícios Propostos
Onde está localizado na tabela periódica o elemento de número atômico 31?
a) família do carbono.
b) 3º período.
c) grupo 13.
d) família dos calcogênios.

Um determinado elemento químico está situado no quarto período da tabela periódica e pertence à família
dos calcogênios. Qual o seu número atômico?
a) 16 b) 17 c) 33 d) 34

Um átomo tem A=81, 46 nêutrons, apresenta X elétrons no nível mais externo e está localizado no grupo Y
da tabela periódica. Qual o valor de X e Y, respectivamente?
a) 6 e 16 b) 7 e 17 c) 5 e 15 d) 6 e 17

Com base na análise das afirmativas a seguir, responda a questão:


I- Em um mesmo período, os elementos apresentam o mesmo número de níveis de energia;
II- Os elementos da coluna 2A apresentam, na última camada, a configuração ns2;
III- Quando o subnível mais energético é tipo s ou p, o elemento é de transição;
IV- Em um mesmo grupo, os elementos apresentam o mesmo número de camadas.
Quantas afirmativas estão corretas?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Considere um elemento X, cujo subnível mais energético é o 4p3. Em qual período e coluna da tabela
periódica esse elemento está localizado?
a) 4º período, coluna 3ª.
b) 4º período, coluna 4ª .
c) 4º período, coluna 5ª .
d) 5º período, coluna 6ª .

O átomo do elemento químico X, localizado na família dos calcogênios e no 4º período do sistema


periódico, tem 45 nêutrons. Assinale o número de massa de X?:
a) 34 b) 45 c) 79 d) 80

Considere o elemento 25X. De acordo com a estrutura eletrônica, como ele pode ser classificado?
a) metal alcalino.
b) metal alcalino.
c) metal de transição interna .
d) metal de transição externa.

Um certo átomo X é isóbaro do 20Ca40 e isótono do 19K41. Qual o grupo que esse elemento está na tabela
periódica?
a) 12 b) 14 c) 16 d) 18

Um certo átomo do elemento Y, genérico, apresenta o elétron mais energético no subnível 4p5. Qual o
período e família do sistema periódico a que pertence o elemento Y?
a) 4º período, família dos halogênios.
b) 4º período, família dos metais alcalinos.
c) 5º período, família dos halogênios.
d) 5º período, família dos metais alcalinos.

Um certo átomo do elemento X, genérico, apresenta o elétron mais energético no subnível 4p5. Qual o
número atômico dos elementos que antecedem e sucedem o elemento X na mesma família do sistema
periódico?
a) 16 e 52 b) 34 e 36 c) 17 e 53 d) 15 e 51

Considere os elementos 18A, 15B, 13C, 12D. Qual o elemento que apresenta o maior potencial de ionização?
a) A b) B c) C d) D

Em relação aos átomos dos elementos químicos 11X, 17Y e 18Z, no estado fundamental, são feitas as
seguintes afirmações:
I- Pertencem ao mesmo período da tabela periódica;
II- Pertencem ao mesmo grupo da tabela periódica;
III- X possui mais eletropositividade e raio atômico que Y e Z;
IV- X tem menor potencial de ionização que os demais elementos do período a que pertence;
Quantas as afirmações estão incorretas?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Os elementos 20Ca, 23V, 28Co e 30Zn pertencem ao quarto período da tabela periódica. Dentre eles,
quantos apresentam elétrons desemparelhados em sua configuração eletrônica e podem ser classificados
como transição?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Um elemento que tem raio atômico grande e pequena energia de ionização, provavelmente, é um:
a) metal.
b) ametal.
c) gás nobre.
d) halogênio.

Onde está localizado na tabela periódica o elemento terminado em 3d1?


a) 4º período.
b) coluna 2A.
c) coluna 5B.
d) grupo 4.

Considere os elementos químicos e as configurações eletrônicas de seus dois níveis mais energéticos:
I- 2s2 2p6 3s2 3p5
II- 3s2 3p6 3d5 4s1
III- 3s2 3p6 3d10 4s1
IV- 4s2 4p6 5s2
Quem apresenta número atômico impar?
a) III e IV b) II e III c) I e III d) II e IV

Considere os elementos químicos e as configurações eletrônicas de seus dois níveis mais energéticos:
I- 2s2 2p6 3s2 3p5
II-3s2 3p6 3d5 4s1
III-3s2 3p6 3d10 4s1
IV-4s2 4p6 5s2
Na classificação periódica, quais elementos estão situados no mesmo período?
a) I e II b) II e III c) I e III d) II e IV

Quanto menor o raio de um átomo:


I - Maior sua dificuldade para perder elétrons, isto é, maior sua energia de ionização;
II - Maior sua facilidade para receber elétrons, isto é, maior sua afinidade eletrônica;
III - Maior sua tendência de atrair elétrons, isto é, maior sua eletronegatividade.
Quais as afirmações corretas?
a) I b) II c) III d) I e II e) I e III

Em relação aos átomos dos elementos químicos 20A, 22B, 32C e 58D. no estado fundamental. são feitas as
seguintes afirmações:
I - C e D estão no mesmo período da tabela periódica;
II- A e C pertencem ao mesmo grupo, mas estão em períodos diferentes;
III - A, B, C e D são metais alcalino-terrosos;
IV - B e D são elementos de transição.
Quantas afirmações estão corretas?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Um dos isótopos do elemento químico X, localizado na coluna 2A do 4º período da classificação periódica,


tem igual quantidade de prótons e nêutrons. Qual o seu número de massa?
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50

Entre os átomos dos elementos Kr, Cr, Ca e K, qual deve possuir a menor afinidade eletrônica?
a) K b) Kr c) Cr d) Ca

O íon do átomo de um determinado elemento é bivalente positivo e tem 18 elétrons. A que família e
período da classificação periódica pertence esse elemento?
a) 3º período, gás nobre.
b) 3º período, halogênio.
c) 4º período, metais alcalinos.
d) 4º período, metais alcalino-terrosos.

Qual dos elementos (28Ni, 46Pd, 78Pt e 79Au) apresenta menor volume atômico?
a) Ni b) Pd c) Pt d) Au

Considere as afirmações:
I - Nos metais alcalinos, o raio atômico diminui com o aumento do número atômico;
II - A afinidade eletrônica do 35Br é maior do que o do 56Ba e menor do que o do 9F.
III - Os elementos da coluna 2A possuem menor energia de ionização do que os da
coluna 7A.
Quais afirmações estão corretas?
a) I e II b) II e III c) I e III d) II e III

Sejam dados 5 elementos A, B, C, D de números atômicos consecutivos, localizados em um mesmo


período da tabela periódica. Qual deles apresenta a maior energia de ionização?
a) A b) B c) C d) D

Sejam dados 5 elementos A, B, C, D e E de números atômicos consecutivos, localizados em um mesmo


período da tabela periódica. Qual deles apresenta o maior raio atômico?
a) A b) B c) C d) D

Em relação aos átomos dos elementos químicos 11A, 17B e 19C, no estado fundamental, são feitas as
seguintes afirmações:
I - O elemento B tem maior raio atômico que o elemento A;
II - O elemento A tem maior potencial de ionização que o elemento C;
III - O elemento C tem maior afinidade eletrônica que o elemento B;
IV - Os elementos A e B são metais e o elemento C é ametal;
Quantas afirmações estão corretas?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

Um átomo apresenta normalmente 2 elétrons na primeira camada, 8 elétrons da segunda, 18 elétrons na


terceira camada e 7 na quarta. Qual a família e período em que se encontra esse elemento no sistema
periódico?
a) halogênios, 3º.
b) calcogênios, 3º.
c) halogênios, 4º.
d) calcogênios, 4º.

Questões Propostas
1. Faça a distribuição eletrônica e localize na tabela (família e período) os elementos químicos. Em
seguida, compare os elementos de cada par e registre qual possui átomos de maior tamanho.
a) A (Z=12) e B (Z=13).
b) C (Z=18) e D (Z=19).
c) X (Z=10) e W (Z=18).

2. Analisando os elementos abaixo em sua tabela periódica, responda as perguntas:


Elementos:
Hélio, Carbono, Sódio, Magnésio, Cloro, Potássio, Cobalto, Germânio, Bromo, Frâncio.
a) Qual é o símbolo atômico de cada elemento acima?
b) Entre os elementos apresentados, qual o de maior tamanho?
c) Entre os elementos representados no quarto período, qual o de maior energia de ionização?
d) Dentre os elementos que estão na família 1A, qual deles gastaria menos energia para retirar o primeiro
elétron?
e) Entre os elementos representados no terceiro período, qual o de maior afinidade eletrônica?
f) Dos elementos acima apresentados na família dos alcalinos, qual o de maior densidade?

3. Considere as seguintes configurações eletrônicas dos átomos neutros, normais:


1s2 2s1
1s2 2s2 2p5
1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s1
1s2 2s2 2p6 3s2
1s2
Indique os elementos de maior e menor raio atômicos. Justifique.
Qual a ordem crescente dos tamanhos dos íons B-, F2+, A+ ?
Indique os elementos que apresentam a maior e a menor energia de ionização? Justifique.
Qual o elemento mais eletronegativo?
Qual o elemento mais eletropositivo?

Baixe o módulo original


em PDF

IXO TEMÁTICO 1: MATERIAIS


Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 3A: Transformações químicas
Habilidades: 3.1 - Reconhecer a ocorrência de TQ.
3.1.1 - Relacionar TQ com a formação de novos materiais cujas propriedades
específicas são diferentes daquelas dos reagentes.
3.1.2 - Reconhecer evidências como indícios da ocorrência de reação.
3.1.3 - Inferir sobre a ocorrência de TQ, a partir da comparação entre sistemas
inicial e final.
3.1.4 - Reconhecer a ocorrência de uma TQ por meio de um experimento ou de sua
descrição.
3.1.5 - Planejar e executar procedimentos experimentais simples envolvendo TQ.
3.1.6 - Reconhecer a decomposição por meio de aquecimento ou da biodegradação
como evidência de transformação de energia nos processos químicos.

Por que ensinar


As transformações químicas têm um papel de grande importância no desenvolvimento científico,
tecnológico, econômico e social do mundo moderno. Neste sentido, é de fundamental importância que o
estudante do ensino médio compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo físico, de
maneira a poder avaliar criticamente fatos do cotidiano e informações recebidas por diversas fontes de
divulgação do conhecimento, tornando-se capaz de tomar decisões enquanto indivíduo e cidadão.
Desse modo, é importante que os estudantes tenham oportunidade de observar criteriosamente alguns
fenômenos químicos e físicos, de descrevê-los usando a linguagem científica e de formular para eles
modelos explicativos, relacionando os materiais e as transformações químicas ao sistema produtivo, aos
hábitos de consumo e ao ambiente.
Condições prévias para ensinar
Para elaboração do conceito de transformações químicas, é fundamental que os alunos tenham
oportunidade de executar experimentos ou realizar observações de demonstrações, ou de fenômenos do
cotidiano, nos quais eles possam reconhecer as transformações físicas e químicas e identificar suas
evidências.
Os estudantes do ensino médio certamente já presenciaram muitas transformações físicas e químicas em
seu cotidiano. Mas é pouco provável que ao presenciá-las tenham observado as evidências necessárias
para construir conceitos científicos. Assim, caberá ao professor suscitar do aluno as idéias que eles já têm
sobre as transformações químicas e físicas, e, partindo dessas idéias ajudá-los a estabelecer critérios para
distinguir tais transformações e levá-los a observar evidências que as caracterizem.
Sugestões de leituras para os professores:
1. MORTIMER, E. F.; MIRANDA, L. Transformações: concepções dos estudantes sobre reações químicas.
Química Nova na Escola. n.2.São Paulo: SBQ, 1995.
2. ROSA, M. I. F. S.; SCHNETZLER, R. P. Sobre a importância do conceito de transformação química no
processo de aquisição do conhecimento químico. Química Nova na Escola. n.8.São Paulo: SBQ, 1998.
3. JUSTI, R. S. A afinidade entre as substâncias pode explicar as reações químicas. Química Nova na
Escola. São Paulo: SBQ, n.7, 1998.
Ótimo texto para o professor compreender a diferença entre afinidade e atração.
O que ensinar
1. O conceito de transformação química.
2. As evidências de transformações químicas e físicas.
3. Elaborar descrições detalhadas dos fenômenos por meio de texto escrito.
4. Preparar o estudante para a transposição das descrições dos fenômenos para a linguagem química, ou
seja, iniciar o uso de fórmulas e equações.
Como ensinar
Para que o estudante possa compreender as evidências de transformações químicas é necessário que
eles possam observá-las efetivamente. Assim, é importante que o professor disponibilize para os alunos
um bom número de atividades que lhes permita observar tais evidências.
Além de observar transformações, os estudantes deverão proceder ao registro sistemático de suas
observações e realizarem discussões em grupo sobre essas observações. Ao professor caberá o
fechamento dessas discussões com toda a turma, explicitando os pontos mais importantes para a
elaboração dos conceitos relacionados ao estudo das reações químicas.
Os alunos devem ser orientados a observar o sistema inicial (materiais reagentes), antes da reação, o que
ocorre durante o processo e o sistema final (materiais produzidos). Eles devem ser incentivados a fazer o
registro detalhado dessas observações para que possam aprender a descrever o fenômeno.
Alguns textos didáticos que podem ser usados:
1. CARVALHO Geraldo Camargo de; LOPES DE SOUSA Celso. Aspectos visuais de uma reação química.
Capítulo 12, p. 156. Química de Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2004.
2. REIS, Marta Química Integral. Volume Único. São Paulo: FTD, 2004.
• Experimentos: Água sanitária – pág. 209; Identificação boa pra cachorro – p. 237; “Exercícios de
contexto”: Apresenta um texto (Prata preta) e várias questões relacionadas ao texto. p.355
3. USBERCO e SALVADOR. Química – Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2002.
• Experimento: Prata Preta – p. 204
Nesse experimento pode-se observar o que ocorre com a prata ao longo do tempo, e como torná-la
novamente brilhante.
• Experimento: “Tipos de reações”. p.14
O experimento tem o objetivo de mostrar a ocorrência de algumas reações e explicar as condições para a
sua ocorrência. A atividade trata também da classificação das reações. Nesse sentido é importante
lembrar que as evidências das transformações químicas devem ter prioridade em relação às
classificações.
4. Tito e Canto – volume único. São Paulo: Moderna, 2004.
p.6 - Experimentos bem simples, que apresentam evidências de reações químicas.
5. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). Atividades e textos do Capítulo 6 – Introdução às transformações
químicas – pág. 133 até 161.
6. BRAATHEN, P. C. Hálito Culpado: O princípio do bafômetro. Química Nova na Escola. n. 5. São Paulo:
SBQ, 1997, p. 3:
• Explica sobre o funcionamento do bafômetro e apresenta um experimento simples sobre a simulação de
um bafômetro.
7. SILVA, J. L. et al. Soprando na água de cal. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 10, 1999, p.
51.
• Este experimento consiste em demonstrações simples de equilíbrio heterogêneo, através da reação de
dióxido de carbono com a água de cal.
8. REIS, M. Química Integral – volume único – Nova Edição - São Paulo: FTD, 2004, P.92.
• Receita de um bolo: Bolo Mesclado.
9. No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV o módulo 9, parte I e
II Transformações químicas, desenvolve o tema conforme as orientações do CBC.
Como avaliar
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido por meio de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
Alguns exemplos de questões podem ser encontrados em MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química
para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros). Atividades e textos do
capítulo 6 – Introdução às transformações químicas – pág. 161.e e também no módulo 9.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS


1:
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 3B: Transformações químicas
Habilidades: 3.2 - Reconhecer e representar TQ por meio de equações.
3.2.1 - Reconhecer uma TQ como uma transformação que envolve o rearranjo de
átomos.
3.3 - Reconhecer a conservação do número de átomos nas T.Q.
3.3.1 - Reconhecer que os elementos químicos e o número de átomos se
conservam nas TQ, mas que as substâncias mudam.
3.3.2 - Compreender que em uma TQ a massa se conserva porque ocorre um
rearranjo dos átomos.
3.3.3 - Saber interpretar equações químicas balanceadas como representações
para TQ mais comuns.
3.4 - Reconhecer a conservação da massa nas TQ.
3.4.1 - Propor e reconhecer procedimentos experimentais simples para a
determinação das quantidades envolvidas nas transformações químicas.
3.5. Propor modelos explicativos para as TQ.
3.5.1. Explicar TQ usando um modelo e saber representá-lo adequadamente.
3.5.2. Entender alguns aspectos das TQ relacionados à velocidade.
Por que ensinar
Aprender química também significa aprender a linguagem química, com seus símbolos e sua forma
particular de registrar e comunicar os fenômenos. A simbologia utilizada não é óbvia, ou seja, é necessário
que seja explicitada e que seus códigos de representação sejam decifrados. O ensino das equações
químicas não pode, porém, perder o foco de que essas equações são representações dos fenômenos, e
não os fenômenos em si. Essa representação, porém, está intimamente relacionada ao fenômeno e às leis
que regem essas transformações. Assim, a partir da representação, pode-se ir além do fenômeno,
entendendo-o como um rearranjo de átomos, cuja massa se mantém durante a transformação. A equação
química deve ser estudada de modo a propiciar esse elo entre os fenômenos e suas teorias e modelos
explicativos
Condições prévias para ensinar
O estudante deve saber:
. Representar os símbolos de elementos químicos.
. Reconhecer as fórmulas das substâncias químicas.
. Reconhecer as transformações químicas.
O que ensinar
1. O conceito de transformação química.
2. As evidências de transformações químicas e físicas.
3. Elaborar descrições detalhadas dos fenômenos por meio de texto escrito.
4. Preparar o estudante para a transposição das descrições dos fenômenos para a linguagem química, ou
seja, iniciar o uso de fórmulas e equações.
Como ensinar
É desejável que o estudante aprenda inicialmente a representar a equação química de uma reação que
ele efetivamente possa observar sua ocorrência. Aproveitando o tópico anterior sobre as evidências das
reações, o professor pode, para as reações realizadas, ou para algumas delas, iniciar o ensino de sua
representação.
O primeiro passo é reconhecer o sistema inicial, ou seja, os reagentes. Peça aos estudantes para
descreverem o sistema inicial, antes da transformação. Após realizarem a reação, peça que anotem as
evidências da transformação e que descrevam também o estado final do sistema.
Por exemplo, uma reação de precipitação, como a que ocorre entre uma solução aquosa de hidróxido de
sódio (0,1 mol/L) e uma solução aquosa de sulfato de cobre (II), (0,1 mol/L).

Após ouvir as descrições dos alunos, o professor pode anotá-las no quadro de giz, por exemplo. Em
seguida, escreve a transformação utilizando o nome das substâncias e, portanto, informando aos
estudantes quais foram os produtos formados.

É interessante pedir que copiem a descrição da reação. Eles em geral reclamam, acha muito grande. O
professor, então, explica que os químicos escrevem aquele processo usando símbolos, e não palavras. A
equação teria a forma geral:

Remete então à reação e ao quadro com a descrição desses sistemas. Em seguida, nomeia os sistemas
inicial e final:

Escreve, então, a equação no quadro, relacionando-a à descrição feita e ao experimento que foi realizado.
Há muito que discutir com os alunos:
. O sinal +
. A seta, chamar a atenção que ela não indica passagem de substâncias para outro local, mas sim
transformação.
. A simbologia dos estados físicos (dar outros exemplos onde líquidos e sólidos apareçam).
. Relembrar a representação das substâncias, o significado dos índices, dos parênteses.
. E por fim, contar os átomos.
É praticamente certo que alguns alunos já tenham percebido que o sódio, o hidrogênio e o oxigênio estão
com quantidades diferentes nos reagentes em relação aos produtos. Assim, o professor pode discutir o
fato de que transformações químicas envolvem apenas o rearranjo dos átomos, e que todos os átomos
que aparecem no sistema inicial devem aparecer em igual quantidade no sistema final e vice-versa. A
introdução do coeficiente de balanceamento não é muito simples para a maioria dos estudantes. Eles
concordam em parte, mas questionam porque que a fórmula não pode ser alterada. É preciso referir-se
novamente às substâncias, lembrar que elas têm uma constituição própria, que suas fórmulas são
identificadoras dessas substâncias e não devem ser alteradas.
A justificativa mais coerente para o balanceamento das equações virá com o estudo da lei de Lavoisier.
As equações também podem ser representadas por modelos de partículas, utilizando o modelo de Dalton.
CRV - Centro de Referência Virtual
O módulo 9 – Transformações químicas - partes I e II disponível no site da Secretaria de
Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme as orientações do
CBC.
Como avaliar
1. Questões elaboradas por Juliana Maria Sampaio Furlani.
1° questão
Mergulha-se um fio limpo de cobre metálico [Cu] numa solução incolor de nitrato de prata [AgNO3]. Após
algum tempo, observa-se a deposição de agulhas esbranquiçadas sobre o fio de cobre, formando um belo
conjunto. Este depósito esbranquiçado é a prata metálica [Ag(s)]. Simultaneamente, observa-se que a
solução, inicialmente incolor, torna-se azulada pela presença de sulfato de cobre II, dissolvido
[CuSO4 (aq)].
a) Indique duas evidências de que a reação está ocorrendo.
b) Escreva a equação química que representa o processo descrito. Identifique corretamente os sistemas
inicial e final (reagentes e produtos). Escreva os símbolos associados aos estados físicos das substâncias,
citados no texto.
2° questão
Represente a equação química que será descrita: uma molécula do gás nitrogênio reage com três
moléculas do gás hidrogênio para formar duas moléculas de amônia gasosa. Sabe-se que o gás nitrogênio
é formado por dois átomos de nitrogênio (N) ligados. O gás hidrogênio é formado por dois átomos de
hidrogênio (H) ligados. A molécula de amônia é formada por um átomo de nitrogênio e três átomos de
hidrogênio ligados.

EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS


Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 3A: Materiais: transformações químicas (TQ).
3.1. Reconhecer a ocorrência de TQ.
Habilidade:
3.1.2. Reconhecer evidências como indícios da ocorrência de reação.
Objetivos:
1. Criar oportunidade para uma abordagem contextualizada e lúdica sobre reações químicas.
2. Observar as evidências de transformações químicas como evidência da atividade vulcânica.
3. Estudar algumas possibilidades de reações naturais que transformam o ambiente em que vivemos.
4. Discutir o conceito de poluição ambiental.
5. Discutir as relações da produção industrial e da queima de combustíveis fósseis com a poluição
ambiental.
Providências para a realização da atividade:
O professor deverá procurar uma locadora para alugar o filme "O Inferno de Dante" e reservar a sala de
vídeo.
Reações químicas.
Pré-Requisitos
Não há.
Descrição dos procedimentos:
O texto a seguir tem como objetivo melhorar o conhecimento dos alunos sobre vulcões e a relação desse
fenômeno da natureza com a Química. Os alunos poderão também fazer uma pesquisa preliminar para
responder as questões que se seguem e que têm como objetivo melhorar a compreensão dos alunos
sobre as informações presentes no filme.
O que são os vulcões
Sob a crosta terrestre (de 30 a 90 km de profundidade), encontra-se uma vasta e profunda região,
semelhante a um oceano de material viscoso, de elevada temperatura (800 a 1500 oC) que constitui o
magma. A emissão desse material viscoso e incandescente através de crateras na crosta terrestre
constitui um dos maiores espetáculos da natureza. O magma contém cristais em suspensão, em meio ao
material fundido, e bolhas de gás. O material que escorre dos vulcões recebe o nome de lava e pelo seu
resfriamento e solidificação dá origem às rochas magmáticas ou ígneas. Os granitos, que conhecemos,
são exemplos dessas rochas.
A composição química dos magmas é variável e só pode ser conhecida após a sua solidificação. O
elemento mais abundante na composição dos magmas é o oxigênio, que combinado, com elementos
diferentes, forma diversas substâncias. Uma substância de grande importância encontrada em grande
quantidade nos magmas é o óxido de silício (SiO2), o principal constituinte da areia.
Embora uma erupção vulcânica seja um fenômeno que não passe despercebido pela sua exuberância,
não se sabe quantos vulcões existem na Terra. Calcula-se que 450 vulcões já estiveram em atividade
desde a Pré-História e todos eles podem ser considerados ativos ou latentes. Sabe-se ainda que a maior
ocorrência de vulcões seja observada nas proximidades das costas marítimas.
Nas regiões em que há vulcões ocorrem também terremotos, por causa do movimento das placas
tectônicas. Geólogos constataram que esses terremotos se originam à mesma profundidade em que se
encontram as camadas de rochas fundidas que alimentam os vulcões. Há, pois, uma coincidência entre
zonas vulcânicas e regiões sísmicas. Além disso, muitas erupções vulcânicas são percebidas de
movimentos e vibrações do subsolo. Em alguns casos, a superfície pode elevar-se em conseqüência da
ação dos gases e da lava que se expandem no subsolo.
Os vulcões ativos se manifestam por meio de erupções contínuas ou intercaladas com períodos de
repouso. Extinguem-se quando esgota o material do reservatório magmático. Vulcões aparentemente
extintos podem constituir perigo. Às vezes, a cratera está só parcialmente obstruída pela lava que, ao
esfriar, solidificou; no interior do vulcão, porém, a pressão dos gases aumentada consegue vencer a
resistência da lava solidificada, e o vulcão explode com violência.
Questões preliminares
• Como são formados os vulcões?
• O que é magma?
• O que é lava?
• Quais elementos e substâncias são encontrados em maior quantidade nos magmas?
• O texto diz que a composição dos magmas é variável. Por que você acha que isso acontece?
• Que evidências podem ser observadas quando um vulcão está prestes a entrar em atividade?
• Por que um vulcão aparentemente extinto pode constituir perigo?

Roteiro para trabalho em grupo


Para que todos aproveitem melhor o filme e possam extrair dele informações que venham enriquecer o
seu conhecimento sobre transformações químicas e suas evidências, vamos dividir a turmas em grupos.
Cada grupo será responsável por observar um aspecto do filme. Depois de assistir ao filme cada grupo
dará a sua contribuição para que todos possam responder as questões finais de discussão sobre o filme.
Vocês poderão consultar dicionários, livros didáticos e paradidáticos, enciclopédias e a Internet para
pesquisar sobre os termos relacionados.
Grupo 1
Façam o relato da história apresentada no filme, dando ênfase aos aspectos relacionados com o
comportamento das pessoas diante da possibilidade de um vulcão considerado extinto entrar em
atividade. As pessoas estão informadas e preparadas? As evidências de que o vulcão está prestes a
entrar em erupção são observadas por todos?
Os integrantes deste grupo deverão prestar atenção nos detalhes da história contada no filme, anotando
os fatos mais importantes que ocorreram. Pesquisem sobre vulcões que tenham entrado em atividade de
modo semelhante e enriqueçam o relato com um exemplo real.
• Atividade de pesquisa: ocorrência de vulcões
Grupo 2
Esse grupo deverá pesquisar sobre as evidências que anunciam que um vulcão tido como extinto pode
estar entrando em atividade. Durante a apresentação do filme, os integrantes desse grupo deverão prestar
atenção nas evidências que vão aparecendo e como os pesquisadores acompanham o aparecimento
dessas evidências. Quais foram às técnicas utilizadas? O que os pesquisadores observaram para verificar
se haveria perigo de o vulcão explodir?
• Atividade de pesquisa: monitoramento de vulcões. Pesquisem o tipo de aparelhos usados no
monitoramento de vulcões e quais evidências são observadas.
Grupo 3
O grupo deverá estudar sobre os óxidos, especialmente os óxidos ácidos, verificando como são formados
e que reações podem fazer com a água e com outras substâncias. Esse grupo deverá prestar atenção às
evidências de transformações químicas no processo de atividade vulcânica. Ocorrem reações de formação
de óxidos ácidos? Que óxidos são citados no decorrer do filme? Em que estado físico se encontram? Que
reações esses óxidos podem fazer? Quais são as conseqüências da formação desses óxidos para o
ambiente?
• Atividade prática: obtenção de óxidos
Grupo 4
Esse grupo deverá estudar sobre transformações químicas, especialmente a formação de ácidos. Durante
o filme, o grupo deverá prestar atenção às cenas relacionadas com a alteração da aparência e do pH da
água nas imediações do vulcão. O que acontece com o pH da água? Por quê? O que acontece com a
água que abastece a cidade? O que acontece com a água do lago?
• Atividade prática: reações de formação de ácido
Grupo 5
Esse grupo deverá estudar sobre transformações químicas, especialmente a reação de ácidos com outros
materiais, tais como materiais de caráter básico e metais. Durante o filme, o grupo deverá prestar atenção
às cenas relacionadas à corrosão de materiais pelo ácido. O que aconteceu com as pessoas que
expuseram seus corpos à água de baixo pH? O que ocorreu com a hélice do motor do barco?
• Atividade prática: reação de alumínio com ácido.
Grupo 6
Esse grupo deverá pesquisar sobre o conceito de poluição. O que é poluição afinal? Prestem atenção no
que ocorre durante a atividade vulcânica e respondam: um vulcão causa poluição? Os resíduos industriais
e os resíduos que saem dos canos de descarga dos automóveis poluem o ar atmosférico com gases e as
águas e o solo com ácidos e metais. Compare os problemas causados pela poluição com os problemas
causados pelo vulcão.
• Atividade prática: simulação de chuva ácida

Questões para discussão sobre o filme


• Faça um relato resumido sobre a história do filme. Esse filme poderia ser uma história verídica ou não?
Realce os aspectos que você julga possíveis ou impossíveis e exemplifique.
• Quais são as evidências que prenunciam que um vulcão deverá entrar em atividade? Quais dessas
evidências são também de transformações químicas?
• Descrevam as transformações químicas ocorridas durante o processo e escrevam as equações que
representam as reações descritas.
• O que os pesquisadores observaram durante vários dias para saber se o vulcão iria ou não entrar em
atividade?
• Os gases de enxofre são considerados poluidores porque aumentam a acidez da água presente na
atmosfera, provocando o fenômeno denominado chuva ácida. Compare os efeitos da chuva ácida com os
efeitos do processo de atividade vulcânica e explique porque a chuva ácida é um fenômeno de poluição.
• Explique o que é uma nuvem piroclástica. Ela apresenta evidência de transformação química ou física?
Justifique.
Possíveis dificuldades:
A escola não possuir aparelho de vídeo e TV.
Alerta para riscos:
Não há.
Glossário:
O próprio aluno deve ser incentivado a usar o dicionário e construir o seu próprio glossário.
EIXO TEMÁTICO I: MATERIAIS
Tema 1: Propriedades dos materiais
Tópico 3B: Materiais: Transformações químicas
3.1. Reconhecer a ocorrência de transformação química
3.1.2. .Reconhecer evidências como indícios da ocorrência de reação.
3.1.3. Inferir sobre a ocorrência de TQ, a partir da comparação entre sistemas
Habilidade:
inicial e final.
3.1.4. Reconhecer a ocorrência de uma TQ por meio de um experimento ou de sua
descrição
Objetivos:
Este experimento objetiva reconhecer evidências como indícios de ocorrência de reação química.
Providências para a realização da atividade:
Encontrar um local para deixar o experimento durante os dias previstos.
Reações químicas.
Pré-requisitos:
Nenhum
Descrição dos procedimentos:
Título: Retirando a casca do ovo
Questão prévia
Inicialmente o professor poderá apresentar a questão a segui para iniciar a discussão do fenômeno.
É possível introduzir ou retirar a casca de um ovo sem quebrá-lo ou perfurá-lo?
Justifique sua resposta.

Tempo previsto: 4 a 5 dias.

Materiais e reagentes
· 2 béqueres de 300 mL (ou copos de vidro incolor)
· 1 colher de sopa
· 2 ovos de tamanhos iguais
· 250 mL de vinagre
· 250 g de açúcar
Procedimentos
1. Lave um ovo e coloque-o num béquer contendo cerca de 250 mL de vinagre. Durante 5 a 10 minutos,
observe e anote o que aconteceu.
2. Deixe o sistema em repouso durante pelo menos um dia. Ao lado, deixe o outro ovo para
comparação.
Após um dia ou mais, observe e anote as possíveis alterações no sistema.
Compare o tamanho do ovo mergulhado no vinagre com o do outro ovo.
3. Com cuidado, para não romper a membrana do ovo, retire o vinagre do béquer segurando o ovo.
Observe se o ovo ainda tem casca.
Lave-o apenas com água, recoloque-o no béquer e adicione cerca de 250 mL da solução fria
supersaturada de açúcar. Observe e anote.
O ovo flutua ou fica no fundo do béquer?
4. Deixe o sistema em repouso por pelo menos mais um dia. Após esse período, retire cuidadosamente o
ovo da solução de açúcar, lave-o e compare seu tamanho com o do outro ovo.

Preparo da solução supersaturada de açúcar


Adicione 250 g de açúcar em 250 mL de água quente e continue aquecendo e mexendo até que a
dissolução seja completa. A solução ficará amarelada e viscosa.
Observações
1 - A casca do ovo é formada, em grande parte, de carbonato de cálcio (CaCO3). Quando se coloca o ovo
em contato com o vinagre, observa-se a formação de gás carbônico devido à seguinte reação:
2H+(aq) + CaCO3(s) aCO2(g) + H2O(l) + Ca+2(aq)
2 - Um fenômeno físico que também pode ser observado no início do experimento é a flutuação do ovo
com casca, associada à formação de uma camada de bolhas na superfície. Ocorre que a densidade do
conjunto ovo/camada de bolhas é menor que a densidade só do ovo.
Questões
1. Qual o gás formado no início do experimento?
2. Onde é usado este gás?
3. Quais as evidências de que ocorreu uma reação química?
4. Qual íon é produzido na reação que é muito importante para a formação dos ossos?
5. Cite exemplos de outros materiais que poderiam ser usados no lugar do vinagre.
6. Experimente realizar esta experiência usando um osso de galinha em um copo de coca cola.
TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David

O que é uma transformação?


“Há muito tempo que não encontro o meu amigo Cláudio. Acho que uns dez anos. Ontem, quando estava
voltando do cinema eu o encontrei. Puxa como ele mudou.”
É possível que uma situação igual a essa já tenha ocorrido com você. Mesmo sem ver o seu amigo há dez
anos, ainda assim você o reconhece. Como você sabe que ele mudou? O que faz com que você
reconheça esta pessoa? Pense um pouco sobre isso.
A partir da questão apresentada é fácil concluir que para dizer que algo mudou precisamos de dois
estados: um inicial e outro final. Comparando esses dois estados é possível perceber se houve mudança
ou não. Se o estado final apresentar algumas diferenças em relação ao estado inicial, dizemos que
ocorreu uma transformação.
Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas
3. Materiais: transformações químicas (TQ)
3.1. Reconhecer a ocorrência de TQ.
3.1.1. Relacionar TQ com a formação de novos materiais cujas propriedades específicas são diferentes
daquelas dos reagentes.
3.1.2.Reconhecer evidências como indícios da ocorrência de reação.
3.1.3. Inferir sobre a ocorrência de TQ, a partir da comparação entre sistemas inicial e final.
3.1.4. Reconhecer a ocorrência de uma TQ por meio de um experimento ou de sua descrição.
3.1.5. Planejar e executar procedimentos experimentais simples envolvendo TQ.
3.1.6. Reconhecer a decomposição por meio de aquecimento ou da biodegradação como evidência de
transformação de energia nos processos químicos.
3.2. Reconhecer e representar TQ por meio de equações.
3.2.1. Reconhecer uma TQ como uma transformação que envolve o rearranjo de átomos.
3.3. Reconhecer a conservação do número de átomos nas TQ.
3.3.1. Reconhecer que os elementos químicos e o número de átomos se conservam nas TQ, mas que as
substâncias mudam.
3.3.2. Compreender que em uma TQ a massa se conserva porque ocorre um rearranjo dos átomos.
3.3.3. Saber interpretar equações químicas balanceadas como representações para TQ mais comuns.
3.4. Reconhecer a conservação da massa nas TQ.
3.4.1. Propor e reconhecer procedimentos experimentais simples para a determinação das quantidades
envolvidas nas transformações químicas.
3.5. Propor modelos explicativos para as TQ.
3.5.1. Explicar TQ usando um modelo e saber representá-lo adequadamente.
3.6. Reconhecer que há energia envolvida nas TQ.
3.6.1. Reconhecer que uma TQ pode ocorrer com liberação ou absorção de energia na forma de calor e/ou
luz.

Texto 1 - O fogo

www.photografos.com.br Acesso em 25/09/2007


O domínio do fogo foi a maior conquista do homem pré-histórico. A partir dessa conquista o homem
aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou
moldando a natureza em seu benefício. O fogo também foi o maior responsável pela sobrevivência do ser
humano e pelo seu desenvolvimento. Os homens primitivos descobriram como usar o fogo para o
aquecimento, para cozinhar os alimentos, para proteger-se contra os animais selvagens e para iluminar os
objetos na escuridão da noite.
Na antiguidade o fogo era visto como uma das partes fundamentais que formariam a matéria. Na Idade
Média, os alquimistasacreditavam que o fogo tinha propriedades de transformação da matéria alterando
determinadas propriedades químicas das substâncias, como a transformação de um minério sem valor
em ouro.
O que é o fogo?
O fogo é o desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que são produtos da combustão de materiais
inflamáveis. É a reação química entre o combustível e oxigênio do ar (comburente) em contato com uma
fonte de calor. É uma reação química controlada pelo homem que produz luz e calor.
Para que haja fogo é necessário que existam três elementos essenciais da combustão, que constituem o
chamado "Triângulo da Combustão". São eles: combustível, calor e oxigênio comburente.
Questão para discussão
Discuta com o seu grupo e responda: como acabar com um incêndio?

Até pouco tempo, havia a figura do triângulo de fogo, que agora foi substituída
pelo TETRAEDRO DO FOGO, pela inclusão da reação em cadeia.
Eliminando-se um desses quatro elementos, terminará a combustão e,
consequentemente, o foco de incêndio. Pode-se afastar ou eliminar a substância
que está sendo queimada, embora isto nem sempre seja possível. Pode-se eliminar
ou afastar o comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por
outro gás não comburente. Pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamento, no
ponto em que ocorre a queima ou combustão. Ou pode-se interromper a reação em
cadeia.

Atividade 1
Experimento: combustão de uma vela.
Uma das mais importantes transformações químicas com produção de energia térmica é a combustão. A
figura abaixo demonstra um experimento simples de combustão.
1 23

Descrição do experimento:
Acenda uma vela e observe sua chama.
Coloque um copo de vidro transparente sobre a vela acesa.
Deixe o copo cobrir a vela completamente e observe o que acontece.
Questões para discussão:
O que se observa nas paredes do copo de vidro enquanto a vela permanece acesa? Como você explica o
ocorrido?
O que se observa no fundo do copo de vidro enquanto a vela permanece acesa? Como você explica o
ocorrido?
O que acontece com a chama depois de algum tempo? Como você explica esse fato?
Quais são os materiais consumidos durante o processo de combustão? Em que esses materiais se
transformam?
Questão desafio: identifique os reagentes e produtos da combustão da vela e represente esta
transformação química por meio de uma equação.
Neste experimento foi possível observar que para ocorrer uma combustão são necessários:
um combustível, um comburente e alguma forma de energia para iniciar o processo. Neste caso, o
material combustível foi a vela, que é feita de parafina e também o pavio da vela, que é feito de celulose,
ambos os materiais queimaram. O comburente é a substância que alimenta a queima, o oxigênio gasoso
presente no ar. E, para iniciar a combustão foi necessário o uso de um palito de fósforo aceso, um isqueiro
ou uma faísca elétrica. Foi necessário fornecer energia, na forma de calor, para iniciar o processo.
Depois que a vela foi completamente coberta pelo copo, a chama foi se apagando, até desaparecer. A
vela se apaga depois que todo o oxigênio que havia dentro do copo for consumido na queima da vela.
Também foi possível observar que a parede do copo fica embaçada pela condensação de água que é
eliminada durante o processo e que no fundo do copo aparece uma fuligem escura, que é eliminada por
uma fumaça durante a combustão. Esses materiais são os produtos da combustão. Combustíveis e
comburente são consumidos durante o processo; e a água, a fumaça e a fuligem observadas são os
produtos da combustão.
Os combustíveis podem ser sólidos, como a madeira e o carvão; líquidos, como o álcool, gasolina,
querosene, óleo diesel; e gasososcomo o hidrogênio e o gás de cozinha. Alguns combustíveis queimam
com muita facilidade e são chamados de inflamáveis, por esse motivo deve-se tomar muito cuidado para
manuseá-los. Na combustão completa da gasolina, álcool e óleo diesel são formados os produtos gás
carbônico e vapor de água e também é liberada certa quantidade de energia térmica. A energia térmica
gerada a partir da combustão pode ser utilizada para mover motores de carros, caminhões, tratores, etc.
O gás hidrogênio, que também é um combustível, ao queimar produz água. A energia liberada na
combustão do hidrogênio é utilizada para mover os ônibus espaciais. A reação de combustão do
hidrogênio pode ser representada assim:

Atividade 2
Experimento: Observando transformações.
Materiais
• 1 vidro de relógio.
• 1 pinça .
• 1 imã.
• Isqueiro.
• Tubo de ensaio.
• Enxofre em pó.
• Ferro em pó.
• Magnésio.
• Comprimido de sonrisal.
• Vinagre.
Como fazer
Após realizar cada procedimento você deverá completar o quadro.
Procedimento 1
1. Segure a fita de magnésio com uma pinça metálica e coloque fogo na mesma usando o isqueiro. Tome
cuidado para não se queimar.
2. Recolha o produto obtido num vidro de relógio. Anote as suas observações.
Procedimento 2
1. Em um vidro de relógio coloque uma ponta da espátula contendo ferro em pó. Descreva o material em
suas anotações.
2. Em seguida, acrescente uma ponta de espátula de enxofre e misture as duas substâncias. Você
percebeu alguma modificação? Anote uma descrição do sistema.
3. Utilize um imã sobre a mistura. Anote o que observou.
Procedimento 3
1. Aqueça o recipiente contendo a mistura de ferro e enxofre. Ocorre alguma mudança? Anote as suas
observações.
2. Em seguida, repita o procedimento utilizando o imã sobre o material obtido após aquecimento. Anote as
suas observações.
Procedimento 4
1. Coloque 3 mL de vinagre num tubo de ensaio.
2. Adicione um pedaço de comprimido efervescente. Observe o que ocorre e anote suas observações.
Procedimentos Descrição das Observações
No. Sistema Sistema Inicial Sistema Final
1 Magnésio + fogo
2 Enxofre + ferro
3 Enxofre + ferro + aquecimento
4 Vinagre + sonrisal
Questões para discussão:
Em qual dos sistemas você percebeu modificações? A que você atribui essas modificações?
Você pensa que ocorreu reação química em algum desses processos? Em qual ou quais? Justifique sua
resposta.
Você deve ter observado que na queima da fita de magnésio houve a formação de uma chama intensa e
de um pó branco. O pó branco aparesenta características bastante distintas do magnésio inicial. A que
você atribui essa modificação do sistema?
O ferro foi atraído pelo imã antes do aquecimento da mistura ferro + enxofre. E depois do aquecimento, o
que aconteceu? Qual a explicação para este fato?
Todas as observações sobre os procedimentos realizados nos leva a crer que houve formação de novos
produtos nas reações. Isto pode ser observado pelas evidências. Por exemplo, a formação de luz na
queima do magnésio, formação de um sólido escuro na reação do enxofre com o ferro e liberação de
gás na reação entre o vinagre e o sonrisal. A essas mudanças que podem ser percebidas pelos nossos
sentidos, nós denominamos de evidências.
Na natureza ocorrem várias transformações químicas, tais como: apodrecimento de frutos, deteriorização
de alimentos, enferrujamento, fermentação alcoólica, formação de coalhada, respiração dos seres vivos,
fotossíntese, oxidação da prata, produção de pão, do vinho, do sabão e do vidro. Algumas dessas
transformações são percebidas pelas evidências que apresentam.
O pão é produzido a partir da mistura de farinha, fermento, água, sal e açúcar. Durante o processo de
fermentação ocorre liberação de gás carbônico e por isso o pão "cresce". O crescimento do pão é uma
evidência de sua transformação.
A produção de vinho ocorre a partir da fermentação da uva e o álcool é produzido nesse processo. A
mudança de odor e a eliminação de gases durante o processo são evidências de transformação química.
A produção de sabão é feita a partir de gordura e soda cáustica. As características diferentes da gordura e
do sabão, que serve para eliminar gordura, são evidências observáveis da transformação. Da mesma
forma, na produção do vidro a partir da areia, ocorrem mudanças observáveis das características iniciais e
finais.

Atividade 3
Experimento: nem toda transformação é evidente
Como fazer:
Em um tubo de ensaio coloque 2 mL de solução de ácido clorídrico, previamente preparada pelo seu
professor. Observe a aparência dessa solução e anote a sua descrição.
Em outro tubo de ensaio coloque 2 mL de solução de hidróxido de sódio, também previamente preparada
pelo seu professor. Observe a aparência dessa solução e anote as suas observações.
Em seguida, despeje o conteúdo de um dos tubos no outro e misture usando um bastão de vidro, com
cuidado para não quebrar o tubo. Você percebeu alguma modificação? Ocorreu reação química nesse
processo? Anote as suas observações.
Provavelmente você deve estar se perguntando: e daí? Por que fizemos esse experimento em que nada
aconteceu. Realmente; não houve nenhuma modificação aparente do sistema que possa caracterizar uma
evidência de reação química. Mas nós, químicos, podemos afirmar que ocorreu uma reação química.
Você já estudou sobre os ácidos e as bases? É provável que em alguma etapa do seu estudo de Ciências
no Ensino Fundamental, ou mesmo no Ensino Médio, você já tenha tido alguma noção sobre as reações
entre ácidos e bases. Pois bem, o ácido clorídrico ou HCl, como o próprio nome indica, é um ácido, e o
hidróxido de sódio, NaOH, também conhecido como soda cáustica, é uma base. Ácidos e bases reagem
entre si produzindo sais e água. Logo, o ácido clorídrico e a soda cáustica reagem entre si produzindo
Cloreto de Sódio, NaCl, e água, H2O. Essa transformação química é chamada de reação de neutralização
e pode ser representada da seguinte maneira:
HCl (aq) + NaOH (aq) → NaCl (aq) + H2O(L)
Nesta representação, os estados físicos dos sistemas são indicados entre parênteses. As soluções
aquosas são indicadas por (aq) e o sistema líquido por (l). O fato de reagentes e produtos se
apresentarem incolores em solução aquosa impossibilita a visualização do processo de transformação.
Diferentemente das reações que vimos anteriormente, que podem ser percebidas pelas evidências que
apresentam durante o processo de transformação ou pelas diferenças de características entre os seus
reagentes e produtos, essa reação ocorre sem nenhuma evidência. Mas a falta de evidências não
significa que não ocorreu reação química, mas que ela não pode ser percebida pelos nossos sentidos.
Para resolver o problema da falta de evidências, que ocorre em muitas das transformações químicas, é
utilizado um artifício: o emprego de indicadores. Os indicadores geralmente são substâncias que reagem e
mudam de cor em presença de ácidos ou bases. Quando os ácidos ou bases aparecem, ou são
consumidos em uma reação, então ocorre mudança de cor, evidenciando que houve transformação
química. Vamos repetir o experimento, agora usando fenolftaleína, uma substância que muda de cor em
presença de base.
Como fazer:
Em um tubo de ensaio coloque 2 mL de solução de ácido clorídrico, e acrescente duas gotas de solução
de fenolftaleína, previamente preparada pelo professor. Observe a aparência dessa solução e anote a sua
descrição.
Em outro tubo de ensaio coloque 2 mL de solução de hidróxido de sódio e acrescente duas gotas de
solução de fenolftaleína, previamente preparada pelo seu professor. Observe a aparência dessa solução e
anote as suas observações.
Em seguida, despeje o conteúdo de um dos tubos no outro e misture usando um bastão de vidro. Cuidado
para não quebrar o tubo. Você percebeu alguma modificação? Ocorreu reação química nesse processo?
Anote as suas observações.
Questão para discussão
E agora, ocorreu evidência de transformação química? Justifique a sua resposta.

Questão desafio
Identificando os reagentes e produtos da reação de neutralização ocorrida, represente essa transformação
química por meio de uma equação. Como você explica esse processo?
As transformações químicas dão origem a novos materiais e são representadas por meio de equações
químicas. Os materiais que compõem o estado inicial são denominados de reagentes e os que compõem
o estado final são os produtos. Na equação química, os reagentes são colocados antes da seta e os
produtos depois.
Reagentes → Produtos
Outro exemplo de reação química é a combustão do gás natural ou metano, representado pela fórmula
CH4. A sua combustão pode ser representada pela equação química: CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) +
2H2O(g)
Uma equação química indica a proporção em que os reagentes reagem entre si e a quantidade de
produtos formada. As evidências nos ajudam a reconhecer que a reação aconteceu. Como evidências de
combustão, podemos citar: produção de gases, mudança de cor, liberação de energia na forma de calor e
de luz.

Atividade 4
Exercício: aplicando seus conhecimentos.
Indique em quais situações apresentadas a seguir ocorrem transformações químicas e justifique sua
resposta.
Formação da ferrugem.
Obtenção do gelo.
Cozimento de alimentos.
Sublimação de naftalina.
Azedamento de leite.
Dissolução de um comprimido efervescente na água.

Reconhecendo uma transformação química


Conforme as discussões que foram realizadas é possível perceber que nem sempre a presença ou
ausência de evidências é garantia de ocorrência de uma reação química. Então o que podemos fazer para
realmente ter a certeza de que ocorreu ou não uma reação química? Como sabermos se as substâncias
no estado final são realmente diferentes? Nós já vimos anteriormente que podemos usar o artifício dos
indicadores, mas agora vamos discutir sobre as mudanças reais das características das substâncias.
Para descrevermos as mudanças reais, precisamos antes determinar as propriedades dos materiais nos
estados inicial e final. Você já estudou sobre as propriedades dos materiais? O estudo dessas
propriedades foi proposto no módulo 2. Você poderá recorrer a ele para recordar ou estudar essas
propriedades. Algumas das propriedades específicas dos materiais que podem nos ajudar a identificá-los
são: densidade, solubilidade, temperatura de fusão e de ebulição.
Para entender um pouco mais sobre as propriedades dos materiais, retomemos a queima do magnésio
realizada na atividade 2. Essa reação pode ser representada pela seguinte equação química:
Magnésio + oxigênio → óxido de magnésio
2Mg(s) + O2(g) → 2MgO(s)
fita prateada gás incolor presente no ar sólido branco

Vamos comparar as propriedades destas três substâncias?


Material Estado físico na temperatura ambiente TF / oC TE / oC D / g/cm3
Magnésio Sólido 651 1090 1,74
Oxigênio Gás -218,4 -183 0,001429
Óxido de magnésio Sólido 2825 3600 3,58
Podemos perceber que propriedades como cor e sabor, por exemplo, não são as mais adequadas para
identificar um material. Nós podemos afirmar que realmente houve uma reação química porque reagentes
e produtos têm propriedades específicas distintas.

Atividade 5
Experimento: As massas se conservam nas reações químicas?
Materiais
• 1 pote de vidro pequeno com tampa de plástico.
• 1 comprimido de sonrisal.
• Água.
Procedimento
1. Coloque cerca de 100 mL de água no pote de vidro.
2. Cole com uma fita adesiva o comprimido de sonrisal na tampa do pote. Feche o pote e pese o conjunto.
Anote a massa.
3. Agora vire o pote para baixo de modo que o comprimido fique em contato com a água. Observe e anote
as suas observações.
4. Após 5 minutos volte a pesar o sistema. Anote a massa.

Questão para discussão


A massa do sistema final é maior, menor ou igual à massa obtida no procedimento 2? Como você explica
esse fato?
É provável que já você tenha ouvido falar da Lei de conservação das massas de Lavoisier. Essa lei diz o
seguinte: “Reações químicas realizadas em sistemas fechados apresentam a mesma massa antes e
depois da reação. Ou seja, as massas se conservam numa reação química.” Se você já sabia da lei de
Lavoisier, então não deve ter se surpreendido ao observar que a massa do sistema final é igual à massa
do sistema inicial. Entretanto, o mesmo não aconteceria se o recipiente estivesse aberto, ou mesmo se o
gás formado tivesse conseguido escapar.

Questão desafio
Discuta com os seus colegas e responda:
Se pesarmos 10g de uma esponja de aço e a deixarmos sobre a pia, depois de alguns dias, iremos
perceber a formação de um sólido avermelhado que denominamos ferrugem. Se pesarmos esta palha de
aço enferrujada, encontraremos um valor menor, maior ou igual a 10g? Justifique a sua resposta.

Conforme afirma a lei de Lavoisier, as massas se mantêm constantes. Mas só podemos medir isso usando
o critério de medida de massa antes e depois, se os reagentes forem colocados em condições de reagir
em um recipiente fechado. No caso da palha de aço, que está em recipiente aberto e em contato com o
oxigênio do ar, que reage com o ferro, a massa aumenta em relação à palha de aço porque os reagentes
dessa reação, além do ferro contido na palha de aço, são a água e oxigênio, que terão suas massas
agregadas ao produto. Podemos reconhecer esse fato por meio da equação que representa a reação
descrita.
Palha de aço + água + oxigênio → ferrugem
2Fe + 2H2O + O2 → 2Fe(OH)2
Para determinamos a massa inicial dos reagente, além da massa da palha de aço, devemos também
considerar as massas do gás oxigênio e da água envolvidos no processo.
Vejamos uma ilustração de um procedimento simples que demonstra a Lei de Lavoisier.

Provocando o contato entre as soluções reagentes - cloreto de sódio e nitrato de prata – surge um sólido
levemente acinzentado, o precipitado de cloreto de prata e uma solução aquosa de nitrato de sódio.
Descrição da reação:
Solução de nitrato de prata + Solução de cloreto de sódio → Solução de nitrato de sódio + cloreto de prata
sólido.
Representação da reação por meio de uma equação:
AgNO3(aq) + NaCl (aq) → NaNO3 (aq) + AgCl(s)
Lavoisier constatou que a massa do sistema antes e depois da reação é a mesma. Após Lavoisier elaborar
sua hipótese, outros cientistas a testaram e chegaram a outras conclusões surpreendentes que
contribuíram muito para a compreensão sobre as transformações químicas.
Como as substâncias se combinam?
Proust concluiu que as substâncias não se combinam de forma arbitrária. Essa idéia é conhecida como Lei
de Proust ou das proporções constantes, ou ainda, lei das proporções definidas. Veja no quadro
abaixo, cujos dados são resultados experimentais que representam a decomposição da água, como a
proporção entre reagentes e produtos se mantém constante, seja qual forem as quantidades que reagiram.
Água → Hidrogênio + Oxigênio
Experiência Massa de água Hidrogênio Oxigênio
1ª 18 g 2g 16g
2ª 72 g 8g 64g
3ª 90g 10g 80

Comparando-se a proporção entre as massas de hidrogênio e oxigênio em cada experiência, temos:

Proust fez análises qualitativas e quantitativas de inúmeras substâncias adquiridas por diferentes
processos e verificou que uma mesma substância tinha sempre a mesma composição qualitativa e
quantitativa. Com a Lei de Proust podemos prever as quantidades das substâncias que participarão de
uma reação química. Com isso, surgiu, então, a Lei das Proporções Constantes (1797): “Uma substância
pura, qualquer que seja sua origem, é sempre formada pela mesma composição em massa” ou “A
proporção das massas que reagem é sempre constante”.
Na reação de queima do carvão, observamos que:
Experiência Carbono + Oxigênio → Gás carbônico
1ª 3g 8g 11 g
2ª 6g 16 g 22 g
3ª 9g 24 g 33 g

Esses resultados comprovam a Lei de Lavoisier, pela conservação das massas, e a Lei de Proust, pela
igualdade de proporções de massa.

Proust (1755-1826), professor de Química em Madrid, propôs, em 1789, uma segunda lei, a das
composições constantes. Pensou que, independentemente do método de obtenção, a proporção dos
pesos dos elementos, em um composto, é sempre a mesma, sendo essa proporção a dos pesos
equivalentes dos elementos. O valor dessa lei foi objeto de polêmica durante alguns anos com Berthollet
(1748-1822), professor de Química na Escola Politécnica, que opinava que a composição dos compostos
químicos era infinitamente variável e não fixa.
As referidas leis permitiram aos químicos caracterizar novos compostos e novos elementos, conduzindo
também à teoria atômica, que explicava por que se cumpriam essas leis na natureza.
Antoine-Laurent de Lavoisier
Nasceu em Paris em 26 de agosto de 1743 e foi morto, durante a
revolução francesa, também em Paris em 8 de maio de 1794.
Ele foi considerado o criador da Química moderna, por ter sido o
primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria.
Além disso identificou e batizou ooxigênio, refutou a teoria flogística
aceita desde a idade média e participou da reforma da nomenclatura
química.
Os trabalhos de Lavoisier assinalam, no século XVIII, o início da
Química moderna.
Escreveu o grande Tratado Elementar de Química e foi responsável
pela inspeção nacional das companhias de fabricação de pólvora.
Apesar de seus feitos como cientista, ele também foi um arrecadador
de impostos, cargo que lhe deu riqueza, mas que também o levou a
guilhotina durante a Revolução Francesa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_Lavoisier - Acesso em 24/12/2007
Joseph Louis Proust
O químico e farmacêutico francês Joseph Louis Proust nasceu em
Angers em 29 de setembro de 1754 e morreu na mesma cidade a 5 de
julho de 1826.
Filho de um boticário, ele estudou química e chefiou a farmácia do
hospital Salpêtrière, em Paris.
Esteve na Espanha, onde ensinou química na academia de artilharia de
Segóvia e em Salamanca e trabalhou no laboratório de Carlos IV, em
Madrid. Durante sua estada na Espanha Proust estuda os minerais
espanhóis.
Em 1806 volta à França. Durante o bloqueio continental é convidado
por Napoleão I para fundar uma fábrica de açúcar de acordo com o
processo por ele inventado, mas recusa a oferta.
Proust publica trabalhos sobre a urina, o ácido fosfórico e o alúmen.
Enuncia a lei das proporções definidas (1806), um das bases do
atomismo químico, e que recebe seu nome. A lei é formulada em 1808
por John Dalton, mas é o trabalho de Proust que fornece as provas
empíricas que determinam sua aceitação. Ainda em Madrid, Proust
empreende estudos que resultam na descoberta de um processo de
extrair açúcar da uva. Proust pesquisa ainda os sais dos ácidos
orgânicos. É um dos fundadores da análise química.
Em 1816 foi eleito para a Academia de Ciências da França.
http://allchemy.iq.usp.br/metabolizando/beta/01/proust.htm - Acesso em
24/12/2007

parte II
Módulo nº9
TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS
Autores: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David
continuação / ver parte I

Exercícios
1) (VUNESP-2002) Numa viagem, um carro consome 10kg de gasolina. Na combustão completa deste
combustível, na condição de temperatura do motor, formam-se apenas compostos gasosos.
Considerando-se o total de compostos formados, pode-se afirmar que os mesmos
a) não têm massa.
b) pesam exatamente 10kg.
c) pesam mais que 10kg.
d) pesam menos que 10kg.
e) são constituídos por massas iguais de água e gás carbônico.

2) São anotados os seguintes valores nas experiências I, II e III.


Experiência Carbono + Oxigênio → Gás carbônico + Excesso
I 12 g X 44 g 0
II Y 8g Z 0
III 25 g 64 g W K

Determine os valores de X, Y, Z, W e K indicando a(s) lei(s) empregada(s) nestas determinações.

3) Durante uma aula de laboratório, um estudante queimou ao ar diferentes massas iniciais m(i) de
esponja de ferro. Ao final de cada experimento, determinou também a massa final resultante m(f). Os
resultados obtidos estão reunidos na tabela a seguir.

Admitindo que em todos os experimentos a queima foi completa, o estudante fez as afirmações seguintes:
I. A Lei da Conservação da Massa não foi obedecida, pois a massa final encontrada para o sistema em
cada experimento é sempre maior que sua massa inicial.
II. O aumento de massa ocorrido em cada experimento se deve à transformação de energia em massa,
tendo se verificado a conservação da soma (massa+energia) do sistema.
III. A relação constante obtida entre a massa final e a massa inicial do sistema [m(f)/m(i)], em cada
experimento realizado, permite afirmar que, dentro do erro experimental, os dados obtidos estão de acordo
com a Lei das Proporções Definidas.
Dentre as afirmações apresentadas, o estudante acertou:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas
d) I e II, apenas
e) I, II e III.

4) (VUNESP-2001) Foram analisadas três amostras (I, II e III) de óxidos de enxofre, procedentes de fontes
distintas, obtendo-se os seguintes resultados:

Estes resultados mostram que:


a) as amostras I, II e III são do mesmo óxido.
b) apenas as amostras I e II são do mesmo óxido.
c) apenas as amostras II e III são do mesmo óxido.
d) apenas as amostras I e III são do mesmo óxido.
e) as amostras I, II e III são de óxidos diferentes.

5) (FUVEST) A transformação química:


2 KI(s) +Pb(NO3)2(s)à2 KNO3(s)+ PbI2(s)
(branco) (branco) (branco) (amarelo)
é um exemplo de reação entre sólidos, que ocorre rapidamente. Em um recipiente de vidro com tampa, de
massa igual a 20 g, foram colocados 2 g de KI e 4 g de Pb(NO3)2, pulverizados. O recipiente,
hermeticamente fechado, foi vigorosamente agitado para ocorrer a reação.
a) Como se pode reconhecer que ocorreu reação?
b) Qual é a massa total do recipiente e seu conteúdo, ao final da reação? Justifique sua resposta.

6) (PUC-SP-1996) Querendo verificar a Lei de Conservação das Massas (Lei de Lavoisier), um estudante
realizou a experiência esquematizada a seguir:

Terminada a reação, o estudante verificou que a massa final era menor que a massa inicial. Assinale a
alternativa que explica o ocorrido:
a) a Lei de Lavoisier só é válida nas condições normais de temperatura e pressão.
b) a Lei de Lavoisier não é válida para reações em solução aquosa.
c) de acordo com a Lei de Lavoisier, a massa dos produtos é igual à massa dos reagentes, quando estes
se encontram no mesmo estado físico.
d) para que se verifique a Lei de Lavoisier é necessário que o sistema seja fechado, o que não ocorreu na
experiência realizada.
e) houve excesso de um dos reagentes, o que invalida a Lei de Lavoisier.
7) (FATEC-SP-1999) A queima de uma amostra de palha de aço produz um composto pulverulento de
massa
a) menor que a massa original da palha de aço.
b) igual à massa original da palha de aço.
c) maior que a massa original da palha de aço.
d) igual à massa de oxigênio do ar que participa da reação.
e) menor que a massa de oxigênio do ar que participa da reação.

8) (VUNESP-SP) Aquecendo-se 21 g de ferro com 15 g de enxofre obtém-se 33 g de sulfeto ferroso,


restando 3 g de enxofre. Aquecendo-se 30 g de ferro com 16 g de enxofre obtém-se 44 g de sulfeto
ferroso, e restando 2 g de ferro.
Demonstrar que esses dados obedecem às leis de Lavoisier (conservação da massa) e de Proust
(proporções definidas).

9) (FGV-SP) Ao dissolver-se um comprimido efervescente em uma dada massa de água, ao término do


processo observa-se uma diminuição da massa do conjunto. A referida observação contraria a Lei de
Lavoisier? Justifique a sua resposta.

10) (FUVEST-1997) Os pratos A e B de uma balança foram equilibrados com um pedaço de papel em
cada prato e efetuou-se a combustão apenas do material contido no prato A. Esse procedimento foi
repetido com palha de aço em lugar de papel. Após cada combustão observou-se

11) (VUNESP-SP-1992) Quando um objeto de ferro enferruja ao ar, sua massa aumenta. Quando um
palito de fósforo é aceso, sua massa diminui. Estas observações violam a Lei da Conservação das
Massas? Justifique sua resposta.

12) (VUNESP-SP-1991) Duas amostras de carbono puro de massa 1,00g e 9,00g foram completamente
queimadas ao ar. O único produto formado nos dois casos, o dióxido de carbono gasoso, foi totalmente
recolhida e as massas obtidas foram 3,66g e 32,94g, respectivamente.
Utilizando estes dados:
a) demonstre que nos dois casos a Lei de Proust é obedecida;
b) determine a composição do dióxido de carbono, expressa em porcentagem em massa de carbono e de
oxigênio.

Sintetizando
O trabalho experimental de Lavoisier teve como base uma abordagem quantitativa caracterizando-se
principalmente pelo uso sistemático de instrumentos de medição e pelo das quantidades dos materiais
envolvidos nas transformações. Os trabalhos quantitativos fizeram com que Lavoisier formulasse uma
generalização a respeito das massas de reagentes e produtos envolvidos numa transformação química.
Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos.
A partir dos trabalhos mencionados, muitos fatos foram observados e muitas explicações diferentes foram
elaboradas, tendo como fundamento a idéia de que a diversidade dos fenômenos está associada à
presença de entidades fundamentais e às inter-relações entre estas identidades que podem ser os
elementos, os átomos de Dalton, os prótons, os elétrons e nêutrons. Enfim, para que as massas se
conservem, deve haver entidades que se conservam. A essas entidades vamos associar a palavra átomo.

Um modelo para o átomo e as transformações químicas


Um modelo pode ser definido como a representação concreta de alguma coisa que reproduz os principais
aspectos visuais ou da estrutura daquilo que desejamos modelar, de modo que se torne uma cópia da
realidade que queremos representar. Um modelo pode ser a representação de uma idéia, de um objeto, de
um evento, processo ou sistema. Pode ser usado também para fazer previsões, guiar pesquisas, justificar
resultados e facilitar a comunicação numa comunidade científica.
Os modelos são criados a partir de idéias na mente de uma pessoa (modelo mental). A elaboração de um
modelo mental é uma atividade conduzida por indivíduos, sozinhos ou em grupos e pode se expressar por
meio da ação, da fala, da escrita, do desenho. Uma versão do modelo mental que é expresso por um
indivíduo por meio da ação, fala ou escrita é denominado modelo expresso.
A idéia da existência dos átomos é tão antiga que fica difícil precisar-lhe a origem. No tempo de Cristo
essa idéia já era velha. As notícias mais bem fundamentadas que chegaram até nós têm suas origens na
Grécia, onde parece que a idéia da divisibilidade da matéria teria sido posta em questão pelos filósofos.
Dois desses filósofos, Leucipo e Demócrito (480-430 a.C) são considerados os criadores da teoria dos
átomos. Durante vários séculos, os filósofos discutiram se a matéria seria um compacto, como nos parece
à vista, isto é, de estrutura contínua, ou então formada por corpúsculos independentes e distintos entre si,
isto é, descontínua, formada por átomos. A opinião escolhida, a favor ou contra, fundamentava-se apenas
em raciocínios e não na experiência. No século XVII, Boyle defende a existência dos átomos baseado em
razões experimentais, em virtude de os volumes dos gases diminuírem com a pressão a que estão sujeitos
e supondo que a pressão resulta do choque dos átomos contra as paredes do recinto que contém o gás.
No alvorecer do século XIX, Dalton apresenta uma nova razão de caráter experimental, porém mais ampla
e mais profunda. Apoiado em fenômenos químicos, ele afirma que os átomos se combinam entre si para a
formação de compostos.
Dalton é considerado o criador da hipótese atômica nos tempos modernos pelo fato de ter conseguido
apresentar a teoria em condições que permitissem a aceitação. Dalton dirigiu as suas atenções para o
estudo dos fenômenos físicos e levou em consideração como esses fenômenos deveriam ocorrer se,
realmente, as substâncias fossem formadas por átomos. Segundo ele, as combinações das substâncias,
umas com as outras, deveriam consistir então em certas trocas entre os átomos de umas e os de outras.
Experimento: Aqueça uma mistura de cobre pulverizado com enxofre também pulverizado. Observe o que
acontecerá. Compare a substância obtida com os reagentes iniciais. Como você explica este fenômeno?

John Dalton
Nasceu em Eaglesfield em 6 de Setembro de 1766 e faleceu em
Manchesterno dia 27 de Julho de 1844.
Ele foi um cientista inglês que fez um extenso trabalho sobre a
teoria atómica, pelo qual recebeu a medalha da Sociedade Real
em 1825. Para ele tudo era formado por partículas que ele retomou
com o nome de "átomo" em homenagem a Leucipo e seu aprendiz
Demócrito. A palavra átomo, de origem grega, significa exatamente
indivísivel, pois segundo Demócrito, sua divisão era impossível.
Sua estrutura atômica representava o átomo como uma particula
maciça.
Dalton se tornou conhecido pela lei das pressões parciais e pelo
daltonismo, o nome que se dá à incapacidade de distinguir as
cores, assunto que ele estudou e mal de que sofria.
Ensinou Matemática e Física em Manchester e possuia grande
pendor para o magistério e grande dedicação às ciências.
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dalton - Acesso em (24/12/2007)

A hipótese atômica de Dalton:


1º – todos os elementos são formados por pequenas partículas denominadas átomos;
2º – os átomos do mesmo elemento são todos iguais entre si. Têm, portanto, o mesmo peso. À cada
elemento corresponderá átomos de um certo peso. Os átomos de qualquer outro elemento já terão pesos
diferentes;
3o – quando os elementos se combinam uns com os outros, são os seus átomos que se combinam entre
si. Estas combinações serão sempre efetuadas em proporções muito simples: 1:1, 1:2; 3:2 etc.
Modelo Atômico de Dalton

A hipótese de Dalton data de 1802-1803, mas só foi exposta ao público em 1807.


Essa hipótese conduziu seu autor ao cálculo dos pesos relativos dos átomos, que organizou uma lista dos
pesos atômicos de vários elementos.
Dalton propôs que a matéria seria constituída por átomos (as menores partículas que a constituem), sendo
eles indivisíveis e indestrutíveis, mesmo durante transformações químicas. Portanto, ele admitiu que esses
átomos eram diferentes para cada elemento químico e possuíam também massas diferentes entre si, mas
massas iguais quando se tratava do mesmo elemento. Ou seja, os elementos diferiam entre si pela massa
dos átomos que os constituíam, ou melhor, por sua massa atômica.
Nas transformações químicas esses átomos deveriam combinar-se em números inteiros, mas com um
rearranjo diferente. Assim, com essas idéias era possível explicar a conservação de massa e as
proporções definidas entre as quantidades de reagentes numa transformação química.
Dalton representava suas idéias sobre os átomos utilizando símbolos. Nessa representação o símbolo de
um elemento indicava não só o elemento, mas, também, um átomo dele com massa característica, ou uma
massa com certo número de átomos. Nessa época era conhecido cerca de 50 elementos químicos. Hoje
temos mais de 100.
Como esse tipo de representação dos elementos químicos se mostrou pouco prático, o químico sueco
Berzelius (1779-1848) propôs usar a primeira letra em maiúscula do nome do elemento em latim, com isso
o hidrogênio passou a ser simbolizado por H. Essa representação é utilizada até os dias atuais e, quando
há elementos cujos nomes comecem com a mesma letra, acrescenta-se uma segunda (em minúscula),
como, por exemplo, nitrogênio (símbolo N) e sódio (natrum, símbolo Na).
Tabela 1 – Símbolo de alguns elementos químicos
Elemento Símbolo Elemento Símbolo
Ferro Fe Cobre Cu
Cálcio Ca Hidrogênio H
Chumbo Pb Hélio He
Alumínio Al Mercúrio Hg
Carbono C Zinco Zn
Oxigênio O Cloro Cl
Ferro Fe Prata Ag
Ouro Au Nitrogênio N
Enxofre S Níquel Ni
Iodo I Fósforo P
Cada símbolo representa um elemento químico.

E as substâncias?
Sabendo-se que as partículas que constituem as substâncias apresentam número definido de átomos dos
seus elementos constituintes, pode-se agora representar essas partículas por meio de fórmulas.
Assim, oxigênio é representado por O2, Hidrogênio por H2, ferro por Fe. Substâncias desse tipo, ou seja,
constituídas por um mesmo elemento químico, são denominadas substâncias simples.
Ácido clorídrico é representado por HCl, hidróxido de sódio por NaOH e água por H2O. Substâncias
constituídas de mais de um elemento químico são denominadas substâncias compostas.
As transformações químicas são representadas por equações químicas, por meio dos símbolos dos
elementos e fórmulas das substâncias, que são aceitos internacionalmente.
HCl (aq) + NaOH (aq) → NaCl (aq) + H2O (l)
Solução aquosa Solução aquosa Solução aquosa água líquida
de ácido clorídrico de hidróxido de sódio de cloreto de sódio
Uma equação química representa uma reação química.

A partir das idéias de Dalton sobre a constituição da matéria é possível interpretar as transformações
químicas como um rearranjo de átomos. Com isso podemos perceber que para uma equação química
representar adequadamente a transformação química, ela deve representar a conservação dos átomos
que participam do processo.
Vejamos alguns exemplos:
a) Formação da água

A equação escrita dessa forma não representa a conservação dos átomos, pois têm-se dois átomos de
oxigênio no reagente, e apenas um átomo de oxigênio no produto.
Para se representar corretamente essa transformação por meio da equação química, pode-se verificar,
pela representação da fórmula da água, que são necessários dois átomos de hidrogênio, H, e um de
oxigênio, O, para formar uma partícula de água, H2O. De acordo com essa proporção (2 de H para 1 de
O), para que o outro átomo de oxigênio presente no reagente também esteja representado no produto, são
necessários mais dois átomos de hidrogênio, havendo a formação de mais uma partícula de água. Assim,
tem-se:

Pode-se perceber agora a conservação da quantidade de átomos. A equação química, então, é dita
balanceada.
Para representar uma transformação química, não basta que a equação química apresente as fórmulas
das substâncias reagentes e dos produtos, deve estar também corretamente balanceada.
b) Formação da amônia

Assim como no caso da água, a equação que representa a formação de amônia não apresenta o mesmo
número de átomos nos reagentes e produtos. Ao acertar a equação, podemos verificar que para reagir
com duas moléculas de gás nitrogênio são necessárias três moléculas de gás hidrogênio, que dão origem
a duas moléculas de gás amônia.

Exercícios
1. (UNESP, 1992) Os nomes latinos dos elementos CHUMBO, PRATA E ANTIMÔNIO dão origem aos
símbolos químicos desses elementos. Estes símbolos são, respectivamente:
a) P, Ar, Sr. b) Pb, Ag, Sb. c ) Pu, Hg, Si. d) Po, S, Bi.

2. (Mackenzie, 1997) Os fogos de artifício contêm alguns sais, cujos cátions são responsáveis pelas cores
observadas, como por exemplo, vermelho, amarelo e verde, dadas respectivamente pelo estrôncio, bário e
cobre, cujos símbolos são:
a) Sr, Ba e Cu. b) S, Ba e Co. c) Sb, Br e Cu. d) Sr, B e Co.

3.(UNICAMP, 1994) O sódio, Na, reage com cloro, Cl2, dando cloreto de sódio, segundo a reação
representada pela equação química: 2Na + Cl2 → 2NaCl
Baseando-se nessas informações e na Tabela Periódica, escreva:
a) A equação química que representa a reação entre o potássio, K, e o cloro, Cl2.
b) A equação química que representa a reação entre o cálcio, Ca, e o bromo, Br2.

4. (Fuvest, 1990) Quando se sopra por algum tempo em água de cal observa-se a formação de um sólido
branco. Qual equação química representa esse fenômeno?
a) CO2 + Ca(OH) 2 → CaCO3+H2O.
b) 2CO2 + Ca(OH)2 → Ca(HCO3) 2.
c) CO2 + CaCl2 + H2O → CaCO3+2HCl.
d) CO2 + 1/2O2 + Ca → CaCO3.

5. (UNITAU, 1995) Misturando 2 g de hidrogênio e 32 g de oxigênio em um balão de vidro e provocando a


reação entre os gases, obteremos
a) 32 g de água com 2 g de oxigênio, que não reagiram.
b) 34 g de água oxigenada.
c) 34 g de água, não restando nenhum dos gases.
d) 18 g de água ao lado de 16 g de oxigênio, que não reagiram.
6. A equação de uma reação característica de neutralização é:
a) HNO3 + H2O → H3O+ + NO3
b) NaOH + HCl → NaCl + H2O
c) Ba(OH)2 (s) + H2O(l) → Ba+2(aq) + 2OH (aq)
d) H2 + Cl2 → 2 HCl

7. Considere as reações de cálcio metálico com água e de SO3 com água.


a) Escreva as equações químicas balanceadas, indicando os nomes e as fórmulas dos produtos dessas
reações.
b) Escreva a equação balanceada da reação que ocorre, e o nome do composto formado, se as soluções
dos produtos resultantes destas reações forem misturadas. Suponha que cada uma das soluções tenha
concentração igual a 1mol/L.

8. Paredes pintadas com cal extinta (apagada), com o tempo, ficam recobertas por película de carbonato
de cálcio devido à reação da cal extinta com o gás carbônico do ar. A equação que representa essa
reação é:
a) CaO + CO2 → CaCO3
b) Ca(OH) 2 + CO2 → CaCO3 + H‚O
c) Ca(HCO3) 2 → CaCO3 + CO2 + H2O
d) 2 CaOH + CO2 → Ca2CO3 + H2O

9. (UNICAMP, 1992) Para se manter a vela acesa, na aparelhagem a seguir esquematizada, bombeia-se
ar, continuadamente, através do sistema.

a) O que se observará no frasco III, após um certo tempo?


b) Escreva a equação química que representa a reação verificada no frasco III.

10. Uma mistura de hidrogênio, H2(g) e iodo, l2(g) reage, num recipiente fechado, em presença de
catalisador, produzindo o gás iodeto de hidrogênio, Hl. O desenho representa a mistura, antes da reação.

Supondo que a reação seja completa e considerando a quantidade de moléculas representadas no estado
inicial, qual dos desenhos representa o estado final do sistema?
EIXO TEMÁTICO MODELOS
2:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 4: Modelo cinético molecular
Habilidades: 4.1.Caracterizar o modelo cinético-molecular
4.1.1.Compreender que os materiais são constituídos por partículas muito
pequenas e que se movimentam pelos espaços vazios existentes nos materiais.
4.1.2. Reconhecer que o movimento das partículas está associado à sua energia
cinética.
4.1.3. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas
dos materiais, tais como mudanças de fase.
4.1.4. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas
dos materiais, tais como a constância da temperatura durante as mudança de fase.
4.1.5. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas
dos materiais, tais como a influência da pressão atmosférica na temperatura de
ebulição.
4.1.6. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas
dos materiais, tais como a densidade dos materiais como resultado do estado de
agregação das partículas.
4.1.7. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas
dos materiais, tais como as variações de volume de gases em situações de
aquecimento ou resfriamento.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Os vários materiais existentes no planeta podem ser identificados por
meio das suas propriedades físicas e químicas. Os modelos representativos das estruturas internas
desses materiais são importantes para a compreensão dessas propriedades. São os modelos de
constituição e de interação das partículas que nos permitem entender como ocorrem as transformações
dos materiais. O modelo cinético molecular deve ser o primeiro modelo a ser apresentado aos alunos. Este
conteúdo é suporte para a compreensão dos modelos atômicos
Condições prévias para ensinar
Diversidade dos materiais
O que ensinar
Desenvolver as idéias fundamentais que constitui o modelo cinético molecular: que os materiais são
constituídos de partículas muito pequenas, que existe espaço vazio entre as partículas, que elas se
movimentam sem cessar, ao acaso e em todas as direções e que as partículas interagem entre si com
forças de atração mútua. Ainda devem ser enfatizadas a aplicação dos pressupostos do modelo cinético-
molecular na interpretação de alguns fenômenos como mudanças de estado físico, diferença de
densidade, variações do volume dos gases com o aquecimento ou resfriamento . É importante que os
alunos utilizem o modelo para explicar propriedades como densidade e mudanças de fase.
Como ensinar
1.No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV o módulo 15 – Modelo
cinético molecular desenvolve este tema conforme orientações do CBC. 2. Mortimer, E. F.; Machado, A.
H. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2003. No capítulo 4 – Um modelo para os estados
físicos dos materiais, os autores apresentam várias atividades para o desenvolvimento deste conteúdo.
Como avaliar
Deve ser avaliada a participação dos alunos nas atividades.
Muitas questões são sugeridas nos dois materiais indicados.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 4: Modelo cinético molecular
4.1.Caracterizar o modelo cinético-molecular.
4.1.1.Compreender que os materiais são constituídos por partículas muito
Habilidade:
pequenas e que se movimentam pelos espaços vazios existentes nos
materiais.
Objetivos:
Propor modelos sobre a constituição das substâncias a partir da descrição ou realização de experimentos.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar o material. A atividade poderá ser realizada na sala de aula.
Pré-requisitos:
Não há.
Descrição dos procedimentos:
Atividade demonstrativa dialogada.
Esta atividade poderá ser realizada pelo professor.
Título:Modelos explicativos para a constituição das substâncias
Materiais
3 copos de vidro
Feijão suficiente para encher os copos
Areia fina
Água
Sal de cozinha
Desenvolvimento da aula
O professor deverá deixar os materiais longe da visão dos alunos.
Apresentar dois copos cheios de feijão e perguntar para os alunos se cabe mais feijão nos copos. Ouvir as
respostas e, em seguida, adicionar o feijão de um dos copos no outro. Colocar a seguinte questão: Não há
espaço para colocar mais feijão. Mas seria possível colocar outra coisa nos copos? Depois de ouvir as
respostas dos alunos, pegue a areia fina e coloque no copo vazio até enchê-lo. E, lentamente, vá
adicionando areia sobre o outro copo com feijão. Dê algumas batidinhas no copo para caber mais areia.
Discuta com os alunos. Coloque a seguinte questão: apresente os dois copos para os alunos e pergunte
se é possível colocar mais areia.
Após as discussões, perguntar: Cabe outro material que não seja a areia? Em seguida pegue água e
adicione nos dois copos.
Agora encha um copo com água e pergunte: Cabe mais água? E feijão? E areia? E sal de cozinha?
Porque o sal desaparece?
Questão
Faça um desenho que o ajude a explicar o que você observou nesta aula.
Esta atividade tem como objetivo usar um modelo concreto para ajudar aos alunos a imaginar um mundo
abstrato.
Módulo nº 15
MODELO CINÉTICO MOLECULAR
Autores: Marciana Almendro David e Liliane Regina Brito Vilela Ferreira

INTRODUÇÃO:
Todos os objetos ao nosso redor são feitos de átomos. Algumas vezes esses átomos combinam-se e
formam as moléculas. O que mantém essas moléculas unidas? Como elas formam os materiais? Afinal, o
que são moléculas? Todos os materiais são constituídos de moléculas?
Ao longo da história, o ser humano vem elaborando modelos para explicar como é constituída a matéria.
Um desses modelos é chamado de Modelo Cinético-Molecular.

http://physicsact.files.wordpress.com/2007/11/h2o.jpg
Segundo o modelo Cinético-Molecular, as partículas constituintes dos materiais se atraem por diferentes
tipos de forças que as mantêm unidas. As forças que unem as moléculas entre si são denominadas
intermoleculares. Por meio dessas forças é que explicamos o comportamento dos materiais em nosso dia-
a-dia. Segundo essa teoria, essas forças são responsáveis pelo estado físico das substâncias e pela
interação entre uma substância e outra. A dissolução, ou não, de uma substância em outra, por exemplo, é
um fenômeno regido pelas interações intermoleculares existentes entre as moléculas do soluto e as
moléculas do solvente.
Conhecendo a teoria das forças intermoleculares, nós podemos explicar questões tais como: por que
alguns insetos andam sobre a água; por que o gelo flutua na água; por que o ar é gasoso; por que a água
e o óleo não se misturam; por que o sal de cozinha se dissolve na água e não se dissolve no óleo; porque
areia e água não se misturam. E muitas outras questões podem ser explicadas.
Este módulo tem como objetivo caracterizar o modelo cinético-molecular e relacionar tal modelo com as
propriedades dos materiais.

Atividade 1 - em grupo: questão para discussão


Em nosso cotidiano, identificamos os materiais em sólidos, líquidos e gases. E, embora muitas vezes não
pensemos sobre isso, nós usamos alguns critérios para fazer essa categorização. Pense um pouco e
explique como é que você diferencia os estados físicos, descrevendo as características que você observa
quando os identifica.

ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS


ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química

ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino


ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


Eixo II: Modelos
Tema 2 - Constituição e a organização dos materiais
Tópico 4 – Modelo CINÉTICO MOLECULAR
4.1. Caracterizar o modelo cinético-molecular.
4.1.1. Compreender que os materiais são constituídos por partículas muito pequenas e que se
movimentam pelos espaços vazios existentes nos materiais.
4.1.2. Reconhecer que o movimento das partículas está associado à sua energia cinética.
4.1.3. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
mudanças de fase.
4.1.4. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
a constância da temperatura durante as mudanças de fase.
4.1.5. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
a influência da pressão atmosférica na temperatura de ebulição.
4.1.6. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
a densidade dos materiais como resultado do estado de agregação das partículas.
4.1.7. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
as variações de volume de gases em situações de aquecimento ou resfriamento.
4.2. Relacionar o modelo cinético molecular com as propriedades dos materiais.
4.2.1. Entender, por meio do modelo cinético-molecular, propriedades específicas dos materiais, tais como
o processo de dissolução.

Seção 1 – MODELO CINÉTICO-MOLECULAR


1.1 – Estados físicos dos materiais
Atividade 2 – em grupo: Critérios para identificar os estados físicos dos materiais
Nesta atividade você irá discutir com o seu grupo sobre a identificação dos estados físicos de diversos
materiais.
Lidar com os materiais em diferentes estados físicos faz parte da nossa experiência diária, isto é, todas as
pessoas, de um modo geral, conseguem distinguir os materiais sólidos dos líquidos e dos gases. Pense
sobre isso e faça uma lista dos critérios que você utiliza para identificar os estados sólido, líquido e gasoso
dos materiais.
Após a discussão do grupo, registre numa tabela como a seguinte, os critérios que vocês utilizaram para
identificar os estados físicos dos materiais.
Critérios para o estado Critérios para o estado Critérios para o estado
sólido líquido gasoso

Indique os estados físicos dos materiais da tabela, informando os critérios que vocês escolheram na
questão anterior.
Materiais Critérios usados para definir o estado físico Estado físico
Areia
Algodão
Gelatina
Creme dental

Areia - http://ciencias3c.cvg.com.pt/images/areia2.jpg
Algodão - http://waltermcarvalho.pro.br/algodao_flor_-_ROO.jpg
Gelatina - esolos-d09bgw.cnps.embrapa.br/blogs/emdia/?p=802
Creme dental - http://www.brasileirosnoexterior.com/?q=Creme_dental
Discuta com seu grupo e responda:
1- Os critérios que vocês escolheram foram adequados para definir o estado físico da areia, do algodão,
da gelatina e do creme dental? Explique.
Para identificar os materiais como sólidos, líquidos ou gasosos, muitas vezes, empregamos critérios tais
como: ser duro ou macio, seco ou molhado, flexível ou rígido, colorido ou incolor, visível ou invisível,
escorrer ou não escorrer, etc.
Apesar de serem muito úteis no dia-a-dia, esses critérios muitas vezes falham. Às vezes acreditamos que
os sólidos são duros, mas a borracha é macia e flexível. Podemos pensar que os líquidos escorrem, mas a
areia fina também escorre e é sólida, já a gelatina não escorre, mas molha. Pensamos também que os
líquidos molham, mas o mercúrio usado nos termômetros é líquido e não molha.
Do ponto de vista científico, os critérios para identificar sólidos, líquidos e gases não são esses que
usamos no dia-a-dia. Os cientistas criaram um modelo de partículas para representar os estados físicos
dos materiais.
Modelo de partículas e os estados físicos dos materiais
Modelos são representações das ideias sobre algo que não se pode ver nem mostrar através de fotos,
filmes ou qualquer outra forma de reprodução da realidade. Os modelos são usados para auxiliar as
explicações científicas em situações nas quais os objetos de estudo não permitem a observação direta.
Partículas, como o próprio nome indica, são partes muito pequenas dos materiais. Em algumas situações,
o termo partícula é usado para designar alguma coisa que podemos ver ao microscópio, por exemplo:
partículas de poeira no ar. Mas, em muitas situações, o termo é empregado para designar partes tão
pequenas dos materiais que não podem ser vistas nem ao microscópio eletrônico.
O modelo de partículas é utilizado frequentemente para explicar algumas das propriedades dos materiais.
Esse modelo consiste em uma tentativa de explicar o comportamento dos materiais pela organização ou
desorganização das partículas que o constituem, partindo do princípio de que toda a matéria é constituída
de partículas.

Modelo para o estado sólido


O estado sólido dos materiais é definido como aquele no qual as partículas possuem um alto grau de
organização, não se movimentando aleatoriamente; elas apenas vibram no mesmo lugar. Nesse estado,
os materiais apresentam baixa energia cinética, ou seja, baixa energia relacionada com o movimento das
partículas.
Os materiais sólidos podem ser rígidos, duros ou quebradiços ou maleáveis, flexíveis ou resistentes. As
características dos sólidos estão relacionadas com as ligações entre os átomos, moléculas ou íons que os
constituem.

http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/agua.html
No estado sólido, as partículas aparecem organizadas. As partículas do sólido não se movimentam de um
lugar para outro, elas apenas vibram no mesmo lugar, por isso todo sólido tem a forma definida de um
cristal.

universodesconexo.loginstyle.com - http://www.hoteliernews.com.br/imagens/noticias/Ice_Hotel_hall.gif
Cristais de gelo sobre a árvore / Hotel de gelo no Canadá
De acordo com o modelo cinético molecular, os cristais de gelo representam o estado sólido da água. Os
cristais são formados pelas interações entre as moléculas de água.

Modelo para o estado líquido


O estado líquido dos materiais é definido como aquele em que as partículas
apresentam maior nível de desorganização comparado ao estado sólido. As
partículas possuem maior grau de liberdade para se movimentar e, assim,
maior energia cinética, ou seja, a energia relacionada com o movimento das
partículas é maior do que no estado sólido e menor do que no estado
gasoso.
No estado líquido, as partículas estão desorganizadas e por isso os líquidos
não têm forma definida Eles assumem, portanto, a forma do recipiente que
ocupam.

http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/líquido_11.html
Os líquidos são fluidos, escorrem e se espalham. Essas características são devidas ao estado de
agregação e de energia das partículas que os constituem.

Modelo para o estado gasoso


No estado gasoso o movimento das partículas é caótico, ou
seja, elas se movimentam aleatoriamente em todas as
direções e sentidos. É por isso que os gases se espalham
tão rapidamente em um ambiente. Podemos perceber como
os gases se espalham quando o gás de cozinha escapa, ou
quando alguém abre um frasco de perfume ou descasca uma
mexerica.
Você sabia que as substâncias que constituem o gás de
cozinha são inodoras? O cheiro que sentimos quando o gás
de cozinha escapa é devido à adição de um composto de
enxofre ao gás de cozinha. Isso é feito por medida de
segurança, já que os compostos que constituem o gás de
cozinha são extremamente tóxicos e se inalados podem
matar por asfixia.
O estado gasoso dos materiais é definido como aquele em
que as partículas estão completamente desorganizadas e se
movimentam rapidamente em todas as direções e sentidos.
Nesse estado, os materiais apresentam energia cinética
muito alta, ou seja, altíssima energia relacionada com o
movimento das partículas, se comparado ao estado sólido.
http://tecnocientista.info/Imagens/applications/PhotoGalleryManager/images/Aurora_Boreal_Alaska_1.jpg
A aurora boreal terrestre é um fenômeno óptico que ocorre em latitudes do hemisfério norte, onde se
observa um brilho colorido intenso na atmosfera. Tal fenômeno ocorre em virtude da ionização de
partículas dos gases atmosféricos, principalmente o nitrogênio e oxigênio. A emissão de luz observada é o
resultado da excitação de elétrons.

Alguns modelos para as substâncias considerando o modelo cinético molecular

Muitos estudantes definem os estados físicos dos materiais pela maior ou menor aproximação entre as
partículas que os constituem. É verdade que no estado gasoso as partículas encontram-se mais afastadas
umas das outras do que nos outros estados físicos, assim como se movimentam intensamente, tendo,
portanto, alta energia cinética. Entretanto, a distância entre as partículas não é um bom critério para
distinguir líquidos de sólidos, pois embora a fusão de muitos materiais promova um distanciamento entre
suas partículas, além do aumento de sua energia, isto não ocorre em todos os casos.
A água, que existe no ambiente nos três estados físicos, é um exemplo de que nem sempre as partículas
ficam mais próximas no estado sólido. No gelo, as partículas se organizam formando cristais hexagonais,
cujas moléculas estão mais distantes umas das outras do que no estado líquido. Isso ocorre por causa das
ligações de hidrogênio.
O fato de o gelo flutuar sobre a água no estado líquido é uma evidência de que as suas moléculas estão
mais afastadas umas das outras. Para isso ocorrer é necessário que o gelo seja menos denso do que a
água, logo possui menos massa por volume, o que implica num maior afastamento entre as moléculas
para ocupar um volume maior.

A dissolução é o processo pelo qual um material se mistura com outro, formando uma mistura homogênea.
A mistura de sal e água é um exemplo de dissolução. Os íons que formam o sal se deslocam dos cristais e
se misturam na água.

A água é uma substância polar, ou seja, apresenta polos positivos e negativos. O polo negativo da água
atrai o íon positivo do sal (Na+) e o polo positivo da água atrai o íon negativo do sal (Cl-). Essa atração
provoca o deslocamento dos íons do cristal e sua solvatação na água.

Experimento 1 - A construção de modelos para os estados físicos


Material
• 4 tubos de ensaio com tampa.
• 1 béquer de 250 mL.
• Água.
• 2 pequenos pedaços de parafina.
• 2 cristais de iodo sólido.
• uma lamparina a álcool.
• um tripé.
• tela de amianto.
• Fósforos.
• uma pinça de madeira.
Como fazer
• Prepare o tripé com a tela de amianto.
• Coloque o béquer, contendo água até a metade, sobre a tela.
• Acenda a lamparina, coloque-a sob o tripé e espere que a água entre em ebulição.
• Coloque os pedacinhos de parafina em 2 tubos de ensaio e feche-os.
• Coloque os cristais de iodo nos outros 2 tubos de ensaio e feche-os.
• Observe os materiais colocados nos tubos de ensaio e anote as suas características.
• Segure com a pinça de madeira um dos tubos contendo parafina e mergulhe-o na água em ebulição.
Observe o que acontece, compare com o pedaço de parafina sólido do outro tubo e anote as suas
observações.
• Segure com a pinça de madeira um dos tubos contendo iodo e mergulhe-o na água em ebulição.
Observe o que acontece, compare com o pedaço de iodo sólido do outro tubo e anote as suas
observações.

Discussão
Discuta com o seu grupo e resolva as questões:
1. Descreva a parafina antes e após o aquecimento. Qual é o nome do processo ocorrido durante o
aquecimento da parafina?
2. Desenhe um modelo que mostre a parafina antes e depois do aquecimento. Represente as partículas
por bolinhas.
3. Descreva a aparência do iodo antes e depois do aquecimento. Qual é o nome do processo ocorrido
durante o aquecimento do iodo?
4. Desenhe um modelo que mostre o iodo antes e depois do aquecimento. Represente as partículas por
bolinhas.
5. Através do seu modelo de partículas é possível perceber as diferenças entre os materiais nos estados
sólido, líquido e gasoso? Justifique.

Experimento 2 – Os materiais no estado gasoso ocupam espaço e exercem pressão.


O ar é um material formado pela mistura de muitos gases, além de pequenas partículas sólidas e líquidas
em suspensão. Assim como os líquidos e outros tipos de gases, o ar ocupa espaço e exerce uma força
sobre os outros materiais, que é denominada pressão.
Questão para investigação: Quais são as evidências de que o ar ocupa espaço e de que atua sobre o
ambiente exercendo pressão?
Material
• Duas garrafas PET transparentes de refrigerante 2L.
• Dois balões de borracha.
• Um desentupidor de pia.
Como Fazer
1ª Parte
• Introduza um dos balões em uma das garrafas, prendendo a boca do balão no gargalo da garrafa.
• Sopre o balão preso ao gargalo tentando enche-lo o máximo possível.
• Anote a sua observação.
• Em seguida faça um furo na lateral da outra garrafa e repita o processo.
• Anote a sua observação sobre o que acontece no caso da garrafa ter um furo.
• Avalie se a presença do furo exerce alguma influência no resultado da experiência e anote a sua
conclusão, explicando o resultado.
2ª Parte
• Retire o balão da garrafa plástica furada e encha a garrafa com água, tampando o furo com o dedo.
• Tampe a garrafa, usando a tampinha apropriada de rosca e observe e retire o dedo do furo lateral. A
água sai pelo furo?
• Em seguida destampe e tampe a garrafa algumas vezes e observe o que acontece. Anote as suas
observações e as suas conclusões, explicando o resultado.
Discussão
Discuta com o seu grupo e resolva as questões:
Quando a garrafa é tampada, a água continua a escorrer um pouco e depois para.
1) O que acontece com o volume ocupado pelo ar contido na garrafa depois que a tampa é enroscada?
2) O ar confinado no interior da garrafa é capaz de exercer pressão no interior da garrafa?
3) Por que o ar atmosférico exerce uma ação sobre o líquido na região do furo lateral? Explique.
4) A tampa da garrafa exerce algum controle da ação do ar atmosférico sobre a superfície superior do
líquido? Explique.
5) Desenhe modelos de partículas que represente o ar na garrafa PET sem furo, antes e depois de se
tentar encher o balão.

Experimento 3 – A pressão dos líquidos e o funcionamento de um submarino.


Questão para investigação: como funciona um submarino?
Material
• Um tubo de ensaio (ou um conta gotas).
• Uma garrafa plástica vazia de refrigerante (tipo PET) cheia de água.
Como fazer
• Pegue o tubo de ensaio (ou um conta gotas) e coloque-o dentro da garrafa de plástico cheia de água, de
cabeça para baixo e tampe a garrafa. O tubo (ou um conta gotas) de ensaio deve funcionar como um
submarino.
• Observe o que acontece com a água e com o “submarino” quando apertamos e soltamos a garrafa.
• Apertando a garrafa, tente controlar o afundamento do “submarino” e depois sua emersão. Tente
também manter o submarino parado no meio da garrafa, sem afundar nem emergir. Anote as suas
observações.

Discussão
Discuta com o seu grupo e resolva as questões:
1) O que acontece com a quantidade de água dentro do tubo de ensaio quando pressionamos a garrafa
de plástico?
2) O que acontece com a água quando soltamos a garrafa? Como se explica esse comportamento?
3) O que acontece com a massa, o volume e a densidade do tubo de ensaio quando apertamos a garrafa
de plástico?
4) Por que o tubo de ensaio afunda quando apertamos a garrafa e flutua quando a soltamos?
5) Qual é a condição física para que o tubo de ensaio permaneça em equilíbrio na água, sem emergir nem
submergir?
6) Pesquise e responda: como fazem os peixes, polvos e outros animais aquáticos para submergir e
afundar na água?
7) Faça um desenho que represente a água no interior do tubo de ensaio quando ele está no fundo e
quando está acima no interior da garrafa PET.

Mudanças de estado físico


Os materiais podem se apresentar no estado sólido, líquido ou gasoso. Conforme mudam as condições
nas quais os materiais se encontram, eles mudam de estado. Os principais fatores que levam à mudança
de estado são temperatura e pressão.
Diagrama de fases

http://web.rcts.pt/fq/substancias/estados.gif
A mudança do estado sólido para líquido é chamada de fusão. A mudança do estado líquido para gasoso
é chamada de vaporizaçãoou evaporação. A mudança do estado gasoso para o líquido é chamada
de condensação ou liquefação. E a passagem direta do estado sólido para gasoso é chamada
de sublimação.
Embora a vaporização e a evaporação designem a mudança do estado líquido para o vapor, existem
diferenças entre elas. O processo de evaporação ocorre em diferentes temperaturas. A água evapora em
dias quentes ou frios.
Mas a vaporização ocorre quando o material é aquecido até a sua temperatura de ebulição. Ebulição é a
transformação do líquido em vapor, em determinada temperatura, que permanece constante durante todo
o processo.

http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens

Figuras: se deixarmos a água fervendo por algum tempo, ela irá se transformar em vapor e deixar o
recipiente: é a vaporização. Algum tempo depois da chuva, a rua seca: é a evaporação.
A condensação e a liquefação designam a mudança do estado gasoso para o líquido, mas também
apresentam diferenças. Acondensação é o processo pelo qual o gás se transforma em líquido por
resfriamento. O vapor d’água, por exemplo, se condensa ao encontrar uma superfície fria ou uma corrente
de ar frio.
Já na liquefação, o gás é transformado em líquido por aumento de pressão. Isso é o que acontece quando
treze quilos de gás de cozinha são colocados dentro de um botijão. O gás é tão pressionado para caber
nesse espaço, que é liquefeito. Por isso ele é chamado de GLP – Gás Liquefeito de Petróleo.

http://www.copagaz.com.br/dicas_seguranca/consumidores_residenciais.asp
O GLP é uma mistura de propano – C3H8 e butano - C4H10 , gases extraídos do petróleo e liquefeitos por
aumento de pressão.

Um outro exemplo de liquefação de gás ocorre nas geladeiras. O gás que circula em estreitos canos de
metal na geladeira passa por um compressor, onde é liquefeito. O objetivo da circulação do material
liquefeito na tubulação é produzir o resfriamento da geladeira. À medida que circula, o material liquefeito
vai retirando energia, em forma de calor, do interior da geladeira e se transforma novamente em gás.
Então, o gás volta para o compressor e é novamente liquefeito, e o processo continua indefinidamente,
enquanto o refrigerador for mantido em funcionamento.
Figura: Geladeira com a parte mecânica em detalhe ao lado, mostrando compressor e tubulação com
indicações dos nomes.
O gás usado na geladeira é liquefeito no compressor, passa pela tubulação retirando o calor do interior da
geladeira e transforma-se novamente em gás. O ciclo se repete indefinidamente, enquanto a geladeira
permanece ligada.
Gases usados em refrigeração
Os gases refrigerantes mais usados nas últimas décadas são os CFC – gases formados por Cloro, Flúor
e Carbono. Esses gases prejudicam a atmosfera porque destroem a camada de ozônio. Mesmo assim,
eles foram produzidos em larga escala até o ano de 2003. A partir de 2004, a sua produção começou a
diminuir gradativamente, até que em 2007 foi proibida a sua comercialização. Já existem no mercado
novos gases em substituição aos CFC.
Para o reparo de produtos antigos — geladeiras, equipamentos de ar-condicionado, balcões refrigerados
— até 2007, era usado gás CFC. Com a proibição do comércio desse gás no Brasil, o CFC reciclado,
transformado em outro gás que não ataca a camada de ozônio, torna-se uma oportunidade de negócios,
pois já existe um mercado com mais de 30 milhões de clientes potenciais.
De acordo com o que apresentamos até aqui, podemos concluir que um mesmo material pode se
apresentar no ambiente em mais de um estado físico, dependendo das condições a que está submetido. A
água, por exemplo, é encontrada no ambiente nos três estados: sólido (gelo), líquido (água líquida) e
gasoso (vapor d’água). Por essa razão, muitos fenômenos relacionados com a mudança de estado da
água podem ser observados em nosso cotidiano. Observe os exemplos a seguir:`
Figura: os jatos deixam um rastro no céu porque o vapor d’água
que sai de sua descarga, em contato com o ar gelado das
camadas atmosféricas mais elevadas, condensa e congela
imediatamente, provocando o aparecimento de uma espessa
fumaça branca. Essa fumaça é constituída de gotinhas muito
pequenas de água e pedacinhos muito pequenos de gelo,
misturados com o ar.
http://www.fotosearch.com.br/

Tanto os materiais puros quanto as misturas podem se apresentar em diferentes estados. Assim, os
estados físicos não podem ser usados como critério para distinguir substâncias de misturas, nem uma
substância da outra.
Figura: tanques usados para
evaporação da água do mar para
obtenção do sal cristalizado. Durante o
processo de evaporação, a água muda
do estado líquido para o gasoso e o
vapor d’água deixa o tanque,
misturando-se ao ar. À medida que a
água evapora, o sal vai ficando
depositado no fundo dos tanques.
http://arruda.rits.org.br/
Discuta com seu grupo e responda:
Questão 1
Um balão foi colocado na boca de um recipiente de vidro limpo e seco, e em seguida o
recipiente foi colocado sobre uma chapa quente. Durante o aquecimento pôde-se
observar que o balão inflou. UTILIZANDO o modelo cinético molecular, EXPLIQUE o
fenômeno observado.

Questão 2
A água é um exemplo típico de que o estado físico não é determinado apenas pela
proximidade entre as partículas constituintes de um material. Podemos afirmar que a
densidade do gelo é menor do que da água líquida porque o gelo flutua sobre a água.
Então, podemos afirmar também que as moléculas de água no gelo estão mais distantes
umas das outras do que no estado líquido. EXPLIQUE este fenômeno.

Questão 3
Conhecendo as temperaturas de ebulição dos seguintes líquidos submetidos à mesma pressão
atmosférica.
Líquido I II III IV
T (ºC) 76 90 110 140
Indique:
a) O líquido cujas partículas estão mais fortemente atraídas.
b) O líquido cujas partículas estão mais fracamente atraídas.
JUSTIFIQUE sua resposta.

Questão 4
A ideia de que as partículas estão em constante movimento foi apresentada por Leucipo e Demócrito, e
ainda continua válida. Considerando esta ideia podemos afirmar que
A) A pressão dos gases pode ser explicada pelo choque de suas partículas contra as paredes do
recipiente.
B) No estado gasoso, as partículas estão em movimento ordenado e relativamente afastadas umas das
outras.
C) No estado líquido, embora ainda em movimento, as partículas estão mais próximas que no estado
sólido.
D) O estado físico sólido é o único no qual as partículas não se movimentam.

Questão 5
Três materiais, I,II e III, apresentam o seguinte comportamento quando colocados em um recipiente:
I: movimenta-se em direção ao fundo;
II: espalha-se por todo o espaço disponível;
III: movimenta-se em direção ao fundo, espalhando-se e cobrindo-o.
Indique os estados físicos dos materiais I, II e III.

Questão 6
A acetona está em ebulição em um recipiente aberto. Em relação a esse sistema e aos seus
componentes, responda:
a) Qual a relação entre energia cinética média das moléculas no líquido e das moléculas no vapor?
b) Para que é usada a energia térmica absorvida pelo líquido?
c) Como se mantém a temperatura durante a ebulição? Justifique.

EIXO TEMÁTICO MODELOS


2:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 5: Modelos para o átomo
Habilidades: 5.3. Compreender o Modelo de Thomson.
5.3.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Thomson.
5.3.2. Estabelecer comparações entre ele e o modelo de Dalton.
5.3.3. Explicar fenômenos relacionados com partículas carregadas eletricamente
Baixe o módulo original
em PDF

usando o modelo de Thomson.

Por que ensinar


A química é uma ciência centrada em modelos, logo é de fundamental importância que o aluno tenha
clareza sobre este aspecto. O conceito de modelo está sendo construído desde os tópicos anteriores. É
importante que a partir deste tópico o aluno compreenda a natureza elétrica da matéria e seja capaz de
propor um modelo para o átomo que leve em consideração a presença de cargas elétricas na matéria.
Condições prévias para ensinar
É importante que o professor retorne a discussão a respeito de modelos na química. É de fundamental
importância a realização de alguns experimentos pelos alunos ou algumas demonstrações.
Sugestões de leituras para os professores:
• BOFF, E. T. O.; FRISON, M. D. Cargas elétricas na matéria. Química Nova na Escola. n.3. São Paulo:
SBQ, 1996. É um relato de experiência com enfoque na introdução ao estudo da estrutura da matéria.
• MORTIMER, E. F. Concepções atomistas dos estudantes. Química Nova na Escola. n. 1. São Paulo:
SBQ,1995.
O que ensinar
1. História de como os modelos foram propostos.
2. Modelo atômico de Thomson.
3. Comparação entre os modelos de Dalton e Thomson.
4. Diferença entre átomos e íons.
5. Reatividade das substâncias.
Como ensinar
Esperamos que já tenha sido realizada algumas experiências no tópico 4 sobre a questão de modelos.
Sugerimos que o professor desenvolva este tópico utilizando o capítulo 5 do livro MORTIMER, E. F. e
MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione, 2002. (Série
Parâmetros).
Sugerimos a leitura do texto “O modelo de Thomson” em SANTOS et al. Pequis: Projeto de ensino de
Química e sociedade. Química e sociedade Modelos de partículas e poluição atmosférica. São Paulo:
Geração, 2003. Módulo 2, Capítulo 3.
Também sugerimos a realização do experimento condutividade elétrica dos compostos que está na página
31 do livro CRUZ, R.Experimentos de química em microescala. São Paulo: Scipione, 1995.
O módulo 13 – Modelos e representação para os átomos disponível no site da Secretaria de
Educação http://www.educacao.mg.gov.br/no CRV desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
O professor pode utilizar reportagens que tratam de radioatividade e fazer discussões ou apresentações
de pesquisas na sala de aula.
Como avaliar
A bibliografia sugerida apresenta várias questões sobre tema.
Além disso, pode-se avaliar a participação dos alunos nas aulas práticas e expositivas. Leitura e
interpretação dos textos. Reescrita.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 5A: Modelos para o átomo
5.1. Conceber as partículas dos materiais e suas representações nos contextos
Habilidade:
históricos de suas elaborações.
Objetivos:
Associar as concepções sobre as partículas dos materiais e suas representações históricas
Providências para a realização da atividade:
A atividade poderá ser desenvolvida na sala de aula. Seria bom desenvolver a atividade na biblioteca, se a
mesma possuir espaço e acervo adequados. Caso a biblioteca não tenha um acervo, é importante o
professor providenciar alguns livros ou revistas. Pode pedir aos alunos para providenciar.
Pré-requisitos:
Não há
Descrição dos procedimentos:
Atividade
Esta atividade foi extraída do livro SANTOS, W. L .P dos (coord.); MÓL, G. S. (coord.); CASTRO, E. N. F.;
SILVA, G. S.; MATSUNAGA, R. T.; FARIAS, S.B.; SANTOS S. M. O.; DIB, S. M. F. C. A O Nascimento da
Química. In: _________. Química & Sociedade. Modulo 1. São Paulo: Nova Geração, 2003. p.10-20.

É interessante que o professor leia o texto que está no livro indicado para auxiliar os alunos na discussão
das discussões.

Questões
Cite algumas transformações químicas conhecidas desde o início da humanidade e sua utilização.
De que maneira o domínio do fogo influenciou o modo de vida do homem primitivo?
Em que acreditavam os alquimistas? Quais as suas principais atividades?
Como os iluministas contribuíram para o surgimento da Química como ciência e de que forma o contexto
da Revolução industrial também contribuiu para favorecer o desenvolvimento da Química?
Em que consistia a teoria do flogisto?
Que procedimentos Lavoisier introduziu na investigação das transformações químicas que contribuíram
para o surgimento da Química como ciência?
Identifique fatores que caracterizam uma revolução no conhecimento químico, propiciando o surgimento
da Química como ciência.
O que diferencia o conhecimento científico do conhecimento do senso comum?
Discuta com os seus colegas alguns efeitos da Química na sociedade.
Procure em revistas ou jornais alguma notícia que esteja associada à presença da Química na sociedade.
Esta informação traduz um aspecto positivo ou negativo da Química? Por quê?
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e organização dos materiais
Tópico 5B: Modelos para os átomos.
5.3. Compreender o Modelo de Thomson
5.3.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Thomson.
Habilidade: 5.3.2. Estabelecer comparações entre ele e o modelo de Dalton.
5.3.3. Explicar fenômenos relacionados com partículas carregadas eletricamente
usando o modelo de Thomson.
Objetivos:
Reconhecer a ocorrência da dissociação de substâncias em íons por meio de experimentos de dissolução
da substância em água ou de descrições desses experimentos.
Providências para a realização da atividade:
Para que a atividade possa ser realizada em uma aula é necessário que o professor deixe todos os
materiais separados e que já tenha confeccionado o dispositivo para testar a condutividade.
Pré-requisitos:
Não há.
Descrição dos procedimentos:
Título: Há passagem de corrente elétrica?
CUIDADO: os alunos nunca devem tocar nos eletrodos quando o dispositivo estiver ligado à tomada.
Os reagentes para esta atividade poderão ser encontrados em farmácias. Caso não encontre o hidróxido
de bário, não tem problema. Pode deixar de realizar o experimento que utiliza este reagente, sem
comprometer os objetivos da atividade.
Faça um dispositivo com uma lâmpada para testar a condutividade das soluções. Use uma lâmpada na
faixa de 15 W a 60 W.
Materiais e regentes
50 mL de ácido acético glacial
50 mL de água destilada (se possível)
Uma colher de cloreto de sódio (sal de cozinha)
Uma colher de sacarose (açúcar comum)
50 mL de solução de ácido sulfúrico 0,1 mol/L
50 mL de hidróxido de bário 0,03 mol/L
1 funil, 1 colher de areia fina, previamente lavada, Papel de filtro, fenolftaleína, 7 copos de vidro, 7
etiquetas, 1 conta-gotas, 1 bastão de vidro.
Obs: A temperatura de solidificação do ácido acético é 16,6 oC. Nos dias frios, solidifica-se, lembrando
gelo. Daí o nome.
Procedimento:
1ª parte
Rotule os copos, indicando o material que será colocado em cada um com as etiquetas: ácido acético,
água destilada, NaCl + água, Sacarose + água, ácido sulfúrico (aq) (H2SO4), Ba(OH)2(aq) + areia.
Coloque em cada copo 50 mL do material marcado no rótulo.
Mergulhe os eletrodos do dispositivo na solução de ácido acético puro e verifique se este permite que a
lâmpada se acenda. O ácido acético puro é condutor de eletricidade?
Lave o eletrodo e teste a água pura. A lâmpada acende? A água pura é condutora de eletricidade?

ATENÇÂO: Desligue e seque os eletrodos antes de passá-los de um copo para outro.


Mergulhe os eletrodos nos outros copos. Em quais casos a lâmpada acende? Quais materiais são
condutores de eletricidade?
Faça duas listas: uma, com os materiais que, nos testes realizados, conduziram a eletricidade e outra com
os materiais que não conduziram a eletricidade.
2ª parte
Agora, verifique se a propriedade de conduzir ou não conduzir a eletricidade nos materiais testados, se
altera quando se juntam dois desses materiais.
Mergulhe os eletrodos no copo com água e adicione, lentamente, com o conta-gotas, o ácido acético sobre
a água, com o circuito ligado. O que você diz do que observou?
Desligue o circuito, entorte os eletrodos e mergulhe-os na solução de hidróxido de bário. Ligue novamente
o circuito à tomada e verifique se a lâmpada está acendendo.
Adicione 4 gotas de fenolftaleína na solução de Ba(OH)2. Há alguma alteração visual?
Com o auxílio do conta-gotas, adicione lentamente a solução de ácido sulfúrico sobre a solução de
Ba(OH)2. Você observa alguma alteração visual na mistura? Qual?
Mantenha o circuito ligado e agite a solução com o bastão de vidro. Continue adicionando ácido sulfúrico
lentamente até o desaparecimento da cor rosa da solução. A lâmpada continua acesa. O que você acha
que aconteceu?
Agora adicione mais algumas gotas de ácido e observe o que acontece.
Questões
Faça um gráfico que represente a quantidade de ácido sulfúrico adicionado em função da intensidade da
lâmpada.
Como você explica o fato de alguns materiais conduzirem eletricidade e outros não?
Comentários
No final do século passado, o químico sueco Arrhenius propôs a seguinte explicação para a condução de
eletricidade: em algumas soluções existem partículas livres, carregadas de eletricidade positiva ou
negativa, que podem se mover através da solução. Quando a solução é colocada como parte de um
circuito elétrico, essas partículas movem-se em direção aos eletrodos, constituindo uma corrente elétrica
através da solução. Em outras palavras, tornam a solução condutora de eletricidade. As partículas foram
denominadas “íons” que, em grego, significa viajante, migrante. No experimento realizado os íons livres
aparecem na água + NaCl, H2SO4(aq), Ba(OH)2(aq) e ácido acético + água.
Se os íons forem neutralizados ou imobilizados, a solução deixa de ser condutora. Foi o que
aconteceu quando as soluções de H2SO4(aq) e Ba(OH)2(aq) se encontraram. Parte dos íons foi
neutralizada formando água e um sal branco insolúvel – BaSO4.
Algumas substâncias puras não têm íons livres ou os tem em uma quantidade tão pequena que
não é possível verificar a condução da corrente elétrica com o dispositivo utilizado. Como exemplo, temos
o ácido acético e a água. Mas, eventualmente, quando são colocados em contato, pode haver formação
de íons tornando a mistura resultante condutora.
Algumas substâncias dissolvem em água, mas não produzem íons. Assim, suas soluções não são
condutoras. É o caso da sacarose.
Há, ainda, aquelas substâncias que são insolúveis em água e que, portanto, são incapazes de
libertar íons em presença de água. Exemplo: areia e sulfato de bário.
Observações:
Se os reagentes tiverem muitas impurezas (cloreto, nitrato, etc) que não forem precipitados, a lâmpada
não apagará completamente no ponto de equivalência. Neste caso aconselha-se usar reagentes P.A ou
aumentar a intensidade da lâmpada.
Apenas com esse experimento pode ser difícil que os alunos construam um modelo científico que explique
a condutividade doa soluções. O professor deve provocar os alunos durante a realização dos
experimentos. Não faça generalizações indevidas. Lembre-se que se entre um ácido e uma base formar
um sal solúvel, a lâmpada continuará acesa.
Por meio deste experimento o professor pode introduzir o modelo de Thomsom.
Atividade adaptada da Revista de Ensaio de Ciências no 12 – Março 1985
Possíveis dificuldades:
Ao longo da atividade estão explicitados os possíveis problemas.
Alerta para riscos:
Leia com cuidado a atividade e veja os possíveis riscos.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 5C: Modelos para o átomo
Habilidade: Modelos atômicos, imaginando o invisível.
Objetivos:
ajudar os alunos a entender o que são modelos.
Materiais
ü Uma caixa de papelão pequena ou média (pode ser uma caixa de sapato),
ü Três objetos diferentes que só devem ser conhecidos pelos componentes do grupo. Esses objetos
podem ser: uma esfera, um dado uma borracha ou outro qualquer. a caixa deverá estar bem lacrada e, se
possível, embrulhada com outro papel.
Procedimento:
Esta atividade deve ser realizada em grupo na própria sala de aula. Cada equipe deve preparar um kit com
uma caixa de papelão, A atividade consiste em analisar as caixas dos outros grupos e tentar descobrir o
que há dentro delas sem abri-las.
Pense: como é possível descobrir o conteúdo da caixa?
Para isso, vamos procurar descrever possíveis propriedades dos objetos contidos nas caixas, como:
dureza, textura da superfície, tipos de material, propriedades magnéticas, densidades, formas, tamanhos,
etc.
1. Construa em seu caderno uma tabela e complete-a

1. Conforme as propriedades observadas, faça um desenho (modelo representativo) que melhor


represente os objetos que você identificou em cada caixa.
2. Depois de elaborado um modelo para os objetos de uma caixa troque de caixa com outro grupo e
proceda à nova análise, até que sejam analisadas todas elas.
3. Após as observações realizadas com todas as caixas discuta as conclusões de cada grupo a respeito
dos objetos e vejam o que há em comum, confrontando os modelos propostos para os objetos de cada
caixa, discutindo os critérios que levaram a sua elaboração. Proponha, quando possível, um modelo
comum.
4. Solicite, ao professor que abra as caixas e confira o que tem em cada uma.
5. Os objetos elaborados correspondem às características reais dos objetos? Por quê?
Fonte: “Pequis – Projeto de ensino de Química e Sociedade/ Souza, G e V.A. São Paulo: Nova Geração,
2008.
Ø Outra forma de desenvolver a atividade: O professor pode colocar os objetos dentro das caixas e
embrulhá-las. Colocar objetos iguais em todas as caixas, entregar uma caixa a cada grupo que foi formado
a critério do professor, assim eles terão apenas uma caixa para analisar, tornando a atividade mais rápida,
a atividade é igual à outra a partir do tópico 3.
Ø É ideal que antes de falar sobre modelos atômicos ou outro modelo qualquer o professor desenvolva
essa atividade, para que os alunos tenham uma melhor noção do que são modelos e porque os cientistas
se valem dessa estratégia para explicar os fenômenos.
Módulo nº13
MODELOS E REPRESENTAÇÕES DO ÁTOMO
Autores: Liliane Regina Brito Vilela Ferreira, Marciana Almendro David, Penha Souza Silva
http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/os%20modelos%20atomicos.htm Acesso em 24/12/2007
Introdução
Desde muitos anos antes de Cristo, o homem sente necessidade de explicar os fenômenos que ocorrem
ao seu redor. Surgiam então, os modelos. No entanto, antes de abordarmos os modelos em questão, é
necessário trabalharmos primeiro, ideias como: O que é um modelo? Por que ele deve ser estudado? Um
modelo é uma verdade absoluta?
Modelos e teorias são criados com o intuito de explicar fatos ou fenômenos que ocorrem ao nosso redor.
Determinado modelo pode ser adequado por certo tempo e depois não ser mais. Na ciência nada é para
sempre. O que é uma verdade hoje pode não ser mais amanhã.
Neste módulo didático, vamos estudar a evolução histórica dos modelos atômicos, suas representações e
os fatos que levaram os cientistas a proporem seus respectivos modelos para a estrutura atômica.
Falaremos sobre as principais características de cada modelo e abordaremos também alguns conceitos,
como: número atômico, massa atômica, íons e também como é feita a representação de um elemento
utilizando seu símbolo.

Atividade 1 – Para ser realizada em grupo


Questões para discussão:
1- De que são constituídos os materiais?
2- Por que alguns materiais conduzem corrente elétrica e outros não?
3- Você já observou que os materiais sofrem modificações quando são aquecidos, quando são deixados
ao sol ou quando são colocados em água? Cite alguns exemplos.
4- Sugira modelos de explicação para as modificações sofridas pelos materiais nos seus exemplos.

ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS


ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química

ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino


ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


Eixo II: Modelos
Tema 2 – Constituição e a organização dos materiais
Tópico 5 – Modelos para o átomo
5.1. Conceber as partículas dos materiais e suas representações nos contextos históricos de suas
elaborações.
5.1.1. Associar as concepções sobre as partículas dos materiais e suas representações aos contextos
históricos correspondentes.
5.1.2. Conhecer, de forma geral, a história do desenvolvimento das ideias e das tecnologias, empregadas
em seu tempo, que levaram à elaboração de cada um dos modelos.
5.2. Compreender o Modelo de Dalton.
5.2.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Dalton.
5.2.2. Estabelecer relações entre o modelo atômico de Dalton e as propriedades das substâncias para
explicá-las.
5.3. Compreender o Modelo de Thomson.
5.3.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Thomson.
5.3.2. Estabelecer comparações entre o modelo atômico de Thomson e o modelo de Dalton.
5.3.3. Explicar fenômenos relacionados com partículas carregadas eletricamente usando o modelo de
Thomson.
5.4. Compreender o Modelo de Rutherford.
5.4.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Rutherford. 5.4.2. Estabelecer
comparações entre o modelo atômico de Rutherford e os modelos de Dalton e Thomson.
5.5. Compreender o Modelo de Bohr.
5.5.1. Caracterizar e representar simbolicamente o modelo atômico de Bohr.
5.5.2. Estabelecer comparações entre o modelo atômico de Bohr e o modelo de Dalton, Thomson e
Rutherford.
5.5.3. Saber que elétrons são as partículas atômicas mais facilmente transferíveis nas interações dos
materiais.
5.5.4. Saber que o átomo pode perder ou ganhar elétrons tornando-se um íon positivo (cátion) ou negativo
(ânion).
5.5.5. Prever os íons formados pela perda ou ganho de elétrons de um átomo neutro.
5.5.6. Reconhecer a formação de íons por meio de processos físico-químicos, por exemplo, a eletrólise.
5.5.7. Distribuir os elétrons de átomos neutros e de íons de acordo com o Modelo de Rutherford-Bohr.
5.6. Empregar os modelos atômicos na explicação de alguns fenômenos.
5.6.1. Compreender a finalidade de cada um dos modelos.
5.6.2. Usar cada um dos modelos adequadamente para explicar fenômenos observáveis, tais como a
emissão de luz de diferentes cores.
5.6.3. Usar cada um dos modelos adequadamente para explicar fenômenos observáveis, tais como a
condução de corrente elétrica.
5.6.4. Reconhecer o uso dos diferentes modelos na explicação de teorias, tais como o modelo de Dalton
para a teoria cinética dos gases.
Tópico 6 – Representações para átomos.
6.1. Representar um elemento químico qualquer a partir de seu símbolo e número atômico.
6.1.1. Identificar o símbolo dos principais elementos químicos na Tabela Periódica; relacionar suas
propriedades com a sua posição na Tabela.
6.1.2. Identificar a massa atômica de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.1.3. Identificar o número atômico de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.2. Representar as partículas do átomo: prótons, elétrons e nêutrons.
6.2.1. Entender que o conceito de elemento químico está associado ao de número atômico.
6.2.2. Entender a carga elétrica das espécies químicas elementares e os íons que podem formar.
6.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
6.3. Representar isótopos.
6.3.1 Saber que um mesmo elemento químico pode existir tendo diferentes números de nêutrons.
Seção 1 – MODELOS PARA O ÁTOMO
1.1 – A ideia de modelo
Modelo pode ser definido como a representação concreta de alguma coisa. O modelo reproduz os
principais aspectos visuais ou da estrutura daquilo que desejamos modelar, de modo que se torne uma
“cópia da realidade”. Um modelo pode ser a representação de uma ideia, objeto, evento, processo ou
sistema. Pode ser usado para fazer previsões, guiar pesquisas, justificar resultados e facilitar a
comunicação.
Os modelos são criados a partir de ideias na mente de uma pessoa (modelo mental). A elaboração de um
modelo mental é uma atividade conduzida por indivíduos, sozinhos ou em grupos, e pode ser expressa por
meio da ação, da fala, da escrita, do desenho. Uma versão do modelo mental que é expresso por um
indivíduo por meio da ação, fala ou escrita é denominado modelo expresso.

1.2 – A ideia de átomo


A ideia da existência dos átomos é tão antiga que fica difícil precisar-lhe a origem. No tempo de Cristo
essa ideia já era velha. As notícias mais bem fundamentadas que chegaram até nós têm suas origens na
Grécia, onde parece que a ideia da divisibilidade da matéria teria sido posta em questão pelos filósofos.
Dois desses filósofos, Leucipo e Demócrito (480 - 430 a.C.) são considerados os criadores da teoria dos
átomos. Durante vários séculos, os filósofos discutiram se a matéria seria compacta, como nos parece à
vista, isto é, de estrutura contínua, ou então formada por corpúsculos independentes e distintos entre si,
isto é, descontínua, formada por átomos. A opinião escolhida, a favor ou contra, fundamentava-se apenas
em raciocínios e não na experiência. No século XVII, Boyle defende a existência dos átomos baseado em
razões experimentais. Observou que os volumes dos gases diminuíam com a pressão a que estavam
sujeitos e, então, supôs que a pressão era resultado do choque dos átomos contra as paredes do recinto
que continha o gás.
No alvorecer do século XIX, Dalton apresenta uma nova razão de caráter experimental, porém mais ampla
e mais profunda. Apoiado em fenômenos químicos, ele afirma que os átomos combinam entre si para a
formação de compostos.
Dalton é considerado o criador da hipótese atômica nos tempos modernos pelo fato de ter conseguido
apresentar a teoria em condições que permitissem a aceitação. Dalton dirigiu as suas atenções para o
estudo dos fenômenos físicos e levou em consideração como esses fenômenos deveriam ocorrer se,
realmente, as substâncias fossem formadas por átomos. Segundo ele, as combinações das substâncias,
umas com as outras, deveriam consistir em certas trocas entre os átomos dessas substâncias.

1.3 – Antecedentes dos modelos atômicos


Segundo os historiadores da ciência, os filósofos gregos Demócrito e Leucipo, do século 4 a.C., foram os
primeiros a empregar o termo átomo, que em grego quer dizer indivisível. Mas as ideias sobre o átomo
como constituinte dos materiais não foram aceitas pelos outros filósofos daquela época e caíram no
esquecimento até no século 1 a.C., quando Lucrécio, um poeta romano, resolveu fazer um poema
intitulado "De rerum natura" ("Sobre a natureza das coisas"). No poema, Lucrécio afirma que toda a
matéria é constituída por partículas em constante movimento. Assim, essa ideia se espalhou entre os
pensadores e ganhou popularidade.
Mais tarde, Aristóteles (384 - 322 a.C.), outro filósofo grego, que se dedicou às observações no campo das
Ciências da Natureza, reconhecia o fogo, o ar, a água e a terra como elementos responsáveis pela
constituição da matéria. Ele acreditava que esses elementos são constituídos de átomos, partículas
indivisíveis. Segundo Aristóteles, tudo é formado de átomos e os elementos podem se transformar uns nos
outros.
Na antiguidade (de 1900 a.C. até 475) e na idade Média (de 476 até 1453), a ideia de átomo teve pouca
aceitação por ser considerada materialista, pois nessa época, os filósofos estavam mais preocupados com
a salvação do espírito. Além disso, os filósofos se dedicavam à arte de pensar e não à experimentação,
que para eles, por tratar-se de um trabalho manual, não era digno. Isso impediu, durante muito tempo, que
a ideia de átomo fosse mais difundida e evoluísse.
Na idade média, paralelamente à Filosofia, desenvolveu-se a Alquimia. É provável que vocês já tenham
ouvido falar num livro e num filme muito divulgados no mundo inteiro: Harry Potter e a Pedra Filosofal. O
livro e o filme contam as aventuras de Harry Potter e seus amigos numa escola de bruxos, onde eles
aprendem a fazer poções para curar doenças e também sobre os poderes mágicos da pedra filosofal. A
história de Harry Potter é uma ficção, mas a história da alquimia, um misto de ciência e de crenças
místicas, é a história que deu origem ao desenvolvimento da Ciência Química.
A Alquimia permitiu à humanidade acumular um conhecimento prático de manipulação de substâncias
durante as tentativas mal sucedidas de transformação de metais comuns em ouro, visando riqueza. E
também durante a busca da cura para todas as doenças e da fonte de vida eterna, através da Pedra
Filosofal.

1.4 – Dalton e a teoria atômica


Foi somente na idade moderna que a teoria atômica passou a ser a base para o desenvolvimento da
Química. O primeiro cientista responsável pela disseminação das ideias do átomo na idade moderna foi
John Dalton, um químico inglês. Em 1806 ele publicou um livro intitulado Um novo sistema de filosofia
química, onde foi apresentada, pela primeira vez, a ideia de que toda a matéria é constituída por
partículas, que foram denominadas de átomo.
O modelo de Dalton instigou outros cientistas pela busca por respostas e proposição de futuros modelos.
Na verdade, o modelo de Dalton é muito útil ainda hoje, pois é suficiente para explicar de maneira
simplificada as transformações químicas.
Mas, para Dalton, o átomo era um sistema contínuo, maciço, não era constituído de partículas e, por
conseguinte, não havia espaço entre elas. Os átomos de Dalton só se diferenciavam pelo tamanho e pela
massa, e essa diferença não era suficiente para explicar o comportamento dos materiais. E, embora
Dalton já tivesse uma boa intuição sobre como explicar as transformações químicas, o seu modelo não era
suficiente para explicar por que os átomos se unem e se separam e se unem novamente. Durante muito
tempo, as perguntas sobre o comportamento dos materiais continuaram sem respostas, mas muitos
cientistas construíram modelos na tentativa de responder estas questões.

O modelo atômico de Dalton


Segundo o modelo atômico de Dalton, também conhecido como “modelo atômico bola de bilhar”, toda
matéria seria formada por átomos. Esses átomos seriam esferas maciça, homogênea, indivisível e
eletricamente neutra. Átomos diferentes indicariam elementos químicos diferentes, com propriedades
físicas e químicas também diferentes. A união desses átomos formaria as substâncias que existem ao
nosso redor.

Modelo atômico de Dalton


Legenda: os átomos para Dalton são esferas maciças e indivisíveis. Átomos de elementos diferentes
possuem tamanho e quantidade de massas diferentes.

A hipótese atômica de Dalton:


O modelo de Dalton baseava-se nas seguintes hipóteses:
• tudo que existe na natureza é composto por partículas extremamente pequenas denominadas átomos;
• os átomos são indivisíveis e indestrutíveis;
• existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na natureza;
• os átomos se diferem uns dos outros em tamanho e em massa;
• combinados uns com os outros, átomos iguais ou diferentes, em variadas proporções, formam todas as
matérias conhecidas do universo;
• as transformações químicas nada mais são do que recombinações de átomos. Os átomos se separam,
desfazendo suas combinações iniciais e se recombinam de outra maneira, resultando em outros materiais
diferentes.

Leis Ponderais
Com base no modelo atômico de Dalton podemos explicar as Leis ponderais das reações químicas.
Lei da Conservação da Massa – Lavoisier: “Numa reação química, em sistema fechado, a massa total é
constante”, ou seja, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos.

Conclusão: O número de átomos antes da reação é igual ao número de átomos depois da reação, logo a
massa é constante.
Lei das Proporções Constantes – Proust: “Numa reação química, as massas das substâncias que reagem
e das substâncias que se formam estabelecem sempre uma proporção”.
Conclusão: Dobrando o número de átomos dos reagentes, dobra também o número de átomos do produto
e as massas também dobram, mantendo a mesma proporção.

Atividade 2:
Com base no modelo atômico de Dalton, e utilizando massinha de modelar ou bolinhas de isopor, divida a
sala em grupos e peça aos alunos que representem os reagentes e produtos das reações químicas, cujas
equações são dadas abaixo:
a) 2H2 + O2 → 2H2O
b) 2N2 + O2 → 2N2O
c) 2H2O2 → 2H2O + O2
d) 2SO2 + O2 → 2SO3
Obs: A legenda fica a cargo dos alunos.
Comentários:
Em uma reação química, os átomos se reorganizam, ocorrendo um rearranjo atômico, com isso novos
materiais são formados. Ou seja, os átomos não se modificam, eles são sempre os mesmos (com exceção
dos átomos radioativos).
A partir da representação das equações químicas acima é possível compreendermos em termos
microscópicos, o que nos é mostrado macroscopicamente.

Atividade 3:
Dalton foi um fantástico físico-químico. Além da teoria atômica enunciada, ele contribuiu com vários outros
trabalhos em diversos seguimentos do conhecimento.
Pesquise sobre os trabalhos desenvolvidos por Dalton e as contribuições deste cientista para a sociedade
moderna.

1.5 – A natureza elétrica da matéria


Uma das propriedades da matéria que não encontrou explicação no modelo de Dalton foi a sua natureza
elétrica. Os cientistas observaram que alguns materiais podem atrair ou ser atraídos por outros. Mas como
construir um modelo para explicar essa atração dos materiais usando o modelo de Dalton se, para ele, os
átomos eram maciços e indivisíveis? Para explicar a atração e a repulsão entre os materiais era
necessário pensar em partículas carregadas de cargas elétricas positivas e negativas.

Experimento 1 – Observando a natureza elétrica da matéria


Materiais
• duas folhas de papel toalha;
• uma régua, um pente feito de plástico endurecido ou um bastão de vidro;
• canudinho de refresco, dos mais estreitos;
• linha de carretel;
• um suporte conforme a ilustração.
Legenda – Ao aproximar o bastão de vidro atritado do canudinho também atritado com o papel toalha,
ocorre atração, seguida de repulsão.

Como fazer
1º Teste
1) Pegue uma folha de papel toalha e pique em pedaços pequenos. Aproxime uma régua de plástico dos
pedaços de papel picados, sem tocá-los. Observe e anote.
2) Esfregue a régua ou o bastão de vidro num papel toalha e aproxime-o do papel picado, sem tocá-los.
Observe e anote.
2º Teste
1) Prenda um canudinho de refresco com uma linha no suporte, de modo que o canudinho possa girar
livremente. Atrite o canudinho com um papel toalha.
2) Atrite a régua ou o bastão de vidro com um pedaço de papel toalha e aproxime-o da extremidade do
canudinho que foi atritada. Observe e anote.
3) Repita esse procedimento usando um pente que você acabou de passar no cabelo. Observe e anote.

Discussão
Discuta com o seu grupo e responda as questões:
1) a) Em quais experimentos você constatou atração entre os materiais?
b) Em quais experimentos você constatou repulsão entre os materiais?
2) Por que é necessário atritar o material (por exemplo, o pente contra o cabelo ou o bastão de vidro
contra o papel toalha) para que esse fenômeno de repulsão e de atração apareça?
3) O que esses fenômenos sugerem em relação à constituição da matéria?
4) Desenhe um modelo de partículas usando partículas positivas e negativas para explicar os fenômenos
observados. (Use bolinhas com um sinal de + em seu interior, para representar partículas positivas. Use
bolinhas com um sinal de – em seu interior para representar as partículas negativas).

O modelo atômico de Thomson


O primeiro modelo detalhado do átomo que teve como objetivo
explicar a natureza elétrica da matéria foi proposto por J. J. Thomson,
em 1898. Esse modelo baseava-se na ideia de que o átomo era uma
esfera carregada de cargas positivas, onde estavam submersas
partículas negativas, denominadas elétrons. Foi Thomson quem
lançou a ideia de que o átomo era um sistema descontínuo e,
portanto, divisível.
A referência que ele fez às partículas positivas e negativas do átomo
contribuiu para a descoberta das partículas que receberam os nomes
de prótons e elétrons. Por se tratar de uma pessoa com alta
influência em sua época, o modelo do Lord Thomson para o átomo
tornou-se muito conhecido. Os estudantes de Química referiam-se a
ele como pudim de ameixa, porque era representado por uma massa
compacta com cargas alternadas em seu interior.
Para Thomson o átomo era uma esfera carregada de cargas positivas, onde estariam submersas
partículas negativas, que foram denominadas elétrons. A quantidade de cargas positivas e negativas
seriam iguais e, dessa forma, o átomo seria eletricamente neutro.
http://exercicios.fisicoquimica.googlepages.com/estrutura_atomica Acesso em 03/11/2007
Joseph John Thomson nasceu no dia 18 de dezembro de
1856 em Manchester. Formou-se no Trinity College,
Cambridge, e se tornou membro dessa instituição por toda
sua vida. Lecionou Física Experimental de 1884 a 1918.
Após ser nomeado em 1884, dedicou-se a estudar as
descargas elétricas em gases a baixas pressões e publicou o
livro Descarga de Eletricidade através dos Gases (1897).
Desenvolveu brilhantes trabalhos sobre os raios catódicos
que levaram à descoberta e identificação do elétron e, em
1903, propôs um modelo sobre a estrutura do átomo,
conhecido como modelo “pudim com passas”.
J. J. Thomson recebeu inúmeros prêmios científicos e
condecorações, entre os quais o Prêmio Nobel, em 1906.
Faleceu em 1940, no dia 30 de agosto, em Cambridge,
Inglaterra, tendo deixado uma interessante
autobiografia Recordações e Reflexões, escrita em 1936.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_John_Thomson Acesso
em 08/01/2008
Apesar da grande contribuição do modelo de Thomson para derrubar a ideia de que o átomo seria
indivisível, a sua descrição não foi satisfatória para explicar as propriedades químicas dos átomos. A teoria
de Thomson não explicava por que os átomos se uniam uns aos outros e, durante as transformações, se
separavam e se uniam de maneira diferente, formando outros materiais.

Atividade 4:
Dividir a sala em grupos e propor aos alunos um trabalho de pesquisa. No final do prazo estipulado, os
grupos farão a apresentação do tema pesquisado.
Temas sugeridos:
• Tubos de raios catódicos.
• Lâmpadas fluorescentes.
• A descoberta do próton.

Exercício 1:
(UFMG – 2006) No fim do século XIX, Thomson realizou experimentos em tubos de vidro que continham
gases a baixas pressões, em que aplicava uma grande diferença de potencial. Isso provocava a emissão
de raios catódicos. Esses raios, produzidos num cátodo metálico, deslocavam-se em direção à
extremidade do tubo (E).
(Na figura, essa trajetória é representada pela linha tracejada X).

Nesses experimentos, Thomson observou que:


I) a razão entre a carga e a massa dos raios catódicos era independente da natureza do metal constituinte
do cátodo ou do gás existente no tubo;
II) os raios catódicos, ao passarem entre duas placas carregadas, com cargas de sinal contrário, se
desviavam na direção da placa positiva.
(Na figura, esse desvio é representado pela linha tracejada Y).
Considerando-se essas observações, é CORRETO afirmar que os raios catódicos são constituídos de:
A) elétrons.
B) ânions.
C) prótons.
D) cátions.

1.6 – Modelo atômico de Rutherford


Ernest Rutherford nasceu no dia 30 de agosto de 1871,
em Nelson na Nova Zelândia. Devido a seu bom
desempenho como aluno, ganhou bolsa de estudos para
a Universidade da Nova Zelândia e mais tarde, recebeu
outra bolsa, dessa vez para a Universidade de
Cambridge, na Inglaterra. Em Cambridge, Rutherford
trabalhou com J. J. Thomson.
A partir de 1902, realizou trabalhos que levaram à
demonstração de elementos radioativos. Em 1908,
Rutherford realizou uma famosa experiência, na qual
bombardeou com partículas alfa uma finíssima lâmina de
ouro. Com base em observações feitas nessas
experiência, Rutherford propôs o seu modelo para a
estrutura do átomo. Em 1908, Rutherford recebeu o
Prêmio Nobel de Física por seus trabalhos.
Em 1919, Rutherford sucedeu Thomson na direção do
Laboratório Cavendish e tornou-se professor catedrático
da Universidade de Cambridge. Foi, depois, presidente
da Royal Society e também recebeu o título de barão.
Em 1931 foi homenageado com o título de primeiro
barão de Rutherford de Nelson e Cambridge.
Ernest Rutherford faleceu em Cambridge na Inglaterra,
no dia 19 de Outubro de 1937.

http://www.e-escola.pt/site/personalidade.asp?per=41
Acesso em 28/11/2007

Após a descoberta dos prótons, em 1886, pelo alemão Goldstein, ficava evidente que o modelo atômico
enunciado por Thomson não era mais completo, pois este não levava em consideração as partículas
subatômicas carregadas positivamente. Mas um fato já era evidente: o átomo não é indivisível.
A partir de 1896, as experiências conduzidas por Henri Becquerel e Marie Curie mostraram que alguns
elementos químicos emitem radiações naturais. Esse fenômeno ficou conhecido como radioatividade.
Posteriormente, Ernest Rutherford, físico neozelandês que trabalhava sob a orientação de Thomson,
descobriu que havia três tipos de radiações as quais ele denominou alfa(a), beta(b) e gama(g). A equipe
de Rutherford chegou à conclusão que seria interessante usar as partículas alfa (partícula positiva e de
massa bastante elevada comparada à partícula beta) para bombardear átomos de outros elementos como,
por exemplo, ouro, alumínio e cobre. Inicialmente, o ouro foi escolhido por ser um material inerte.
Rutherford colocou fragmentos do elemento polônio em uma caixa de chumbo contendo uma abertura.
Esse elemento emite espontaneamente partículas α (carga elétrica positiva). As partículas α atravessavam
essa abertura e bombardeavam uma finíssima lâmina de ouro, rodeada por um anteparo de sulfeto de
zinco (ZnS). Esse anteparo foi colocado para que fosse possível observar as partículas que
atravessassem a lâmina e as que ricocheteassem, visto que o sulfeto de zinco emite uma luminosidade
instantânea quando atingido por partículas α.
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s06.html#exp09 Acesso em 28/11/2007
Para pensar:
Se o modelo de Thomson fosse adequado para explicar o átomo, o que deveria ser observado durante o
bombardeamento do ouro com as partículas alfa?

Rutherford observou que a maioria das partículas α atravessaram a lâmina de ouro, produzindo
luminosidade na parte de trás do anteparo de ZnS, poucas partículas α ricocheteavam, não atravessando
a lâmina de ouro, e poucas partículas α atravessavam a lâmina e sofriam desvio.

Prêmio Nobel de Física de 1908 – A desintegração do Urânio


Aos 22 anos, Rutherford já se aprofundava nos estudos de Matemática e Física, sob a orientação de J.
J. Thomson. Em 1896, após as descobertas do rádio e polônio pelo casal Curie, dos Raios X por Roentgen
e da radiatividade por Becquerel, Rutherford passou a estudar o elemento urânio.
Ao estudar as radiações do urânio, Rutherford descobriu que elas eram de pelo menos duas naturezas
diferentes, pois ao atravessar um campo magnético essas partículas se distribuíam e cada parte seguia
um sentido oposto ao da outra. Propôs que essas partículas fossem designadas como radiação alfa e
radiação beta, denominações que ainda são usadas.
Rutherford e seus colaboradores realizaram estudos a respeito da radiatividade e descreveram todas as
famílias radiativas. Eles descobriram que os elementos radioativos que perdem partículas do núcleo se
transformam em outros elementos.
O urânio, à medida que emite partículas do núcleo vai se transformando em outros elementos de uma
série que inclui o rádio e o polônio, até chegar ao chumbo, no qual não existe radiatividade. Entre o urânio
e o chumbo estão todos os elementos radiativos intermediários, resultantes da "degradação" radiativa ou
desintegração do urânio. Esse importante trabalho resultou no reconhecimento universal do mundo
científico e na maior recompensa que se pode dar a um pesquisador – o prêmio Nobel de Física –
conferido a Rutherford em 1908.

Atividade 5:
Antes de apresentarmos as conclusões de Rutherford sobre a experiência, faça com atenção a atividade
5.
Nessa atividade, os alunos deverão se reunir em grupos e responder às questões abaixo. Em seguida,
deverão formar um semicírculo na sala de aula e comentar com seus colegas as questões discutidas.
1- Com que objetivo Rutherford e seus colaboradores fizeram o experimento descrito?
2- Levando-se em consideração a experiência de Rutherford, digam quais são as conclusões que
podemos tirar desse experimento. Tente levar em consideração as observações feitas pelo cientista.
3- Baseado no modelo atômico de Thomson, digam quais seriam as observações que Rutherford chegaria
tendo como base este modelo.
4- Segundo o modelo de Rutherford, os átomos não são maciços e indivisíveis, mas possuem partículas
diferentes. Complete o quadro a seguir identificando as partículas e sua carga, conforme o modelo de
Rutherford.
Átomo Núcleo Eletrosfera
Partículas
Carga
5- A partir dos dados observados por Rutherford, você acha que o modelo de Thomson é adequado para
representar a estrutura do átomo? Se você acha que não, proponha um modelo para a representação da
estrutura atômica.
6- Se o átomo pode ser considerado “um imenso vazio”, como podem existir materiais sólidos na
natureza?

Conclusões de Rutherford:
Como foi observado que a maioria das partículas atravessou livremente a lâmina de ouro, poucas
partículas atravessaram e sofreram desvios e pouquíssimas partículas ricocheteavam, não atravessando a
lâmina, pode-se concluir que:
• O átomo é um imenso vazio.
• O átomo apresenta um núcleo muito pequeno, detentor de praticamente toda a massa atômica, onde
estão os prótons, com carga elétrica positiva. Por isso, algumas poucas partículas α ricocheteavam ao
colidirem com o núcleo atômico.
• Em volta desse núcleo, numa região chamada de eletrosfera, giram os elétrons, como se fosse os
planetas girando ao redor do sol, com uma massa 1840 vezes menor que a dos prótons.
Surgia então o modelo atômico de Rutherford, também conhecido como o “átomo nuclear”, “modelo
planetário” ou ainda, “modelo sistema solar”.
Em 1932, quando o inglês James Chadwick, descobriu uma outra partícula subatômica, com massa
praticamente igual à dos prótons e sem carga elétrica, denominada nêutrons, o modelo atômico de
Rutherford passou a ser assim representado:

Modelo atômico de Rutherford


http://www.quimicafina.com/atomo.html Acesso em 03/11/2007
Legenda: O modelo de Rutherford consistia em um sistema que continha uma região central,
chamada núcleo atômico, e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfera. No núcleo atômico
estariam as partículas positivas, que foram chamadas de prótons. E na eletrosfera, girando em torno do
núcleo, ficavam as partículas negativas, que foram chamadas de elétrons.
O modelo atômico de Rutherford foi bastante criticado, principalmente pela Física Clássica, pois uma
carga elétrica em movimento irradia, constantemente, energia. Sendo assim, o elétron perderia velocidade
continuamente pela diminuição da aceleração centrípeta, acabando por “cair” no núcleo.
Rutherford não conseguia explicar como isso não ocorria. Essa dificuldade só foi superada em 1913, por
Niels Bohr.

1.7 – O modelo atômico de Bohr


O dinamarquês Niels Bohr, a partir de estudos sobre espectros atômicos, elaborou uma nova teoria,
baseada no movimento e distribuição dos elétrons, que veio complementar o modelo atômico de
Rutherford, daí surgiu o modelo atômico de Bohr, também conhecido como modelo atômico de Rutherford-
Bohr.
Sua teoria fundamenta-se basicamente em alguns postulados:
• Os elétrons giram ao redor do núcleo atômico, em órbitas circulares, denominadas níveis ou camadas.
Os átomos descobertos, até hoje, podem ter no máximo sete camadas. Bohr denominou-as a partir da
letra K, camada mais interna.
• Nos seus níveis de energia, os elétrons não absorvem nem liberam energia (diz-se que estão no estado
fundamental).
• Cada nível possui um valor de energia determinado.
• Os elétrons podem saltar de um nível de energia para outro. Ao absorverem energia, os elétrons saltam
para um nível mais afastado do núcleo (diz-se que o elétron está no estado excitado). Ao retornar ao seu
nível de energia, o elétron libera a energia absorvida na forma de ondas eletromagnéticas (calor, luz etc.).

1.8 – Algumas aplicações do Modelo de Bohr


Apesar de nos permitir uma melhor compreensão do átomo, o modelo atômico de Rutherford-Bohr
apresenta algumas restrições, como todos os modelos. Mas, para explicarmos algumas experiências
envolvendo espectros atômicos, ele ainda é o mais acessível.

Experimento 2 - Teste da chama


Adaptada do site do CRV – STR: Roteiro de Atividade de Geysa Alves de Azevedo
Cardoso. http://crv.educacao.mg.gov.br/
Esta é uma atividade prática demonstrativa, cada professor poderá adequá-la à sua realidade de acordo
com os recursos que dispõe. Lembrando sempre de observar as regras de segurança de laboratório, pois
será necessário trabalhar com fogo.

Questão preliminar
Quais são as diferenças e as semelhanças entre os modelos atômicos propostos por Dalton, Thomson,
Rutherford e Bohr?
Materiais
• 4 vidros de relógio;
• fósforo;
• algodão;
• representação cartográfica do espectro luminoso.
Reagentes
• sulfato de cobre;
• cloreto de sódio;
• cloreto de bário;
• hidróxido de cálcio;
• água;
• álcool.
Procedimento
• Colocar em cada vidro de relógio um chumaço de algodão embebido em água.
• Numerar os vidros de relógio.
• Colocar, respectivamente, os reagentes: sulfato de cobre, cloreto de sódio, cloreto de bário e hidróxido
de cálcio sobre o algodão do vidro de relógio, de forma que cada vidro receba um reagente.
• Borrifar um pouco de álcool sobre cada reagente.
• Colocar fogo em todos os sistemas.
• Observar o que acontece e anotar.
• Completar a tabela abaixo:
Vidro Reagente Cor da chama
1
2
3
4
Questões
1- Como você explica a diferença nas cores das chamas de cada reagente?
2- Estabeleça a relação entre a cor das chamas e os fogos de artifício. Pesquise como eles são fabricados
e o que dá cor aos fogos.

Comentários
A primeira observação que podemos fazer, ao realizar a atividade acima, é a de que a cor de cada chama
vai depender do elemento químico utilizado. Com base nessa atividade, podemos fazer uma comparação
com os fogos de artifício, pois as cores dos fogos de artifício também dependem dos elementos utilizados
em sua fabricação. Segue abaixo uma tabela contendo os elementos mais comumente utilizados e as
cores emitidas por esses elementos.

Segundo o modelo atômico de Bohr, quando colocamos átomos dos elementos observados na chama, o
calor excita os elétrons desses átomos e isso faz com que os elétrons saltem para níveis de maior energia.
Ao retornarem aos seus níveis iniciais, esses elétrons emitem a energia absorvida na forma de luz. Cada
elemento emite radiações com a cor característica de cada comprimento de onda, isto é, a coloração é
característica do “tamanho do salto” dado pelo elétron.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor Acesso em 09/01/2008


Espectro de cores – A luz solar é um conjunto de ondas eletromagnéticas que podem ser separadas por
um prisma. Essa dispersão, que produz emissões de luz de diferentes cores, é chamado de espectro.

Atividade 6
Utilizando os conhecimentos abordados até o momento, pesquise sobre os temas abaixo e estabeleça
uma relação entre eles e os modelos atômicos estudados.
Temas sugeridos:
• Bioluminescência: a luz emitida pelos vaga-lumes.
• Fosforescência e fluorescência.
• Luz laser.

Seção 2 – REPRESENTAÇÕES PARA ÁTOMOS


Número atômico (Z): Corresponde ao número de prótons existente no núcleo do átomo e caracteriza o
elemento químico.
Elemento químico: Conjunto de átomos com o mesmo número atômico.
Número de massa (A): Corresponde à soma do número de prótons com o número de nêutrons.

Representação: em que X corresponde ao símbolo de um elemento químico.


Para pensar:
Consultando a tabela periódica, observamos que o elemento químico oxigênio possui número atômico
igual a 8 e massa atômica igual a 16. Será que todos os átomos do elemento químico oxigênio
encontrados na natureza possuem o mesmo número atômico?
Isótopos: Átomos de um mesmo elemento químico que apresentam números de massas diferentes.
Praticamente todos os elementos químicos possuem isótopos naturais ou artificiais. A média aritmética
ponderada das massas atômicas dos isótopos naturais de um elemento químico corresponde à massa
atômica do elemento. Os isótopos do hidrogênio possuem nomes especiais:
Atividade 7 – Para Pesquisar:
Como mencionado, praticamente todos os elementos químicos possuem isótopos naturais ou artificiais. No
entanto, existem alguns elementos químicos que não ocorrem sob a forma de isótopos. Pesquise quais
são eles.
Íons: São espécies químicas eletricamente carregadas. Quando um átomo ganha elétrons, o íon adquire
carga negativa (ânion) e quando perde elétrons, adquire carga positiva (cátion).
Exemplos de cátions: Ca +2 Al +3 Fe +2 Li +1
Exemplos de ânions: O -2 F -1 S -2 N -3
Isoeletrônicos: Átomos e íons que apresentam o mesmo número de elétrons.

Exercícios 2:
Para resolver as questões de 1 a 4, leia o texto do capítulo com atenção.
1- O desenho abaixo representa o modelo de partículas para a mistura de gás hidrogênio - H2 (g), e gás
oxigênio - O2 (g). Se forem oferecidas aos dois gases condições para reagirem, os átomos se separam e
se reúnem novamente formando moléculas de água, H2O (g). Proponha um desenho para representar as
moléculas de água formadas.

2- Você usou alguma teoria atômica para fazer o seu desenho? Qual é o autor dessa teoria? Cite a parte
da teoria que explica o seu desenho.
3- Complete o quadro a seguir:
Modelo Atômico Características
A) Dalton
B) Thomson
C) Rutherford

4- Na chamada experiência de Rutherford, uma lâmina fina de ouro foi bombardeada com um feixe de
partículas alfa. Rutherford e seus colaboradores observaram que uma pequena parte das partículas alfa
sofria grandes desvios em relação às trajetórias da maioria. Para explicar esse resultado, Rutherford
propôs a existência do núcleo atômico.
Explique por que a introdução do conceito do núcleo atômico permite explicar os grandes desvios nas
trajetórias das partículas alfa.

EIXO TEMÁTICO MODELOS


2:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 6A: Representações para átomos.
Habilidades: 6.1 - Representar um elemento químico qualquer a partir de seu símbolo e seu
número atômico.
6.1.1 - Identificar o símbolo dos principais elementos químicos na Tabela Periódica;
relacionar suas propriedades com a sua posição na Tabela.
6.1.2 - Identificar a massa atômica de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.1.3 - Identificar o número atômico de um elemento químico na Tabela Periódica.
6.2. Representar as partículas do átomo: prótons, elétrons e nêutrons.
Baixe o módulo original
em PDF

6.2.1. Entender que o conceito de elemento químico está associado ao de número


atômico.
6.2.2. Entender a carga elétrica das espécies químicas elementares e os íons que
podem formar.
6.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
6.3 - Representar isótopos.
6.3.1 - Saber que um mesmo elemento químico pode existir tendo diferentes
números de nêutrons.

Por que ensinar


O número atômico é uma das propriedades mais importantes de um átomo. É muito importante que o
aluno associe o conceito de número atômico com a sua posição na tabela periódica. A descoberta dos
isótopos foi decisiva na história da ciência, servindo para definir conceitos importantes para a química e
para a física na primeira metade deste século.
Condições prévias para ensinar
O estudo dos modelos atômicos.
O que ensinar
• Partículas do átomo.
• Número atômico.
• Elemento químico.
• Número de massa.
• Isótopos.
Como ensinar
• Sugerimos que o desenvolvimento deste tópico seja feito conforme a proposta do livro SANTOS et al.
Pequis: Projeto de ensino de Química e sociedade. Química e sociedade. São Paulo: Geração, 2003. P.
100-103.
• Sugerimos a realização do experimento que se encontra no livro: CRUZ, R. Experimentos de química em
micro escala: isótopos e massa atômica. São Paulo: Scipione, 1995. p.25.
O professor pode utilizar textos que abordem o assunto ou fazer uma aula expositiva. A leitura dos textos
sugeridos ajudará ao professor elaborar textos a serem discutidos com os alunos ou preparar uma ótima
aula expositiva. É recomendável que o professor retorne sempre aos conceitos abordados anteriormente
que se relacionam com o tópico.
Sugestões de leituras para os professores:
• TOLENTINO, M. ; ROCHA-FILHO, R. C. O átomo e a tecnologia. Química Nova na Escola. São Paulo:
SBQ, 1996. n. 3. Este artigo apresenta o ensino da estrutura do átomo como um rico manancial de fatos
que resultaram em aplicações importantes ou explicaram fenômenos do dia-a-dia.
• CHAGAS, A. P.; ROCHA-FILHO, R.C. Nomes recomendados para os elementos. químicos. Química
Nova na Escola. São Paulo: SBQ, 1999. n. 10. Este artigo relata os nomes recentemente recomendados,
em português do Brasil, para os elementos químicos, bem como os valores mais atuais aprovados pela
IUPAC para as massas atômicas relativas.
• MEDEIROS, A. Aston e a descoberta dos isótopos. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, 1999. n.
10. A descoberta dos isótopos foi decisiva na história da ciência, servindo para definir conceitos
importantes para a química e para a física na primeira metade deste século. O trabalho de Aston foi dos
mais significativos e é central na história da construção do conhecimento.
Como avaliar
EIXO TEMÁTICO MODELOS
2:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Baixe o módulo original
em PDF

Tópico 6B: Representações para átomos.


Habilidades: 6.4 - Usar a Tabela Periódica para reconhecer os elementos, seus símbolos e as
características de substâncias elementares.
6.4.1 - Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados
aos elementos químicos.
6.4.2 - Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados
ao grupo em que se encontram os elementos químicos.
6.4.3 - Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados
ao período em que se encontram os elementos químicos.
6.4.4 - Utilizar sistematicamente a TP como organizador dos conceitos relacionados
a algumas propriedades físicas das substâncias elementares que formam e às
fórmulas dessas substâncias

Por que ensinar


A tabela periódica é um instrumento de consulta muito importante para os químicos. É necessário que os
alunos adquiram o hábito de utilizar a tabela periódica sem a preocupação de memorização.
Condições prévias para ensinar
É importante que já tenham sido discutidos os modelos atômicos.
O que ensinar
1. Histórico da Tabela Periódica.
2. Lei periódica.
3. Propriedades periódicas: raio atômico, eletronegatividade.
4. Propriedades físicas: temperatura de fusão, temperatura de ebulição e densidade
Como ensinar
• www.sbq.org.br/ensino - no portal do professor há uma tabela periódica na qual você clica nos elementos
e obtém informações sobre propriedades periódicas. Os alunos podem utilizar para fazer gráficos de
energia de ionização, raio atômico.
Sugerimos que este tópico possa ser desenvolvido junto com os tópicos 15 e 16. Os textos sugeridos nos
tópicos apontados seguem esta linha. Caso o professor opte por fazer separado sugerimos o texto 3 do
livro:
• O módulo didático 11: Elementos químicos e Tabela periódica disponível no site da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC,
• MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione,
2002. (Série Parâmetros). Elementos químicos e a tabela periódica, p. 96.
•REIS, M. Química Geral. Ciência, Tecnologia e Sociedade. São Paulo: FTD, 2001. – P.423 – História da
química. É um texto interessante para o professor ou para reescrevê-lo para o aluno.
Como avaliar

Orientação Pedagógica: Representações para átomos


Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
O material sugerido apresenta questões para avaliação.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e organização dos Materiais
Tópico 6: Representações para os átomos.
6.1. Representar um elemento químico qualquer a partir de seu símbolo e número
atômico.
Habilidade:
6.1.1. Identificar o símbolo dos principais elementos químicos na Tabela Periódica;
relacionar suas propriedades com a sua posição na Tabela.
Objetivos:
1. Identificar o símbolo de elementos químicos mais comuns que participam das fórmulas das
substâncias.
2. Diferenciar substâncias simples de substâncias compostas por meio da análise de fórmulas de
substâncias e de processos de decomposição.
Providências para a realização da atividade:
O professor deverá providenciar o texto para os alunos.
Pré-requisitos:
Não há.
Descrição dos procedimentos:
Atividade
Maria-louca

Ezequiel curou-se da tuberculose e ficamos amigos. Era o mais respeitado destilador de maria-louca do
pavilhão Oito. A fama de sua pinga atraía fregueses da cadeia inteira.
A tal de maria-louca é a aguardente tradicional do presídio. Segundo os mais velhos, sua origem é tão
antiga quanto o sistema penal brasileiro. Apesar da punição com castigo na Isolada, a produção em larga
escala resistiu. O alto teor alcoólico da bebida torna os homens violentos. Eles brigam, esfaqueiam-se e
faltam com o respeito aos funcionários que tentam reprimi-Ios.
A opinião de Ezequiel sobre a própria arte não primava pela modéstia:
- Só vendo da boa e da melhor. Se eu ponho a minha pinga numa colher, o senhor apaga a luz e risca um
fósforo, sai um fogo azul puríssimo. Que muitos tiram, mas nem pega fogo; sai um vinagre. Eu tiro uísque.
O milho de pipoca que a mãe lhe trazia, sem saber a que se destinava, era a matéria- prima de Ezequiel:
num tambor grande comprado na Cozinha Geral, juntava cinco quilos de milho, com açúcar e cascas de
frutas como melão, mamão, laranja ou maçã. Depois, cobria abertura do tambor com um paninho limpo e
atarraxava a tampa, bem firme:
- Esse é o segredo! Se vazar, o cheiro sai para a galeria e os polícias caem em cima, que eles é sujo com
pinga. Diz que o cara bebe e fica folgado com a pessoa deles. Do jeito que eu fecho, doutor, pode passar
um esquadrão no corredor com o nariz afilado, que pelo odor jamais percebe a contravenção praticada no
barraco.
Durante sete dias a mistura fermenta. .
- No sétimo, a fermentação é tanta que o tambor chega a andar sozinho, parece que está vivo.
Devido à pressão interna, todo cuidado é pouco para abrir o recipiente. Aberto, seu conteúdo é filtrado
num pano e os componentes sólidos desprezados. Nessa hora, a solução tem gosto de cerveja ou vinho
seco. Um golinho dessa maria-louca amortece o esôfago e faz correr um arrepio por dentro. Cada cinco
litros dela vai virar um litro de pinga, depois de destilada a mistura.
Na destilação, o líquido é transferido para uma lata grande com um furo na parte superior, no qual é
introduzida uma mangueirinha conectada a uma serpentina de cobre. A lata vai para o fogareiro até
levantar fervura. O vapor sobe pela mangueira e passa pela serpentina, que Ezequiel esfria
constantemente com uma caneca de água fria. O contato do vapor coma serpentina resfriada provoca
condensação, fenômeno físico que impressionava o bigorneiro, nome dado ao destilador da bebida:
- Olha a força do choque térmico! Aquilo que é vapor se transforma num líquido!
Na saída da serpentina emborcada numa garrafa, gota a gota, pinga a maria-louca. Cinco quilos de milho
ou arroz cru e dez de açúcar permitem a obtenção de nove litros da bebida.
(Dráuzio Varella.Estação Carandíru. São Paulo.
Companhia das Letras. 1999. p. 182-183.)
Questões

A maria-louca é uma aguardente tradicional da Casa de Detenção. Identifique a fórmula e o nome da


substância orgânica presente nessa aguardente.
“Se eu ponho a minha pinga numa colher, o senhor apaga a luz e risca um fósforo, sai fogo azul
puríssimo”.
Qual o nome da reação química a que Ezequiel se refere?
Equacione a provável reação entre essa substância orgânica e o oxigênio, por meio da qual se obtém a
chama azulada.
Durante 7 dias a mistura “fermenta”. A equação que pode representar a fermentação é:
C6H12O6 a 2 A + 2CO2
Dê a fórmula molecular da substância A.
1) “No sétimo dia, a fermentação é tanta que o tambor chega a andar sozinho”.
Qual substância é responsável por esse fato?
2) Quantos litros da mistura devem ser destilados para se obter 10 litros de pinga?
3) Se forem utilizados 100 quilos de açúcar, quantos litros da bebida poderão ser produzidos?
Atividade extraída do livro: USBERCO e SALVADOR. Química – Volume Único. Editora Saraiva. São
Paulo, 2002. P. 597.
Possíveis dificuldades:
Fazer com que todos os alunos trabalhem e no momento das discussões não deixar virar bagunça.
Alerta para riscos:
Não há.
Glossário:
Destilador: aparelho utilizado para fazer separação de misturas homogêneas de líquido-líquido e líquido-
sólido.
Punição: pena, castigo
Fermentação: decomposição de um material orgânico pela ação de um fermento
EIXO TEMÁTICO MODELOS
2:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 7: Modelos para transformações químicas (TQ)
Habilidades: 7.1 - Explicar uma TQ utilizando o Modelo de Dalton.
7.1.1 - Utilizar o modelo de Dalton para justificar que as TQ ocorrem por meio de
rearranjo de átomos.
7.1.2 - Utilizar o modelo de Dalton para explicar a conservação do número de
átomos em uma TQ.
7.2 - Aplicar modelos para compreender a Lei de Lavoisier.
7.2.1 - Compreender a Lei de Lavoisier utilizando o modelo de Dalton.
7.2.2 - Explicar a conservação da massa em uma TQ utilizando o modelo de Dalton.
7.3 - Aplicar modelos para compreender a Lei de Proust.
7.3.1 - Compreender que existem proporções fixas entre as substâncias envolvidas
em uma TQ utilizando o modelo de Dalton.
7.3.2 - Explicar a Lei de Proust utilizando o modelo atômico de Dalton.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
É importante que os alunos compreendam a grandeza mais utilizada
pelos químicos que quantidade de matéria (mol). Os cálculos estequiométricos são muito utilizados pelos
químicos na determinação das quantidades envolvidas nas transformações químicas.
As transformações químicas têm um papel de grande importância no desenvolvimento científico,
tecnológico, econômico e social do mundo moderno. Neste sentido, é de fundamental importância que o
estudante do ensino médio compreenda as transformações químicas que ocorrem no mundo físico, de
maneira a poder avaliar criticamente fatos do cotidiano e informações recebidas por diversas fontes de
divulgação do conhecimento, tornando-se capaz de tomar decisões enquanto indivíduo e cidadão.
Desse modo, é importante que os estudantes tenham oportunidade de observar criteriosamente alguns
fenômenos químicos e físicos, de descrevê-los usando a linguagem científica e de formular para eles
modelos explicativos, relacionando os materiais e as transformações químicas ao sistema produtivo, aos
hábitos de consumo e ao ambiente. Neste sentido, os conceitos apresentados neste tópico são de
fundamental importância, pois os alunos poderão discutir as leis ponderais que regulam as transformações
químicas.
Condições prévias para ensinar
Aqui também é muito importante que os alunos tenham oportunidade de executar experimentos ou realizar
observações de demonstrações ou de fenômenos do cotidiano, nos quais eles possam determinar as
quantidades envolvidas transformações físicas e químicas.
A idéia de mol e os cálculos estequiométricos não são muito fáceis de serem compreendidos pelos alunos
do ensino médio. Este aspecto pode estar relacionado ao fato de que para a compreensão destes
conceitos, os alunos deverão sistematizar a noção de proporcionalidade, que nem sempre é muito fácil.
É importante que durante a execução das atividades experimentais ou demonstrativas, o professor
acompanhe as discussões com os grupos de alunos ou com toda a classe de modo a garantir a
compreensão destes conceitos. Se o professor sentir necessidade, deve pedir ao professor de matemática
que faça uma revisão com os alunos sobre o uso da regra de três.
O que ensinar
1. Grandeza “quantidade de matéria” (mol), aplicando-a em cálculos envolvendo reações químicas.
2. Lei de Lavoisier.
3. Lei de Proust.
4. Cálculos estequiométricos.
5. Cálculos envolvendo reações químicas.
Como ensinar
Para que o estudante possa compreender as evidências de transformações químicas é necessário que
eles possam observá-las efetivamente. Assim, é importante que o professor disponibilize para os alunos
um bom número de atividades que lhes permita observar tais evidências.
Além de observar transformações, os estudantes deverão proceder ao registro sistemático de suas
observações e realizarem discussões em grupo sobre essas observações. Os alunos devem ser
orientados a observar as quantidades de materiais no sistema inicial (reagentes), antes da reação e a
quantidade de materiais (produtos) no sistema final (produtos).
Os resultados obtidos pelos alunos poderão ser registrados no quadro negro e ao final dos registros, o
professor fará o fechamento dessas discussões com toda a turma, enfatizando os pontos mais importantes
para a elaboração dos conceitos relacionados ao cálculo estequiométrico.
A compreensão das relações quantitativas de massa (Lei de Lavoisier e de Proust) nas transformações
químicas poderá ser verificada utilizando experimentos que envolvam:
1. formação de um precipitado
2. desprendimento de gás
3. combustão (por exemplo de uma esponja de aço)
4. desprendimento de gás em sistema fechado
5. com que quantidades participam os reagentes em uma reação química?
É importante que durante na realização dos experimentos seja enfatizado o fato do sistema ser aberto,
fechado e se a massa variou ou se manteve constante.
Após a realização e discussão dos experimentos seria interessante que os alunos lessem o texto “ A
massa .é conservada nas reações químicas?” do livro: MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química
para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros). p144-145. Esse texto
simples dá um fechamento das conclusões abordadas nos experimentos.
Caso haja tempo e condições adequadas o professor poderá realizar também a Sugestão 3 a eletrólise da
água para discutir um pouco mais a Lei das proporções definidas de Proust.

Alguns textos didáticos que podem ser usados:


• O módulo didático 9 – Transformações químicas disponível no site da Secretaria de
Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV discute os aspectos da estequiometria das reações.
• CARVALHO G. C.; LOPES C. S. Química de Olho no Mundo do Trabalho. Aspectos visuais de uma
reação química. São Paulo: Scipione, 2004. Capítulo 12, pág. 156
• REIS, M. Química Integral. Volume Único. Experimentos: Água sanitária – pág. 209; Identificação boa pra
cachorro - pág 237. São Paulo: FTD, 2004
• USBERCO e SALVADOR. Química – Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2002. Experimento: Prata Preta
– pág. 204
• MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione,
2002. (Série Parâmetros). Atividades e textos do capítulo 6 – Introdução às transformações químicas –
pág. 133 até 161
• MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione,
2002. (Série Parâmetros). p140-143
• MALDANER, O. A. Química 1 – construção de conceitos fundamentais. Ijuí: Unijuí, 1992. p38-42.
Sugestões de leituras para os professores:
• SILVA, R. R.; ROCHA-FILHO, R. C. Mol – uma nova terminologia. Química Nova na Escola. n.1. São
Paulo: SBQ, 1995.
• CAZZARO, F. Um experimento envolvendo estequiometria. Química Nova na Escola, n.10. São Paulo:
SBQ, 1999.
• BRAATHEN, Per Christian. Desfazendo o mito da vela. Química Nova na Escola, n.12. São Paulo: SBQ,
2000.
• LEAL, M. C. Como a química funciona? Química Nova na Escola, n.14. São Paulo: SBQ, 2001.
Como avaliar

Orientação Pedagógica: Modelos para transformações químicas (TQ)


Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. A realização das atividades propostas deverá ser em grupos, mas cada aluno deverá anotar em seu
caderno as conclusões obtidas pelo grupo. Ao final cada grupo deverá expor para a turma as suas
conclusões.
É importante dar alguns exemplos de como avaliar mostrando o aspecto considerado relevante do tópico
em foco. Uma prova indica aos alunos o que o professor julga importante e, portanto, o que precisa ser
estudado e aprendido. Assim, me parece ótima idéia apresentar exemplos de itens retirados de exames
públicos (SAEB, ENEM, SIMAVE, banco de itens, etc).
As questões de avaliação devem expressar os objetivos propostos para o ensino do tópico, ou seja, o que
se quer enfatizar.
Exercício sugerido por Marciana Almendro David
1. Uma das evidências observáveis, nas proximidades da cratera de um vulcão, que anunciam o perigo do
vulcão entrar em atividade, é o aumento exagerado da produção de dióxido de enxofre (SO2). O dióxido de
enxofre reage com o oxigênio do ar produzindo o trióxido de enxofre (SO 3) que, por sua vez, reage com a
água produzindo o ácido sulfúrico (H2SO4). Escreva as equações que representam essa seqüência de
reações.
2. Se grande quantidade de trióxido de enxofre (SO3) entrar em contato com a água de um lago poderá
torná-la tão ácido que poderia reagir com o alumínio de um barco até corroê-lo completamente.
Considerando que um barco tenha uma massa de alumínio de aproximadamente 270 Kg, qual seria a
quantidade em massa de ácido sulfúrico necessária para destruir o barco?
2Al (s) + 3H2SO4 (aq) ---> Al2(SO4)3 (aq) + 3H2 (g)
3. O excesso de gases de enxofre na atmosfera é provocado principalmente pela queima de combustíveis
fósseis, que contêm enxofre, nos automóveis e também pela queima de enxofre nas indústrias. Esses
gases na atmosfera são responsáveis pelo fenômeno da chuva ácida, que provoca entre outros problemas
a corrosão de superfícies metálicas. Considerando que uma grade de alumínio tenha sofrido corrosão e
tenha perdido 5,4 g do metal em toda a sua superfície. Qual foi a quantidade de ácido sulfúrico
responsável por essa corrosão?
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 7A: Modelos para transformações químicas (TQ)
7.2. Aplicar modelos para compreender a Lei de Lavoisier.
Habilidade: 7.2.1. Compreender a Lei de Lavoisier utilizando o modelo de Dalton.
7.2.2. Explicar a conservação da massa em uma TQ utilizando o modelo de Dalton.
Objetivos:
Compreender como as evidências foram utilizadas para a formulação das leis químicas.
Providências para a realização da atividade:
Preparar o material para as atividades.
Pré-requisitos:
Modelo de Dalton
Descrição dos procedimentos:
Atividade experimental
Título: O que acontece com a massa durante uma reação química?

Materiais
Uma folha de papel, palha ou lã de aço (tipo Bombril), grãos de arroz (ou pedaços de giz), palitos de
fósforo, uma balança artesanal de dois pratos

Procedimento
Parte A

1. Construa uma balança como na figura abaixo

2. Coloque uma folha de papel embolada sobre um dos pratos da balança.


3. Equilibre os pratos da balança utilizando grãos de arroz ou pedaços de giz.
4. Ponha fogo no papel.
5. Observe a combustão e anote o que aconteceu com o papel e com sua massa.

Parte B
1. Coloque um pedaço de palha de aço sobre um dos pratos da balança.
2. Equilibre os pratos da balança utilizando grãos de arroz ou pedaços de giz.
3. Ponha fogo na palha de aço.
4. Observe a combustão e anote o que aconteceu com a palha de aço e com sua massa.

Questões
1) Explique o que aconteceu com o papel após a combustão.
2) Explique o que aconteceu com a palha de aço após a combustão.
3) O que deve ter contribuído para a variação das massas do papel e da palha de aço?
4) Faça um desenho representando o fero e o papel por bolinhas e procure explicar o que você
observou.
5) Imaginando que as duas reações sejam realizadas em recipientes fechados, explique o que
aconteceria com as massas dos sistemas.

Fonte: “Pequis – Projeto de ensino de Química e Sociedade/ Souza, G e V.A. São Paulo: Nova Geração,
2008.

Comentários
Os alunos podem ter dificuldades na compreensão do fenômeno achando que o mesmo contraia lei de
Lavoisier. É importante que o professor informe para os alunos que a lei de conservação das massas não
foi induzida, ao contrário do que aparece nos livros didáticos de ensino médio, mas postulada. Não é de
autoria de Lavoisier o enunciado “Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS
II:
Tema 2: Constituição e a organização dos materiais
Tópico 7B: Modelos para transformações químicas - TQ
7.3. Aplicar modelos para compreender a Lei de Proust
7.3.1. Compreender que existem proporções fixas entre as substâncias envolvidas
Habilidade:
em uma TQ utilizando o modelo de Dalton.
7.3.2. Explicar a Lei de Proust utilizando o modelo atômico de Dalton.
Atividade 1:
Verificando a Lei de Proust
Esta atividade foi adaptada da Revista Química Nova na escola, n. 19. Maio, 2004.
Material
1 porção de palha de aço seca e pesada
1 pinça de metal de hastes longas
1 isqueiro ou fósforo
Uma lata tipo de leite condensado limpa
Procedimento:
1. Segurar a porção de palha de aço (massa de “ferro”) com o auxílio de uma a pinça.
2. Encostar na chama do isqueiro.
3. Conduzir a palha para o interior lata, mantendo-se a palha a uns 5 cm da extremidade superior da
lata. Imediatamente em seguida, sopra-se ar sobre a massa reacional, utilizando um secador de cabelos.
4. Cuidado! Nesse momento, a reação torna-se muito vigorosa, projetando muitas fagulhas. O conjunto
deve ser mantido afastado do corpo do aluno que executa a operação, até que a reação cesse.

5. Cessada a reação, solta-se a pelota de óxido de ferro (II) formado, de modo que caia no interior da
lata, tomando-se cuidados para evitar perdas de material. Aguarda-se o resfriamento total do conjunto. O
material é então transferido da lata para uma folha de papel liso, previamente tarada, e o óxido é pesado.
Esse valor é então anotado como “massa de FeO”.
O procedimento acima descrito é repetido pelos diferentes grupos, com pedaços maiores e menores de
palha de aço.
6. Os resultados obtidos pela turma são lançados em uma tabela, como a Tabela 1.
7. Após o preenchimento da primeira e segunda coluna da tabela, façam os cálculos que permitem
preencher a terceira e quarta colunas.
Tabela 1: Resultados experimentais relativos à queima do ferro.

8. Agora analise os resultados obtidos.


Questões
1. Você observou alguma regularidade? Qual?
2. O que você pode concluir a partir da sua observação?
Módulo nº8
MODELO DE TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS: RAPIDEZ OU VELOCIDADE DAS REAÇÕES
Autores: Penha Souza Silva E Marciana Almendro David

INTRODUÇÃO
Na natureza ocorrem várias transformações químicas, tais como o amadurecimento e apodrecimento de
frutos, a deterioração de alimentos, a formação de ferrugem, a fermentação de pães e de bebidas lácteas
ou alcoólicas, a respiração dos animais e vegetais, a fotossíntese, a combustão, etc.
Existem transformações químicas que ocorrem rapidamente e outras lentamente. A velocidade de uma
transformação depende de vários fatores, como a temperatura, a pressão e a superfície de contato entre
as substâncias que reagem.

TÓPICOS E HABILIDADES BÁSICAS DO CBC


3. Materiais: Velocidade das TQ
3.5. Propor modelos explicativos para as TQ.
3.5.1. Explicar TQ usando um modelo e saber representá-lo adequadamente.
3.5.2. Entender alguns aspectos das TQ relacionados à sua velocidade.
Conteúdos complementares
Tema 2: Transformações dos materiais

5. Materiais: Velocidade das TQ


5.1. Reconhecer a variação na velocidade das TQ.
5.1.1. Reconhecer que as TQ podem ocorrer em diferentes escalas de tempo.
5.2. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: temperatura.
5.2.1. Reconhecer que a modificação na temperatura afeta a velocidade das TQ.
5.2.2. Identificar o efeito da variação da temperatura sobre a velocidade de TQ por meio de execução ou
descrições de experimentos.
5.2.3. Analisar o efeito da temperatura na velocidade de TQ por meio de gráficos.
5.3. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: superfície de contato.
5.3.1. Reconhecer que a modificação na superfície de contato afeta a velocidade das TQ.
5.3.2. Identificar o efeito da modificação na superfície de contato sobre a velocidade de TQ por meio de
execução ou descrições de experimentos.
5.3.3. Analisar o efeito da superfície de contato na velocidade de TQ por meio de gráficos.
5.4. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: concentração.
5.4.1. Reconhecer que a modificação na concentração afeta a velocidade das TQ.
5.4.2. Identificar o efeito da variação da concentração sobre a velocidade de TQ por meio de execução ou
descrições de experimentos.
5.4.3. Analisar o efeito da concentração na velocidade de TQ por meio de gráficos.
5.5. Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de modelo explicativo.
5.5.1. Utilizar a teoria das colisões para explicar a ocorrência de transformações químicas em diferentes
escalas de tempo.
5.5.2. Reconhecer o papel dos catalisadores nas reações químicas.

Atividade 1
As questões seguintes devem ser respondidas por pequenos grupos de alunos (uma dupla ou um trio). O
importante é que cada aluno pesquise e pense numa resposta possível, tendo em vista os conhecimentos
químicos já adquiridos, antes de reunir com os colegas em sala. Discutam até chegar a um consenso e
então apresentem a resposta para toda a turma.
1. Em qual dos locais um pedaço de carne se conserva por mais tempo: sobre a pia, na geladeira ou no
freezer? Proponha uma explicação para esse fato.
2. Geralmente, os medicamentos são acondicionados em frascos opacos ou escuros. Explique por quê.
3. Em muitos frascos de medicamento aparecem as seguintes recomendações: conservar em
temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e umidade. Explique o porquê dessas
recomendações.
4. O que queima mais rápido: 1 Kg de madeira ou 1 kg de serragem? Por quê?
5. Por que quando você deixa um recipiente de gasolina exposto ao ar atmosférico, que é rico em
oxigênio, ela não pega fogo?
6. Por que as fotografias devem ser reveladas em local escuro?
7. O que ocorre mais rápido: a formação da ferrugem ou a queima de uma vela?
8. O que ocorre mais rápido: a queima de uma vela ou a explosão de um botijão de gás de cozinha?
9. Quando fazemos churrasco é costume de vez em quando alguém abanar as brasas. Proponha uma
explicação para este fato.
10. Por que no mês de agosto é mais freqüente a ocorrência de incêndios?
11. Atualmente todos os carros são obrigados a ter catalisador. Para que serve o catalisador nos carros?
Você conhece algum outro uso para o catalisador? Qual?
12. O que queima mais rápido: álcool no estado de vapor ou no estado líquido? Por quê?
13. Quando alguém está com febre é motivo de muita preocupação. A diminuição da temperatura do
corpo também deve ser motivo de preocupação? Por quê?
14. Por que é importante ficarmos atentos aos prazos de validade dos alimentos, medicamentos,
cosméticos, etc?
Após as discussões realizadas com toda a classe, cada aluno deve anotar em seu caderno uma
explicação para cada item discutido, usando o modelo cinético molecular.
A partir das discussões estabelecidas foi possível constatar que estamos cercados por reações químicas e
que algumas ocorrem rapidamente e outras nem tanto. Percebemos também que, algumas vezes, nós
precisamos aumentar a rapidez das reações, mas outras vezes precisamos diminuir ou até evitá-las. Esse
conhecimento é muito útil para o controle de reações químicas em processos industriais, bem como é útil
para o nosso dia-a-dia, pois muitas vezes precisamos evitar o enferrujamento de portões, ou tirar
rapidamente uma mancha de um tecido ou ainda apressar o crescimento da massa de um bolo.
Pelo exposto, é possível perceber que existem vários fatores que podem influenciar na rapidez, isto é, na
velocidade de uma reação. A parte da química que estuda esses fatores é a Cinética Química.
Atividade 2
Entre os exemplos citados abaixo, quais representam reações que, normalmente, temos interesse em
acelerar e quais nos interessa retardar?
a. Amadurecimento de frutas.
b. Queima da madeira.
c. Formação da ferrugem.
d. Fermentação do leite.
e. Decomposição da água oxigenada.

CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DE UMA REAÇÃO QUÍMICA


Somente compreendendo como as reações químicas ocorrem é que podemos interferir nesses processos.
Uma reação química é um fenômeno em que há rompimento de ligações entre os átomos das substâncias
dos reagentes e formação de novas ligações, que dão origem aos produtos da reação.
Não podemos ver os átomos, por isto, para explicar como as transformações químicas ocorrem em nível
atômico molecular, os químicos propõem modelos e teorias que explicam como as reações acontecem. O
Modelo de Dalton, que pode ser estudado mais detalhadamente nos módulos 4 e 13, é um desses
modelos.
Pense em qual seria a primeira condição para a ocorrência de uma reação química. Parece óbvio que os
reagentes devem estar em contato, entretanto, esta não é uma condição suficiente para a reação
acontecer. Se abrirmos uma válvula de um fogão a gás, deixando escapar o gás, haverá contato entre as
partículas do gás, que é combustível, e as partículas do oxigênio do ar, que é um comburente, mas nem
por isto haverá combustão.
Para que uma reação ocorra, além dos reagentes estarem em contato, é necessário que as suas
partículas se choquem umas com as outras com energia suficiente para que formem produtos.

http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/ensmedio/quimica/Cinqui2B.gif Acesso 15/09/2007


Para que uma colisão seja efetiva, ou seja, resulte na formação de um produto, ela deve ter uma
orientação adequada e energia suficiente.

http://www.iped.com.br/colegio/quimica/energia-de-ativacao (acesso em 15/09/2007)


A energia mínima necessária para que as reações ocorram é denominada energia de ativação. Sem esta
energia as reações não ocorrem. É por isto que ao abrirmos a válvula do gás de cozinha, colocando-o em
contato com o oxigênio do ar, não ocorre de imediato combustão. Para iniciar esta reação é necessário
fornecer certa quantidade de energia, que pode ser proveniente de uma faísca elétrica ou de um palito de
fósforos aceso. Esta é a energia de ativação.

TEORIA DAS COLISÕES


A teoria das colisões, um modelo de explicação para as reações químicas, pode ser resumida assim:
Para que uma reação química ocorra é necessário que:
• as substâncias em contato sejam reativas entre si;
• ocorra colisão entre as partículas dos reagentes;
• as colisões tenham orientações favoráveis e sejam efetivas;
• as colisões possuam energia suficiente para formar os produtos.

http://www.santateresa.g12.br/quimica/fisicoq/cineticaquimica.htm Acesso em 16/09/200

Representando uma reação por meio de gráficos

Pense e Responda: Qual a relação entre energia de ativação e velocidade da reação?

FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE OU RAPIDEZ DE UMA REAÇÃO QUÍMICA


Pela discussão desenvolvida na atividade 1, nós vimos que as condições dos sistemas, nos quais os
reagentes se encontram, interferem na rapidez das reações. A temperatura do local, a exposição à luz, o
estado físico dos reagentes, além da superfície de contato e concentração das soluções são fatores que
influenciam a velocidade das reações.
Para entender por que todos esses fatores interferem na rapidez das reações, recorreremos à teoria das
colisões. Sempre que precisarmos modificar a velocidade de uma reação, devemos alterar o número de
colisões efetivas. Estatisticamente, quando o número de colisões aumenta, a possibilidade de aumentar o
número de colisões favoráveis ou efetivas também aumenta, aumentando também a velocidade da
reação.
De acordo com a teoria cinético-molecular, as partículas das substâncias estão em constante movimento.
Nos sólidos, as partículas apenas vibram no mesmo lugar. Nos materiais líquidos e gasosos as partículas
se movimentam mais intensamente, principalmente nos gases, cujo movimento das partículas é caótico,
ou seja, elas se movimentam em todas as direções e sentidos.
Quanto maior o movimento das partículas em um sistema, maior a sua energia. Assim, se a energia está
diretamente ligada à possibilidade de colisões efetivas entre as partículas, então nos sistemas gasosos as
reações são mais rápidas do que nos líquidos, que por sua vez são mais rápidas do que nos sistemas
sólidos.
O aumento de temperatura de um sistema também está diretamente ligado ao seu aumento de energia,
assim como o maior contato entre as partículas dos reagentes também favorece as colisões efetivas. Se
pretendermos aumentar ou diminuir a rapidez com que uma reação ocorre, podemos modificar a
temperatura do sistema ou o estado físico dos reagentes, favorecendo ou não o contato entre eles para
que as colisões entre as partículas das substâncias reagentes sejam menos ou mais efetivas.
Um outro fator que também pode alterar a rapidez das reações químicas é o uso de catalisadores, que são
substâncias específicas que atuam sobre uma determinada reação, modificando a energia necessária para
que as partículas dos reagentes produzam choques efetivos, alterando, portanto, a velocidade da reação.
O catalisador age mudando o mecanismo da reação, ou seja, mudando os caminhos pelos quais os
reagentes se transformam em produtos.

Pesquise e responda
1. Pesquise sobre “catalisadores automotivos”. Qual é a sua função nos automóveis? Como eles agem
nos escapamentos dos carros? Quais são os benefícios do uso de catalisadores automotivos? Faça uma
lista dos materiais poluentes que os veículos automotivos lançam no ambiente. Como os seres vivos
podem ser afetados pelos agentes poluentes?
2. O ar puro em nossa atmosfera contém aproximadamente 78% de gás nitrogênio, 21% de gás oxigênio e
1% de outros gases tais como o argônio e o gás carbônico (CO2). Sabe-se também que o gás oxigênio é
comburente, isto é, alimenta as combustões, que sempre são exotérmicas. Em estações mais secas e
com poucas chuvas, incêndios são freqüentes. Supondo que a composição da atmosfera fosse diferente,
com 78% de gás oxigênio e 21% de gás nitrogênio. o que você acha que aconteceria se, por exemplo,
uma pessoa acendesse um palito de fósforo neste ambiente?

Atividade 3
Dissolução de um comprimido de sonrisal na água.
Material
• 3 béqueres de 100 mL.
• 3 comprimidos de sonrisal.
• Água.
Procedimento 1. Verificando a Influência da temperatura numa reação.
• Em cada béquer de 100 mL coloque cerca de 50 mL de água, sendo que no primeiro água quente, no
segundo água à temperatura ambiente e no terceiro água fria.
• Coloque simultaneamente ½ comprimido de sonrisal nos três béqueres. Anote a ordem em que a reação
ocorreu.
Sistemas
Condições do sistema
Água fria Água à temperatura ambiente Água quente
Ordem de término da reação

Procedimento 2. Verificando a influência da superfície de contato numa reação.


• Em dois béqueres de 100 mL coloque 50 mL de água.
• Triture ½ comprimido de sonrisal.
• Adicione simultaneamente em um béquer o comprimido triturado e no outro o comprimido sem triturar.
Questões
1. O que você observou nos dois experimentos?
2. Quais as evidências de uma reação química?
3. Em qual dos béqueres a reação foi mais rápida?
4. O que você concluiu sobre a influência da superfície de contato na velocidade da reação?
5. O que você concluiu sobre a influência da temperatura na velocidade da reação?
6. Utilizando o modelo de partículas para os materiais, tente explicar o que você observou nos dois
experimentos.

Após as discussões das questões propostas, é possível concluir que o aumento da temperatura provoca
um aumento no movimento das partículas, ocasionando um aumento da energia cinética média das
partículas, o que provoca um aumento na rapidez da reação.
Também pudemos concluir que nem sempre é necessário aumentar a velocidade das reações, muitas das
vezes é necessário tentar diminuir a sua rapidez ou até mesmo impedir que elas ocorram. No caso dos
alimentos, por exemplo, devemos evitar que ocorram reações de degradação dos mesmos. Por isso é
importante ficarmos atentos às condições de armazenamento e também quanto aos prazos de validade
dos produtos alimentícios, assim como às recomendações do fabricante.
Algumas reações químicas, como a fotossíntese e o processo de revelação de fotos, ocorrem em
presença de luz. Essas reações são denominadas de fotoquímicas. Nesse caso, a luz fornece a energia
de ativação para a ocorrência da reação. A luz e o calor no verão também são responsáveis pelo
amadurecimento rápido das frutas, é por isto que se pretendemos impedir que um cacho de bananas
amadureça todo ao mesmo tempo, devemos armazenar parte dele em local fresco e longe da luz.
Todos nós conhecemos algumas recomendações de segurança que são feitas em alguns locais ou
situações específicas, mas nem sempre pensamos sobre a razão de tais recomendações. Você já foi
surpreendido com um convite para sair de um carro que seria abastecido com gás? Por que em geral não
é necessário sair dos automóveis que são abastecidos com álcool ou gasolina? Por que não devemos
acender lâmpadas em locais com suspeita de vazamento de gás de cozinha ou gás natural.
A concentração também é um fator importante na velocidade das reações. O aumento da concentração
das substâncias reagentes faz aumentar a possibilidade de colisões, aumentando, assim, a velocidade das
reações. Se os reagentes estiverem no estado gasoso, o aumento da concentração pode ser conseguido
aumentando a pressão sobre o recipiente de reação.
Na atividade 3, foi possível observar que o comprimido de sonrisal triturado reagiu mais rápido do que
inteiro. Como justificar este fato? Quando trituramos o comprimido, aumentamos a superfície de contato
entre ele e a água. Isso favorece o aumento do número de colisões, favorecendo o aumento do número de
colisões efetivas, aumentando, assim, a velocidade da reação.

Atividade 4
Investigando a influência da concentração na oxidação do prego
Materiais
• Soluções de sulfato de cobre – CuSO4 1 mol/ L, 0,1 mol/L e 0,01 mol/L.
• 3 pregos.
• 3 béqueres de 50 mL.
• Linha.
• 1 recipiente de plástico tipo placa de Petri.
Procedimento
• Colocar 20 ml de solução de sulfato de cobre em cada um dos béqueres, sendo no primeiro 1,0 mol/L,
no segundo 0,1 mol/L e 0,01 mol/L no terceiro.
• Limpe os pregos com uma palha de aço tipo bombril.
• Amarre os pregos com a linha e coloque cada um em um béquer ao mesmo tempo.
• Espere 1 minuto, retire os pregos e coloque sobre a placa de plástico. Cuidado para não misturar os
pregos.
• Anote as suas observações.

Questão para discussão


Usando os modelos de explicação para as transformações químicas discutidos neste módulo, explique o
que aconteceu em cada um dos béqueres.

COMO PODEMOS CALCULAR A VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO?


Se você tivesse uma fábrica de pães de queijo e quisesse medir a velocidade de produção, o que você
poderia fazer? Poderia contar o número de pães de queijo produzidos durante certo tempo. Ou quem sabe
observar o número de ovos gastos durante certo tempo. Seja contando os pães de queijo produzidos ou a
quantidade de ovos consumidos, você teria uma medida para a rapidez de produção.
Se compararmos os pães de queijo com os produtos da reação e os ovos com reagentes, podemos
perceber que com o tempo a quantidade de pães de queijo aumenta e a quantidade de ovos do estoque
diminui. Nas reações químicas também funciona assim. A concentração dos reagentes diminui enquanto a
dos produtos aumenta.
Veja o gráfico que representa a rapidez ou velocidade de uma reação:

mestradogeofcul.blogspot.com 16/09/2007
Antes que uma reação tenha início, a quantidade de reagentes é máxima e a quantidade de produtos é
zero. À medida que a reação se desenvolve, a quantidade de reagentes diminui e a quantidade de
produtos aumenta.
Experimentalmente, verifica-se que na maioria das reações químicas a velocidade é máxima no início da
reação e vai se tornando progressivamente menor com o passar do tempo. A velocidade de uma reação
pode ser medida em função da quantidade de reagente consumida ou em função da quantidade de
produtos formado num determinado período de tempo. A velocidade média de uma reação é sempre
positiva. Veja a equação que representa a velocidade da reação
Δ[concentração] Δ[concentração]
Velocidade média = → Vm =
Δ[tempo] ΔT

Atividade 5 – Exercícios
1. (Unicamp, 1991) Numa reação que ocorre em solução (reação I), há o desprendimento de oxigênio e a
sua velocidade pode ser medida pelo volume do O2(g) desprendido. Uma outra reação (reação II) ocorre
nas mesmas condições, porém consumindo O2(g) e este consumo mede a velocidade desta reação. O
gráfico representa os resultados referentes às duas reações:

Considerando as duas horas iniciais, qual das reações tem velocidade maior? Justifique sua resposta.
A velocidade da reação II é maior do que a velocidade da reação I, porque a velocidade está sendo
medida pelo volume de oxigênio nas reações.

2. A combustão do butano (C4H10) correspondente à equação:


C4H10 + (13/2)O2 → 4CO2 + 5H2O + Energia
Se a velocidade da reação for 0,05 mol butano/minuto qual a massa de CO2 produzida em 1 hora?

3. (Unicamp, 1996) O gráfico a seguir representa as variações das massas de um pequeno pedaço de
ferro e de uma esponja de ferro (palha de aço usada em limpeza doméstica) expostos ao ar (mistura de
nitrogênio, N2, oxigênio, O2, e outros gases além de vapor d'água).

a) Por que as massas da esponja e do pedaço de ferro aumentam com o tempo?


b) Qual das curvas diz respeito à esponja de ferro? Justifique.

4. (UFMG, 1994) Uma chama queima metano completamente, na razão de 2L/min, medidos nas CNTP. O
calor de combustão do metano é 882kJ/mol.
a) CALCULE a velocidade de liberação de energia.
b) CALCULE, em mol/min, a velocidade de produção de gás carbônico.
c) CALCULE a massa de oxigênio consumida em 20 minutos.

Atividade 6 – Transformações Químicas


Materiais
• Iodo sólido.
• Alumínio em pó.
• Ácido sulfúrico – H2SO4.
• Álcool comum.
• Iodeto de potássio sólido – KI.
• Fio de cobre.
• Álcool metílico.
• Detergente líquido.
• Água oxigenada 40 volumes.

Informações preliminares
• A presença de éter pode ser detectada pelo desprendimento de seus vapores.
• A formação de formaldeído pode ser detectada pelo seu odor.

Procedimento
Reação 1
• Pulverizar cristais de iodo em um almofariz e misturar completamente com igual quantidade de alumínio
em pó. Para efetuar essa operação utilizar substâncias absolutamente secas.
• Colocar uma pequena quantidade desta mistura no centro de uma tela de amianto.
• Adicionar uma gota de água à mistura.
• Observe e anote as suas observações.
Reação 2
• Colocar 2mL de álcool etílico em um tubo de ensaio e adicionar cuidadosamente o mesmo volume de
ácido sulfúrico concentrado, agitando com um bastão.
• Aquecer a mistura por alguns segundos sobre uma pequena chama do bico de Bunsen, não permitindo
que a solução entre em ebulição.
• Adicionar 20mL de água morna contida em um béquer à mistura ácido-álcool.
• Observe e anote as suas observações.
Reação 3
• Colocar em uma proveta de 50mL, 10mL de água oxigenada 40V.
• Coloque algumas gotas de detergente.
• Adicionar uma pequena quantidade de iodeto de potássio e observar.
• Observe e anote as suas observações.
Reação 4
• Formar uma espiral com a extremidade de um fio de cobre de 20cm de comprimento.
• Colocar 10mL de álcool metílico em um tubo de ensaio e aquecer lentamente.
• Aquecer a espiral de cobre até que desapareça a cor vermelha. Para segurar o fio, utilize uma pinça de
madeira.
• Introduzir a espiral na parte superior do tubo de ensaio.
• Observe e anote as suas observações.

Fundamentos teóricos discutidos


No experimento sobre transformações químicas, foi possível observar que uma grande quantidade de
espuma foi formada ao adicionar iodeto de potássio na proveta contendo água oxigenada (Peróxido de
hidrogênio) e detergente..
A espuma é um tipo de colóide no qual o gás se encontra disperso em um líquido, isto é, há um grande
número de bolhas de gás espalhadas em uma superfície líquida com uma fina película de líquido
separando as bolhas de gás entre si. A formação de espuma pode ser facilitada pela presença de
detergentes que, à semelhança dos sabões, facilitam a formação de colóides do tipo “espuma”.
A velocidade de uma reação química depende de numerosos fatores como, por exemplo, das
concentrações dos reagentes, da temperatura, dos catalisadores. Um catalisador pode aumentar
notavelmente a velocidade de uma reação química sem que ele próprio se altere quimicamente.
O presente experimento permite observar o efeito dos catalisadores de forma visual e estética, observando
a formação de espuma em grande quantidade, que pode ser colorida pela adição de anilinas.
A decomposição da água oxigenada ocorre segundo a equação:
2H2O2 (l) → 2H2O + O2(g) ↑
Essa é uma reação cuja velocidade é acelerada por catalisadores, por exemplo, o iodeto de potássio,
através do íon iodeto.
Os íons iodetos agem da seguinte maneira:
H2O2(aq) + I-(aq) → H2O(l) + OI-(aq) ↑
H2O2(aq) + OI-(aq) → H2O(l) + I-(aq) + O2(g)↑
Os catalisadores têm grande importância na indústria química, pois eles é que possibilitam algumas
reações muito lentas de acontecerem, acelerando o seu processo, que sem sua presença, por serem tão
lentas, não seriam viáveis na prática. São mais importantes ainda em reações bioquímicas; sem os
catalisadores, as reações essenciais para o metabolismo ocorreriam tão vagarosamente que o mundo
como nós conhecemos não existiria.
Catálise é a reação que ocorre em presença de catalisador. O catalisador altera a velocidade da reação,
mas não inicia a reação. O catalisador diminui a energia de ativação da reação.
Veja o gráfico
Enzima
Enzima é uma proteína que atua como catalisador em reações biológicas. Caracteriza-se pela sua ação
específica e pela sua grande atividade catalítica. Apresenta uma temperatura ótima, geralmente ao redor
de 37°C, na qual tem o máximo de atividade catalítica.
Promotor de reação ou ativador de catalisador é uma substância que ativa o catalisador, mas
isoladamente não tem ação catalítica na reação.
Veneno de catalisador ou inibidor é uma substância que diminui e até destrói a ação do catalisador,
sem tomar parte na reação.
Autocatálise é quando um dos produtos da reação atua como catalisador. No início, a reação é lenta e, à
medida que o catalisador (produto) vai se formando, sua velocidade vai aumentando.

Texto Complementar
Catalisadores nos carros: como funcionam?
Karim Nice (Cornell University) - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Introdução
Há milhões de carros nas ruas do mundo – e cada um deles polui o ar. Especialmente nas grandes
cidades, a quantidade de poluição que todos os carros produzem juntos pode criar grandes problemas.
Na Europa, nos EUA e no Brasil foram criadas normas para limitar a quantidade de poluição que os carros
podem produzir. Para se adequar a estas leis, os fabricantes de automóveis promoveram várias melhorias
nos motores e nos sistemas de alimentação. Para ajudar a reduzir ainda mais os poluentes, elas
desenvolveram um dispositivo interessante, chamado catalisador, que trata os gases de
escapamento antes que eles saiam do automóvel, removendo bastante poluição.
Localização do
catalisador em um carro
Neste texto, você aprenderá
quais são os poluentes
produzidos por um motor e
por que isto acontece.
Também verá como um
catalisador lida com cada um
desses poluentes. Dispositivo
simples, mas de extrema
importância, o catalisador não
é um filtro, como muitos
pensam.
http://carros.hsw.uol.com.br/conversor-catalitico4.htm acesso 16/09/2007
Poluentes produzidos pelo
motor de um carro
A fim de reduzir as emissões, motores de carros modernos controlam cuidadosamente a quantidade de
combustível que queimam. Eles procuram manter a mistura ar-combustível bem próxima do ponto
estequiométrico, que é a proporção ideal de ar para que ocorra uma combustão. Teoricamente, nessa
proporção, todo o combustível será queimado usando todo o oxigênio no ar. Para a gasolina, a proporção
estequiométrica é de aproximadamente 14,7:1. Isso significa que, para cada grama de gasolina, serão
queimadas 14,7 gramas de ar. Na verdade, a proporção ideal varia bastante durante o funcionamento do
carro. Às vezes, a mistura de combustível pode ser rica(proporção de ar para combustível acima de 14,7);
em outros momentos, pode ser pobre (proporção abaixo de 14,7). Para o álcool etílico hidratado usado no
Brasil, o ponto estequiométrico é 9:1.
As principais substâncias emitidas por um motor de carro são:
• gás nitrogênio (N2) – em sua constituição, o ar tem 78% de gás nitrogênio. Grande parte dessa
substância passa pelo motor do veículo;
• dióxido de carbono (CO2) – é um dos produtos da combustão. O carbono do combustível se une com o
oxigênio do ar;
• vapor de água (H2O) – é outro produto da combustão. O hidrogênio do combustível se une com o
oxigênio do ar.
Essas descargas são, em sua maioria, benignas (embora as emissões de CO2 (conhecido também como
gás carbônico), contribuam para o efeito estufa e o aquecimento global). Porém, como o processo de
combustão não é perfeito, também são produzidas substâncias prejudiciais, tais como:
• monóxido de carbono (CO) – gás venenoso, sem cor e inodoro;
• hidrocarbonetos ou compostos orgânicos voláteis (VOCs) – produzidos principalmente por combustível
não queimado, que evapora. A luz solar quebra os hidrocarbonetos para formar oxidantes. Estes reagem
com óxidos de nitrogênio, transformando-se em ozônio (O3), de baixa altitude, um componente importante
da poluição do ar ao formar a névoa fotoquímica (smog);
• óxidos de nitrogênio (NO e NO2, quando juntos, são chamados de NOx) –contribuem para o smog e
para a chuva ácida e causam irritação das mucosas humanas.
Essas são as três principais substâncias sujeitas a limites. A função dos catalisadores é reduzi-las.

Como os catalisadores reduzem a poluição


A maioria dos carros modernos é equipada com catalisadores de três vias. A expressão "três vias" se
refere às três substâncias que eles ajudam a reduzir – monóxido de carbono, VOCs e moléculas de NOx.
A peça catalisador na verdade usa dois diferentes tipos de catalisadores: um de redução e outro
de oxidação. Ambos consistem em uma estrutura cerâmica coberta por um catalisador de metal,
geralmente platina, ródio e/ou paládio. A idéia é criar uma estrutura que exponha o máximo da área da
superfície catalisadora para o fluxo de descarga ao mesmo tempo em que se procura minimizar o trabalho
dos catalisadores, pois são muito caros.

Um conversor catalisador de três vias: note os dois catalisadores separados


Há dois tipos principais de estruturas usadas em catalisadores – núcleo tipo colméia e em cerâmica
porosa. A maioria dos carros usa o primeiro.

Estrutura catalítica em cerâmica tipo colméia

O catalisador de redução
É a primeira parte do catalisador. Usa platina e ródio para ajudar a reduzir a saída de NOx. Quando as
moléculas NO ou NO2 entram em contato com o catalisador, ele "expulsa" o átomo de nitrogênio para fora
da molécula. Com isso, o átomo fica retido e o catalisador libera o oxigênio na forma de O2. Os átomos de
nitrogênio se unem com outros átomos de nitrogênio. Todos são retidos pelo equipamento, formando N2.
Por exemplo:
2NO → N2 + O2 ou 2NO2→ N2 + 2O2
O catalisador de oxidação
É a segunda parte do catalisador. Reduz os hidrocarbonetos não-queimados e o monóxido de
carbono, queimando-os (oxidação) sobre o catalisador de platina e paládio. Isso ajuda na reação do CO e
dos hidrocarbonetos com o restante do oxigênio nos gases de escapamento. Por exemplo:
2CO + O2 → 2CO2
Mas, de onde veio este oxigênio?

O sistema de controle
A terceira parte é um sistema de controle que monitora o fluxo de descarga e usa essa informação para
controlar o sistema de injeção de combustível. Há um sensor de oxigênio colocado antes do catalisador,
portanto mais próximo do motor que o catalisador. Este sensor diz ao computador do motor quanto
oxigênio há nos gases de escapamento. Sendo assim, o computador pode aumentar ou diminuir essa
quantidade de oxigênio através de um ajuste na mistura ar-combustível. Este esquema de controle permite
que o computador tenha certeza de que o motor está funcionando bem perto do ponto estequiométrico e
também ajuda a certificar que há oxigênio o suficiente para permitir que o catalisador de oxidação queime
o restante dos hidrocarbonetos e CO.

Atividade 7 – Exercícios
1. (UNESP 1993) Explique os seguintes fatos experimentais:
a) Limalha de ferro dissolve-se mais rapidamente em ácido clorídrico se a mistura for submetida à
agitação.
b) A hidrólise alcalina de acetato de etila é mais rápida a 90°C de que a temperatura ambiente.

2. (UNESP 1992) Se uma esponja de ferro metálico empregada em limpeza, como por exemplo o Bombril,
for colocada em uma chama ao ar, inicia-se uma reação química. Esta reação prossegue
espontaneamente, mesmo quando a esponja é retirada da chama, com desprendimento de material
incandescente sob a forma de fagulhas luminosas. Após o término da reação, a esponja torna-se
quebradiça e escura. No entanto, se um arame de ferro for aquecido na mesma chama e também ao ar, a
única alteração que se nota ao final é o escurecimento de sua superfície.
a) Por que há grande diferença nas velocidades de reação nos dois casos?
b) Escreva a equação balanceada da reação de formação de um possível produto da reação, com o
respectivo nome, para os dois casos.

3. A decomposição do peróxido de hidrogênio pode ser representada pela equação:


H2O2(l) → H2O(l) + 1/2O2 (g) ΔH < 0
Das seguintes condições:
I. 25°C e ausência de luz.
II. 25°C e presença de catalisador.
III. 25°C e presença de luz .
IV. 35°C e ausência de luz.
V. 35°C e presença de catalisador.
Qual delas é que mais favorece a CONSERVAÇÃO da água oxigenada?

4. Considere a reação entre pedaços de mármore e solução de ácido clorídrico descrita pela equação
CaCO3(s) + 2H+(aq) → CO2 (g) + H2O(l) + Ca+2(aq)
A velocidade da reação pode ser medida de diferentes maneiras representada graficamente.
Dentre os gráficos, o que representa corretamente a velocidade dessa reação é

5. (UFMG, 1994) A elevação de temperatura aumenta a velocidade das reações químicas porque aumenta
os fatores apresentados nas alternativas, EXCETO
a) A energia cinética média das moléculas.
b) A energia de ativação.
c) A freqüência das colisões efetivas.
d) O número de colisões por segundo entre as moléculas.
e) A velocidade média das moléculas.

6. (Fuvest, 1994) NaHSO4 + CH3COONa → CH3COOH + Na2SO4


A reação representada pela equação acima é realizada segundo dois procedimentos:
I. Triturando reagentes sólidos.
II. Misturando soluções aquosas concentradas dos reagentes.
Utilizando mesma quantidade de NaHSO4 e mesma quantidade de CH3COONa nesses procedimentos, à
mesma temperatura, a formação do ácido acético:
a) é mais rápida em II porque em solução a freqüência de colisões entre os reagentes é maior.
b) é mais rápida em I porque no estado sólido a concentração dos reagentes é maior.
c) ocorre em I e II com igual velocidade porque os reagentes são os mesmos.
d) é mais rápida em I porque o ácido acético é liberado na forma de vapor.
e) é mais rápida em II porque o ácido acético se dissolve na água.

7. Soluções aquosas de água oxigenada, H2O2, decompõem-se dando água e gás oxigênio. A figura a
seguir representa a decomposição de três soluções de água oxigenada em função do tempo, sendo que
uma delas foi catalisada por óxido de ferro(III), Fe2O3.

a) Qual das curvas representa a reação mais lenta? Justifique em função do gráfico.
b) Qual das curvas representa a reação catalisada? Justifique em função do gráfico.

8. O gráfico a seguir representa as variações das massas de um pequeno pedaço de ferro e de uma
esponja de ferro (palha de aço usada em limpeza doméstica) expostos ao ar (mistura de nitrogênio, N2,
oxigênio, O2, e outros gases além de vapor d'água).

a) Por que as massas da esponja e do pedaço de ferro aumentam com o tempo?


b) Qual das curvas diz respeito à esponja de ferro? Justifique.
.
9. As curvas I e II representam caminhos possíveis para a reação de hidrogenação do propeno.

a) INDIQUE a curva que corresponde ao caminho da reação mais rápida.


b) ESCREVA o fator responsável por essa diferença de velocidade.
c) COMPARE os complexos ativados formados nos dois caminhos da reação.
d) A reação ocorre pelos dois caminhos no mesmo sistema? JUSTIFIQUE sua resposta.

10. (UFMG, 1995) O gráfico a seguir representa a variação de energia potencial quando o monóxido de
carbono, CO, é oxidado a CO2pela ação do NO2, de acordo com a equação:
CO(g) + NO2 (g) → CO2‚(g) + NO(g)
Com relação a esse gráfico e à reação acima, a afirmativa FALSA é

a) a energia de ativação para a reação direta é cerca de 135kJmol/mol.


b) a reação inversa é endotérmica.
c) em valor absoluto, o ΔH da reação direta é cerca de 225kJmol/mol.
d) em valor absoluto, o ΔH da reação inversa é cerca de 360kJmol/mol.

EIXO TEMÁTICO ENERGIA


3:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 8: Energia: transformações
Habilidades: 8.1. Compreender aspectos relacionados à energia envolvida na dissolução de
substâncias.
8.1.1. Compreender que a dissolução de substâncias envolve variação de energia.
8.1.2. Identificar as variações de energia nas representações de processos de
dissolução e nas mudanças de fase.
8.2. Compreender que há calor envolvido nas transformações de estado físico e
transformações químicas.
8.2.1. Saber que nas TQ a energia térmica do sistema inicial pode ser diferente da
energia do sistema do final.
8.3. Identificar transformações endotérmicas e exotérmicas.
8.3.1. Reconhecer, por meio de experimentos simples, quando há produção ou
consumo de calor em uma TQ.
8.3.2. Saber diferenciar processo endotérmico de exotérmico.
8.4. Saber que para cada TQ existe um valor de energia associado.
8.4.1. Reconhecer que toda TQ ocorre com consumo ou com produção de energia.
8.4.2. Reconhecer que em toda TQ ocorre absorção e produção de energia por
causa do rearranjo dos átomos.
8.4.3. Distinguir TQ endotérmica e exotérmica pela quantidade de calor gerada ou
absorvida ao final do processo.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
O CBC está organizado em torno dos eixos energia, modelo e materiais.
É importante buscar sempre articular estes três aspectos no ensino dos conceitos químicos. Energia é
uma das principais idéias que a ciência moderna desenvolveu. Apesar de ser uma idéia básica para o
entendimento da maioria dos fenômenos de interesse da ciência, não é simples definir energia. A idéia de
conservação de energia é que distingue o conceito científico do conceito cotidiano de energia. Os alunos
apresentam maiores dificuldades de assimilação sobre a idéia de conservação de energia. É de difícil
compreensão o fato de que a energia no universo mantém-se constante: a energia não pode ser criada
nem destruída, mas apenas conservada. Este conceito deve ser ensinado e explorado a partir de
diferentes contextos para articular o os conhecimentos de termoquímica com aspectos sociais, políticos,
econômicos e ambientais.
Condições prévias para ensinar
O estudo dos materiais e suas propriedades.
O que ensinar
- A variação de energia envolvida nos processo de dissolução e mudanças de fases.
- Toda transformação envolve consumo ou produção de energia.
- Processo endotérmico e exotérmico.
- Que a variação de energia em uma transformação está associada ao rearranjo de átomos.
- Diferenciar processo endotérmico e exotérmico pela quantidade de calor envolvida na transformação.
Como ensinar
É importante trocar idéias com os estudantes de forma a diagnosticar as idéias prévias dos mesmos. Par
isso é importante apresentar situações que levem os estudantes a exporem as suas idéias.
O módulo4 4 – Alimentos no mundo e fotossíntese - partes I e II e 10 – Energia: combustíveis fósseis –
partes I e II disponíveis no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV
desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
O capítulo 11 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros. São
Paulo: Scipione, 2003.
Esta unidade é desenvolvida utilizando várias atividades que buscam explicitar as idéias dos estudantes e
a partir da discussão trazer os conceitos científicos. Também apresenta um projeto para discutir fontes de
energia e sua atuação no ambiente.
O livro paradidático Branco, S. M. Energia e meio ambiente. São Paulo: Moderna, 1994. Pode ser utilizado
com uma proposta de leitura adequada.
O capítulo 13 do livro Química e sociedade. PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São
Paulo: Nova Geração, 2005.
É interessante que o professor leia o artigo de Mortimer, E. F. e Amaral, L. O. F. Calor e temperatura no
ensino da termoquímica. Química Nova na escola. São Paulo: SBQ, n. 7, 1998.
IXO TEMÁTICO
ENERGIA
IIII:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 8: Energia: transformações
8.1. Compreender aspectos relacionados à energia envolvida na dissolução de
substâncias.
8.1.1. Compreender que a dissolução de substâncias envolve variação de energia.
8.1.2. Identificar as variações de energia nas representações de processos de
dissolução e nas mudanças de fase.
8.2. Compreender que há calor envolvido nas transformações de estado físico e
transformações químicas.
8.2.1. Saber que nas TQ a energia térmica do sistema inicial pode ser diferente da
energia do sistema do final.
Habilidade: 8.3. Identificar transformações endotérmicas e exotérmicas.
8.3.1. Reconhecer, por meio de experimentos simples, quando há produção ou
consumo de calor em uma TQ.
8.3.2. Saber diferenciar processo endotérmico de exotérmico.
8.4. Saber que para cada TQ existe um valor de energia associado.
8.4.1. Reconhecer que toda TQ ocorre com consumo ou com produção de energia.
8.4.2. Reconhecer que em toda TQ ocorre absorção e produção de energia por
causa do rearranjo dos átomos.
8.4.3. Distinguir TQ endotérmica e exotérmica pela quantidade de calor gerada ou
absorvida ao final do processo.
Objetivos:
Medir a entalpia molar da reação de decomposição do peróxido de hidrogênio contido em água oxigenada
comercial a 10 volumes, usando fermento biológico (de pão) como catalisador.
Providências para a realização da atividade:
O ideal é realizar a atividade no laboratório. Caso não seja possível, providenciar um espaço adequado
para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Conceito de reações químicas; representação e leitura de equações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Atividade extraída da Revista Química Nova na Escola, n. 29, agosto, 2008
Título: Entalpia de decomposição do peróxido de hidrogênio
Materiais e reagentes
Recipiente de isopor (usado para manter a temperatura de mamadeiras, latas de bebidas etc.);
Termômetro de álcool, para medir temperaturas entre 20 e 60°C (modelo utilizado nas áreas de
refrigeração, galpões de criação de frangos etc. – facilmente obtido no comércio) ou termômetro digital.
• Fermento biológico (fermento de pão) fresco ou desidratado.
• Água oxigenada comercial 10 volumes.
Procedimentos:

Fig 1: Calorímetro simples


A Figura 1 mostra dois calorímetros simples. O da esquerda equipado com um termômetro digital e o da
direita, com um termômetro a álcool.
Esses calorímetros podem ser construídos com um porta-lata de isopor, para manter refrigeradas latas de
bebidas, com o fundo de outro adaptado para ser usado como tampa (corte com uma faca, lixe para ficar
bem plano e adapte bem justo ao porta-lata).
É importante assegurar que os termômetros estejam bem inseridos na água oxigenada, garantindo que es-
tes fiquem em contato com o líquido durante a reação de decomposição.
Como gás oxigênio é liberado durante essa reação, é necessário fazer um pequeno orifício adicional na
tampa do calorímetro, além do orifício destinado aos termômetros, para permitir a saída do gás e con-
seqüentemente manter a pressão constante.
Adicione ao calorímetro um frasco de 100 mL de água oxigenada 10 volumes. O uso deste exatamente
dispensa a medida de volumes (e massa), pois tendo em vista que esses frascos contêm exatamente essa
quantia especificada no rótulo e que, considerando que se trata de uma solução aquosa diluída (3% m/V),
a massa dos 100 mL dessa água oxigenada terá aproximadamente 100 g.
Meça exatamente a temperatura da solução. Essa será a temperatura inicial (ti)
Adicione aproximadamente meia colher de chá de fermento biológico, e tampe rapidamente o calorímetro.
Agite suavemente para misturar bem o fermento com a água oxigenada, e observe cuidadosamente a
variação da temperatura do sistema, até atingir um valor máximo estabilizado. Essa será a temperatura
final (tf). Calcule Δt (Δt= tf - ti), que será usado nos cálculos da entalpia de reação.

Cálculos
Nos cálculos, serão feitas as seguintes aproximações. Densidade da solução igual à da água, ou seja,
1,0g cm-3 (ou 1,0g.(mL)-1) e calor específico da mistura (água oxigenada mais fermento) igual ao da
água, ou seja, 4,18J °C-1 g-1.
As duas aproximações se justificam pelo fato de a água oxigenada usada, contendo o peróxido de hidro-
gênio, ser uma solução aquosa diluída, contendo apenas 3% m/V de H2O2, resultando em erro
desprezível para a finalidade dessa experiência. Também, para uma primeira aproximação, será
desprezada a capacidade calorífica do calorímetro (constante calorimétrica). Com essas considerações, a
energia, na forma de calor, absorvida pela água será dado por: qabs pela água = 4,18J/°C.g x 100g x Δt
e, assim, o calor liberado pela reação terá o mesmo valor, porém com sinal invertido, ou seja: qlib pela
reação = - 4,18J/°C.g x 100g x Δt
Como em 100 mL de água oxigenada só existem 3,0 g de H2O2 ou 0,088 mol, já que no rótulo vem
especificado que cada mL de água oxigenada contém 30 mg de H2O2, o ΔH (por mol de peróxido de hidrogênio decomposto) da
reação será qlib/0,088 em kJ/mol.
Com esse equipamento e esse procedimento de cálculo, obtêm-se resultados bastante razoáveis diante
dos valores da literatura e, dependendo do aprofundamento que se deseja, o procedimento descrito até
agora pode ser considerado suficiente.
Entretanto, para resultados mais exatos, é necessário levar em consideração o calor absorvido pelo
próprio calorímetro (constante do calorímetro).
Determinação da constante calorimétrica (C)
Para se determinar o calor absorvido pelo calorímetro e assim a constante calorimétrica, mistura-se no
calorímetro água fria com água quente. Num calorímetro perfeito, ou seja, um calorímetro no qual não
ocorre troca de calor entre este e a vizinhança, a energia ganha pela água fria, na forma de calor, terá que
ser igual à energia perdida, na forma de calor, pela água quente. Isso nunca ocorre. Isopor é um bom
isolante e o calor absorvido pelo calorímetro será pequeno, mas para resultados exatos deve ser levado
em consideração.
Para se determinar a constante calorimétrica do calorímetro (uma propriedade de cada calorímetro), pode
se proceder como se segue:
Colocar no calorímetro 50,0 mL de água fria (temperatura ambiente) e medir exatamente a temperatura
dessa água.
Aquecer 50,0 mL de água até uma temperatura em torno de 70 °C. Medir exatamente a temperatura dessa
água.
Adicionar rapidamente essa água quente à água fria no calorímetro, tampar e agitar o calorímetro para
homogeneizar a solução resultante.
Observar a variação da temperatura do sistema. Quando atingir um valor constante (parar de subir), anotar
a temperatura final da mistura.
Repetir a determinação pelo menos três vezes e calcular a média das variações das temperaturas (Δts)
entre a mistura e a água fria e entre a água quente e a mistura, que serão usadas no cálculo da constante
calorimétrica.
A constante calorimétrica – C – será então calculada como se segue:
mágua fria x 4,18 J g-1 (°C)-1Δtf + C Δtf = mágua quentex 4,18 J g-1(°C)-1 Δtq
em que Δtf é a diferença entre a temperatura da mistura e da água fria e Δtq, a diferença entre a temperatura da água quente e a da mistura, respectivamente.
Questões
1. Escreva a equação termoquímica que representa a decomposição da água oxigenada.
2. A decomposição da água oxigenada é um processo endo ou exotérmico?
3. Qual a evidência de reação química?
EIXO TEMÁTICO ENERGIA
3:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 9: Energia: movimento de elétrons
Habilidades: 9.1. Identificar espécies presentes em transformações de oxidação-redução.
9.1.1. Identificar espécies químicas resultantes das possíveis alterações na carga
elétrica de átomos ou de grupos de átomos.
9.2. Reconhecer processos de Oxidação e Redução.
9.2.1. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de acordo com
a variação de carga elétrica das espécies.
9.2.2. Relacionar a formação de íons ao movimento de elétrons.
9.2.3. Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e
elétrons.
9.2.4. Relacionar o movimento de elétrons e de íons com a condução de corrente
elétrica.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
As transformações dos materiais podem envolver um tipo especial de
reação química. Na indústria siderúrgica, por exemplo, a transformação do minério em ferro metálico está
relacionada a um processo no qual elétrons são transferidos entre as substâncias envolvidas. Muitas
transformações químicas e bioquímicas envolvem a modificação do número de elétrons dos átomos das
substâncias participantes. Ocorrem como conseqüência da interação entre eletricidade e materiais. Isso é
possível porque átomos de elementos químicos podem perder ou ganhar elétrons. Assim, se
compreendermos o comportamento dos elétrons de valência, isto é, daqueles que estão envolvidos nas
ligações químicas, poderemos fazer algumas previsões sobre a formação e o rompimento de ligações e
avançar no estudo sobre reações químicas. São muitos exemplos desses tipos de reações disponíveis
para nossos estudos. São conhecidas por reações de oxidação e redução.
Condições prévias para ensinar
É desejável que o aluno já esteja familiarizado com a tabela periódica, modelos atômicos.
O que ensinar
· Conceito de reação de oxi-redução.
· Oxidação e redução.
· Identificação de espécies oxidadas e reduzidas.
· Corrente elétrica.
.
Como ensinar
1. Os módulos didáticos – partes I e II: Metais: características, transformações e
reciclagem disponível no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV
desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
2. O capítulo 12: Movimento de elétrons: uma introdução ao estudo da eletroquímica. Do livro Mortimer,
E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros. São Paulo: Scipione,
2003.apresneta o tem de forma bastante interessante.
3. Unidade 8 capítulos 23 – Ligação metálica e óxido-redução e capítulo 24 – Pilhas e eletrólise do livro
PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005. Desenvolve o
tema enfatizando a questão ambiental.
4. O artigo: Braathen, Per Christian. Hálito Culpado: o princípio químico do bafômetro. Química Nova
na escola, n. 5. SBQ: 1997. disponível no site http://www.sbq.org.br
Este artigo trata de uma aplicação de grande relevância e importância social: proteção da sociedade pela
prevenção de acidentes de trânsito mediante detecção e controle de motoristas intoxicados pelo álcool. A
presença de álcool no sangue é determinada pela medição do álcool no ar exalado pela pessoa, o que é
feito pela observação visual ou instrumental de simples reações químicas de oxi-redução.
5. O artigo: Hioka et al. Pilhas modificadas empregadas no acendimento de lâmpadas. Química Nova na
escola, n. 8. SBQ: 1998. disponível no site http://www.sbq.org.br.
Neste trabalho sugere-se a construção de duas pilhas eletroquímicas a partir de materiais de fácil acesso
e que permitem acender lâmpadas de pequeno consumo por intervalo de tempo razoável. A primeira delas
é uma adaptação da pilha de Daniell; e a segunda uma modificação da pilha seca; ou de empilhamento,
que envolve o mesmo conjunto de reações da primeira.
6. A revista Química nova na escola. N. 11, disponível no site http://www.sbq.org.br traz os seguintes
artigos:
1. Hioka, Noboru et al. Pilhas de Cu / Mg construídas com materiais de fácil obtenção. Este artigo relata a
construção de pilhas à base dos metais cobre e magnésio, para operar pequenos equipamentos
eletrônicos, com vantajosa substituição da fita de magnésio por um bastão composto deste metal, utilizado
em oficinas de conserto das chamadas &quot; rodas de magnésio&quot;. Diversos meios eletrolíticos são
sugeridos, desde soluções de NaCl e HCl até sucos de fruta, ou mesmo a própria fruta. Os equipamentos
operam por tempo suficiente para proporcionar boas apresentações e despertar bastante curiosidade nos
alunos de ensino médio.
2. Bocchi, Nerilso et al. Pilhas e Baterias: funcionamento e impacto ambiental.
Este artigo define o que são pilhas e baterias, apresentando o funcionamento das que mais
freqüentemente aparecem no dia-a-dia dos brasileiros. Além disso, considerando que algumas dessas
pilhas e baterias têm componentes tóxicos, discute o que fazer com pilhas usadas para evitar problemas
ambientais.
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA
III:
Tema 3: A energia envolvida na transformação dos materiais
Tópico 9A: Energia: Movimento de elétrons
Habilidade: 9.1. Identificar espécies presentes em transformações de oxidação-redução.
9.1.1. Identificar espécies químicas resultantes das possíveis alterações na carga
elétrica de átomos ou de grupos de átomos.
9.2. Reconhecer processos de Oxidação e Redução.
9.2.1. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de acordo com
a variação de carga elétrica das espécies.
9.2.2. Relacionar a formação de íons ao movimento de elétrons.
9.2.3. Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e
elétrons.
9.2.4. Relacionar o movimento de elétrons e de íons com a condução de corrente
elétrica.
Objetivos:
Identificar as quantidades de cargas envolvidas nas espécies durante os processos de oxidação e
redução, aplicando esses dados em cálculos de coeficientes para equilibrar equações

Obter evidências de reações que envolvem oxidação e redução


Providências para a realização da atividade:
Providenciar os materiais que podem ser adquiridos em farmácia.
Pré-requisitos:
Estudo de reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Este experimento pode ser realizado de forma demonstrativa com a ajuda dos alunos ou pode ser
realizado pelos alunos em grupos. O material poderá ser adquirido na farmácia.

Atividade 1 - Vitamina C como agente redutor – Interação com iodo

Materiais
Solução de iodo, comprimido de vitamina C não efervescente, limão de tamanho médio, 3 béqueres ou
copos, um conta-gotas, uma faca.
Procedimentos:
Coloque água em três béqueres transparentes até a metade.
Com o auxílio de um conta-gotas, transfira cerca de 10 gotas da solução alcoólica de iodo para cada um
dos béqueres, até que a coloração fique levemente amarelada.
Coloque, em um dos béqueres, meio comprimido de vitamina C. Mantenha esse béquer ao lado do outro,
de forma que você possa acompanhar o desenvolvimento do processo, comparando a cor dos dois
sistemas. Anote suas observações na tabela.
No terceiro béquer, coloque 30 gotas de suco de limão. Anote suas observações na tabela.

Questão: como você explica as suas observações?

Comentários: Em uma reação química há substâncias ou espécies químicas que ganham ou perdem
elétrons. Essas substâncias ou espécies são denominadas redutoras (perdem elétrons) ou oxidantes
(ganham elétrons) e os átomos que ganham ou perdem elétron terão a sua carga modificada conforme o
número de elétrons que ganhar ou perder. A carga elétrica resultante desse processo é denominada
estado de oxidação do átomo ou da espécie química.
Na reação do experimento o iodo (I2), cujo estado de oxidação é zero sofrerá redução adquirindo a carga -
1 (I-). Para que isso ocorra o iodo deverá receber elétrons da vitamina C, pois redução e oxidação são
fenômenos simultâneos. A vitamina C está presente no suco de limão ou no comprimido efervescente.
I2 + 2e- ® 2 I- (Redução)
2 I- ® I2 (Oxidação) + 2e-

Atividade 2
Vitamina C como agente redutor – interação com Permanganato de potássio
Materiais:
KMnO4 sólido – pode ser adquirido em farmácias
Limão
Comprimido de vitamina C
3 béqueres ou copos transparentes.
Procedimento:
Prepare 200 mL de solução diluída de KMnO4 e divida em 3 béqueres
Separe um dos béqueres.
No segundo béquer, acrescente gotas de limão até perceber alguma modificação. Anote na tabela.
No terceiro béquer adicione meio comprimido de vitamina C. anote na tabela.

Questão: Baseado no que já foi discutido, você poderia propor uma explicação para o ocorrido?
Faça uma pesquisa sobre a vitamina C.
Comentários
A vitamina C é um bom agente redutor, ou seja, tem facilidade para se oxidar.

Questão: Porque uma maçã cortada ao meio escurece rapidamente? Se recobrirmos a maçã com suco de
limão ela demorará mais tempo para escurecer. Você tem uma explicação para este fato?

EIXO TEMÁTICO
ENERGIA
III:
Tema 3: Energia envolvida na transformação dos Materiais
Tópico 9B: Energia: movimento de elétrons
9.2. Reconhecer processos de Oxidação e Redução.
9.2.1. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de acordo com
a variação de carga elétrica das espécies.
Habilidade:
9.2.2. Relacionar a formação de íons ao movimento de elétrons.
9.2.3. Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e
elétrons.
Objetivos:
Reconhecer as substâncias usualmente empregadas como drogas e os efeitos biológicos de seu uso.
Providências para a realização da atividade:
Reservar o espaço adequado e o material para a realização da atividade. Caso não tenha um laboratório
na escola ou material suficiente para a realização da atividade em grupo, o professor poderá realizar uma
aula demonstrativa.
Pré-requisitos:
Reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Introdução
Sabemos que cerca de 30% dos acidentes de trânsito no Brasil são causados por motoristas alcoolizados,
aumentando o número de vítimas do trânsito brasileiro.
O álcool, em excesso, causa alterações no comportamento e nas reações físicas dos motoristas
dificultando os seus reflexos ao conduzirem veículos.
As autoridades de trânsito têm procurado várias formas de inibir a ação de motoristas alcoolizados.
Questões preliminares:
1) Que dispositivo de uso fácil e imediato poderia ser utilizado para identificar se uma pessoa ainda está
em condições de dirigir um veículo?
2) Quais efeitos podem ser observados em pessoas que ingeriram álcool em excesso?
3) O consumo excessivo de álcool pode causar algum dano irreversível ao nosso organismo?
Objetivo:
1. Compreender o funcionamento de um bafômetro.
2. Comparar o teor de álcool de algumas mostras de bebidas.
3. Construir o sistema que simula o bafômetro.

Materiais
- Frascos de vidro de aproximadamente 200 ml com tampa (frasco tipo maionese).
- Tubos de plástico (tipo canudinho de refrigerante) ou mangueira de silicone (encontrada em farmácias), e
cola (tipo araldite ou durepóxi).
- Dicromato de potássio (K2Cr2O7).
- Solução de ácido sulfúrico (H2SO4) (solução de bateria encontrada em postos de gasolina).
- Amostras de cerveja, cachaça, álcool comercial.
Realização do experimento
1 - Faça a montagem acima cuidando para que as vedações estejam bem feitas para não haver
vazamentos.
2 - Coloque sua solução alcoólica (cerveja, cachaça, ou álcool comercial) no vidro que simula o bafômetro
de modo a cobrir o tubo de entrada de ar.
3 - Prepare cerca de 10 ml de solução diluída de dicromato de potássio, usando uma quantidade
suficiente de modo a obter a cor alaranjada característica de soluções aquosas desta substância. Adicione
a esta solução um volume aproximadamente igual de solução de ácido sulfúrico.
4 - Sopre pelo tubo de entrada, observando o borbulhamento que ocorre na solução de dicromato e ácido
sulfúrico. Observe e anote as transformações que ocorrem. Fazer o procedimento para as amostras de
cachaça, cerveja e álcool comercial.
5 - Após o término da prática, deixe as amostras em repouso durante 5 minutos. Observe os frascos onde
ocorrem as reações e anote as transformações ocorridas.
Questões
1 - Compare os resultados obtidos, observando as transformações que ocorreram em cada solução
alcoólica utilizada nos experimentos.
2 - Escreva as equações químicas balanceadas e procure explicar as transformações ocorridas.
Considerações finais
Ao fazer a atividade, você pôde observar mudanças de cor na solução de K2Cr2O7. Sua coloração vai
passando da cor laranja para a verde em razão da redução do dicromato de potássio, conforme a
equação:
K2Cr2O7 (aq) + 4H2SO4(aq) + 3CH3CH2OH(g) a Cr2(SO4)3(aq) + 7H2O(l) + 3CH3CHO(g) + K2SO4(aq)
alaranjado verde
A equação acima, quando na forma iônica ficará da seguinte forma:
Cr2O72-(aq) + 8H+ (aq) + 3CH3CH2OH(g) a 2Cr3+(aq) + 7H2O(l) + 3CH3CHO(g)
Ao construir o simulador do bafômetro, o nosso objetivo é enfatizar o mecanismo de seu funcionamento
que se baseia em reações de oxidação e redução, e sua importância em relação ao uso pelas autoridades
de trânsito, como instrumento auxiliar de fácil manejo e grande eficiência na prevenção de acidentes de
trânsito.
A verificação da embriaguez com a utilização do simulador do bafômetro é feita de forma visual, através da
observação na mudança de cores que ocorre no frasco que contém a solução de dicromato de potássio.
As reações que ocorrem são a oxidação de álcool a aldeído e a redução do cromo (VI) a cromo (III), ou
mesmo a cromo (II). A coloração inicial é amarelo-alaranjada, devido ao dicromato, e a final é verde-
azulada, visto ser o cromo (III) verde e o cromo (II) azul.
A equação química das reações que ocorrem no simulador é a mesma que é apresentada nos bafômetros
portáteis usados pelas autoridades de trânsito.
Neste experimento, embora não seja possível determinar a quantidade exata de álcool presente nas
amostras, é possível se determinar qualitativamente teores de álcool, permitindo que as amostras sejam
colocadas em uma seqüência crescente de teor alcoólico.
O bafômetro oficial, bem mais sofisticado, indica com maior precisão a quantidade de álcool no sangue,
pois correlaciona a quantidade de álcool presente no ar exalado dos pulmões com o álcool contido no
sangue da pessoa analisada.
Possíveis dificuldades:
O professor não encontrar todos os reagentes químicos na escola.
Alerta para riscos:
Cuidado para os alunos não ingerirem bebida alcoólica durante a realização da experiência.
Glossário:
Inibir: impedir, embaraçar, proibir, impossibilitar.
Simular: representar com semelhança; fingir o que não é; aparentar; disfarçar.
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA E ENERGIA- APROFUNDAMENTO
III E VI:
A energia envolvida nas transformações dos materiais.
Tema 3:
Tema 12:
Energia nas transformações químicas
Tópico 9: Energia: movimento de elétrons.
Tópico 32: Movimento de cargas elétricas
9.1. Identificar espécies presentes em transformações de oxidação-redução.
9.1.1. Identificar espécies químicas resultantes das possíveis alterações na carga
elétrica de átomos ou de grupos de átomos.
9.2. Reconhecer processos de Oxidação e Redução.
9.2.1. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de acordo com
a variação de carga elétrica das espécies.
9.2.2. Relacionar a formação de íons ao movimento de elétrons.
9.2.3. Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e
elétrons.
9.2.4. Relacionar o movimento de elétrons e de íons com a condução de corrente
elétrica.
Habilidade: 32.1. Transformações que envolvem produção de energia
32.1.1. Compreender o princípio básico de funcionamento de uma pilha
eletroquímica
32.1.2. Representar as TQ por meio de semi-reações.
32.1.3. Consultar tabelas de potencial eletroquímico para fazer previsões da
ocorrência das transformações.
32.1.4. Compreender os procedimentos utilizados para efetuar cálculos de força
eletromotriz de pilhas.
32.1.5. Conhecer os constituintes e o funcionamento básico das pilhas e baterias
mais comuns.
32.1.6. Conhecer o impacto ambiental gerado pelo descarte de pilhas e baterias no
ambiente.
Objetivos:
Verificar a produção de energia elétrica numa pilha constituída por magnésio e cobre.
Providências para a realização da atividade:
Preparar os materiais para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Reações químicas e compostos orgânicos.
Descrição dos procedimentos:
Atividade prática
Células Galvânicas - Pilhas de Cu/Mg
Introdução
O deslocamento de uma carga elétrica submetida a uma diferença de potencial elétrico, típica de reações
de oxi-redução resulta em trabalho.
A capacidade de perder elétrons ou sofrer oxidação é diferente para cada substância metálica. Dizemos
que um metal é reativo quando ele possui grande facilidade de perder elétrons e que é pouco reativo
quando essa facilidade em doar elétrons não é muito acentuada.
O funcionamento de uma pilha depende principalmente de conectarmos metais com diferentes
capacidades de sofrer oxidação, ou melhor, de diferentes potenciais de oxidação.
Quanto maior a diferença de potencial (ddp) dos eletrodos de uma pilha, maior será a intensidade de
corrente elétrica e, portanto, maior a força eletromotriz.
Nesta atividade faremos uma pilha utilizando fita de magnésio e barra de cobre como eletrodos em
solução ácida. As reações que ocorrem são
Mg2+ + 2e- a Mg Eº = - 2,36V (1)
2H2O + 2e- a H2 + 2OH- Eº = - 0,83V (2)
2H+ + 2e- a H2 Eº = 0,0 V (3)
Nesta atividade a montagem da pilha poderá ser feita em uma solução comercial de ácido clorídrico (ácido
muriático) ou em frutas in natura ou seus sucos extraídos (limão, laranja, abacaxi), ou ainda, refrigerantes
(coca-cola).
Materiais
· Fita de magnésio
· Fio de cobre (espessura não inferior a 0,4 cm)
· Fio fino de cobre
· Proveta de 100 ml
· Frasco de vidro de Nescafé ou maionese com tampa plástica provida de rosca.
· Suco de frutas cítricas, ou refrigerante, ou solução de sal de fruta, ou vinagre ou solução de NaCl 0,1
mol/L ou solução de HCl 1,0 mol/L.
· Fita adesiva
· Massa de modelar (opcional)
· Relógio de parede ou despertador pequeno.
Procedimento
Mergulhe os eletrodos no meio eletrolítico em questão. Para a solução ácida recomenda-se extremo
cuidado. Faça três perfurações (não muito largas) na tampa do vidro, separadas por cerca de 1,5 - 2,0 cm.
Por duas delas, passe os eletrodos metálicos, que devem ser mantidos o melhor possível na vertical; a
terceira perfuração visa permitir o escape de gases formados nos eletrodos. Fixe os bastões com massa
de modelar. Ligue as extremidades dos mesmos aos terminais dos aparelhos via fio de cobre fino. Para a
nossa pilha a solução ácida será substituída pelos sucos, ou vinagre, ou refrigerante, ou solução de sal de
frutas ou NaCl.
O que você observou na pilha? Que explicação você teria para este fenômeno: Você seria capaz de
escrever equações químicas que representem o fenômeno observado?
Questões
1) Qual eletrodo funciona como anodo e qual funciona como catodo?
2) Quais fenômenos ocorreram no ânodo e no catodo?
3) Você observou alguma modificação nas lâminas metálicas? A que você atribui as modificações?
4) Como você poderia utilizar a energia obtida nesta pilha?
5) Indique as reações que ocorreram na pilha.
Comentários
Na pilha proposta ocorre oxidação do magnésio (pólo negativo), havendo liberação de íons Mg 2+ na
solução e migração dos elétrons em direção ao outro eletrodo, devido á diferença de potencial elétrico,
enquanto que sobre a superfície do cobre (pólo positivo) ocorre redução do H+, com desprendimento de
hidrogênio gasoso. Desta forma, o fluxo dos elétrons de um eletrodo ao outro, causado pela diferença de
potencial elétrico, pode ser aproveitado na forma de trabalho elétrico para colocar em funcionamento um
pequeno aparelho, por exemplo, um relógio.
Atividade desenvolvida pelos alunos de Didática da Universidade de Itaúna.
EIXO TEMÁTICO ENERGIA
3:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 10: Combustíveis fósseis
Habilidades: 10.1. Reconhecer o petróleo como fonte de combustíveis fósseis.
10.1.1. Reconhecer o petróleo como combustível fóssil.
10.1.2. Conhecer o uso do petróleo como fonte esgotável de energia.
10.1.3. Conhecer os principais derivados do petróleo, como por exemplo, os
combustíveis e os plásticos.
10.1.4. Relacionar aspectos do uso industrial dos derivados de petróleo com os
impactos ambientais.
10.1.5. Relacionar aspectos do uso social dos derivados de petróleo com os
impactos ambientais.
10.2. Saber que reações de combustão e queima de combustíveis fósseis liberam
energia.
10.2.1. Reconhecer reações de combustão.
10.2.2. Saber que reações de combustão liberam energia.
10.2.3. Entender que os produtos de uma reação de combustão são substâncias
cuja energia associada é menor do que a das substâncias reagentes.
10.2.4. Conhecer as fórmulas de alguns combustíveis mais comuns, tais como
hidrocarbonetos.
10.2.5. Conhecer as fórmulas de alguns combustíveis mais comuns, tais como
álcool etílico.
10.3. Associar aquecimento global com a queima de combustíveis fósseis.
10.3.1. Associar efeito estufa com a queima de combustíveis fósseis.
10.3.2. Conhecer os processos físico-químicos que provocam o efeito estufa.
10.3.3. Reconhecer nos produtos de combustão dos derivados de petróleo aquelas
substâncias comuns que provocam o efeito estufa.
10.3.4. Relacionar os fenômenos de efeito estufa e de Aquecimento Global.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
O petróleo é, atualmente, o combustível mais importante.
Aproximadamente 90% dos materiais obtidos a partir da refinação do petróleo são usados para obter
energia para meios de transporte, aquecimento industrial e doméstico, produção de eletricidade e
iluminação. Os outros 10% são usados como matéria-prima para a produção de plásticos, borrachas
sintéticas, fibras, fertilizantes e muitos outros produtos. Ensinar sobre alguns compostos orgânicos a partir
do tema Petróleo traz para a sala de aula um tema bastante significativo para o aluno. A indústria de
petróleo é uma das mais importantes do mundo. Ela alimenta mais de 60% das matrizes energéticas da
economia mundial. As maiores reservas de petróleo encontram-se nos países do Oriente Médio como
Kuwait, Iraque, Irã e Arábia Saudita.
Os Estados Unidos é o maior consumidor de petróleo do mundo consumindo cerca de 25% do petróleo
produzido.O petróleo tem sido motivo de várias guerras.
Condições prévias para ensinar
Todos os alunos do ensino médio já ouviram falar a respeito do petróleo, seja na sala de aula de química,
geografia, história, seja na sua vida cotidiana. É importante que os alunos saibam sobre as propriedades
físicas dos materiais.
Se o aluno já tiver estudado misturas é bom, mas também pode introduzir este assunto a partir do tema
petróleo. Pode iniciar o estudo da química por meio deste assunto.
O que ensinar
A partir deste tema é possível discutir com os alunos
• A formação do petróleo. Teorias relacionadas ao processo de formação do petróleo. misturas
homogêneas e heterogêneas, hidrocarboneto, compostos aromáticos, tipos de gasolina, métodos de
separação de misturas, gasolina adulterada, comparar o petróleo com outras fontes de energia em termos
energéticos e como o uso afeta o ambiente.
Como ensinar
Podemos iniciar o assunto usando reportagens de revistas ou jornais que tratem do tema. Conduzir as
discussões de forma que apareça a necessidade de se compreender por que o petróleo é tão importante
para o mundo. Esperamos estas discussões despertem o interesse em compreender a química do
petróleo.
Pedir aos alunos para pesquisarem as teorias que explicam a origem do petróleo.
O professor de geografia pode trazer a sua contribuição mostrando nos mapas a localização das principais
bacias petrolíferas no mundo e no Brasil.
É importante mostrar e discutir com os alunos o processo de separação dos componentes do petróleo
discutindo os conceitos de temperatura de ebulição. Dois processos: destilação e craqueamento são
importantes na discussão sobre o petróleo. O destilador pode ser encontrado nos sites que colocaremos a
seguir e o esquema do craqueamento pode ser encontrado nestes sites ou no livroUSBERCO e
SALVADOR, Química 3 – Química Orgânica. São Paulo: Saraiva, 7a ed, 2002, p. 143.
O livro: TITO, F. M.; CANTO, E. L., Química: na abordagem do cotidiano, vol. 3. São Paulo: Moderna,
2a ed, 1999, pág. 48,apresenta um esquema com algumas aplicações do petróleo que vale a pena discutir
com os alunos.
A seguir apresentaremos alguns sites que podem ser utilizados pelos professores ou pelos alunos como
fontes de pesquisa.
• http://www2.petrobras.com.br/portugues/index.asp. Este site apresenta um vídeo com a memória da
Petrobrás. Além disso, apresenta vários assuntos que interessam aos nossos estudos: consumo eficiente
de energia, Efeito estufa, responsabilidade social e ambiental etc.
• http://www.prossiga.br/dep-fem-unicamp/petroleo/. Este é o site de uma biblioteca virtual cujos
objetivos principais consistem na captação, organização e disponibilização de informação encontrada na
Internet sobre o tema Engenharia de Petróleo.
Apesar do tema se situar dentro de um escopo bem definido (exploração de óleo e gás), a biblioteca virtual
apresenta um espectro razoavelmente amplo, contemplando tópicos científicos, tecnológicos, legislativos e
comerciais da indústria do petróleo. Esses tópicos foram organizados, nesta fase do projeto, nas seguintes
categorias:
•Artigos e Outros Textos
•Associações, Sociedades Científicas e Órgãos afins
•Bibliotecas Virtuais e Coletâneas de Links
•Dissertações e teses
•Empresas
•Eventos
•Instituições de Ensino e Pesquisa
•Periódicos
•Pesquisadores
•Programas de Pós-graduação
http://www.petroleoonline.hpg.ig.com.br/principal.htm. Esse site serve de fonte de pesquisa para qualquer
um que queira fazer um bom trabalho sobre petróleo, com informações sobre sua origem, gás natural, ele
no mundo afora, seu refino, sua produção, sobre a crise do petróleo, etc.
http://www.comciencia.br/reportagens/petroleo/pet02.shtml. Esse site apresenta algumas reportagens
interessantes sobre o petróleo com títulos que chamam a atenção como: Petróleo: fonte renovável de
guerras, O petróleo é nosso, Países da Opep vivem constantes instabilidades, A participação do petróleo
na matriz energética brasileira etc. É possível a partir da leitura das reportagens desenvolver um trabalho
disciplinar com História e geografia. Cada grupo de alunos pode ficar responsável pelo estudo e
apresentação das reportagens em sala de aula.
O livro REIS, Martha. Química Orgânica. São Paulo:FTD, 2001, pág. 113. apresenta uma tabela que
associa as frações obtidas do petróleo com a composição, temperatura de ebulição e utilização. Vale pena
fazer esta discussão com os alunos. Este mesmo livro página 120 traz um texto sobre óleo lubrificante que
pode ser discutido com os alunos apenas a composição de certa marca de óleo e o significado químico de
cada aditivo.
SANTA MARIA, L. C. de et al. Petróleo: um tema para o ensino de química. Química Nova na Escola. São
Paulo: SBQ, n. 15, 2002, p. 19. O artigo descreve um relato de como associar os tópicos de Química
Orgânica às informações do petróleo, além de sugerir atividades experimentais.
Atividades práticas investigativas
1. O módulo didático 10, partes I e II - Combustíveis fósseis disponível no site da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
2. USBERCO e SALVADOR, Química 3 – Química Orgânica. São Paulo: Saraiva, 7a ed, 2002, p. 143 tem
um experimento muito simples para determinação da viscosidade dos combustíveis.
3. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). p.44-45. Apresenta a atividade para determinação do teor de álcool na
gasolina. É uma atividade que pode ser feito pelos alunos no pátio da escola, caso não exista laboratório,
ou pelo professor, fora da sala de aula para evitar o cheiro da gasolina.
Caso na sua cidade tenha uma refinaria de petróleo seria muito interessante agendar uma visita com seus
alunos. Você pode convidar um engenheiro
mecânico para explicar a diferença entre tipos motores. Por exemplo, o que é um motor de 4 tempos?
Qual a relação da qualidade da gasolina com a explosão no motor? O que é octanagem? O que são
antidetonantes?

Como avaliar
1. Em princípio, como os alunos realizaram uma atividade prática investigativa e responderam questões, é
uma prática interessante de avaliação valorizar ese momento de produção em sala de aula.
2. As apresentações orais também devem ser avaliadas.
3. Nos textos citados, os autores propõem questões que podem ser usadas nas avaliações.
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA
III:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 10: Energia: combustíveis fósseis
10.1. Reconhecer o petróleo como fonte de combustíveis fósseis.
10.1.1. Reconhecer o petróleo como combustível fóssil.
10.1.2. Conhecer o uso do petróleo como fonte esgotável de energia.
10.1.3. Conhecer os principais derivados do petróleo, como por exemplo, os
Habilidade: combustíveis e os plásticos.
10.1.4. Relacionar aspectos do uso industrial dos derivados de petróleo com os
impactos ambientais
10.1.5. Relacionar aspectos do uso social dos derivados de petróleo com os
impactos ambientais.
Objetivos:
Criar oportunidade para uma abordagem contextualizada dos conceitos relacionados ao estudo de
combustíveis fósseis.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar os filmes, o vídeo e o material de pesquisa
Pré-requisitos:
Nenhum.
Descrição dos procedimentos:
Título: Estudando o petróleo
Atualmente, o petróleo é um dos recursos naturais dos quais a nossa sociedade é bastante dependente.
Pode-se facilmente comprovar isso vendo os inúmeros materiais que são fabricados a partir dessa matéria
prima. Além disso, o petróleo é um assunto constantemente discutido na televisão e nos jornais devido à
sua influência na economia, sendo um tema de fácil abordagem interdisciplinar.
Para iniciar a discussões sugerimos que o professor utilize um dos seguintes vídeos: 1. Do poço ao
posto: que mostra o petróleo desde a formação e produção até o refino ou 2. O refino: que abordamaiores
detalhes sobre a obtenção dos derivados do petróleo. Estes vídeos podem ser conseguidos com a
PETROBRÁS.

PETROBRÁS. O refino. Rio de Janeiro: Serviço de Comunicação da Petrobrás, 1986. Videocassete (10
min) VHS son. color.
PETROBRÁS. Do poço ao posto. Rio de Janeiro: Serviço de Comunicação da
Petrobrás, 1992. Videocassete (9 min) VHS son. color.

Iniciar a aula colocando a seguinte questão: Qual a importância do petróleo?


É interessante conseguir algumas amostras de petróleo bruto e dos seus derivados com a PETROBRÁS.
Após as discussões iniciais o professor pode apresentar a constituição do petróleo, os métodos de
separação dos constituintes, o petróleo como fonte de energia.
EIXO TEMÁTICO ENERGIA
3:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais
Tópico 11: Energia: alimentos
Habilidades: 11.1. Reconhecer a relação entre a alimentação e produção de energia.
11.1.1. Conhecer, de maneira geral, como os processos do organismo animal
demandam energia.
11.1.2. Reconhecer, de maneira geral, a função dos alimentos para o provimento
dessa energia.
11.2. Compreender informações sobre o valor calórico dos alimentos.
11.2.1. Compreender os diferentes valores calóricos dos alimentos em rótulos de
diferentes produtos.
11.2.2. Reconhecer a pertinência do consumo de grupos de alimentos diferentes.
11.3. Entender que a produção de energia a partir dos carboidratos se dá por
combustão.
11.3.1. Compreender que a produção de energia pela ingestão de alimentos está
associada à sua reação com o oxigênio do ar que respiramos.
11.3.2. Identificar equações que representem reações de combustão de
carboidratos simples.
11.4. Reconhecer a fotossíntese como um processo de TQ associado à energia.
11.4.1. Relacionar a fotossíntese com a fonte primária de energia renovável: o sol.
11.4.2. Identificar as substâncias e a equação da TQ que representa a fotossíntese.
11.4.3. Relacionar a produção da glicose pelos vegetais por meio da fotossíntese
com os processos do metabolismo animal.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Conhecer um pouco sobre os processos de envolvido na industrialização
dos alimentos e os mecanismos de manipulação da propaganda nos torna capazes de ter atitudes mais
críticas em relação ao aproveitamento e consumo de alimentos evitando que sejamos manipulados pelos
interesses comerciais. Muitas pessoas fazem as refeições regularmente, mas não ingerem vitaminas e os
nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Atualmente, as pessoas, sejam
profissionais da saúde ou não, estão mais preocupados com a qualidade nutricional da alimentação e os
efeitos na saúde. Sendo assim é importante que as pessoas tenham um mínimo de informação básica de
forma que possam ter uma prática alimentar saudável.
Condições prévias para ensinar
· Calor envolvido nas transformações químicas.
· Representação de equações químicas.
O que ensinar
· Processos de fotossíntese e respiração.
· Processos de queima dos alimentos no organismo.
· Alimentos como Fonte de energia.
· Reações de combustão.
· Associar a combustão dos alimentos com a produção de energia para os organismos animais.
· Representação das equações químicas que representam os processos de combustão, fotossíntese e
respiração celular.
· A função de cada grupo de alimento no organismo
Como ensinar
1. O módulo 4, partes I e II: Alimentos no mundo e fotossíntese disponível no site da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
2. O capítulo 19 da unidade 7 do livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São
Paulo: Nova Geração, 2005.desenvolve este conteúdo buscando associar com o ensino de substâncias
orgânicas. Este capítulo, na página 528, traz um texto muito interessante para a realização de discussões
em sala de aula.
3. É importante o professor de Química buscar algumas informações sobre este tema, especialmente,
respiração celular e fotossíntese, com o professor de Biologia. É desejável que possa ser realizado um
trabalho interdisciplinar.
4. Sugerimos uma atividade como o livro paradidático: NETO, E. T. Alimentos em pratos limpo. 11ª Ed.
São Paulo: Atual, 1994.
5. Sugerimos uma proposta de júri simulado com os alunos utilizando alimentos comuns, light e diet.
6. Para o professor sugerimos alguns textos da revista Química Nova na escola disponíveis no
site http://www.sbq.org.br/
7. Revista n. 17: Fiorucci et al. A Importância da Vitamina C - na Sociedade Através dos Tempos. Há
70 anos, foi realizada a síntese em laboratório de uma vitamina. Essa vitamina, o ácido ascórbico, teve
uma importância indiscutível na sociedade antes e depois da elucidação de sua estrutura química e de sua
preparação em laboratório. Este artigo apresenta aspectos científicos, históricos e cotidianos da vitamina
C, procurando explorar os conceitos químicos e biológicos de uma forma contextualizada, de acordo com
as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). As informações fornecidas têm o objetivo de
ser subsídios para que o professor de Química proponha um projeto interdisciplinar relacionado com
vitamina C, juntamente com docentes de outras áreas.
Revista n. 21: Chassot et al. De Olho nos Rótulos: Compreendendo a Unidade Caloria. O texto busca
facilitar a leitura e a compreensão de rótulos em relação à unidade caloria, instigando o consumidor a uma
análise crítica do que é oferecido para o consumo. Assim, procura-se estudar e investigar a questão
calórica dos alimentos, uma vez que os rótulos de inúmeros produtos alimentícios são confusos quanto à
unidade caloria, apresentando, às vezes, dados contraditórios. Neste artigo, apresenta-se o que é caloria,
incluindo considerações referentes a termos que, freqüentemente, são empregados erroneamente por
grande parte da indústria alimentícia.
Ghisolfi, R. M. da S. e Furtado, S. T. de F. E Diet ou Light: Qual a Diferença?
É notório o crescente consumo de produtos diet e light pelas pessoas de nossa sociedade. Tal consumo
tem sido realizado, na maioria das vezes, sem observação e leitura dos rótulos dos produtos. Os rótulos
das embalagens encerram informações relativas à composição química e aos aspectos nutricionais, bem
como citam substâncias criadas e recriadas pelos homens que necessitam ser traduzidas, decodificadas
para que os consumidores possam fazer uso desses alimentos de forma adequada.
Revista n. 22: Carvalho, L.C et al. Um Estudo sobre a Oxidação Enzimática e a Prevenção do
Escurecimento de Frutas no Ensino Médio
A reação de escurecimento em frutas, vegetais e sucos de frutas é um dos principais problemas na
indústria de alimentos. A ação da polifenol oxidase, enzima que provoca a oxidação dos compostos
fenólicos naturais presentes nos alimentos, causa a formação de pigmentos escuros, freqüentemente
acompanhados de mudanças indesejáveis na aparência e nas propriedades organolépticas do produto,
resultando na diminuição da vida útil e do valor de mercado. Neste trabalho propõe-se um experimento
didático para a observação do escurecimento de frutas e a prevenção da oxidação enzimática na presença
de alguns agentes inibidores como ácido ascórbico e ácido cítrico.
Revista n. 25: Lima, R. Fraceto, L. F. e Abordagem Química na Extração de DNA de Tomate. Neste
artigo, é apresentado um experimento simples: a extração de DNA de tomates utilizando procedimentos
laboratoriais de fácil execução e reagentes de baixo custo. Trata-se de um tema atual a partir do qual se
pode trabalhar uma série de conceitos químicos e bioquímicos fundamentais.
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA
III:
Tema 3: A energia envolvida nas transformações dos materiais.
Tópico 11: Energia: Alimentos
11.1. Reconhecer a relação entre a alimentação e produção de energia.
11.1.1. Conhecer, de maneira geral, como os processos do organismo animal
demandam energia.
11.1.2. Reconhecer, de maneira geral, a função dos alimentos para o provimento
Habilidade:
dessa energia.
11.2. Compreender informações sobre o valor calórico dos alimentos.
11.2.1. Compreender os diferentes valores calóricos dos alimentos em rótulos de
diferentes produtos.
Objetivos:
1. Identificar a equação da reação que representa a fotossíntese, bem como os fatores e a energia
envolvida.
2. Fazer cálculos relacionando dados sobre reações químicas e valores das energias envolvidas.
3. Fazer previsões sobre produtos em reações de combustão.
4. Utilizar tabelas de dados sobre energias associadas às transformações de estado e reações químicas
para fazer cálculos sobre calores envolvidos nas mudanças de estado e nas reações químicas.
Providências para a realização da atividade:
Reservar o laboratório ou um espaço adequado para a realização do experimento.
Pré-requisitos:
Reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Alimentos: o que são eles?
Devido à sua importância, os alimentos devem ser avaliados não só quanto às suas qualidades
organolépticas, mas, principalmente, quanto ao seu valor nutritivo.
O valor nutritivo de um alimento está associado à sua composição, quantidade e qualidade dos nutrientes -
substâncias químicas indispensáveis ao organismo. Os nutrientes desempenham funções vitais como, por
exemplo, produção de energia, elaboração e manutenção dos tecidos e equilíbrio iônico. Os principais
nutrientes são as proteínas, os glicídios, os lipídios, os minerais, as vitaminas e a água. A ausência ou
redução dos nutrientes no organismo pode causar distúrbios e enfermidades. O organismo, para ser
saudável, necessita da combinação de vários tipos de alimentos: aqueles que garantem uma reserva de
energia, os que participam de sua constituição e os que proporcionam funcionamento e desenvolvimento
normais.
Durante o processo digestivo, o organismo obtém os nutrientes fundamentais, a partir da ação das
enzimas sobre os alimentos. Cada enzima tem função e local de ação definidos, sempre reduzindo o
alimento a frações que possam ser absorvidas pelo organismo. A absorção começa no esôfago e se
completa no intestino, sendo o transporte para as células feito pelo sangue.
Os nutrientes podem ser agrupados em três classes: produtores de energia (energéticos), produtores de
tecidos (plásticos) e Reguladores biológicos (reguladores de processos vitais).
A função energética ou calórica dos alimentos está associada à quantidade de energia de que o
organismo necessita para se manter em atividade ou em repouso. Como exemplos de alimentos cuja
principal função é a energética, podemos citar os doces, o macarrão, o mel e o arroz. Os lipídios fornecem
cerca de 9 calorias por grama, enquanto os glícídios e proteínas fornecem cerca de 4 calorias por grama.
A função plástica, exercida pelas proteínas, por alguns minerais e pela água, relaciona-se com os
processos de crescimento, de desenvolvimento e de reparação tissular. Como exemplos de alimentos
desse grupo, podemos citar a carne, os ovos, o leite e o peixe.
A função reguladora, desempenhada pelos minerais, pelas vitaminas, pela celulose e pelo oxigênio, é
responsável pela aceleração dos processos orgânicos. Podemos citar como exemplos, as frutas e as
verduras.
Conhecer a composição química dos alimentos é importante para avaliar as suas qualidades nutritivas. A
partir dos nutrientes contidos nos alimentos, o organismo forma os seus tecidos e libera a energia
necessária para a manutenção dos processos vitais.
Os alimentos devem ser ingeridos em quantidade e qualidade suficientes e, ainda, devem ser adequados
ao estado e às condições do indivíduo. A inobservância dessas diretrizes pode gerar distúrbios no
organismo.
A quantidade de energia fornecida pelos alimentos é expressa por uma unidade denominada caloria. O
total de calorias necessárias ao regime alimentar depende do sexo, da idade, da altura e do peso do
indivíduo. O excesso de calorias, além de provocar obesidade, pode ainda levar a uma série de doenças
como, por exemplo, o diabetes (excesso de glícides), afecções hepáticas (excesso de lípides) e diarréias
(excesso de ferro). Também a deficiência alimentar causa problemas como a desnutrição.
Atividade 1 – Examinando rótulos
Cada grupo de 5 alunos deverá escolher 5 rótulos de alimentos e observar a composição química,
quantas calorias fornece por 100 g e, ainda, a presença de aditivos. Esse trabalho deverá ser feito em
grupos e, posteriormente, cada grupo apresentará as suas conclusões para os colegas.
Atividade 2 – De olho na alimentação
Faça uma lista de todos os alimentos que você ingerir durante um dia e venha discutir com os seus
colegas. Juntos, tentem montar uma dieta básica onde estejam presentes todos os nutrientes necessários
ao organismo. Você acha aconselhável as pessoas fazerem uma dieta sem o acompanhamento de um
especialista? Discuta com seus colegas.
Você sabe o que é uma pirâmide alimentar?
A Pirâmide Alimentar baseia-se em oito grupos de alimentos. Para cada grupo alimentar há uma
quantidade de porções que devem ser consumidas com o objetivo de atingir a recomendação de
nutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras).
Colocar uma figura de uma piâmide alimentar
Pirâmide Alimentar 1200 calorias/dia

O corpo trabalha
Como mencionado, todo organismo vivo necessita de alimento para sobreviver. O homem repõe matéria e
energia através da alimentação. Essa energia é necessária para fazer todos os órgãos funcionarem
enquanto andamos, dormimos, corremos, etc. Os vegetais e os animais, que são os alimentos básicos do
homem, são constituídos de proteínas, glicídios, gorduras, vitaminas, água e sais minerais. Vamos
conhecer um pouco sobre esses alimentos que fazem parte da nossa dieta.
Os glicídios ou carboidratos ou glúcides são alimentos constituídos apenas por carbono, hidrogênio e
oxigênio. Nesse grupo, estão os açúcares, o amido e a celulose. Os carboidratos são, na sua maior parte,
de origem vegetal. Entre os mais importantes de origem animal, citamos o glicogênio, que é o equivalente
animal do amido, a lactose (açúcar do leite) e a ribose, que entra na estrutura de ácidos nucléicos. Essas
últimas substâncias são parte integrante do cérebro, dos nervos e dos núcleos celulares em geral. Os
carboidratos são os responsáveis pela produção de glicose durante a digestão, constituindo-se na maior
fonte de energia para o nosso organismo. As partículas de glicose que não produzem energia se unem
para dar origem ao glicogênio, um tipo de açúcar que se armazena no fígado e nos músculos. Entre uma
refeição e outra, o glicogênio se transforma em glicose.
Os lipídios são também conhecidos como óleos e gorduras. Constituem nossas reservas de energia e
também funcionam como isolantes térmicos. Os elementos mais ricos em gordura são os queijos, a
manteiga, os óleos extraídos de sementes vegetais e as carnes gordas. A queima de 1 grama de gordura
produz mais do que o dobro de energia do que a queima da mesma quantidade de proteína ou de
carboidrato.
As proteínas só são usadas como fonte de energia quando o corpo já não tem mais nenhuma reserva de
gordura. Elas são responsáveis pela formação dos músculos, ossos, pele, unhas, cabelo e pela
cicatrização das feridas. As proteínas se encontram no peixe, no leite, nos ovos e nos frutos do mar.
As vitaminas são imprescindíveis para o funcionamento do nosso organismo. A sua carência pode causar
problemas de visão (falta de vitamina A), raquitismo (falta de vitamina B), etc.
A água e os sais minerais são vitais. Nosso organismo é constituído de cerca de 70% de água, que forma
grande parte do sangue, dos músculos e da pele. Necessitamos ingerir, no mínimo, um litro de água
diariamente. A água e os sais minerais são assimilados pelo organismo sem necessidade de digestão.
Como os alimentos produzem energia?
Quando os alimentos são metabolizados, há liberação de energia que é utilizada pelo nosso organismo.
Os processos que produzem energia são denominados exotérmicos e os que consomem energia como,
por exemplo, a evaporação da água, são denominados endotérmicos. O estudo das trocas de calor que
acompanham as transformações químicas é denominado termoquímica.
Como pode ser determinada, em laboratório, a quantidade de energia fornecida por um alimento?
O alimento é queimado em um aparelho denominado calorímetro e o calor liberado provoca a elevação da
temperatura de determinada massa de água, presente no calorímetro. Sabe-se que 1 caloria (1 cal) eleva
de 1 oC a temperatura de 1 g de água. Atualmente, pelo Sistema Internacional de Unidades, a energia
deve ser expressa por outra unidade, joule (J), onde 1 cal = 4,184 J. A quantidade de calor envolvida em
uma transformação química pode ser calculada pela elevação ou abaixamento de temperatura de certa
massa de água existente no calorímetro.
Pode-se calcular o calor liberado na queima de determinada massa de um alimento pela expressão
Q = m c Δt, em que
Q – quantidade de calor associada com a variação da temperatura da substância;
m – massa da substância
c – calor específico da substância
Δt – variação de temperatura da substância

Atividade 3 – Determinação do calor de combustão


Nesta atividade, vamos estimar a quantidade de calor fornecida pela combustão de 50 mL de óleo
comestível (soja, milho, granola, etc).
Materiais
Termômetro, proveta de 250 mL, uma lata sem tampa e sem fundo com as laterais furadas, 1 suporte com
garra, 1 erlemmeyer de 100 mL, 1 lamparina, 50 mL de óleo comestível.
Procedimento:
1. Coloque 50 mL de óleo na lamparina e pese o conjunto. m i = ______
2. Coloque 50 mL de água no erlemmeyer.
3. Meça a temperatura da água. t i = _______
4. Faça a montagem conforme desenho.
5. Coloque fogo na lamparina e deixe queimar durante 10 minutos, aquecendo a água do erlemmeyer.
Apague o fogo e meça novamente a temperatura da água. t f = ______
6. Caso, o óleo não tenha sido completamente queimado, espere a lamparina esfriar e pese novamente
o conjunto óleo + lamparina. m f = ____
Massa de óleo queimado = m f – m i
7. Determine a quantidade de calor liberada pela queima do óleo
Comentários

Nessa experiência, o calor Q liberado pela queima do óleo foi utilizado para aquecer a água e o
erlenmeyer. Logo, Q será dado por uma soma de uma parcela referente à água e outra referente ao
béquer:
Q = ( m água x 1 cal/g.oC x Δt ) + ( m erlenmeyer x 0,2 cal/g.oC x Δt )
O calor específico do béquer depende do tipo de vidro de que ele é feito. Sugerimos que seja usado o
valor médio de 0,2 cal/goC.
Questões
1. Calcule a quantidade de calor produzida na queima de 100 g de óleo.
2. Por que a lata deve ser furada nas laterais?
3. O valor tabelado para a combustão de 100 g de óleo de soja é de 900 kcal. Compare esse dado com
o resultado obtido na experiência e discuta com o seu grupo as possíveis causas de erro.
4. A combustão de 8,0 g de H2 aumentou a temperatura de 200 g de água de um calorímetro de 25 oC
para 27 oC. A reação é endotérmica ou exotérmica?
a) Calcule a quantidade de calor envolvida na reação.
b) Calcule o calor de combustão de um mol de hidrogênio.
c) A energia que um ciclista gasta ao pedalar uma bicicleta é cerca de 1800 kJ/hora acima de suas
necessidades metabólicas normais. A combustão da sacarose, C12H22O11 (342 g/mol) fornece
aproximadamente 5400 kJ de energia. Calcule a quantidade, em gramas, de sacarose necessária para
que esse ciclista pedale 2 horas.
Possíveis dificuldades:
LIMENTOS NO MUNDO E FOTOSSÍNTESE
AUTORES: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David
www.bancodealimentos.org.br - Acesso em 10/08/2007

INTRODUÇÃO
A produção de alimentos no mundo tem aumentado de forma surpreendente, embora uma boa parte da
população da Terra ainda não consiga obtê-los em quantidade e qualidade necessárias para a sua
sobrevivência – em parte, devido a injustiças sociais. A maioria dessa população carente está nas regiões
pobres em países da África, Ásia e América Latina, e também na parcela pobre dos países ricos.
Nos países ricos há outro tipo de problema relacionado à alimentação: milhares de pessoas sofrem de
determinadas doenças devido ao consumo de alimentos em excesso ou inadequados. Problemas como a
obesidade (excesso de peso) e doenças do aparelho circulatório matam expressivo número de pessoas
desses países. Há um consumo exagerado de certos tipos de alimentos como frituras e doces, tornando
as pessoas desnutridas. Desnutrição é a falta de uma alimentação que forneça todos os nutrientes
necessários ao bom funcionamento do organismo.
A desnutrição não é, entretanto, uma doença provocada apenas pela impossibilidade de se obter alimento
na quantidade e na qualidade adequadas. Fica também desnutrido quem come em excesso apenas o que
acha gostoso. Segundo os especialistas, crianças brasileiras de classe média apresentam índices tão
alarmantes de anemia quanto os menos favorecidos.
Paralelamente, em certas regiões do Brasil, como no sertão nordestino, as pessoas vivem em constante
estado de desnutrição, sendo muito comum as mortes devido à falta de alimentos. Nos períodos de seca
prolongada, cobras e lagartos são utilizados como alimento pela população sertaneja. Essa parcela da
população não possui recursos para comprar nem os alimentos básicos. Nas periferias das grandes
cidades, é comum serem utilizados como alimentos restos encontrados no lixo.
Os hábitos alimentares variam segundo as condições econômicas, sociais, geográficas e culturais. Certos
alimentos que, em determinadas regiões, não seriam considerados adequados, em outras podem ser
usados em ocasiões especiais. Como exemplos, podemos citar que, na China, certas espécies de cobra
são servidas como iguarias finas em ocasiões especiais ou que gafanhotos secos e salgados são
consumidos em certas regiões do norte da África.
Embora os hábitos alimentares variem de um lugar para outro, todo organismo vivo deve ingerir alimentos
para a obtenção da energia necessária para se manter vivo e em perfeita saúde.
Os alimentos se apresentam sob diversas formas, com variações em seu estado físico, em sua
composição química, em seus caracteres organolépticos e na sua capacidade, conjunta ou parcial, de
provocar a preferência e o apetite de seu consumidor.
Os alimentos são os materiais de que o organismo necessita para a reconstituição dos tecidos e para
conseguir a energia necessária para os processos biológicos. Considerando tudo isso, devemos estar
atentos ao tipo e à quantidade de alimento que estamos consumindo, pois uma alimentação inadequada
dificulta o trabalho do nosso organismo, podendo desgastá-lo antes do tempo.

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


TÓPICO 11. Energia: alimentos
11.1. Reconhecer a relação entre a alimentação e produção de energia.
11.1.1. Conhecer, de maneira geral, como os processos do organismo animal demandam energia.
11.1.2. Reconhecer, de maneira geral, a função dos alimentos para o provimento dessa energia.
11.2. Compreender informações sobre o valor calórico dos alimentos.
11.2.1. Compreender os diferentes valores calóricos dos alimentos em rótulos de diferentes produtos.
11.2.2. Reconhecer a pertinência do consumo de grupos de alimentos diferentes.
11.3. Entender que a produção de energia a partir dos carboidratos se dá por combustão.
11.3.1. Compreender que a produção de energia pela ingestão de alimentos está associada à sua reação
com o oxigênio do ar que respiramos.
11.3.2. Identificar equações que representem reações de combustão de carboidratos simples.
11.4. Reconhecer a fotossíntese como um processo de TQ associado à energia.
11.4.1. Relacionar a fotossíntese com a fonte primária de energia renovável: o sol.
11.4.2. Identificar as substâncias e a equação da TQ que representa a fotossíntese.
11.4.3. Relacionar a produção de energia na fotossíntese com os processos do metabolismo animal.

A energia solar
A existência da vida e a produção de energia na Terra dependem quase exclusivamente do Sol. Enquanto
os alimentos resultam da fotossíntese que ocorre a partir da energia solar, os combustíveis fósseis
constituem energia solar armazenada durante centenas de milhões de anos. Esses são aproveitamentos
indiretos da energia do sol. O seu aproveitamento direto ainda é muito pequeno, pois somente depois da
conscientização do fim dos combustíveis fósseis foi que teve início um movimento mundial à procura de
outras fontes de energia. Nesse sentido, o maior aproveitamento da energia solar torna-se muito
promissor.
Junto com os seus colegas, faça uma lista das fontes de energia que você conhece, diferentes da solar.
Cerca de um terço da energia solar incidente na Terra é diretamente refletida e espalhada de volta ao
espaço, na forma de radiação ultravioleta. Aproximadamente metade da radiação ultravioleta é absorvida
pela atmosfera, pela superfície terrestre, pelos oceanos e convertida em calor, determinando assim a
temperatura ambiente.
Uma outra parte da energia solar é consumida na evaporação, convecção, precipitação e circulação
superficial da água formando o círculo hídrico. O ciclo da água pode ser estudado mais detalhadamente no
módulo7. A energia solar também é responsável pelas convecções e circulações atmosférica e oceânica,
produzindo ondas oceânicas que fazem dissipar a energia sob forma de calor.
Finalmente, certa quantidade de energia é absorvida
pela clorofila das plantas e de alguns microrganismos,
iniciando o processo de fotossíntese que é a base
energética dos seres vivos.
Uma pequena parte da matéria orgânica produzida por
plantas e pequenos animais fica depositada em
ambientes tais como: areia sedimentar, lama, turfa ou
pântano, onde existe deficiência de oxigênio, o que
impede a degradação total da energia, dando origem aos
combustíveis fósseis.
Dizemos que os combustíveis fósseis, que são o carvão
mineral, o petróleo e o gás natural, contêm energia
armazenada porque são combustíveis e, portanto,
queimam em presença de oxigênio. A falta de oxigênio
http://www.viveiroflorestalnatflor.com.br no ambiente onde ficaram armazenados por cerca de
Acesso em 11/05/2010 600 milhões de anos impediu que essa energia se
degradasse. Acesso em 10/08/2000

Fotossíntese
Como todos os outros seres vivos, as plantas respiram e necessitam de alimento para a sua
sobrevivência. Entretanto, diferentemente dos animais, os vegetais são capazes de produzir seu próprio
alimento.
A origem do termo fotossíntese é: photo = luz e synthesis = produção
Fotossíntese é o processo responsável pela produção de matéria orgânica por meio da energia luminosa
do sol.
O processo da fotossíntese pode ser resumido na equação:
Luz,
Glicose (C6H12O6) +
Gás carbônico + (CO2) água
Oxigênio
(H2O) e outros pigmentos
(O2) + Água (H2O)
Energia luminosa
Equação geral:
6 CO2 + 12 H2O + energia luminosa → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
Nessa reação, a energia luminosa absorvida pelas folhas verdes é usada para transformar o dióxido de
carbono (CO2) e água (H2O) (as matérias-primas) em carboidratos (CH2O) e oxigênio (os produtos).
Os carboidratos são usados como fonte de energia para a síntese de aminoácidos, proteínas, gorduras e
outras substâncias que as células necessitam.
Água, sais minerais e gás carbônico não são considerados alimentos por não serem substâncias
orgânicas. Existem organismos capazes de produzirem alimentos a partir dessas substâncias inorgânicas,
sendo por isso, denominados autótrofos.
A fotossíntese é o principal processo celular de síntese de substâncias orgânicas a partir de inorgânicas
tendo como fonte primária a energia de um fóton (luz).
Apenas os seres clorofilados ou que possuem os pigmentos vermelhos (eritoplastos), amarelos
(xantoplastos) e pardos (feoplastos) são capazes de produzir seu próprio alimento, utilizando como
matéria-prima gás carbônico, água e sais minerais.

A fotossíntese consiste em duas etapas:


a) fotoquímica: a luz absorvida pela clorofila serve para quebrar a molécula da água e produzir o oxigênio,
e é indispensável no processo da respiração aeróbica.
As reações que ocorrem na etapa fotoquímica são chamadas reações de claro.
b) quimica: não há necessidade de luz. Ocorre a produção de glicose (C6H12O6) a partir do gás carbônico.
As reações que ocorrem nessa etapa são denominadas reações de escuro.
Na fotossíntese, a água é retirada do solo pela raiz juntamente com os sais minerais. O gás carbônico é
retirado da atmosfera e absorvido pelos estômatos, que são pequenos poros das folhas. A energia
luminosa é proveniente da luz solar, mas a fotossíntese pode ocorrer, de modo menos intensa, também
sob luz artificial.
A clorofila apenas ativa a reação e fixa a energia luminosa, que a seguir quebra as moléculas de água
liberando gás oxigênio, prótons H+ e elétrons. O oxigênio é liberado como gás para a atmosfera, os
prótons são captados por moléculas de NADP que se convertem em NADP2 e os elétrons voltam para a
clorofila.
A fotossíntese é responsável pela transformação da energia luminosa do sol em energia química dos
alimentos.

A evolução da fotossíntese produziu dois resultados significativos.


1 - Os organismos passaram a não depender mais do material orgânico original.
2 - O oxigênio desprendido pôde ser usado por todos os organismos para obter mais energia do alimento
disponível – este é o processo da respiração.

Respiração
Todos os seres vivos necessitam de energia para viver. A energia para a vida normalmente encontra-se no
interior do alimento – glicose. O alimento libera a energia nele contida numa reação química lenta com o
oxigênio.
Nos vegetais, durante o processo de respiração, o alimento se encontra no interior das folhas produzido
pela fotossíntese e o oxigênio penetra na folha através dos estômatos. No interior da folha é que se
processa a respiração. Gás carbônico (CO2) e água, na forma de vapor, são eliminados durante o
processo de respiração. Observe que os produtos finais da respiração são aqueles necessários para
iniciar a fotossíntese.
Glicose + oxigênio Gás carbônico + Energia
Equação geral
C6H12O6 + 6O2 + 6H2O → 6CO2+ 12H2O + 674 Kcal

Comparando a fotossíntese com a respiração


Característica Fotossíntese Respiração
Energia Armazenamento de energia nos Liberação de energia –
carbonos da glicose com rompimento de ligações da
utilização da luz do Sol glicose (processo
(processo endotérmico). exotérmico).
Substâncias consumidas CO2, H2O O2, C6H12O6
Substâncias produzidas O2, C6H12O6 CO2, H2O
Em resumo, o metabolismo energético compreende as atividades celulares com a transformação de
energia. A energia solar é a principal fonte de energia para todas as formas de vida celular do planeta.
O fluxo de energia do Sol até os animais é feito por meio da fotossíntese, respiração e utilização de ATP
(energia “biologicamente utilizável”) na realização do trabalho. A energia radiante do Sol é convertida em
energia química, ATP e, finalmente, dissipada como calor.
O ATP é a fonte de energia usada pelas células para transmitir impulsos nervosos, provocar contração
muscular, executar síntese de macromoléculas complexas a partir de moléculas menores, etc.
Atividade 1 – Discuta com os colegas e responda
Foram preparados três frascos com quantidades equivalentes de organismos, conforme a ilustração
abaixo:

Água de Água de lagoa Água de lagoa


lagoa + + organismos + organismos
organismos clorofilados e clorofilados
aclorofilados não
clorofilados

1) Depois de uma semana, em qual dos frascos haverá


maior quantidade de CO2 e em qual haverá menor número
de organismos? Justifique sua resposta.
2) Para fabricar todos os materiais de que são feitas,
algas e plantas precisam de água, sais minerais, gás
carbônico e oxigênio, além de luz. Elas podem obter tudo
isso sem sair do lugar. Faça um desenho mostrando como
e de onde uma planta retira cada um desses materiais.
3) Observe a figura ao lado. Trata-se de um terrário
hermeticamente fechado e exposto à luz solar. Não é
articulos.infojardin.com/plantas_de_interior/... necessário molhar o terrário para que as plantas cresçam
Acesso em 13/07/2008 no seu interior. Explique por que isso acontece.
4) O que ocorre dentro do terrário?
5) Qual é o alimento produzido pelas plantas? De que as
plantas necessitam para produzir o seu alimento?

De onde vem a energia para a vida?

Nascer do Sol - baixaki.ig.com.br acesso em 12/01/2008


Nosso organismo precisa de energia para a realização de atividades como correr, nadar, dormir, estudar,
jogar futebol, etc. Muitas reações de combustão ocorrem continuamente em quase todos os seres vivos.
Essas reações químicas são responsáveis pela transformação dos constituintes dos alimentos em
substâncias necessárias aos mecanismos de manutenção da vida.
O combustível mais utilizado pelo nosso organismo é a glicose. Como mencionado, muitos seres vivos
conseguem fabricar a glicose utilizada para a produção de energia por meio da fotossíntese. Esses seres
são denominados autótrofos. Todos os outros seres vivos precisam consumir a glicose contida nos
alimentos extraídos de algum outro ser vivo. São os seres heterótrofos.

Alimentos: o que são eles ?

Alimentos - http://imgs.sapo.pt

Devido à sua importância, os alimentos devem ser avaliados não só quanto às suas qualidades
organolépticas, mas, principalmente, quanto ao seu valor nutritivo.
O valor nutritivo de um alimento está associado à sua composição, quantidade e qualidade de nutrientes –
substâncias químicas indispensáveis ao organismo. Os nutrientes desempenham funções vitais como, por
exemplo, produção de energia, elaboração e manutenção dos tecidos, e equilíbrio iônico. Os principais
nutrientes são as proteínas, os glicídios, os lipídios, os minerais, as vitaminas e a água. A ausência ou
redução dos nutrientes no organismo pode causar distúrbios e enfermidades. O organismo, para ser
saudável, necessita da combinação de vários tipos de alimentos: aqueles que garantem reserva de
energia, os que participam de sua constituiçãoe os que proporcionam funcionamento e
desenvolvimento normais.
Durante o processo digestivo, o organismo obtém os nutrientes fundamentais a partir da ação das enzimas
sobre os alimentos. Cada enzima tem função e local de ação definidos, sempre reduzindo o alimento a
frações que possam ser absorvidas pelo organismo. A absorção começa no esôfago e se completa no
intestino, sendo o transporte para as células feito pelo sangue.
Os nutrientes podem ser agrupados em três classes:
1: Produtores de energia
(energéticos)

2: Produtores de tecidos 3: Reguladores biológicos


(plásticos) (reguladores de processos vitais)
A função energética ou calórica dos alimentos está associada à quantidade de energia de que o
organismo necessita para se manter em atividade ou em repouso. Como exemplos de alimentos cuja
principal função é a energética, podemos citar os doces, o macarrão, o mel e o arroz. Os lipídios fornecem
cerca de 9 calorias por grama, enquanto os glicídios e proteínas fornecem cerca de 4 calorias por grama.
A função plástica, exercida pelas proteínas, por alguns minerais e pela água, se relaciona aos processos
de crescimento, de desenvolvimento e de reparação tissular. Como exemplos de alimentos desse grupo,
podemos citar a carne, os ovos, o leite e o peixe.
A função reguladora, desempenhada pelos minerais, pelas vitaminas, pela celulose e pelo oxigênio, é
responsável pela aceleração dos processos orgânicos. As frutas e as verduras são exemplos desse grupo
de alimentos.
Conhecer a composição química dos alimentos é importante para avaliar as suas qualidades nutritivas. A
partir dos nutrientes contidos nos alimentos, o organismo forma os seus tecidos e libera a energia
necessária para a manutenção dos processos vitais.
Os alimentos devem ser ingeridos em quantidade e qualidade suficientes e, ainda, devem ser adequados
ao estado e às condições do indivíduo. A inobservância dessas diretrizes pode gerar distúrbios no
organismo.
A quantidade de energia fornecida pelos alimentos se expressa por uma unidade denominada caloria. O
total de calorias necessárias ao regime alimentar depende do sexo, da idade, da altura e do peso do
indivíduo. O excesso de calorias, além de provocar obesidade, pode levar a uma série de doenças como,
por exemplo, os diabetes (excesso de glicídios), afecções hepáticas (excesso de lipídeos) e diarreias
(excesso de ferro). Também a deficiência alimentar causa problemas como a desnutrição.
A leitura dos rótulos dos alimentos pode nos ajudar a fazer escolhas adequadas quanto ao que devemos
incluir na nossa dieta. Aproximadamente na metade da década de 80, os fabricantes de alimentos
passaram a utilizar os rótulos com informações nutricionais como uma arma de marketing. Graças a esse
fato, aliado à pressão dos profissionais e consumidores, a legislação foi ampliada.
A rotulagem nutricional é essencial para permitir aos consumidores escolhas alimentares mais saudáveis.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou nos anos de 2000 e 2001 a
legislação que determina as informações nutricionais obrigatórias a serem veiculadas nos rótulos de
alimentos. Essa legislação, juntamente com leis anteriores que estabelecem padrões de qualidade, serve
como base para as atividades de educação para o consumo saudável.
O Brasil se destaca em termos da obrigatoriedade das informações nutricionais. No mundo, somente os
outros países do Mercosul (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai), o Canadá, os Estados Unidos, a
Austrália, Israel e a Malásia apresentam legislação semelhante.
A atenção às características nutricionais dos alimentos tem aumentado entre consumidores, indústrias de
alimentos, políticas governamentais e mídia em geral. Entre os fatores que mais influenciam o destaque
desse tema estão a busca de hábitos mais saudáveis, visando a melhoria da qualidade de vida, e a
relação, que se detectou, entre algumas doenças crônicas não transmissíveis e a obesidade e
alimentação.
A rotulagem nutricional é essencial para permitir aos consumidores escolhas alimentares mais saudáveis.
7 Dicas para uma alimentação saudável
1. Tenha um cardápio variado e equilibrado.
2. Não adote dietas radicais.
3. Evite ter na despensa alimentos calóricos e pobres em nutrientes saudáveis.
4. Crie o hábito de tomar um café da manhã rico e saudável. Ele deve ser a principal refeição do dia.
5. Fracione suas refeições, evitando assim, ingerir grande quantidade de alimentos de uma única vez.
6. Lembre que seu estômago não possui dentes: mastigue muito bem.
7. Não se esqueça dos alimentos ricos em fibras (cereais integrais). Eles regulam o trânsito intestinal e
ajudam a enganar a fome.

ALIMENTOS NO MUNDO E FOTOSSÍNTESE


AUTORES: Penha Souza Silva e Marciana Almendro David
continuação / ver parte I

O que um rótulo contém?


Além do nome do alimento, todos os rótulos devem listar os ingredientes do produto, a data de validade,
os aditivos com números E, e as informações nutricionais.
Os rótulos nutricionais geralmente incluem as quantidades diárias recomendadas (QDR) de calorias,
proteínas, vitaminas e sais minerais. Essas são as quantidades que vão suprir as necessidades da maioria
das pessoas. Não existe um QDR para os carboidratos ou gorduras porque eles são fontes de energia
intercambiáveis. Uma substância só pode ser listada dessa maneira quando mais que um sexto do QDR
está presente.

contandopontos.blogspot.com www.editorametha.com.br
acesso em 02/01/2008 acesso em 02/01/2008
rótulos de alimentos específicos brasilien.ded.de
www.scielosp.org acesso em 02/01/2008 acesso em 02/01/2008
Atividade 2 – Examinando rótulos
Cada grupo de 5 alunos deverá escolher 5 rótulos de alimentos e observar a composição química, a
quantidade de calorias fornecida por 100 g e, ainda, a presença de aditivos. Esse trabalho deverá ser feito
em grupos e, posteriormente, cada grupo apresentará as suas conclusões para os colegas.

Atividade 3 – De olho na alimentação


Faça uma lista de todos os alimentos que você ingerir durante um dia e venha discutir com os seus
colegas. Juntos, componham uma dieta básica onde estejam presentes todos os nutrientes necessários ao
organismo. Você acha aconselhável que as pessoas façam uma dieta sem o acompanhamento de um
especialista ? Discuta com seus colegas.

Atividade 4 – Visitando o sítio da ANVISA


http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/index.htm
Faça uma visita a este endereço eletrônico e anote as principais informações.

Atividade 5 – Exercícios
1) Duas importantes ações na luta contra o aumento do efeito estufa são a limitação da queima de
combustíveis fósseis e a promoção do crescimento de florestas.
A importância do crescimento das florestas se deve à ocorrência, nas plantas, da etapa metabólica
resumida na seguinte equação química:
a) CO2 + H2O → H2CO3
b) C6H12O6 → 2 C2H6O + CO2
c) 6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2
d) C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O

2) (UFRS, 2000) As proteínas alimentares ingeridas pelos animais não são absorvidas como tais. Eles as
degradam por meio de enzimas, rearranjam-nas e assim produzem suas próprias proteínas. Os animais
ingerem alimentos proteicos para suprir seu organismo de:
a) ácidos carboxílicos.
b) açúcares.
c) glicerídios.
d) aminoácidos.

3). (Pucpr, 1999) Quais dos produtos orgânicos são característicos de metabolismo de organismos vivos?
a) Ácido sulfúrico, glicerina, sulfato de metila.
b) Metanol, etanol, polietileno.
c) Ácido cítrico, cetonas, acetileno, PVC.
d) Glicídios, lipídios, aminoácidos e proteínas.

O corpo trabalha
Como discutido, todo organismo vivo necessita de alimento para sobreviver. O homem repõe matéria e
energia por meio da alimentação. Essa energia é necessária para fazer todos os órgãos funcionarem
enquanto andamos, dormimos, corremos, etc. Os vegetais e os animais, alimentos básicos para o homem,
são constituídos de proteínas, glicídios, gorduras, vitaminas, água e sais minerais. Vamos conhecer um
pouco sobre esses alimentos que fazem parte da nossa dieta.
Os glicídios, ou carboidratos ou glucídios são alimentos constituídos apenas por carbono, hidrogênio e
oxigênio. Nesse grupo, estão os açúcares, o amido e a celulose. Os carboidratos são, na sua maior parte,
de origem vegetal. Entre os mais importantes de origem animal, citamos o glicogênio, que é o equivalente
animal do amido, a lactose (açúcar do leite) e a ribose, que entra na estrutura de ácidos nucleicos. Essas
últimas substâncias são partes integrantes do cérebro, dos nervos e dos núcleos celulares em geral. Os
carboidratos são os responsáveis pela produção de glicose durante a digestão, constituindo-se na maior
fonte de energia para o nosso organismo. As partículas de glicose que não produzem energia unem-se
para dar origem ao glicogênio, um tipo de açúcar que se armazena no fígado e nos músculos. Entre uma
refeição e outra, o glicogênio se transforma em glicose.
Antes de enfrentar uma prova ou competição é recomendável a ingestão de alimentos ricos em
carboidratos, como massas e chocolates. Por quê?
Essa recomendação é feita porque os carboidratos são fonte de energia imediata, pois são rapidamente
degradados pelo organismo humano. Os seres humanos obtêm os carboidratos por meio dos alimentos,
enquanto os vegetais são auto-suficientes na produção destas substâncias. Os carboidratos também são
conhecidos como açúcares, podendo ser encontrados em diversos alimentos. Dentre eles, podemos citar:
arroz, milho, trigo, soja, feijão, ervilha, batata, mandioca, beterraba, cará, cana-de-açúcar, mel, e muitos
outros.
Os açúcares, como a glicose, a frutose e a sacarose, são os carboidratos mais conhecidos. Mas também
existem carboidratos de moléculas muito grandes (macromoléculas) como a celulose e o amido. Os
alimentos ricos em carboidratos produzem energia necessária para o funcionamento do organismo de
quase todos os seres vivos. É com a energia obtida dos carboidratos que temos força para trabalhar,
correr, andar, brincar, etc. A energia dos carboidratos também é importante para manter nossa
temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis.
Estes são moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções, entre elas: fonte de energia,
reserva de energia, estrutural e matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas.
A produção de energia que ocorre no organismo humano está baseada essencialmente na reação entre o
carboidrato, a glicose (C6H12O6) e o oxigênio (obtido na respiração):
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O Δ H = - 671 Kcal/mol
A equação representada indica que a queima de 1 mol (180 g) de glicose libera 671 Kcal para o
organismo.
Após a ingestão de carboidratos, inicia-se no organismo uma série de reações que são responsáveis pela
transformação dos carboidratos em glicose.
Os lipídios são também conhecidos como óleos e gorduras. Constituem nossas reservas de energia e
também funcionam como isolantes térmicos. Os elementos mais ricos em gordura são queijos, manteiga,
óleos extraídos de sementes vegetais e carnes gordas. A queima de 1 grama de gordura produz mais do
que o dobro de energia comparada à queima da mesma quantidade de proteína ou de carboidrato.
As proteínas só são usadas como fonte de energia quando o corpo já não tem mais nenhuma reserva de
gordura. Elas são responsáveis pela formação dos músculos, ossos, pele, unhas, cabelo e pela
cicatrização das feridas. As proteínas se encontram no peixe, no leite, nos ovos e nos frutos do mar.
As vitaminas são imprescindíveis para o funcionamento do nosso organismo. A sua carência pode causar
problemas de visão (falta de vitamina A), raquitismo (falta de vitamina B), etc.
A água e os sais minerais são vitais. Nosso organismo é constituído de cerca de 70% de água, que forma
grande parte do sangue, dos músculos e da pele. Necessitamos ingerir, no mínimo, um litro de água
diariamente. A água e os sais minerais são assimilados pelo organismo sem necessidade de digestão.

Exercícios
1) (Fuvest) Na tabela a seguir é dada a composição aproximada de alguns constituintes de três alimentos:
Os alimentos I, II e III podem ser, respectivamente,
a) ovo de galinha, farinha de trigo e leite de vaca.
b) ovo de galinha, leite de vaca e farinha de trigo.
c) leite de vaca, ovo de galinha e farinha de trigo.
d) leite de vaca, farinha de trigo e ovo de galinha.

2) A fórmula molecular da glicose, cuja molécula é formada por seis átomos de carbono, doze átomos de
hidrogênio e seis átomos de oxigênio, é:
a) 6CH2O.
b) 6C12H6O.
c) 6CH12O.
d) C6H12O6.

3) "Quanto mais se investiga mais assustador fica o escândalo dos remédios falsificados. (...) A empresa é
acusada de ter produzido quase 1 milhão de comprimidos de farinha como sendo o medicamento
Androcur, usado no tratamento de câncer de próstata." (REVISTA VEJA, setembro de 1998).
O principal componente químico da farinha é o amido, que é um:
a) lipídio.
b) poliéster.
c) peptídeo.
d) polissacarídeo.

4) Responder à questão com base nas informações abaixo.


Durante o processo da fotossíntese realizada por plantas verdes, a energia luminosa do Sol força a
formação de glicose a partir do dióxido de carbono e água.
Com relação a essa transformação, afirmar-se que
I. Há formação de um glicídio e um gás combustível.
II. Ocorre com absorção de calor, portanto trata-se de um processo endotérmico.
III. Ocorre transformação de energia luminosa e calorífica em energia química.
IV. A equação que representa essa transformação é
C6H12O5 + 6 O2 → 6CO2 + 6H2O + calor
A alternativa que contém as afirmativas corretas é
a) III e IV
b) II e I
c) II e III
d) I e II

5) (Pucrs, 1999) A equação genérica a seguir representa a obtenção do "gás dos pântanos", formado pela
fermentação da celulose que entra na composição da vegetação
(C6H10O5)n + nH2O → 3 nCO2 + 3 nCH4
I. O etano entra na composição química do "gás dos pântanos".
II. O gás carbônico formado contribui para aumentar o efeito estufa.
III. A celulose pode ser classificada como hidrato de carbono.
IV. Trata-se de uma reação de polimerização.
Pelas análises das afirmativas, conclui-se que estão corretas as alternativas
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV.

6) (Pucpr, 1999) Quais dos produtos orgânicos são característicos de metabolismo de organismos vivos?
a) Ácido sulfúrico, glicerina, sulfato de metila.
b) Metanol, etanol, polietileno.
c) Ácido cítrico, cetonas, acetileno, PVC.
d) Glicídios, lipídios, aminoácidos e proteínas.

7) Com relação aos compostos A, B e C a seguir:

é correto afirmar que:


01 - O composto A é uma proteína.
02 - O composto B é uma gordura.
04 - O composto C é um á açúcar.
08 - Por hidrólise de B, em meio alcalino (soda cáustica), obtém-se sabão.
16 - O composto C apresenta em sua estrutura ligações peptídicas.
32 - O composto A possui carbono assimétrico e, consequentemente, isômeros ópticos.

8) Ácidos graxos são formados no organismo humano pela digestão (hidrólise catalisada por enzimas) de
a) sal de cozinha.
b) açúcar de cana.
c) vitamina C.
d) clara de ovo.
e) azeite de oliva.

Como os alimentos produzem energia ?


Quando os alimentos são metabolizados, há liberação de energia que é utilizada pelo nosso organismo.
Os processos que produzem energia são denominados exotérmicos e os que consomem energia, como,
por exemplo, a evaporação da água, são denominadosendotérmicos. O estudo das trocas de calor que
acompanham as transformações químicas é denominado termoquímica.
Como pode ser determinada, em laboratório, a quantidade de energia fornecida por um alimento?
O alimento é queimado em um aparelho denominado calorímetro e o calor liberado provoca a elevação da
temperatura de determinada massa de água presente no calorímetro. Sabe-se que 1 caloria (1 cal) eleva
de 1ºC a temperatura de 1 g de água. Atualmente, pelo Sistema Internacional de Unidades, a energia deve
ser expressada por outra unidade, joule (J), a qual 1 cal = 4,184 J. A quantidade de calor envolvida em
uma transformação química pode ser calculada pela elevação ou diminuição de temperatura de certa
massa de água existente no calorímetro.
O calor liberado na queima de determinada massa de um alimento pode ser calculado pela expressão
Q=mcΔt
Q – quantidade de calor associada com a variação da temperatura da substância.
m – massa da substância.
c – calor específico da substância.
Dt – variação de temperatura da substância.

Calorímetro

http://www.monografias.com/trabajos35/cal
http://geocities.ws/saladefisica5/leituras/calorimetro.html(Ac or-fusion-hielo/Image4602.gif
esso em 11/05/2010) (Acesso em 24/12/2007)

Atividade
1) A combustão de 8,0 g de H2 aumentou a temperatura de 200 g de água de um calorímetro de 25ºC
para 27ºC.
a) A reação é endotérmica ou exotérmica?
b) Calcule a quantidade de calor envolvida na reação.
c) Calcule o calor de combustão de um mol de hidrogênio.

2) A energia que um ciclista gasta ao pedalar uma bicicleta é cerca de 1800 kJ/hora acima de suas
necessidades metabólicas normais. A combustão da sacarose, C12H22O11 (342 g/mol), fornece
aproximadamente 5400 kJ de energia. Calcule a quantidade, em gramas, de sacarose necessária para
que esse ciclista pedale durante duas horas.

3) Considere os dados abaixo, extraídos dos rótulos de duas marcas de batata frita industrializada, para
uma porção de 31 g:
Batata Batata tipo light
Gorduras..................... 14,0 g Gorduras..................... 9,0 g
Colesterol .....................0,0 g Colesterol .....................0,0 g
Carboidratos.................15,0 g Carboidratos.................20,0 g
Proteínas....................... 2,0 g Proteínas....................... 2,0 g
Calorias ........................160 kcal Calorias ........................120 kcal

Questões
1. O que diferencia uma batata frita comum de uma batata light?
2. Como você explica o termo light?
3. Cite outros produtos que você conhece que possuem uma versão light.
4. Qual é o componente da batata que mais diminuiu na versão light?
5. Por que a versão light fornece menos energia?

4) (Fuvest, 1994) Considere a reação de fotossíntese (ocorrendo em presença de luz e clorofila) e a


reação de combustão da glicose representadas a seguir:
6CO2(g) + 6H2O(l) → C6H12O6†(s) + 6O2 (g)
C6H12O6 (s) + 6O2 (g) →6CO2 (g) + 6H2O(l)
Sabendo-se que a energia envolvida na combustão de um mol de glicose é de 2,8x106 J, ao sintetizar
meio mol de glicose, a planta:
a) libera 1,4 x 106 J.
b) libera 2,8 x 106 J.
c) absorve 1,4 x 106 J.
d) absorve 2,8 x 106 J.
5) (Unitau, 1995) Nas pizzarias há cartazes dizendo "Forno à lenha". A reação que ocorre neste forno para
assar a pizza é:
a) explosiva.
b) exotérmica.
c) endotérmica.
d) hidroscópica.
6) A oxidação de açúcares no corpo humano produz ao redor de 4,0 quilocalorias por grama de açúcar
oxidado. A oxidação de um décimo de mol de glicose (C6H12O6) vai produzir proximadamente:
a) 40 kcal
b) 50 kcal
c) 60 kcal
d) 70 kcal
7) (Uel, 1998) Entre as afirmações a seguir, a que descreve melhor a fotossíntese é
a) Reação endotérmica, que ocorre entre dióxido de carbono e água.
b) Reação endotérmica, que ocorre entre glicose e oxigênio.
c) Reação exotérmica, que ocorre entre água e oxigênio.
d) Reação exotérmica, que ocorre entre dióxido de carbono e água.
8) (Puccamp, 2001) "Proteínas e carboidratos são fontes de energia para os organismos".
No metabolismo, proteínas e carboidratos suprem, cada um, cerca de 4 quilocalorias por grama. Que
massa de proteína tem que ser metabolizada para ter-se, aproximadamente, o mesmo efeito energético
que 0,10 mol de glicose (C6H12O6).
a) 90 g.
b) 45 g.
c) 36 g.
d) 18 g.
9) A entalpia de combustão completa da sacarose – C12H22O11 (s) é - 5635 kJ/mol a 25°C e 1 atm, sendo
CO2 (g) e H2O(L) os únicos produtos da reação. Utilizando estes dados responda às seguintes questões:
a) A reação de combustão da sacarose é exotérmica ou endotérmica?
b) Escreva a equação química balanceada da reação de combustão da sacarose sólida.

10) (Puccamp, 2001) No processo da respiração humana, glicose se oxida gradualmente, em várias
etapas, produzindo dióxido de carbono e água. A energia total liberada nesse processo é de
aproximadamente 2,8 × 102 kJ/mol de glicose. Caso a oxidação de 1 mol de glicose ocorresse
instantaneamente, em uma única etapa, no organismo de uma pessoa que "pesa" 100 kg, os 70% de água
que o constituem poderiam ser aquecidos de 37°C (temperatura aproximada do organismo) até a
temperatura de
Dado: Calor específico da água 4 kJ°C1 kg1
a) 38°C.
b) 40°C.
c) 41°C.
d) 47°C.
11) (Unicamp, 2003) Os alimentos, além de nos fornecerem as substâncias constituintes do organismo,
são também fontes de energia necessária para nossas atividades.
Podemos comparar o balanço energético de um indivíduo após um dia de atividades da mesma forma que
comparamos os estados final e inicial de qualquer processo químico.
O gasto total de energia (em kJ) por um indivíduo pode ser considerado como a soma de três usos
corporais de energia:
1 - gasto metabólico de repouso (4,2 kJ/kg por hora).
2 - gasto energético para digestão e absorção dos alimentos, correspondente a 10% da energia dos
alimentos ingeridos.
3 - atividade física, que para uma atividade moderada representa 40% do gasto metabólico de repouso.
a) Qual seria o gasto energético total de um indivíduo com massa corporal de 60kg, com atividade
moderada e que ingere o equivalente a 7600kJ por dia?
b) Considerando-se que 450g de massa corporal correspondem a aproximadamente 15000kJ, qual é o
ganho (ou perda) deste indivíduo por dia, em gramas?

12) Usinas termelétricas a carvão verde (úmido) constituem uma das formas mais poluentes de produzir
energia. Pesquisas indicam que o gás carbônico, poluente produzido pela queima do carvão, quando
dissolvido em água, forma bicarbonato, que é consumido por algas unicelulares para realizar fotossíntese.
Do exposto acima, assinale a opção correta:
a) o carvão verde (úmido) e o carvão seco têm o mesmo conteúdo energético.
b) a combustão do carvão é um processo endotérmico.
c) a luz atua como inibidor da reação de fotossíntese.
d) o gás carbônico atua como catalisador na fotossíntese.
13) (UFPI, 2001) Uma das informações que as embalagens de alimentos contêm é o teor de calorias.
Analise as afirmativas a seguir e marque a opção correta:
I - O teor calórico é uma determinação experimental através do calor de combustão.
II - Quanto maior o número de calorias, maior o tempo de degradação do alimento.
III - A medida das calorias de um alimento é feita através do calor de neutralização.
a) apenas I.
b) apenas II.
c) I e II.
d) apenas III.

14) (UNITAU, 1995) Observe as seguintes equações termoquímicas:


I- C(s) + H‚O(g) → CO(g) + H‚(g)...... Δ H = 31,4kcal
II - CO(g) + 1/2O‚(g) → CO‚(g).......... Δ H = -67,6kcal
III - H‚(g) + 1/2O‚(g) → H‚O(g)............. Δ H = -57,8kcal

De acordo com a variação de entalpia, podemos afirmar:


a) I é endotérmica, II e III exotérmicas.
b) I e III são endotérmicas, II exotérmica.
c) II e III são endotérmicas, I exotérmica.
d) I e II são endotérmicas, III exotérmica.
e) II é endotérmica e I e III exotérmicas.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
4:
Tema 4: Propriedades dos materiais.
Tópico 12: Materiais: Substâncias metálicas
Habilidades: 12.1. Reconhecer substâncias metálicas por meio de suas propriedades e usos.
12.1.1. Exemplificar as substâncias metálicas importantes. Exemplos: ferro, cobre,
zinco, alumínio, magnésio, ouro, prata, titânio, ferro, estanho, platina e suas
propriedades.
12.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias e ligas metálicas.
12.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades dos metais.
12.1.4. Exemplificar as ligas metálicas mais importantes: bronze, amálgamas, latão,
aço. Explicitar seus usos mais comuns.
12.2. Reconhecer os constituintes dos metais e sua representação por meio de
fórmulas.
12.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias metálicas aos elementos e sua
posição na Tabela Periódica e compreender a sua tendência a formar cátions.
12.3.Caracterizar as substâncias metálicas por meio de modelos.
12.3.1. Compreender o modelo de ligação metálica.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Muitos objetos que utilizamos em nosso cotidiano são feitos de metal,
como panelas, pregos, talheres. A construção civil, fábricas de automóveis e outros setores industriais
utilizam em grande escala vários tipos de metal bastante conhecidos. Grande parte dos metais que
conhecemos é extraída do minério pelas metalúrgicas.
O conteúdo sobre ligações metálicas não é tratado de maneira contextualizada na maioria dos livros
didáticos. O uso do metal está relacionado com suas propriedades e também com o custo benefício. O
ouro, por exemplo, é um bom condutor de corrente elétrica, no entanto, são usados fios de cobre. A
condutividade elétrica, que se transmite ao longo de um fio metálico levando energia elétrica a diferentes
pontos de todo o país, está relacionada com uma propriedade que se chama condutividade elétrica.
Condições prévias para ensinar
Para facilitar o trabalho com ligações metálicas, estamos sugerindo que o professor busque, no cotidiano
dos alunos, os tipos de metal que eles conhecem, onde e por que são usados.
O que ensinar
É interessante que o professor recorra aos conceitos básicos necessários ao entendimento de ligações
metálicas, tais como: eletronegatividade, átomos neutros, elétrons de valência, força de ligação entre os
átomos.
Como ensinar
Convém que o professor recomende aos alunos esta leitura: Texto 16 – As substâncias
metálicas. ROMANELLI, L. I.; JUSTI, R. S. Aprendendo Química. Ijuí: Unijuí, 1998. P.195-200.
Existe uma escassez de métodos didáticos que trabalhem este tópico, principalmente, com atividades
experimentais. Mas apesar disso, recomenda-se:
AMBROGI, A.; VERSOLATO, E. F.; LISBÔA, J. C . F. Experiência 8 – Modelos para uma estrutura
metálica. In: _______. Unidades Modulares de Química. São Paulo: Hamburg LTDA, 1987. p. 35 – 37.
A autora propõe a construção de modelos para uma estrutura metálica, usando esferas de isopor, fita
adesiva ou palitos. A atividade sugerida pode ser trabalhada em pequenos grupos de alunos ou mesmo de
forma individual, uma vez que os materiais são de fácil aquisição.
O professor pode consultar também:
Ligação metálica MORTIMER, E. F e MACHADO, A . H. Química para o ensino médio. Volume único. São
Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P.196- 198.
O modelo do mar de elétrons é o suficiente, pois explica a condutividade elétrica dos metais. É importante
explicitar que a regra do octeto não explica tal tipo de ligação. O mais viável nesse tópico é apresentar
para alunos algumas ligas metálicas e as principais propriedades dos metais como brilho característico,
boa condutividade elétrica, boa condutividade térmica.
Ainda como referência: CANTO, E. L. do. Minerais, minérios, metais: de onde vêm? Para onde vão? São
Paulo: Moderna, 1996.
Como avaliar

Orientação Pedagógica: Materiais: Substâncias metálicas


Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Ademilde Dias Alves Ornelas
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
A avaliação permite analisar e qualificar o desenvolvimento do trabalho do professor e dos alunos e as
condições educativas. Ela faz parte do processo educativo e tem como finalidade primordial a melhoria da
qualidade do processo de ensino.
Em uma avaliação, é importante apontar indicadores que correspondam aos fatores mais significativos de
qualidade da ação do professor. Esses indicadores servirão de parâmetro para a avaliação do processo.
Para orientar a avaliação da aprendizagem dos alunos, é necessário que se escolham critérios.
Desse modo, especificamente no tópico - Ligações metálicas e as substâncias que a apresentam - além
do comprometimento e envolvimento do aluno com o conteúdo e aulas é importante avaliar:
1. Por que os metais conduzem corrente elétrica no estado sólido?
2. Relacionar a força da ligação com o estado físico da substância.
3. Relacionar a força da ligação com temperatura de fusão e ebulição.
4. Relacionar a condução dos metais e a não condução dos iônicos no estado sólido.
5. Conhecer as ligas metálicas e os seus constituintes.
Para tanto, questões referentes ao tópico encontram-se na bibliografia sugerida.
IXO TEMÁTICO IV: MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
Tema 4: Propriedades dos materiais
Tópico 12: Materiais: Substâncias metálicas
Tópico 13: Materiais: Substâncias iônicas
Tópico 14: Materiais: Sólidos covalentes
12.1. Reconhecer substâncias metálicas por meio de suas propriedades e usos.
12.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias e ligas
metálicas.
13.1. Reconhecer substâncias iônicas por meio de suas propriedades e usos.
Habilidade: 13.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades das substâncias
iônicas.
14.1. Reconhecer sólidos covalentes por meio de suas propriedades e usos.
14.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades dos sólidos
covalentes.
Objetivos:
1. Investigar e identificar transformações químicas que ocorrem em diferentes escalas de tempo.
2. Reconhecer o papel dos catalisadores na velocidade das reações químicas
Providências para a realização da atividade:
A atividade pode ser realizada na sala de aula como demonstração ou no laboratório. O professor deverá
conferir se existe todo o material na escola.
Pré-requisitos:
Propriedades dos materiais.
Descrição dos procedimentos:
Atividade prática
Adaptada de Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros. São Paulo:
Scipione, 2003.
Título: Investigando as propriedades dos materiais
Materiais:
Açúcar comum (C12H22O11), cloreto de sódio (NaCl), grafite (C), alumínio (Al), cobre (Cu), iodo (I 2), quartzo
(SiO2), iodeto de potássio (KI), naftalina (C10H8), ferro (Fe), cloreto de sódio (NaCl), tubos de ensaio,
dispositivo para medir a condutividade elétrica.
Procedimento
Complete a tabela abaixo após realizar os testes de condução de corrente elétrica e solubilidade dos
materiais acima em água e aguarrás.

Testes
1. Condutividade: Meça a condutividade de todas as substâncias no estado sólido, tomando o cuidado
de não encostar um fio no outro. Anote na tabela: bom condutor ou mau condutor.
2. Solubilidade: Coloque rótulo de AA a j em 10 tubos de ensaio. Coloque água até 1/3 de cada tubo.
Com a espátula adicione a substância a ser testada. Anote na tabela o resultado observado. Depois
substitua água pela aguarrás e realize os testes novamente.
Questões
1. A partir dos dados obtidos na tabela organize os materiais em grupos.
2. O que há em comum entre as substâncias pertencentes ao mesmo grupo?
3. Considerando os modelos de ligações químicas proponha um modelo que explique as suas
observações.
4. Quais materiais conduzem eletricidade? O que existe nestes materiais que os torna condutores?
Possíveis dificuldades:
Não há.
Alerta para riscos:
Cuidado na manipulação dos reagentes químicos.
Glossário:
Metabolismo: conjunto de fenômenos químicos necessários ao organismo para a formação,
desenvolvimento e renovação das estruturas celulares, e para a produção de energia.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS - APROFUNDAMENTO


4:
Tema 4: Propriedades dos materiais
Tópico 13: Materiais: Substâncias iônicas
Habilidades: 13.1. Reconhecer substâncias iônicas por meio de suas propriedades e usos.
13.1.1. Exemplificar as substâncias iônicas mais importantes como, por exemplo,
cloretos, carbonatos, nitratos e sulfatos e suas propriedades.
13.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias iônicas.
13.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades das substâncias
iônicas.
13.2. Reconhecer os constituintes das substâncias iônicas e sua representação por
meio de fórmulas.
13.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias iônicas aos elementos e sua
posição na Tabela Periódica.
13.2.2. Identificar, a partir de fórmulas, substâncias iônicas.
13.3.Caracterizar as substâncias iônicas por meio de modelos.
13.3.1. Compreender o modelo de ligação iônica.

Por que ensinar


Os modelos de ligações químicas permitem explicar as propriedades dos materiais. É pela combinação
dos átomos dos elementos químicos em diferentes proporções, que se forma a grande quantidade de
minerais da crosta terrestre. A combinação de átomos de cerca de noventa elementos químicos permite
formar milhares de substâncias. Como esses átomos se unem? O que os mantém juntos, ou seja, o que
garante a estabilidade da união entre eles? O estudo das ligações químicas permite responder estas
questões.
Condições prévias para ensinar
Conhecimento da tabela periódica e do modelo atômico atual.
O que ensinar
É importante discutir a formação das ligações químicas tendo como base a idéia de que a ligação química
é resultado do abaixamento de energia do sistema e não enfatizar a regra do octeto.
· Íons e condução de eletricidade.
· Fórmulas de alguns cloretos, carbonatos, nitratos e sulfatos a partir da atração entre os íons.
· Experimentos sobre condução de eletricidade.
· Identificar as substâncias iônicas por meio de fórmulas e propriedades das substâncias.
· O modelo de ligação iônica.
Como ensinar
1. O módulo didático 12, modelo de ligações químicas e interações intermoleculares, parte I, disponível
no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo
conforme orientações do CBC.
2. Capítulo 8 do livro: PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova
Geração, 2005.
3. Capítulo 9 do livro: MORTIMER, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série
parâmetros. São Paulo: Scipione, 2003.
Para o professor sugerimos a leitura dos seguintes textos da revista Química Nova na escola disponível no
site http://www.sbq.org.br
Revista n. 3
Mortimer, E. F. O Significado das fórmulas químicas. Neste número vamos discutir o significado de se
atribuir fórmulas às substâncias - tomando como exemplo a água -, procurando apontar as possibilidades
e limites dos modelos de estrutura molecular.
Revista n.6
TOMA, H. E. Ligação Química: abordagem clássica ou quântica
Este artigo procura ressaltar que os modelos de ligação química não são absolutos; ao contrário, são
construções de uma outra ordem de realidade - a realidade do mundo infinitamente pequeno - que só
podemos compreender com o uso de teorias que se modificam com o desenvolvimento da ciência. A partir
das teorias analisadas, podemos refletir sobre qual modelo de ligação devemos ensinar a nossos alunos
no nível médio, de modo que seja compatível com o modelo atômico adotado e com as explicações que
pretendemos desenvolver a partir desses modelos.
Revista n. 7
JUSTI, R. da S. A afinidade entre as substâncias pode explicar as reações químicas? Este artigo busca
verificar como as concepções prévias hoje mostradas pelas alunas e pelos alunos a respeito de por que
ocorrem reações químicas estão presentes na história do desenvolvimento de um importante conceito: a
afinidade. Temos, numa história que começa há mais de 2500 anos A.P. (antes do tempo presente),
informações para entender um pouco mais a ciência, e em particular a estrutura da matéria. Como as
idéias acerca do conceito de afinidade nem sempre estiveram muito claras, sempre existiram muitas
interrogações para os químicos, traduzidas em diferentes contextos. Charles Darwin, na Origem das
espécies (edição de 1875, p. 63), em busca de metáforas usou a afinidade seletiva dos elementos
químicos para explicar a seleção natural.
Revista n. 24
FERNANDEZ, C. e Marcondes, M. E. R. Concepção dos Estudantes sobre Ligação Química
As dificuldades conceituais que alunos apresentam sobre o tema “ligações químicas” são atribuídas a
problemas mais básicos, como a compreensão da natureza de átomos e moléculas. Este artigo apresenta
uma revisão da literatura a respeito das concepções dos estudantes sobre esse tema, com o intuito de
alertar os professores sobre quais são as idéias mais comuns que surgem quando do estudo desse tópico.
Sabendo de antemão quais serão as dificuldades, fica mais fácil a proposição de metodologias específicas
para tentar superá-las.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 4: Propriedades dos materiais
Tópico 14: Sólidos covalentes
Habilidades: 14.1.Reconhecer sólidos covalentes por meio de suas propriedades e usos.
14.1.1.Exemplificar os sólidos covalentes mais importantes e suas propriedades.
14.1.2. Relacionar as propriedades aos usos dos sólidos covalentes.
14.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades dos sólidos
covalentes.
14.2. Reconhecer os constituintes dos sólidos covalentes e sua representação por
meio de fórmulas.
14.2.1.Relacionar os constituintes dos sólidos covalentes aos elementos e sua
Baixe o módulo original
em PDF

posição na Tabela Periódica.


14.2.2. Identificar, a partir de fórmulas, sólidos covalentes.
14.3. Caracterizar os sólidos covalentes por meio de modelos.
14.3.1. Compreender o modelo de ligação covalente.

Por que ensinar


Substâncias covalentes (grafite, areia...) e substâncias moleculares (açúcar, parafina, água, gás
carbônico...) são muito comuns no dia-a-dia dos alunos. No entanto, apesar das ligações entre os átomos
ser a mesma no composto covalente e no molecular, as substâncias apresentam propriedades
completamente diferentes. É importante para o aluno perceber que ligações entre átomos são muito mais
fortes do que ligações entre moléculas, o que constitui os compostos moleculares.
Condições prévias para ensinar
São pré-requisitos para entender ligações covalentes em substâncias covalentes e em substâncias
moleculares:
1. Temperatura de fusão
2. Temperatura de ebulição
3. Solubilidade
4. Eletronegatividade
5. Modelo de partícula para sólido e para líquido
6. Condução de calor
O que ensinar
1. Ligação entre átomos
2. Interação entre moléculas
Como ensinar
Os textos propostos neste tópico focalizam as propriedades dos materiais. A abordagem do texto é
essencial para explicar as ligações entre átomos e interação entre moléculas para formar as substâncias.
Sugerimos a leitura:
1. O módulo 12: Ligações químicas e interações intermoleculares disponível no site da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.

2. MORTIMER, E. F e MACHADO, A . H. Química para o ensino médio. Volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P191- 195.
Após a leitura e discussão do texto, o professor pode listar substâncias moleculares e covalentes e discutir
a solubilidade dessas substâncias em água e aguarrás, usando os conceitos de substâncias polares e
apolares, bem como as altas e baixas temperatura de fusão e ebulição relacionadas com o tipo de ligação
e interação da substância. Ele pode também analisar a não condução de corrente elétrica e acentuar a
exceção, que é o grafite.
3. PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005. Capítulo 9-
Substâncias moleculares.
Na bibliografia sugerida, os autores abordam ligações covalentes e suas propriedades básicas por meio
dos compostos orgânicos conhecidos pelos alunos no seu cotidiano.
O modelo da ligação covalente apresentado é focado na interação entre átomos, e o significado da fórmula
estrutural é visto em diferentes contextos. Este fato é importante para os alunos, pois ajuda na
compreensão do significado dos modelos químicos que explicam a formação e natureza dos constituintes,
entre os quais as moléculas. Abordam também no tópico as interações intermoleculares, discutindo
estrutura espacial das moléculas. Este fato é importante para o aluno compreender como as propriedades
das substâncias mudam em função de seu formato geométrico como exemplificado no estudo do diamante
e da grafite.
O professor pode ainda consultar as seguintes referências:
4. QUÍMICA 2º grau – O novo telecurso / Fundação Roberto Marinho. 6ed. Rio de Janeiro: editora Globo,
1988. Aula 26 p. 173 – 178.
Telecurso 2º grau. São Paulo 1988. fita de vídeo aula 26 (15 minutos) VHS, son, color.
Como avaliar
Orientação Pedagógica: Sólidos covalentes
Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Ademilde Dias Alves Ornelas / Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
A avaliação permite analisar e qualificar o desenvolvimento do trabalho do professor e dos alunos e as
condições educativas. Ela faz parte do processo educativo e tem como finalidade primordial a melhoria da
qualidade do processo de ensino.
Em uma avaliação, é importante apontar indicadores que correspondam aos fatores mais significativos de
qualidade da ação do professor. Esses indicadores servirão de parâmetro para a avaliação do processo.
Para orientar a avaliação da aprendizagem dos alunos, é necessário que se escolham critérios.
Desse modo, especificamente no tópico - Ligações covalentes em substâncias moleculares e em
substâncias covalentes - além do comprometimento e envolvimento do aluno com o conteúdo e aulas é
importante avaliar:
1. Diferenciar substância covalente de substância molecular.
2. Através de ligação química, explicar as altas e baixas temperaturas de fusão.
3. Relação entre polaridade de moléculas e solubilidade.
4. A não solubilidade dos compostos covalentes.
5. A solubilidade dos compostos moleculares.
Para tanto, questões referentes ao tópico encontram-se na bibliografia sugerida.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 4: Propriedades dos materiais
Tópico 15: Substâncias moleculares
Habilidades: 15.1.Reconhecer substâncias moleculares por meio de suas propriedades e usos.
15.1.1. Exemplificar as substâncias moleculares mais importantes: água, os gases
do ar atmosférico, amônia, ácidos (ácido carbônico, ácido clorídrico, ácido sulfúrico,
ácido nítrico e fosfórico), álcoois, hidrocarbonetos, açúcares, carboidratos,
compostos orgânicos mais comuns (tais como: formol, acetona, éter, clorofórmio),
alguns ácidos carboxílicos mais comuns (tais como: acético, lático, oléico, etc),
alguns combustíveis fósseis mais comuns, presentes no gás veicular, gás de
cozinha, gasolina, etc e suas propriedades.
15.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias moleculares.
15.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades das substâncias
moleculares.
15.2. Reconhecer os constituintes das substâncias moleculares e sua
representação por meio de fórmulas.
15.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias moleculares aos elementos e
sua posição na Tabela Periódica.
15.3. Caracterizar as substâncias moleculares por meio de modelos
15.3.1 Compreender o modelo de ligação covalente e interações intermoleculares.
15.3.2 Explicar as propriedades das substâncias moleculares por meio de modelos
de ligações químicas.
15.4. Compreender a polaridade de moléculas.
15.4.1. Reconhecer que, na constituição de substâncias moleculares, pode haver o
fenômeno de polarização de cargas elétricas, em função da arquitetura molecular e
do tipo de átomo constitutivo da substância.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
As substâncias moleculares podem ser dissolvidas em água ou em
solventes orgânicos, isso irá depender de sua arquitetura molecular, das interações que suas moléculas
fazem entre si e das ligações que podem estabelecer com as moléculas dos solventes.
Em nosso cotidiano precisamos de algumas informações básicas sobre o quê dissolve o quê para
executarmos procedimentos domésticos comuns. Como tirar manchas ou eliminar odores de roupas, da
geladeira, dos tapetes ou do sofá, são apenas alguns exemplos.
Oferecer água ou leite para uma criança que tenha ingerido acidentalmente algum produto tóxico, não é
recomendável fazer, e o conhecimento sobre as soluções de substâncias moleculares nos permite
compreender porque não fazer. Muitas substâncias moleculares não são solúveis em água e algumas se
transformam em outras mais tóxicas em contato com a gordura do leite, assim o recomendável é ir para o
hospital, onde os médicos em geral executam procedimentos de lavagem estomacal e só depois avaliam o
estrago para medicar caso seja necessário.
Outro aspecto importante do estudo das substâncias moleculares em soluções é o conhecimento sobre as
quantidades relativas de solutos dissolvidos em determinada solução: a concentração das soluções. Os
rótulos de muitos produtos de limpeza, medicamentos, bebidas e outros, apresentam quantidades relativas
de solutos em soluções. Reconhecer e compreender as concentrações das substâncias apresentadas nos
rótulos dos produtos é fundamental para as necessidades cotidianas de toda pessoa.
Condições prévias para ensinar
Para que o estudante possa desenvolver conhecimento sobre as substâncias moleculares em solução é
necessário que os conceitos relacionados abaixo sejam retomados ou desenvolvidos:
1. Propriedades dos materiais
2. Ligações químicas
3. Polaridade das moléculas
4. Interações Intermoleculares
Uma leitura interessante para o professor sobre os conceitos prévios dos estudantes, que o ajudarão na
melhor preparação para trabalhar tais conceitos.
MORTIMER, E. F. Concepções atomistas dos estudantes. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ,
1995. n. 1.
O que ensinar
A partir deste tema é possível discutir com os alunos
1. Misturas homogêneas e heterogêneas.
2. Hidrocarbonetos e combustíveis derivados do petróleo.
3. Tipos de gasolina e adulteração da gasolina.
4. Métodos de separação de misturas.
5. Composição de bebidas.
6. Alguns aditivos alimentares presentes em bebidas.
7. Concentração das soluções (g/l – mol/l – %p/v).
8. Interpretar dados de concentração de soluções fornecidos por rótulos.
9. Procedimentos de diluição de soluções e cálculos relacionados de concentração.
Como ensinar
Atividades envolvendo substâncias moleculares em misturas e soluções são apresentadas na bibliografia
a seguir:
1. O módulo 12: Ligações químicas e ligações intermoleculares, partes I e II No site da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV, desenvolve o conteúdo conforme orientações do CBC.
2. REIS, M. Química Integral –volume único – Nova Edição- São Paulo: FTD, 2004 P.398 – Trata da
produção de um filtro solar caseiro.
3. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 280-281. A atividade 1 investiga a presença da vitamina C no
limão.
4. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 287. A atividade acompanha as mudanças de tonalidades de uma
solução de permanganato de potássio com limão e vitamina C.
5. SILVA, E. R.; NÓBREGA, O. S.; Silva, R. H. Química – transformações e energia. V. 2. São Paulo:
Ática, 2001. Manual do professor, p.62.
Essa atividade que pode ser utilizada é a determinação do amido através de uma solução de iodo. Na
presença de iodo, alimentos como mandioca, milho, batata, trigo e outros adquirem uma coloração azul.
Esta atividade tem como objetivo comprovar a presença de amido em alguns alimentos. Você encontra o
desenvolvimento desta atividade
6. USBERCO J.; SALVADOR E. Química 3 – Química Orgânica. São Paulo: Saraiva, 7a ed, 2002, p. 316
apresenta um texto sobre açúcares e adoçantes em seguidas são colocadas algumas questões para
serem resolvidas a partir da leitura do texto.
7. TITO, F. M, P.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. V.3. 3a ed. São Paulo: Moderna,
2003. p.82. Estas questões trabalham a relação entre a solubilidade e fórmula estrutural das vitaminas.
8. O Roteiro de atividade 14 disponível no site da Secretaria de
Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV apresenta uma atividade sobre a separação de álcool
e gasolina.
Como avaliar

Orientação Pedagógica: Substâncias moleculares


Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Marciana Almendro David / Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas em forma de relatórios, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Se o professor optar por desenvolver algum projeto de pesquisa é importante acompanhar todas as
fases do seu desenvolvimento.
4. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais (ENEM, SAEB, SIMAVE, vestibulares, Banco de itens, etc) assim como as que são
formuladas pelo professor.
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 4: Propriedades dos materiais
Tópico 15: Materiais: Substâncias moleculares
15.1.Reconhecer substâncias moleculares por meio de suas propriedades e usos.
15.2. Reconhecer os constituintes das substâncias moleculares e sua
Habilidade: representação por meio de fórmulas.
15.3. . Caracterizar as substâncias moleculares por meio de modelos
15.4. Compreender a polaridade de moléculas.
Objetivos:
Investigar a relação entre a estrutura das moléculas e suas propriedades físicas, como volatilidade,
viscosidade e solubilidade; desenvolver uma explicação para estas observações em termos das forças
intermoleculares presentes.
O que mantém as moléculas unidas nos estados líquido e sólido? Que força faz a água, contrariando a
gravidade, subir desde a raiz até o topo da árvore mais alta? Como alguns insetos podem andar sobre a
água? Por que o DNA tem a configuração em forma de hélice?
Providências para a realização da atividade:
A atividade deve ser realizada no laboratório que tenha capela ou em espaço aberto. O professor deve
conferir se existe todo o material na escola.
Pré-requisitos:
Propriedades dos materiais.
Ligações interatômicas.
Descrição dos procedimentos:
Atividade prática
Adaptada de http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos
Título: Investigando as propriedades dos materiais
Materiais:
Lâminas de microscópio, placa de aquecimento, água destilada, etanol, éter comum, n-pentano, n-
hexano, gasolina, glicerina, KMnO4(s), I2(s), naftaleno, sacarose
Procedimento
PARTE A: Volatilidade Relativa
Coloque gotas, separadamente, das amostras líquidas abaixo em superfícies de vidro (lâminas de
microscópio ou vidros de relógio) limpas e idênticas. Aguarde e acompanhe atentamente a evolução de
cada uma das lâminas. Amostras: água, n-pentano, éter e etanol
Questões
a) Quais amostras evaporam mais rapidamente?
b) Quais amostras evaporam mais lentamente?
c) Que fator estrutural está ligado à maior ou menor volatilidade (ou, em outras palavras, maior ou
menor pressão de vapor)?
d) Que tipo de força intermolecular está presente nestas moléculas
e) Justifique claramente a ordem de volatilidade encontrada.
PARTE B: Viscosidade Relativa

Limpe e seque 3 tubos de ensaio pequenos idênticos. Coloque 1mL de cada amostra tal como na tabela
abaixo:

Agitando lentamente os tubos, tente determinar qual líquido tem a maior e qual tem a menor viscosidade.
Questões
a) Qual é a ordem de viscosidade entre os 3 líquidos?
b) Qual é o tipo de força intermolecular em cada caso?
c) Há algum tipo de correlação, de acordo com suas observações, entre força intermolecular e
viscosidade?

Aqueça cerca de 100 mL de água em um béquer de 250 mL, utilizando uma placa de aquecimento até
esta atingir a ebulição. Desligue a placa de aquecimento. Coloque os tubos 2 e 3 (NÃO COLOQUE O
TUBO 1!) neste banho de água quente por dois minutos. Investigue a viscosidade novamente.
Questões
a) Há alguma mudança significativa na viscosidade de algum destes líquidos?
b) Se houver, explique em termos de forças intermoleculares presentes.
PARTE C: Miscibilidade

Limpe e seque 10 tubos de ensaio pequenos e idênticos. Prepare misturas de todos os pares possíveis
(existem 10) entre as substâncias abaixo:
Amostras: água, n-hexano, etanol, éte e, glicerina.
Agite bem cada tubo e decida, para cada par, se as substâncias são ou não miscíveis.
Questões
a) Quais pares são miscíveis e quais são imiscíveis?
b) Qual é o tipo de força intermolecular presentes em cada caso?
c) Baseado nas suas observações, você espera que a gasolina seja miscível com água? Por quê?
d) Utilizando 1 tubo de ensaio limpo e seco, teste suas predição.Discuta seus resultados em termos de
forças intermoleculares.
Obs. A gasolina é uma mistura de substâncias denominados hidrocarbonetos. O hidrocarboneto
presente em maior quantidade na gasolina é o octano, C8H18.
PARTE D: Solubilidade de Sólidos

Limpe e seque 10 tubos de ensaio pequenos e idênticos. Você irá testar a solubilidade de todos os sólidos
em dois solventes: água e n-hexano. Coloque cerca de 30 mg de cada sólido em dois tubos distintos.
Adicione, alternadamente, água e n-hexano a cada sólido. Agite bem todos os tubos e decida sobre a
solubilidade de cada sólido em ambos os solventes.

Anote no seu livro de laboratório:


a) Construa uma tabela de solubilidade em água e solubilidade em hexano para todos os sólidos
investigados.
b) Qual é os tipo de força intermolecular presentes em cada caso?
c) Baseado nos seus resultados (PARTES C+D), existe alguma "regra geral" para solubilidade em termos
de forças intermoleculares?
d) Suponha que você tenha uma mistura de sal de cozinha e Iodo; a esta mistura, você adiciona 1 mL de
água + 1 mL de hexano. O que iria acontecer? Faça uma previsão do que você esperaria observar,
baseado nos seus resultados.
e) Teste sua predição do ítem anterior, usando um tubo de ensaio limpo e seco.
Comentários
Todos os objetos ao nosso redor são feitos de átomos. Estes átomos, algumas vezes, combinam-se e
formam moléculas: são unidos através da formação de ligações covalentes. Em outras palavras, alguns
elétrons, que antes estavam em orbitais atômicos passam a formar orbitais moleculares. Mas as moléculas
são discretas: a água, por exemplo, consiste em pequenos grupos de 3 átomos, sendo um do elemento
oxigênio que liga-se a dois átomos de hidrogênio. A ligação covalente, entretanto, é intramolecular: apenas
une os átomos que formam a molécula. O que impede, entretanto, que todas as moléculas em um copo de
água se difundam pelo meio, instantaneamente, deixando o copo vazio? O que as mantém unidas? Como
elas formam um objeto sólido, compacto, quando resfriadas?
As forças que existem entre as moléculas - forças intermoleculares - não são tão fortes como as ligações
iônicas ou covalentes, mas são muito importantes; sobretudo quando se deseja explicar as propriedades
macroscópicas da substância. E são estas forças as responsáveis pela existência de 3 estados
físicos. Sem elas, só existiriam gases.Como conseqüência das fortes interações intermoleculares, a água
apresenta algumas propriedades especiais. Alguns insetos, por exemplo, podem andar sobre ela. Uma
lâmina de barbear, se colocada horizontalmente, também flutua na água. Isto deve-se à tensão
superficial da água: uma propriedade que faz com o líquido se comporte como se tivesse
uma membrana elástica em sua superfície. Este fenômeno pode ser observado em quase todos os
líquidos, e é o responsável pela forma esférica de gotas ou bolhas do líquido. A razão é que as moléculas
de água interagem muito mais fortemente com suas vizinhas do que com as moléculas do ar, na interface.
As moléculas que estão no interior da gota, por exemplo, interagem com outras moléculas em todas as
direções; as moléculas da superfície, por outro lado, interagem somente commoléculas que estão nas
suas laterais ou logo abaixo.
Este desbalanço de forças intermoleculares faz com que estas
moléculas, da superfície, sejam atraídas para o interior do líquido. Para se
remover estas moléculas da superfície é necessáriacerta quantidade
mínima de energia - a tensão superficial. Para a água, isto corresponde
a 0,07275 joules/m2, a 20oC. Líquidos orgânicos, como o benzeno ou o
tolueno, tem valores menores de tensão superficial, já que suas interações
intermoleculares são mais fracas.
Possíveis dificuldades:
Caso não tenha todos os reagentes necessários para a experiência, o professor pode utilizar apenas os
mais comuns como etanol, éter comum, gasolina e glicerina na realização dos testes.
Alerta para riscos:
Cuidado na manipulação dos reagentes químicos.Mantenha os reagentes longe do fogo.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 5: Transformações dos materiais
Tópico 16: Materiais: Velocidade das TQ
Habilidades: 16.1. Reconhecer a variação na velocidade das TQ.
16.1.1. Reconhecer que as TQ podem ocorrer em diferentes escalas de tempo.
16.2. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: temperatura
16.2.1. Reconhecer que a modificação na temperatura afeta a velocidade das TQ.
16.2.2. Identificar o efeito da variação da temperatura sobre a velocidade de TQ por
meio de execução ou descrições de experimentos.
16.3. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: superfície de contato
16.3.1. Reconhecer que a modificação na superfície de contato afeta a velocidade
das TQ.
16.3.2. Identificar o efeito da modificação na superfície de contato
16.3.3. Analisar o efeito da superfície de contato na velocidade de TQ por meio de
gráficos
16.4. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: concentração
16.4.1. Reconhecer que a modificação na concentração afeta a velocidade das TQ.
16.4.2. Identificar o efeito da variação da concentração sobre a velocidade de TQ
por meio de execução ou descrições de experimentos.
16.4.3. Analisar o efeito da concentração na velocidade de TQ por meio de gráficos.
16.5. Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de modelo explicativo.
16.5.1. Utilizar a teoria das colisões para explicar a ocorrência de transformações
químicas em diferentes escalas de tempo.
16.5.2. Reconhecer o papel dos catalisadores nas reações químicas.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
A possibilidade de controlar o tempo em que determinado fenômeno se
desenvolve, tornando-o mais lento ou mais rápido, é um item presente em qualquer pesquisa científica,
principalmente no que diz respeito às transformações químicas. O controle da velocidade das reações está
presente no nosso dia a dia. Quando congelamos os alimentos, verificamos os prazos de validade dos
medicamentos antes de consumi-los, pintamos os portões de ferro para evitar a corrosão, estamos
controlando a velocidade das reações químicas. A cinética química estuda a velocidade das reações e os
fatores que a influenciam
Condições prévias para ensinar
· Reações químicas
· Modelo cinético molecular
O que ensinar
· Conceito de velocidade de reação.
· Fatores que alteram a velocidade das reações: temperatura, concentração, superfície de contato.
· Explicar a influência desses fatores na velocidade da reação por meio do modelo da teoria das
colisões.
· Gráficos que relacionem os fatores citados com a velocidade das reações.
Como ensinar
Deve-se evitar a ênfase em cálculos de velocidade de reação
1. O módulo didático 6: Alimentos e cinética química, partes I e II disponível no da Secretaria de
Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme as orientações do
CBC.
2. Capítulo 8 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003.
3. Capítulo 15 do livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova
Geração, 2005.
4. Os roteiros de atividades n. X apresentam sugestão de atividades para este tema.
5. Experimentos com alumínio: Por ser leve e muito resistente, o alumínio se mostra um metal ideal para
uma série de aplicações, dentre as quais se pode citar peças automotivas, revestimentos, embalagens e
artefatos de cozinha. Diante da ampla disponibilidade desse metal em nosso dia-a-dia, foi elaborada uma
atividade experimental sobre cinética química a partir do estudo dos fatores que afetam a velocidade da
reação de oxidação do alumínio em meio ácido, utilizando materiais simples e de baixo custo. Este
experimento está disponível na revista química nova na escola n. 23 no site: http://www.sbq.org.br
Para o professor sugerimos a leitura dos artigos da revista química nova na escola disponíveis no site:
disponíveis no site da
Revista n. 11
Lima, J. de F. L. et al. A contextualização no ensino de cinética química. A contextualização no ensino
busca trazer o cotidiano para a sala de aula, ao mesmo tempo em que procura aproximar o dia-a-dia dos
alunos do conhecimento científico. Tais ações, em disciplinas complexas como a química, são
extremamente importantes. Este artigo exemplifica a utilização da conservação dos alimentos no ensino
de cinética química por duas professoras do ensino médio.
Revista n.16
TEÓFILO, R. F. et al. Reação Relógio Iodeto/Iodo com Material Alternativo de Baixo Custo e Fácil
Aquisição
A velocidade das reações químicas é um assunto importante no ensino de Química. Há vários exemplos
de reações na literatura que podem ser usados em demonstrações ou aulas práticas sobre esse tema.
Uma opção interessante é a clássica reação relógio de Landolt e similares, na qual ocorre uma súbita
mudança de cor no sistema, indicando o final da reação. Considerando que os reagentes convencionais
usados nessas reações não são facilmente acessíveis a professores do Ensino Médio, este trabalho
apresenta alternativas com materiais e reagentes de fácil aquisição e baixo custo.
Revista n. 22
COSTA, T. A.et al. A Corrosão na Abordagem da Cinética Química. O emprego de temas com caráter
interdisciplinar na tentativa de contextualização do ensino de Química com o cotidiano social vem
ganhando destaque atualmente. O presente trabalho visa apresentar os resultados de uma aula
experimental aplicada em turmas da segunda série do Ensino Médio, na qual, a partir do estudo cinético
da reação de oxi-redução do alumínio em meio ácido, fez-se uma interação entre ciência, tecnologia e
sociedade.
Revista n. 22
CARVALHO, L. C. Um Estudo sobre a Oxidação Enzimática e a Prevenção do Escurecimento de Frutas
no Ensino Médio. A reação de escurecimento em frutas, vegetais e sucos de frutas é um dos principais
problemas na indústria de alimentos. A ação da polifenol oxidase, enzima que provoca a oxidação dos
compostos fenólicos naturais presentes nos alimentos, causa a formação de pigmentos escuros,
freqüentemente acompanhados de mudanças indesejáveis na aparência e nas propriedades
organolépticas do produto, resultando na diminuição da vida útil e do valor de mercado. Neste trabalho
propõe-se um experimento didático para a observação do escurecimento de frutas e a prevenção da
oxidação enzimática na presença de alguns agentes inibidores como ácido ascórbico e ácido cítrico.

EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 5: Transformações dos materiais
Tópico 16: Materiais: Velocidade das TQ
16.1. Reconhecer a variação na velocidade das TQ.
16.1.1. Reconhecer que as TQ podem ocorrer em diferentes escalas de tempo.
Habilidade: 16.2. Identificar fatores que afetam a velocidade das TQ: temperatura.
16.2.2. Identificar o efeito da variação da temperatura sobre a velocidade de TQ
por meio de execução ou descrições de experimentos.
Objetivos:
Reconhecer o efeito dos aditivos alimentares na conservação e aspectos dos alimentos
Providências para a realização da atividade:
Não há
Pré-requisitos:
Cinética química e reações químicas
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1- Estudando as condições que favorecem o crescimento de fungos.
Trabalho em grupo
Os alimentos, quando não são processados e armazenados convenientemente, podem sofrer ataques de
bactérias e fungos, responsáveis pela deterioração dos mesmos. Nessa atividade, estudaremos as
condições físico-químicas favoráveis para a cultura desses microorganismos.
É bom lembrar que os fungos não são sempre prejudiciais aos alimentos. Alguns, como as leveduras, são
empregados em processos fermentativos na fabricação de pães, queijos e bebidas alcoólicas. Outros,
como os cogumelos, são comestíveis e, ainda, há os que são responsáveis pela decomposição de matéria
orgânica, transformando-a em adubos. Assim, o estudo das condições que favorecem o crescimento dos
fungos é muito importante, tanto para a conservação, como para a produção de alimentos.
Material .
6 copinhos descartáveis (de café), numerados de 1 a 6, folhas de plástico (filme para embalagens de
alimentos), colher de sopa, panela pequena, copo de vidro, amido de milho ou farinha de trigo, óleo,
vinagre, água .
Procedimentos:
1. Coloque duas colheres, de sopa, de amido de milho ou farinha de trigo e um copo de água numa
panela e misture.
2. Leve a panela ao fogo para cozinhar a mistura, mexendo até que adquira uma consistência de
mingau.
3. Despeje o mingau até a metade de cada um dos 6 copinhos descartáveis.
4. Cada copo deve receber o seguinte tratamento:
copo. 1 - deixar aberto
copo. 2 – cobrir imediatamente com plástico, vedando por completo
copo. 3 – cobrir com uma camada de óleo
copo 4 – cobrir com uma camada de vinagre
copo. 5 – deixar aberto e colocar na geladeira
copo. 6 – cobrir imediatamente com plástico e colocar na geladeira
5. Durante uma semana, observe diariamente os copos. Anote suas observações.
Questões para discussão do grupo
1. Em que copo o aparecimento de fungos foi mais rápido? E em quais foi mais lento?
2. Com base nas suas observações, indique as condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos?
3. Se desejarmos impedir que os fungos se desenvolvam nos alimentos que consumimos, como
devemos proceder?
Fatores que afetam a reação de escurecimento dos alimentos

1 – Efeito da temperatura
A reação de escurecimento dos alimentos é favorecida pelo aumento de temperatura, observa-se que os
alimentos resfriados ou congelados são pouco atingidos por esse problema.
2 – Efeito do pH
Em meio ácido a reação de escurecimento dos alimentos é inibida, e praticamente não ocorre. Em meio
neutro a reação ocorre com máxima rapidez e em meio alcalino ocorre uma rápida degradação dos
carboidratos (açúcares), independente da presença de aminoácidos. As reações de escurecimento de
frutas por oxidação, só podem ser inibidas em meio ácido se esse ácido funcionar como antioxidante. É
por isto que podemos usar uma solução de vinagre ou limão para impedir o escurecimento de maçãs
picadas, pois o ácido acético presente no vinagre e o ácido cítrico presente no limão funcionam como
antioxidantes.
3 – Efeito da concentração dos reagentes
No caso dos alimentos, esse efeito está ligado à presença de água. Quando os componentes do alimento
se encontram dissolvidos, até o ponto de se apresentarem como soluções diluídas, ocorre uma diminuição
da atividade enzimática, fazendo com que a rapidez da reação de escurecimento do alimento seja
diminuída, devido a baixa concentração dos reagentes.
4 – Efeito da natureza dos carboidratos e dos aminoácidos
Esse efeito está ligado à natureza dos reagentes que interfere na rapidez de qualquer reação. No caso das
reações de escurecimento dos alimentos, observa-se que quanto maior a molécula do carboidrato (ou de
açúcar), menor a rapidez das reações. Quanto aos aminoácidos, verifica-se que a rapidez da reação é
favorecida pela presença da lisina, que é um aminoácido básico, seguido pelo aminoácido glutâmico que é
ácido e finalmente o que promove reações de escurecimento mais lentas é a glicina, um aminoácido
neutro.
6 – Efeito dos catalisadores
Os catalisadores são substâncias que participam de etapas intermediárias das reações aumentando a
rapidez com que ocorrem e que são recuperados juntamente com o produto final sem sofrer nenhuma
alteração permanente. Observa-se que as reações de escurecimento dos alimentos podem ocorrer com
maior rapidez em presença de substâncias tais como os ânions fosfato, citrato e íons Cu2+, que funcionam
como catalisadores do processo.
7 – Efeito dos inibidores
A reação de escurecimento de alimentos que contêm carboidratos pode ser inibida pela adição de dióxido
de enxofre (SO2), que interrompe a seqüência de reações que levam à formação das melanoidinas e,
portanto, impede o escurecimento dos alimentos. É por isto que o dióxido de enxofre é usado como aditivo
alimentar em sucos de frutas, geléias e outros produtos. Quando adicionado em excesso o dióxido de
enxofre pode causar alteração no sabor e odor dos alimentos, além de destruir a vitamina B1.
Atividade 2 - Estudando a atividade enzimática na decomposição

Trabalho em grupo
Já discutimos algumas as razões pelas quais os alimentos se estragam. Vimos também que entre as
reações químicas responsáveis pela deterioração dos alimentos existem aquelas que são promovidas por
enzimas. Uma dessas enzimas que se encontra em animais e vegetais é a catalase. Nesta atividade
estudaremos a reação de decomposição da água oxigenada em presença da catalase e também a
influência da temperatura na ação da catalase.
As variações de temperatura podem provocar alterações na atividade enzimática. Em temperaturas mais
baixas essa atividade diminui e em altas temperaturas as enzimas não são produzidas, pois são
destruídos os microorganismos que as produzem. Uma das maneiras de se conservar os alimentos é
controlando-se a rapidez com que ocorrem as reações enzimáticas.
Material
Água oxigenada (10 volumes), 6 tubos de ensaio, suporte para os tubos de ensaio, 3 pedaços de fígado
(um cru e à temperatura ambiente, um cru e congelado, e outro cozido), 3 pedaços de batata (nas mesmas
condições do fígado), 6 etiquetas.

Procedimento
1. Numere os tubos de ensaio de 1 a 6. Adicione a cada um deles água oxigenada até cerca de 2 cm
de altura.
2. Adicione aos tubos 1, 2 e 3 o pedaço de fígado cru congelado, o de fígado cru à temperatura
ambiente e o fígado cozido respectivamente.
3. Compare a rapidez com que o oxigênio sai dos tubos de ensaio. Anote suas observações na tabela
de dados, utilizando as legendas:
XXX – saída do oxigênio em grande quantidade
XX - saída do oxigênio em quantidade moderada
X - não se percebe saída de oxigênio
4. Repita os procedimentos 2 e 3, substituindo os tubos 1, 2 e 3 pelos tubos 4, 5 e 6, utilizando os
pedaços de batata.
Tabela de dados
1. Houve decomposição da água oxigenada em todos os testes realizados?
2. Em que condições experimentais a catalase decompõe mais rapidamente a água oxigenada? Em
que condições decompõe mais lentamente?
3. Quando um alimento é cozido, sua temperatura atinge aproximadamente 100 oC. Qual o efeito
causado por essa temperatura à atividade enzimática? Utilize os resultados experimentais observados nos
tubos 3 e 6 para responder a essa questão.
4. Como devemos proceder para evitar que ocorram reações enzimáticas nos alimentos que
consumimos, ou para diminuir a rapidez dessas reações e assim preservar por mais tempo os alimentos?
(Adaptação da atividade retirada do livro Conservação dos Alimentos, p. 53,54)
EIXO
MATERIAIS- APROFUNDAMENTO E ENERGIA-
TEMÁTICO IV
APROFUNDAMENTO
E VI:
Transformações dos Materiais
Tema 5:
Tema 12:
Energia das transformações químicas.
Tópico 16: Materiais: Velocidade das TQ
Tópico 30: Energia de ativação
16.5. Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de
modelo explicativo.
16.5.2. Reconhecer o papel dos catalisadores nas reações
químicas.
30.1. Usar o conceito de energia de ativação (EA)
30.1.1. Compreender que as partículas das substâncias devem
Habilidade: apresentar-se com certa energia de tal maneira que choques
efetivos entre elas provoquem TQ.
30.1.2. Saber que essa energia é chamada de Energia de Ativação
(EA) e que seu valor é mensurável.
30.3. Entender a função dos catalisadores.
30.3.1. Identificar que catalisadores são substâncias que atuam
diminuindo a EA de uma TQ.
Objetivos:
1. Investigar e identificar transformações químicas que ocorrem em diferentes escalas de tempo.
2. Reconhecer o papel dos catalisadores na velocidade das reações químicas
Providências para a realização da atividade:
A atividade pode ser realizada na sala de aula como demonstração ou no laboratório. O professor deverá
conferir se existe todo o material na escola.
Pré-requisitos:
Estudo das reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Atividade prática
Título: Velocidade de reações e catálise
Apresentação:
Dar as instruções preliminares para a realização do experimento, mas não antecipar os resultados
esperados.
A aula trata de um experimento a partir do qual serão discutidos os fundamentos teóricos.
Materiais:
2 Provetas
Espátula
Peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 40 volumes
Iodeto de potássio sólido
Detergente líquido comum
Anilina de diferentes cores
Procedimento:
Coloque em cada proveta a mesma quantidade de uma mistura de água oxigenada e detergente.
Adicione a cada proveta gotas de anilina de cores diferentes.
Adicione então, com a espátula, um pouco de iodeto de potássio a cada uma das provetas.
Observe o que vai acontecer
Discussão:
Usar os resultados obtidos na experiência para explicar a influência de catalisadores na velocidade das
reações químicas.
Discutir outras possíveis aplicações práticas na indústria e em casa.
Fundamentos teóricos discutidos
Observou-se nesta experiência, uma grande quantidade de espuma formada na proveta, contendo água
oxigenada (Peróxido de hidrogênio) e detergente, ao adicionar iodeto de potássio.
A espuma é um tipo de colóide no qual o gás se encontra disperso em um líquido, isto é, tem um grande
número de bolhas de gás espalhadas em uma superfície líquida com uma fina película de líquido
separando as bolhas de gás entre si. A formação da espuma pode ser facilitada pela presença de
detergentes, que à semelhança dos sabões facilitam a formação de colóides do tipo da espuma.
A velocidade de uma reação química depende de numerosos fatores como, por exemplo, das
concentrações dos reagentes, da temperatura, dos catalisadores. Um catalisador pode aumentar
notavelmente a velocidade de uma reação química sem que ele próprio se altere quimicamente.
O presente experimento permite observar o efeito dos catalisadores de forma visual e estética, observando
a formação de espuma em grande quantidade, que pode ser colorida pela adição de anilinas.
A decomposição da água oxigenada ocorre segundo a equação:
2H2O2 (l) a 2H2O + O2(g) 
Essa é uma reação cuja velocidade é acelerada por catalisadores, por exemplo, o iodeto de potássio,
através o íon iodeto.
Os íons iodeto agem da seguinte maneira:
H2O2 (aq) + I-(aq) a H2O(l) + OI-(aq)
H2O2 (aq) + OI-(aq) aH2O(l) + I-(aq) + O2 (g) 
Os catalisadores apresentam grande importância na indústria química, possibilitando ou acelerando
reações, que sem sua presença, por tão lentas, não seriam viáveis na prática. São mais importantes ainda
em reações bioquímicas; sem catalisadores as reações essenciais para o metabolismo ocorreriam tão
vagarosamente que o mundo como nós conhecemos não existiria.
Esta atividade foi elaborada junto com os alunos do Curso de Química da Universidade de Itaúna.
Didática – 2º sem./2005
Possíveis dificuldades:
Não há.
Alerta para riscos:
Cuidado na manipulação dos reagentes químicos.
Glossário:
Metabolismo: conjunto de fenômenos químicos necessários ao organismo para a formação,
desenvolvimento e renovação das estruturas celulares, e para a produção de energia.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 5: Transformações dos materiais
Tópico 17: Materiais: Equilíbrio nas TQ
Habilidades: 17.1. Identificar fatores que afetam o equilíbrio e usar o Princípio de Le Chatelier
17.1.1. Identificar os fenômenos que concorrem para que uma reação química seja
reversível ou não.
17.1.2. Reconhecer o equilíbrio químico nas reações químicas e fazer previsões
sobre sua mudança.
17.1.3. Prever o sentido do deslocamento de um equilíbrio químico, aplicando o
Princípio de Le Chatelier.
17.1.4. Identificar os fatores que afetam o estado de equilíbrio, a partir de equações
que representam sistemas em equilíbrio.
17.1.5. Utilizar tabelas de constantes de equilíbrio para identificar ou fazer
previsões sobre o comportamento de substâncias nas reações químicas.
17.2. Reconhecer o equilíbrio iônico H+ e OH- (pH e pOH)
17.2.1. Identificar ácidos e bases fortes de ácidos e bases fracos com base em
constantes de equilíbrio.
17.2.2. Escrever a equação de dissociação de ácidos e bases e a correspondente
expressão da constante de equilíbrio.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Muitos processos industriais têm baixo rendimento, isto é, a quantidade
de produto obtida não é economicamente satisfatória. Um exemplo é a fabricação de sabões. Estudar as
causas desse fato requer o conhecimento dos fatores que influem na velocidade das reações e também
das condições em que elas ocorrem. Uma das condições é a reversibilidade. Para melhorar o rendimento
das reações reversíveis em equilíbrio é necessário estudar os fatores que podem alterar o equilíbrio
favorecendo a obtenção da substância desejável.
Condições prévias para ensinar
Estudo de cinética química
O que ensinar
· Reversibilidade reações químicas.
· Conceito de equilíbrio químico.
· Princípio de Le Chatelier.
· Fatores que alteram equilíbrio químico.
· Relação entre a constante de equilíbrio e rendimento de reação.
· Relação entre as constantes de equilíbrio e força dos ácidos e das bases.
· pH e pOH
Como ensinar
É desejável que a ênfase seja na compreensão dos fatores que alteram o equilíbrio químico associando o
mesmo ao rendimento da reação. Deve-se evitar ênfase em cálculos de constante de equilíbrio.
1. O módulo 14: Equilíbrio químico nas transformações químicas, partes I e II, disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV aborda o tema conforme recomendações
do CBC.
2. O módulo 5: Comportamento ácido e básico das substâncias, partes I e II, disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV aborda o tema conforme recomendações
do CBC.
3. Capítulo 18 do livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova
Geração, 2005.
4. Capítulo 13 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003.
5. A revista Química nova na escola n. 21 traz um experimento interessante no artigo Maia, J. D. Chuva
Ácida: Um Experimento para Introduzir Conceitos de Equilíbrio Químico e Acidez no Ensino Médio. O
experimento apresentado neste artigo consiste na obtenção do equilíbrio 2 NO2 --> N2O4 e na reação de
um dos gases com água para a produção de chuva ácida. Através desta aula prática simples o aluno pode
aprender conceitos qualitativos sobre equilíbrio químico e sobre acidez e basicidade. O aluno pode
conhecer também como se forma um dos componentes da chuva ácida e como ela atua na deterioração
de monumentos de mármore.

Para o professor sugerimos a leitura dos seguintes textos da revista Química Nova na escola disponível no
site http://www.sbq.org.br
Revista n. 13
MILAGRES, V. S. O. e Justi. R. S. Modelos de Ensino de Equilíbrio Químico - algumas considerações
sobre o que tem sido apresentado em livros didáticos no Ensino Médio. Modelos de ensino são
desenvolvidos freqüentemente com o objetivo de auxiliar os alunos na compreensão de idéias aceitas
cientificamente. Considerando o papel que os mesmos podem desempenhar na aprendizagem de
aspectos abstratos de química, torna-se importante que professores reflitam como elaborá-los e/ou sobre
como analisar aqueles já existentes. Neste artigo são analisados modelos de ensino sobre equilíbrio
químico; apresentados por livros didáticos destinados ao ensino médio.
Revista n. 25
SABADINI, E. e Bianchi, J. C. de A. Ensino do Conceito de Equilíbrio Químico: Uma Breve Reflexão. A
maioria quase absoluta dos livros didáticos de Química direcionados para o Ensino Médio recorre à
igualdade das velocidades das reações direta e inversa para justificar o estado de equilíbrio das reações.
Mesmo alguns livros destinados aos cursos de Química Geral em nível superior fundamentam o estado de
equilíbrio nos princípios da Cinética Química e não nos da Termodinâmica. Pretende-se neste artigo fazer
uma breve reflexão sobre o ensino desse importante conceito do ponto de vista termodinâmico.
Revista n. 25
SUAREZ, W. T. et al.Padronização de Soluções Ácida e Básica Empregando Materiais do Cotidiano.Neste
artigo, é relatado o emprego de ácido acetilsalicílico (AAS) e bicarbonato de sódio (NaHCO3) como
padrões primários para a padronização de ácido muriático (HCl impuro) e soda cáustica (mistura de
NaOH, Na2CO3 e NaCl), empregando-se titulação ácido-base. Essas substâncias utilizadas são de baixo
custo e de fácil aquisição e podem ser empregadas por alunos do Ensino Médio e Superior em
substituição aos padrões primários normalmente utilizados em padronizações de soluções ácidas ou
básicas em volumetria ácido-base.
Revista n. 27
DIAS, K. A. de F. e Cardoso, A. A. Aspectos macro e microscópicos do conceito de equilíbrio químico e de
sua abordagem em sala de aula. O ensino e a aprendizagem de ciências requerem processos de
teorização, construção e reconstrução de modelos que possibilitem a interpretação da natureza e a
elaboração de explicações por parte dos estudantes. Neste artigo, discutimos a importância do raciocínio
abstrato na construção e manipulação do conceito de equilíbrio químico, bem como o prejuízo que a
memorização de regras qualitativas pode representar à elaboração dessa forma de pensamento. As
discussões fundamentam-se em dados obtidos a partir de atividades desenvolvidas com graduandos do
segundo ano de Farmácia-Bioquímica da UNESP-Araraquara, que cursaram a disciplina de Química
Analítica Qualitativa no primeiro semestre de 2005.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 5: A transformação dos materiais
Tópico 17: Materiais: Equilíbrio nas TQ
17.1. Identificar fatores que afetam o equilíbrio e usar o Princípio de Le Chatelier.
17.1.1. Identificar os fenômenos que concorrem para que uma reação química seja
reversível ou não.
17.1.2. Reconhecer o equilíbrio químico nas reações químicas e fazer previsões
sobre sua mudança.
Habilidade: 17.1.3. Prever o sentido do deslocamento de um equilíbrio químico, aplicando o
Princípio de Le Chatelier.
17.1.4. Identificar os fatores que afetam o estado de equilíbrio, a partir de equações
que representam sistemas em equilíbrio.
17.1.5. Utilizar tabelas de constantes de equilíbrio para identificar ou fazer
previsões sobre o comportamento de substâncias nas reações químicas.
Objetivos:
Identificar os fatores que alteram o estado de equilíbrio, a partir de equações que representam o sistema
em equilíbrio
Providências para a realização da atividade:
Reservar um local e separar os materiais para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Estudo de reações químicas e cinética química.
Descrição dos procedimentos:
Atividade: Efeito da concentração no equilíbrio de hidrolise do íon bicarbonato.
Questão
Quando preparamos uma massa de bolo ao misturamos os ingredientes após algum tempo notamos a
formação de algumas bolhas na massa. Por que isso ocorre?
A partir desta atividade poderemos responder a essa pergunta.
Material e Reagentes
1. Béquer de 200 mL (ou copo transparente)
2. Uma garrafa de vidro de 500 ml (Ex.: água mineral)
3. 0,5m de mangueira de borracha flexível de 0,5 polegada de diâmetro interno (tipo usada em jardim).
4. fita crepe
5. colher (café)
6. Bicarbonato de sódio
7. Vinagre
8. Solução alcoólica de fenolftaleína
Procedimento:
1. Triture um comprimido de lacto- purga (fenolftaleína) em béquer e acrescente 50 mL de álcool, misture
até que não haja mais dissolução. Por que não houve dissolução completa?
2. Em um béquer com 100 mL de água, adicione uma pitada de bicarbonato de sódio (mais ou menos uma
colher de café) e três gotas de solução de fenolftaleína preparada anteriormente. Observe o que ocorre.
3. Coloque 100 mL de vinagre na garrafa. Está garrafa deverá ser preparada para encaixar um pedaço de
mangueira flexível (na boca da garrafa), de maneira que fique vedada. Coloque na garrafa uma colher de
bicarbonato de sódio (NaHCO3). Observe o que ocorreu.
4. Encaixe rapidamente a outra extremidade da mangueira no béquer com bicarbonato. Observe o que
ocorre.
Questões
1) Escreva a equação que represente o que ocorreu quando acrescentamos bicarbonato ao vinagre.
2) Qual o pH do vinagre?
3) Por que a solução mudou de cor rosa para incolor do béquer?
4) Por que o bicarbonato pode ser usado para aliviar a azia?
Considerações finais
Inicialmente, a solução de bicarbonato de sódio é rosa devido à formação de íons OH- em decorrência da
hidrólise de íon bicarbonato; a hidrólise também causa a formação de ácido carbônico. O borbulhamento
de gás carbônico na solução leva à formação de ácido carbônico, aumentando a concentração do mesmo
no sistema. Esse aumento de concentração faz com que o equilíbrio de hidrólise se desloque no sentido
dos reagentes consumindo íons OH- e, conseqüentemente, tornando incolor a solução.
O equilíbrio gás carbônico/ acido carbônico pode ser descrito como:
CO2(aq) + H2O a H+(aq) + HCO3-(aq)
O processo também pode ser observado no funcionamento do sangue. Pessoas que respiram em excesso
(sofrem de hiperventilação, por exemplo, por ansiedade) causam diminuição da quantidade de CO2 no
sangue. Por outro lado insuficiência respiratória, devido algumas formas de pneumonia, por exemplo, leva
a um aumento da quantidade de CO2 no sangue.
Atividade proposta pelos alunos da Prática de Ensino de Química da Universidade de Itaúna – 2º
sem./2005
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 6: Medidas das quantidades dos materiais
Tópico 18: Materiais: Soluções
Habilidades: 18.1. Reconhecer relações entre quantidades de massa e volume envolvidas em
uma solução
18.1.1. Compreender a relação entre as quantidades de massa envolvidas nas
soluções: concentração em g/L.
18.1.2. Calcular a concentração de soluções em g/L. Interpretar dados sobre a
concentração de soluções expressa nas unidades g/L.
18.1.3. Compreender a relação entre as quantidades de massa envolvidas nas
soluções: concentração percentual.
18.1.4. Calcular a concentração de soluções em percentual. Interpretar dados sobre
a concentração de soluções expressa em percentual.
18.2. Compreender informações contidas em rótulos relacionadas a soluções.
18.2.1. Compreender unidades de concentrações expressas em rótulos.
18.2.2. Interpretar dados sobre a concentração de soluções expressas em rótulos e
relacioná-las à concentração em g/L e percentual.
18.3. Compreender os aspectos relacionados à quantidade de energia absorvida ou
liberada no fenômeno da dissolução.
18.3.1. Calcular a quantidade de calor absorvida ou liberada na dissolução aquosa
de substâncias.
18.3.2. Explicar a dissolução aplicando o modelo cinético molecular e de interações
intermoleculares.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Na natureza encontram-se exemplos de soluções de todos os tipos,
como: ar e água mineral. Alguns materiais produzidos pela indústria também são constituídos por
soluções. Atualmente temos à nossa disposição uma grande variedade de produtos químicos, pasta
dental, xampus, detergentes, alvejantes, sabão em pó, todos são produtos com os quais lidamos
cotidianamente. Mas o que sabemos sobre eles do ponto de vista químico?
Uma boa forma de termos acesso a informações sobre tais produtos é lendo o que está escrito em seus
rótulos. Ultimamente os consumidores brasileiros são cada vez mais exigentes em relação a seus direitos.
Principalmente em relação aos direitos e ter informações. O estudo de soluções pode nos ajudar a
compreender um pouco mais sobre os significados do que os rótulos dos produtos nos dizem. A
informação é um importante elemento para nos posicionarmos de forma mais consciente em nosso dia-a-
dia.
Para se ter uma idéia das quantidades relativas entre soluto e solvente, recorre-se às chamadas unidades
de concentração. O uso dessas unidades tem grande aplicação em indústrias, laboratórios, medicamentos
e medicina. Pode-se, por exemplo, expressar a concentração de glicose no sangue de um indivíduo no
controle da diabete.
Condições prévias para ensinar
Pode-se iniciar o curso de química por soluções.
O que ensinar
· Definir concentração de soluções.
· Interpretar e calcular as concentrações das soluções em unidades de g/L e percentual p/p e p/v.
· Relacionar o modelo cinético molecular com a dissolução das substâncias.
Relação entre solubilidade e calor
Como ensinar
1. O módulo didático 3 disponível no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no
CRV desenvolve o tema conforme o as orientações do CBC.
2. Capítulo 10 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003.
3. Capítulo 12 do livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova
Geração, 2005.
Para o professor sugerimos a leitura do seguinte texto da revista Química Nova na escola disponível no
site http://www.sbq.org.br
Revista n. 1
ECHEVERRÍA, A. R. Como os estudantes concebem a formação de soluções. Este artigo elege como
tema as soluções, conceito potencialmente significativo para promover a sistematização de inúmeros
outros conceitos químicos importantes, uma vez que sua própria conceituação pressupõe a compreensão
de idéias relativas a mistura, substância, ligações químicas, modelo corpuscular da matéria e interação
química, entre outros. Outros tópicos importantes como funções químicas, equilíbrio químico, tipos de
reações químicas e eletroquímica são por sua vez relacionados com soluções, já que estas constituem o
meio mais comum de ocorrência de transformações químicas.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 6: Medidas das quantidades dos Materiais
Tópico 18: Materiais: Soluções
18.1. Reconhecer relações entre quantidades de massa e volume envolvidas em
uma solução.
18.1.1. Compreender a relação entre as quantidades de massa envolvidas nas
soluções: concentração em g/L.
18.1.2. Calcular a concentração de soluções em g/L. Interpretar dados sobre a
concentração de soluções expressa nas unidades g/L.
18.1.3. Compreender a relação entre as quantidades de massa envolvidas nas
Habilidade:
soluções: concentração percentual.
18.1.4. Calcular a concentração de soluções em percentual.Interpretar dados sobre
a concentração de soluções expressa em percentual.
18.2. Compreender informações contidas em rótulos relacionadas a soluções.
18.2.1. Compreender unidades de concentrações expressas em rótulos.
18.2.2. Interpretar dados sobre a concentração de soluções expressas em rótulos e
relacioná-las à concentração em g/L e percentual.
Objetivos:
Calcular a concentração de soluções em g/L, em mol/L, %p/p e 5p/v.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar o material
Pré-requisitos:
Não há
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1 – Analisando um rótulo de água mineral.
Observe o rótulo que você recebeu para responder as questões.

1. Sob que forma as diversas substâncias se encontram na água mineral?


2. Desenhe um modelo que represente a constituição da água mineral.
3. A composição química de todos os rótulos é igual para todos eles A que se deve essa diferença de
composição?
4. As concentrações aqui são expressas em mg/L. Por que a opção foi por essas unidades? Seria
possível expressá-las de outra forma? Escolha algumas das concentrações e faça um exercício de
representá-las em g/L.
5. Escolha um dos componentes da água mineral e expresse a sua concentração percentual (p/v) na
água mineral.
6. Qual substância está presente em maior quantidade na água mineral analisada?
7. Indique as características físico-químicas da água mineral.

Vamos entender o rótulo?


Estudando a composição química
A composição química indica quais substâncias estão presentes no material analisado. A análise de um
material pode ser qualitativa ou quantitativa. A análise qualitativa nos diz quais as substâncias estão
presentes e a quantitativa quanto existe de cada substância. A quantidade de substância presente pode
ser expressa em concentração.

Atividade 2 - Estudando a concentração das soluções


Atividade adaptada do livro didático MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o Ensino
Médio. São Paulo: Scipione, 2002.

ATIVIDADE A – Preparando soluções diferenciadas de dicromato de potássio


O dicromato de potássio é um sal vermelho-laranja, solúvel em água, utilizado entre outras coisas, na
produção de tintas. Transfira 4,5 g desse sal em um béquer e acrescente cuidadosamente água até que o
volume total seja de 150 mL. Agite até que o sistema se torne homogêneo. Essa será a solução 1
Transfira 20 mL da solução 1 para outro béquer e, em seguida acrescente 20 mL de água. Agite até que o
sistema se torne homogêneo. Essa será a solução 2
Qual a diferença entre as cores das soluções 1 e 2? A solução 1 é mais ou menos concentrada que a
solução 2? Quantas vezes? Justifique sua resposta.
Transfira 20 mL da solução 2 para um terceiro béquer. Em seguida, acrescente 40 mL de água à solução.
Agite até que o sistema se torne homogêneo. Essa será a solução 3.
Coloque as três soluções em ordem crescente de coloração. Qual delas é a menos concentrada?
Justifique sua resposta.
Transfira mais 20 mL da solução 1 para um quarto béquer. Em seguida, aqueça o sistema até que o
volume total da solução atinja 10 mL. Essa será a solução 4.
A solução 4 apresenta coloração mais ou menos intensa que a solução 1? Qual delas é mais
concentrada? Justifique sua resposta.
Qual outro procedimento que poderia ter sido efetuado de maneira a tornar a solução 4 mais concentrada?
Coloque as quatro soluções em ordem crescente de concentração.
ATIVIDADE B – Expressando concentrações
A concentração de uma solução pode ser expressa quantitativamente se relacionarmos a
quantidade de soluto dissolvida com a quantidade de solvente utilizada ou de solução obtida. Dessa forma,
considerando as quantidades utilizadas na preparação da solução 1, poderemos determinar sua
concentração.
1. Qual a massa de dicromato de potássio utilizada na preparação da solução 1?
2. Qual o volume obtido na preparação da solução 1?
3. Qual é a concentração da solução 1 se a expressarmos em g/mL, ou seja, grama de soluto por
mililitro de solução? Demonstre seu raciocínio.
4. Qual é a concentração da solução 1 se a expressarmos em g/L, ou seja, grama de soluto por litro de
solução? Demonstre seu raciocínio.
5. Determine as concentrações das soluções 2, 3 e 4 em g/L.
6. Complete a tabela com os dados referentes às soluções 1, 2, 3 e 4.

* Indicar se a cor da solução é mais ou menos intensa que a cor da solução 1.


** Indicar quantas vezes a solução é mais ou menos concentrada que a solução 1.

7. Explique o que significa diluir e concentrar uma solução. Relacione essas idéias aos
procedimentos utilizados na preparação das soluções 2, 3 e 4.
8. Proponha, através de desenhos, modelos que representem, microscopicamente, as soluções 1 e 2.
Possíveis dificuldades:
A falta de bibliografia para o professor e para os alunos.

Baixe o módulo original


em PDF

IXO TEMÁTICO 1: MATERIAIS – APROFUNDAMENTO


Tema 6: Medidas das quantidades dos materiais
Tópico 19: Quantidade de matéria
Habilidades: 19.1. Conceituar a grandeza “quantidade de matéria” (mol)
19.1.1. Compreender e efetuar cálculos que envolvam as grandezas: quantidade de
matéria, massa molar, volume molar e constante de Avogadro.
19.2.1. Compreender a relação entre as quantidades de matéria e massa envolvida
nas soluções: concentração mol/L.
19.2.2. Compreender os procedimentos utilizados para efetuar cálculos de
concentração de soluções.

Por que ensinar


A constante de Avogadro é uma dos mais importantes constantes físico-químicas, fundamental para o
entendimento de vários conceitos químicos. Alguns livros didáticos referem, erroneamente, como sendo
número de Avogadro e, ainda, como sendo o número de átomos existente em um átomo-grama de
qualquer elemento. É muito importante que o aluno compreenda que o valor da constante não é um
número mágico, mas que é determinado experimentalmente.
Além disso, a utilização da grandeza “quantidade de matéria” na determinação das concentrações das
soluções é muito importante na determinação das quantidades envolvidas nas transformações químicas.
No laboratório trabalhamos muito mais com soluções do que com as substâncias no estado sólido
Condições prévias para ensinar
Os alunos devem ter estudado o conceito de massa atômica, representação das equações químicas por
meio das fórmulas e acerto dos coeficientes de equações químicas.
Texto para o professor:
• MOL, G. et al. Constante de Avogadro. QNEsc 3 – p. 32 Constante de Avogadro
Experiência simples para determinação da constante de Avogadro
O que ensinar
1. A constante de Avogadro.
2. Conceito da grandeza quantidade de matéria (mol).
3. Massa molar.
4. Volume molar.
Como ensinar
Para discussão deste tópico sugerimos:
1. O módulo 9: Transformações químicas partes I e II disponível no site da Secretaria de
Educação http://www.educacao.mg.gov.br/no CRV aborda o tema conforme orientações do CBC.
2. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). Atividades e textos do capítulo 7 – Quantidades nas transformações
químicas. P. 152-165
3. PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005. Unidade 4 –
Cálculos, soluções e estética - Capítulo 10 – Unidades utilizadas pelo químico e Capítulo 12 – Materiais:
Classificação, concentração e composição.
4. http://quark.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/sala_de_aula_airbag.html (traz alguns exercícios sobre
estequiometria.
5. REIS, M. Química Geral. Ciência, Tecnologia e Sociedade. São Paulo: FTD, 2001. P.180 – A teoria
na prática. Um experimento para realização da eletrólise da água. P.236 – Um texto sobre Amedeo
Avogadro. P.251 – Um texto sobre a industrialização de carnes para consumo humano.
REIS, M. Físico-Química. Ciência, Tecnologia e Sociedade. São Paulo: FTD, 2001. P. 30 – A química do
consumidor. Este texto apresenta a análise de um rótulo de água mineral.
Como avaliar
Orientação Pedagógica: Quantidade de matéria
Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo

2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido por meio de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
O material sugerido traz questões para avaliação.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS: APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 5: Medidas das quantidades dos Materiais
Tópico 19: Materiais: Quantidade de matéria
19.1. Conceituar a grandeza “quantidade de matéria” (mol)
Habilidade: 19.1.1. Compreender e efetuar cálculos que envolvam as grandezas: quantidade de
matéria, massa molar, volume molar e constante de Avogadro.
Objetivos:
Reconhecer e identificar fenômenos envolvendo transformações químicas.
Calcular as quantidades de substâncias que participam de uma reação química.
Providências para a realização da atividade:
Pedir aos alunos para providenciarem os rótulos.
Pré-requisitos:
Balanceamento de equações químicas.
Massa molar.
Descrição dos procedimentos:
Título: Determinação das quantidades de substâncias que participam de uma reação química
Atividade adaptada da revista Química Nova na Escola n.10 – Um experimento envolvendo
estequiometria. Flávia Cazzaro

Materiais
· 24 comprimidos efervescente que contenha bicarbonato de sódio, NaHCO3, mas não contenha
carbonato de sódio, Na2CO3.
· Um copo plástico descartável de 300 mL.
· Uma balança de cozinha.
· Água.

Procedimento
1. Coloque água no copo até aproximadamente um pouco mais da metade.
2. Pese o conjunto copo, água e comprimidos e anote essa massa (mi).
3. Transfira os comprimidos para o copo certificando-se de que não ficou nem um pedaço de
comprimido nos envelopes. Cubra o copo rapidamente.
4. Aguarde o final da efervescência e pese novamente o conjunto, incluindo os envelopes vazios e
anote a massa (mf).

Questões e cálculos
1. Qual é a evidência de que ocorreu uma reação química neste processo?
2. Qual o gás produzido nesta reação?
3. Porque é importante cobrir o copo imediatamente após a adição dos comprimidos?
4. Como se determina a massa de gás produzido?
5. Porque os comprimidos não podem conter também carbonato de sódio?
6. Determine a massa de bicarbonato de sódio existente em cada comprimido.
7. Compare a massa que você obteve com a massa que está escrita no rótulo do comprimido.
8. Como você explica essa diferença?

Comentários
A estequiometria compreende as informações quantitativas relacionadas a fórmulas e equações químicas.
Baseia-se nas leis ponderais, principalmente a lei das proporções fixas (Proust, 1799) que pode ser
enunciada como “uma substância, qualquer que seja sua origem, apresenta sempre a mesma composição
em massa”.
Por meio do cálculo estequiométrico podemos calcular as quantidades de substâncias que participam de
uma reação química a partir das quantidades de outras substâncias. Neste experimento foi possível
calcular o teor de bicarbonato de sódio, NaHCO3, em um comprimido efervescente a partir da massa de
dióxido de carbono, CO2, produzido na efervescência.
A efervescência é causada pelo dióxido de carbono (CO2) produzido na reação do bicarbonato de sódio
(NaHCO3) com algum ácido contido no comprimido, geralmente o ácido cítrico, H3C6H5O7. Nesse caso, há
formação do dihidrogenocitrato de sódio, NaH2C6H5O7, como mostra a equação

NaHCO3(aq) + H3C6H5O7(aq) a NaH2C6H5O7(aq) + H2O(l) + CO2(g)

Essa reação só ocorre quando os reagentes estão dissolvidos em água. É por isso que esses comprimidos
podem ser guardados por muito tempo em embalagens bem fechadas.
Para o cálculo da massa de bicarbonato d e sódio realiza-se o seguinte procedimento
Para determinar a massa de gás carbônico obtido: mf - mi = Y
NaHCO3(aq) + H3C6H5O7(aq) a NaH2C6H5O7(aq) + H2O(l) + CO2(g)
84 g 44g
X Y

Observação: Lembre-se que a massa Y corresponde a 24 comprimidos, logo deve ser dividido por 24 para
saber a massa produzida a partir de um comprimido.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 20: Acidez e basicidade
Baixe o módulo original
em PDF

Habilidades: 20.1. Compreender que as soluções apresentam comportamento ácido, básico ou


neutro.
20.1.1. Propor e/ou executar procedimentos simples para a identificação do caráter
ácido, básico ou neutro de soluções por meio de indicadores.
20.1.2. Representar ou identificar, por meio de equações ou fórmulas químicas,
sistemas que apresentem caráter ácido, básico ou neutro.

Por que ensinar


Ácidos e bases fazem parte do cotidiano das pessoas de um modo geral. Assim, identificar essas
substâncias e reconhecer suas propriedades permite aos cidadãos utilizar os diversos produtos que os
contém de um modo mais eficiente e seguro.
Para explicar o comportamento dos ácidos e das bases, foram criadas algumas teorias, sendo que a
primeira delas foi definida pelo químico sueco Svante August Arrhenius em 1887. Por causa dessa teoria,
ele recebeu o prêmio Nobel de Química em 1903.
A relevância da teoria de Arrhenius não está apenas em sua importância na história da química, mas
também porque ela explica o comportamento ácido ou básico de um grande número de substâncias. É
importante que o estudante do ensino médio aprenda a usar teorias científicas para explicar o
comportamento dos materiais.
A discussão sobre as limitações da teoria de Arrhenius para explicar o comportamento de muitas
substâncias é de fundamental importância para uma melhor compreensão sobre os ácidos e bases e
também sobre o desenvolvimento científico.
Outras teorias mais amplas para explicar o comportamento de ácidos e bases foram definidas por
Bronsted e Lowry e também por Lewis em 1923.
Condições prévias para ensinar
Para aprender sobre o comportamento dos ácidos e das bases é necessário que os estudantes retomem,
ou que eles sejam iniciados nos seguintes conceitos: elementos químicos; metais e ametais; propriedades
periódicas, ligações químicas, substâncias moleculares e iônicas.
O artigo a seguir apresenta diferentes teorias de ácido-base propostas durante o século XX mostrando
como evoluíram e estão relacionadas entre si.
· CHAGAS, A. P. et al. Teorias ácido-base do século XX. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ,
n. 9, 1999, p. 29:
O que ensinar
1. Teoria de Arrhenius
2. Teoria de Brönsted e Lowry
3. Teoria de Lewis
4. Comparar diversas substâncias e seu caráter ácido ou básico de acordo com diferentes teorias
5. Substâncias mais comuns de natureza ácida ou básica
6. Explicar o comportamento das substâncias de acordo com a teoria
7. Identificar a presença de ácidos ou bases em produtos familiares
Como ensinar
Para o desenvolvimento dos conceitos relacionados ao estudo de ácidos e bases é recomendável que os
alunos realizem atividades diversificadas, tais como: pesquisa sobre a evolução dos conceitos de ácido e
de base comparando as diferentes teorias para explicar o comportamento de diferentes substâncias;
atividades práticas, discussões e confecção de relatórios, e também a resolução de exercícios
relacionados ao uso da linguagem química, ou seja, o uso de fórmulas e equações.
A bibliografia a seguir apresenta algumas atividades que poderão ser realizadas pelos alunos em sala de
aula, individualmente ou em grupos:
1. O módulo 5, partes I e II - Comportamento ácido e básico das substâncias disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve este tema conforme
orientações do CBC.
2. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 317. Atividade 4. Esta atividade resgata alguns usos de palavras
associadas ao equilíbrio ácido-base que são utilizadas no nosso cotidiano e discute e os seus significados.
3. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 317.Texto 1. Discute a definição de ácidos e bases como uma
definição relacional.
4. MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo:
Scipione, 2002. (Série Parâmetros). P. 319. Atividade 5. Traz a definição de pH e propõe a construção de
uma escala de pH usando materiais comuns e um indicador à base de repolho roxo.
5. MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: UFMG, 2001. traz alguns experimentos que lidam
com indicadores ácido-base. Podemos citar: De olho no repolho, outros indicadores naturais, preparando
um papel indicador, Origami com papel indicador, Tintas invisíveis, Borbulhando no indicador, A chuva
ácida e o indicador, Das cinzas ao repolho, O caminho das formigas.
6. SILVA, E. R.; NÓBREGA, O. S.; Silva, R. H. Química - transformações e energia. V. 3 - São Paulo:
Ática, 2001. Manual do professor, p.33. Traz uma atividade experimental para comparar a força entre
alguns ácidos e algumas bases por meio da condução da corrente elétrica. Na página 25 tem um
experimento para testar o pH de várias soluções com indicadores extraídos de flores.
7. MARCONATO, J. C. e Franchetti, S. M.. Decomposição térmica do PVC e detecção do HCl utilizando
um indicador ácido - base natural. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 14, 2001, p. 40: Este texto
aborda conceitos relacionados aos ácidos e bases relacionando-os às propriedade dos polímeros.
Como avaliar

Orientação Pedagógica: Acidez e basicidade


Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Marciana Almendro David
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido através de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
REIS, Martha. Completamente Química - Físico-Química. São Paulo: FTD, 2001, p. 371. Questão 46. Vale
a pena discutir esta questão como revisão dos conceitos de ácido e base.
4. O módulo 5 apresenta várias atividades de avaliação.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS: APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções.
Tópico 20: Materiais: Acidez e basicidade.
20.1. Compreender que as soluções apresentam comportamento ácido, básico ou
neutro.
20.1.1. Propor e/ou executar procedimentos simples para a identificação do caráter
Habilidade:
ácido, básico ou neutro de soluções por meio de indicadores.
20.1.2. Representar ou identificar, por meio de equações ou fórmulas químicas,
sistemas que apresentem caráter ácido, básico ou neutro.
Objetivos:
Reconhecer e identificar fenômenos envolvendo transformações químicas, identificando regularidades
entre as substâncias envolvidas.
Identificar as bases presentes em materiais conhecidos pelos alunos.
Providências para a realização da atividade:
Pedir aos alunos para providenciarem os rótulos.
Pré-requisitos:
Estudo da tabela periódica e função óxido.
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1
Faça uma pesquisa sobre as principais bases existentes anotando suas características quanto:
- solubilidade dos compostos pertencentes a esse grupo
- condutividade elétrica
- dissociação
- reatividade
Atividade 2
Aproveitando os compostos que você listou na atividade anterior, verifique se alguns deles são
encontrados em:
a) bulas de remédio (especifique a quantidade e procure saber a sua função no medicamento)
b) rótulo de detergentes e produtos de limpeza em geral
c) rótulo de cosméticos
Como apresentado, as bases são substâncias que possuem comportamento semelhante devido à
presença do grupo hidróxido (OH-). Outras substâncias químicas foram agrupadas devido à presença de
outros grupos. A química inorgânica agrupou os compostos em 5 classes denominadas funções químicas
da química inorgânica. São elas: óxidos, ácidos, hidróxidos, sais e hidretos.
Bases ou Hidróxidos – Uma das funções da química inorgânica
Durante os estudos de alguns produtos de limpeza foi possível observar o uso de algumas substâncias,
como, por exemplo, o hidróxido de sódio e o hidróxido de potássio. Essas substâncias pertencem a um
grupo de compostos denominado “bases ou hidróxidos”.
As bases são eletrólitos e, portanto, liberam íons ao entrar em contato com a água. Segundo a Teoria de
Arrhenius, as bases são substâncias capazes de se dissociarem na água liberando íons, mesmo em
pequena porcentagem, dos quais o único ânion é o íon hidróxido OH-. Esta classe de compostos é muito
utilizada na indústria de sabões, detergentes e outros. Os produtos usados como limpa – forno,
geralmente, apresentam soda cáustica (hidróxido de sódio impuro) na sua composição.
Observando o rótulo do produto, podemos verificar que o fabricante indica o uso de luvas de borracha e
qualquer tipo de óculos durante a manipulação do mesmo, pois o contato com a pele pode causar
queimaduras graves.
Outro emprego das bases é na indústria farmacêutica, tendo como uso muito comum o hidróxido de
Alumínio (Al(OH)3), o hidróxido de magnésio (leite de magnésia, Mg(OH)2). As soluções desses compostos
são indicadas para combater a acidez estomacal.
O hidróxido de alumínio, Al(OH)3, é uma base fraca, pouco solúvel em água e não inflamável. Forma na
água uma estrutura gelatinosa, usada no tratamento de água e, como não é inflamável, é subproduto de
extintores de incêndio com espuma à base de CO2(g).
O hidróxido de amônio, NH4OH(aq) é um líquido incolor de odor forte e penetrante, obtido pela dissolução
de até 30% de amônia, NH3, em água. É muito tóxico e irritante aos olhos. É usado na indústria têxtil, na
fabricação de borracha, em fertilizantes, na revelação de filmes fotográficos, em produtos farmacêuticos,
etc.
Esse grupo de substâncias denominado bases ou hidróxidos é largamente empregado na produção de
vários produtos e tem propriedades bem definidas.
Compostos como NaOH, KOH, NH4OH, Al(OH)3 são denominados bases.
Competências e habilidades:
O desenvolvimento deste tema permite o desenvolvimento de competências gerais como: articular e
traduzir a linguagem do senso comum para a científica e tecnológica; identificar dados e variáveis
relevantes presentes em transformações químicas; selecionar e utilizar materiais e equipamentos para
realizar cálculos, medidas e experimentos; fazer previsões e estimativas; compreender a participação de
eventos químicos nos ambientes naturais e tecnológicos; compreender e usar os símbolos, códigos e
nomenclatura específicos da Química; reconhecer a necessidade e os limites de modelos explicativos
relativos à natureza dos materiais e suas transformações; reconhecer e compreender a Química como
resultado de uma construção humana, inserida na história e na sociedade; buscar informações, analisar e
interpretar textos relativos aos conhecimentos científicos e tecnológicos; articular e integrar a Química a
outras áreas de conhecimento.
EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO
4:
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 21: Materiais: Neutralização de soluções
Habilidades: 21.1. Reconhecer transformações químicas que envolvem a neutralização de
soluções.
21.1.1. Representar, por meio de equações químicas, as reações de neutralização
ácido-base.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
O conhecimento sobre os ácidos e bases é de fundamental importância
para a formação de conceitos em química. Muitas reações que ocorrem em nosso dia-a-dia são de
natureza ácido/básicas, como exemplo, a reação que se passa em nosso estômago quando ingerimos
bicarbonato de sódio, para combater a azia.
Conhecer alguns princípios relacionados às reações de neutralização é importante para que um cidadão
possa tomar decisões sobre o uso adequado de determinados produtos de limpeza e higiene, assim como
para evitar alguns acidentes domésticos com o uso inadequado de determinados produtos.
Condições para ensinar
Para elaboração dos conceitos de ácido, base e neutralização é fundamental que os alunos tenham
oportunidade de executar experimentos ou realizar observações de demonstrações, ou de fenômenos do
cotidiano, nos quais eles possam reconhecer evidências de uma reação entre ácidos e bases.
Os estudantes do ensino médio certamente já presenciaram muitas transformações químicas de natureza
ácido/básicas. Mas é pouco provável que ao presenciá-las tenham observado tenham construído os
conceitos relacionados ao conhecimento sobre neutralização. O professor deverá orientar os alunos no
uso de indicadores, para que possam observar a neutralização.
Os conceitos necessários ao estudo das reações de neutralização são: ácidos, bases, ionização e
dissociação.
Alguns textos poderão ajudar o professor a trabalhar os conceitos relacionados:
• JUSTI, R. S. A afinidade entre as substâncias pode explicar as reações químicas . Química Nova na
Escola. São Paulo: SBQ, n. 7, 1998, p. 27:

• CHAGAS, A. P. et al. Teorias ácido-base do século XX. Química Nova na Escola, n. 9. São Paulo: SBQ,
1999, p. 29. Este texto apresenta diferentes teorias ácido-base propostas durante o século XX mostrando
como evoluíram e como estão relacionadas entre si.
O que ensinar
1. Reações de ácidos e bases
2. O uso de indicadores para visualizar uma neutralização.
3. Reconhecer reações de neutralização e a formação de sais
4. Representar, por meio de equações químicas, as reações de neutralização.
Como ensinar
Algumas sugestões de atividades podem ser encontradas na bibliografia a seguir:
• O módulo 5 – Partes I e II – Comportamento ácido e básico das substâncias, disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV aborda todo o conteúdo deste tópico
conforme orientações do CBC.
• SILVA, J. L. et al. Soprando na água de cal. Química Nova na Escola. São Paulo: SBQ, n. 10, 1999, p.
51. Este experimento consiste em demonstrações simples de equilíbrio heterogêneo, através da reação de
dióxido de carbono com a água de cal.
• REIS, M.Química Integral –volume único – Nova Edição- São Paulo: FTD, 2004 P.92 - Receita de um
bolo: Bolo Mesclado.

• USBERCO, J. e SALVADOR, E. Química – volume único. 5.ed. reformulada.São Paulo: Saraiva, 2002. p.
176. Experimento Estalactites e estalagmites
• PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. Química e sociedade.. São Paulo: Nova Geração,
2005. Capítulo 8, p 199 e Capítulo 7.
Como avaliar
Orientação Pedagógica: Neutralização de soluções
Currículo Básico Comum - Química Ensino Médio
Autor(a): Marciana Almendro David / Penha Souza Silva
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2008
1. As atividades propostas são de investigação e de discussão de questões. No decorrer da atividade
podem ser avaliadas a socialização e a participação dos alunos no trabalho em grupo, assim como a
contribuição individual dos alunos no grupo.
2. Também deve ser valorizado o produto das atividades, que poderá ser obtido por meio de exposições
orais ou de sínteses escritas, feitas pelo grupo ou individualmente.
3. Os estudantes devem ter oportunidade de responder às questões que aparecem nas provas dos
diversos testes oficiais, assim como as que são formuladas pelo professor.
• REIS, Martha. Completamente Química – Físico-Química. São Paulo: FTD, 2001, p. 371. Questão 46.
Vale a pena discutir esta questão como revisão dos conceitos de ácido e base
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 21: Materiais: Neutralização de soluções
Tópico 24: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas
21.1. Reconhecer transformações químicas que envolvem a neutralização de
soluções
21.1.1. Representar, por meio de equações químicas, as reações de neutralização
Habilidade: ácido-base.
24.3. Reconhecer polímeros mais comuns.
24.3.2. Identificar o uso de alguns polímeros como: celulose, polietileno,
poliestireno, PVC, náilon e borrachas.
Objetivos:
Reconhecer que há processos industriais ou associados que eliminam produtos que degradam o ambiente
e são nocivos aos seres vivos.
Providências para a realização da atividade:
Reservar o laboratório ou espaço adequado e materiais para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Detectando cloreto de hidrogênio e ácido clorídrico no PVC
Introdução
Os plásticos estão entre os materiais mais utilizados em nosso cotidiano. Atualmente representam cerca
de 40% do total dos resíduos dispostos nos aterros e lixões.
Em aterros sanitários municipais, os filmes de cloreto de polivinila (PVC) são os plásticos mais
encontrados, devido à sua ampla utilização em produtos domésticos variados como frascos de
cosméticos, tubos para encanamento, telhas, luvas, lonas, cartões, fios etc. É importante ressaltar que o
PVC é um material instável em relação ao calor e a luz, e degrada em temperatura relativamente
baixa.
Questão
Por que a presença de PVC em uma mistura de plásticos dificulta a reciclagem?
Objetivo: Detectar a presença do cloreto de hidrogênio e ácido clorídrico utilizando-se indicadores ácido-
base naturais, obtidos a partir do extrato de casca de maçã ou repolho roxo.
Materiais
PVC (Filme de PVC, pedaço de tubo, luva etc), bico de Bunsen, extrato da casca da maçã ou de repolho
roxo, tubos de ensaios, haste, garras, béquer, rolha de cortiça, mangueira de látex
Obtenção o extrato de casca de maçã
Descascar a maça e triturar suas cascas em água com o auxílio de um processador doméstico. O
pigmento da casca rapidamente dissolve-se em água formando uma solução, que deve ser filtrada e
armazenada em frasco plástico, para ser utilizada como indicador ácido-base.
Montagem do sistema
Prenda o tubo de ensaio contendo os filmes de pvc na garra da haste.
Coloque o bico de Bunsen sob o tubo.
Vede o tubo com uma rolha acoplada a uma mangueira de látex.
Mergulhe a mangueira de látex no Becker contendo solução da casca da maçã.
Acenda o bico de Bunsen para queimar o PVC.
Responda
a) O que se observa no tubo de ensaio?
b) E na solução contida no béquer?
c) Como você explica o fato observado?
Incineração do PVC utilizando outras substâncias.
Vamos repetir o experimento utilizado solução de NaOH (0,1 mol/L) ao invés de solução da casca de
maçã.
1. Qual a cor da solução contida no béquer?
2. Após a queima do PVC, explique o fato observado.
3. Explique o que você observou de diferente entre os dois experimentos?
Considerações finais
A incineração do PVC pode ser representada pela reação:
(CH2 CHCl) a (CH = CH)n + HCl (g)
Questão: De acordo com suas observações na experiência e na reação acima, qual gás é produzido
durante a queima do PVC?
Trabalho em grupo
Sugira um destino para produtos contendo PVC usados no nosso dia-a-dia.
Esta atividade foi desenvolvida junto com os alunos de Didática do Curso de Química da Universidade de
Itaúna.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO


4:
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 22: Materiais: Caráter ácido ou básico de soluções
Habilidades: 22.1. Conceituar pH e pOH.
22.1.1. Compreender os procedimentos utilizados para calcular valores de pH e
pOH, partindo de concentrações de H+ (H3O+) e OH- e vice-versa.
22.1.2. Identificar o caráter ácido ou básico de uma solução a partir de valores de
pH.
22.1.3. Utilizar fórmulas para determinação de pH e pOH a partir da concentração
de suas soluções.
22.1.4. Identificar e utilizar fórmulas para determinação de pH de ácidos e bases a
partir dos valores da concentração de suas soluções.

Por que ensinar


Por meio do valor pH sabemos o grau de acidez das soluções. É importante que saibamos associar alguns
materiais do nosso dia com o pH. É um equívoco bastante comum incentivado pela mídia dar preferência a
produtos de higiene, como xampus, cremes para o corpo, que tenham pH neutro. Na verdade estes
produtos devem ter um pH ácido que é próximo da pele e do cabelo que são ácidos. A pele humana limpa
e livre de suor possui pH ácido e suas funções básicas são mantidas quando utilizamos produtos que
respeitam este pH.
Veja a tabela abaixo:

Condições prévias para ensinar


Conceito de logaritmo, concentração de soluções, equilíbrio ácido-base.
O que ensinar
· Conceito de pH e pOH.
· Escala de pH e pOH.
· Fórmula para cálculo de pH e pOH.
Como ensinar
É importante ensinar a relação entre concentração de H+ e acidez sem dizer que quanto maior o pH mais
forte é o ácido ou vice-versa. Muitos textos apresentam esta relação que é incorreta. Só é válida para
ácidos diferentes que apresentam a mesma concentração. O aluno deve saber calcular o pH utilizando a
fórmula, mas a ênfase deve ser na relação entre aumento de H+ e diminuição de pH.
Em qualquer livro de ensino médio o professor encontra as fórmulas para determinação do pH.
No módulo didático 5 - parte I – Comportamento ácido e básico das substâncias disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV o tema está desenvolvido conforme
orientações do CBC.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 22: Materiais: Caráter ácido ou básico de soluções
22.1. Conceituar pH e pOH.
22.1.1. Compreender os procedimentos utilizados para calcular valores de pH e
pOH, partindo de concentrações de H+ (H3O+) e OH- e vice-versa.
22.1.2. Identificar o caráter ácido ou básico de uma solução a partir de valores de
Habilidade: pH.
22.1.3. Utilizar fórmulas para determinação de pH e pOH a partir da concentração
de suas soluções.
22.1.4. Identificar e utilizar fórmulas para determinação de pH de ácidos e bases a
partir dos valores da concentração de suas soluções.
Objetivos:
Determinar o pH qualitativamente e quantitativamente usando indicadores ácido-base.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar um espaço adequado e os materiais para a realização da atividade. O professor pode dividir
a sala em grupos e cada grupo se encarregar de trazer uma amostra de solo diferente.
Pré-requisitos:
Diferença entre açodo e base e representação das reações por meio de equações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Esta atividade foi adaptada de” Umna proposta de uma atividade experimental para a determinação do pH
no ensino médio.
Márjore Antunes, Maria Alice R. Pacheco, Marcelo Giovanela
XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ)

Título: Determinação do pH de uma amostra de solo.

Materiais
Amostras de solo, pá de jardim, peneiras, 1 colher de sopa, solução 0,01 mol/L de cloreto de cálcio, CaCl2,
funil, papel de filtro, fenolftaleína, papel tornassol e papel indicador universal., béquer ou copo de vidro
transparente, gral ou pilão deste usado em cozinha apara socar tempero ou para fazer caipirinha, 1
seringa de plástica de 30 mL.
Obs: Podem ser usados indicadores extraídos de repolho roxo, casaca de jabuticaba, amora ou feijão
preto.

Procedimento
Com o auxílio de uma pá de jardim colete amostras de solo. Pode ser do quintal da sua cada, do jardim da
escola, da praça da cidade, do sítio, etc
Coloque as amostras, separadas, para secar em bandejas ou pratos de plástico, e deixe secar ao ar.
Como o auxílio de um pilão ou um gral faça a moagem dos solo seco.
Pese 10 g da amostra desolo seco (uma colher de sopa rasa).
Adicione 25 mL de uma solução de CaCl2 0,01 mol/L.
Agite durante 30 min.
Faça a filtração da solução obtida.
Agora faça o teste do pH no filtrado utilizando a fenolftaleína, o papel tornassol e o papel indicador
universal.

Questões
1. O solo analisado tem caráter ácido ou básico? Justifique a sua resposta.
2. Utilizando o valor do pH encontrado no experimento, calcule a concentração de íons H+ e OH-
presentes no filtrado analisado
3. As queimadas, agravantes do aquecimento global, são utilizadas na agricultura a fim de preparar o
solo para plantio. Depois da primeira queimada, há um grande depósito de cinzas no solo, o que favorece
o crescimento dos vegetais que serão ali plantados. Por que as cinzas das plantas fertilizam o solo?
4. Em solos em que o pH é básico, há maior disponibilidade de cálcio, magnésio e fósforo para as
plantas, o que favorece o seu desenvolvimento. Qual a função destes elementos a nível de metabolismo
vegetal?

Comentários: Os solos podem ser naturalmente ácidos. Isto ocorre pela deficiência de elementos que a
falta de elementos, como K, Ca, Mg e Na, que favorecem a basicidade. Para aumentar a acidez costuma-
se usar adubos adequados. A acidez corresponde à presença de íons H+ e a basicidade à presença de
íons OH-. A dissolução de alguns minerais,e, também, o uso de alguns fertilizantes, podem tornar o solo
ácido, prejudicando o crescimento de alguns vegetais como a soja, o feijão e o trigo, e diminuir a ação de
microorganismos presente neste compartimento. Em regiões áridas e com pouca chuva também pode
ocorrer de o solo se tornar alcalino (básico), o que pode ser prejudicial ao crescimento das plantas. As
formas de se corrigir o pH do solo a um valor que possibilite o plantio, por exemplo, são:
· Calagem: para diminuir a acidez. Consiste na adição de materiais calcários que contenham cálcio e
magnésio.
· Adição de sulfato de ferro (II), sulfato de alumínio ou sulfato de cálcio diidratado para diminuir a
alcalinidade.
Possíveis dificuldades:
Não ter espaço adequado para a realização da atividade e nem os materiais necessários.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO


4:
Tema 8: Propriedades coligativas
Tópico 23: Materiais: Propriedades coligativas de soluções
Habilidades: 23.1. Identificar os fenômenos de volatilidade e pressão de vapor
23.1.1. Identificar as razões e os efeitos de variações de pressão sobre a
volatilidade e pressão de vapor de líquidos voláteis.
23.2. Reconhecer os processos que alteram os valores da temperatura de ebulição
e congelamento de substâncias líquidas
23.2.1. Identificar as razões e os efeitos de variações da temperatura de ebulição e
congelamento de líquidos.

Por que ensinar


Algumas propriedades das soluções dependem da presença ou não de soluto e do número de partículas
dispersas do soluto na solução. Esta é a razão pela qual a água do mar, quando aquecida entra em
ebulição em temperatura superior a 100 oC sob pressão de 1 atm e solidifica em temperatura inferior a 0oC
nas mesmas condições. Essas propriedades denominadas propriedades coligativas, não dependem da
natureza do soluto, mas apenas do número de partículas do soluto presente na solução.
O acréscimo de aditivos na água do radiador de automóveis tem a finalidade de aumentar a sua
temperatura de ebulição e abaixar a temperatura de solidificação.
As propriedades coligativas têm várias aplicações na vida prática e são utilizadas na determinação de
outras propriedades das substâncias
Condições prévias para ensinar
Propriedades físicas dos materiais e soluções.
O que ensinar
· Conceito de propriedades coligativas.
· Pressão de vapor.
· Relação entre pressão de vapor e temperatura de ebulição.
· Efeito da adição de um soluto não volátil nas temperaturas de ebulição e congelamento de um
líquido.
· Gráfico que representam a relação pressão de vapor e temperatura de ebulição de alguns líquidos.
Como ensinar
É importante que o aluno compreenda relação entre temperatura de ebulição, pressão de vapor e pressão
atmosférica. Entender que a adição d eum soluto não volátil em um líquido provoca abaixamento na sua
pressão de vapor ocasionado a elevação da temperatura de ebulição.
1. Capítulo 16, página 431, do livroPEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo:
Nova Geração, 2005.
2. Capítulo 14 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003.
3. A partir da página 147, o livro Reis, Martha. Completamente Química: Físico-química. São Paulo:
FTD, 2001. traz várias questões abordando o tema

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS- APROFUNDAMENTO


4:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24A: Materiais: principais grupos de substâncias orgânicas
Habilidades: 24.1. Reconhecer as substâncias que apresentam as principais funções orgânicas e
algumas de suas características.
24.1.1. Identificar o grupo funcional das substâncias orgânicas mais comuns
(hidrocarbonetos, álcoois, fenóis, cetonas, aldeídos, éter, ésteres, ácidos
carboxílicos, amidas e aminas).
24.1.2. Relacionar as propriedades físicas de diferentes substâncias orgânicas ao
modelo de interações intermoleculares.

Por que ensinar


As substâncias químicas são bastantes presentes nas nossas vidas. As substâncias orgânicas estão
presentes nos alimentos, medicamentos, plásticos, tecidos, combustíveis, etc. É importantes que os
alunos entendam a constituição dos materiais nos quais estas substâncias estão presentes.
Condições prévias para ensinar
É importante que os alunos já tenham desenvolvido alguns conceitos químicos como simbologia,
propriedades dos materiais e ligações químicas.
O que ensinar
- Hidrocarbonetos
- Álcoois
- Fenóis
- Cetonas
- Aldeídos
- Ésteres
- Ácidos carboxílicos
- Amidas
Como ensinar
É interessante que este conteúdo seja tratado por meio de temas como, por exemplo, alimentos, drogas,
polímeros, medicamentos, cosméticos,etc. Aconselhamos que o conteúdo seja tratado sem ênfase em
regras de nomenclatura, mas buscando discutir as propriedades das substâncias orgânicas a partir dos
grupos funcionais. É mais importante que os alunos identifiquem as substâncias pelo grupo funcional e
compreenda as suas propriedades.
Caso o professor opte por ensinar este conteúdo por meio de temas, ele poderá utilizar o desenvolvimento
pelo tema “Drogas” no livro MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume
único. São Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros). Capítulo 15 – A química das drogas e
medicamentos e as funções orgânicas. Pág.343 - 381. Os autores apresentam textos que fazem uma
abordagem cotidiana do uso das drogas como medicamentos, ou fármacos. Discutem a distinção entre
drogas e medicamentos, apresentam explicações biofísico-químicas para os efeitos das drogas no
organismo e aproveitam para trabalhar as estruturas orgânicas oxigenadas e nitrogenadas, além de
introduzirem o estudo de algumas regras de nomenclatura orgânica. O capítulo trata ainda sobre a história
das bebidas alcoólicas e discute os problemas causados pelo uso de álcool e tabaco. Apresenta também
duas atividades práticas interessantes que orientam a confecção de um bafômetro e um fumômetro.
No livro Química e Sociedade - Pequis. São Paulo: Geração, 2005, este conteúdo é desenvolvido por meio
dos temas alimentos (capítulo 19), Saúde (Capítulo 20) e Polímeros (capítulo 21).
O professor pode utilizar projetos de pesquisa, com por exemplo: Aditivos alimentares, Alimentos “diet” e
“light”, dieta saudável, automedicação, drogas lícitas e ilícitas, a Era do plástico, etc.
Apresentar algumas questões para discussão como, por exemplo, o uso do vinagre para a limpeza de
geladeira, a dissolução do álcool em gasolina que ajudam a proporcionar ao aluno oportunidade de
estabelecer relação entre os compostos orgânicos e suas propriedades físico-químicas.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tema 7: Comportamento ácido-básico das soluções
Tópico 21: Materiais: Neutralização de soluções
Tópico 24: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas
21.1. Reconhecer transformações químicas que envolvem a neutralização de
soluções
21.1.1. Representar, por meio de equações químicas, as reações de neutralização
Habilidade: ácido-base.
24.3. Reconhecer polímeros mais comuns.
24.3.2. Identificar o uso de alguns polímeros como: celulose, polietileno,
poliestireno, PVC, náilon e borrachas.
Objetivos:
Reconhecer que há processos industriais ou associados que eliminam produtos que degradam o ambiente
e são nocivos aos seres vivos.
Providências para a realização da atividade:
Reservar o laboratório ou espaço adequado e materiais para a realização da atividade.
Pré-requisitos:
Reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Detectando cloreto de hidrogênio e ácido clorídrico no PVC
Introdução
Os plásticos estão entre os materiais mais utilizados em nosso cotidiano. Atualmente representam cerca
de 40% do total dos resíduos dispostos nos aterros e lixões.
Em aterros sanitários municipais, os filmes de cloreto de polivinila (PVC) são os plásticos mais
encontrados, devido à sua ampla utilização em produtos domésticos variados como frascos de
cosméticos, tubos para encanamento, telhas, luvas, lonas, cartões, fios etc. É importante ressaltar que o
PVC é um material instável em relação ao calor e a luz, e degrada em temperatura relativamente
baixa.
Questão
Por que a presença de PVC em uma mistura de plásticos dificulta a reciclagem?
Objetivo: Detectar a presença do cloreto de hidrogênio e ácido clorídrico utilizando-se indicadores ácido-
base naturais, obtidos a partir do extrato de casca de maçã ou repolho roxo.
Materiais
PVC (Filme de PVC, pedaço de tubo, luva etc), bico de Bunsen, extrato da casca da maçã ou de repolho
roxo, tubos de ensaios, haste, garras, béquer, rolha de cortiça, mangueira de látex
Obtenção o extrato de casca de maçã
Descascar a maça e triturar suas cascas em água com o auxílio de um processador doméstico. O
pigmento da casca rapidamente dissolve-se em água formando uma solução, que deve ser filtrada e
armazenada em frasco plástico, para ser utilizada como indicador ácido-base.
Montagem do sistema
Prenda o tubo de ensaio contendo os filmes de pvc na garra da haste.
Coloque o bico de Bunsen sob o tubo.
Vede o tubo com uma rolha acoplada a uma mangueira de látex.
Mergulhe a mangueira de látex no Becker contendo solução da casca da maçã.
Acenda o bico de Bunsen para queimar o PVC.
Responda
a) O que se observa no tubo de ensaio?
b) E na solução contida no béquer?
c) Como você explica o fato observado?
Incineração do PVC utilizando outras substâncias.
Vamos repetir o experimento utilizado solução de NaOH (0,1 mol/L) ao invés de solução da casca de
maçã.
1. Qual a cor da solução contida no béquer?
2. Após a queima do PVC, explique o fato observado.
3. Explique o que você observou de diferente entre os dois experimentos?
Considerações finais
A incineração do PVC pode ser representada pela reação:
(CH2 CHCl) a (CH = CH)n + HCl (g)
Questão: De acordo com suas observações na experiência e na reação acima, qual gás é produzido
durante a queima do PVC?
Trabalho em grupo
Sugira um destino para produtos contendo PVC usados no nosso dia-a-dia.
Esta atividade foi desenvolvida junto com os alunos de Didática do Curso de Química da Universidade de
Itaúna.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24A: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas
24.1. Reconhecer as substâncias que apresentam as principais funções orgânicas e
algumas de suas características.
Habilidade: 24.1.1. Identificar o grupo funcional das substâncias orgânicas mais comuns
(hidrocarbonetos, alcoóis, fenóis, cetonas, aldeídos, éter, ésteres, ácidos
carboxílicos, amidas e aminas).
Objetivos:
- Identificar a presença dos aditivos a partir da interpretação dos rótulos dos produtos comumente
comercializados.
- Reconhecer características das substâncias usadas como aditivos mais comuns nos alimentos.
Providências para a realização da atividade:
Reservar local adequado para a atividade
Pré-requisitos:
Conhecer algumas substâncias químicas e reações químicas
Descrição dos procedimentos:
Questões para pesquisa em grupo
1. Se vocês residem em uma cidade grande não terão dificuldade em encontrar uma dessas lojas que
vendem produtos para a produção industrial ou caseira de sorvetes. Mas se não tiverem acesso a uma
delas poderão usar rótulos de embalagens de sorvetes para fazer o seu trabalho. Pesquisem nos rótulos
os aditivos que os sorvetes contêm.
2. Verifiquem, na bibliografia pertinente, para que são utilizados os aditivos relacionados nesses
rótulos, as quantidades em que o seu uso é permitido e também se oferecem algum perigo para a nossa
saúde.

Questões para discussão em grupo


1. Qual é o papel dos aditivos químicos no sorvete e quais são as vantagens e desvantagens do uso
dessas substâncias?
2. Na pesquisa que vocês fizeram, encontraram alguma informação sobre eventuais riscos do uso de
alguns desses aditivos? Quais?
3. Na opinião de seu grupo, quais os perigos que a falta de conhecimento dos consumidores sobre os
aditivos pode representar?
4. Vocês provavelmente encontraram durante a sua pesquisa informações sobre a legislação brasileira
a respeito dos aditivos. Qual é a opinião do grupo sobre esta legislação?
5. Do ponto de vista químico para que servem os aditivos?
6. Que utilidade tem os aditivos para a nossa vida?

Atividade 1 - Examinando rótulos


A tabela a seguir mostra alguns exemplos de aditivos encontrados em produtos que utilizamos em nossa
alimentação. Nessa atividade, os alunos deverão coletar dados em rótulos de alimentos industrializados e,
pesquisando a respeito dos aditivos encontrados, fazer uma tabela semelhante, contendo 10 itens,
utilizando os dados obtidos.

Atividade 2 - Fazendo sorvete

Esta receita foi encontrada na embalagem de um preparado em pó para sorvetes, que pode ser adquirido
em lojas de produtos para a produção caseira e industrial de sorvetes.
Ingredientes
· 01 litro de leite
· 10 colheres das de sopa de açúcar refinado
· 02 colheres das de sopa de leite em pó
· 01 colher das de sopa de preparado em pó para sorvetes, com o sabor de sua escolha.
· 01 colher das de café de liga neutra
· 01 colher das de sobremesa de emulsificante.
Modo de preparar
· Misture bem o açúcar, o leite em pó, o pó de sorvete e a liga neutra.
· Acrescente o leite e misture no liquidificador até ficar bem espumoso.
· Deixe a mistura congelar em recipiente fechado.
· Ao congelado, acrescente o emulsificante e misture em batedeira até ficar bem cremoso.
· Congele novamente, em um recipiente bem fechado, por aproximadamente 12 horas.
Algumas Informações adicionais
Alguns dos aditivos utilizados na fabricação do sorvete, que se encontram no preparado em pó para
sorvetes, na liga neutra e no emulsificante, são: gordura vegetal hidrogenada, alginato (EP.II),
carboxilmetilcelulose sódica (EP.III), musgo irlandês (EP.VI), goma arábica (EP.V), mono e diglicerídeos
(ET.III), polissorbato 80 (ET..XVI), aromatizante, corantes artificiais (C.II), ácido láctico (H.VII).
Atividade 3 - Analisando preparados artificiais sólidos para refresco
Os preparados artificiais sólidos para refresco, mais conhecidos como “pós para refresco”, já fazem parte
do dia a dia do consumidor brasileiro, dada à sua facilidade de preparo, ao seu alto rendimento e ao seu
baixo preço, bem menor do que o de refrigerantes e sucos prontos para o consumo.
O principal público alvo desses produtos são as crianças, como podemos observar nos comerciais da TV
que, na maioria das vezes, utilizam temas e personagens infantis para anunciar o produto. Certamente,
não é difícil atrair as crianças com a diversidade de cores e sabores existentes desses produtos! A
principal característica desses produtos são as suas cores vivas devidas à adição de corantes.
De acordo com o INMETRO*, as diversas marcas disponíveis para o consumidor podem ser analisadas
segundo os seguintes critérios:
a. Características do rótulo
b. Características físico-químicas
c. Características microbiológicas
d. Características sensoriais
Os testes necessários para a análise das características físico-químicas e microbiológicas exigem
aparelhagem especial e devem ser realizados em um laboratório, mas o exame do rótulo e das
características sensoriais podem ser observados em sala de aula.
Nessa atividade, tiremos observar os rótulos e as características sensoriais de cinco amostras de
diferentes marcas de “pó para refresco” e também discutir um pouco sobre o conhecimento necessário às
análises fisico-químicas e microbiológicas desse produto.
Trabalho em grupo
A. Verificando o Rótulo
A análise do rótulo tem por objetivo verificar se a embalagem do produto fornece todas as informações
necessárias para o consumidor, tais como prazo de validade, data de vencimento, informações a respeito
do fabricante ou importador, rótulo traduzido para o português (no caso de produtos importados) e
características básicas do produto como, por exemplo, a sua formulação.
Tarefa 1 – Observe os rótulos de 5 marcas diferentes de preparados sólidos para refresco, verificando se
estão sendo fornecidas todas as informações necessárias para o consumidor.
Questão 1 – Faça uma lista dos aditivos declarados em cada um dos produtos e compare-os entre si,
para verificar se há incidência dos mesmos em todas as amostras, ou não, e em que se diferem das
outras.
B. Discutindo as características físico-químicas
A análise das características físico-químicas tem como objetivo verificar se as amostras analisadas
atendem aos padrões de qualidade e identidade definidos pela legislação vigente. Nessa análise, deve-se
verificar se existe conformidade das informações sobre a formulação declaradas pelo fabricante e as
substâncias existentes no produto.
Deve-se verificar se os aditivos, principalmente os corantes declarados no rótulo, estão de acordo com o
resultado da pesquisa realizada, se os aditivos encontrados são permitidos e se estão dentro dos limites
estabelecidos pela legislação.
Tarefa 2 – Pesquise as quantidades permitidas pela legislação para cada aditivo encontrado na
formulação do produto.
Questão 2 – Discutam em seu grupo que testes poderiam ser feitos para verificar se os padrões de
qualidade do produto estão sendo obedecidos pelo fabricante. Apresentem suas idéias para os outros
grupos.
C. Discutindo as características microbiológicas
A análise do ponto de vista microbiológico tem o objetivo de verificar se o produto não está contaminado
por bactérias, fungos (bolor), etc.
Em relação às possíveis contaminações, uma das mais preocupantes se refere à contaminação por
Salmonellas, bactérias patogênicas encontradas em intestinos de animais que pode causar afecções
gastrointestinais.
As condições de higiene em que o produto é processado podem ser medidas pela quantidade presente
nos produtos das bactérias coliformes, bactérias presentes no intestino de animais.
A contaminação por mofo ou bolor está relacionada com a deficiência no armazenamento do produto.
De acordo com o INMETRO, os preparados sólidos para refresco devem estar em conformidade com os
seguintes parâmetros:
· Salmonellas: ausência em 25 g
· Bolores e leveduras: máximo de 5 x 103 / g
· Coliformes de origem fecal: máximo 10 / g
Tarefa 3 – Pesquise que aparelhos e que conhecimentos serão úteis para a análise de bactérias e de mofo
nos produtos.
Questão 3 – Discuta em seu grupo e apresente para os outros grupos as suas idéias a respeito das
condições de higiene em que são processados os alimentos para o nosso consumo, nas indústrias
alimentícias e nos restaurantes.
Possíveis dificuldades:
Esta atividade gasta mais de 2 aulas. Caso o professor não tenha muito tempo pode escolher apenas
algumas das atividades propostas. Por exemplo, pode pedir aos alunos que façam o sorvete em casa.
Alerta para riscos:
Não há.
Glossário:
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24B: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
Habilidade:
24.2.2. Relacionar a ação de sabões com as propriedades dos grupos funcionais
presentes em suas estruturas considerando as interações intermoleculares.
Objetivos:
1. Reconhecer as matérias – primas de sabões, xampus e detergentes e as reações de saponificação.
2. Reconhecer estruturas de sabões e detergentes mais comuns e o mecanismo de sua ação.
Providências para a realização da atividade:
Separar rótulos ou frascos de xampu. Se o professor optar por fazer uma oficina de preparação de xampu
deve combinar com os alunos sobre como adquirir o material.
Pré-requisitos:
Reações químicas e compostos orgânicos.
Descrição dos procedimentos:
Xampu
O primeiro tipo de detergente que se tornaria o atual xampu foi produzido na Alemanha em 1890. Apenas
depois da Primeira Guerra Mundial ele começou a ser oferecido comercialmente como produto para
limpeza de cabelos. O nome, porém, nasceu na Inglaterra, influenciado pelo domínio do país sobre a Índia.
A moda e a arte indianas estavam em voga.
Xampu veio do hindu champo, que significa "massagear" ou "amassar".
Estes materiais utilizados na limpeza dos cabelos, que têm como função retirar a gordura do cabelo, são
formados por um ou mais tipos de detergentes sintéticos, além de perfumes,
conservantes, espessantes etc. Detergente é qualquer composto que pode ser utilizado como agente de
limpeza. Embora o sabão seja um tipo de detergente, esse termo, geralmente, é usado para designar os
substitutos sintéticos do sabão.
Qual(is) o(s) constituinte(s) está(ão) presente(s) em todos os frascos? Qual o papel deste(s)
constituinte(s)?
A função do xampu é remover a sujeira e o excesso de oleosidade dos cabelos, assim como, o sal, o
cloro, a overdose de finalizadores que se depositam nos fios. Além do detergente, que tem a função de
limpar os cabelos, os xampus possuem uma série de princípios ativos que têm a função de tratar, melhorar
a textura e o aspecto geral dos fios. O que tem dentro do xampu?
a)Tenso ativos: têm a ação detergente, limpam os fios. São utilizados: Lauril sulfato de sódio e lauril éter
sulfossuccinato de sódio (mais leve e mais suave, empregado nas linhas infantis).
b)Sobreengordurantes: repõem parte da gordura retirada pelo tenso ativo, evitando o ressecamento
excessivo. São a dietanolamina de ácido graxo de coco (uma gordura de coco), a lanolina, a vaselina, o
óleo de silicone e a lecitina (derivada da soja).
c)Espessantes: incorporam o produto para facilitar sua aplicação. Cloreto de sódio e nas fórmulas mais
sofisticadas, o carboximetil celulose, polímero de massa molar elevada variando entre 21000 g/mol e
500000 g/mol.
d)Ácidos: são adicionados para adequar o xampu ao pH dos cabelos, que, como o da pele, é ácido. O pH
dos cabelos normais está entre 4,5 e 5,5.
e)Conservantes: ingredientes que são incorporados à fórmula para não deixar fungos e bactérias
contaminarem o conteúdo. O nipagim - metilparabeno ou p-hidróxibenzoato de metil - atua como
conservante e possui efeito anti-séptico.
f)Perolizantes: substâncias à base de ceras que dão efeito perolado aos xampus. Essências de óleos
essenciais: eles é que dão o perfume aos xampus. Podem ser extratos naturais de inúmeras plantas
(como a lavanda) ou sintetizados.
g)Ingredientes ativos: esse item simboliza o coração das fórmulas que diferenciam um produto do outro.
Entre as opções, os químicos podem recorrer às vitaminas para nutrir os fios; proteínas, como a queratina
ou colágeno, para reconstruir as estruturas danificadas; extratos, como o de babosa, para ajudar o fio a
reter água, etc.
Atividade 6
Produção de xampu
Materiais
Lauril étersulfato de sódio...............................................30%
Coco amidapropilbetaína........... .......................................5,0%
Dietanolamina de ácido graxo de coco (dar viscosidade)... 4% (Pode ser encontrado como sinatol 90 ou
coperlan kd)
Extrato qualquer.................5,0%
Nipagim..............................0,1%
Nipazol...............................0,05%
Água................................... qsp 100 mL
Neutralizar com ácido cítrico ....20%
Adicionar aos poucos cloreto de sódio 0,375% (pode ser até 2%)
Usar água deionizada.
Procedimento
Dissolver os conservantes, nipagim e nipazol, no extrato glicólico.
Dissolver em uma porção de água, o lauril, a dietanolamina e o coco amido misturando delicadamente
para evitar o excesso de bolhas.
Medir o pH e ajustá-lo para 4-5.
Acrescentar o NaCl dissolvido em um pouco de água à mistura para obter viscosidade.
Completar o volume com água, colocar as essências se necessário e homogeneizar com movimentos bem
suaves.
Se preferir, pode deixar de adicionar NaCl. É melhor para o cabelo, mas o xampu fica meio “aguado”.

EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24C: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
Habilidade:
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
Objetivos:
Fazer uma análise crítica de uma mensagem veiculada pela internet tendo como base os conhecimentos
químicos.
Providências para a realização da atividade:
A atividade poderá ser realizada na própria sala de aula. Providenciar alguns dicionários e deixar à
disposição dos alunos.
Pré-requisitos:
Já ter realizado pelo menos uma das atividades sobre xampus.
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1
Leia os textos abaixo e redija um comentário sobre cada um deles. Compare os dois textos e emita a sua
opinião.
Mensagem veiculada na internet
CUIDADO COM O SHAMPOO QUE VOCÊ UTILIZA!
Alerta de Saúde
Substância Lauril Sulfato de Sódio
Verifique se entre os ingredientes do seu shampoo há uma substância chamada "Lauril Sulfato de Sódio"
ou LSS. Esta substância é encontrada na maioria dos shampoos, pois os fabricantes a utilizam por ela
produzir muita espuma a baixo custo. Mas, na verdade, o LSS é usado para lavar chão de oficinas (ele é
um desengraxante).
Está comprovado que ele pode causar câncer a longo prazo, o que não é nenhuma piada. Em casa,
chequei o meu shampoo (Vital Sason) e ele não tem LSS, mas outras marcas como: Vo5, Palmolive, Paul
Mitchell, o novo Hemo shampoo contém esta substância.
Nota do tradutor: Aqui no Brasil, chequei os que tenho: Organics, Revlon Flex, Dimension e todos contém
LSS. Então liguei para uma destes fabricantes e falei que eles estavam usando uma substância
cancerígena, eles concordaram com minha afirmação, mas disseram que não poderiam fazer nada, pois
precisam dela para produzir espuma.
A pasta dental da Colgate (Bubbles) também contém LSS. Eles prometeram-me enviar mais informações.
Pesquisas têm mostrado que nos anos 80 a probabilidade de contrair câncer era de 1 em 8000 e agora
nos anos 90 é 1 em 3, o que é bastante grave.
Espero que você leve esta advertência com seriedade e compartilhe com as pessoas que você conhece.
Talvez possamos parar de "espalhar" por aí o vírus do câncer.
Passe esta informação para o maior número possível de pessoas. Esta não é uma corrente, mas uma
preocupação com a nossa saúde.
Dr. E.... R.... M...
IPAE
Resposta à mensagem
LSS (Lauril Sulfato de Sódio) no xampu causa câncer
Essa é mais uma das centenas de bobagens que circulam e deixa muita gente preocupada. Há ou não
razão para essa preocupação com o xampu? Vejamos.
Há três pontos a destacar antes mesmo de verificar a procedência ou não do temor.
Primeiro: a mensagem afirma:
Pesquisas têm mostrado que nos anos 80 a probabilidade de contrair câncer era de 1 em 8000 e agora
nos anos 90 é 1 em 3, o que é bastante grave.
O autor não informa quem realizou a pesquisa nem qual a fonte desses números. Seria possível, em
apenas dez anos, ocorrer um salto tão grande na probabilidade de se contrair câncer: de 1:8.000 para 1:3?
Ou seja, há dez anos, uma em cada oito mil pessoas contraía câncer e hoje uma em cada três pessoas
contraem câncer. Enquanto as pesquisas médicas e os métodos de detecção da doença avançam, os
números se tornariam mais assustadores. Verdade? Nem de longe.
Segundo: a mensagem afirma:
Talvez possamos parar de "espalhar" por aí o vírus do câncer.
Qualquer pessoa razoavelmente informada sabe que não é um vírus que causa o câncer. Já que se falou
em vírus, uma pergunta: o tal "vírus do câncer" é disseminado pelo componente Lauril Sulfato de Sódio,
permanentemente contaminado desde o processo de fabricação? Que gente descuidada, esses
fabricantes.
Terceiro: o apelo final é uma das características das lendas:
Passe esta informação para o maior número possível de pessoas.
A versão brasileira da mensagem tem uma "nota do tradutor", uma verdadeira pérola. O "tradutor" teria
telefonado para um dos fabricantes e questionado o uso do Lauril Sulfato de Sódio, um produto
supostamente cancerígeno, na fórmula do xampu. O fabricante, candidamente, teria respondido que "...
não poderiam fazer nada, pois precisam dela para produzir espuma..." e continuariam a usar o tal Lauril.
Dá pra acreditar numa coisa dessas? A propósito: o texto de autoria do "tradutor" é igual ao texto que
circula nos EUA e na França.
O amontoado de sandices da mensagem se encerra com o nome de um "doutor" e com uma sigla: IPAE.
Esse doutor existe? Onde ele trabalha? As iniciais IPAE seriam de que instituição? Pesquisando em
alguns sistemas de busca achei essa sigla associada a uma Igreja Adventista, ao Instituto Português das
Artes do Espetáculo e também ao IP Address Encapsulation (IPAE). Nenhum deles é uma entidade ligada
à saúde ou à pesquisa.
No site do Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul, encontra-se o texto Lauril Sulfato de
Sódio - LSS. Ele informa que
O produto [Lauril Sulfato de Sódio - LSS] é um surfactante aniônico, biodegradável, possui ação
detergente e emulsificante. Tem ampla utilização na Indústria farmacêutica e cosmética, produtos de
higiene pessoal (xampu, pasta dental, cremes, etc.), detergentes de uso domésticos, limpeza industrial e
inúmeras sínteses químicas.
Não há nenhuma referência de CARCINOGÊNESE ou risco à saúde em vasta bibliografia consultada
especializada em toxicologia clínica ou sobre substâncias Carcinogênicas, inclusive Organização Mundial
da Saúde e IARC - Agência Internacional de Pesquisa do Câncer.
Só para terminar:
1. o lauril sulfato de sódio é usado na fabricação de xampus e muitas pessoas usam xampus para lavar os
cabelos;
2. alguns habitantes do planeta Terra contraem câncer;
3. é provável que algumas das pessoas que contraem essa doença usem xampus "contaminados" com o
LSS para lavar os cabelos.
Dá pra concluir a existência de uma relação de causa e efeito entre o LSS e o câncer? É claro que não. O
resto é espuma...
Após a leitura do texto, o professor deverá discutir com os alunos sobre o mesmo, podendo abordar
aspectos relacionados às informações disponíveis; à forma da escrita; à questão da propaganda; da ética
etc.
Xampu adequado para os diversos tipos de cabelos
Antes de aplicar o xampu, escove bem o cabelo e o couro cabeludo. A escova estimula as funções do
couro cabeludo; escove-os com golpes suaves e não esqueça de escovar a nuca, além de fazer uma
pequena massagem neste local.
Os melhores xampus são fabricados à base de vegetais, além de outros à base de leite, ovos, lanolina,
etc. Os xampus conseguem equilibrar a ação alcalina do próprio cabelo, examine os cabelos e escolha o
xampu adequado para cada tipo de cabelo seja oleoso, seco, normal ou um xampu especial para cabelos
estragados ou danificados por produtos mal aplicados.
Um xampu para cada tipo de cabelo
Xampus neutros: para cabelos normais, lanolina, óleos naturais, etc.;
Xampus ácidos: para cabelos secos;
Xampus alcalinos: para cabelos oleosos, limão, ovo:
Xampus recondicionadores: para cabelos mal tratados.
Além dos xampus deve-se recorrer aos tratamentos especiais a fim de revigorar os cabelos e o couro
cabeludo. dando-lhes vida, maciez, brilho, e acabando com o ressecamento.
Identificando seu tipo de cabelo
Secos: geralmente são opacos, sem brilho e bem porosos. Cabelos encaracolados costumam ser secos,
pois a umidade natural não alcança o fio todo. É aconselhável xampus a base de leite, lanolina. colesterol
e seivas;
Oleosos: precisam ser lavados praticamente todos os dias. Ficam pesados, emplastados, com jeito de
sujos. Xampus a base de limão, ovo, etc.
Normais: Possuem brilho e maciez naturais. É muito difícil encontrarmos pessoas com este tipo de cabelo
devido ao uso de tintas ou outros processos químicos. Xampus a base de leite, oliva, vegetais;
Mistos: possuem raiz oleosa e pontas secas. A maioria das pessoas possui este tipo de cabelo. Xampus a
base de vegetais, lanolina, colesterol, etc. Evitar utilizar condicionar na raiz.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24D: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
Habilidade:
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
Objetivos:
Obtenção de produtos de limpeza.
Providências para a realização da atividade:
Reservar espaço adequado e os materiais necessários para a realização da tarefa. Esta atividade poderá
ser realizada como uma oficina de produção de materiais de limpeza.
Pré-requisitos:
Não há. É melhor que os alunos já tenham estudado alguma coisa sobre sabões. Não é o mais importante,
inclusive esta Oficina pode ser realizada junto com a comunidade.
Descrição dos procedimentos:
Sabão de abacate
Materiais:
5 kg de massa de abacate, 1/2 kg de sebo derretido ou banha, 400 g de soda comercial, 150 g de breu
(encontrado em ferragens ou casas de produtos químicos).
Como fazer
Cortar o abacate maduro ao meio e separar o caroço e a casca da massa. Colocar toda a massa numa
vasilha bem limpa e acrescentar a soda, sebo ou banha e o breu. Mexer por uma hora. Colocar numa
caixa forrada com plástico e deixar 24 horas para secar (dependendo da umidade do ar, algumas vezes é
necessário deixar mais tempo). Cortar em barras. Para maior consistência, acrescentar 2 a 3 colheres de
sopa de farinha de milho ou cinzas.
Sabão de ervas
Materiais
5 kg de gordura, 2,5 kg de sebo derretido, 2,5 kg de óleo de cozinha (usado), banha ou gordura de galinha
derretida, 1 kg de soda, 4 litros de álcool, 4 litros de água ou suco de ervas (babosa, capuchinha, confrei,
calêndula, macaé, eucalipto).
Como fazer
Triturar as ervas e coar. Esquentar o sebo junto com o óleo. Misturar, fora do fogo, o álcool no sebo
quente. Misturar a soda com água ou suco de ervas em recipiente não corrosivo. Acrescentar o sebo com
o óleo nesta mesma mistura. Misturar bem até espumar. Colocar nas formas. Deixar esfriar e estará pronto
para cortar.
Sabão de cinza
Materiais
5 kg de sebo, 2,5 kg de cinzas, 5 litros de água, 0,5 kg de soda cáustica
Como fazer?
Derreter o sebo em fogo lento até ficar uniforme. Ferver as cinzas juntamente com a água por 4 horas.
Deixe a cinza assentar e use somente a água para juntar com o sebo. Mexer bem. Juntar devagar a soda,
já fora do fogo, e mexer bem até dissolver. Colocar em formas.
A cinza tem um alto poder de branquear. Para clarear toalhas de prato, colocá-las de molho, ensaboadas,
em um balde com uma "trouxinha" de cinzas. Lavar normalmente no dia seguinte.
Sabão líquido para louça
Materiais
2L de água, 1 sabão caseiro ralado, 1 colher de óleo de rícino, 1 colher de açúcar
Como fazer
Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.
Sabão neutro ou sabão de álcool
Materiais
4 Kg de gordura animal, 2 latas de óleo de soja, 1 Kg de soda, 3 litros de água morna, 5 litros de Álcool.
Como fazer
Derreter a gordura e acrescentar o óleo de soja. Esperar esfriar um pouco. Juntar o álcool, a soda
(dissolvida em um pouco de água) e o restante da água.
Pode-se substituir as duas latas de óleo de soja por 1 Kg de gordura animal. O álcool pode ser substituído
por cachaça. Não se deve usar vasilhas de alumínio.
A água que será utilizada no sabão pode ser substituída por suco ou chá das seguintes plantas: folha de
mamão, eucalipto cidró, hortelã, bardana, transagem e babosa.
Se você quiser:
Sabão para limpeza (roupa, cozinha, etc.) use folha de mamão e raiz de guanxuma.
Sabão desinfetante para limpeza de utensílios (tachos, outros vasilhames, estrebaria, etc.), use: eucalipto
cidró, hortelã, própolis (2 colheres de tintura).
Pode também ser usado como sabonete:
· Sabão medicinal para queda de cabelo e problemas de pele, use: bardana e calêndula
· Escurecer cabelo: babosa
· Clarear cabelo: camomila
· Para uso diário na higiene pessoal, escolha entre: babosa, própolis, bardana, camomila ou transagem.
Depois do sabão pronto, você pode juntar 500 g do sabão ralado com 1/2 copo de suco de uma destas
plantas, levar ao fogo até derreter, colocar em forma, deixar esfriar e cortar em pedacinhos.
Amaciante de roupas
Materiais
5L de água, 4 colheres de glicerina, 1 sabonete ralado, 2 colheres de sopa de leite de rosas
Como fazer
Ferver 1L de água com o sabonete ralado até dissolver. Acrescentar mais 4 L de água fria, as 4 colheres
de glicerina e as 2 colheres de Leite de rosas. Mexer bem até misturar e depois engarrafar.
Desinfetante para banheiro
Materiais
1L de álcool etílico (álcool comum, de preferência 70º), 4L de água, 1 sabão caseiro, folhas de eucalipto
Como fazer
Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferver 1 litro de água com o sabão ralado, até
dissolver. Juntar a água e a essência de eucalipto. Engarrafar.

Água sanitária
O NaClO (hipoclorito de sódio) é popularmente chamado de cloro líquido.
Materiais
Quantidade para 12 L
10 L de Água pura, 2 Kg de NaCOl e 1O mL NaOH 50%
Como fazer
Colocar a água em vasilhame apropriado e acrescentar os demais constituintes. Engarrafe em embalagem
escura.
PREPARANDO SABÃO NO LABORATÓRIO
Materiais:
Quantidade para 48 mL: 10 mL de água pura, 20 mL Óleo, 3 g de soda cáustica, 15 mL de etanol, sal de
cozinha qsp.
Como fazer?
1) Dissolva cerca de 3 g de NaOH em 10 mL de água destilada em um béquer de capacidade para 100
mL. béquer nº 1.
2) Adicione cerca de 15 mL de etanol e agite vigorosamente a solução, usando um bastão de vidro.
3) Acrescente 20 mL de óleo comestível (de soja, milho, amendoim) e aqueça cuidadosamente até a
ebulição, mexendo continuamente com o bastão de vidro.
O aquecimento deve ser controlado para evitar que o material transborde. Deve-se interromper o
aquecimento tão logo se verifique que não há mais gotículas de óleo em suspensão no béquer 1.
4) À parte, pegue um copo de béquer com cerca de 50 mL de água e vá adicionando aos poucos cloreto
de sódio (sal de cozinha) até que o sal comece a se precipitar para o fundo do recipiente.
5) Em outro béquer nº 2, coloque cerca de 30 mL, da solução de cloreto de sódio que foi preparada e
adicione o material que se encontra no béquer 1. aqueça o béquer 2 por alguns minutos, apague a chama
e deixe o sistema resfriar me repouso.
A massa sobrenadante na solução do béquer 2 é o sabão.
Locais para compra de material em Belo Horizonte
Empório das essências (31) 32723616 - 32723598
Sulfal Química 34813737
Rei das Essências Ltda: Rua Tupis 85 loja 09 - BH – MG Fone: (031) 3224-1516 e-
mail: reidasessencias@twi.com.br
Casa das essências Rua Tupis, 171 Loja 5 Bairro: Centro (31) 3273-2030
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24E: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
Habilidade:
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
Objetivos:
Compreender os aspectos teóricos da produção de sabões.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar o texto para os alunos.
Pré-requisitos:
Conhecimento sobre ligações químicas e cadeias carbônicas.
Descrição dos procedimentos:
Parte teórica
A indústria de sabões teve sua origem há 2000 anos quando uma manufatura de sabões foi encontrada
nas escavações de Pompéia. No entanto, entre as diversas indústrias químicas, nenhuma teve tanta
modificação nas matérias primas utilizadas. Entre 1940 e 1965, os detergentes passaram a responder por
80% da demanda de sabões, utilizando matérias primas e reações completamente novas.
Na verdade, o sabão nunca foi descoberto, mas surgiu de misturas brutas de materiais alcalinos e
matérias graxas. Até o início do século XVIII, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de
gordura e álcali; um químico francês mostrou que a formação do sabão era na verdade uma reação
química.
Os sabões compreendem os sais de sódio ou de potássio dos diversos ácidos graxos com 12 a 18 átomos
de carbono. Sabões que apresentem radical com menos de 12 átomos de carbono apresentam
propriedades tensoativas e de detergência limitadas e sabões que apresentem radical com mais de 18
átomos de carbono apresentam baixa solubilidade em água. O sabão é obtido pela reação de óleos e
gorduras com um álcali em temperaturas acima de 100ºC. Essa reação é chamada de saponificação e
pode ser expressa como:

As gorduras e os óleos industriais não são compostos pelo glicerídeo de um único ácido graxo, mas são
misturas deles. Para processos especiais, existem alguns ácidos graxos com 90% de pureza ou mais. O
fabricante escolhe a matéria prima de acordo com as propriedades desejadas.
Os sabões formados com ácidos graxos saturados (sabão de gordura de porco, sebo de boi) são menos
solúveis do que aqueles obtidos com ácidos graxos não saturados (sabão de óleo de rícino, sabão de óleo
de coco).
Os sabões são formados a partir de ácidos graxos extraídos de gorduras animais ou vegetais e
saponificados pela soda cáustica (NaOH) ou pela potassa cáustica (KOH) formando o sal correspondente.
Os detergentes mais comuns são formados por moléculas de ácido sulfônico que reagindo com a soda
cáustica forma o sulfonato de sódio.
Estas moléculas são também chamadas de surfactantes (surface active agents) e possuem duas regiões
distintas: uma parte polar chamada de cabeça e uma parte apolar formada por hidrocarbonetos, chamada
de cauda. Quando em meio aquoso, estas moléculas interagem tanto com a água que é polar e com o ar
ou gorduras que são apolares.

Como se organizam em água?


Naturalmente, se colocarmos moléculas desta natureza na água, podemos imaginar que elas se sentirão
mais "confortáveis" se ficarem na superfície de maneira a satisfazer as suas características da seguinte
forma; uma parte imersa em contato com a água e outra parte direcionada para o ar. Deste modo, teremos
preferencialmente a formação de uma camada superficial de moléculas colocadas em fila única até cobrir
toda a superfície do recipiente.
Se a mistura for agitada ou se borbulharmos gás (ar) nesta mistura, bolhas serão formadas na superfície a
partir da organização molecular na forma de filmes finos, mostrado na figura ao lado.
Os sabões são feitos pela saponificação de gorduras e óleos. Qualquer reação de um éster com uma base
para produzir um álcool e o sal de ácido é chamada uma reação de saponificação. Um subproduto da
manufatura de sabões é a glicerina, da qual se pode obter a nitroglicerina, um poderoso explosivo.
Durante a I e II Guerras Mundiais, as donas de casa guardavam o excesso de óleo e gorduras de cozinha
e o devolviam para a recuperação da glicerina.

Os detergentes e o problema da poluição


Nos EUA é ilegal a comercialização de detergentes não-biodegradáveis. No começo da década de 60
enormes quantidades de detergentes que continham cadeias alquídicas ramificadas estavam sendo
usadas. Estes detergentes não eram degradados pelas bactérias e apareciam na descarga dos esgotos
nos rios, fazendo com que mesmo os grandes rios como o Mississipi se tornassem imensas bacias de
espumas.
Vários detergentes muito eficientes não espumam em água. Embora os trabalhos de laboratório tenham
mostrado que o grau de formação de espuma tem muito pouco a ver com a eficiência do detergente, as
donas-de-casa, geralmente, associam a espuma com a eficiência. Por isto, os fabricantes freqüentemente
adicionam agentes espumantes aos seus produtos.
Bolhas de sabão
Fazer bolhas de sabão e soltá-las no ar sempre constituiu, para as crianças, um brinquedo fascinante.
Poucos imaginariam, entretanto, que essas bolhas ajudariam os cientistas a demonstrar a existência das
forças de atração entre as moléculas.
Em um gás comprimido ou em um líquido, as moléculas estão muito próximas. Nestas condições, quando
elas se aproximam até quase se tocarem, desenvolvem-se entre elas forças atrativas que tendem a
mantê-las unidas.
A existência de tais forças se evidencia claramente por meio do estudo dos fenômenos de tensão
superficial. Toda molécula é fortemente atraída pela vizinha, ao menos pelas que estão mais próximas. As
mais afastadas, isto é, aquelas que distam mais de dois diâmetros médios moleculares, não exercem
sobre ela atração digna de nota.
Histórico
· O sabão não foi inventado com o objetivo de limpeza ou higiene
· A lã retirada das ovelhas vem com uma camada de gordura que atrapalha a aplicação de corantes. A
lavagem com potassa retira a gordura e permite o uso dos corantes.
· Somente começou a ser usado na Era Cristã
· Na Roma antiga, coletava-se urina devido ao teor de carbonato de amônia (detergente).
· Em Plínio aparece um relato do sabão feito a partir do sebo de cabras e cinza de madeira.
· O sabão é mencionado como detergente pela primeira vez no século II pelo médico Galeno.
· No século XIV aparecem os sindicatos de saboeiros em Augburgo, Praga, Vienna, Nuremberg e Ulmo,
ou seja, na Germânia.
· As primeiras informação técnicas e científicas sobre o sabão aparecem nos trabalhos do químico francês
Chevreul que, em 1824, isolou das gorduras os ácido graxos e a glicerina
Método de preparação antigo.
Aquecimento da gordura em uma solução alcalina.
Ca(OH)2(aq) + Na2CO3(aq) -----> 2NaOH + CaCO3(s)
[RCO]3[C3H5O3](s) + 3 NaOH(aq) -----> 3 RCOONa(aq) + C3H5(OH)3(aq)

Algumas formulações
Detergente
Ácido sulfônico ........................................ 6%
Lauril éter sulfato de sódio ......................... 1%
Amida ......................................................... 1%
Água ........................................................... 89%
Hidróxido de sódio 2:1 ............................... 1,5%
Cloreto de sódio – para espessura desejada
Sabonete líquido
Lauril éter sulfato de sódio ......................... 20%
Amida ......................................................... 2%
Água ........................................................... 77%
Cloreto de sódio ....................................... 1%
Perfume na quantidade desejada
Ácido cítrico para pH 6,5 – 7,0
Cloreto de sódio para viscosidade desejada
Desinfetante Pinho
Óleo de pinho ........................................ 5%
Renex ............................ ......................... 0,2%
Formol......................................................... 0,5%
Brancol ....................................................... 0,3%
Água ........................................................... 94%
Desinfetante Pinho
Óleo de eucalipto ........................................ 2%
Renex ............................ ............................... 0,15%
Formol........................................................... 0,5%
Brancol ....................................................... 0,25%
Água ........................................................... 97%
Locais para compra de material em Belo Horizonte
Empório das essências (31) 32723616 - 32723598
Sulfal Química 34813737
Mate-com-ex-xester 34440899
REI DAS ESSENCIAS LTDA
RUA TUPIS 85 LOJA 09 - B. HORIZONTE - MG FONE: (031) 3224-1516 E-MAIL
: reidasessencias@twi.com.br
Casa das essências
Rua: Tupis, 171 Loja 5 Bairro: Centro (31) 3273-2030
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24F: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
24. 2 - Reconhecer sabões e detergentes mais comuns
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
Habilidade:
24.2.2. Relacionar a ação de sabões com as propriedades dos grupos funcionais
presentes em suas estruturas considerando as interações intermoleculares.
Objetivos:
1. Reconhecer as matérias – primas de sabões, xampus e detergentes e as reações de saponificação.
2. Reconhecer estruturas de sabões e detergentes mais comuns e o mecanismo de sua ação.
Providências para a realização da atividade:
Preparar os materiais e reservar o laboratório.
Pré-requisitos:
É desejável que os alunos já tenham estudado ácidos e bases e iniciado a Química Orgânica. Caso isto
não tenha acontecido esta atividade poderá trazer os conceitos de acidez e basicidade
Descrição dos procedimentos:
Sabões: O que são? Como agem?
O sabão é um sal de sódio ou potássio obtido através da hidrólise alcalina de uma gordura. Esta reação é
chamada de saponificação.
A molécula do sabão consiste em uma longa cadeia de átomos de carbono e hidrogênio com átomos de
oxigênio e sódio em uma de suas extremidades. Uma molécula de sabão tem uma extremidade polar ( -
COO-Na+), e apolar, constituída por uma longa cadeia alquílica, normalmente com 12 a 18 átomos de
Carbono. A extremidade polar é solúvel em água e é chamada de hidrofílica (hidrofílica – que tem
afinidade com a água) . A parte apolar é insolúvel em água e é chamada de hidrofóbica (que tem aversão
por água e afinidade por óleos e gorduras).
Moléculas que possuem esse tipo de comportamento (extremidades apolares e polares) são denominadas
anfifílicas ou anfipáticas. São, também, suficientemente grandes para que cada extremidade apresente um
comportamento próprio relativo à solubilidade em diversos solventes.
Quando uma quantidade de sabão é agitada com água, forma-se um sistema coloidal contendo agregados
denominados micelas. Numa micela, as cadeias de carbono (lipofílicas) ficam voltadas para o centro e as
partes (hidrofílica) ficam em contato com a água.

Se o sabão é feito a partir de gordura, como pode ser utilizado para removê-la?
A lavagem com sabão, geralmente, é utilizada para remover a gordura e o óleo que constituem ou existem
na sujeira. A água não é capaz de dissolver as gorduras, por serem hidrofóbicas, as gotas de óleo, por
exemplo, em contato com água, tendem a aglutinar-se umas as outras, formando uma camada aquosa e
outra oleosa. A presença de sabão, entretanto, altera este sistema. As partes apolares das moléculas do
sabão dissolvem-se nas gotículas do óleo, ficando as extremidades de carboxilatos imersas na fase
aquosa circundante. A repulsão entre as cargas do mesmo sinal impede as gotículas de óleo de
coalescerem. Forma-se, então, uma emulsão estável de óleo em água que é facilmente removida da
superfície que se pretende limpar (por agitação, ação mecânica, etc.).
As donas de casa normalmente associam a eficiência de um detergente ou um sabão à quantidade de
espuma que os mesmos provocam.
O que você acha desta afirmativa?

Atividade 1
Testando algumas propriedades do sabão
Material e reagentes
Tubos de ensaio; suporte para tubos de ensaio; papel indicador.
Procedimento
1) Propriedades emulsificantes
Colocar 5 gotas de óleo mineral em um tubo de ensaio contendo 5 mL de água. Agitar. Anote o que você
observar.
Repita o mesmo teste, adicionando um pequeno pedaço de sabão antes de agitar. Compare com o
primeiro experimento.
2) Teste de alcalinidade
Usar o tubo do teste anterior, testando com papel indicador. Qual é o pH aproximado de sua solução?
Compare com o pH do tubo sem sabão.
Questões para discussão
1) Baseado nos resultados obtidos no primeiro teste tente explicar o mecanismo de ação dos sabões e
detergentes nos processos de limpeza.
2) Que características possuem as estruturas de sabão e detergentes sintéticos que os tornam capazes de
remover sujeiras, que não são removidas apenas com água. Para facilitar, faça um modelo que representa
uma molécula de sabão ou detergente.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS - APROFUNDAMENTO
IV:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24G: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas.
Habilidade: 24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
Objetivos:
- Reconhecer as matérias – primas de sabões, xampus e detergentes e as reações de saponificação
- Reconhecer estruturas de sabões e detergentes mais comuns e o mecanismo de sua ação
Providências para a realização da atividade:
Separar os texto e pedir para os alunos lerem em casa. A discussão é que vai enriquecer a atividade e
preparar os alunos para a próxima atividade.
Pré-requisitos:
Conhecimento sobre reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1 - Repórter por um dia
Entrevistando
Realizar esta entrevista com 6 pessoas com mais de 50 anos.
1) Você sempre utilizou xampu para lavar os seus cabelos?
2) Como você escolhe o seu xampu?
3) Você acredita que o xampu restaura os cabelos?
A entrevista tem como objetivo iniciar uma discussão sobre o que as pessoas pensam dos xampus. Ao
entrevistar pessoas com mais de 50 anos temos como objetivo mostrar que os xampus é algo recente na
nossa história. As questões 2 e 3 buscam levantar as crenças das pessoas sobre um material largamente
utilizado. As pessoas têm consciência do uso ou seguem apenas modismos?
Contextualizando o tema
A produção e oferta de produtos de limpeza têm aumentado de forma surpreendente. Apesar disto, o
acesso a esses produtos ainda é restrito a uma pequena parcela da sociedade. A indústria de produtos de
higiene e limpeza movimenta cifras consideráveis no Brasil e no mundo, sendo a necessidade da higiene a
principal força motriz deste amplo mercado.
A higiene é essencial para a saúde do ser humano. Nos últimos anos, podemos observar o avanço da
pobreza principalmente nos continentes da África, Ásia e América Latina, o que nos leva a crer que muitos
problemas enfrentados estão relacionados à qualidade de vida de suas populações. Milhares de pessoas
sofrem de determinadas doenças devido à falta de hábitos de higiene. Problemas como a falta de
planejamento das cidades, saneamento básico e coleta de lixo agravam ainda mais a situação.
Embora um bom banho diário possa parecer algo corriqueiro, indispensável e habitual, muitas pessoas
não tomam sequer um banho por dia, enquanto outras tomam de 3 a 4 com sais, essências e espumas.
A má divisão social não é mais segredo e está sendo enfatizada em todo o mundo. Para uma minoria da
população que retém grande parte do dinheiro movimentado, a indústria de cosméticos desenvolveu um
verdadeiro arsenal da beleza e da juventude eterna.
Inúmeras variações de xampus e sabonetes são encontradas nas prateleiras das lojas, um produto para
cada tipo de cabelo, cor, ondulação, volume, etc. Encontramos até xampu 2 em 1: condicionador e xampu
em um mesmo produto. Será que isto é possível? O mesmo produto limpa e hidrata os cabelos ao mesmo
tempo? Como será que um xampu assim funciona?
Glicerinados, aromatizados, líquidos, para bebês, com pH neutro ou ácido, branco, rosa, azul, verde, com
mel e aveia, com hidratante ou óleo de amêndoas. Estas são algumas variações, das infinitas, que
podemos escolher ao comprar um sabonete ou xampu.
Os produtos de limpeza também existem em grande variedade. E o que seria de nós se estes produtos
não existissem para nos ajudar a lavar roupas, limpar a casa?
Vamos, portanto mergulhar no mundo de produtos de limpeza e sabermos mais sobre eles.
Histórico
Parece-nos impossível estudar sobre xampus sem nos recordarmos dos sabões.
Você tem idéia de como se lavava as roupas há muitos séculos atrás?
Este seria um método adequado para limparmos o nosso corpo?
Vamos saber um pouco sobre essa história?
Os fenícios, 600 A.C., utilizavam a terra argilosa contendo calcário ou cinzas de madeira, obtendo um
produto pastoso. O historiador romano Plínio, o Velho (23-79 d.C.), descreve a fabricação do sabão duro e
do sabão mole, no século I, mas foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido
em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria. Ele relata que povos mais antigos do que
os fenícios já sabiam que a adição de cinzas vegetais à água facilitava o processo de lavagem das roupas.
Segundo este mesmo historiador, os fenícios também preparavam um material a partir do aquecimento de
uma mistura de sebo de carneiro e cinzas de plantas. É provável que este tenha sido o primeiro sabão de
que se tem notícia. Imaginem o cheiro! Sebo de carneiro derretido! Apesar de tudo, este sabão cumpria o
seu papel de agente de limpeza de sujeiras e gorduras.
Qual a utilidade das cinzas no sabão?
Atualmente, continuamos utilizando cinzas para fabricar sabão?
Para nossa felicidade, o sebo de carneiro e as cinzas não são os únicos materiais utilizados na fabricação
do sabão. Atualmente, são utilizados óleo de coco e o de palma.
Só no século IV, o sabão chegou a Roma, sendo utilizado, inicialmente, apenas para lavar os cabelos. O
sabão sólido só apareceu no século XIII, quando os árabes descobriram o processo de saponificação -
mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica que, depois de fervida endurece. Os espanhóis,
tendo aprendido a lição com os árabes, acrescentaram-lhe óleo de oliva, para dar ao sabão um cheiro
mais suave. Nos séculos XV e XVI, enfim, várias cidades européias tornaram-se centros produtores de
sabão - entre elas, Marselha, na França, e Savona, na Itália.
O sabão era um produto caro e, portanto, usado apenas por pessoas de maior poder econômico. Em
1792, o químico francês Nicolas Leblanc (1742 - 1806) conseguiu obter soda cáustica do sal de cozinha, e,
pouco depois, criou-se o processo de saponificação das gorduras, o que gerou um grande avanço na
produção de sabão.
Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura de gordura e álcali; um
químico francês, Chevreul, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química. Nesta
época, Domeier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina obtida nas reações de saponificação.
Até a descoberta importante de Leblanc, com a produção da barrilha (Na2CO3 - Carbonato de sódio) a
custo baixo, a partir do cloreto de sódio, o álcali necessário à saponificação era obtido pela lixiviação bruta
de cinzas de madeira, ou pela evaporação das águas alcalinas naturais como, por exemplo, a do Rio Nilo.
Durante cerca de 2000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente
inalterados. Envolviam a saponificação dos óleos e gorduras, mediante um álcali, seguida pela salga, para
separar o sabão.
Além de suas propriedades de limpeza, os sabões podem ser considerados não tóxicos, derivam de
recursos naturais renováveis (gorduras animais e óleos vegetais), são facilmente biodegradáveis e matam
algumas bactérias, sendo denominados de bactericidas.

Pesquise e explique o que significa a palavra biodegradável.


Sabonete
Em 1878, Harley Procter decidiu que a fábrica de vela e sabão fundada pelo seu pai deveria produzir um
sabão novo, branco, cremoso e delicadamente perfumado para competir com os mais finos sabões
corrosivos importados daquela época.
Como fornecedores de sabão para o exército federal durante a guerra civil, a empresa era apropriada para
enfrentar tal desafio. O primo de Procter, o químico James Gamble, logo chegou à fórmula desejada.
Chamado simplesmente de "sabão branco", ele produzia uma rica espuma, mesmo em contato com a
água fria, e tinha uma consistência homogênea e suave.
Certo dia, um trabalhador da fábrica que examinava os tanques de sabão parou para almoçar,
esquecendo-se da máquina misturadora principal. Ao voltar, descobriu que havia sido injetado ar demais
na solução do sabão. Em vez de jogar a substância fora, ele despejou-a em fôrmas de endurecimento e
corte. Pedaços do primeiro sabão cheio de ar foram entregues às lojas da região. Os consumidores
adoraram. A fábrica ficou abarrotada de cartas solicitando mais daquele extraordinário sabão que não
ficava perdido dentro da água escurecida porque flutuava. Ao perceber que se beneficiaram com o mero
acidente, Harley Procter e James Gamble pediram que, a partir de então fosse dada uma injeção extra de
ar em todo sabonete. Os primeiros pedaços do "sabão mármore", como foi batizado o novo produto,
apareceram em Outubro de 1879, no mesmo mês em que Thomas Edison testou com sucesso a lâmpada
elétrica. Harley Procter previu que a luz elétrica poderia acabar de vez com seu lucrativo negócio de velas,
e, assim, decidiu promover seu sabonete.
Detergentes
O que é um detergente?
Detergente vem do Latim détergére, significando limpar. Um detergente é algo que limpa, especialmente
remove óleos e sujeiras gordurosas. Sabões são tipos de detergentes. É a propriedade de eliminação do
poder de aderência, como princípio mecânico, para limpeza, que se chama poder detergente. O sabão
atua como um corpo viscoso que se interpõe entre as matérias a eliminar e o tecido e, pela emulsão
produzida com as mesmas matérias, as elimina.
Enquanto os sabões apresentam basicamente a mesma composição - sais de sódio ou de potássio de
diversos ácidos graxos -, os detergentes são misturas bastante complicadas de várias substâncias, cada
qual com uma função específica durante a limpeza.
Possíveis dificuldades:
Esta é uma atividade teórica. O professor deve tomar cuidado para que os alunos não se dispersem nas
discussões.
Alerta para riscos:
Não há.
Glossário:
Emulsão: do Lat. emulsione a emulsu a emulgerea ordenhar. Dispersão coloidal na qual pequenas gotas
de um líquido são dispersas num outro, por exemplo, um óleo em água ou vice-versa;
Ácidos graxos: Ácidos orgânicos de cadeia longa.
Salga: Ato de salgar
Biodegradáveis: que pode ser decomposto pelos microrganismos usuais no meio ambiente.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO


4:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24B: Principais grupos de substâncias orgânicas
Habilidades: 24.2. Reconhecer sabões e detergentes mais comuns.
24.2.1. Identificar as fórmulas estruturais de sabões e detergentes mais comuns.
24.2.2. Relacionar a ação de sabões com as propriedades dos grupos funcionais
presentes em suas estruturas considerando as interações intermoleculares.

Por que ensinar


Uma das idéias que fundamentam esse tópico é a ênfase na relação entre o cotidiano dos alunos e os
conceitos trabalhados em sala de aula. Por isso destacamos o quanto é importante o professor construir
um elo entre abordagem de conteúdo e conceitos químicos e o cotidiano dos alunos.
Fazer sabão é parte de uma cultura milenar. Talvez por isso, quando se inicia uma aula falando sobre o
assunto, percebe-se o interesse dos alunos em compreender por meio da química as tradicionais receitas
de sabão ensinadas por suas avós. O uso de sabão é um hábito essencial para a higiene das pessoas.
Condições prévias para ensinar
Antes de iniciar a atividade é importante que o professor discuta sobre os reagentes que serão usados,
qual a função de cada um e os cuidados que se deve ter ao lidar com, por exemplo, o hidróxido de sódio
(conhecido comercialmente como soda cáustica).
O que ensinar
1. É importante salientar como a estrutura dos sabões permite que eles atuem na limpeza, na interação
simultânea com substâncias polares e apolares.
2. Explicar o que é saponificação.
3. Discutir porque os antigos usavam cinzas ao invés de soda para fabricar sabão.
4. Esclarecer a função do óleo e da gordura no preparo.
Como ensinar
No site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV nos roteiros de atividades
existem várias sugestões sobre como abordar o tema na sala de aula.

Baixe o módulo original


em PDF

EIXO TEMÁTICO MATERIAIS – APROFUNDAMENTO


4:
Tema 9: Substâncias orgânicas
Tópico 24C: Materiais: Principais grupos de substâncias orgânicas
Habilidades: 24.3. Reconhecer polímeros mais comuns
24.3.1. Reconhecer as fórmulas estruturais de alguns polímeros mais comuns.
24.3.2. Identificar o uso de alguns polímeros como: celulose, polietileno,
poliestireno, PVC, náilon e borrachas.

Por que ensinar


Aceita-se hoje que a vida biológica, desde os vírus até seres mais complexos, não prescindem de
macromoléculas, polímeros formados da junção de unidades – monômeros. Esse processo chama-se
polimerização. Proteínas, polissacarídeos, certas resinas, borrachas são denominados polímeros naturais.
Nossos descendentes, no futuro, talvez se refiram à nossa época como sendo a era dos plásticos. Embora
o primeiro polímero sintético só tenha sido obtido em 1907, os plásticos são presentes em nosso cotidiano.
Muitos utensílios domésticos, automóveis, embalagens e até mesmo roupas, são feitas com polímeros.
Seria possível a vida humana, mantendo os atuais padrões de conforto, sem os plásticos?
É importante que os alunos não só aprendam a Química dos polímeros, mas também a questão ambiental
que envolve o uso exagerado destes materiais.
Condições prévias para ensinar
Para iniciar o estudo de polímeros, é desejável que o aluno já tenha conhecimento prévio de funções
orgânicas (Hidrocarbonetos, amida e éster principalmente), e interações inter e intramoleculares.
O que ensinar
· Conceito de polímeros.
· Reação de formação de polímeros.
· Estrutura Molecular dos Polímeros
· Propriedades de polímeros
· Ação dos polímeros no ambiente

Sugestões de leituras para os professores


1. Plástico: bem supérfluo ou mal necessário? CANTO, E. L. São Paulo: Moderna, 1996. 88 p. (Coleção
Polêmica)

2. Estudando os plásticos - relatos de sala de aula: Tratamento de problemas autênticos no ensino de


química. Maria Emília Caixeta de Castro Lima / Nilma Soares da Silva – Química Nova na Escola, N. 5,
Maio, 1997.
3. Polímeros Sintéticos: Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola - Edição especial – Maio,
2001.

Sites para consulta:


http://qnesc.sbq.org.br/online
http://www.qmc.ufsc.br/quimica/index.html.
Como ensinar
O professor pode utilizar reportagens e textos sobre polímeros e realizar discussões ou apresentações na
sala de aula.
O desenvolvimento de atividades com apresentação de recursos audiovisuais com animação, com o
propósito de ilustrar as reações e as estruturas dos polímeros, pode ser muito útil para facilitar o
entendimento do tema.
O uso de modelos apropriados para que o aluno entenda a química no nível microscópico também é um
recurso interessante a ser utilizado pelo professor.
O capítulo 11 do livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração,
2005. Desenvolve o tema de forma bastante interessante.
Para o professor sugerimos a leitura do texto: CURI, D. Polímeros e Interações Intermoleculares da
Revista n. 23 da Química nova na escola disponível no site http://www.sbq.org.br
O conceito de interações intermoleculares - interações de van der Waals, interação dipolo-dipolo, ligação
de hidrogênio, interação molécula-íon - é um conceito importante, pois grande parte das aplicações que
fazemos de determinados materiais que utilizamos são derivadas dessas interações. O presente artigo
mostra uma possibilidade de se trabalhar esses conceitos através de experimentos simples, empregando-
se materiais poliméricos como papel, sacola plástica, gel para plantas e fraldas descartáveis.
Como avaliar
Pode-se avaliar a participação dos alunos nas aulas práticas e expositivas. Leitura e interpretação dos
textos.
O professor pode desenvolver projetos com a turma como - Investigando as embalagens: de onde vêm e
para onde vão?
EIXO TEMÁTICO MODELOS - APROFUNDAMENTO
5:
Tema10: Constituição e organização das substâncias
Tópico 25: Modelos: Ligação metálica
Habilidades: 25.1. Caracterizar o modelo da ligação metálica.
25.1.1. Identificar substâncias metálicas caracterizando o tipo de ligação entre os
átomos.
25.1.2. Explicar as ligações metálicas por meio de modelo.
25.1.3. Fazer previsões do modelo de ligação metálica entre elementos para formar
substâncias, a partir da descrição das características atômicas desses elementos.
25.2. Compreender a relação entre as propriedades dos metais e o modelo de
ligação.
25.2.1. Propor explicações sobre as propriedades físicas (temperatura de fusão,
temperatura de ebulição, densidade, condutibilidade) dos metais a partir do modelo
de ligação entre os átomos.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
O homem observou que a variedade de substâncias existentes e suas
propriedades devem-se às diferentes formas de associação entre os átomos denominadas ligações
químicas.
As ligações químicas surgem da necessidade de os elementos adquirirem estabilidade. Para isso, os
átomos precisam ligar-se uns aos outros, perdendo, ganhando ou compartilhando elétrons.
Átomos de metais unem-se para formar substâncias simples que também podem sofrer transformações: é
o caso dos objetos de prata que ficam enegrecidos quando expostos ao ar.
A descoberta, o tratamento, as transformações e a utilização dos metais sempre influenciaram o modo de
vida e o desenvolvimento das sociedades. Para avaliar a importância da influência dos metais na
civilização humana, basta recordar que alguns períodos da nossa Pré-história são caracterizados pelo uso
que se fazia dos metais: Idade do Bronze e Idade do Ferro.
A análise dos variados tipos de objetos fabricados com metais e ligas metálicas é um dos meios de se
identificar o grau de desenvolvimento de uma civilização.
Condições prévias para ensinar
Tabela periódica e Modelos atômicos.
O que ensinar
· Modelo de ligações metálicas.
· Relação entre o modelo e as propriedades dos metais.
Como ensinar
1. O módulo 1 – partes I e II - Metais: características, transformações e reciclagem disponível site
da Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme
orientações do CBC.
2. PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005. Capítulo 23
da Unidade 8.
3. REIS, M. Completamente Química. Química geral. São Paulo: FTD, 2001. Página 423 apresenta a
história dos metais e na 426 apresenta uma tabela com uma série de ligas metálicas indicando a
constituição e as aplicações.
4. O professor pode pedir para cada aluno levar um tipo de metal conhecido e escrever suas
propriedades num cartaz e colocar na sala de aula de forma que todos possam sempre ler os cartazes.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS- APROFUNDAMENTO
V:
Tema 10: Constituição e organização das substâncias
Tópico 25: Modelos: Ligação metálica
25.1. Caracterizar o modelo da ligação metálica.
25.1.1. Identificar substâncias metálicas caracterizando o tipo de ligação entre os
átomos.
25.1.2. Explicar as ligações metálicas por meio de modelo.
25.1.3. Fazer previsões do modelo de ligação metálica entre elementos para formar
Habilidade: substâncias, a partir da descrição das características atômicas desses elementos.
25.2. Compreender a relação entre as propriedades dos metais e o modelo de
ligação.
25.2.1. Propor explicações sobre as propriedades físicas (temperatura de fusão,
temperatura de ebulição, densidade, condutibilidade) dos metais a partir do modelo
de ligação entre os átomos.
Objetivos:
Resolver algumas questões de vestibular
Providências para a realização da atividade:
Imprimir o material.
Pré-requisitos:
Propriedades dos materiais.
Ligações interatômicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Resolução de questões
1) (UFMG/2004) Nas figuras I e II, estão representados dois sólidos cristalinos, sem defeitos, que exibem
dois tipos diferentes de ligação química:
Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que
A) a Figura II corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
B) a Figura I corresponde a um sólido condutor de eletricidade.
C) a Figura I corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante
elétrico.
D) a Figura II corresponde a um material que, no estado líquido, é um isolante
elétrico.
2) (UFMG/2005) Este quadro apresenta as temperaturas de fusão e de ebulição das substâncias Cl2, ICl e
I2 :

Considerando-se essas substâncias e suas propriedades, é CORRETO afirmar que,


A) no ICl , as interações intermoleculares são mais fortes que no I2 .
B) a 25 oC, o Cl2 é gasoso, o ICl é líquido e o I2 é sólido.
C) na molécula do ICl , a nuvem eletrônica está mais deslocada para o átomo de cloro.
D) no ICl, as interações intermoleculares são, exclusivamente, do tipo dipolo instantâneo – dipolo induzido.

3) (UFMG/2006) Analise este quadro, em que está apresentada a temperatura de ebulição de quatro
substâncias:

Considerando-se os dados desse quadro, é CORRETO afirmar que, à medida que a cadeia carbônica
aumenta, se tornam mais fortes as
A) ligações covalentes.
B) interações dipolo instantâneo - dipolo induzido.
C) ligações de hidrogênio.
D) interações dipolo permanente - dipolo permanente.

4) (UFMG/2007) Algumas propriedades físicas são características do conjunto das moléculas de uma
substância, enquanto outras são atributos intrínsecos a moléculas individuais.
Assim sendo, é CORRETO afirmar que uma propriedade intrínseca de uma molécula de água é a
A) densidade.
B) polaridade.
C) pressão de vapor.
D) temperatura de ebulição.

5) (UFMG/2007) Analise este gráfico, em que está representada a variação da temperatura de fusão e da
temperatura de ebulição em função da massa molar para F2, Cl2, Br2 e I2, a 1 atm de pressão:
Considerando-se as informações contidas nesse gráfico e outros conhecimentos
sobre o assunto, é CORRETO afirmar que
A) a temperatura de fusão das quatro substâncias está indicada na curva 1.
B) as interações intermoleculares no Cl
2 são dipolo permanente-dipolo permanente.
C) as interações intermoleculares no F2 são menos intensas que no I2.
D) o Br2 se apresenta no estado físico gasoso quando a temperatura é de 25ºC.

6) (UFMG/2006) À temperatura de 25 oC e pressão de 1 atm, as substâncias amônia, NH3, dióxido de


carbono, CO2, e hélio, He, são gases.
Considerando-se as características de cada uma dessas substâncias, assinale a alternativa em que a
apresentação dos três gases, segundo a ordem crescente de sua solubilidade em água líquida,
está CORRETA.
A) CO2 / He / NH3
B) CO2 / NH3 / He
C) He / CO2 / NH3
D) He / NH3 / CO2

7) As formulas Fe, KF e F2 representam, respectivamente, substâncias com ligações químicas dos tipos:
A) metálica, covalente e iônica.
B) iônica, metálica e metálica.
C) covalente, metálica e metálica.
D) metálica, iônica e covalente.

8) O aço comum é uma liga de


A) Zinco e cobre.
B) Ferro e carbono.
C) Carbono e zinco.
D) Chumbo e alumínio.

9) Entre as substâncias simples constituídas por átomos de S, As, Cd e I qual será a melhor condutora de
eletricidade?
A) enxofre. B) arsênio. C) Cádmio. D) Iodo.

10) Considere as seguintes substâncias: oxigênio (O2), Platina (Pt), cloreto de sódio (NaCl), cloreto de
hidrogênio (HCl), óxido de sódio (Na2O), Zinco (Zn), grafite (C), diamante (C), amônia (NH3).
Sobre elas respondam as questões:
a) Quais são iônicas?
b) Quais são moleculares?
c) Quais são metálicas?
d) Quais são covalentes?
e) Quais são sólidas na temperatura ambiente?
f) Quais delas conduzem corrente elétrica no estado sólida?
g) Quais delas não conduzem corrente elétrica no estado sólido e nem dissolvido em água?
h) Quais delas são gasosas na temperatura ambiente?
i) Quais delas não conduzem corrente elétrica no estado sólido, mas conduzem no estado líquido ou
dissolvidas na água?
EIXO TEMÁTICO MODELOS – APROFUNDAMENTO
5:
Tema 10: Constituição e organização das substâncias
Baixe o módulo original
em PDF

Tópico 26: Modelos: Ligação iônica


Habilidades: 26.1. Caracterizar o modelo da ligação iônica.
26.1.1. Identificar substâncias iônicas caracterizando o tipo de ligação entre as
espécies químicas (íons).
26.1.2. Explicar a ligação iônica por meio de modelo.
26.2. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos iônicos e o modelo
de ligação.
26.2.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a solubilidade de alguns sólidos
iônicos em água, relacionando o modelo e as propriedades.
26.3. Reconhecer diferentes formas de agregação entre íons.
26.3.1. Reconhecer que há diferentes formas de agregação entre íons que
constituem redes cristalográficas diferentes.
26.4. Fazer previsões sobre a presença de íons em solução.
26.4.1. Diferenciar, por meio de experimentos de condutibilidade em solução
aquosa, substâncias iônicas de não iônicas.

Por que ensinar


Os modelos de ligações químicas permitem explicar as propriedades dos materiais. É pela combinação
dos átomos dos elementos químicos em diferentes proporções, que se forma a grande quantidade de
minerais da crosta terrestre. A combinação de átomos de cerca de noventa elementos químicos permite
formar milhares de substâncias. Como esses átomos se unem? O que os mantém juntos, ou seja, o que
garante a estabilidade da união entre eles? O estudo das ligações químicas permite responder estas
questões.
Condições prévias para ensinar
Conhecimento da tabela periódica e do modelo atômico atual.
O que ensinar
É importante discutir a formação das ligações químicas tendo como base a idéia de que a ligação química
é resultado do abaixamento de energia do sistema e não enfatizar a regra do octeto.
· Íons e condução de eletricidade.
· Fórmulas de alguns cloretos, carbonatos, nitratos e sulfatos a partir da atração entre os íons.
· Experimentos sobre condução de eletricidade.
· Identificar as substâncias iônicas por meio de fórmulas e propriedades das substâncias.
· O modelo de ligação iônica.
· Associar as propriedades físicas dos compostos iônicos com o modelo de ligação iônica.
Como ensinar
1. O módulo didático 12, modelo de ligações químicas e interações intermoleculares, parte I, disponível
no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo
conforme orientações do CBC.
2. Capítulo 8 do livro: PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova
Geração, 2005.
3. Capítulo 9 do livro: Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003.
4. Realizar alguns experimentos simples com materiais como açúcar, sal de cozinha, grafite, ferro,
alumínio, iodeto de potássio para mostrar a diferença de propriedades entre os compostos iônicos e outros
compostos
Para o professor sugerimos a leitura dos seguintes textos da revista Química Nova na escola disponível no
site http://www.sbq.org.br
Revista n. 3
Mortimer, E. F. O Significado das fórmulas químicas. Neste número vamos discutir o significado de se
atribuir fórmulas às substâncias - tomando como exemplo a água -, procurando apontar as possibilidades
e limites dos modelos de estrutura molecular.
Revista n.6
Toma, H. E. Ligação Química: abordagem clássica ou quântica
Este artigo procura ressaltar que os modelos de ligação química não são absolutos; ao contrário, são
construções de uma outra ordem de realidade - a realidade do mundo infinitamente pequeno - que só
podemos compreender com o uso de teorias que se modificam com o desenvolvimento da ciência. A partir
das teorias analisadas, podemos refletir sobre qual modelo de ligação devemos ensinar a nossos alunos
no nível médio, de modo que seja compatível com o modelo atômico adotado e com as explicações que
pretendemos desenvolver a partir desses modelos.
Revista n. 7
Justi, R. da S. A afinidade entre as substâncias pode explicar as reações químicas? Este artigo busca
verificar como as concepções prévias hoje mostradas pelas alunas e pelos alunos a respeito de por que
ocorrem reações químicas estão presentes na história do desenvolvimento de um importante conceito: a
afinidade. Temos, numa história que começa há mais de 2500 anos A.P. (antes do tempo presente),
informações para entender um pouco mais a ciência, e em particular a estrutura da matéria. Como as
idéias acerca do conceito de afinidade nem sempre estiveram muito claras, sempre existiram muitas
interrogações para os químicos, traduzidas em diferentes contextos. Charles Darwin, na Origem das
espécies (edição de 1875, p. 63), em busca de metáforas usou a afinidade seletiva dos elementos
químicos para explicar a seleção natural.
Revista n. 24
Fernandez, C. e Marcondes, M. E. R. Concepção dos Estudantes sobre Ligação Química
As dificuldades conceituais que alunos apresentam sobre o tema “ligações químicas” são atribuídas a
problemas mais básicos, como a compreensão da natureza de átomos e moléculas. Este artigo apresenta
uma revisão da literatura a respeito das concepções dos estudantes sobre esse tema, com o intuito de
alertar os professores sobre quais são as idéias mais comuns que surgem quando do estudo desse tópico.
Sabendo de antemão quais serão as dificuldades, fica mais fácil a proposição de metodologias específicas
para tentar superá-las.
EIXO TEMÁTICO
MODELOS - APROFUNDAMENTO
V:
Tema 10: Constituição e organização das substâncias

Tópico 26: Modelos: Ligação iônica

26.1. Caracterizar o modelo da ligação iônica.


26.1.1. Identificar substâncias iônicas caracterizando o tipo de ligação entre as
espécies químicas (íons).
26.1.2. Explicar a ligação iônica por meio de modelo.
26.2. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos iônicos e o modelo
de ligação.
26.2.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a solubilidade de alguns sólidos
Habilidade:
iônicos em água, relacionando o modelo e as propriedades.
26.3. Reconhecer diferentes formas de agregação entre íons.
26.3.1. Reconhecer que há diferentes formas de agregação entre íons que
constituem redes cristalográficas diferentes.
26.4. Fazer previsões sobre a presença de íons em solução
6.4.1. Diferenciar, por meio de experimentos de condutibilidade em solução aquosa,
substâncias iônicas de não iônicas.
Objetivos:
Resolver algumas questões de vestibular.
Providências para a realização da atividade:
Pré-requisitos:
Propriedades dos materiais.
Ligações interatômicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Resolução de questões
1. (FEI) Qual o tipo de interação que se manifesta:
a) entre moléculas NH3(l )?
b) entre moléculas CH4(l )?

2. (FEI) Qual o tipo de ligação responsável pelas atrações intermoleculares nos líquidos e sólidos
constituídos de moléculas apolares?

3. (ABC) Entre as moléculas abaixo, a que forma ligações de hidrogênio entre suas moléculas é:
a) CH4
b) CH3 - CH2 - OH
c) CH3 - O - CH3
d) C2H6

4. (UFU) Identifique a substância que deve possuir maior temperatura de ebulição, entre as apresentadas
abaixo:
a) Cl2
b) C2H6
c) H3C - CH2 - CH2 - COOH
d) H2C = CH- CH3

5. (PUC) As ligações de hidrogênio aparecem


a) quando o hidrogênio está ligado a um elemento muito eletropositivo.
b) quando o hidrogênio está ligado a um elemento muito eletronegativo.
c) em todos os compostos hidrogenados.
d) somente em compostos inorgânicos.

6. (UFMG) As posições dos elementos na tabela periódica permitem prever as fórmulas de substâncias
que contêm esses elementos e os modelos de ligação apropriados a essas substâncias. Considerando os
elementos C, O, F, Si e Cl, assinale a alternativa que associa corretamente um tipo de ligação e um
exemplo adequado desse tipo de substância.
a) iônica/ CF4 b) iônica/ Cl2O c) metálica/ Si d) covalente/ CI e) covalente/SiCl4
7. Osec-SP) Os elementos N e Cl podem combinar-se formando a substância: a) NCl, covalente b)
NCl2, iônica c) NCl2, covalente d) NCl3, iônica e) NCl3, covalente.

8.Dadas as substâncias, H2, HF, HCl, HBr e HI, responda:


a) Qual delas apresenta maior diferença de eletronegatividade entre os átomos?
b) Em qual (is) há ligação covalente apolar?
c) Em qual (is) há ligação covalente polar?
d) Em qual (is) há ligação iônica?

9. Coloque as substâncias, HCl, Cl2 e KCl, abaixo em ordem crescente de temperatura de ebulição e
justifique sua resposta.

10. O iodo, I2, é um sólido castanho na temperatura ambiente. Para dissolver este sólido temos água e
tetracloreto de carbono, CCl4. Qual desses solventes é o mais adequado para a dissolução do iodo?
Justifique sua resposta.
EIXO TEMÁTICO MODELOS – APROFUNDAMENTO
5:
Tema 10: Constituição e organização das substâncias
Tópico 27: Modelos: Ligação covalente
Habilidades: 27.1. Caracterizar o modelo da ligação covalente.
27.1.1. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os
átomos de sólidos covalentes.
27.2. Identificar átomos que formam ligações covalentes.
27.2.1. Compreender que em um sólido covalente não há formação de moléculas.
27.3. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos covalentes e o
modelo de ligação.
27.3.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a insolubilidade de compostos
covalentes, relacionando o modelo e as propriedades.
27.4. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os
Baixe o módulo original
em PDF

átomos de substâncias moleculares.


27.4.1. Usar o gráfico com o poço de potencial para explicar a formação de uma
ligação covalente.
27.4.2. Compreender a relação entre as propriedades de substâncias moleculares e
o modelo.
27.5. Conceituar ligações covalentes polares e apolares.
27.5.1. Reconhecer substâncias polares e apolares mais comuns, compreendendo,
de forma geral, os modelos explicativos para a ocorrência de tais substâncias.

Por que ensinar


As substâncias são formadas por agrupamentos de átomos. Cada agrupamento diferente resulta em
propriedades distintas. Algumas substâncias distintas apresentam propriedade se semelhantes. A
semelhança entre estas substâncias pode ser explicadas pela teoria das ligações químicas.
Na natureza as substâncias buscam um estado de menor energia. Toda vez que forma uma ligação
química, a energia do sistema diminui
Condições prévias para ensinar
O conceito de ligações químicas, diferença entre ligações químicas.
O que ensinar
· Modelo da ligação covalente entre átomos de sólidos covalentes.
· Propriedades dos sólidos covalentes.
· Modelo de ligação covalente entre átomos de substâncias moleculares.
· Gráfico de energia potencial versus distância entre os átomos para explicar a formação da ligação
covalente.
· Diferença ente substâncias polares e apolares.
· Gráfico com o poço potencial para explicar a formação da ligação covalente.
Como ensinar
1. MORTIMER, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros. São Paulo:
Scipione, 2003. Capítulo 9.
2. Enfatizar as elevadas temperaturas de ebulição dos compostos covalentes com o modelo de ligação
covalente
EIXO TEMÁTICO
MODELOS - APROFUNDAMENTO
V:
Tema 10: Constituição e organização das substâncias
Tópico 27: Modelos: Ligação covalente
27.1. Caracterizar o modelo da ligação covalente.
27.1.1. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os
átomos de sólidos covalentes.
27.2. Identificar átomos que formam ligações covalentes.
27.2.1. Compreender que em um sólido covalente não há formação de moléculas.
27.3. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos covalentes e o
Habilidade: modelo de ligação.
27.3.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a insolubilidade de compostos
covalentes, relacionando o modelo e as propriedades.
27.4. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os
átomos de substâncias moleculares.
27.4.1. Usar o gráfico com o poço de potencial para explicar a formação de uma
ligação covalente.
27.4.2. Compreender a relação entre as propriedades de substâncias moleculares e
o modelo.
27.5. Conceituar ligações covalentes polares e apolares.
27.5.1. Reconhecer substâncias polares e apolares mais comuns, compreendendo,
de forma geral, os modelos explicativos para a ocorrência de tais substâncias.
Objetivos:
Resolver algumas questões de vestibular.
Providências para a realização da atividade:
Pré-requisitos:
Propriedades dos materiais.
Ligações interatômicas.
Descrição dos procedimentos:
Título: Resolução de questões
1. Considere um mecânico com as mãos sujas de graxa. Qual o melhor solvente para a remoção dessa
graxa?
a) Água. b) gasolina. c) álcool. d) vinagre.
2. Qual das substâncias gasosas, O2, O3, N2, CO2 e HCl, dissolve melhor na água? Justifique sua resposta
3. As propriedades físicas de uma substância, como fase de agregação, temperatura de fusão e ebulição,
solubilidade em água, condução de corrente elétrica, dureza e tenacidade estão diretamente relacionadas
ao tipo de ligação estabelecida entre os átomos que constituem a substância a substância. Explique de um
modo geral como as substâncias iônicas, moleculares, covalentes e metálicas se comportam em relação a
essas propriedades.
4. Defina as propriedades dos metais relacionadas nos itens a seguir e explique como essas propriedades
podem ser justificadas utilizando o modelo de ligação metálica.
a) Condutividade elétrica.
b) Temperatura de fusão elevada.
5. Considere três substâncias CH4, NH3 e H2O e três temperaturas de ebulição: 373K, 112K e 240K.
Levando-se em conta a estrutura e a polaridade das moléculas destas substâncias, pede-se:
a) Correlacionar as temperaturas de ebulição às substâncias.
b) Justificar a correlação que você estabeleceu.
6. Uma das propriedades que determina maior ou menor concentração de uma vitamina na urina é a sua
solubilidade em água.

Justifique.
b) Dê uma justificativa para o ponto de fusão da vitamina C ser superior ao da vitamina A.
7. Têm-se os seguintes pares de substâncias:
I - n-octano e tetracloreto de carbono,
II - água e benzeno,
III - cloreto de hidrogênio gasoso e água.
a) Quais desses três pares formam misturas homogêneas?
b) Explique, em termos de interações entre moléculas, por que os pares indicados formam misturas
homogêneas.
8. Na coluna I estão relacionadas substâncias químicas e, na coluna II, suas características.
Associe a coluna II com a coluna I.
COLUNA I
1. amônia
2. clorofórmio
3. dióxido de carbono
4. ouro
5. brometo de potássio
COLUNA II
( ) sólido que apresenta força de natureza eletrostática entre os seus íons.
( ) gás na temperatura ambiente formado por moléculas apolares.
( ) gás que quando liqüefeito apresenta interações por pontes de hidrogênio.
( ) líquido na temperatura ambiente formado por moléculas que se orientam sob a influência de um
campo elétrico externo.
( ) bom condutor de calor tanto no estado sólido como quando fundido.
9. A condutibilidade elétrica do cobre pode ser explicada pelo fato de
a) ser sólido a temperatura ambiente (25°C).
b) ocorrer ruptura das suas ligações iônicas.
d) existirem prótons livres entre seus átomos.
d) existirem elétrons livres entre seus cátions.
10. Considere as propriedades:
I. elevado ponto de fusão
II. brilho metálico
III. boa condutividade elétrica no estado sólido
IV. boa condutividade elétrica em solução aquosa
Quais dessas propriedades são de compostos iônicos?

Baixe o módulo original


em PDF

IXO TEMÁTICO 5: MODELOS – APROFUNDAMENTO


Tema 10: Constituição e organização das substâncias
Tópico 28: Modelos: Interações intermoleculares
Habilidades: 28.1. Compreender modelos de interações intermoleculares.
28.1.1. Caracterizar as interações intermoleculares (dipolo permanente-dipolo
permanente, dipolo instantâneo – dipolo induzido, ligação de hidrogênio).
28.1.2. Compreender as características do modelo de interações intermoleculares.
28.1.3. Identificar a relatividade da intensidade das interações nas substâncias
moleculares.
28.2. Explicar o fenômeno da solubilidade para substâncias moleculares.
28.2.1. Compreender a relação entre o fenômeno da solubilidade e os modelos
explicativos.
28.2.2. Sugerir explicações sobre a solubilidade das substâncias moleculares em
água e em outros solventes familiares.
28.3. Relacionar o modelo de interações intermoleculares com propriedades e
transformações envolvendo substâncias moleculares.
28.3.1. Explicar a solubilidade das substâncias moleculares em solventes polares e
apolares.
28.3.2. Explicar os valores das temperaturas de fusão e ebulição dessas
substâncias tendo em vista as suas estruturas.
Por que ensinar
As teorias científicas procuram explicar certo conjunto de fatos. A teoria atômica, por exemplo, explica
certos fenômenos como conservação das massas, ,transformações químicas, etc. A teoria atômica propõe
a existência do átomo como partícula fundamental para todos os tipos de matéria. No entanto, o próprio
conceito de átomo evoluiu com o tempo.
Apoiados na teoria atômica, os cientistas propuseram os conceitos sobre a Teoria das Ligações Químicas
que são utilizadas para explicar as interações entre as várias substâncias.
A natureza das forças que existem entre as moléculas nos estados sólido e líquido explicam as
propriedades das substâncias moleculares
Condições prévias para ensinar
Tabela periódica e modelos atômicos.
O que ensinar
· Interações intermoleculares.
· Diferença entre interações intermoleculares e ligações químicas.
· Tipos de interações intermoleculares.
· Relação entre as propriedades solubilidade, temperatura de fusão, temperatura de ebulição e o
modelo de interações intermoleculares.
Como ensinar
1. O Módulo 12 – partes I e II - Ligações químicas e forças intermoleculares disponível no site da
Secretaria de Educaçãohttp://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o conteúdo conforme
orientações do CBC.
2. PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005. Capítulo 9.
3. MORTIMER, E. F; MACHADO, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros. São Paulo:
Scipione, 2003. Capítulo 9.
4. É importante que o professor apresente vários exemplos que associe as propriedades das
substâncias moleculares com as força de interação.
Como avaliar
EIXO TEMÁTICO MODELOS – APROFUNDAMENTO
5:
Tema 11: Transformações das substâncias
Tópico 29: Modelos: Teoria das colisões
Habilidades: 29.1. Caracterizar o modelo de colisões entre as partículas nas TQ
29.1.1. Admitir que em substâncias reagentes, as partículas estão em constante
movimento e só reagem por causa de colisões energeticamente favoráveis e
efetivas.
29.2. Reconhecer como a variação da temperatura afeta as colisões efetivas
29.2.1. Identificar o efeito do aumento e da diminuição da temperatura de um
sistema sobre as colisões efetivas entre as partículas das substâncias que
participam de TQ nesse sistema.
29.3. Reconhecer como a variação da superfície de contato afeta as colisões
efetivas.
29.3.1. Identificar o efeito do aumento e da diminuição da superfície de contato
entre espécies reagentes sobre as colisões efetivas entre as partículas das
substâncias que participam de TQ de um sistema
29.4. Reconhecer como a variação da pressão afeta as colisões efetivas.
29.4.1. Identificar o efeito do aumento e da diminuição da pressão em um sistema
sobre as colisões efetivas entre as partículas das substâncias que participam de TQ
nesse sistema.
29.5. Reconhecer como a variação da concentração afeta as colisões efetivas.
29.5.1. Identificar o efeito do aumento e da diminuição da concentração de
substâncias que participam de TQ sobre as colisões efetivas entre as partículas
dessas substâncias.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
Aumentar o diminuir o rendimento de uma reação nos ajuda o emprego
da química no nosso cotidiano. Por exemplo, na conservação de alimentos.
Reações químicas podem ser rápidas ou lentas, e reações de combustão constituem bons exemplos deste
fato. Enquanto a queima de carboidratos em nosso organismo ocorre lentamente, a combustão do
trinitrotolueno – TNT – ocorre em uma fração de segundo.
Controlar ou aumentar a velocidade das reações tem sido um aspecto muito importante da química. O
estudo da rapidez da reação e dos fatores que a afetam está relacionado com o movimento das
moléculas. É importante compreender como ocorre uma reação química tanto para a ciência como
para indústria. Só assim é possível utilizar procedimentos que viabilizem modificações que possam alterar
a velocidade das reações. Como não é possível viabilizar átomos e suas formas de interação, os químicos
desenvolveram teoria e modelos que explicam como as reações se desenvolvem. A teoria das colisões
moleculares baseado no modelo de Dalton nos ajuda a entender a cinética das reações químicas.
Condições prévias para ensinar
Transformações químicas.
O que ensinar
· Modelo cinética molecular.
· Conceito de velocidade de reação.
· Fatores que alteram a velocidade das reações: temperatura, concentração e superfície d e contato.
· Representação gráfica da atuação desses fatores.
· Interpretação dos gráficos.
Como ensinar
Evitar a ênfase no cálculo de velocidade das reações. Associar os fatores superfície de contato,
temperatura e concentração com o modelo cinético molecular.
1. O módulo didático 8: Modelo das transformações químicas: rapidez ou velocidade das reações
disponível no site da Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve o
conteúdo conforme orientações do CBC.
2. O livro PEQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005.
Desenvolve este conteúdo conforme as orientações do CBC no capítulo 15.
IXO TEMÁTICO 6: ENERGIA – APROFUNDAMENTO
Tema 12: Energia nas transformações químicas
Tópico 30: Energia: Energia de ativação
Habilidades: 30.1. Usar o conceito de energia de ativação (EA)
30.1.1. Compreender que as partículas das substâncias devem apresentar-se com
certa energia de tal maneira que choques efetivos entre elas provoquem TQ.
30.1.2. Saber que essa energia é chamada de Energia de Ativação (EA) e que seu
valor é mensurável.
30.2. Reconhecer representações gráficas para TQ que envolvem energia.
30.2.1. Identificar e interpretar representações gráficas de TQ que envolvem
Energia X tempo transcorrido dela.
30.3. Entender a função dos catalisadores.
30.3.1. Identificar que catalisadores são substâncias que atuam diminuindo a EA de
uma TQ.
30.4. Reconhecer representações gráficas para TQ que indicam o efeito de
catalisadores.
30.4.1. Identificar, interpretar e fazer representações gráficas de TQ que
apresentam a EA da mesma e o efeito de catalisadores sobre ela.
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
A possibilidade de controlar o tempo em que determinado fenômeno se
desenvolve tornando-o mais rápido ou mais lento, é um aspecto presente nas transformações químicas.
É fácil constatar que cada reação química, realizada sob determinadas condições, ocorre com certa
velocidade, gastando certo tempo para se completar. Em geral podemos variar a velocidade de uma
reação modificando as condições a que ela está submetida.
Catalisador é um dos recursos que podemos utilizar para interferir na velocidade de uma reação química.
Condições prévias para ensinar
Cinética química – parte introdutória
O que ensinar
· Modelo cinético molecular.
· Conceito de energia de ativação.
· Gráficos de energia de ativação versus desenvolvimento da reação.
· Conceito de catalisador.
· O catalisador com o único fator que altera a velocidade da reação porque interfere na energia de
ativação.
Como ensinar
Que a produção de novas substâncias está associada ao resultado da energia produzida durante as
colisões. Que toda colisão para ser favorável ou efetiva deve possuir um mínimo de energia. Ensinar a
interpretar gráficos que representem o caminho da reação em função da energia.
Mostrar que o catalisador participa da reação criando um novo mecanismo para a mesma, mas que no
final ele é regenerado.
O módulo didático 8, Transformações químicas: rapidez ou velocidade das reações disponível no site da
Secretaria de Educação http://www.educacao.mg.gov.br/ no CRV desenvolve este tema conforme as
orientações do CBC.
É importante mostrar aplicações do catalisador com exemplos conhecidos pelos alunos. Por exemplo, o
funcionamento do catalisador de carro.
Na página 169 do livro Mortimer, E. F; Machado, A. H. Química para o ensino médio. Série parâmetros.
São Paulo: Scipione, 2003. Encontra-se o texto: Como funcionam os conversores catalíticos.
EIXO TEMÁTICO
MATERIAIS- APROFUNDAMENTO E ENERGIA- APROFUNDAMENTO
IV E VI:
Transformações dos Materiais
Tema 5:
Tema 12:
Energia das transformações químicas.
Tópico 16: Materiais: Velocidade das TQ
Tópico 30: Energia de ativação
16.5. Caracterizar a variação da velocidade das TQ por meio de modelo explicativo.
16.5.2. Reconhecer o papel dos catalisadores nas reações químicas.
30.1. Usar o conceito de energia de ativação (EA)
30.1.1. Compreender que as partículas das substâncias devem apresentar-se com
certa energia de tal maneira que choques efetivos entre elas provoquem TQ.
Habilidade:
30.1.2. Saber que essa energia é chamada de Energia de Ativação (EA) e que seu
valor é mensurável.
30.3. Entender a função dos catalisadores.
30.3.1. Identificar que catalisadores são substâncias que atuam diminuindo a EA de
uma TQ.
Objetivos:
1. Investigar e identificar transformações químicas que ocorrem em diferentes escalas de tempo.
2. Reconhecer o papel dos catalisadores na velocidade das reações químicas
Providências para a realização da atividade:
A atividade pode ser realizada na sala de aula como demonstração ou no laboratório. O professor deverá
conferir se existe todo o material na escola.
Pré-requisitos:
Estudo das reações químicas.
Descrição dos procedimentos:
Atividade prática
Título: Velocidade de reações e catálise
Apresentação:
Dar as instruções preliminares para a realização do experimento, mas não antecipar os resultados
esperados.
A aula trata de um experimento a partir do qual serão discutidos os fundamentos teóricos.
Materiais:
2 Provetas
Espátula
Peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 40 volumes
Iodeto de potássio sólido
Detergente líquido comum
Anilina de diferentes cores
Procedimento:
Coloque em cada proveta a mesma quantidade de uma mistura de água oxigenada e detergente.
Adicione a cada proveta gotas de anilina de cores diferentes.
Adicione então, com a espátula, um pouco de iodeto de potássio a cada uma das provetas.
Observe o que vai acontecer
Discussão:
Usar os resultados obtidos na experiência para explicar a influência de catalisadores na velocidade das
reações químicas.
Discutir outras possíveis aplicações práticas na indústria e em casa.
Fundamentos teóricos discutidos
Observou-se nesta experiência, uma grande quantidade de espuma formada na proveta, contendo água
oxigenada (Peróxido de hidrogênio) e detergente, ao adicionar iodeto de potássio.
A espuma é um tipo de colóide no qual o gás se encontra disperso em um líquido, isto é, tem um grande
número de bolhas de gás espalhadas em uma superfície líquida com uma fina película de líquido
separando as bolhas de gás entre si. A formação da espuma pode ser facilitada pela presença de
detergentes, que à semelhança dos sabões facilitam a formação de colóides do tipo da espuma.
A velocidade de uma reação química depende de numerosos fatores como, por exemplo, das
concentrações dos reagentes, da temperatura, dos catalisadores. Um catalisador pode aumentar
notavelmente a velocidade de uma reação química sem que ele próprio se altere quimicamente.
O presente experimento permite observar o efeito dos catalisadores de forma visual e estética, observando
a formação de espuma em grande quantidade, que pode ser colorida pela adição de anilinas.
A decomposição da água oxigenada ocorre segundo a equação:
2H2O2 (l) a 2H2O + O2(g) 
Essa é uma reação cuja velocidade é acelerada por catalisadores, por exemplo, o iodeto de potássio,
através o íon iodeto.
Os íons iodeto agem da seguinte maneira:
H2O2 (aq) + I-(aq) a H2O(l) + OI-(aq)
H2O2 (aq) + OI-(aq) aH2O(l) + I-(aq) + O2 (g) 
Os catalisadores apresentam grande importância na indústria química, possibilitando ou acelerando
reações, que sem sua presença, por tão lentas, não seriam viáveis na prática. São mais importantes ainda
em reações bioquímicas; sem catalisadores as reações essenciais para o metabolismo ocorreriam tão
vagarosamente que o mundo como nós conhecemos não existiria.
Esta atividade foi elaborada junto com os alunos do Curso de Química da Universidade de Itaúna.
Didática – 2º sem./2005
EIXO TEMÁTICO
ENERGIA - APROFUNDAMENTO
VI:
Tema 12: Energia nas transformações químicas
Tópico 31: Energia: Entalpia.
31.1. Conceituar entalpia.
31.1.1. Reconhecer que há TQ que ocorrem com consumo ou produção de energia
Habilidade:
e que esta pode ser medida.
31.1.2. Saber que para cada TQ existe um valor de energia associado.
Objetivos:
1. Utilizar tabelas de dados sobre energias associadas às transformações de estado e reações químicas
para fazer cálculos sobre calores envolvidos nas mudanças de estado e nas reações químicas.
2. Perceber as diferenças entre alimento light e normal.
3. Determinar a variação de calor que acompanham as mudanças de estados físicos.
Providências para a realização da atividade:
Providenciar local e materiais para a realização das atividades.
Pré-requisitos:
Reações químicas. Esta atividade pode ser realizada a pós a realização das atividades do tópico sobre
alimentos, mas também pode ser realizada independente da outra atividade.
Descrição dos procedimentos:
Atividade 1
Considere os dados abaixo, extraídos do rótulo de determinada marca de batata frita industrializada, para
uma porção de 31 g:
gordura........................................................................14 gramas
colesterol ....................................................................0 gramas
carboidratos ...............................................................15 gramas
proteinas .....................................................................2 gramas
calorias .......................................................................160
Considere, agora, os dados abaixo extraídos do rótulo de determinada marca de batata frita tipo light
industrializada, para uma porção de 31 g:
gordura ........................................................................... 9 gramas
colesterol ..........................................................................0 gramas
carboidratos .....................................................................20 gramas
proteínas ...........................................................................2 gramas
calorias ................................................................................140
Questões
1. O que diferencia uma batata frita comum de uma batata light?
2. Como você explica o termo light ?
3. Cite outros produtos que você conhece que possuem uma versão light.
4. Qual é o componente da batata que mais diminuiu na versão light?
5. Por que a versão light fornece menos energia?
6. Qual a diferença entre alimentos diet e light?

Mudanças de fase da matéria envolvem calor?


Atividade 2 – Fusão e solidificação da água
Materiais
Termômetro, béquer, gelo, sal, relógio e bico de gás (ou lamparina).
Procedimentos
a) Coloque em um béquer algumas pedras de gelo triturado e moído. Introduza o termômetro no interior do
gelo e anote a temperatura.
b) Aqueça levemente o sistema até fundir todo gelo. Anote a temperatura de 30 em 30 segundos,
preenchendo a tabela.

c) Construa um gráfico de temperatura / oC X tempo/s.


d) Meça 10 mL de água e coloque em um tubo de ensaio.
e) Introduza o tubo de ensaio em uma mistura de gelo e sal. Anote a temperatura de 30 em 30
segundos, até a solidificação da água.
f) Preencha a tabela abaixo:

g) Construa um gráfico de temperatura/ oC X tempo/s


Questões
1. Qual dos processos ocorreu com liberação de calor e qual ocorreu com absorção de calor? Como você
chegou a essa conclusão?
2. Que tipos de ligações foram rompidas na fusão da água? E se fosse ebulição da água, que tipo de
interações seriam rompidas ?
3. Se você utilizasse 50 mL de água em ebulição (100 oC) e 50 mL no estado de vapor obtida da ebulição
(100 oC), qual provocaria uma queimadura mais grave? Por quê?
4. Por que existem substâncias em fases diferentes numa mesma temperatura?
5. Que substâncias você conhece que podem passar diretamente da fase sólida para a fase gasosa?
Comente.
Atividade 3
Questão
Foi medida a temperatura de certa quantidade de água, contida em um recipiente, encontrando-se o valor
de 30 oC. Após 30 minutos, a temperatura foi medida novamente, sendo obtido o valor de 35 oC. Faça uma
lista de todas as causas que você conseguir imaginar que poderiam ter provocado esse aumento na
temperatura da água.
Comentários
Você possivelmente respondeu que o aumento da temperatura da água pode ter sido causado por vários
fatores diferentes: pela ação dos raios solares, pelo uso de uma chama de lamparina ou até por ter sido a
água batida alguns minutos no liquidificador. Não poderemos, portanto, dizer com segurança como a água
chegou a essa nova temperatura (novo estado termodinâmico), a não ser que estivéssemos presentes
durante o aquecimento. Variáveis que apresentam comportamento semelhante ao que aconteceu com a
temperatura da água, ou seja, que não dependem do caminho percorrido, mas apenas dos estados iniciais
e finais, são denominadas função de estado. A entalpia e o volume também são funções de estado.
Atividade 4 – Projeto de pesquisa
Cada grupo de 5 alunos fará uma pesquisa sobre um dos seguintes temas:
1) Combustíveis fósseis: carvão mineral e petróleo
2) Etanol e metanol
3) Óleo diesel e querosene
4) Alimentos
Cada grupo deverá fazer um estudo do ponto de vista químico, ambiental e social. Um relatório será
apresentado para o professor e o trabalho será apresentado para os outros colegas em dia a ser
determinado pelo professor. O trabalho poderá ser avaliado apenas pelo professor ou também pelos
alunos.
Pontos importantes
· Os alimentos produzem a energia necessária ao nosso organismo.
· O calor envolvido em uma reação é denominado variação de entalpia e representado por ΔH .
·Se ΔH > 0 dizemos que a reação é endotérmica e se ΔH < 0 dizemos que a reação é exotérmica.
· As substâncias elementares possuem entalpia padrão de formação igual a zero.
· A entalpia é uma função de estado, isto é, não depende do caminho pelo qual se passou de um estado a
outro.
· Engordar e emagrecer consecutivamente são mais prejudiciais do que a própria obesidade.
· Os inibidores de apetite podem causar dependência química.
· Uma dieta, como qualquer medicamento, é de uso individual e restrito.
· Somente nutricionistas podem prescrever dietas (Lei No 8234 de 17/09/91).
· Um dos aspectos a ser considerado, na avaliação de um combustível, se refere ao seu ponto de fulgor.
Também devem ser consideradas a sua capacidade antidetonante e a sua viscosidade. Além disso, a
eficiência de um combustível é avaliada levando-se em conta a quantidade de calor que ele é capaz de
produzir
EIXO TEMÁTICO ENERGIA – APROFUNDAMENTO
6:
Tema 12: Energia nas transformações químicas
Tópico 31: Energia: Entalpia
Habilidades: 31.1. Conceituar entalpia
31.1.1. Reconhecer que há TQ que ocorrem com consumo ou produção de energia
e que esta pode ser medida.
31.1.2. Saber que para cada TQ existe um valor de energia associado.
31.1.3. Compreender a representação da variação de energia de uma TQ por meio
de gráficos.
31.2. Compreender os aspectos quantitativos relacionados à variação de energia
em uma transformação química – Lei de Hess
31.2.1. Compreender os procedimentos utilizados para efetuar cálculos de calores
de reação: combustão e formação.
31.2.2. Compreender os procedimentos utilizados para efetuar cálculos utilizando a
Lei de Hess.
31.2.3. Compreender os procedimentos utilizados para efetuar cálculos utilizando
as energias de ligação.
31.2.4. Utilizar dados tabelados para os procedimentos de cálculos de variação de
energia
Baixe o módulo original
Por que ensinar em PDF
A termoquímica é a parte da química que estuda o calor envolvido nas
reações químicas que ocorrem à pressão constante denominada variação de entalpia. Processos físicos
também ocorrem com variação de entalpia. A escolha de utilizar variações de entalpia em vez de
variações de energia interna deve-se ao fato de o interesse do químicos estar voltado para o calor
envolvido na reação química e não para o trabalho de expansão que possa ocorrer. De qualquer forma,
nas reações à pressão constante em que não ocorre trabalho ΔU = ΔH, isso significa que a entalpia está
também relacionada à energia potencial de um sistema.
Em 1840, Germain Hess criou um método para o cálculo teórico do ΔH de difícil determinação
experimental. Este método baseia-se num conjunto de propriedades que ficou conhecido como Lei de
Hess. Ele estabeleceu que a variação de entalpia de uma reação química é a mesma, quer ela esteja
ocorrendo em uma única ou várias etapas. A entalpia é uma função do estado, ou seja, seus valores
dependem apenas dos estado inicial e final do sistema, independente de todos os estados pelos quais
passou quando se foi do estado inicial para o estado final.
Condições prévias para ensinar
· Conceito de reações endo e exotérmicas.
· Representação de equações termoquímicas.
· Conceito de entalpia
O que ensinar
· Representação gráfica das reações químicas.
· Procedimentos para os cálculos da Lei de Hess.
· Energia de ligação.
· Procedimentos para os cálculos de energia envolvendo o conhecimento das energias de ligação.
Como ensinar
1. Sugerimos o tópico Energia de Ligação na página 373 e Lei de Hess na página 376 do livro PEQUIS
– Projeto de Ensino de Química e Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005.
2. Os livros de Química do ensino médio aprovados pelo PNLD trazem este conteúdo e várias questões
de avaliação
Como avaliar
É importante avaliar o uso do algoritmo usado na Lei de Hess, mas o professor deve ficar atento para que
o aluno entenda os cálculos realizados. O uso e compreensão dos gráficos que envolvem energia e o
desenvolvimento da reação também é um aspecto muito importante nesta unidade.

MÓDULOS DIDÁTICOS DE QUÍMICA

Baixe o módulo original em


TÓPICO 1: METAIS: CARACTERÍSTICAS, TRANSFORMAÇÕES E PDF
RECICLAGEM.
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva
CONTEÚDO DO MÓDULO: METAIS: CARACTERÍSTICAS, TRANSFORMAÇÕES E RECICLAGEM.
Introdução

Os metais são antigos conhecidos do homem, que há muito, muito tempo, passou a utilizá-los para a
fabricação de ferramentas, utensílios e armas, substituindo as pedras, antes utilizadas para essas
finalidades. Essa foi, provavelmente, a primeira revolução tecnológica do mundo. E como as outras que a
sucederam, também proporcionou ao homem a possibilidade de usar um novo conhecimento para o bem
comum, contribuindo, por exemplo, para maior eficiência na agricultura, na caça, na construção de
moradias, além de outros benefícios. Mas, também, pôde ser usada na fabricação de armas, favorecendo
o poderio militar daqueles povos que detinham o conhecimento sobre a utilização dos metais, contribuindo
assim para a destruição e a morte.

A maioria dos metais não é encontrada na forma elementar na natureza, mas combinados, fazendo parte
da composição de diversas rochas. Ao contrário, o ouro, a prata e o cobre são encontrados no estado
nativo e por isso foram os primeiros metais a serem utilizados pelo homem. Não se sabe exatamente
desde quando eles são conhecidos, mas o fato é que peças desses metais foram encontradas em
escavações que datam de alguns milhares de anos antes da era cristã.

A obtenção da maioria dos metais exige que os seus minérios passem por processos físicos e químicos.
Dessa forma, são eliminadas as impurezas existentes nos minérios e é feito o isolamento do metal que,
numa última etapa, geralmente envolve reações de redução. Por exemplo, o ferro é obtido da hematita
(Fe2O3) por redução desse composto com monóxido de carbono (CO). Inicialmente, a hematita é
aquecida em alto forno juntamente com o carvão (carbono). O carbono é oxidado a CO (monóxido de
carbono) e o ferro é reduzido e sofre fusão. O monóxido de carbono queima na chaminé produzindo
dióxido de carbono (gás carbônico, CO2), conforme representado pelas equações a seguir:

Simplificando, podemos representar a reação de redução do ferro pela seguinte

equação:
Antes da redução, entretanto, muitos minérios, cuja quantidade de impurezas pode ser bastante elevada,
precisam passar por processos de purificação - processos físicos de separação de misturas sólido-sólido.

Os mais utilizados são os processos de separação gravitacional, ou seja, a separação do minério desejado
de outros sólidos é feita por dispersão da mistura em meios fluidos, cujas densidades podem ser
ajustadas, de modo a promover a flutuação ou a decantação dos diferentes materiais a serem separados.

Neste módulo didático, estudaremos um pouco sobre os metais e suas características, tendo sempre
presente a sua posição na tabela periódica. Enfatizaremos alguns metais mais comuns, tais como o ferro,
o alumínio e o cobre: veremos como são obtidos e utilizados e estudaremos também algumas
transformações sofridas por eles, em especial, os processos de oxidação (corrosão) – os meios que a
favorecem e como evitá-la –, particularmente a corrosão do ferro.
ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS
ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química

ESQUEMA 2: Abordagem Temática do Ensino

ESQUEMA 3: Aspectos do Conhecimento Químico

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


Tópico 1. Materiais: propriedades

1.1. Reconhecer a origem e ocorrência de materiais.


1.1.1. Relacionar as propriedades dos materiais, como plásticos, metais, papel e vidro, aos seus usos,
degradação e reaproveitamento.
1.1.2. Apontar, por exemplo, a diversidade de usos dos materiais e suas consequências ambientais,
principalmente relacionadas ao aquecimento global.
1.2. Identificar propriedades específicas e a diversidade dos materiais.
1.2.1. Identificar Temperatura de Fusão (TF), Temperatura de Ebulição (TE), Densidade e Solubilidade
como propriedades específicas dos materiais.
1.2.2. Diferenciar “misturas” de “substâncias” a partir das propriedades específicas.
Tópico 2. Materiais: constituição

2.2. Saber o conceito de elemento químico.


2.2.1. Identificar os símbolos dos elementos químicos mais comuns.
2.2.2. Localizar elementos químicos mais comuns na Tabela Periódica.
2.2.3. Utilizar o conceito de elemento químico em situações problema.
Tópico 3. Materiais: transformações químicas (TQ)

3.1. Reconhecer a ocorrência de TQ.


3.1.1. Relacionar TQ com a formação de novos materiais cujas propriedades específicas são diferentes
daquelas dos reagentes.
3.1.2.Reconhecer evidências como indícios da ocorrência de reação.
3.1.3. Inferir sobre a ocorrência de TQ, a partir da comparação entre sistemas inicial e final.
3.1.4. Reconhecer a ocorrência de uma TQ por meio de um experimento ou de sua descrição
3.1.5. Planejar e executar procedimentos experimentais simples envolvendo TQ.
3.2. Reconhecer e representar TQ por meio de equações.
3.2.1. Reconhecer uma TQ como uma transformação que envolve o rearranjo de átomos.
3.4. Reconhecer a conservação da massa nas TQ.
3.4.1. Propor e reconhecer procedimentos experimentais simples para a determinação das quantidades
envolvidas nas transformações químicas.
Tópico 9. Energia: movimento de elétrons

9.1. Identificar espécies presentes em transformações de oxidação-redução.


9.1.1. Identificar alguns metais por suas características físicas e químicas.
9.1.2. Identificar espécies químicas resultantes das possíveis alterações na carga elétrica de átomos ou de
grupos de átomos.
9.2. Reconhecer processos de Oxidação e Redução.
9.2.1. Classificar os processos químicos como oxidação ou redução de acordo com a variação de carga
elétrica das espécies.
9.2.2. Relacionar a formação de íons ao movimento de elétrons.
9.2.3. Relacionar a formação de íons à relação entre o número de prótons e elétrons.
9.2.4. Relacionar o movimento de elétrons e de íons com a condução de corrente elétrica.
Seção 1 – A reatividade dos metais e a tabela periódica
Tabela Periódica
Para Pensar

Você sabia que todos os elementos químicos conhecidos estão representados por símbolos na tabela
periódica?

Todos os materiais que conhecemos são constituídos pelos elementos que estão representados na tabela
periódica. O número de elementos químicos é relativamente pequeno, se considerarmos o grande número
de materiais diferentes no Planeta. Como você explica este fato?

Na tabela periódica, os elementos estão distribuídos nos períodos (linhas horizontais) em ordem crescente
de seus números atômicos e, nas colunas (linhas verticais), de acordo com suas características químicas
comuns. As características químicas semelhantes são observadas especialmente nos metais das colunas
1 (antiga 1A), 2 (antiga 2A) e 3 (antiga 3A), os quais são muito reativos.

Os metais apresentam algumas características físicas e químicas comuns, no entanto, também


apresentam algumas que os diferenciam sensivelmente uns dos outros. Em geral, eles são brilhantes,
condutores de calor e de eletricidade, não voláteis, densos, possuem grande resistência mecânica e
podem ser transformados em lâminas e em fios.

O metal sódio (Na), que se encontra na coluna 1 da tabela periódica, é extremamente reativo. Por essa
razão, ele não se encontra na natureza em sua forma livre ou elementar, mas combinado com ametais,
como, por exemplo, na composição de sais. Quando isolado, reage espontaneamente com o oxigênio do
ar e violentamente com a água. Os outros metais da coluna 1 têm características químicas semelhantes às
do sódio.
Na reação do sódio (Na) com o oxigênio do ar (O2) é produzido o óxido de sódio (Na2O) e na reação do
sódio (Na) com água, o hidróxido de sódio (NaOH), comercialmente conhecido como soda cáustica.
Essas reações podem ser representadas pelas seguintes equações:

O magnésio (Mg), que está localizado na coluna 2 da tabela periódica, pode ser queimado em presença
de oxigênio molecular gasoso (O2) produzindo o óxido de magnésio (MgO), numa reação que libera luz
intensa e calor:

O alumínio, que se encontra por sua vez na coluna 13, reage com o oxigênio do ar formando uma camada
extremamente fina de óxido de alumínio (Al2O3) em sua superfície, que o protege contra a oxidação das
camadas internas. A camada de óxido adere-se firmemente à superfície do metal e é impermeável ao ar e
à água. Essa é uma das razões que tornam o alumínio um metal tão utilizado no mundo. Em locais muito
úmidos, como em cidades à beira-mar, é o metal mais adequado para grades, janelas e outros fins, uma
vez que, por causa da camada protetora de seu próprio óxido, ele torna-se mais resistente à corrosão do
que o ferro, apesar de ser mais reativo do que este.
Os metais em sua maioria são reativos, sendo que aqueles que se encontram em um mesmo grupo
(coluna) da tabela periódica têm propriedades semelhantes. Por isso, as formas cristalinas dos metais de
um mesmo grupo da tabela periódica são semelhantes devido ao fato de ser o mesmo o seu número de
oxidação. O número de oxidação é uma carga real para os compostos iônicos, mas nos compostos
moleculares é a carga que um elemento teria, caso suas ligações fossem rompidas.
Por exemplo, os metais de baixa densidade, dispostos nas colunas 1, 2 e 13, são todos muito reativos e
têm números de oxidação iguais a 1, 2 e 3, respectivamente. No centro da tabela periódica, nas colunas
3 a 10, estão os metais de transição que, em geral, têm maior densidade e possuem números de oxidação
variáveis.

O ouro é um dos metais menos reativos existentes, podendo permanecer indefinidamente em contato com
o ar e com a água sem que sofra qualquer modificação em suas características, tais como brilho,
resistência mecânica e à corrosão. Devido a esse fato, o ouro é usado na confecção de jóias e na
fabricação de micro-circuitos para computadores, entre outras aplicações.

Os metais podem ser ordenados segundo a sua reatividade com o oxigênio. Nesse sentido, podemos
dizer que o sódio é mais reativo do que o magnésio, que é mais reativo do que o alumínio, que por sua vez
é mais reativo do que o ferro, sendo esse mais reativo do que o ouro. A ordem crescente de reatividade
desses metais poderia ser indicada assim:
Au< Fe< Al< Mg< Na.
1.1. O Alumínio
Para Pensar:

Você já percebeu que o alumínio perde o brilho e vai ficando acinzentado com o passar do tempo? Você
sabe por que isso acontece?
Você já observou que atualmente na maioria das construções são colocadas janelas de alumínio em
substituição às de ferro? As janelas de alumínio, ao contrário das de ferro, não precisam ser pintadas.
Como você explica esse fato?
O alumínio foi descoberto em 1825 pelo dinamarquês Oersted e é o metal mais abundante na crosta
terrestre. Seu minério mais comum é a bauxita (Al2O3.2H2O). O alumínio ocorre também em outros
minérios e em muitas pedras preciosas, tais como safira, rubi, esmeralda, água marinha, turquesa e
topázio.

A obtenção do alumínio é realizada por eletrólise da bauxita, feita depois de sua calcinação. O processo
de eletrólise consiste na decomposição de um material pela passagem da corrente elétrica. A eletrólise
deve ser precedida pela calcinação da bauxita, ou seja, pelo seu aquecimento à temperatura elevada, o
que favorece a eliminação da água presente no cristal de óxido de alumínio.

O grau de pureza do alumínio comercializado, geralmente, é da ordem de 99,3%, mas pode atingir
99,9%. Depois do ferro, o alumínio é o metal mais usado no mundo. Sua maior utilização é na forma de
esquadrias, na construção civil. Outros usos incluem a indústria de transportes (aviões, vagões
ferroviários, caminhões, etc), embalagens, linhas de transmissão elétrica, bens de consumo duráveis e
outros.

Os processos de extração e de purificação do alumínio são caros, sobretudo, por causa do custo da
energia utilizada em tais processos. Além disso, as fontes do alumínio, como a de outros metais, não são
renováveis. Assim, torna-se essencial o aproveitamento máximo das possibilidades de utilização e
reutilização do alumínio e também de outros metais. Por essa razão, os ambientalistas, e também muitas
pessoas em diversos setores da sociedade, têm se empenhado em campanhas para a reciclagem dos
metais em todo o mundo.

O aproveitamento por fusão das latas de alumínio, que são utilizadas para armazenar cervejas e
refrigerantes, pode economizar até 95% dos custos em energia consumida no processo de extração e
purificação desse metal.
Atividade 1
Testando a reatividade do alumínio com o ácido clorídrico.

Questão preliminar
Quais são as evidências de reação química que você conhece? Como é que você distingue uma reação
química de outro fenômeno? O que você espera que aconteça com o alumínio em contato com o
ácido clorídrico?
Materiais
Um tubo de ensaio.
Uma rolha de cortiça para o tubo de ensaio.
Isqueiro ou fósforos.
Reagentes
Ácido clorídrico.
Pedacinhos de alumínio (podem ser obtidos de embalagens de chocolates).
Como fazer
Colocar no tubo de ensaio pedacinhos de alumínio.
Cobrir os pedacinhos de alumínio com água até uma altura de 2 cm aproximadamente;
Colocar 5 gotas de ácido clorídrico concentrado; tampar com a rolha de cortiça.
Observar o que acontece e anotar;
Verificar, utilizando uma chama, se o gás que se desprende é inflamável.
CUIDADO!

O ácido clorídrico é corrosivo e pode queimar a pele. Esse material deve ser manuseado exclusivamente
pelo professor.
Mexer com fogo pode ser perigoso, por isso, apenas o professor deverá usar o isqueiro ou os fósforos.
Questões
Descreva o sistema inicial.
Discuta as observações com os seus colegas. Foram observadas evidências de reação química? Quais?
O que aconteceu com os pedacinhos de alumínio?
Como ficou o sistema ao final do experimento?
Escreva a equação que representa a reação ocorrida nesse experimento.
Em que forma o alumínio e o hidrogênio se encontram no início do experimento?
Em que forma o alumínio se encontra ao final do experimento?
Em que forma o hidrogênio se encontra ao final do experimento?
Comentários

Além de reagir facilmente com o oxigênio do ar, o alumínio também é muito reativo em meio ácido. Nessa
atividade, observamos a reação do alumínio com o ácido clorídrico.

Na reação entre o alumínio e o ácido clorídrico ocorre a oxidação do alumínio metálico, dando origem ao
íon Al3+ , e também a redução do hidrogênio do ácido, formando hidrogênio molecular, que se desprende
na forma de um gás inflamável.

A reação entre o alumínio e o ácido clorídrico pode ser representada pela seguinte equação.

A formação do gás hidrogênio, ao final do processo, poderá ser verificada, ao final da reação,
aproximando-se um palito de fósforo em chama da boca do tubo onde a reação se processou. Verifica-se
uma pequena explosão. A intensidade dessa explosão depende da quantidade de gás hidrogênio
produzido no sistema fechado.
TÓPICO 1: METAIS: CARACTERÍSTICAS, TRANSFORMAÇÕES E RECICLAGEM.
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva
CONTEÚDO DO MÓDULO: METAIS: CARACTERÍSTICAS, TRANSFORMAÇÕES E RECICLAGEM.
1.2. O Cobre
Para Pensar
Você já percebeu que alguns objetos feitos de cobre ficam com uma cor esverdeada com o passar do
tempo? Você sabe por que isso acontece?
A principal fonte de obtenção dos metais é o subsolo da Terra, de onde são extraídos os minérios. Esses
são constituídos de misturas complexas de compostos contendo o elemento de determinado metal. O
cobre ocorre livre na natureza e, talvez, por isso tenha sido conhecido pelo homem desde os mais remotos
tempos. Mas, atualmente, ele é obtido a partir da redução dos minérios que o contêm. Na crosta terrestre,
a sua porcentagem é de 0,0001%. Ele ocorre em sulfetos e em óxidos. Depois que os minérios para a
obtenção do cobre elementar são devidamente tratados, ele é refinado eletroliticamente.
O cobre metálico, em contato com o ar úmido e na presença de dióxido de carbono, ou seja, na presença
de forma um carbonato básico de cobre conhecido como azinhavre:
O azinhavre, tal como ocorre na natureza, é chamado de malaquita. Trata-se de uma substância de cor
verde que, na superfície de objetos de cobre, forma uma película protetora que impede a corrosão ulterior
do metal. Em presença de ar seco, o cobre forma o óxido cúprico (CuO), que também é uma película
protetora.

O cobre tem diversas utilidades na forma metálica: por ter alta condutividade elétrica, ser maleável e muito
resistente à corrosão. O cobre é amplamente utilizado na fabricação de máquinas, instrumentos elétricos e
fios condutores. Também é utilizado na obtenção de importantes ligas, tais como o bronze (Cu e Sn) e o
latão (Cu e Zn), além de outras ligas usadas com o ouro e a prata na fabricação de jóias. O bronze é mais
resistente à corrosão do que o cobre puro. E o latão é mais resistente mecanicamente e mais maleável.

O cobre também é utilizado na produção de vários compostos, entre eles, o sulfato de


cobre(II) – o mais importante sal de cobre. Ele é obtido a partir da reação do óxido cúprico
(CuO) com o ácido sulfúrico . O sulfato de cobre(II) cristaliza-se com cinco moléculas de água
e tem a cor azul. Quando desidratado, adquire a cor branca.

O sulfato de cobre (II) é uma substância iônica, solúvel em água e pode ser empregado como inseticida e
também como auxiliar no tratamento de água de piscina e depósitos de água para evitar o
desenvolvimento de algas. Entretanto, se usado em quantidades inadequadas como inseticida em frutas,
por exemplo, pode causar intoxicação aos consumidores.
Atividade 2
Obtendo cobre metálico a partir do sulfato de cobre (II)
Objetivo: obter cobre a partir do sulfato de cobre (II)
Questão preliminar

Para você, qual é a diferença entre o cobre metálico e o cobre presente no sulfato de cobre II? O que você
acha que acontece para que o cobre metálico seja obtido a partir do sulfato de cobre II?
Materiais e reagentes
Um vidro de relógio ou recipiente de vidro;
Um pedaço de esponja de aço (tipo bombril);
Sulfato de cobre (II) hidratado
Como fazer
Prepare uma solução concentrada de sulfato de cobre;
Coloque um pouco da solução no recipiente de vidro;
Introduza na solução uma ponta do pedaço da esponja de aço, deixe por alguns segundos e observe o
que ocorreu.
Questões
Descreva o sistema inicial.
Discuta as observações com os seus colegas. Quais foram as evidências de reação química no processo?
O que aconteceu com a solução?
O que aconteceu com a esponja de aço?
Escreva a equação que representa a reação ocorrida neste experimento.
Em qual forma o ferro e o cobre se encontram no início do experimento?
Em qual forma o ferro e o cobre se encontram ao final do experimento?
Que tipo de reação ocorreu entre esses metais?
Comentários

Durante a reação, a solução vai mudando a sua coloração de azulada para acinzentada. A esponja de aço
é recoberta por um sólido granulado marrom avermelhado. Esse sólido é o cobre metálico depositado
sobre o ferro.

O cobre na solução encontra-se na forma de íon Cu2+. O sólido marrom avermelhado, que é depositado
sobre o ferro, é o cobre na forma elementar. O ferro que se encontra inicialmente em sua forma elementar
como o principal componente da composição do aço passa a fazer parte da solução, modificando a sua
cor, na forma do íon Fe 2+.

Quando o ferro e o cobre são deixados em um ambiente úmido, o ferro oxida-se rapidamente, enquanto o
cobre permanece inalterado. Isto acontece porque o cobre é menos reativo do que o ferro.
De modo semelhante, quando o cobre se encontra em sua forma oxidada (Cu2+) como, por exemplo, em
uma solução aquosa de sulfato de cobre (II), ele pode ser reduzido e voltar à sua forma elementar (Cu).
Essa redução pode ser feita colocando-se ferro metálico na solução de sulfato de cobre (II): o ferro
metálico, ao oxidar-se a íons Fe2+(aq), reduz os íons Cu2+ (aq) a cobre elementar. Essa reação pode
ser representada pela seguinte equação:

Atividade 3

Testando a reatividade de alguns metais

Objetivos: observar algumas evidências de reatividade dos metais, bem como verificar que os metais têm
reatividade diferente, ou seja, que uns reagem mais rapidamente do que outros quando são submetidos às
mesmas condições.
Materiais
Uma pinça de metal;
Três vidros de relógio ou recipiente largo de vidro transparente.
Reagentes
Um pedacinho de sódio metálico;
Um pedaço de fita de magnésio;
Ferro (esponja de aço, tipo bombril);
Fenolftaleína.
Questões preliminares

O que você espera que aconteça com o sódio, com o magnésio e com o ferro em contato com a água?
Você sabe para que a fenolftaleína será usada neste experimento?
Como fazer
Colocar água em um dos vidros de relógio ou recipiente de vidro e acrescentar uma ou duas gotas de
fenolftaleína. Com a pinça de metal, pegar o pedacinho de sódio e colocá-lo na água. Anotar as
observações;
Repetir o procedimento anterior utilizando a fita de magnésio. Nesse caso, deixar em repouso e observar
alguns minutos mais tarde. Anotar as observações;
O mesmo procedimento deve se feito com o ferro. Nesse caso, deve-se esperar algumas horas ou, talvez,
deixar até o outro dia. Anotar as observações.
Questões
Discutam em grupo as observações que fizeram. A que conclusão vocês chegaram a respeito da
reatividade dos metais?
Qual foi o metal que reagiu mais rapidamente com a água e o ar? Qual reagiu mais lentamente?
Por que foi utilizada a fenolftaleína nesse experimento? Discuta com o seu professor. Lembre-se de que
esse composto foi também usado em experimentos descritos nos fascículos Poluição Atmosférica:
Problemas na Troposfera e Estequiometria Envolvendo Soluções: Quantidades nas Reações Químicas em
Solução.
Escreva equações que possam representar as reações ocorridas nesse experimento.
Algumas conclusões
O sódio é muito reativo com a água e com o oxigênio do ar. Assim, a reação entre o sódio e a água ocorre
violentamente. Observamos também a liberação de um gás nessa reação e ainda a mudança da cor do
indicador (fenolftaleína). O sódio reage violentamente com a água porque não é estável na forma
elementar e, em contato com ela, sofre oxidação produzindo íons Na+, o que provoca a redução do
hidrogênio da água, formando, assim, H2 (hidrogênio molecular), que se desprende da reação. A
fenolftaleína adquire uma cor rosada devido ao caráter básico da solução, dada a presença de OH-
formado na reação. A reação entre o sódio e a água pode ser representada pela equação a seguir:

Entre o magnésio (Mg) e a água também ocorre reação, mas não é uma reação violenta. A liberação do
gás hidrogênio (H2) acontece com uma rapidez menor na reação com o magnésio, se comparado a
rapidez com que ocorre na reação com sódio em água. Mas é possível observar o aparecimento de
pequenas bolhas indicativas da formação de gás na reação. Também é possível observar que a
fenolftaleína adquire cor rosada, o que nos leva a concluir que o produto obtido tem caráter básico. A
reação entre o magnésio e a água pode ser representada pela equação a seguir:

Não é possível perceber imediatamente a ocorrência de reação química entre o ferro e a água. Decorrido
algum tempo, entretanto, o ferro reage com a água e com o oxigênio do ar nela dissolvido, havendo,
assim, formação de ferrugem – óxido de ferro(III) hidratado (Fe2O3.n H2O).

Esse experimento evidencia, portanto, que os metais têm reatividade diferente, ou seja, uns reagem mais
rapidamente do que outros quando submetidos às mesmas condições. Na próxima seção, discutiremos
mais a corrosão e a proteção dos metais, bem como a importância do seu reaproveitamento.
Seção 2 – A corrosão do ferro

Para Pensar
Você já observou um portão de ferro sem pintura? O que acontece com a superfície de ferro nesse caso?
Por que as superfícies de ferro precisam ser pintadas?
A corrosão do ferro é um problema econômico de imensa importância, uma vez que o ferro é o metal mais
utilizado pelo homem no seu dia-a-dia em muitos objetos.

O ferro, quando exposto ao ar e à água (em ambientes úmidos, por exemplo), enferruja-se. A ferrugem é
uma substância marrom-avermelhada, insolúvel em água, composta por óxido de ferro hidratado
(Fe2O3.n H2O). Esse óxido forma uma camada espessa, que não adere à superfície do metal e é
permeável ao ar e à água, o que permite a continuidade do processo de corrosão.

O ferro é o segundo metal mais abundante na crosta terrestre, logo depois do alumínio. Embora ocorra na
forma elementar em alguns meteoritos, o que sugere que ele seja abundante no sistema solar, os seus
principais minérios são os óxidos e, em menor grau, os carbonatos. Destacam-se a hematita (Fe2O3, o
minério mais abundante na Terra), a magnetita (Fe3O4, o minério com maior porcentagem do metal), a
limonita (= 2Fe2O3.3H2O) e a siderita (FeCO3). A pirita, FeS2, é também comum, mas não é usada para
a obtenção do ferro devido às dificuldades de eliminação do enxofre. O Brasil é o segundo produtor
mundial de minério de ferro.

O ferro depois de servir para a fabricação de diversos objetos pode ser reutilizado para a fabricação de
outros. O ferro enferrujado, obtido da sucata de automóveis, por exemplo, é reutilizável; o mesmo ocorre
com latas de aço descartáveis utilizadas para acondicionar alimentos e outros produtos.

O aço comum é uma liga de ferro-carbono que contém 0,2 a 1,7% de carbono. A vantagem do aço sobre o
ferro doce e fundido é que o aço apresenta maior resistência mecânica e à tração, maior maleabilidade e
flexibilidade. Existem também os aços especiais que, além de ferro-carbono, têm em sua composição,
pelo menos, um dos seguintes elementos: manganês, cromo, vanádio, tungstênio, cobalto, molibdênio,
níquel, cobre e silício. Esses aços possuem várias propriedades especiais, inclusive resistência à
corrosão, além do aumento da resistência mecânica e à tração. Por isso servem para a confecção de
eixos, engrenagens, ferramentas cortantes, materiais cirúrgicos, utensílios domésticos e industriais, etc.

As latas de aço produzidas com chapas metálicas conhecidas como folhas de flandres têm como
principais características: resistência, inviolabilidade e opacidade. São compostas por ferro e uma
pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%) – materiais que protegem o ferro contra a oxidação
e evitam, por mais de dois anos, a decomposição dos alimentos.

Quando reciclado, o aço volta ao mercado em forma de automóveis, ferramentas, vigas para construção
civil, arames, utensílios domésticos e também em novas latas.

Uma vez descartadas as latas de aço que não passam por processos de reciclagem, elas enferrujam e
retornam à sua condição original (de óxido de ferro III) em aproximadamente quatro anos.

Para serem recicladas, as latas de aço, depois de separadas do lixo, devem passar por um processo de
limpeza que consiste em separar de sua superfície, terra ou qualquer elemento contaminador.

A reciclagem de latas é feita em usinas de fundição, em fornos aquecidos a 1550o C. Após atingir o ponto
de fusão e chegar ao estado líquido fumegante, o material é moldado em placas ou chapas de aço.
Em apenas um dia, as latas de aço podem ser reprocessadas e transformadas em lâminas de aço prontas
para serem usadas nos diversos setores industriais – desde a fabricação de automóveis até a de latinhas
de conserva. O aço pode ser reciclado um número ilimitado de vezes, com pequenas perdas e sem muito
prejuízo da qualidade do material.
Atividade 4
Investigando os metais
1. Os alunos, divididos em grupos, devem construir um quadro com informações sobre pelo menos dez
metais utilizando apenas o conhecimento prévio que cada um tem sobre os metais escolhidos. Vejam o
exemplo a seguir.
Metais Utilização Propriedades
Ferro Panelas Bom condutor de calor
2 XXX XXX
2. Os grupos devem compartilhar suas informações sobre os metais, inclusive dúvidas e possíveis
curiosidades apresentadas, preparando-se, assim, para a investigação proposta no item 3 desta Atividade.
3. Cada grupo deve pesquisar os seguintes aspectos sobre um metal a ser escolhido (ferro, alumínio,
cobre, prata, ouro, estanho, chumbo, etc):
Ocorrência;
Composição e nome do minério ou minérios;
Obtenção;
Utilização;
Reciclagem.
4. Cada grupo deve apresentar um cartaz contendo informações sobre o metal investigado.
5. Ao final da pesquisa, a turma deve organizar um mural com os cartazes para ser exposto na escola.
Comentários
A escolha dos metais para as suas diversas finalidades é feita com base em suas propriedades físicas e
químicas. Os metais em geral são bons condutores de calor e de corrente elétrica. Entretanto, alguns
metais podem ser melhores condutores de calor ou de corrente elétrica que outros. E, também, têm
densidades e temperaturas de fusão diferentes.

Os metais de baixas temperaturas de fusão não servem para fazer panelas, por exemplo. Entre outras
razões, é por isso que não são fabricadas panelas de chumbo ou de estanho.

Também deve ser considerada a reatividade dos metais. O alumínio que é bastante reativo, tanto em meio
ácido como em meio alcalino, é largamente utilizado na confecção de panelas. Portanto, alimentos cozidos
em panelas de alumínio podem se contaminar com resíduos desse metal. Existem alguns estudos sobre
os efeitos que os resíduos de alumínio podem provocar nos organismos animais, segundo eles, suspeita-
se que a intoxicação por alumínio esteja associada aos sintomas de uma doença conhecida como mal de
Alzheimer. Essa doença provoca degeneração irreversível do cérebro e tem acometido cerca de 5% da
população brasileira com mais de 65 anos.
Atividade 5
Ferrugem: como é formada e como pode ser minimizada

Nesta atividade discutiremos como surge a ferrugem, quais as suas conseqüências e os possíveis modos
de minimizá-la.
Materiais
7 pregos novos;
Palha de aço;
Algodão;
Areia;
Óleo de cozinha;
Água;
Sílica-gel;
Sal de cozinha;
Procedimentos
Raspe, com a palha de aço, 6 dos pregos, de modo a remover sua camada protetora brilhante. Cada um
deles deve ser colocado em um tubo de ensaio ou vidro e submetido às condições diferenciadas dos
demais durante 5 dias, conforme explicado a seguir. Todos os dias deverão ser anotadas, caso ocorram,
todas as mudanças observadas.
Sistema 1 - Dentro de um tubo de ensaio, colocar sílica ou cloreto de cálcio anidro e cobrir com algodão.
A sílica-gel tem a finalidade de eliminar a umidade do ar no interior do tubo. Depois do algodão, colocar o
prego e tampar bem o tubo.
Sistema 2 - Dentro de um tubo, colocar areia úmida, cobrir com um pedaço de algodão, colocar o prego e
tampar bem o tubo.
Sistema 3 - Colocar em um tubo água fervida, suficiente para cobrir o prego, colocar o prego e colocar por
cima da água uma camada de óleo. Deixar o tubo aberto.
Sistema 4 - Colocar em um tubo um prego, adicionar água de torneira, até cobrir o prego totalmente.
Deixar o tubo aberto.
Sistema 5 – Colocar, em um tubo de ensaio seco, o prego que não foi raspado com a palha de aço. Untá-
lo com óleo ou gordura. Deixar o tubo aberto.
Sistema 6 – Colocar um prego em um tubo, acrescentar água fervida adicionada de sal e tampar o tubo.
Sistema 7 - Colocar um prego em um tubo, acrescentar água sem ferver adicionada de sal e deixar o tubo
destampado.
Você deverá observar os sete sistemas durante cinco dias e fazer as suas anotações conforme o exemplo
a seguir:

Questões
Em qual dos sistemas você observou maior quantidade de ferrugem? Como você explica esse fato?
Em alguns dos sistemas você observou o não aparecimento da ferrugem? Como você explica esse fato?
De acordo com o experimento, o que favoreceu o aparecimento da ferrugem?
Discuta com os seus colegas como o aparecimento da ferrugem pode ser retardado?
Discuta com os seus colegas a razão por que os parafusos das engrenagens de máquinas e automóveis
são cobertos de graxa.
Conclusões
Por meio das observações feitas nesta atividade foi possível verificar que a ferrugem aparece mais
rapidamente em alguns sistemas do que em outros. Verificou-se ainda que em alguns deles quase
não há o aparecimento de ferrugem. Isto ocorre porque as condições a que o ferro foi submetido
são diferentes nos diversos sistemas.
O estudo dos fatores que influenciam o processo de produção da ferrugem nos leva a pensar nos
possíveis meios de retardar os processos de corrosão do ferro e assim minimizar os seus efeitos.

Para evitar a corrosão dos metais, especialmente a do ferro, é necessário evitar o contato entre o metal, o
ar e a água. Para isso é necessário cobrir a superfície do metal com uma pintura ou revestimento plástico
que seja impermeável ao ar e à água. Pode-se também recobrir um metal com outro metal ou liga metálica
que seja menos corrosível do que ele próprio. Em alguns casos, como o do alumínio e o do cobre, o
próprio óxido formado na superfície do metal oferece proteção contra a corrosão.

Para recobrir um metal com outro, como proteção contra a corrosão, podem ser utilizados processos
eletroquímicos. Para melhor compreensão de tais processos é necessário um estudo mais detalhado da
oxi-redução, que será implementado em um outro fascículo desta série: Introdução à Eletroquímica e à
Oxidação.
Seção 3 – A reatividade dos metais

Você sabia que é comum o uso de blocos de magnésio amarrados nos cascos de ferro dos navios com o
objetivo de proteger os cascos da corrosão? Isso acontece porque o magnésio sofre corrosão em lugar do
ferro, por esse motivo é chamado de “metal de sacrifício”.
O mesmo tipo de fenômeno ocorre quando colocamos junto com o ferro um metal menos reativo do que
ele (o cobre, por exemplo) em água salgada. O ferro sofrerá corrosão rapidamente.
Esses fatos são evidências de que alguns metais são mais reativos que outros e que, quando dois metais
são colocados juntos, o mais reativo sofre corrosão e impede a corrosão do outro. As conseqüências
desse fato para o nosso dia-a-dia estão relacionadas com o estudo da eletroquímica que será explorada
no fascículo Introdução à Eletroquímica e à Oxidação.
Atividade 6
Como um metal pode proteger outro metal contra a corrosão.
Nesta atividade, verificaremos a diferença de reatividade entre o ferro e outros metais. O trabalho poderá
ser feito em grupos e, ao final, cada grupo deverá apresentar para os colegas as suas observações e
discuti-las com eles.

Ao final, juntamente com o professor, todos deverão fazer uma síntese das conclusões a que chegaram
quanto à reatividade dos metais.
Materiais
Quatro pregos de ferro limpos e polidos;
Um pedaço de fio de cobre;
Uma tira estreita de zinco laminado;
Uma tira estreita de estanho laminado;
Um pedaço de fita de magnésio.
Procedimentos
Enrolar cada um dos pregos com um dos metais.
Colocar cada prego, já preparado, em um tubo de ensaio ou um vidro contendo água suficiente para cobrir
totalmente o prego.
Deixar os pregos em água por três dias e observar diariamente se houve ou não alguma evidência de
reação. Faça um quadro com as observações feitas, conforme o exemplo a seguir.

Questões
Quais são as evidências de que ocorreram reações químicas?
Depois das observações feitas, vocês chegaram à conclusão de que existem diferenças de reatividade
entre o ferro e os outros metais? Explique.
Em relação ao ferro, os outros metais são mais ou menos reativos? Explique.
Comentários
É provável que tenha sido observado que, no tubo 1, o prego interagiu com a água e com o oxigênio do ar
nela dissolvido com certa rapidez e que o cobre permaneceu inalterado. Isso acontece porque o cobre,
sendo menos reativo que o ferro, não pode impedir sua corrosão. Muito pelo contrário, a presença do
cobre faz com que a oxidação do ferro se dê mais rapidamente do que normalmente aconteceria.

No tubo 2 é provável que, ao contrário do tubo 1, o prego tenha se mantido inalterado, enquanto o zinco
tenha reagido com a água e com o oxigênio do ar nela dissolvido. Isso acontece porque o zinco é mais
reativo do que o ferro, portanto ele reage, protegendo o ferro contra a corrosão.

No tubo 3, o que se observa é semelhante ao que foi notado no tubo 1. O estanho também é menos
reativo que o ferro, não podendo, portanto, protegê-lo contra a corrosão.

E, finalmente, no tubo 4, observa-se que o magnésio reage rapidamente com a água e com o oxigênio do
ar nela dissolvido, enquanto o prego se mantém inalterado. O magnésio é um metal bastante reativo, bem
mais do que o ferro. Assim, ele reage, protegendo o ferro contra a corrosão.

Observações experimentais permitem ordenar os metais segundo suas reatividades. Esse assunto é
tratado com muito mais detalhes em nosso texto Introdução à Eletroquímica e à Corrosão.
Atividade 7
Para Pesquisar
Qual a quantidade de latas consumidas no Brasil?
No lixo domiciliar dos grandes centros urbanos brasileiros, as latas correspondem a que percentual?
Discuta sobre esses dados com seus colegas e o professor.
Conceitos e informações importantes
A localização dos elementos na tabela periódica nos fornece informações sobre as possibilidades que os
elementos têm de se combinarem uns com os outros.
O que determina as possibilidades de combinações que um elemento pode fazer com outros é o
seu número de oxidação.
O número de oxidação é uma carga real para os compostos iônicos ou o número de elétrons que um
elemento ficaria caso fosse rompida a ligação química nos compostos moleculares. Substâncias simples
têm número de oxidação igual a zero.
Os metais localizados nas colunas 1 (1A), 2 (2A), e 13 (3A) da tabela periódica têm números de oxidação
igual a 1, 2 e 3, o que indica que são muito reativos. Eles são encontrados na crosta terrestre combinados
com outros elementos, fazendo parte da composição de diversos minerais.
Os metais localizados na parte central da tabela periódica têm seus números de oxidação variável.
O número de oxidação do ferro (Fe) na hematita, seu minério mais comum, e também na ferrugem é +3. O
número de oxidação mais comum do cobre é +2.
O número de oxidação de um elemento metálico está relacionado com o número de elétrons que esse
metal “perde” quando se combina com outro elemento.
A transferência aparente de elétrons de um elemento para outro é chamada de oxidação.
Dizemos que, o elemento que transfere seus elétrons para outro, sofre uma oxidação e que, o elemento
que recebe os elétrons transferidos de outro, sofre redução.
A oxidação e a redução são fenômenos que ocorrem simultaneamente e em quantidades
estequiometricamente proporcionais. Isso significa que o número de elétrons transferidos e recebidos é
sempre o mesmo.
O estudo dos fatores que influenciam a formação da ferrugem e sua comparação com o processo de
corrosão de metais não ferrosos, nas mesmas condições, possibilita aprofundar nosso conhecimento a
respeito desses materiais tão importantes em nosso dia-a-dia. O conhecimento sobre os metais nos
possibilita discutir os possíveis meios de retardar sua corrosão e também as formas de reciclagem de
material já utilizado ou em processo de corrosão.
Exercícios propostos
1. Escreva equações que representem as reações descritas a seguir:
a) O potássio reage com o oxigênio do ar (O2) produzindo o óxido de potássio (K2O).
b) O óxido de potássio reage com a água (H2O) produzindo o hidróxido de potássio (KOH).
c) O potássio reage violentamente com a água produzindo uma solução alcalina de hidróxido de potássio e
hidrogênio molecular (H2)
2. Escreva a equação que representa a reação entre o ferro elementar e o oxigênio molecular e responda:
a) Por que dizemos que o ferro sofre oxidação nessa reação?
b) Por que dizemos que o oxigênio sofre redução nessa reação?
c) Sabendo que a ferrugem pode ser representada pela fórmula Fe2O3.nH2O, explique o significado do
nH2O nessa fórmula.
d) Escreva uma equação que represente a hidratação do óxido de ferro(III).
3. Escreva a equação que representa a reação do zinco elementar com o ácido clorídrico e responda.
Nessa reação qual foi a espécie que sofreu oxidação e qual foi a espécie que sofreu redução?
4. Considerando que o zinco é mais reativo do que o cobre, descreva, por meio de uma equação química,
o que aconteceria se colocássemos uma placa de zinco em solução de sulfato de cobre (II).
MÓDULO DIDÁTICO DE QUÍMICA Nº 6 - PARTE I

Baixe o módulo original em PDF


Alimentos e Cinética Química
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva

1 – introdução: O papel dos aditivos na alimentação

Os aditivos alimentares são substâncias que podem ser legalmente


adicionadas aos alimentos com o objetivo de conservá-los ou de conferir-
lhes aparência, aroma e sabor de acordo com o gosto do consumidor. A
obrigatoriedade da divulgação nas embalagens da presença de aditivos
nos produtos data de fevereiro de 1976, mas, até recentemente, eles
eram mencionados através de códigos, tais como PI e PVII.
A partir de 1988, tornou-se obrigatória a colocação de nomes e
composição dos aditivos e também foram estabelecidos limites máximos
de aditivos nos alimentos. Essas substâncias, ao mesmo tempo em que
nos protegem de bactérias patogênicas, compõem um cardápio que faz
parte do nosso dia a dia e que pode ser perigoso. Os códigos
apresentados acima, PI e PVII, representam substâncias cujos nomes
devem ser familiares para os estudantes do ensino médio, PI indicando o
ácido benzóico (C6H5COOH) e PVII, o nitrato de sódio (NaNO3).
Embora os nomes dos aditivos apareçam nas embalagens dos produtos,
os consumidores pouco sabem sobre suas propriedades e
características. Os nomes só têm significado para as pessoas, se estas
tiverem algumas noções sobre as regras de nomenclatura química - mas
nós sabemos que a maioria dos consumidores não tem esse
conhecimento.
Se algumas formulações dos alimentos industrializados fossem
apresentadas aos estudantes do Ensino Médio, seria difícil convencê-los
de que é preciso colocar goma arábica* para dar consistência aos pudins,
ou que os aditivos ET XIV e ET XVIII, que são adicionados a detergentes,
são também usados para dar viscosidade à maionese ou ainda, que
substâncias reconhecidamente tóxicas e até cancerígenas - dependendo
da quantidade ingerida -, como nitrito de sódio (NaNO2) e nitrato de sódio
(NaNO3), são usados para deixar as carnes mais vermelhinhas.
Embora estejamos chamando a atenção para o possível uso dos aditivos
químicos com a finalidade de criar disfarces estéticos em alimentos, não
http://www.geocities.com podemos nos esquecer de que alguns aditivos usados como
conservantes, como o nome já diz, têm como finalidade manter os
alimentos em perfeito estado, impedindo o desenvolvimento de bactérias e fungos responsáveis por danos à nossa saúde.
Os aditivos, juntamente com o congelamento, a pasteurização e outros processos, são exemplos do grande esforço que tem sido
empreendido pela humanidade para conservar os alimentos. Os ácidos, nitritos, nitratos e outras substâncias, que fazem parte do
currículo de química do Ensino Médio têm uma participação tão ampla na nossa alimentação diária que as aulas de química
poderiam prosseguir indefinidamente nas lanchonetes, restaurantes e supermercados. Os alunos sempre encontrariam novidades
sobre as quais ficariam, no mínimo, curiosos. Vamos tratar aqui um pouco sobre esse tema, esperando contribuir não só para
ampliação dos conhecimentos de química dos alunos, mas também para a formação de consumidores conscientes e com hábitos
alimentares saudáveis.
GLOSSÁRIO
Goma arábica: resina produzida por diversas árvores do gênero Acácia; tem aparência de melado e é
muito usada como cola e também em doces, cosméticos e produtos medicinais.

ARTICULAÇÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA E CONTEXTOS


ESQUEMA 1: Focos de Interesse da Química
Propriedades dos alimentos

Constituição dos alimentos Conservação dos alimentos

ESQUEMA 2: Aspectos do Conhecimento Químico


Fenomenológico: Conservação dso alimentos
Teórico: Constituição dos alimentos Conservação dos alimentos
Aditivos alimentares Símbolos - Fórmulas - Equações

2 – Tópicos do CBC e habilidades básicas relacionadas


1. Proporcionar aos alunos oportunidade de conhecer alguns aditivos alimentares: nomes, propriedades, características,
utilização, benefícios e riscos do seu emprego em nossa alimentação.
2. Levar o aluno a familiarizar-se com algumas funções da química através do estudo de alguns aditivos alimentares mais comuns
e de algumas reações de deterioração dos alimentos.
3. Criar oportunidade para que os alunos, através de atividades relacionadas ao cotidiano, conheçam um pouco sobre as reações
relacionadas com a deterioração dos alimentos e algumas maneiras de impedir ou retardar essas reações.
4. Estudar alguns aspectos qualitativos e quantitativos envolvidos na rapidez com que ocorrem as reações de deterioração dos
alimentos, além das condições fisico-químicas que favorecem a sua ocorrência.
5. Discutir questões relacionadas aos nossos hábitos alimentares com o objetivo de formar consumidores mais conscientes,
exigentes e com hábitos alimentares mais saudáveis.

3 - Estudando os aditivos alimentares


Considera-se aditivo alimentar, a “substância intencionalmente adicionada ao alimento, com a finalidade de conservar, intensificar
ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo”
(art. 2º do Decreto 55.871 de 24/04/65)

A Organização Mundial de Saúde e a Organização


de Alimentação e Agricultura criaram, há mais de 40
anos, o Comitê Conjunto de Peritos em Aditivos
Alimentares.
Os objetivos desse Comitê são avaliar
criteriosamente a segurança das substâncias
naturais ou artificiais e estabelecer níveis de
utilização em conformidade com as necessidades
tecnológicas. Ele também deve definir as normas
para pesquisas, de maneira que sejam estabelecidos
padrões de comparação entre as substâncias,
obedecendo parâmetros confiáveis e
internacionalmente aceitos. Assim, esse Comitê
estabelece as bases para a regulamentação da
legislação adotada nos diversos países membros.
No Brasil é o Ministério da Saúde, ou mais
precisamente, a Comissão Permanente de Aditivos
para Alimentos, que estabelece a legislação nacional
que regulamenta a indústria alimentícia no país.
Na fabricação dos alimentos embutidos são usados conservantes,
Essa Comissão define e fiscaliza o emprego de
corantes e outros aditivos.
aditivos, tendo como parâmetros os resultados das
http://www.padboulevard.com.br/imagens/tabuafriosgrd.jpg
pesquisas internacionais e as recomendações do
Comitê Conjunto dos Peritos em Aditivos
Alimentares.
Nas embalagens dos produtos alimentícios industrializados, até há pouco tempo, os aditivos apareciam codificados (letras
seguidas de números romanos), mas atualmente eles devem ser obrigatoriamente relacionados nos rótulos, tendo seus nomes
grafados por extenso.
Os aditivos se dividem em algumas categorias básicas que foram apresentadas no quadro 1.
Nomes Funções

Antioxidantes Impedem as reações com o oxigênio. Assim, essas substâncias evitam a rancificação* dos
alimentos ricos em gorduras, principalmente em produtos como margarinas e maioneses.

Aromatizantes e flavorizantes: Realçam ou intensificam o sabor e o odor dos alimentos e, por isso, são usados para evitar
que os produtos percam parte de seu sabor e aroma durante o processo de fabricação ou de
armazenamento.
Essas substâncias podem ser extraídas de matérias primas naturais como frutas e vegetais.
Existem, entretanto, aromas artificiais, sintetizados a partir de substâncias identificadas nos
aromas naturais, como o aroma imitação de baunilha, usado em bolos, biscoitos e pudins
caseiros. Existem, ainda, os aromas naturais reforçados, que são aromatizantes naturais
com um acréscimo de aromas artificiais.

Conservantes Conservam os produtos, impedindo a proliferação de micro-organismos ou de enzimas que


possam provocar transformações químicas capazes de causar alterações nos alimentos.

Corantes Conferem ou intensificam a cor natural dos alimentos para melhorar a sua aparência,
tornando-os mais vistosos e atraentes. Os corantes naturais são extraídos de matérias primas
como frutas e vegetais, um exemplo é o beta-caroteno, uma das formas de vitamina A, que
pode ser extraído de cenouras ou abóboras amarelas. Há também corantes extraídos da
beterraba e de vegetais verdes.
Os corantes artificiais são usados sempre que não for possível obterem-se determinadas
tonalidades com corantes naturais, tais como algumas nuanças de vermelho e amarelo. O
uso desses corantes é muito maior na América Latina e em países tropicais do que na
Europa, onde existe uma preferência por alimentos com tonalidades mais claras.

Espessantes Têm a finalidade de aumentar a viscosidade dos alimentos. Em geral, são extraídos de
plantas, como algas, ou de sementes. Os espessantes são utilizados em alimentos cremosos
como margarinas e sorvetes.

Estabilizantes São usados para manter a homogeneidade dos alimentos, pois impedem a separação dos
diferentes ingredientes que fazem parte de uma mistura. Frequentemente, eles são
produzidos a partir de óleos vegetais, como a lecitina de soja. São usados para manter
partículas sólidas em suspensão em misturas heterogêneas como maionese.

Umectantes Impedem o ressecamento dos produtos, pois são substâncias que retêm água,

Antiumectantes Evitam a absorção de água pelos alimentos.

Edulcorantes: Substâncias doces de baixo teor calórico, que substituem o açúcar em dietas destinadas às
pessoas que necessitam evitar o seu consumo. Os edulcorantes são também chamados
de adoçantes e como exemplo podemos citar o ciclamato de sódio e a sacarina sódica, ainda
muito usados no Brasil, mesmo que essas substâncias sejam proibidas em alguns países.
Quadro 1 – Categorias básicas de aditivos alimentares.

Atividade 1 – Examinando rótulos


A tabela a seguir mostra alguns exemplos de aditivos encontrados em produtos que utilizamos em nossa alimentação. Nesta
atividade, os alunos deverão coletar dados em rótulos de alimentos industrializados e, após pesquisar a respeito dos aditivos
encontrados, fazer uma tabela semelhante à que se segue utilizando os dados obtidos. A tabela deverá conter 10 itens.
Nº PRODUTO CÓDIGOS UTILIZAÇÃO NOMENCLATURA FÓRMULA

01 sorvetes AI antioxidante ácido ascórbico C6H8O6

02 presuntos P VIII conservante nitrito de sódio NaNO2

03 iogurtes H VII acidulante ácido lático C3H6O3

Atividade 2 - Fazendo Sorvete


A receita transcrita a seguir foi encontrada na embalagem de um preparado em pó para sorvetes, este pode ser adquirido em lojas
de produtos para a produção caseira e industrial de sorvetes.

Ingredientes:
• 01 litro de leite.
• 10 colheres (sopa) de açúcar refinado.
• 02 colheres (sopa) de leite em pó.
• 01 colher (sopa) de preparado em pó para sorvetes, com o sabor de sua escolha.
• 01 colher (café) de liga neutra
• 01 colher (sobremesa) de emulsificante.
Modo de Preparar:
• Misture bem o açúcar, o leite em pó, o pó de sorvete e a liga neutra.
• Acrescente o leite e misture no liquidificador até ficar bastante espumoso.
• Deixe a mistura congelar em recipiente fechado.
• Ao congelado, acrescente o emulsificante e misture em batedeira até ficar bastante cremoso.
• Congele novamente, em um recipiente bem fechado, por aproximadamente 12 horas.
Algumas Informações adicionais
Alguns dos aditivos utilizados na fabricação do sorvete, que se encontram no preparado em pó para sorvetes, na liga neutra e no
emulsificante, são: gordura vegetal hidrogenada, alginato (EP.II), carboxilmetilcelulose sódica (EP.III), musgo irlandês (EP.VI),
goma arábica (EP.V), mono e diglicerídeos (ET.III), polissorbato 80 (ET..XVI), aromatizante, corantes artificiais (C.II), ácido láctico
(H.VII).

Questões para pesquisa em grupo


1. Se vocês residem na Grande Belo Horizonte não terão dificuldade em encontrar uma dessas lojas que vendem produtos para a
produção industrial ou caseira de sorvetes. Mas se não tiverem acesso a uma delas, poderão usar rótulos de embalagens de
sorvetes para fazer o seu trabalho. Pesquisem nos rótulos os aditivos que os sorvetes contêm.
2. Verifiquem, na bibliografia pertinente, para que são utilizados os aditivos relacionados nesses rótulos, as quantidades em que o
seu uso é permitido e também se oferecem algum perigo para a nossa saúde.
Questões para discussão
1. Qual é o papel dos aditivos químicos no sorvete e quais são as vantagens e desvantagens do uso dessas substâncias?
2. Vocês encontraram alguma informação sobre eventuais riscos do uso de alguns desses aditivos na pesquisa que fizeram?
Quais?
3. Na opinião de seu grupo, quais os perigos que a falta de conhecimento dos consumidores sobre os aditivos pode representar?
4. Vocês, provavelmente, encontraram, durante a sua pesquisa, informações sobre a legislação brasileira a respeito dos aditivos.
Qual é a opinião do grupo sobre essa legislação?
5. Do ponto de vista químico para que servem os aditivos?
6. Que utilidade têm os aditivos para a nossa vida?

Atividade 3 – Analisando preparados artificiais sólidos para refresco


Os preparados artificiais sólidos para refresco, mais conhecidos como “pós para refresco”, já fazem parte do dia a dia do
consumidor brasileiro, dada à sua facilidade de preparo, ao seu alto rendimento e ao seu baixo preço, bem menor do que o de
refrigerantes e sucos prontos para o consumo.
O principal público alvo desses produtos são as crianças, como podemos observar nos comerciais da TV que, na maioria das
vezes, utilizam temas e personagens infantis para anunciar o produto. Certamente, não é difícil atrair as crianças com a
diversidade de cores e sabores existentes desses produtos! A principal característica desses produtos são as suas cores vivas
devidas à adição de corantes.
De acordo com o INMETRO*, as diversas marcas disponíveis para o consumidor podem ser analisadas segundo os seguintes
critérios:
a. Características do rótulo.
b. Características físico-químicas.
c. Características microbiológicas.
d. Características sensoriais.
Os testes necessários para a análise das características físico-químicas e microbiológicas exigem aparelhagem especial e devem
ser realizados em um laboratório, mas o exame do rótulo e das características sensoriais pode ser realizado em sala de aula.
Nesta atividade, observaremos os rótulos e as características sensoriais de cinco amostras de marcas diferentes de “pó para
refresco” e também discutiremos um pouco sobre o conhecimento necessário às análises fisico-químicas e microbiológicas desse
produto.
Glossário
*INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.
O INMETRO é um órgão que fiscaliza se a qualidade de produtos industrializados está de acordo com
os padrões estabelecidos para esses produtos. Os produtos recebem o selo do INMETRO depois que
são aprovados em diversos testes.

Trabalho em grupo
A. Verificando rótulos de preparados para refresco
A análise do rótulo tem por objetivo verificar se ele ou se a embalagem do produto fornece todas as informações necessárias para
o consumidor, tais como prazo de validade, data de vencimento, informações a respeito do fabricante ou importador, rótulo
traduzido para o português (no caso de produtos importados) e características básicas do produto como, por exemplo, a sua
formulação.
Tarefa 1 – Observe os rótulos de 5 marcas diferentes de preparados sólidos para refresco, verificando se são fornecidas todas as
informações necessárias para o consumidor.
Questão 1 – Faça uma lista dos aditivos declarados em cada um dos produtos e compare-os entre si para verificar se há
incidência dos mesmos em todas as amostras, ou não, e em que se diferem das outras.
B. Discutindo as características físico-químicas
A análise das características físico-químicas tem como objetivo verificar se as amostras analisadas atendem aos padrões de
qualidade e identidade definidos pela legislação vigente. Nessa análise, deve-se verificar se existe conformidade das informações
sobre a formulação declaradas pelo fabricante e as substâncias existentes no produto.
Deve-se observar também se os aditivos, principalmente os corantes declarados no rótulo, estão de acordo com o resultado da
pesquisa realizada, se os aditivos encontrados são permitidos e se estão dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
Tarefa 2 – Pesquise as quantidades permitidas pela legislação para cada aditivo encontrado na formulação do produto.
Questão 2 – Discuta em seu grupo que testes poderiam ser feitos para verificar se os padrões de qualidade do produto estão
sendo obedecidos pelo fabricante. Apresentem suas ideias para os outros grupos.
C. Discutindo as características microbiológicas
A análise do ponto de vista microbiológico tem o objetivo de verificar se o produto não está contaminado por bactérias, fungos
(bolor), etc.
Em relação às possíveis contaminações, uma das mais preocupantes se refere à contaminação por Salmonellas, bactérias
patogênicas encontradas em intestinos de animais que pode causar afecções gastrointestinais.
As condições de higiene em que o produto é processado podem ser medidas pela quantidade presente nos produtos
das bactérias coliformes, bactérias presentes no intestino de animais.
A contaminação por mofo ou bolor está relacionada com a deficiência no armazenamento do produto.
De acordo com o INMETRO, os preparados sólidos para refresco devem estar em conformidade com os seguintes parâmetros:
• Salmonellas: ausência em 25 g.
• Bolores e leveduras: máximo de 5 x 103 / g.
• Coliformes de origem fecal: máximo 10 / g.
Tarefa 3 – Pesquise quais aparelhos e conhecimentos são úteis para a análise de bactérias e de mofo nos produtos.
Questão 3 – Discuta em seu grupo e apresente para os outros grupos as suas ideias a respeito das condições de higiene em que
são processados, nas indústrias alimentícias e nos restaurantes, os alimentos para o nosso consumo.
D. Avaliando as características sensoriais
Essa análise tem por objetivo avaliar as características inerentes ao produto e à matéria-prima utilizada para a sua fabricação. De
acordo com o INMETRO, essas características devem ser avaliadas segundo os seguintes parâmetros:
• Aparência: pó fino ou granulado, homogêneo ou heterogêneo, etc.
• Cor: se está de acordo com os componentes descritos no rótulo, se está em conformidade com o sabor indicado, etc.
• Cheiro: próprio ou característico, também conforme os componentes indicados no rótulo.
• Sabor: próprio ou característico, conforme as indicações do rótulo.
Tarefa 4 – Verificar, para as cinco amostras analisadas, os quatro aspectos descritos e fazer uma tabela semelhante à
apresentada a seguir.
Produto Aparência Cor Cheiro Sabor

pó para refresco da marca XXX pó fino e homogêneo vermelho próprio de morango próprio de morango
Questão 4 – A partir da análise sensorial dos preparados artificiais sólidos para refresco, você identificou alguma irregularidade?
Justifique sua resposta.
Questão 5 – Você recomenda o uso de pós para refresco? Justifique sua resposta.

Os aditivos em nosso organismo


Os aditivos, embora tenham muita utilidade para a conservação e para o melhoramento da qualidade dos produtos que
consumimos, podem se tornar perigosos quando ingeridos em quantidades que o nosso organismo não consegue eliminar.
Os corantes podem ser responsáveis por processos alérgicos que podem se manifestar como erupções na pele ou até como
problemas respiratórios, sua gravidade variando de acordo com a sensibilidade de cada pessoa.
De acordo com resultados de pesquisas divulgados na Austrália, 90% dos casos de asma em crianças e 60% em adultos, são
causados por alergia. Ainda segundo a pesquisa divulgada na Austrália, a asma alérgica pode ser provocada por alimentos ou
por quaisquer outras substâncias as quais a pessoa seja alérgica ou sensível, como por exemplo, leite, trigo, ovos, peixe, poeira,
pólen, mofo, fumaça de cigarro, dióxido de nitrogênio (entre outros gases poluentes), aditivos de alimentos (como o corante
tartazina, adicionado em pós para refresco, geleias e sorvetes), e o agente clareador dióxido de enxofre, usado em sucos naturais
de frutas.
Hoje em dia, é muito pequena a quantidade de carne preservada só pelo uso de sal comum. Já faz muito tempo que se descobriu
que a presença não intencional do salitre (nitrato de sódio), como uma impureza no sal comum, proporcionava à carne uma cor
rosada ou vermelha muito atraente. Com o passar do tempo os nitratos e nitritos se tornaram quase indispensáveis às conservas,
ao toucinho defumado, ao presunto e outros embutidos, e também à carne maturada. Apesar da Antiguidade do processo, só
muito recentemente foram reconhecidas as propriedades antimicrobianas do nitrito.
Há muitas variações nos procedimentos de maturação, sendo a mais conhecida a injeção na carne, de aproximadamente 5% do
seu peso, de uma salmoura contendo nitrato de sódio (NaNO3), ou nitrato de potássio (KNO3), e cloreto de sódio (NaCl), e às
vezes, um pouco de açúcar (C12H22O11). A carne é submersa em uma solução semelhante durante alguns dias. Até que a fase de
maturação seja completada, os sais serão distribuídos uniformemente ao longo dos tecidos da carne e uma série complexa de
reações terá dado lugar a coloração avermelhada característica do presunto. A seguir, apresentamos as equações que resumem
as características essenciais dessas reações:
(I) O nitrato (NO3-), presente na solução, é reduzido a nitrito (NO2-) em presença de enzimas:
NO3 - + 2 [H] NO2 - + H2O
(II) O nitrito (NO2 ) oxida Fe , presente na carne, para Fe3+
- 2+

Fe 2+ + NO2 - + H + Fe 3+ + NO + OH -
3+
(III) O óxido nítrico (NO) resultante reage com Fe para formar o pigmento vermelho que torna a carne mais vermelha. (NO).
O uso de nitrato em alimentos tem sido objeto de estudos, que apontam a possível formação de substâncias cancerígenas em
nosso organismo. Assim, é recomendável que tais produtos sejam utilizados com cautela e moderação.
Os métodos de conservação dos alimentos têm por objetivo impedir que os alimentos se estraguem devido a alterações
provocadas por bactérias, fungos e enzimas. Esses métodos devem reduzir ou eliminar a quantidade de micro-organismos e de
enzimas que causam a deterioração; criar um meio desfavorável para o desenvolvimento desses micro-organismos e para a
atividade enzimática; e também controlar a rapidez dessas reações para que seja possível o armazenamento dos alimentos por
mais tempo.
Entretanto, os mesmos métodos que impedem que os alimentos se estraguem podem também diminuir o seu valor nutritivo. Um
exemplo disso é o uso do calor, que pode destruir muitos micro-organismos e enzimas e, ainda, provocar a decomposição de
proteínas, vitaminas e gorduras. O resfriamento e o congelamento também podem causar perda do valor nutritivo dos alimentos,
ainda que em menor grau que o aquecimento.
Quanto ao emprego de aditivos em nossa alimentação, esse tem sido um tema causador de muita polêmica, pois ao mesmo
tempo em que eles fazem o papel de conservantes e melhoram a estética dos alimentos, também podem provocar danos à nossa
saúde, que vão desde as manifestações alérgicas até ao desenvolvimento de câncer e outros tumores.
Pensando em tudo isso, acreditamos que se os consumidores tiverem maiores informações sobre o que comem, poderão optar
por alimentos saudáveis, fazendo com que o mercado alimentício invista mais na qualidade dos seus produtos, não apenas na
estética, mas também com o propósito de preservar a saúde do consumidor.

Estudando as reações de deterioração dos alimentos


A deterioração dos alimentos é devida à ocorrência de reações químicas. Elas podem ser provocadas por enzimas e geralmente
são reações de decomposição, de hidrólise ou de oxidação de algumas ou de várias substâncias. Nessa unidade, estudaremos
algumas características dessas reações.
Uma delas é a rapidez com que as reações ocorrem. Isso vai depender, entre outros fatores, da temperatura em que o alimento é
armazenado. Um outro fator que influencia a rapidez dessas reações é a presença de enzimas, que funcionam
como catalisadores* do processo de decomposição e, portanto, aumentam a rapidez com que essas reações se processam.
Para impedir que os alimentos se estraguem ou, pelo menos, para retardar o processo de deterioração, permitindo que o alimento
possa ficar armazenado por mais tempo, são utilizados métodos de conservação que têm o objetivo de inibir essas reações. A
defumação, a conservação pelo uso do calor, do resfriamento e por adição de sal ou de açúcar, são métodos conhecidos e
utilizados há bastante tempo. Além desses antigos métodos, a conservação dos alimentos pode ser feita pelo uso de aditivos
alimentares, especialmente dos conservantes.

A defumação é um processo de conservação de alimentos.


http://www.catira.com.br
Geralmente, pode-se verificar se um alimento está estragado pelas mudanças que ocorrem em suas características sensoriais,
também chamadas organolépticas, que são: aparência, cor, sabor e cheiro. Entretanto, é possível que essas características não
mudem e que o alimento esteja contaminado por aditivos acidentais* ou pela presença de micro-organismos* que sobreviveram
aos métodos de conservação que o alimento foi submetido ou, ainda por toxinas* produzidas por alguns desses micro-organismos.
As principais origens de aditivos acidentais é a utilização incorreta de agroquímicos* durante a produção dos alimentos e os
acidentes causadores de eliminação de resíduos tóxicos para o ambiente. A presença dos micro-organismos pode ser causada
por falhas na vedação das embalagens que deixam o alimento em contato com o ambiente ou pelo manuseio em condições
inadequadas de higiene durante o processamento ou, ainda, por condições de temperatura impróprias para o armazenamento do
produto.
Um grande risco de intoxicação por ingestão de alimentos enlatados é devido a uma bactéria denominada Clostridium botulinum,
que possui grande resistência a altas temperaturas e pode sobreviver em ambientes sem ar, pois se trata de uma
bactéria anaeróbica*. É por isso que os enlatados, principalmente aqueles que contêm proteínas de origem animal, são os
principais responsáveis pelo botulismo, doença que provoca distúrbios no aparelho digestivo, no sistema nervoso e na visão,
podendo ser letal se o paciente não tiver medicação adequada em 72 horas.
Na deterioração dos alimentos, as enzimas fazem com que algumas das substâncias presentes se transformem em outras e,
assim, o alimento tem as suas características sensoriais e o seu valor nutritivo modificados, podendo ainda causar intoxicação se
ingerido.
Ao comprarmos produtos alimentícios, devemos sempre verificar se o seu aspecto está dentro dos padrões desejados. Se o
produto estiver estragado, devemos trocá-lo ou devolvê-lo ao estabelecimento em que o compramos e, se o comerciante não
quiser trocá-lo, devemos procurar os órgãos competentes.
GLOSSÁRIO
Agroquímicos: pertinentes à ação de produtos químicos sobre as culturas agrícolas. Designação genérica
para os defensivos agrícolas e fertilizantes.
Aditivos acidentais: substâncias encontradas nos alimentos que não fazem parte de sua composição e não
foram adicionados a eles intencionalmente. Podem ser resultado de contaminação pelo uso de agroquímicos
ou pelo processamento e armazenamento do alimento em condições inadequadas ou, ainda, pela exposição
acidental à radiação.
Toxinas: substâncias tóxicas para o organismo humano, especialmente aqueles formados por bactérias.
Micro-organismos: pequenos seres vivos que não podem ser vistos a olho nu, como bactérias, fungos e
vírus, os quais, muitas vezes, são causadores de deterioração da matéria orgânica nos alimentos e de
doenças em nossocorpo.
Bactérias anaeróbicas: aquelas que não necessitam de oxigênio atmosférico para a sua respiração.
Tecnologia de alimentos: ciência que estuda a preservação e a industrialização dos alimentos.
Catalisadores: substâncias que aumentam a rapidez das reações e que são recuperadas ao final do
processo sem que tenham sofrido modificação química permanente.

Alimentos e Cinética Química


Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva
continuação / ver parte I

Reações dos alimentos que contêm lipídios


Algumas das alterações químicas de produtos alimentícios podem ser percebidas com frequência em alimentos que contêm lipídios[1]. Alguns
exemplos de alimentos ricos em lipídios são: queijos, manteiga, óleo de soja, azeite, presunto e outros produtos que contêm gorduras de origem
animal ou vegetal. Tanto durante o processamento, como durante o armazenamento ou uso, os lipídios, como componentes de produtos
alimentícios, podem sofrer transformações químicas dentre as quais a rancificação é um dos problemas mais comuns.
Além das alterações causadas pela rancificação, outras reações que ocorrem nos alimentos que contêm lipídios podem resultar em modificações
de algumas de suas propriedades, entre as quais está o aparecimento de cheiro e sabor desagradáveis, dependendo do tipo de lipídio.
Os lipídios são constituídos de glicerídios, que são ésteres derivados da glicerina. Os ésteres são compostos cuja fórmula geral pode ser
representada por: RCOOR’, no qual R e R’ representam radicais* constituídos de cadeias carbônicas contendo carbono e hidrogênio, tais como
CH3– (CH2) – .
O ranço*, que é o cheiro e o gosto característicos dos alimentos que passam por reações de rancificação, é devido à produção de compostos
pertencentes às funções orgânicas aldeídos, cetonas e álcoois. Além dessas, os ácidos carboxílicos também são responsáveis pelo cheiro
desagradável de alimentos deteriorados.
Para que possamos entender melhor o que são os lipídios e as reações que causam a deterioração dos alimentos que os contêm, estudaremos um
pouco sobre as funções químicas ou mais precisamente, sobre algumas funções orgânicas.
GLOSSÁRIO
Ranço: alteração do cheiro e do sabor dos alimentos que contêm gorduras é caracterizado por um cheiro forte
e sabor azedo.
Radical: um grupo de átomos, presentes em um composto ou existindo sozinho.

Algumas funções da química orgânica


Função química é um conjunto de compostos que possuem algumas propriedades comuns, devido às características comuns que existem em suas
estruturas. Assim, funções orgânicas são grupos de substâncias constituídas de compostos de carbono que têm algumas características e
propriedades comuns.
Os compostos orgânicos são aqueles constituídos por carbonos que na maioria das vezes são ligados a hidrogênio, podendo conter também
oxigênio, nitrogênio, enxofre e halogênios (F, Cl, Br e I). Nesse fascículo, nos limitaremos ao estudo de alguns compostos orgânicos que contêm
oxigênio.
A característica estrutural que determina a que função pertence determinado composto é chamada de grupo funcional. O quadro 2 relaciona
algumas funções oxigenadas com seus respectivos grupos funcionais (em negrito) e alguns exemplos de compostos.
Função Fórmula Geral Exemplos Nome

CH3OH metanol
CH3CH2OH etanol
álcoois R-OH
CH3CH2CH2OH propanol
CH3CH2CH2CH2OH butanol

HCHO metanal
CH3CHO etanal
aldeídos RCHO
CH3CH2CHO propanal
CH3CH2CH2CHO butanal

CH3COCH3 propanona
cetonas RCOR’
CH3CH2COCH3 butanona
HCOOH ácido metanóico
CH3COOH ácido etanóico
ácidos carboxílicos RCOOH
CH3CH2COOH ácido propanóico
CH3CH2CH2COOH ácido butanóico
Compostos pertencentes às funções orgânicas que aparecem nessa tabela são produzidos por reações dos lipídios. Essas reações fornecem
ainda ácidos graxos que têm cheiro desagradável. Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos possuindo geralmente cadeias carbônicas longas
(com muitos carbonos).
Uma das reações que produz ácidos graxos a partir dos lipídios é a de hidrólise. Hidrólise é uma reação em que um dos reagentes é a água. Nos
alimentos, a hidrólise geralmente é enzimática, ou seja, ou catalisada por uma enzima, e pode ocorrer com uma rapidez apreciável quando o
alimento é submetido ao aquecimento. Mesmo que tal transformação atinja apenas uma pequena parte da gordura, o forte cheiro de alguns dos
ácidos graxos liberados é suficiente para causar alteração bastante sensível no alimento.
Não vamos, nesta unidade, aprofundar o estudo das reações dos lipídios. Ressaltaremos apenas alguns pontos necessários para o entendimento
do que estamos priorizando agora – meios de diminuir a rapidez com que essas reações ocorrem, evitando assim a deterioração dos alimentos
que contêm lipídios.

Derivados de leite
http://www.leonivacuo.com
Estudos das reações de rancificação dos lipídios indicaram a formação de radicais livres*, tais como ROO., RO. e .OH, que reagem com o
oxigênio sob a ação de luz e calor. Quaisquer que sejam os mecanismos pelos quais essas reações ocorrem, observa-se a formação de aldeídos,
cetonas e álcoois, responsáveis pelo cheiro característico de ranço, muito comum em produtos de laticínios deteriorados como, por exemplo, na
manteiga. Em outras etapas das reações, observa-se o aparecimento de outras substâncias responsáveis pelas mudanças de gosto e de cor, além
da destruição das vitaminas C, A, D e E e do caroteno.
Sabe-se que a rapidez das reações de deterioração dos alimentos que contêm lipídios está relacionada à rapidez da formação dos radicais livres,
que pode ser favorecida pela presença de íons metálicos tais como os de ferro, cobalto e cobre. Observa-se, também, que pequenas quantidades
de lipídios rancificados promovem a rancificação de outros lipídios, pois servem de fontes de radicais livres para dar início ao processo de
oxidação. Assim, procurou-se identificar compostos que dificultem a formação desses radicais livres e que retardem a rancificação. Tais
compostos, chamados antioxidantes, impedem a formação dos radicais livres e a sua oxidação para a produção de aldeídos, cetonas e álcoois e
de outras substâncias que resultam desse processo.
Entre os antioxidantes permitidos pela legislação brasileira, os mais utilizados são o t-butil-hidroxianisol (BHA) e o di-t-butil-hidroxitolueno
(BHT). Esses antioxidantes, que impedem que os radicais livres se formem, não são muito eficientes quando o processo de rancificação já foi
iniciado. Alguns ácidos, como o cítrico, o ascórbico e o fosfórico, são usados como antioxidantes indiretos, pois impedem que os íons metálicos
atuem como catalisadores do processo. Para evitar a rancificação, é também recomendável que os produtos que contêm lipídios sejam
armazenados em baixas temperaturas e em embalagens que impeçam a passagem de luz.
GLOSSÁRIO
Radical livre: átomo ou grupo de átomos com um ou mais elétrons de valência desemparelhados. A
maioria dos radicais livres é muito reativa.

Reações dos alimentos que contêm carboidratos


Os carboidratos são substâncias sintetizadas em organismos vegetais e têm um papel muito importante para a vida animal. Os carboidratos mais
importantes para a vida animal são: a glicose (C6H12O6), a celulose, o amido e o glicogênio. A celulose, que forma a estrutura dos vegetais, é
um polímero constituído por milhares de moléculas de glicose. Também o amido e o glicogênio são formados pela combinação de moléculas de
glicose e o glicogênio constitui uma reserva de glicose em organismos animais.
Nossa alimentação é predominantemente constituída de carboidratos; amido e açúcares de origem vegetal e também de carnes e gorduras que
contêm proteínas sintetizadas nos organismos animais a partir do amido e da celulose. Os ruminantes, que são herbívoros, têm a capacidade de
sintetizar proteínas a partir da celulose e assim podem se alimentar de capim.
Em nosso organismo, o amido e os açúcares são transformados em glicose, e uma parte da glicose é transformada em proteína e outra em
gordura, através de reações enzimáticas. As proteínas por sua vez são polímeros cujos constituintes básicos são aminoácidos, compostos de
função mista, contendo o grupo funcional dos ácidos carboxílicos (-COOH) e o das aminas (-NH2).
Como as fontes de carboidratos são muito importantes para a nossa alimentação, é importante conhecermos o seu comportamento químico para
que possamos preservar os alimentos durante o seu armazenamento. Algumas das reações de deterioração dos alimentos ricos em carboidratos
ocorrem com a participação de açúcares e aminoácidos formando novos compostos escuros e de alta massa molecular, que recebem o nome
de melanoidinas, e são responsáveis pelo escurecimento dos alimentos.
As reações de escurecimento ou de produção de melanoidinas podem ser consideradas úteis quando conferem ao alimento características
desejáveis para o consumidor, como é o caso da produção de caramelo, um dos corantes naturais mais utilizados, e também do café e o cacau só
adquirem seus sabores e aromas característicos após a torrefação. Também os aromas típicos do pão ou da carne assados são exemplos das
consequências dessas reações.
Entretanto, em outros casos, os produtos resultantes dessas reações podem tornar a cor e o sabor do alimento inaceitável para o consumo, além
de provocar a perda de proteínas necessárias para o homem. As reações não enzimáticas de escurecimento de alimentos que contêm carboidratos
e proteínas ocorrem com perda de aminoácidos e açúcares.
Em reações de escurecimento de alimentos ricos em carboidratos, como as que ocorrem nas frutas, algumas têm a participação de enzimas e
outras ocorrem por oxidação não enzimática. O escurecimento de maçãs, banana e de abacate cortados quando expostos ao ar são exemplos
dessas reações de oxidação e para impedi-las é necessário o uso de um antioxidante, como o ácido acético ou o ácido ascórbico. Por essa razão,
para evitar o escurecimento de maçãs cortadas, podemos usar suco de limão ou vinagre.

Atividade 4 - Estudando as condições que favorecem o crescimento de fungos

gorgonzola cogumelos pão mofado

www.ciberarte.com.br

Trabalho em grupo
Os alimentos, quando não são processados e armazenados convenientemente, podem sofrer ataques de bactérias e fungos, responsáveis pela
deterioração dos mesmos. Nesta atividade, estudaremos as condições fisico-químicas favoráveis para a cultura desses micro-organismos.
É bom lembrar que os fungos não são sempre prejudiciais aos alimentos. Alguns, como as leveduras, são empregados em processos
fermentativos na fabricação de pães, queijos e bebidas alcóolicas. Outros, como os cogumelos, são comestíveis e, ainda, há os que são
responsáveis pela decomposição de matéria orgânica, transformando-a em adubos. Assim, o estudo das condições que favorecem o crescimento
dos fungos é muito importante, tanto para a conservação, como para a produção de alimentos.

Material
• 6 copinhos descartáveis (de café), numerados de 1 a 6.
• folhas de “plástico filme” para embalagens de alimentos.
• colher de sopa.
• panela pequena.
• copo de vidro.
• amido de milho ou farinha de trigo.
• óleo.
• vinagre.
• água.

Como fazer
1. Coloque duas colheres (sopa) de amido de milho ou farinha de trigo e um copo de água numa panela e misture.
2. Leve a panela ao fogo para cozinhar a mistura, mexendo até que adquira a consistência de mingau.
3. Despeje o mingau até a metade de cada um dos 6 copinhos descartáveis.
4. Cada copo deve receber o seguinte tratamento:
copo 1 – deixar aberto.
copo 2 – cobrir imediatamente com plástico, vedando-o por completo.
copo 3 – cobrir com uma camada de óleo.
copo 4 – cobrir com uma camada de vinagre.
copo 5 – deixar aberto e colocar na geladeira .
copo 6 – cobrir imediatamente com plástico e colocar na geladeira.
5. Durante uma semana, observe diariamente os copos. Anote suas observações.

Questões para discussão do grupo


1. Em que copo o aparecimento de fungos foi mais rápido? E em quais foi mais lento?
2. Com base em suas observações, indique as condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos.
3. Se desejarmos impedir que os fungos se desenvolvam nos alimentos que consumimos, como devemos proceder?

Seção III: Estudando a rapidez das reações químicas


Podemos observar ao nosso redor a ocorrência de inúmeras reações químicas e sabemos que muitas delas são utilizadas industrialmente para a
produção de muitas substâncias. Algumas dessas reações podem ser percebidas por suas evidências e também pela rapidez com que ocorrem,
outras ocorrem muito lentamente e não podemos percebê-las enquanto acontecem. Um bom exemplo disso é a decomposição de material
orgânico para formação do petróleo, que demora milhões de anos para acontecer. Ao contrário, as reações que ocorrem durante a deterioração
dos alimentos são relativamente rápidas embora também não seja possível vê-las acontecer; somente as modificações que elas causam aos
alimentos. Há ainda reações como as que ocorrem durante a explosão de uma dinamite, que são muito rápidas; acontecem num piscar de olhos e
causam grandes transformações.
Estudar a rapidez com que as reações ocorrem tem importância fundamental para a química, pois assim as reações podem ser controladas de
maneira que podemos apressar reações muito lentas ou retardar reações muito rápidas, ou mesmo impedir que algumas ocorram durante
determinado tempo se isso se fizer necessário. A deterioração dos alimentos é uma dessas reações e deve ser impedida pelo menos durante
algum tempo entre seu processamento e consumo.
O estudo da rapidez das reações químicas constitui um ramo da química denominado Cinética Química. Nesta seção estudaremos alguns
aspectos qualitativos da cinética química, mais precisamente alguns fatores que influenciam a rapidez com que ocorrem algumas reações
envolvidas nos processos de deterioração dos alimentos.

Fatores que afetam a rapidez de uma transformação química


As transformações químicas podem ocorrer lenta ou rapidamente, dependendo das condições físico-químicas em que ocorrem. Assim, diversos
fatores, entre outros, determinantes de processos lentos ou rápidos que podem interferir na sua rapidez são: a temperatura, a superfície de contato
entre os reagentes, a concentração dos reagentes e a presença de catalisadores.
As transformações químicas sempre ocorrem mais rapidamente quando a temperatura do sistema em que o processo está ocorrendo é aumentada.
Assim, podemos dizer que o aumento de temperatura favorece a ocorrência das reações químicas, pois está relacionada diretamente à energia
cinética* das moléculas dos reagentes. Quanto maior a energia cinética dos reagentes, maior o número de colisões, o que aumenta a
possibilidade da ocorrência de choques efetivos entre as moléculas dos reagentes e resultam em novas combinações químicas.
O processo também pode ocorrer com maior rapidez quando a superfície de contato entre os reagentes é maior; assim reagentes pulverizados, ou
sólidos dissolvidos em água reagem mais rapidamente.
Os catalisadores são substâncias que podem aumentar a rapidez de uma transformação química. Os mecanismos pelo qual esse fenômeno ocorre
não são sempre conhecidos, mas muitas substâncias capazes de aumentar a rapidez de transformações químicas importantes, realizadas
industrialmente, são conhecidas e amplamente utilizadas. Existem também algumas substâncias, chamadas de inibidores, que atuam em uma
transformação química inibindo o processo, sendo utilizadas quando é necessário diminuir a rapidez dessa transformação.

Fatores que afetam a reação de escurecimento dos alimentos


1 – Efeito da temperatura
A reação de escurecimento dos alimentos é favorecida pelo aumento de temperatura. Observa-se que os alimentos resfriados ou congelados são
pouco atingidos por esse problema. A rapidez da reação praticamente é duplicada com o aumento de cada 10ºC no intervalo entre 40ºC e 70ºC.
2 – Efeito do pH
Em meio ácido, a reação de escurecimento dos alimentos é inibida e, praticamente, não ocorre. Em meio neutro, a reação ocorre com máxima
rapidez e, em meio alcalino, ocorre uma rápida degradação dos carboidratos (açúcares), independente da presença de aminoácidos. As reações de
escurecimento de frutas por oxidação só podem ser inibidas em meio ácido se esse ácido funcionar como antioxidante. É por isso que podemos
usar uma solução de vinagre ou limão para impedir o escurecimento de maçãs picadas, pois o ácido acético presente no vinagre e o ácido cítrico
presente no limão funcionam como antioxidantes.
3 – Efeito da concentração dos reagentes
No caso dos alimentos, esse efeito está ligado à presença de água. Quando os componentes do alimento se encontram dissolvidos até o ponto de
se apresentarem como soluções diluídas ocorre uma diminuição da atividade enzimática. Isso faz com que a rapidez da reação de escurecimento
do alimento seja diminuída, devido à baixa concentração dos reagentes.
4 – Efeito da natureza dos carboidratos e dos aminoácidos
Esse efeito está ligado à natureza dos reagentes que interfere na rapidez de qualquer reação. No caso das reações de escurecimento dos
alimentos, observa-se que quanto maior a molécula do carboidrato (ou de açúcar), menor a rapidez das reações. Quanto aos aminoácidos,
verifica-se que a rapidez da reação é favorecida pela presença da lisina, que é um aminoácido básico, seguido pelo aminoácido glutâmico, que é
ácido. Já a glicina, um aminoácido neutro, promove reações de escurecimento mais lentas.
6 – Efeito dos catalisadores
Os catalisadores são substâncias que participam de etapas intermediárias das reações. Eles aumentam a rapidez destas e são recuperados
juntamente com o produto final sem sofrer nenhuma alteração permanente. Observa-se que as reações de escurecimento dos alimentos podem
ocorrer com maior rapidez em presença de substâncias tais como: os ânions fosfato, citrato e íons Cu 2+, que funcionam como catalisadores do
processo.
7 – Efeito dos inibidores
A reação de escurecimento de alimentos que contêm carboidratos pode ser inibida pela adição de dióxido de enxofre (SO 2), que interrompe a
sequência de reações que levam à formação das melanoidinas e portanto impede o escurecimento dos alimentos. É por isso que o dióxido de
enxofre é usado como aditivo alimentar em sucos de frutas, geleias e outros produtos. Quando adicionado em excesso, o dióxido de enxofre pode
causar alteração no sabor e odor dos alimentos, além de destruir a vitamina B1.

Atividade 5 - Estudando a atividade enzimática na decomposição


Trabalho em grupo
Já discutimos algumas razões pelas quais os alimentos se estragam. Vimos também que entre as reações químicas responsáveis pela deterioração
dos alimentos existem aquelas que são promovidas por enzimas. Uma dessas enzimas, encontradas em animais e vegetais, é a catalase. Nesta
atividade estudaremos a reação de decomposição da água oxigenada em presença da catalase e também a influência da temperatura na ação da
catalase.
As variações de temperatura podem provocar alterações na atividade enzimática. Em temperaturas mais baixas essa atividade diminui e, em altas
temperaturas, as enzimas não são produzidas, pois são destruídos os micro-organismos que as produzem. Uma das maneiras de se conservar os
alimentos é controlando a rapidez com que ocorrem as reações enzimáticas.
Material
• Água oxigenada (10 volumes).
• 6 tubos de ensaio.
• Suporte para os tubos de ensaio.
• 3 pedaços de fígado (um cru e à temperatura ambiente, um cru e congelado, e outro cozido)
• 3 pedaços de batata (nas mesmas condições do fígado)
• 6 etiquetas.

Como fazer
1. Numere os tubos de ensaio de 1 a 6. Adicione a cada um, água oxigenada até cerca de 2 cm de altura.
2. Adicione aos tubos 1, 2 e 3 os pedaços de fígado cru congelado, cru à temperatura ambiente e cozido, respectivamente.
3. Compare a rapidez com que o oxigênio sai dos tubos de ensaio. Anote suas observações na tabela de dados, utilizando as legendas:
XXX – saída do oxigênio em grande quantidade.
XX – saída do oxigênio em quantidade moderada.
X – não se percebe saída de oxigênio.
4. Repita os procedimentos 2 e 3, substituindo os tubos 1, 2 e 3 pelos tubos 4, 5 e 6, utilizando os pedaços de batata.
Tabela de Dados
Tubo Material Rapidez relativa da saída de oxigênio
1 Fígado cru congelado

2 Fígado cru em temperatura ambiente

3 Fígado cozido

4 Batata crua congelada

5 Batata crua em temperatura ambiente

6 Batata cozida

Questões
1. Houve decomposição da água oxigenada em todos os testes realizados?
2. Em quais condições experimentais a catalase decompõe mais rapidamente a água oxigenada? Em quais condições decompõe mais
lentamente?
3. Quando um alimento é cozido, sua temperatura atinge aproximadamente 100ºC. Qual o efeito causado por essa temperatura à atividade
enzimática? Utilize os resultados experimentais observados nos tubos 3 e 6 para responder a essa questão.
4. Como devemos proceder para evitar que ocorram reações enzimáticas nos alimentos que consumimos, ou para diminuir a rapidez dessas
reações e assim preservar por mais tempo os alimentos?
(Adaptação da atividade retirada do livro Conservação dos Alimentos, p.53,54).

Um pouco mais sobre a Cinética Química


A rapidez com que uma reação ocorre pode ser definida pela variação da concentração de uma das substâncias envolvidas no processo com o
tempo. À medida que a reação se processa, a concentração dos produtos aumenta e a concentração dos reagentes diminui, assim, a rapidez da
reação diminui à medida que a reação se processa, sendo maior no início do processo do que no final. Pode-se calcular a rapidez média de uma
reação a partir da variação da quantidade de determinado reagente (expressada em mol) consumido em um intervalo de tempo ou, a partir da
quantidade de produto que aparece em determinado tempo.
Supondo, como exemplo, que uma substância A reaja com uma substância B formando as substâncias C e D, podemos estudar a rapidez dessa
reação a partir dos dados apresentados no quadro a seguir:
A + B → C + D

Tempo A B C D

Início (tempo 0) 1 mol 1 mol 0 0

t = 1 min 0,8 mol 0,8 mol 0,2 mol 0,2 mol

t = 2 min 0,7 mol 0,7 mol 0,3mol 0,3mol

t = 3 min 0,65 mol 0,65 mol 0,35 mol 0,35 mol


Considerando-se os dados da tabela para o intervalo de 0 a 1 minuto, a rapidez da reação em relação ao reagente A pode ser calculada assim:
1 mol - 0,8 mol = 0,2 mol
0,2 mol
R(A) = R(A) =- 0,2 mol / min
1 min
O sinal (-) significa que o reagente A está sendo consumido. Assim, entendemos que a reação ocorre com um consumo de 0,2 mol do reagente A
por minuto.
A rapidez da reação também pode ser calculada a partir da quantidade de produto. Assim, ainda no intervalo de 0 a 1 min temos:
0,2 mol
R(C) = R(C) = 0,2 mol / min
1 min

Atividade
Calcule, utilizando os dados da tabela, os valores da rapidez da reação:
a) no intervalo de 0 a 2 min em relação ao reagente B e ao produto D.
b) no intervalo de 0 a 3 min em relação ao reagente A e ao produto C.

4 – Exercícios propostos
1. Para a reação A + 2B → C, cujas concentrações iniciais de A e de B são respectivamente 4, 25 e 7, 5 mol/ L, foram colhidos os seguintes
dados em uma análise:
Tempo (horas) Concentração do produto C

0 0,0 mol/L

1,0 1,5 mol/L

2,0 2,25 mol/L

3,0 2,5 mol/L

4,0 2,75 mol/L


A partir dos dados fornecidos, calcule:
a. a rapidez da reação no intervalo de 1 a 3 horas.
b. A concentração de A no tempo igual a 4 horas.
2. Um medicamento efervescente é comercializado sob a forma de comprimidos e em pó. Discuta com seus colegas e responda as questões a
seguir:
a. Esse medicamento deve ser dissolvido em água antes de ser ingerido. Ao ser colocado na água, observa-se uma reação que provoca a
liberação de gás carbônico com consequente formação de bolhas que constitui a efervescência. Em qual das duas formas do medicamento, a
rapidez da reação é maior? Justifique sua resposta.
b. Os medicamentos têm um prazo de validade e também são conservados em frascos especiais de acordo com a reatividade das substâncias que
contêm e da forma com que se apresentam. Considerando que as duas formas desse medicamento receberam o mesmo tipo de embalagem, qual
das duas formas corre mais risco de se estragar primeiro? Justifique sua resposta.
3. A tabela mostra resultados de experiências em que comprimidos de antiácido efervescente foram dissolvidos em água.
Estado do comprimido Temperatura da água (ºC) Tempo para se completar a dissolução

Inteiro 20 1

Inteiro 30 0,5

Pulverizado 20 0,7

Pulverizado 40 0,2
Considerando-se os resultados da tabela e os fatores que, em geral, influenciam a rapidez das reações, todas as alternativas estão corretas, exceto.
a) a pulverização aumenta a energia cinética das partículas.
b) a pulverização aumenta a superfície de contato entre as partículas do comprimido e as moléculas de água.
c) A rapidez da dissolução depende de mais de um fator.
d) o aquecimento aumenta a energia média das colisões entre as partículas do comprimido e as moléculas de água.
Módulo nº12
LIGAÇÕES QUÍMICAS E FORÇAS INTERMOLECULARES
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva

http://profs.ccems.pt/OlgaFranco

Tópicos do cbc e habilidades relacionadas


Eixo IV: Materiais – Aprofundamento
Tema 4 – Propriedades dos materiais
Tópicos: 12. Materiais: Substâncias metálicas
12.1. Reconhecer substâncias metálicas por meio de suas propriedades e usos.
12.1.1. Exemplificar as substâncias metálicas importantes. Exemplos: ferro, cobre, zinco, alumínio, magnésio, ouro, prata, titânio, ferro, estanho,
platina e suas propriedades.
12.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias e ligas metálicas.
12.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades dos metais.
12.1.4. Exemplificar as ligas metálicas mais importantes: bronze, amálgamas, latão, aço. Explicitar seus usos mais comuns.
12.2. Reconhecer os constituintes dos metais e sua representação por meio de fórmulas.
12.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias metálicas aos elementos e sua posição na Tabela Periódica e compreender a sua tendência a
formar cátions.
12.3.Caracterizar as substâncias metálicas por meio de modelos
12.3.1. Compreender o modelo de ligação metálica.
Tópico 13. Materiais: Substâncias iônicas
13.1. Reconhecer substâncias iônicas por meio de suas propriedades e usos.
13.1.1. Exemplificar as substâncias iônicas mais importantes como, por exemplo, cloretos, carbonatos, nitratos e sulfatos, e identificar suas
propriedades.
13.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias iônicas.
13.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades das substâncias iônicas.
13.1.4. Reconhecer as espécies químicas (íons) que constituem as substâncias iônicas mais comuns.
13.2. Reconhecer os constituintes das substâncias iônicas e sua representação por meio de fórmulas.
13.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias iônicas aos elementos e sua posição na Tabela Periódica.
13.2.2. Identificar, a partir de fórmulas, substâncias iônicas.
13.3.Caracterizar as substâncias iônicas por meio de modelos.
13.3.1. Compreender o modelo de ligação iônica.
Tópico 14. Materiais: Sólidos covalentes
14.1.Reconhecer sólidos covalentes por meio de suas propriedades e usos.
14.1.1.Exemplificar os sólidos covalentes mais importantes e identificar suas propriedades.
14.1.2. Relacionar as propriedades aos usos dos sólidos covalentes.
14.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades dos sólidos covalentes.
14.2. Reconhecer os constituintes dos sólidos covalentes e sua representação por meio de fórmulas.
14.2.1.Relacionar os constituintes dos sólidos covalentes aos elementos e sua posição na Tabela Periódica.
14.2.2. Identificar, a partir de fórmulas, sólidos covalentes.
14.3. Caracterizar os sólidos covalentes por meio de modelos
14.3.1. Compreender o modelo de ligação covalente
Tópico 15. Materiais: substâncias moleculares
15.1. Reconhecer substâncias moleculares por meio de suas propriedades e usos.
15.1.1. Exemplificar as substâncias moleculares mais importantes: água, os gases do ar atmosférico, amônia, ácidos (ácido carbônico, ácido
clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico e fosfórico), álcoois, hidrocarbonetos, açúcares, carboidratos, compostos orgânicos mais comuns (tais
como: formol, acetona, éter, clorofórmio), alguns ácidos carboxílicos mais comuns (tais como: acético, lático, oléico, etc), alguns combustíveis
fósseis mais comuns, presentes no gás veicular, gás de cozinha, gasolina, etc e identificar suas propriedades.
15.1.2. Relacionar as propriedades aos usos das substâncias moleculares.
15.1.3. Propor experimentos simples que envolvam propriedades das substâncias moleculares.
15.2. Reconhecer os constituintes das substâncias moleculares e sua representação por meio de fórmulas.
15.2.1. Relacionar os constituintes das substâncias moleculares aos elementos e sua posição na Tabela Periódica.
15.3. Caracterizar as substâncias moleculares por meio de modelos
15.3.1 Compreender o modelo de ligação covalente e interações intermoleculares.
15.3.2 Explicar as propriedades das substâncias moleculares por meio de modelos de ligações químicas.
15.4. Compreender a polaridade de moléculas
15.4.1. Reconhecer que, na constituição de substâncias moleculares, pode haver o fenômeno de polarização de cargas elétricas, em função da
arquitetura molecular e do tipo de átomo constitutivo da substância.

Eixo V: Modelos – Aprofundamento


Tema 10: Constituição e organização das substâncias
25.1. Caracterizar o modelo da ligação metálica.
25.1.1. Identificar substâncias metálicas caracterizando o tipo de ligação entre os átomos.
25.1.2. Explicar as ligações metálicas por meio de modelo.
25.1.3. Fazer previsões do modelo de ligação metálica entre elementos para formar substâncias a partir da descrição das características atômicas
desses elementos.
25.2. Compreender a relação entre as propriedades dos metais e o modelo de ligação.
25.2.1. Propor explicações sobre as propriedades físicas (temperatura de fusão, temperatura de ebulição, densidade, condutibilidade) dos metais
a partir do modelo de ligação entre os átomos.
26. Modelos: Ligação iônica
26.1. Caracterizar o modelo da ligação iônica.
26.1.1. Identificar substâncias iônicas caracterizando o tipo de ligação entre as espécies químicas (íons).
26.1.2. Explicar a ligação iônica por meio de modelo.
26.2. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos iônicos e o modelo de ligação.
26.2.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a solubilidade de alguns sólidos iônicos em água, relacionando o modelo e as propriedades.
26.3. Reconhecer diferentes formas de agregação entre íons.
26.3.1. Reconhecer que há diferentes formas de agregação entre íons que constituem redes cristalográficas diferentes.
26.4. Fazer previsões sobre a presença de íons em solução.
27.1.1. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os átomos de sólidos covalentes.
27. Modelos: Ligação covalente
27.1. Caracterizar o modelo da ligação covalente.
27.1.1. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os átomos de sólidos covalentes.
27.2. Identificar átomos que formam ligações covalentes.
27.2.1. Compreender que em um sólido covalente não há formação de moléculas.
27.3. Compreender a relação entre as propriedades dos sólidos covalentes e o modelo de ligação.
27.3.1. Explicar as temperaturas de fusão altas e a insolubilidade de compostos covalentes, relacionando o modelo e as propriedades.
27.4. Compreender as características do modelo de ligação covalente entre os átomos de substâncias moleculares.
27.4.1. Usar o gráfico com o poço de potencial para explicar a formação de uma ligação covalente.
27.4.2. Compreender a relação entre as propriedades de substâncias moleculares e o modelo.
27.5. Conceituar ligações covalentes polares e apolares.
27.5.1. Reconhecer substâncias polares e apolares mais comuns, compreendendo, de forma geral, os modelos explicativos para a ocorrência de
tais substâncias.
28. Modelos: Interações intermoleculares
28.1. Compreender modelos de interações intermoleculares.
28.1.1. Caracterizar as interações intermoleculares (dipolo permanente-dipolo permanente, dipolo instantâneo – dipolo induzido, ligação de
hidrogênio).
28.1.2. Compreender as características do modelo de interações intermoleculares.
28.1.3. Identificar a relatividade da intensidade das interações nas substâncias moleculares.
28.2. Explicar o fenômeno da solubilidade para substâncias moleculares.
28.2.1. Compreender a relação entre o fenômeno da solubilidade e os modelos explicativos.
28.2.2. Sugerir explicações sobre a solubilidade das substâncias moleculares em água e em outros solventes familiares.
28.3. Relacionar o modelo de interações intermoleculares com propriedades e transformações envolvendo substâncias moleculares.
28.3.1. Explicar a solubilidade das substâncias moleculares em solventes polares e apolares.
28.3.2. Explicar os valores das temperaturas de fusão e ebulição dessas substâncias tendo em vista as suas estruturas.
Introdução
Os materiais, muitas vezes não apresentam propriedades claramente definidas no
estado em que são encontrados na natureza. A água do mar, por exemplo, é uma
mistura: pode conter quantidades variáveis de cloreto de sódio – NaCl e de outros
sais, além de várias outras substâncias.
Na figura ao lado, podemos ver o sal secando após ser separado da água do mar
em uma salina. Depois de seco, o sal vai precisar passar por processos de
purificação antes de poder ser usado como alimento, já que ele contém muitas
impurezas ao ser retirado da água do mar. Mas, mesmo depois de passar por tais
processos, o sal de cozinha não é uma substância pura, pois ele conserva
pequenas quantidades de outros sais misturados a ele.
A partir de processos de separação de misturas mais sofisticados, que são feitos
em laboratórios, é possível obter diferentes tipos de materiais que apresentam
propriedades definidas, que são as substâncias. Essas, por sua vez, são
constituídas de partículas ligadas umas as outras por algum tipo de interação.
Como essas partículas são formadas e por que interagem umas com as outras é o
que vamos estudar neste módulo.

http://www.prof2000.pt

O comportamento dos materiais


Uma importante característica dos materiais que ainda não foi destacada é a capacidade de conduzir corrente elétrica. Nossa experiência diária
com os objetos nos ensina que alguns materiais são melhores condutores de energia elétrica do que outros.

http://www.portelapapeis.com.br/imagens/manual www.sindinstalacao.com.br/Upload/choque.gif
Alguns materiais são condutores de corrente elétrica e outros não. Os materiais que conduzem corrente elétrica são chamados de condutores e os
que não conduzem são chamados de isolantes.

Trabalho em grupo
Divididos em grupos façam uma lista de materiais que vocês reconhecem como condutores de corrente elétrica e outra lista de materiais que
vocês reconhecem como isolantes.
Com a ajuda do professor, a turma deve elaborar uma tabela com as informações de todos os grupos, conforme o modelo a seguir:
Materiais e/ou objetos Condutor ou isolante

1. Madeira Isolante

2. Fio de cobre Condutor


Em seguida a turma deve testar os materiais citados e verificar se conduzem ou não corrente elétrica, conforme a previsão que fizeram. Explique
cada caso em que for observada a condução ou não de corrente elétrica.
Experimento 1 - Observando a natureza elétrica da matéria http://br.geocities.com/jcc5000/infantillampada.html
Materiais isolantes e condutores
Materiais
• Materiais listados no quadro a seguir.
• Montagem com lâmpada e tomada para teste, conforme foto.

Se os materiais forem condutores, a corrente elétrica passará pelo material e a lâmpada acenderá. Se forem isolantes, a lâmpada não acenderá.

O que fazer
1. Organize e observe todos os materiais descritos no quadro e registre as observações na coluna de descrição dos materiais.
2. Com a ajuda do professor, que deverá manusear a montagem ligada à tomada, vocês irão testar todos os materiais listados no quadro,
conforme a orientação da foto, observar o que acontece e anotar no espaço reservado para as observações e conclusões.
3. Durante os testes, os fios não devem tocar um no outro.
DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBSERVAÇÃO CONCLUSÃO

Materiais e fórmulas de seus Estado físico do A lâmpada acende Material Material


principais componentes materialsubstância ou mistura ou não? condutor isolante

Água – H2O

Álcool – C2H6O

Vinagre – H2O + C2H4O2

Açúcar – C12H22O11

Sal – NaCl

Bicarbonato de sódio – NaHCO3

Soda cáustica – NaOH

Água com açúcar

Água com sal

Água com bicarbonato de sódio

Água com soda cáustica

Suco de limão

Um prego ou parafuso
Fe – Ferro

Um pedaço de fio de cobre


Cu – Cobre

Um pedaço de madeira Celulose


[C6H10O5]n

Areia
SiO2

Questões para discussão


Discuta com o seu grupo e resolva as seguintes questões:
1. Você observou que alguns materiais conduzem corrente elétrica e outros não. Você já esperava o resultado obtido em todos os testes ou algum
resultado o surpreendeu?
2. Em sua opinião, qual é a diferença entre um material condutor e um isolante?
3. Consulte a tabela periódica e identifique, por meio das fórmulas apresentadas no quadro, se os materiais são formados de metais ou não. Faça
uma lista dos materiais que contêm elementos metálicos em suas fórmulas e dos que não contêm.
4. Existe alguma relação entre possuir metal e conduzir corrente elétrica? Liste os materiais que estão nesse caso.
5 – Existe alguma relação entre estar dissolvido em água e conduzir corrente elétrica? Faça uma lista desses casos.
6 – Faça uma lista dos materiais que possuem metal em sua fórmula e que só conduzem corrente elétrica quando estão dissolvidos em água.
7 – Faça uma lista dos materiais que não conduzem corrente elétrica, estejam estes em estando sólidos ou dissolvidos em água.

Modelos de ligações químicas


Os átomos aparecem na natureza unidos uns aos outros, formando diversas moléculas e compostos. Estas uniões são denominadasligações
químicas. Ligados uns aos outros é o jeito natural dos átomos existirem, pois é assim que eles são estáveis.
Os átomos de gases nobres não se ligam uns aos outros e nem aos outros átomos formando moléculas, porque eles são estáveis sem precisar
fazer ligações. O que determina a necessidade ou não dos átomos se ligarem uns aos outros é a distribuição de elétrons em torno de seu núcleo,
ou mais precisamente, o número de elétrons do último nível de energia é o que explica as diferenças de comportamento dos átomos.
Utilizando a tabela periódica para observar a distribuição eletrônica dos elementos representativos, podemos verificar a distribuição dos elétrons
dos gases nobres. Os gases nobres ocupam a coluna 18 da tabela periódica e todos eles distribuem o maior número possível de elétrons em seus
últimos níveis de energia.
O último nível de energia de um elemento corresponde sempre ao período no qual o elemento se encontra na tabela periódica. A distribuição
eletrônica que se encontra em destaque na tabela a seguir termina no elemento criptônio – Kr, o gás nobre do 4º período, de número atômico 36.
Em cada período, podemos observar a distribuição dos elétrons de um dos gases nobres. O hélio – He se encontra no primeiro período da tabela
e o seu último nível de energia é o 1. O neônio – Ne se encontra no 2º período e o seu último nível de energia é o 2, e assim por diante até chegar
no Radônio – Rn, que está no 6º período e seu último nível é o 6.
Observe a localização dos gases nobres na tabela periódica, bem como a sua distribuição eletrônica e confira no quadro a seguir que o número de
elétrons em seus últimos níveis é sempre o maior. Exceto o hélio, que tem apenas dois elétrons. Todos os outros gases nobres distribuem 8
elétrons em seus últimos níveis.
Número total de Distribuição eletrônica em níveis e Período de localização na Número de elétrons
Gás nobre
elétrons subníveis Tabela Periódica no último nível

He – Hélio 2 1s2 1 2

Ne –
10 1s2 2s2 2p6 2 8
Neônio

Ar –
18 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3 8
Argônio

Kr –
36 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 4 8
Criptônio

Veja, então, o que acontece com os átomos da coluna vizinha a dos gases nobres, a coluna 17, que contém os halogênios:

Número total de Distribuição eletrônica em níveis e Período de localização na Número de elétrons


Halogênios
elétrons subníveis Tabela Periódica no último nível

F- Flúor 9 1s2 2s2 2p5 2 7

Cl – Cloro 17 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 3 7

Br- Bromo 35 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p5 4 7


Cada átomo dos halogênios tem 7 elétrons em seu último nível, faltando, portanto, 1 elétron para ficar com a configuração igual à dos gases
nobres, que não precisam fazer ligações. Foi criado, a partir disso, um modelo de explicação para as ligações: quando os átomos efetuam uma
ligação, eles ficam com uma configuração igual a dos gases nobres e, portanto, tornam-se estáveis. Ou seja, quando um átomo que tem sete
elétrons se liga com outro átomo, compartilhando com ele o seu último elétron, ambos passam a ter além dos seus elétrons, um elétron
compartilhado do outro. Esse modelo recebeu o nome de ligação covalente.
Para explicar as características e propriedades dos materiais, tais como por que alguns materiais conduzem corrente elétrica e outros não
conduzem, os químicos recorrem aos modelos de ligações químicas entre os átomos dos diversos elementos químicos.
Muitas substâncias químicas são conhecidas atualmente, embora o número de elementos químicos ou tipos e átomos conhecidos seja inferior a
120, conforme podemos observar na tabela periódica. Assim, podemos dizer que todas as substâncias conhecidas são constituídas pela
combinação de um número relativamente pequeno de átomos diferentes. A partir dessa observação, podemos inferir que existem muitas
combinações diferentes entre os átomos.
Podemos afirmar que os átomos se combinam de muitas maneiras diferentes, e dependendo do modo como se combinam, resultam em várias
substâncias com características e propriedades diferentes. No experimento 1 foi observado uma importante propriedade: a de condução de
corrente elétrica. Alguns materiais são condutores e outros não. Pudemos observar que os materiais constituídos exclusivamente de átomos de
metais são bons condutores.

Modelo de ligações metálicas


As substâncias metálicas são formadas por átomos que se ligam por meio da ligação metálica. Para representar a ligação metálica podemos usar
um modelo que considere o fato de os metais conduzirem corrente elétrica.
Retomemos o modelo atômico que representa o átomo contendo um núcleo com partículas positivas e uma eletrosfera com elétrons ou partículas
negativas girando em torno do núcleo. Podemos imaginar que nas substâncias metálicas, cada um dos átomos unidos pela ligação metálica
possua alguns elétrons fracamente atraídos por seus núcleos, e que se movimentam na superfície do metal. Este movimento de elétrons é o que
permite a condução de corrente elétrica nos metais.
http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/

A condução de corrente elétrica na superfície dos metais é explicada pelo movimento dos elétrons, ou seja, pelo modelo de ligação metálica.

Propriedades das Substâncias Metálicas


A ligação metálica resulta da mobilidade de determinados elétrons que se deslocam do átomo, dando origem a íons positivos envoltos por
elétrons em movimento.
A 25ºC, o mercúrio é o único metal líquido; os demais são sólidos. Os metais só se dissolvem através de uma reação química que os incorpora a
uma substância, transformando-a em cátions.

Modelo de ligações iônicas


Algumas substâncias conduzem corrente elétrica quando dissolvidas em água, mas no estado sólido não conduzem. Um exemplo é o cloreto de
sódio – NaCl, substância presente em maior quantidade no sal de cozinha. Para explicar esse fato foi criado o modelo deligações iônicas. Esse
modelo envolve partículas carregadas com cargas elétricas, condição para a condução de corrente elétrica.
O modelo de ligações iônicas explica a ligação por atração entre as partículas de cargas opostas que se formam a partir da transferência de
elétrons entre átomos, que se transformam em íons. Esse tipo de ligação, em geral, ocorre entre íons formados a partir de átomos de ametais e de
metais.
Os átomos de metais transferem elétrons para os ametais e ficam com elétrons a menos, adquirindo carga positiva. Os ametais recebem os
elétrons transferidos dos metais e ficam com elétrons a mais, ficando com carga negativa.
Os átomos de metais se transformam em íons positivos, que recebem o nome de cátions. Os átomos de ametais se transformam em íons
negativos, que recebem o nome de ânions. Cátions e ânions se atraem por suas cargas opostas e formam os compostos iônicos.
Elemento Total de elétrons Transferência de elétrons Representação dos íons Número de elétrons

Na – Sódio 11 Na - e- → Na+ Cátion Na+ 10

Cl - Cloro 17 Cl + e- → Cl - Ânion Cl - 18
A ligação iônica é estabelecida pela atração entre os íons positivos e negativos, que se aglomeram formando os cristais iônicos. No estado sólido,
as substâncias iônicas não conduzem corrente elétrica. Mas, ao se dissolverem em água, os cristais das substâncias iônicas se desmancham, e os
íons se espalham e se misturam com as moléculas de água, adquirindo movimento no líquido. Esse movimento dos íons na água é que possibilita
a condução de corrente elétrica na mistura.

www.prof2000.pt/users/hjco/aveirria/Pg000110.htm
Modelo de cristal iônico de cloreto de sódio e de cloreto de sódio em água, com os íons dispersos na solução. Os íons sódio Na+ e cloro Cl- se
atraem fortemente por atração eletrostática e se aglomeram formando cristais.

Na solução, os íons ficam dispersos ou misturados com as moléculas de água.


http://www.ciadaescola.com.br/zoom/imgs/332/image008.jpg

Propriedades das Substâncias Iônicas


Todas as substâncias iônicas são sólidas em temperatura ambiente, pois os íons de cargas opostas se atraem e se prendem mutuamente,
constituindo o retículo cristalino. Para fundir um composto iônico é necessário romper o retículo cristalino do sólido e isto requer uma
quantidade considerável de energia; é por isto que as temperaturas de fusão e ebulição de compostos iônicos são geralmente altas.
Quando um composto iônico se funde, as ligações iônicas se rompem parcialmente e os íons adquirem mais movimento. Quanto maior a
temperatura do material fundido ou em estado líquido, maior a separação entre os íons. Tanto a fusão quanto a ebulição das substâncias iônicas
são processos que demandam grande quantidade de energia por causa das fortes interações entre os íons na ligação iônica.
Quanto à solubilidade em água, verifica-se experimentalmente que há alguns compostos iônicos muito solúveis e outros pouco solúveis. A maior
ou menor solubilidade dos compostos iônicos está relacionada com a natureza de seus íons. Os compostos formados por íons de metais alcalinos
(coluna 1), que são os elementos mais eletropositivos, em geral, são muito solúveis. Já os sais formados por íons de chumbo, por exemplo, são
pouco solúveis.
Não estudaremos neste módulo as teorias que explicam a maior ou a menor solubilidade dos compostos iônicos, mas é importante saber que,
quando dissolvidos em água, os íons são bons condutores de corrente elétrica por causa do seu movimento na água, conforme já foi discutido
no experimento 1 deste módulo.

Modelo de ligações covalentes


Algumas substâncias não conduzem corrente elétrica. Em geral, essas substâncias são formadas por ligações entre átomos de ametais. Os átomos
de ametais se ligam uns aos outros formando moléculas, que constituem as substâncias moleculares.
Para formar as moléculas, os átomos se unem estabilizando os seus elétrons da última camada de energia. Esse tipo de ligação, que une os
átomos através dos seus elétrons mais externos, tornando-os mais estáveis, é denominada ligação covalente.
A ligação covalente é aquela que ocorre por compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Cada um dos átomos contribui com um elétron que
passa a ser compartilhado pelos dois. Assim, a cada ligação que um átomo faz, ele ganha mais um elétron para completar os seus.
Observe as figuras que representam o modelo de compartilhamento de elétrons:

Molécula de Oxigênio – O2

As substâncias moleculares podem ser simples ou compostas. Elas são simples quando resultam da união de apenas um tipo de átomo e
compostas quando são formadas por mais de um tipo de átomo.
Exemplos de substâncias simples são: hidrogênio (H2), oxigênio (O2), ozônio (O3) e nitrogênio (N2). Os átomos sempre existem em sua forma
mais estável, e, é por isto, que, na natureza, os átomos aparecem combinados formando as moléculas apresentadas nos exemplos citados.

Alguns exemplos de substâncias moleculares compostas são: água - H2O; o gás carbônico - CO2 ; e a glicose - C6H12O6. A figura mostra a
representação da molécula de glicose.
Módulo nº14
A BELEZA DAS CORES DAS SOLUÇÕES E O EQUILÍBRIO QUÍMICO
Autores: Gilson de Oliveira Santos e Penha Souza Silva

Tópicos do CBC e habilidades básicas Relacionadas


TÓPICO 17. Equilíbrio nas transformações químicas
17.1. Identificar fatores que afetam o equilíbrio e usar o Princípio de Le Chatelier.
17.1.1. Identificar os fenômenos que concorrem para que uma reação seja reversível ou não.
17.1.2. Reconhecer o equilíbrio químico em reações químicas e fazer previsões sobre sua mudança.
17.1.3. Prever o sentido do deslocamento de um equilíbrio químico, aplicando o Princípio de Le Chatelier.
17.1.4. Identificar os fatores que afetam o estado de equilíbrio, a partir de equações que representam sistemas em equilíbrio.
17.1.5. Utilizar tabelas de constantes de equilíbrio para identificar ou fazer previsões sobre o comportamento de substâncias nas reações
químicas.

Questão para Discussão


Fernandinha, ao fazer um passeio pela escola onde seu irmão Breno, estuda, ficou encantada com as cores dos sólidos e dos
líquidos que viu no laboratório de química. Sólidos azul, amarelo e alaranjado; líquidos azul claro, azul escuro, verde, amarelo,
alaranjado, rosa, vermelho, etc. Ficou ainda mais fascinada, quando Breno lhe mostrou a transformação de um certo líquido
amarelo em alaranjado e a mudança desse para retornar à cor inicial. Seu rosto mostrou uma mistura de espanto e encantamento
quando viu a conversão de um líquido incolor em vermelho e o retorno de vermelho a incolor. Por último, ficou maravilhada ao
acompanhar a conversão de um certo líquido rosa claro em azul escuro, por aquecimento, e, ao ser resfriado, voltar à cor de
origem.
Muito curiosa, quis saber do irmão, o que é a luz, como a cor “aparece”, qual a relação entre luz e cor e o porquê de todas as
mudanças de cores mostradas pelo irmão.
Breno se viu em dificuldades para dar todas as explicações e, rapidamente, pediu ajuda aos seus professores. Alguns ajudaram,
elaborando atividades de laboratório, outros fornecendo textos, figuras, fotos, sites, livros, etc. Enfim, não faltou material para
Breno estudar e explicar tudo à sua irmã.
Vamos ler alguns textos e fazer algumas atividades utilizadas por Breno para satisfazer as curiosidades de Fernandinha.

Atividade 1
Desenvolvendo um modelo (representação) atômico-molecular para uma transformação química.

A seguir faremos uma representação no nível atômico-molecular para a reação genérica A + B 2C + D,


considerando quatro situações:
- Tempo zero: apenas reagentes – 14 bolinhas para representar A e 12 para representar B.
- Tempo 1: reagentes e produtos sem atingir um estado denominado equilíbrio químico – 11 bolinhas para representar A, 9 para B, 6 para C e 3
para D.
- Tempo 2: reagentes e produtos tendo atingido o estado denominado equilíbrio químico – 10 bolinhas para representar A, 8 para B, 8 para C e 4
para D.
- Tempo 3: 1 hora após ter sido atingido o estado denominado equilíbrio químico –a 10 bolinhas para representar A, 8 para B, 8 para
representar C e 4 para D.

Tempo zero
Comentário (tempo zero): Observe a ausência de produtos, bolinhas verde e azul.

Tempo 1

Comentário (tempo 1): Observe a presença de reagentes e de produtos, bolinhas verde e azul.

Tempo 2

Comentário (tempo 2): Observe que o número de bolinhas verde e azul aumentou em relação ao tempo 1.

Tempo 3

Comentário (tempo 3): Observe que o número de bolinhas é o mesmo que no tempo 2.

Questões
1- Transcreva as figuras da atividade 1 para seu caderno e faça outros comentários sobre número de partículas, proporção entre partículas, etc.
2- Observando as figuras, você identificou algumas características para o que foi denominado estado de Equilíbrio Químico. Escreva-as.
3- Esboce um gráfico colocando, na ordenada, número de partículas (da atividade anterior) e na abscissa, tempo de reação. Utilize um papel
quadriculado.
Número de partículas
Atividade 2
1- Leia e estude atentamente a atividade anterior e faça desenhos coloridos, no seu caderno, para representar a transformação
1 N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g),
considerando quatro situações:
- Tempo zero: apenas reagentes – 15 bolinhas para representar N2(g) e 15 para H2(g).
- Tempo 1: reagentes e produtos sem atingir o estado denominado equilíbrio químico – 11 bolinhas para representar N2(g), 6 para H2(g) e 6 para
NH3(g).
- Tempo 2: reagentes e produtos no estado denominado equilíbrio químico – 10 bolinhas para representar N2(g), 3 para H2(g) e 8 para NH3(g).
- Tempo 3: 1 hora após ter sido atingido o estado denominado equilíbrio químico.

2- Faça comentários sobre número de partículas, proporção entre partículas, características do estado de equilíbrio, etc.
3- Esboce um gráfico colocando, na ordenada, número de partículas (da atividade anterior) e na abscissa, tempo de reação. Utilize um papel
quadriculado.
4- Antes do estado de equilíbrio ser atingido, o número de partículas dos reagentes diminui ou aumenta? E do produto? E depois de ser
estabelecido o estado de equilíbrio?

Texto 1 – Uma Introdução ao estudo de reações reversíveis e equilíbrio químico.


Até agora estudamos reações em que as substâncias se transformam totalmente em outras. A reação ocorre completamente e o(s) reagente(s)
é(são) totalmente consumido(s). A queima de combustíveis fósseis como carvão e gasolina, são exemplos de reações irreversíveis. A combustão
chega ao fim quando um dos reagentes for totalmente consumido.
Existem reações que parecem chegar ao fim – as cores deixam de mudar, cessa o desprendimento de gás, etc, mas as reações não terminam, não
se completam. Os reagentes não são consumidos completamente e o processo conduz a uma mistura de reagentes e produtos. Os reagentes se
transformam em produtos e, à medida que estes se formam, convertem-se em reagentes. Assim, temos a “impressão” de que o processo
terminou, pois não percebemos modificações macroscópicas; no entanto, as mudanças continuam acontecendo no nível submicroscópico.
Podemos dizer que a reação não atinge um ponto final. Essas reações são chamadas de reações reversíveis e podem ser representadas,
genericamente, pela equação a seguir:
R P
R representa reagente, P produto, e a dupla seta ( ) indica que a transformação ocorre nos dois sentidos, continuamente.
Durante o desenvolvimento da reação, existe a formação de produtos e esses reagem entre si originando os reagentes iniciais. Nessa situação de
processo reversível, quando a velocidade da reação inversa se iguala à velocidade da reação direta, diz-se que o sistema atingiu o equilíbrio.

Sistema em equilíbrio:
velocidade da reação direta = velocidade da reação inversa

Nesse equilíbrio, os reagentes estão continuamente se transformando em produtos e, simultaneamente, os produtos se transformando em
reagentes (equilíbrio dinâmico) e suas concentrações permanecem constantes. Uma vez atingindo o equilíbrio, que é um estado mais estável, as
transformações continuam ocorrendo até que um agente externo interfira no processo.

Exemplos de sistemas em equilíbrio.


– Produção de amônia, a partir de nitrogênio e hidrogênio

N2(g) + 3 H2(g) 2 NH3(g)

– Neutralização entre ácido e base em solução aquosa.


H+(aq)+ OH- (aq) H2O(§¤)

– Dissociação de um ácido fraco em meio aquoso.

H3CCOOH(aq)+ H2O(§¤) H3CCOO-(aq)+ H3O+(aq)

– Equilíbrio dióxido de nitrogênio e seu dímero.

2 NO2(g) N2O4(g)

Nas atividades anteriores, trabalhamos com modelos que ajudam a entender o que são reações reversíveis e o significado de processo em
equilíbrio.
É conveniente realçar que existem transformações físicas que são reversíveis e apresentam velocidades direta e inversa iguais. Embora não
constituam um equilíbrio químico, podem ser estudadas como se fossem, exceto pelo fato de não haver formação de novas substâncias.

Atividade 3 (Faça como Fernandinha, anote e/ou responda no caderno)


1- Procure em livros do ensino médio exemplos de transformações correspondentes ao estado de equilíbrio.
2- Existe algum exemplo citado no item anterior que seja de grande importância econômica? Qual(is)? Por quê?
3- Existe algum exemplo citado no item 1 que seja de grande importância biológica? Qual(is)? Por quê?

Texto 2 – Luz e cor.


O que é luz? O que é luz visível? Existe luz invisível?
A luz se origina dos movimentos acelerados dos elétrons dos átomos e moléculas. É um fenômeno eletromagnético e constitui uma parte muito
pequena de um todo denominado espectro eletromagnético. A luz branca, ou visível, é um tipo de onda eletromagnética. A energia dessas ondas
é diretamente proporcional à frequência e inversamente proporcional ao comprimento de onda.
Um outro aspecto importante das ondas eletromagnéticas é o fato de se propagarem com a mesma velocidade em um mesmo meio.
A nossa principal fonte de luz é o Sol e a secundária, o brilho do céu. O sol emite vários tipos de radiações. Parte dessa energia é luz, como a que
ilumina a Terra e nossa Lua. O Sol também nos envia outros tipos de radiação como o infravermelho ou o ultravioleta. Como o anterior, este
também não é percebido pelos nossos olhos, mas pode causar sérios danos à nossa pele.
O nosso aparelho ocular é sensibilizado por uma faixa pequena de frequência (entre 4,0 x 10 14Hz e 7,5 x 1014Hz), e ocorrem mecanismos que o
possibilita enxergar dentro dessa faixa. Por isso a chamamos de “espectro visível”.
O espectro completo, aquele que possui todas as faixas de comprimento de onda, é chamado de espectro eletromagnético. Nele estão incluídos
desde as ondas de baixa energia, como as de rádio e televisão, até os raios X e os raios gama, que são ondas de energia elevada.
Observe, nas figuras a seguir, que representam o espectro eletromagnético, o “pedacinho” correspondente à luz visível.

Figura 1. Espectro eletromagnético.

Figura 2. Espectro eletromagnético. As radiações que nossos olhos conseguem perceber constituem uma pequena faixa que
chamamos de luz visível, esta se localiza entre o ultravioleta e o infravermelho.
Fonte: KOTZ, John C; JR, Paul Treichel. Química e reações químicas. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora
S.A., encarte capítulo 7.
Figura 3 – Espectro eletromagnético – Luz visível
Fonte: KOTZ, John C; JR, Paul Treichel. Química e reações químicas. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., encarte
capítulo 7.

Pela figura anterior é possível observar que a luz vermelha possui maior comprimento de onda. Portanto, é menos energética e apresenta menor
frequência. A luz violeta é a de menor comprimento de onda, a mais energética e possui maior frequência.

Atividade 4
1- Reproduza em seu caderno a tabela a seguir e, consultando livros na biblioteca de sua escola, complete-a.
Frequência / Hz Tipo de onda Fonte de vibração Forma de detecção Fonte artificial produtora

1,0 x 1019 Elétrons Tubos de raios X

1,0 x 1016

7,0 x 1014 Olhos

4,0 x 1014

1,0 x 1013 Infravermelho Moléculas

1,0 x 105
Como explicar o aparecimento de um leque de cores quando a luz branca penetra em um prisma?

Atividade 5
1- Pegue uma caneta com tubo transparente e retire a parte interna. Com os braços esticados segure-a, olhe para o céu (CUIDADO!!! NÃO
OLHE DIRETAMENTE PARA O SOL) e procure uma posição que seja possível visualizar as cores do arco íris.
2- Procure em livros de física do ensino médio uma explicação para este fenômeno e escreva no seu caderno com as suas palavras.
3- Reproduza em seu caderno a tabela a seguir e, consultando livros na biblioteca de sua escola, complete-o.
Luz Frequência / x 1014 Hz

Violeta 6,7 a 7,5

Anil

Azul

Verde

Amarela

Alaranjada

Vermelha

A luz branca do sol ao entrar em um prisma interage com as partículas constituintes deste material. A luz violeta, por apresentar uma frequência
maior, será mais acentuadamente desviada. A luz com menor frequência – vermelha – sofrerá um menor desvio. Surge o que chamamos de
dispersão da luz – as cores do vermelho ao violeta –, confirmando que a luz branca do sol é uma composição de todas as frequências do visível.
(a) dipersão da luz branca em um prisma
Fonte: http://condedalmada.com.sapo.pt/ Acesso em 09/12/2007

(b2) Fonte: http://fotos.sapo.pt/topazio1950/pic/000kptx6 Acesso em 09/12/2007

Figura 2– (a) Quando a luz branca incide sobre o sal cromato de potássio, esse se apresenta com cor amarela.
(b) Quando a luz branca incide sobre o sal dicromato de potássio, esse se apresenta com cor alaranjada.
(a) e (b) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/...Acesso em 18/11/2007

Vamos entender a cor amarela do sal cromato de potássio?


A luz branca é formada por feixes de todas as cores (do vermelho ao violeta). A superfície do cromato de potássio absorve a maioria delas e
reflete com abundância o amarelo e, em menor parte, as demais (reflexão seletiva). Com isso, chega até nós, quando o cromato é iluminado por
luz branca, uma “mistura” composta por muita luz amarela e pouca de outras cores. Nosso aparelho ocular registra a cor amarela – é o que
denominamos sensação visual.

Atividade 6
1- Faça no seu caderno um desenho que represente a incidência de luz branca no cromato de potássio, K 2CrO4(s), e sua reflexão até atingir o olho
de uma pessoa. (Faça-o colorido).
2- Explique de forma simples, a cor alaranjada do dicromato de potássio, K 2Cr2O7(s), quando a luz branca incide sobre este sal.
3- Qual a relação entre a cor de uma solução, mistura homogênea, e luz?

Nos laboratórios de química são preparadas diversas soluções, sendo estas de várias cores. Uma muito bonita é a de sulfato de cobre (II).
Observe as figuras.
http://www.ducom.pt/ www.umicore.com.br/amarela.jpg http://nautilus.fis.uc.pt/
Acesso em 09/12/2007 Acesso em 09/12/2007 Acesso em 18/11/2007
Figura 3– (a) Cor da solução de sulfato de cobre (II), CuSO4(aq), quando a luz branca incide sobre essa mistura. (b) Cor da solução de cromato de
potássio, K2CrO4(aq), quando a luz branca incide sobre essa mistura. (c) Cor da solução de dicromato de potássio, K 2Cr2O7(aq), quando a luz
branca incide sobre essa mistura.

Vamos entender a cor amarela da solução aquosa do sal cromato de potássio?


As soluções são transparentes e sua cor depende da cor da luz que por ela atravessa, ou seja, da luz que ela transmite (transmissão seletiva). A
solução de cromato de potássio absorve todas as cores que formam a luz branca, exceto o amarelo, reflete algumas e transmite apenas o amarelo,
ou seja, o amarelo “sai” do outro lado da solução. Essa luz chega até o nosso aparelho ocular e é registrada de acordo com sua frequência e o seu
comprimento de onda.

Atividade 7
1- Faça no seu caderno um desenho que represente a incidência de luz branca na solução de cromato de potássio, e sua transmissão até atingir o
olho de uma pessoa. (Faça-o colorido e lembre-se de que a luz branca apresenta as cores do vermelho ao violeta).
2- Explique de forma simples, a cor alaranjada da solução do dicromato de potássio.

Texto 3 – Cor, reações reversíveis e equilíbrio químico.


Como enfatizado no texto 1, existem reações nas quais os reagentes se transformam em produtos e, à medida que estes se formam, convertem-se
em reagentes. Fica a impressão de que o processo terminou por não existirem modificações macroscópicas, por exemplo, mudança de cor. Essas
reações são denominadas reversíveis e, se a rapidez da reação direta for a mesma da inversa diz-se que o equilíbrio químico foi atingido. Neste
estado de equilíbrio, os reagentes estão continuamente se transformando em produtos e, simultaneamente, os produtos se transformando em
reagentes (equilíbrio dinâmico) e suas concentrações permanecem constantes. É importante realçar que reagentes e produtos ocupam um mesmo
recipiente; que estes estão se transformando continuamente uns nos outros (o equilíbrio é uma transformação dinâmica) e, sendo as
concentrações constantes, não ocorrem modificações macroscópicas, mas as transformações continuam acontecendo.

Atividade 8
Resolva a seguinte questão
1- (UFMG) A figura representa dois recipientes de mesmo volume, interconectados, contendo quantidades iguais de I 2(g) e H2(g), à mesma
temperatura.

Legenda: Bolinhas pretas – Iodo Bolinhas brancas - Hidrogênio

Inicialmente, uma barreira separa esses recipientes, impedindo a reação entre os dois gases.
Retirada essa barreira, os dois gases reagem entre si, até que o sistema atinja um estado de equilíbrio, como descrito na equação:
H2 (g) + I2 (g) 2 HI (g).

Considerando o conceito de equilíbrio químico e as propriedades de moléculas gasosas, assinale a alternativa que contém a
representação MAIS adequada do estado de equilíbrio nessa reação.

Nesta atividade foi utilizado um modelo para representar o equilíbrio que se estabelece entre H 2(g) e I2(g) com formação de HI(g). É importante
observar que, inicialmente, só existem os dois reagentes e, no equilíbrio, estão presentes as três espécies. Como o sistema é gasoso, a
distribuição das moléculas deve ser a mais homogênea possível.
A seguir estudaremos alguns sistemas em equilíbrio químico – Reversibilidade, Cor e Princípio de Le Chatelier.

Sistema cromato – dicromato


Fernandinha, em sua visita ao laboratório de química, observou a mudança de cor de um líquido que, inicialmente era amarelo, e foi
transformado-se em alaranjado e, depois, convertido à cor inicial. Esta interconversão pode ser usada para provar a existência de reações
reversíveis?
Vamos realizar uma atividade prática parecida com a observada por Fernandinha, para que você, ao final, possa responder a essa pergunta com
segurança e firmeza.
Módulo nº14
A BELEZA DAS CORES DAS SOLUÇÕES E O EQUILÍBRIO QUÍMICO
Autores: Gilson de Oliveira Santos e Penha Souza Silva
continuação / ver parte I

Atividade 9 – Experimento
As cores amarelo e alaranjado – O equilíbrio cromato – dicromato (CrO42-/Cr2O72-)

Materiais
• Suporte para tubos de ensaio.
• Tubos de ensaio.
• Pipeta graduada de 10 mL.
• Conta-gotas.
• Soluções aquosas de:
K2CrO4 0,2 mol . L-1
K2Cr2O7 0,2 mol . L-1
HC§¤ 1,0 mol . L-1
NaOH 1,0 mol . L-1
Ba(NO3)2 1,0 mol . L-1

Como fazer – Parte 1


1. Numere 4 tubos de ensaio de 1 a 4.
2. Coloque cerca de 2 mL de solução, 0,2 mol/L, de cromato de potássio nos tubos de número 1 e 3.
3. Coloque cerca de 2 mL de solução, 0,2 mol/L, de dicromato de potássio nos tubos de número 2 e 4.
4. Construa a tabela 1 no seu caderno e faça as anotações necessárias.
Tabela 1

Solução Cor Cor após a 1ª Substância formada Cor após a 2ª Substância formada
Tubo
inicial inicial adição (favorecida) após a 1ª adição adição (favorecida) após a 2ª adição

1 K2CrO4(aq) ------------- ------------ --------------- --------------

2 K2Cr2O7(aq) ------------- ------------ --------------- --------------

3 K2CrO4(aq)

4 K2Cr2O7(aq)
5. Adicione 10 a 20 gotas de HC§¤, 1,0 mol/L, ao tubo 3 (1ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
6. Adicione 10 a 20 gotas de NaOH, 1,0 mol/L, ao tubo 3 (2ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
7. Adicione 10 a 20 gotas de NaOH, 1,0 mol/L, ao tubo 4 (1ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
8. Adicione 10 a 20 gotas de HC§¤, 1,0 mol/L, ao tubo 4 (2ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.

Questões propostas (Faça os comentários e/ou respostas no seu caderno)


1. Qual a cor da solução inicial de cromato de potássio, K2CrO4(aq).
2. Qual a cor da solução inicial de dicromato de potássio, K2Cr2O7(aq).
3. O principal fenômeno físico, responsável pela cor da solução de cromato de potássio, é a reflexão seletiva ou a transmissão seletiva? Explique.
4. As mudanças de cor são indícios da existência de uma transformação reversível? Os ânions cromato (CrO 42-) e dicromato (Cr2O72-) coexistem
em um processo reversível? Justifique.
5. Um aluno ao realizar essas mesmas atividades fez a seguinte afirmativa: “As espécies químicas presentes nos tubos 1 e 2 são as mesmas, mas
em quantidades diferentes”. Discuta com seus colegas essa afirmativa.

Como fazer – Parte 2


1. Numere 2 tubos de ensaio (5 e 6).
2. Coloque cerca de 2 mL de solução, 0,2 mol/L, de cromato de potássio no tubo de número 5.
3. Coloque cerca de 2 mL de solução, 0,2 mol/L, de dicromato de potássio no tubo de número 6.
4. Construa a tabela 2 no seu caderno e faça as anotações necessárias.
Tabela 2

Formação de precipitado após a Desaparecimento ou Desaparecimento


Solução Cor adição de aparecimento de ou aparecimento de
Tubo
inicial inicial Ba(NO3)2(aq) (1ª adição) precipitado precipitado
(SIM /NÃO) após a 2ª adição após a 3ª adição

5 K2CrO4(aq)

6 K2Cr2O7(aq)
5. Adicione 10 a 20 gotas de Ba(NO3)2, 1,0 mol/L, ao tubo 5 (1ª adição). Escreva SIM, na tabela, se houver formação de precipitado e NÃO,
caso contrário.
6. Adicione 10 a 20 gotas de Ba(NO3)2, 1,0 mol/L, ao tubo 6 (1ª adição). Escreva SIM, na tabela, se houver formação de precipitado e NÃO,
caso contrário.
7. Adicione 10 a 20 gotas de HC§¤, 1,0 mol/L, ao tubo 5 (2ª adição). Observe se houve formação de precipitado ou, caso já exista, se foi
consumido (APARECIMENTO / DESAPARECIMENTO).
8. Adicione 10 a 20 gotas de NaOH, 1,0 mol/L, ao tubo 5 (3ª adição). Observe se houve formação de precipitado ou, caso já exista, se foi
consumido (APARECIMENTO / DESAPARECIMENTO).
9. Adicione 10 a 20 gotas de NaOH, 1,0 mol/L, ao tubo 6 (2ª adição). Observe se houve formação de precipitado ou, caso já exista, se foi
consumido (APARECIMENTO / DESAPARECIMENTO).
10. Adicione 10 a 20 gotas de HC§¤, 1,0 mol/L, ao tubo 6 (3ª adição). Observe se houve formação de precipitado ou, caso já exista, se foi
consumido (APARECIMENTO / DESAPARECIMENTO).

Questões propostas
1. a. Escreva a equação que representa a dissociação do cromato de potássio, K 2CrO4(s), em água.
b. Escreva a equação que representa a dissociação do dicromato de potássio, K 2Cr2O7(s), em água.
c. Escreva a equação que representa a dissociação do nitrato de bário, Ba(NO3)2(s), em água.
2. Escreva a equação que representa a reação das soluções aquosas de cromato de potássio, K 2CrO4(aq), e nitrato de bário, Ba(NO3)2(aq), com
formação de cromato de bário, BaCrO4, e nitrato de potássio, KNO3.
3. Escreva a equação que representa a reação das soluções aquosas de dicromato de potássio, K 2Cr2O7(aq), e nitrato de bário, Ba(NO3)2(aq), com
formação de dicromato de bário, BaCr2O7, e nitrato de potássio, KNO3.
4. Considerando que a solubilidade do cromato de bário é muito baixa (8,5 x 10 -11 mol.L-1 a 25 ºC) e que o dicromato de bário é solúvel em água,
explique, os procedimentos 5 e 6.
5. As mudanças de cor e a formação e/ou consumo de precipitado são indícios da existência de uma transformação reversível em que ânions
cromato (CrO42-) e dicromato (Cr2O72-) coexistem em uma transformação dinâmica? Justifique.
6. Admitindo que no tubo 5 os ânions cromato (CrO42-) e dicromato (Cr2O72-) coexistam em um processo reversível e com velocidade direta e
inversa iguais, podemos afirmar que suas concentrações são constantes? Podemos afirmar que a concentração de algum dos dois é igual a zero?
Justifique.
7. Admitindo que nos tubos 5 e 6 os ânions cromato (CrO42-) e dicromato (Cr2O72-) coexistam em um processo reversível e com velocidade
direta e inversa iguais e que a transformação pode ser representada por
2 CrO42-(aq) + 2 H+(aq) Cr2O72-(aq) + H2O (§¤) , explique:
a. Como a adição de ácido (H+) afeta a transformação.
b. Como a adição de base (OH-) afeta a transformação.
c. Como a adição de solução de nitrato de bário, Ba(NO3)2(aq), afeta a transformação.

Comentários
Na atividade anterior – partes 1 e 2 – observamos as cores amarela e alaranjada de soluções de cromato e dicromato, respectivamente, e a
mudança de cor gerada pela adição de algumas substâncias. Como a mudança de cor ocorre nos dois sentidos, fica evidente que as espécies
cromato e dicromato coexistem numa mesma solução, sendo ela ora amarela, ora alaranjada, devido às condições do meio, ou seja, existe uma
transformação reversível que é afetada pela adição de algumas espécies químicas.
Quando se adiciona ácido clorídrico, HC§¤, a reação favorecida é aquela que produzirá a espécie alaranjada – o dicromato. Com a adição de uma
base, hidróxido de sódio, NaOH, por exemplo, a reação favorecida é aquela que irá produzir a espécie amarela – o cromato.
Na parte 2, quando se adiciona nitrato de bário, Ba(NO3)2, os íons Ba2+ interagem com o cromato formando cromato de bário, espécie de menor
solubilidade. Com isso, a reação favorecida é aquela que produzirá o cromato e consumirá o dicromato. Com a adição, no mesmo tubo, de
HC§¤, a transformação favorecida será a de consumo do cromato e consequente produção do dicromato. Dependendo da quantidade do ácido
adicionado, o precipitado poderá desaparecer. A adição de uma base favorece a produção de cromato e, consequentemente, a formação do
precipitado cromato de bário, BaCrO4.
Todos os efeitos produzidos e observados nas transformações anteriores podem ser explicados em termos de um princípio denominado princípio
de Le Chatelier. Henri-Louis Le Chatelier (1850-1936), químico industrial francês, enunciou o seguinte princípio:
“Se um sistema em equilíbrio é perturbado por uma variação de temperatura, pressão ou concentração de seus componentes, o sistema reagirá de
forma contrária à perturbação, tentando amenizá-la o máximo possível”

Atividade 10 (Para ser realizada em grupo de no máximo quatro integrantes)


Discuta com os colegas como o princípio de Le Chatelier pode ajudar a explicar todas as transformações acompanhadas na atividade 9, partes 1
e 2, considerando a equação a seguir como uma forma de representar as reações direta e inversa.
2 CrO42-(aq) + 2 H+(aq) Cr2O72-(aq) + H2O (§¤)

Para facilitar a discussão siga passo a passo os procedimentos das partes 1 e 2.


As cores rosa e azul – O sistema tetraclorocobalto (II) – hexaaquocobalto (II)

Na mesma visita feita ao laboratório Fernandinha observou a mudança de cor ocorrida com um líquido rosa claro para azul escuro, por
aquecimento, e, ao ser resfriado, voltar à cor de origem. Essa interconversão pode ser usada para provar a existência de reações reversíveis e a
ação da temperatura sobre equilíbrios químicos?
Vamos realizar uma outra atividade prática parecida com a observada pela Fernandinha, para que você, ao final, possa responder às questões
propostas.

Atividade 11 - Experimento
As cores amarelo e alaranjado – O equilíbrio cromato – dicromato (CrO42-/Cr2O72-)
O rosa claro e o azul escuro – O equilíbrio hexaaquocobalto (II) – tetraclorocobalto (II) ([Co(H2O)6]2+ / [CoC§¤4]2-)

Materiais
• Suporte para tubos de ensaio.
• Tubos de ensaio.
• Pipeta graduada de 10 mL.
• Conta-gotas.
• Béquer (250 ml).
• Material de aquecimento: tela de amianto, tripé, bico de gás.
• Pinça de madeira.
• Soluções aquosas de:
HC§¤ concentrado
CoC§¤2 (solução hidro-alcoólica) 0,25 mol.L-1
NaC§¤ 0,5 mol.L-1
Como fazer:
Considere, inicialmente, uma solução cuja transformação ocorra com tetraclorocobalto (II), água, hexaaquocobalto (II) e ânion
cloreto (C§¤-), dissolvidos em álcool. Considere, também, que a rapidez da reação inversa é igual a da direta; a equação que
melhor representa o processo é
[Co(H2O)6]2+(alc) + 4 C§¤-(alc) [CoC§¤4]2-(alc) + 6 H2O(alc) .
O solvente álcool está representado por (alc).

1. Numere 5 tubos de ensaio e coloque, em cada um, 1 mL da solução aquosa de cloreto de cobalto (II), 0,25 mol.L -1.
2. No tubo 1 não adicione nada e no tubo 2 adicione, COM CUIDADO, HC§¤ concentrado até ocorrer alguma mudança de cor. Anote-a e
guarde os dois tubos como solução padrão de cor.
3. Construa as tabelas 3 e 4 no seu caderno e faça as anotações necessárias.
Tabela 3

Tubo Cor inicial Cor após a adição de HC§¤ concentrado

1 Rosa -------------

2 Rosa

Tabela 4

3 Rosa

4 Rosa

Tubo Cor inicial Cor após o aquecimento

5 Rosa

4. Adicione, COM CUIDADO, 5 a 10 gotas de HC§¤ concentrado ao tubo 3 (1ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
5. Adicione 10 a 20 gotas de água destilada ao tubo 3 (2ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
6. Adicione 10 a 20 gotas de NaC§¤, 0,5 mol/L, ao tubo 4 (1ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
7. Adicione 10 a 20 gotas de água ao tubo 4 (2ª adição). Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
8. Aqueça, em banho-maria, o tubo de número 5. Anote a cor e compare-a com as dos tubos 1 e 2.
9. Depois do aquecimento do tubo 5 espere um pouco e resfrie-o em água corrente, sem deixar cair água dentro do tubo. Anote a cor e compare-a
com as dos tubos 1 e 2.

Todos os efeitos produzidos e observados nas transformações anteriores podem ser explicados em termos do Princípio de Le Chatelier.

Questões propostas (Faça os comentários e/ou respostas no seu caderno)


1. O principal fenômeno físico responsável pela cor das soluções é a reflexão seletiva ou a transmissão seletiva? Explique.
2. As constantes mudanças de cor são indício da existência de uma transformação reversível? As espécies hexaaquocobalto (II),[Co(H2O)6]2+, e
tetraclorocobalto (II), [CoC§¤4]2-, coexistem em um processo reversível? Justifique.
3. Escreva a equação que representa a transformação em equilíbrio.
4. Baseando-se no princípio de Le Chatelier, explique as transformações ocorridas em todos os procedimentos de 4 a 9. Considere que a
equação, a seguir, é uma forma de representação do sistema estudado.
[Co(H2O)6]2+(alc) + 4 C§¤-(alc) [CoC§¤4]2-(alc) + 6 H2O(alc),
Faça de forma organizada e tenha os cuidados necessários ao redigir!
5. A reação direta é endotérmica ou exotérmica? Justifique.

Comentários
Nesta atividade observamos as mudanças de cor geradas pela adição de algumas substâncias no equilíbrio hexaaquocobalto (II) –
tetraclorocobalto (II). Como a mudança de cor ocorre nos dois sentidos, fica evidente que as espécies [Co(H2O)6]2+ e [CoC§¤4]2-coexistem numa
mesma solução, sendo ela ora vermelha, ora azul, devido às condições do meio, ou seja, existe uma transformação reversível que é afetada pela
adição de algumas espécies químicas.
Quando se adiciona ácido clorídrico, HC§¤, a reação favorecida é aquela que produzir a espécie azul – o tetraclorocobalto (II). Com a adição de
água, a reação favorecida é aquela que irá produzir a espécie vermelha – o hexaaquocobalto (II).
Quando se aquece o sistema, a reação favorecida é aquela que produzir a espécie azul - o tetraclorocobalto (II). Diminuindo a temperatura, a cor
vermelha volta a predominar, pois a reação favorecida é a que leva à formação da espécie [Co(H 2O)6]2+. O aumento da temperatura provoca
aumento da rapidez da reação direta e também da inversa. Como a reação endotérmica é a que absorve calor, o aumento da velocidade da reação
será maior nesta, e, com isso, a reação favorecida com a elevação da temperatura será a endotérmica

Texto 4 – As mudanças que ocorrem com dióxido de nitrogênio, NO2, e tretraóxido de dinitrogênio, N2O4, gasosos.
Breno volta com Fernandinha ao laboratório para mostrar uma transformação de um gás marrom avermelhado, o NO 2, em um gás incolor, o
N2O4, e vice-versa. Para isso, coloca em um tubo de ensaio cobre metálico, dirige-se à capela e adiciona ácido nítrico concentrado.
Breno recolheu o gás avermelhado em uma seringa, fechou a entrada/saída com uma massa plástica de secagem rápida, e realizou os
procedimentos descritos a seguir.
1º – Apertou o êmbolo da seringa e ambos observaram que, imediatamente, a cor vermelha ficou mais intensa. Mantendo o êmbolo pressionado
observaram que aos poucos a tonalidade do vermelho começou a diminuir e a cor foi ficando mais clara.
2º – Puxou o êmbolo, para diminuir a pressão e, tanto ele quanto Fernandinha, observaram que, imediatamente, a cor vermelha ficou mais clara,
menos intensa. Mantendo o êmbolo puxado observaram que aos poucos a tonalidade do vermelho começou a aumentar e a cor foi ficando mais
escura.

Questões propostas
1. As espécies vermelha, NO2, e incolor, N2O4, coexistem em um processo reversível? Justifique.
2. Breno, ao realizar os procedimentos descritos acima, fez alguns comentários. Discuta-os com seus colegas.
Comentário 1 – “A intensificação da cor no início da compreensão do êmbolo deve-se ao aumento da densidade do gás marrom avermelhado”.
Comentário 2 – “Mantendo o êmbolo pressionado, a reação de formação do composto incolor é favorecida, ou seja, a tonalidade do vermelho
começa a diminuir e a cor fica mais clara”.
Comentário 3 – “O aumento da pressão exercida sobre um sistema em equilíbrio favorece a redução do número total de moléculas”.

3. Considere que a equação, a seguir, representa o sistema estudado por Breno e sua prima.
2 NO2(g) 1 N2O4(g)
a) A equação nos mostra que a proporção entre o número de mols de reagentes e produtos é de 2 para 1. Se, antes do equilíbrio ser atingido,
existirem 10 mil moléculas de NO2 e 1000 forem consumidas, quantas moléculas de N2O4 serão produzidas? Isso levará a um aumento ou
redução do número total de partículas? Levará a um aumento ou redução da pressão interna?
b) Antes do estado de equilíbrio ser atingido, o número de partículas dos reagentes diminui ou aumenta? E do produto? E depois de ser
estabelecido o estado de equilíbrio?

4. Baseando-se no princípio de Le Chatelier, ou seja, no fato de um sistema em equilíbrio reagir de forma contrária a uma perturbação
provocada, explique as transformações que Breno realizou.
Explique de forma organizada e tenha os cuidados necessários ao redigir!
5. Considerando que a reação direta é exotérmica, e que no sistema em equilíbrio a cor vermelha é muito intensa, o que deve acontecer se a
seringa for colocada em água fria? Explique.

Comentários
As atividades anteriores foram importantes para identificação de fatores que alteram o equilíbrio químico. Esses fatores são: variação da
concentração de um dos componentes, variação da temperatura e mudança de pressão.
O aumento da concentração de reagente favorece a formação de produto e a diminuição da concentração do reagente favorece formação do
próprio reagente.
O aumento de temperatura provoca aumento da rapidez das reações direta e inversa favorecendo mais aquela que for endotérmica.
O aumento da pressão total favorece a formação das espécies gasosas que, quando produzidas, levarão a uma redução do número total de
moléculas, o que corresponde, na reação química, ao favorecimento da formação de menor quantidade de gás, medido em unidade quantidade de
matéria, isto é, mol.

Atividade 12
De volta ao laboratório, Breno realizou duas experiências. Nas duas, um gás incolor se transformava em dois outros: um incolor e um levemente
esverdeado.Fernandinha acompanhou as duas experiências e observou que em um dos experimentos a cor verde aparecia mais rapidamente.
Curiosa, como sempre, quis saber o porquê.
Breno levou Fernandinha à biblioteca, abriu um livro e lhe mostrou as tabelas que estão representadas a seguir. Vamos ajudá-la a interpretar a
tabela e entender por que a cor verde aparece primeiro em um dos experimentos.
Concentrações em mol.L-1 para o sistema: A (g) B(g) + D(g), do início da reação até o estabelecimento do equilíbrio. Os dados da tabela 1 são
referentes à reação sem catalisador e os da tabela 2, da reação catalisada.

Tabela 1 – Reação não catalisada


A(g) B(g) + D(g) t =800ºC
A(g) = incolor, Bg) = incolor e D(g) = esverdeado

Tempo / min [A] [B] [D]

t0 0,0 8 0 0

t1 0,5 7,17 0,831 0,831

t2 1,0 6,40 1,60 1,60

t3 1,5 5,74 2,26 2,26

t4 2,0 5,20 2,80 2,80

t5 2,5 4,79 3,21 3,21

t6 3,0 4,49 3,51 3,51

t7 3,5 4,27 3,73 3,73

t8 4,0 4,12 3,88 3,88

t9 4,5 4,01 3,99 3,99

t10 5,0 3,94 4,06 4,06

t11 5,5 3,89 4,11 4,11

t12 6,0 3,86 4,14 4,14

t13 6,5 3,84 4,16 4,16

t14 7,0 3,82 4,18 4,18

t15 7,5 3,81 4,19 4,19

t16 8,0 3,79 4,21 4,21

t17 8,5 3,79 4,21 4,21

t18 9,0 3,79 4,21 4,21


t19 9,5 3,79 4,21 4,21

t20 10 3,79 4,21 4,21

Tabela 2 – Reação catalisada


A(g) B(g) + D(g) t =800ºC
A(g) = incolor, Bg) = incolor e D(g) = esverdeado

Tempo / min [A] [B] [D]

t0 0,00 8 0 0

t1 0,15 7,17 0,831 0,831

t2 0,30 6,40 1,60 1,60

t3 0,45 5,74 2,26 2,26

t4 0,60 5,20 2,80 2,80

t5 0,75 4,79 3,21 3,21

t6 1,00 4,49 3,51 3,51

t7 1,15 4,27 3,73 3,73

t8 1,30 4,12 3,88 3,88

t9 1,45 4,01 3,99 3,99

t10 1,60 3,94 4,06 4,06

t11 1,75 3,89 4,11 4,11

t12 2,00 3,86 4,14 4,14

t13 2,15 3,84 4,16 4,16

t14 2,30 3,82 4,18 4,18

t15 2,45 3,81 4,19 4,19

t16 2,60 3,79 4,21 4,21

t17 2,75 3,79 4,21 4,21

t18 3,00 3,79 4,21 4,21

t19 3,15 3,79 4,21 4,21

t20 3,30 3,79 4,21 4,21


Utilize os dados das tabelas para fazer, em um papel milimetrado ou quadriculado, os gráficos de concentração molL -1 em função do tempo.
(concentração na ordenada e tempo na abscissa).
Responda as questões propostas após desenhar os gráfico.

Questões propostas
1. Qual o instante em que o sistema entrou em equilíbrio na reação sem catalisador? E na catalisada?
2. A concentração mol.L-1 de alguma das espécies é igual a zero no equilíbrio? Quais as concentrações, no sistema em equilíbrio, de A, B e D na
reação não catalisada? E na reação com catalisador?
3. O catalisador afeta o equilíbrio químico alterando as composições deste?
4. Esboce um gráfico colocando, na ordenada, concentração mol .L-1 e na abscissa, tempo de reação. Utilize um papel quadriculado.
5. O estado de equilíbrio é atingido mais rapidamente na ausência ou na presença do catalisador? Justifique.

Comentário
Os fatores que alteram o equilíbrio químico são: variação da concentração de um dos componentes, variação da temperatura e mudança de
pressão total. A atividade anterior nos mostrou que o catalisador não afeta a composição do equilíbrio, mas faz com que ele seja atingido mais
rapidamente.

Texto 5 – A poluição do ar, a constante de equilíbrio e o princípio de Le Chatelier


Uma das causas mais sérias da poluição do ar são os gases liberados pelo escapamento de automóveis. Vários métodos têm sido utilizados para
controlar as quantidades desses poluentes atmosféricos. Por exemplo, quase todos os carros, hoje, estão equipados com conversores catalíticos.
Você sabe o que é um conversor catalítico?
Observe a figura a seguir.
Conversor catalítico de carro - www.evicar.pt/daf/img/xf105_motores4.jpg Acesso em 10/12/2007

Neles o ar é misturado com os gases provocando a oxidação de combustível não queimado e a transformação de monóxido de carbono em
dióxido de carbono. Eles também provocam a decomposição de óxido de nitrogênio em nitrogênio, N2, e oxigênio, O2.
Quando o ar é puxado para dentro do motor, tanto o N2 quanto o O2 estão presentes. Durante a combustão da gasolina, o oxigênio reage com os
hidrocarbonetos do combustível para produzir CO2, CO e H2O. N2 e O2 também reagem para formar NO, como mostra a equação: N2(g) +
O2(g) 2NO(g).
O NO em presença de oxigênio do ar se transforma em NO2(g), que é o gás marrom avermelhado, responsável pela poluição. A equação que
representa o processo é: 2NO(g) + O2(g) 2NO2(g)
Observe a figura.

Figura – Fumaça marrom formada por excesso de dióxido de nitrogênio no ar.


Fonte: www.thewe.cc/.../glaciers/smog_los_angeles.jpe. Acesso em 19/11/2007.

À temperatura ambiente, a constante de equilíbrio, razão entre as concentrações de produtos e reagentes, Kc, para a reação N 2(g) +
O2(g) 2NO(g) é 4,8 x 10–31. Esse valor muito pequeno nos diz que a concentração de equilíbrio de NO deve ser muito pequena. Portanto, não
encontramos N2 reagindo com O2 sob condições normais, e por isso a atmosfera é bastante estável.
A reação de N2 e O2 para formar NO é endotérmica e, com o aumento da temperatura, a constante de equilíbrio aumenta consideravelmente. Isso
nos informa que a temperaturas elevadas, tais como as encontradas nos cilindros de um motor a gasolina, durante a combustão, esse equilíbrio
será afetado, aumentando a produção de NO. Ou seja, o aumento da constante de equilíbrio corresponde a um avanço da reação direta com
possibilidade de formar produto mais facilmente. A variação da temperatura é o único procedimento experimental que altera o valor da constante
de equilíbrio.
Uma vez na atmosfera, este NO será oxidado a NO2, que é responsável pela neblina de cor marrom; associada, com frequência, à grande
poluição do ar.
Uma maneira de reduzir a quantidade de poluição de NO da atmosfera é acrescentar água à mistura ar-combustível. Um pouco do calor da
combustão é absorvido pelo vapor d’água, e então a mistura dos gases é resfriada. Á temperaturas mais baixas, a concentração de NO é
fortemente reduzida.
Às vezes, a poluição do ar a partir das emissões de gases dos automóveis põe em risco a saúde. Ela pode ser particularmente severa nas grandes
cidades, onde o tráfego intenso e as condições atmosféricas podem se combinar e produzir níveis perigosos de denso nevoeiro.

Questão para discussão


Discuta com os seus colegas e apresente algumas sugestões de atitudes que poderíamos tomar para minimizar os efeitos deste tipo de poluição.
Módulo nº12
LIGAÇÕES QUÍMICAS E FORÇAS INTERMOLECULARES
Autores: Marciana Almendro David e Penha Souza Silva
continuação / ver parte I

Propriedades das Substâncias Moleculares


Nas substâncias formadas por moléculas, as ligações entre os átomos são covalentes. Essas ligações são muito fortes, mas as interações entre as
moléculas são fracas. Muitas substâncias moleculares são gases em temperatura ambiente, outras são líquidos e, algumas, são sólidos.
De um modo geral, as substâncias moleculares têm baixas temperaturas de fusão e ebulição devido as fracas interações entre as moléculas. Até
mesmo os sólidos moleculares são pouco consistentes e por isto têm baixo ponto de fusão.
Algumas substâncias moleculares se dissolvem em água e, outras, não, dependendo da polaridade de suas ligações. As substâncias polares se
dissolvem na água, que também é polar; e as substâncias apolares se dissolvem em substâncias apolares. Em outras palavras, substâncias
semelhantes se dissolvem.
Uma outra característica das substâncias moleculares é a baixa condução de corrente elétrica. A água, por exemplo, é má condutora de corrente
elétrica quando pura. No entanto, as soluções aquosas que contém íons, passam a ser boas condutoras de corrente elétrica.

Substâncias Covalentes
Uma substância covalente se difere de outra substância molecular por suas propriedades. As substâncias covalentes são formadas
exclusivamente por ligações covalentes, que são muito fortes, por isto todas são sólidos e se fundem em altíssimas temperaturas.
As substâncias covalentes são definidas como sólido cristalino por se apresentarem em forma de cristais. Os principais exemplos destes sólidos
são o diamante e o grafite, que são de carbono, e a sílica, SiO 2, principal constituinte da areia.

Atividade 2 - Exercícios
Para resolver estas questões você deverá consultar o texto sobre os modelos de ligações, a tabela periódica e verificar se os elementos citados são
metais ou ametais.
1. Defina o tipo de ligação que deve ocorrer entre os seguintes pares de átomos:
a) H e Cl
b) N e H
c) Ca e Cl
d) H e P
e) Na e Na
f) Fe e Cu
g) C e H

2. Indique quais as substâncias representadas pelas fórmulas a seguir são iônicas ou moleculares.
a) H2S
b) Na2SO4
c) CaCl2
d) KOH
e) CH4
f) NaCl
g) C12H22O11

3. Para responder as questões de “a” até “f” você deverá ler o texto deste capítulo e consultar a tabela periódica.
a) Como são formadas as substâncias moleculares simples? Explique e dê exemplos.
b) Como são formadas as substâncias moleculares compostas? Explique e dê exemplos.
c) Dê exemplo de três substâncias metálicas. Explique por que os metais são bons condutores de corrente elétrica.
d) As substâncias compostas podem ser moleculares ou iônicas. Quais são as diferenças entre esses dois tipos de substâncias?
e) Dê 3 exemplos de substâncias iônicas.
f) Por que as substâncias iônicas não conduzem eletricidade no estado sólido e conduzem quando estão dissolvidas em água?

As interações Intermoleculares nas substâncias


Forças intermoleculares, conforme o nome indica, são as forças que mantêm as moléculas unidas. Observando o comportamento das substâncias,
muitas perguntas surgem, tais como: por que a água se mistura com sal e não se mistura com o óleo? Por que alguns insetos podem andar sobre a
superfície da água sem afundar? Por que gasolina e água não se misturam? Por que o álcool se mistura com a água e também com a gasolina?
Por que alguns materiais sólidos se fundem em temperaturas relativamente baixas, enquanto outros precisam atingir altas temperaturas para se
fundir? Para responder a essas e muitas outras questões intrigantes sobre o estranho comportamento dos materiais é que alguns químicos
desenvolveram a Teoria das Forças Intermoleculares e, então, propuseram modelos de explicação para o comportamento das substâncias e
materiais.
Neste módulo, já estudamos as ligações covalentes e, portanto, já vimos que as moléculas são
formadas por este tipo de ligação. Uma molécula de água, por exemplo, consiste em pequenos
grupos de três átomos, sendo um dos elementos, o oxigênio, que se liga a dois átomos de
hidrogênio. A ligação covalente é intramolecular, ou seja, ocorre no interior da molécula.
A substância água é constituída por muitas moléculas de água, unidas umas às outras por uma
força que as impedem de se difundirem instantaneamente no ambiente, deixando o copo
vazio. Quando resfriada, a água forma um objeto sólido e compacto, o gelo. As forças que
existem entre as moléculas são as forças intermoleculares. Essas forças não são tão fortes
como as ligações iônicas ou covalentes, mas são responsáveis pelo comportamento das
substâncias e materiais. Partindo da idéia da existência das forças intermoleculares, torna-se
possível explicar as propriedades macroscópicas das substâncias, tais como o estado físico e
as suas mudanças.
Assim como as ligações químicas, as forças intermoleculares também são explicadas pela
atração eletrostática entre nuvens de elétrons e núcleos atômicos. Elas são mais fracas, se
comparadas às ligações covalentes ou iônicas. Mas elas são suficientemente fortes para
sustentar uma lagartixa andando no teto, ou um inseto sobre a superfície da água.
As forças intermoleculares também são conhecidas como forças de van der waals. Tais forças
são classificadas em três tipos: a primeira é chamada de dipolo- dipolo, a segunda são as
ligações de hidrogênio e as mais fracas são chamadas de forças de van der waals.

Interações Dipolo-Dipolo
A interação dipolo-dipolo ocorre devido a uma distorção na distribuição da carga elétrica da
molécula, fazendo com que um lado da molécula fique ligeiramente mais "positivo" e o outro,
ligeiramente mais "negativo". Essas moléculas se aproximam e interagirem umas com as outras
por atração eletrostática entre os dipolos opostos. O pólo positivo de uma molécula é atraído
pelo pólo negativo da outra e vice versa.
Ligações de Hidrogênio
As ligações de hidrogênio são casos particulares da interação dipolo-dipolo, em que o dipolo
molecular é fixo e de grande intensidade. Esse fenômeno ocorre quando o hidrogênio está
ligado a um dos três elementos mais eletronegativos – flúor (F), oxigênio (O) e nitrogênio (N) –
, pois a diferença de
eletronegatividade entre o
hidrogênio e esses
elementos é muito grande.
Exemplo
A água (H2O) é uma molécula muito polarizada (polar) e as ligações de
hidrogênio produzem força suficiente para manter as moléculas unidas no
estado líquido.
Tensão superficial é uma propriedade que faz com que uma superfície
líquida se comporte como uma película elástica. Esta propriedade ocorre
com todos os líquidos e é observada com maior intensidade na água. As
moléculas no interior do líquido mantêm-se unidas pelas forças de atração,
que ocorrem em todas as direções.
As moléculas da superfície, no entanto, sofrem apenas atração lateral e
inferior, que geram a tensão superficial, criando uma película elástica.
Quanto mais intensas as forças de atração, maior será a tensão superficial.

dererummundi.blogspot.com

Os icebergs são blocos de gelo flutuante, que geralmente se desprendem


de uma geleira polar e, portanto, são constituídos por água doce.
Eles flutuam por que a densidade da água sólida é menor do que a da
água líquida. Na água líquida, as moléculas estão unidas por ligações
de hidrogênio e dispostas de forma menos organizada do que no estado
sólido.
No estado sólido, a organização é maior, formando estruturas hexagonais
tridimensionais, mais espaçadas, que diminuem a densidade, permitindo,
assim, que o gelo flutue sobre a água. Essa propriedade explica também
a quebra de garrafa de bebidas esquecidas no congelador.
www.go.dlr.de
Experimento 2 – Corrida de barcos
Materiais
• Pequenos pedaços de cartolina ou papel sulfite picados.
• Tigela de plástico ou vidro.
• Água.
• Detergente.
Procedimento
• Encha a tigela com água.
• Coloque os pequenos pedaços de cartolina picados lado a lado na tigela, flutuando sobre a água (esses serão os seus barcos).
• Dê a largada: Coloque uma gota de detergente na água, na região atrás do barco.
Discussão
Discuta com o seu grupo e resolva as questões:
1- Por que os barcos de cartolina ou papel sulfite flutuam na água?
2- O que aconteceu após colocarmos detergente na água? Tente explicar por que isso ocorreu?

Tensão superficial
Observe, pense e responda.
Como explicar o fato de alguns insetos conseguirem andar sobre a água
sem afundar?
Por que uma lâmina de barbear, quando colocada horizontalmente sobre a
superfície da água, flutua sobre a mesma?
Coloque um clipe de papel de plástico ou de metal flutuando sobre a água
e explique por que, apesar da densidade desses materiais serem maiores do
que a da água, isto é possível.

Esses e outros fatos se devem às fortes interações existentes entre as


moléculas de água, estas forças intermoleculares, que são as ligações de
hidrogênio, conferem à água algumas propriedades especiais, sendo uma
delas a tensão superficial.
A tensão superficial pode ser observada em quase todos os líquidos e é ela
a responsável pela forma esférica de gotas ou bolhas do líquido.
Esse fenômeno ocorre porque as moléculas do líquido interagem mais
fortemente com suas vizinhas do que com as moléculas do ar. Com isso,
estas moléculas tendem a ficar o mais próximo possível uma das outras,
pois uma “atrai” a outra na mesma intensidade, o que resulta em uma
forma esférica.

http://www.angelfire.com/
Figura: esquema da tensão superficial da água, em que as forças de atração (forças intermoleculares) existentes entre as moléculas de água
vizinhas são mais fortes que as forças de atração entre as moléculas de água e o ar. Isto faz com que as moléculas de água à superfície tendam
a ser mais fortemente puxadas para o interior do líquido.

Forças de van der Waals


Embora, rigorosamente, todas as forças intermoleculares sejam também
chamadas de forças de van der waals, esse nome também é atribuído ao tipo de
interação intermolecular de intensidade mais fraca, que se classifica em dipolo
instantâneo-dipolo induzido.
A intensidade das interações intermoleculares são diferentes devido às
diferenças de polaridade das moléculas. As ligações de hidrogênio, conforme já
vimos, ocorrem nas moléculas de maior polaridade. Então, as ligações dipolo
instantâneo-dipolo induzido ocorrem em moléculas apolares, ou seja, que não
formam pólos verdadeiros a partir de suas ligações covalentes
intramoleculares.
Para que as moléculas formem pólos é necessário que os átomos ligantes no
interior de cada molécula sejam diferentes e que tenham diferentes valores de
eletronegatividade, ou seja, os seus núcleos devem exercer atração sobre os elétrons com diferentes intensidades.

Exemplos de moléculas polares


No caso de moléculas monoatômicas não há formação de pólos. Mesmo em moléculas que apresentam átomos ligantes, mas que exercem a
mesma atração sobre os elétrons, também não se formam pólos e a molécula é apolar.

Exemplos de moléculas apolares

Também ocorrem casos em que as moléculas são apolares por


causa de sua simetria. Neste caso, a molécula forma pólos de
mesma intensidade e em sentidos contrários, de modo que a
polaridade é anulada, tornando a molécula apolar.

As ligações covalentes possuem direção, sentido e intensidade,


podendo, portanto, serem representadas por vetores.

Os vetores se orientam sempre no sentido do pólo positivo para o


negativo. Para moléculas com mais de dois átomos, conhecendo-
se a geometria molecular, é possível determinar se a molécula
apresenta dipolo, ou seja, se na molécula há distribuição desigual
de carga negativa e positiva. Essa determinação é feita levando-
se em conta os vetores momento de cada ligação. Conforme
tenham ou não dipolo elétrico, as moléculas são classificadas
em polares ou apolares, respectivamente.

Experimento 3 – Interações intermoleculares de compostos orgânicos com a água.

Materiais
• 03 provetas de 100 mL.
• 50 mL de álcool absoluto (etanol).
• 50 mL de ácido acético concentrado (ácido etanóico).
• 50 mL de ácido oléico (azeite de oliva) .
• Água destilada.
Procedimento
• Misturar 50 mL de água destilada com 50 mL de cada uma das substâncias citados acima.
• Preencher a tabela abaixo com os dados obtidos.
Solvente Volume final da mistura
álcool absoluto (etanol)

ácido acético (ácido etanóico)

ácido oléico (azeite de oliva)

Discussão
Discuta com o seu grupo e resolva as questões:
1- Com base nos resultados obtidos, qual a relação entre os grupos (álcool e ácidos carboxílicos) pesquisados?
2- Demonstre as relações existentes entre a polaridade das moléculas, a miscibilidade ou não em um solvente e o volume da mistura.
Pesquise e responda
Explique por que para limparmos um utensílio sujo de óleo ou gordura é necessário colocarmos algumas gotas de detergente? Se
tentarmos lavá-lo só com água o que acontecerá?

O comportamento dos materiais e as interações intermoleculares


A temperatura de ebulição da água é 100 ºC ao nível do mar, muito diferente de todos os outros hidretos formados pelos elementos da família do
oxigênio. Exceto a água, todos parecem seguir uma regra de que quanto menor a massa molecular, menor é a temperatura de ebulição. Por esta
regra que também é obedecida na família do carbono, a água deveria ser, à temperatura ambiente, um gás, com uma temperatura de ebulição
bem abaixo de 0 ºC. Mas, nós sabemos que a água é um líquido com ponto de ebulição de +100 ºC, logo contraria a regra obedecida por outros
compostos semelhantes.
Além disto, também sabemos que a água flutua sobre a água líquida. Isto porque a densidade do estado sólido, na água, é menor do que no
estado líquido. As ligações de hidrogênio, no estado sólido, conferem à água uma organização reticular quase cristalina, com um maior espaço
entre as moléculas, ou seja, uma menor densidade. A maioria das substâncias tem um maior grau de agregação entre as moléculas no estado
sólido e por isto, geralmente, apresentam maior densidade no estado sólido do que no líquido.
As forças intermoleculares também são responsáveis pelas diferenças nas
temperaturas de ebulição de vários líquidos constituídos de moléculas
orgânicas de mesma fórmula molecular e de mesma massa. As moléculas
orgânicas que possuem a mesma fórmula molecular e, por conseqüência, a
mesma massa molar, são chamadas de isômeros. Elas são constituintes de
substâncias diferentes porque possuem propriedades diferentes, entre as
quais estão as temperaturas de ebulição normal diferentes.
A temperatura de ebulição de um líquido é definida como sendo a
temperatura na qual a pressão de vapor exercida pelo líquido se iguala à
pressão externa ou atmosférica. A água, ao nível do mar, tem uma pressão
de vapor igual a 1,00 atm somente a 100 ºC.
Quanto mais forte for a atração entre as moléculas, isto é, quanto maior
forem as forças intermoleculares entre elas, maior também será a
temperatura necessária para a ebulição do líquido.
Observe, por exemplo, os três isômeros para a fórmula C5H12, o n-
pentano, o isopentano e o neo-pentano, ilustrados na figura ao lado.
As três moléculas não possuem dipolo permanente, mas sim induzido,
pois são apolares. Então, ambas interagem, entre si, via forças de
interação (van der walls, que também são chamadas de london). Mas o
que faz com que o n-pentano, o isopentano e o dimetilpentano tenham
temperaturas de ebulição diferentes? Observe que, à temperatura
ambiente, o n-pentano é um líquido, enquanto que o neopentano é um gás.
Este caso ilustra uma propriedade das interações intermoleculares: quanto
maior for a área de contato entre as moléculas, maior é a interação. No
caso do isopentano e do neo-pentano, a interação é dificultada devido ao
impedimento espacial provocado pelos grupos -CH3. Quanto maior o
número de grupamentos –CH3, menor a intensidade da polarização induzida, que ocorre mais intensamente no caso da cadeia linear.
Uma outra propriedade que também pode ser observada é a diminuição da temperatura de ebulição dos compostos à medida que diminuem a
polaridade de suas moléculas. Ao lado estão representadas as moléculas de água, de álcool
etílico e de éter dimetílico. Embora ocorra aumento do tamanho da cadeia e da massa molar,
verificamos que o crescimento da temperatura de ebulição ocorre no sentido inverso. Assim,
embora aágua tenha as menores moléculas da série, ela tem a maior temperatura de ebulição.
Isto ocorre porque apesar de ser a menor molécula, a água é que apresenta a maior
polaridade, isto faz com que suas moléculas se atraiam mais, precisando, portanto, atingir
maior temperatura para entrar em ebulição.
O processo de mistura também é dependente das forças intermoleculares entre as moléculas.
Isto explica, por exemplo, por que a água se mistura com o álcool e não se mistura com a
gasolina.
A água se mistura ao etanol, ou álcool etílico, e não se mistura com a gasolina porque as
moléculas de álcool etílico são polares e as moléculas de gasolina são apolares.
A água e o etanol interagem por causa da ligação hidrogênio, que é a mais forte das
interações intermoleculares, enquanto que as moléculas da gasolina não possuem
hidrogênios ligados ao oxigênio. A água possue dois hidrogênios ligados ao oxigênio, o que
explica a sua maior temperatura de ebulição em relação ao álcool etílico, que possui apenas
um.
Os compostos orgânicos polares exibem, em geral, uma solubilidade significativa em água.
O açúcar, por exemplo, é muito solúvel em água. Isto se deve à capacidade que as moléculas
de água têm de interagir com as moléculas da sacarose.

Atividade 3 - Exercícios
1. Qual das ligações é a mais fraca?
a) iônica.
b) covalente.
c) ligação de hidrogênio.
d) van der waals.

2. Uma molécula de água pode fazer:

a) duas ligações de hidrogênio.


b) quatro ligações de hidrogênio.
c) uma ligação de hidrogênio.
d) três ligações de hidrogênio.

3. Dentre os compostos abaixo,


I. CH3-CH2-O-CH3
II. CH3-CH2-NH2
III. CH3-CH2-OH
quais apresentam Ligações de Hidrogênio entre suas moléculas:
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
4. O hidrogênio diatômico se dissocia por ação de energia, de acordo com a equação: H—H (g) → 2H (g)
Nesta dissociação ocorre rompimento de ligação química do tipo:
a) ligação de hidrogênio.
b) de van der waals.
c) iônica.
d) covalente.

5. Os hidretos do tipo H2X, formados a partir dos elementos da família do oxigênio, são todos gasosos em condições ambientais, com exceção do
hidreto de oxigênio (água). Esta situação é conseqüência:
a) da baixa massa molecular da água.
b) das ligações covalentes.
c) das ligações de hidrogênio entre as moléculas.
d) do fato de que o gelo é menos denso que a água líquida.
6. Dentre as seguintes substâncias, qual apresenta ligações de hidrogênio entre as moléculas?
a) metano (CH4).
b) clorofórmio (CHCl3).
c) benzeno (C6H6).
d) Éter-etílico (C2H3-O-C2H5).
e) Água (H2O).

You might also like