You are on page 1of 24

Profa Aline Tischler

IDOSOS IDOSO JOVEM (60 – 75)

IDOSO VELHO ( > 75)

“ENVELHECIMENTO É UM PROCESSO FISIOLÓGICO NATURAL DA VIDA,


CONTÍNUO E IRREVERSÍVEL, QUE SE INICIA NA CONCEPÇÃO E TERMINA
COM A MORTE”

“O IDOSO É ANTES DE TUDO O ESPELHO DE SUA VIDA


PASSADA NO PRESENTE”

REFLEXO HISTÓRICO
DOS ACONTECIMENTOS

Cronicidade e
multiplicidade das doenças
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NO
ENVELHECIMENTO
REDISTRIBUIÇÃO DA MASSA CORPORAL E ÓSSEA
MASSA MUSCULAR
MASSA MINERAL MASSA ADIPOSA
CÁLCIO TECIDO CONJUNTIVO
DENSIDADE ÓSSEA
Encurtamento da coluna
espinhal leva à perda da
 MASSA CELULAR estatura
 LÍQUIDO INTRACELULAR NA PELE
 TECIDO SUBCUTÂNEO RIGIDEZ TEC. CONJUNTIVO
 ELASTICIDADE PELE E DOS PELOS NO CORPO
 SECURA E FRAGILIDADE DA PELE
 UNHAS SECAS E OPACAS
ALTERAÇÕES NO APARELHO DIGESTIVO
 SENSORIAL SENTIDOS / ATROFIA PAPILAS GUSTATIVAS

 GASTROINTESTINAS E ORGÃO ANEXOS

BOCA: diminuição do paladar e dificuldades mastigatórias; dentadura 


mastigação 75 a 85% menos eficiente  menor ingestão de carnes e frutas e
hortaliças frescas  def de ptn, energia, vit C, Fe, Folato, vit. E.....
ESÔFAGO: alteração da motilidade (RGE, HÉRNIA HIATAL).
ESTÔMAGO: alteração motilidade, atrofia, e esvaziamento lento. Hipocloridria e
acloridria frequentes  menor absorção de B12  anemia perniciosa
INTESTINO DELGADO: absorção de nutrientes ineficiente.
INTESTINO GROSSO: diminuição do tônus  constipação
PÂNCREAS E FÍGADO: diminuem sua ação: tolerância à glicose diminuída
Modificações na atividade enzimática e nos componentes das secreções
gástricas – enzimas proteolíticas (amilase e lipase pancreáticas)
RINS: Redução do fluxo sanguíneo e da filtração glomerular
 Confusão mental
 Parkinson
 Alzeheimer
 outras causas
 ↓ função imunológica

INFECÇÕES
FATORES QUE INTERFEREM NA NUTRIÇÃO

• PERDA DE RENDIMENTO; • HÁBITOS INADEQUADOS;


• ISOLAMENTO SOCIAL; • FÁRMACOS;
• ESTADO EMOCIONAL; • PROBLEMAS DENTÁRIOS;
• LIMITAÇÕES FÍSICAS; • ALTERAÇÕES NO PLADAR E OLFATO;
• ALCOOLISMO;

RETARDO DO METABOLISMO
ASPECTOS NUTRICIONAIS DOS IDOSOS
VALORIZAR
DIFERENÇAS NECESSIDADES PREFERÊNCIAS E
PROGRESSÃO DO NUTRICIONAIS INTOLERÂNCIAS
PROCESSO INDIVIDUALIZADAS EVITAR
DEGENERATIVO
EXCESSOS
+ RESPEITAR HÁBITOS CORRIGIR ERROS
ALIMENTARES SUPRIR AS
ENFERMIDADES PROGRESSIVAMENTE
NECESSIDADES
 Bom informante
 Memória recente e antiga
 Cuidador ou responsável
 Omissão de informações
 Avaliar grau de independência e de dependência
 Limitações
 Estimativas
 Peso
 Altura
 CB
 ATUAL
 HABITUAL
 IDEAL
 PERDAS /GANHOS
 ALTERAÇÕES MASCARADAS (ASCITE / EDEMAS /
DESIDRATAÇÃO)

ESTIMATIVA DA PESO DO PACIENTE EDEMACIADOS:


Edema Excesso de Peso Hídrico
+ tornozelo Aproximadamente 1kg
++ joelho 3 – 4kg
+++ raiz da coxa 5 – 6kg
++++ anasarca 10 – 12kg

Edema x Excesso de Peso Hídrico ( Martins, 2001 )


*Para encontrar o PI, deve-se utilizar o IMC no limite
superior da normalidade, aplicando a seguinte
fórmula:
PI = IMC ideal x altura2

*Obs.: IMC médio para idosos = de 24,5 a 25,5kg/m2


 ADEQUAÇÃO DO PESO
 A porcentagem de adequação do peso atual em relação
ao ideal é calculada a partir da seguinte fórmula:

 Adequação do peso(%)= peso atual X 100


peso ideal

 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ACORDO COM A


ADEQUAÇÃO DO PESO:
Adequação do peso (%) Estado Nutricional
≤70 Desnutrição grave
70,1 - 80,0 Desnutrição moderada
80,1 - 90,0 Desnutrição leve
90,1 - 110,0 Eutrofia
110,1 - 120,0 Sobrepeso
>120 Obesidade
 Como calcular:
 %PP = (peso habitual – peso atual) x 100
peso habitual

%PP CLASSIFICAÇÃO:
TEMPO PP (%) SIGNIFICATIVA PP (%) GRAVE
1 semana 1a2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
IMC = P
(A)2

Obs.: Diagnóstico de obesidade


no idoso ≥30kg/m2
(SISVAN, 2004)
P<5 = desnutrição;
P5-P10 = depleção;
P10-P25 = risco nutricional;
 Localizar o percentil e classificar >P25-P90 =normalidade
 Calcular a adequação e classificar o EN

50
 Dificultada por problemas
posturais, deformidades da coluna
espinhal (fisiológico)
 Estadiômetro fixo ou
 Altura do joelho (knee height) –
do calcanhar à patela - com
antropômetro de madeira.
(realizar a medida 2 vezes e fazer a
média. Não deve ter variação
superior a 0,5cm.
SEXO EQUAÇÃO
MASCULINO [2.02 x altura do joelho (cm)] – [0.04 x idade] + 64.19

FEMININO [ 1.83 x altura do joelho (cm)] – [0.24 x idade] + 84.88

(CHUMLEA; ROCHE; STEINBAUGH, 1985)


INTERPRETAÇÕES DOS
 MASSA MAGRA PERCENTIS:
P<5 = desnutrição;
 CMB = CB – ( x PCT÷10) P5-P10 = depleção;
P10-P25 = risco nutricional;
 AMB = (CB – ( x PCT ÷ 10 ) )2 >P25-P90 =normalidade
4
 Circunferência da Panturrilha (CPA)  melhor e mais sensível
medida de reserva de MM no idoso (OMS, 1995). Valor de normalidade para
ambos os gêneros ≥31,0cm , abaixo disso
 é marcador de desnutrição no idoso.

Pode ser feita em pé ou sentado. Uma fita


inelástica é colocada ao redor da panturrilha
, e deve -se mover a fita para cima e para
baixo a fim de localizar a máxima
circunferência. A fita métrica deve passar em
toda a extensão da panturrilha, sem fazer
compressão. O valor zero da fita é colocada
abaixo do valor medido.
 Pregas cutâneas x limitações
 Maior dificuldade em determinar a PCT por alterações
fisiológicas próprias da idade;
 Somatório de pregas cutâneas: é desencorajado por alguns
estudiosos e especialistas, por conta da redistribuição do tecido
adiposo, encontrando-se mais depositada em troncos que nas
extremidades (Chumlea & Baumgartner, apud Duarte, 2007);

 Indica-se a utilização da PCT e PCSE com avaliação do


percentil. INTERPRETAÇÕES DOS
 AGB (cm2) = (PCT ÷ 10) x CB -  x (PCT ÷ 10) PERCENTIS:
P<5 = desnutrição;
2 4
P5-P10 = depleção;
P10-P25 = risco nutricional;
>P25-P90 =normalidade
Os idosos tendem a acumular mais gordura em
região abdominal, por conta das alterações de
composição corporal para a idade.
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA
Risco de complicações Homens (cm) Mulheres (cm)
metabólicas
Sem risco < 94 < 80
Risco alto para DCV ≥ 94 ≥ 80
Risco muito alto para DCV ≥ 102 ≥ 88

RCQ
>1,0 HOMENS = (ANDROIDE) RISCO PARA
DCV E ALTERAÇÕES METABÓLICAS

>0,85 MULHERES = (ANDROIDE) RISCO


PARA DCV E ALTERAÇÕES METABÓLICAS
 ENVOLVE A ANÁLISE DE TODAS OS INDICADORES
DIRETOS E INDIRETOS DO ESTADO
NUTRICIONAL DO IDOSO!!!
 CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e hospitalar. Nutrição -
Nutrição Clinica do Adulto, 2a ed., Manole, São Paulo, 2005.

 TIRAPEGUI, J.; Ribeiro, S.M.L. – Avaliação Nutricional Teoria e Prática – 1ª.


Ed. São Paulo Editora Guanabara Koogan, 2009.

 DUARTE, A.C.G. Avaliação Nutricional – Aspectos Clínicos e Laboratoriais –


1ª. Ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2007.

 ROSSI, L. Avaliação Nutricional : novas perspectivas – 1 ª ed. São Paulo :


Roca, 2008.

 MACHADO, A. F. Dobras Cutâneas: localização e procedimentos. Revista de


Desporto e Saúde da Fundação Técnica e Científica do Desporto, 2008\

 BURTON, B. Nutrição Humana. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1979, 606p.

 SOLÁ, Espejo.Manual de Dietoterapia do Adulto. 6a. Ed São Paulo:


Atheneu.1988.550p.
 WILLIAMS, Sue Rodwell. Fundamentos de Nutrição e Dietoterapia. Trad. Regina
Machado Garcez. 6a. ed. Porto Alegre: Arte Médica, 1997.

 NELSON, R C, FRANZI, L R. Nutrição e envelhecimento. Clínicas Médicas da América


do Norte. Rio de Janeiro: Interlivros, vol.6. 1989.

 PENTEADO, J F. Envelhecimento digestivo e nutrição do idoso (mimeo). ARS


CVRANDI, Rio de Janeiro, 1982.

 REIS, N T. Problemas relacionados à alimentação do idoso e qualidade de vida do


idoso.Revista Nutrição em Pauta, 17-22, Nov/Dez, 2001.

 CONCEIÇÃO, M E P, NASCIMENTO, C A . Nutrição no idoso (mimeo). ENUFBA –


Departamento das Ciências da Nutrição, Salvador, 2001.

 MARCHINI, J C, FERRIOLLI, E, MORIGULI, J C. Suporte nutricional no paciente idoso:


definição, diagnóstico, avaliação e intervenção (mimeo). Simpósio de Nutrição
Clínica, 54 –61, Jan/Mar, 1998.

 AIDA, E. Considerações gerais sobre alimentação do idoso (mimeo). Cadernos da


terceira idade, 7-13.
 G. A. C., 74 anos, sexo feminino, lúcida, deambulante,
compareceu à clínica de nutrição acompanhada de sua
cuidadora. Reside em casa própria, aos cuidados de uma
cuidadora particular. HPP: histerectomia total aos 50 anos. HPA:
DM, HAS. Ao exame físico: flacidez cutânea, mucosas
hipocrômicas, em uso de prótese dentária completa. Exames
bioquímicos: Hb 9,5g/dL, colesterol 280 mg/dL, HDL 45 mg/dL.
À antropometria: P = 45kg, A= 1,53m, PCT = 10mm, PCSE =
9,5mm CB= 23cm, CC= 85cm, CQ = 87cm.
 a) Qual o IMC?
 b) Faça a avaliação da CB em percentil e % de adequação.
 b) Qual o valor da CMB e AMBc e a classificação?
 c) Qual o percentil e interpretação dos valores da PCT e PCSE?
 d) Qual o resultado da AGB e a classificação?
 e) Qual o resultado da avaliação da CC e RCQ?
 f) Qual o DN final? (EN, MM, MG, e exames)

You might also like