You are on page 1of 10

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JOGOS COOPERATIVOS:
O JOGO E O ESPORTE COMO
UM EXERCÍCIO DE CONVIVÊNCIA

FÁBIO OTUZI BROTTO

CAMPINAS
1999

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS


FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
2

JOGOS COOPERATIVOS:
O JOGO E O ESPORTE COMO
UM EXERCÍCIO DE CONVIVÊNCIA

Este exemplar corresponde à redação final da


Dissertação de Mestrado apresentada por
Fábio Otuzi Brotto e aprovada pela comissão
examinadora composta pelos Professores Ídico
Luiz Pellegrinotti, Luiz Alberto Lorenzetto e
Roberto Rodrigues Paes, em 17 de setembro de
1999.

Prof. Dr. Roberto Rodrigues Paes


Orientador e presidente da Comissão Examinadora

Campinas, 17 de setembro de 1999


3

FICHA CATALOGRÁFICA E LABORADA PELA BIBLIOTECA -FEF


UNICAMP

Brotto, Fábio Otuzi


B795j Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um
exercício de convivência / Fábio Otuzi Brotto. –
Campinas, SP : [s.n.], 1 999.

Orientador: Roberto Rodrigues Paes


Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual
de Campinas, Faculdade de Educação Física.

1. Jogos em grupo. 2. Esporte -Estudo e ensino.


3.Interação social. I. Paes, Roberto Rodrigues.
II. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de
Educação Física. II. Título.
4

EU OFEREÇO

Dedico este ‚Exercício de Convivência‛, a Eneide Otuzi Brotto, minha


mãe e principal orientadora no caminho da vida; e para Osmar Brotto,
meu pai... sempre presente.

Ofereço à Gisela minha e-terna parceira, que algumas vezes não me


acompanha, mas sempre me compõe.

E à Tiê e Ilê, e para os filhos dos filhos de seus (e de todos os outros)


filhos... frutos e sementes do Jogo Essencial.
5

EU AGRADEÇO

Eu agradeço ao Prof. ‚Roberto‛ Rodrigues Paes, meu grande parceiro e


guia seguro que, quando me vi mergulhado no tu rbilhão de idéias
confusas e ideais difusos, transbordou os limites de sua generosidade e
sabedoria, me ajudando a enxergar com clareza o rumo a seguir e a
descobrir o compasso possível.

Também, sou muito grato ao Prof. Ídico Luiz Pellegrinotti, o ‚Deco‛,


que com seu jeito apaixonado de Ser, participou deste Jogo desde o
início, irradiando a con -fiança necessária para nutrir a Vida pulsante no
coração de cada um de todos nós.

Desde muito antes desta aventura pela ciência, venho sendo tocado na
consciência pela presença sensível e amorosa do ‚mestre‛ Luiz Alberto
Lorenzetto, a quem sou profundamente agradecido e suavemente ligado.

Ao meu amigo Cesar Barbieri, agradeço pela leitura dedicada, crítica e


re-creativa e mais ainda, pela Trans -Piração compartilha da.

Agradeço aos servidores da FEF -UNICAMP pelo suporte e


disponibilidade em colaborar com a realização deste e de tantos outros
‚projetos de estudo e de vida‛.

Agora, re-lembro o tempo em que voltava correndo da escola, almoçava


as pressas e saia voand o... para a aula de Educação Física. Ah! Como eu
adorava jogar basquete na quadra que construímos, bater uma bolinha
no campinho de terra cuidado pela garotada, fazer exercício com
halteres de lata de leite em pó, pendurar na barra só pelo prazer de
auto-sustentar-me... Pois é, eu era capaz de largar tudo, tudo mesmo,
só para ir |quele lugar m{gico: a aula do ‚Seu Zé Maria‛. Neste
momento, ainda sou capaz de ouvir o jeitão dele chamar a turma:
‚Tsitsitsi, turminha!‛
Graças ao senhor, Prof. José Maria Abdal la, eu continuo por aqui.
Valeu, professor!
6

O MEU OLHAR é nítido como um girassol.


Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca ante s eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem...


Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como um malmequer,


Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele
e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...


Se falo na Natureza
não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo -a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,


E a única inocência não pensar...

Fernando Pessoa 1
7

SUMÁRIO

Índice de Figuras i

INTRODUÇÃO. 01

CAPÍTULO I.

O JOGO NUMA SOCIEDADE EM TRANSFORMAÇÃO . 12

1 Conceitos e abordagens. 13

2 O Jogo na Educação. 19

3 A postura do Educador. 23

4 Jogando numa Sociedade em Transformação. 27

CAPÍTULO II.

A CONSCIÊNCIA DA COOPERAÇÃO . 31

1 Cooperação e Competição. 32

2 Mitos e Ritos. 42

3 A Consciência da Cooperação. 51

4 A Ética Cooperativa. 57

1 Em ‚O Guardador de Rebanhos – II‛, In: Ficções do Interlúdio/1, 1980, p. 35.


8

CAPÍTULO III.

JOGOS COOPERATIVOS . 62

1 Origem e Evolução. 63

2 Os Primeiros Movimentos. 66

2.1 No Mundo Ocidental. 67

2.2 No Brasil. 70

3 Conceito e Características. 76

4 A Visão dos Jogos Cooperativos. 81

5 Princípios Sócio -Educativos da Cooperação. 89

CAPÍTULO IV .

A PEDAGOGIA DO ESPORTE

E JOGOS COOPERATIVOS . 94

1 Esporte: Um Fenômeno Humano. 95

2 Pedagogia do Esporte. 102

3 Jogos Cooperativos como uma Pedagogia do Esporte. 112

3.1 A Consciência da Cooperação no Esporte. 113

3.2 A ‚Ensinagem‛ Cooperativa do Esporte. 123

3.2.1 Categorias do Jogos Cooperativos. 124


9

3.2.2 A formação de grupos. 130

3.2.3 A premiação. 132

CAPÍTULO V.

O JOGO E O ESPORTE COMO

UM EXERCÍCIO DE CONVIVÊNCIA. 136

1 Convivência: Um Jogo de Interdependência. 141

2 O (im)po ssível Mundo onde todos podem VenSer. 147

3 Jogando no cotidiano de um novo dia. 155

CONSIDERAÇÕES FINAIS (??).

O JOGO ESSENCIAL. 166

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 173

ANEXOS. 187
10

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Situação Cooperativa e Situação Competitiva.

(Deustch, 1949 apud Rodrigues, 1972,

modificado por Brotto, 1997). 36

Figura 2. Tabela Seqüencial de Competição

e Cooperação. (Orlick, 1989) 39

Figura 3. Jogos Competitivos e

Jogos Cooperativos (Walker, [1987]) 78

Figura 4. Padrões de Percepção -Ação.

(Brotto, 1997) 86

You might also like