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AO JUÍZO FEDERAL DA ___ VARA CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
BRASÍLIA - DF
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Condomínio Quintas do Sol, Qd. 9, Conj. F, Casa 21 – Jardim Botânico - Brasília – DF – CEP 71680-370
Contatos: (61) 98197-1210 – e-mail: leonardocavalcanti.adv@gmail.co
4. VÊNIA DIAS TEIXEIRA, brasileira, casada, psicóloga, portadora do R.G de
nº 887.362– SSP/GO, inscrita no CPF/MF sob o nº 440.755.451-72, com título eleitoral
número 0014.9454.1066, Seção: 340, Zona: 126, residente e domicilia na Rua 257 nº.136,
AP-2004, Ed. Arte Home - Setor Leste Universitário – CEP: 74.610-210, Goiânia – GO,
endereço eletrônico: veniateixeira@hotmail.com;
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10. DAISY MARA RODRIGUES MARTINS, brasileira, solteira, depiladora,
portadora do R.G de nº 0615400-3, Detran-RJ, inscrita no CPF/MF sob o nº 776.226.427-20,
com título eleitoral número 004597800302, Seção: 089, Zona: 216, residente e domicilia na
Rua Cachambi, 780 – Bloco 2, apt. 1107, Cachambi, Rio de Janeiro - RJ – CEP 20771-632,
endereço eletrônico: daisy_martins31@yahoo.com.br;
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com título eleitoral número 118347970370, Seção: 066, Zona: 040, residente e domiciliado na
Av. Domingos Perim, 119, Caixa Postal: 143, endereço eletrônico:
rafaelmteixeira@hotmail.com;
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thukamariglauci@yahoo.com.br;
cidadãos em pleno gozo dos direitos políticos (doc. anexo conforme artigo 1º, § 3º, da Lei nº
4.717/65), por intermédio de seus advogados infra-assinados, vêm à presença de Vossa
Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988, e na Lei nº 4.717/65, propor a presente
104 - Brasília - DF - CEP: 70070-600, representado por seu Presidente, dr. Rogério Giannini,
pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos.
“Para não cair na ignorância, deve o homem estar convencido que não se deve retirar as
opiniões que criam obstáculos, pois a refutação é a mais eficaz da purificação e não a
eliminação daquela. Assim, não se deve podar o conhecimento, mas alimentá-lo para transpor
as barreiras que o impedem de caminhar. “ Leonardo Loiola Cavalcanti
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1. DA LEGITIMIDADE ATIVA
De acordo com o artigo 1º da Lei 4.717/65, qualquer cidadão é parte legítima para propor
Ação Popular, sendo que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, nos termos do § 3º do
referido artigo, “será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda”.
CRFB: Art.5º: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade
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de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-
fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
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SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito processual constitucional. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, pp. 545.
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Vencendo essa etapa, seguimos a análise da questão do Patrimônio Público
que está sendo lesado, a saber : o patrimônio cultural, sendo este integrado, nos termos do
artigo 216, da Constituição da República, o seguinte:
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Respeitando assim a súmula do STF n º 365: “Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular”.
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2. DA LEGITIMIDADE PASSIVA
Em tal grau, os legitimados passivos são as pessoas que dão causa ao dano,
a ilegalidade ou ilicitude dos atos praticados, os funcionários ou administradores que
autorizaram, aprovaram, ratificaram, ou praticaram os atos acima aludidos.
É absolutamente incontroverso, pelos fatos que adiante serão narrados, e
pelas provas que serão apresentadas, que os atos cometidos pelo Réu, Conselho Federal de
Psicologia, ao aprovar a Resolução nº 001/1999, que impede o livre exercício do
desenvolvimento científico realizados pelos psicólogos do Brasil, não deixa de ser ele a
pessoa a configurar o polo passivo desta demanda.
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de Psicologia – CFP, que vedou aos psicólogos o direito de estudos sobre a suposta
patologia de comportamentos ou práticas homoeróticas, bem como impondo àqueles a
proibição de qualquer pronunciamento e nem participação de pronunciamentos
públicos, nos meios de comunicação de massa, estudos científicos, análises sobre a
relação homossexuais, pelo argumento de que haveria um reforço aos preconceitos
sociais existentes em tal relação.
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massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes
em relação aos homossexuais como portadores de qualquer
desordem psíquica.” Destaquei
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referida resolução, da qual interfere nos estudos e pesquisas científicas relacionadas à
compreensão e sobre questões ligadas à sexualidade, causando dano ao interesse coletivo.
Na referida Resolução, mesmo considerando que o psicólogo “é
freqüentemente interpelado por questões ligadas à sexualidade”, o impede de desenvolver
estudos, atendimentos, pesquisas científicas, sobre comportamentos ou práticas homoeróticas,
sem ainda, poder dar diagnóstico para tratamentos não solicitados.
Não pode o Estado estabelecer, a priori, o que pode e o que não pode ser
dito pelos indivíduos, muito menos um Conselho de entidade profissional regulamentar regras
que atingem o interesse da sociedade.
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O CFP não respeitou o posicionamento do STF, que entende como núcleo
duro (cláusula pétrea) o conteúdo de manifestação do pensamento, o que impôs ao poder
legislativo o seu afastamento a qualquer legislação que venha dispor sobre vedação de
manifestação do pensamento.
“Por entender que o exercício dos direitos fundamentais de
reunião e de livre manifestação do pensamento devem ser
garantidos a todas as pessoas...,”
(ADPF 187, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
15-6-2011, Plenário, Informativo 631.)
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expressão científica com os deveres estatais de propulsão
das ciências que sirvam à melhoria das condições de vida
para todos os indivíduos. Assegurada, sempre, a dignidade da
pessoa humana, a CF dota o bloco normativo posto no art. 5º da
Lei 11.105/2005 do necessário fundamento para dele afastar
qualquer invalidade jurídica (Min. Cármen Lúcia).” (ADI
3.510, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-5-2008,
Plenário, DJE de 28-5-2010.)” Grifamos
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que têm. Com efeito, mata a ciência, a pesquisa e o estudo, e retira da sociedade o direito de
progredir, de evoluir.
6. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
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consumidor a proteção contra práticas e cláusulas abusivas impostas no fornecimento de
serviços.
O periculum in mora, de outra parte, reside na necessidade de se impedir, o
quanto antes, a continuidade da prática abusiva ora descrita, em indiscutível prejuízo aos
usuários do serviço em questão, de modo que não se dever aguardar o julgamento definitivo
da lide. Existe, inegavelmente, o fundado receio de prejuízo irreversível aos
consumidores, pois, se subsistirem vigentes aquelas violações ao patrimônio público, até
o término desta demanda, estes que estão sem a devida prestação de serviços, continua
sem a proteção estatal, diante de tal vedação; prejuízo cuja reparação é impossível, já que
os psicólogos não podem exercer suas atividades profissionais sem que ocorra em sanção do
CFP, o que lhes ocorrerá a total violação de seus direitos bem como do patrimônio público.
Tendo em vista o tempo decorrido com a regular tramitação do processo, a
decisão final e definitiva da presente ação pode demorar alguns anos, acarretando sensível
prejuízo aos profissionais e pacientes do serviço de psicologia que continuarão submetidos à
referida prática lesiva do Conselho Federal de Psicologia.
Verificando os endereços das partes autoras, são estas de diversos
estados do país, que buscam que o Estado venha expurgar qualquer norma que possa ir
contra o patrimônio público e contra aqueles que querem utilizar de seus direitos, mas
não podem diante de uma dispositivo, que não seguiu as formalidades do Poder
Legislativo, e, que mesmo nesse poder, não poderia ser deliberado, conforme decisão do
STF.
Importa salientar que o que se requer neste pedido de medida liminar é a
suspensão da Resolução nº 001/199, do Conselho Federal de Psicologia, publicados,
respectivamente, no sítio do CFP3
Em última análise, a concessão de medida liminar não só atenderá aos
interesses de grande parcela da sociedade como evitará que o Judiciário decida inúmeras
outras ações individuais sobre o mesmo assunto (economia processual e evita decisões
divergentes) e inibirá a adoção de práticas similares às combatidas nesta demanda.
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http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf
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7. DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. DOS PEDIDOS
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9. DOS PEDIDOS DEFINITIVOS
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Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,
especialmente pela juntada de documentos, e por tudo o mais que se fizer necessário à cabal
demonstração dos fatos articulados na presente inicial.
Dá-se a causa, para fins fiscais, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
E. Deferimento.
Brasília (DF), 30 de agosto de 2017.
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