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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE


DIREITO DA ______ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
IMPERATRIZ/MA

FULANDO DE TAL, brasileiro, desempregado, maior, inscrito no CPF


sob n. XXXXXXXXXXXXXX e RG sob n. XXXXXXXX, residente e
domiciliado na rua XXXXXXXX, n. XXXX, - bairro XXXXXX, CEP
XXXXXXX na cidade de Blumenau/SC vem, por sua procuradora à
presença deste MM. Juízo, com o costumado e profuso respeito e o
devido acatamento, promover a presente

AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO C/C


PEDIDO LIMINAR E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em desfavor
de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado,
com filial na rua XXXXXXXXXXXXXXX, n. XXXXXXX, na cidade de
Blumenau/SC, passando, para tanto, a expor e requerer o seguinte:

PRELIMINARMENTE:

ISENÇÃO PROVISÓRIA DE CUSTAS PROCESSUAIS

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O Autor informa e declara a este d. Juízo que necessita


MOMENTANEAMENTE da benesse relativa a isenção de custas e/ou
despesas processuais iniciais, pois não dispõe, repita-se,
MOMENTANEAMENTE de recursos econômicos suficientes para
fazer frente a essas despesas sem prejudicar o seu próprio sustento
material e de seus filhos.

Mérito:

DOS FATOS

O Autor firmou CONTRATO DE FINANCIAMENTO com a Requerida


pagando, para tanto, 36 (trinta e seis) parcelas no valor de R$ 240,65
(duzentos e quarenta reais e sessenta e cinco centavos);

O autor atualmente tem quitado até a parcela de n. 23/36, e pretende


quitar as demais parcelas, dentro de seus vencimentos, porém
devido a embaraços financeiros o Autor corre o risco de ver suas
parcelas restantes em atraso.

No entanto, em que pese à continuação do contrato, pretende o


Autor corrigir algumas ilegalidades que vêm sendo exigidas pelo
Requerido, que se aproveita da diferença própria das relações de
consumo e dos poderes conferidos pelos instrumentos de adesão,
para com isso se enriquecer ilicitamente, causando prejuízo de
montante considerável ao Autor.

DA COMPETÊNCIA

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É sabido que a lei 8.078/90, conhecido como Código de Defesa do


Consumidor, garante um maior equilíbrio entre as partes conhecidas
como fornecedor e consumidor, sendo que aquela hipossuficiente, no
caso o consumidor, vem se manter em um padrão de equidade graças
aos dispositivos contidos na lei supra citada.

Desta feita, cumpre explicitar a orientação dada pelo CDC acerca da


competência para ajuizamento da ação, verbis:

Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de


produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II
deste título, serão observadas as seguintes normas:

I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor.

Com isto, procede-se o pedido do Autor em que a ação seja postulada


no seu próprio domicílio;

DA APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS DE ADESAO E A


ABUSIVIDADE CONTRATUAL

A doutrina e a jurisprudência, em uníssono, atribuem aos negócios


celebrados entre o Autor e a Ré o caráter de contrato de adesão por
excelência.

Disciplina o art. 54 do C.D.C., acerca do que é contrato de adesão,


verbis:

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Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido


aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo.

Nos contratos de adesão, a supressão da autonomia da vontade é


inconteste. Assim o sustenta o eminente magistrado ARNALDO
RIZZARDO, em sua obra Contratos de Crédito Bancário, Ed. RT 2a
ed. Pag. 18, que tão bem interpretou a posição desfavorável em que
se encontram aqueles que, como o Autor, celebraram contratos de
adesão junto ao banco, verbis:

“Os instrumentos são impressos e uniformes para todos os clientes,


deixando apenas alguns claros para o preenchimento, destinados ao
nome, à fixação do prazo, do valor mutuado, dos juros, das comissões
e penalidades“.

Assim, tais contratos contêm inúmeras cláusulas redigidas prévia e


antecipadamente, com nenhuma percepção e entendimento delas por
parte do aderente. Efetivamente é do conhecimento geral das
pessoas de qualidade média que os contratos bancários não
representam natureza sinalagmático, porquanto não há válida
manifestação ou livre consentimento por parte do aderente com
relação ao suposto conteúdo jurídico, pretensamente, convencionado
com o credor.

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Em verdade, não se reserva espaço ao aderente para sequer


manifestar a vontade. O banco se vê no direito de cobrar o devedor.
Se não adimplir a obrigação, dentro dos padrões impostos, será
esmagado economicamente.

Não se tem, por parte da instituição financeira, nenhum tipo de


possibilidade de manifestação de vontade por parte do aderente, que
verdadeiramente só se faz presente para a assinatura do contrato,
tendo, assim, que se sujeitar a todo tipo de infortúnio e exploração
econômica que se facilmente observa, pois a qualidade de aderente
só tem uma condição: “Se não assinar, nas condições estipuladas
pela instituição financeira, não há liberação do crédito”.

Nessa perspectiva, o bom intérprete não abdica de pensar e, logo,


não teme reavaliar suas opiniões; prefere os riscos da transformação
à cômoda inoperância que conserva a iniqüidade.

E assim se compreende a intenção do Autor, que nada mais é do que


pagar aquilo que é devido, com os valores corrigidos, seguindo os
padrões da função social e da boa-fé nas relações contratuais.

Ensina Edilson Pereira Nobre Júnior, em sua obra intitulada “A


proteção contratual no Código do Consumidor e o âmbito de sua
aplicação”. Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, v. 27, p. 59,
jul./set. 1998, verbis:

“à manifestação do consentimento e à sua força vinculativa seja


agregado o objetivo do equilíbrio das partes, através da interferência
da ordem pública e da boa-fé. Ao contrato, instrumento outrora de

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feição individualista, é outorgada também uma função social" 4.4_


"Timbra em exigir que as partes se pautem pelo caminho da
lealdade, fazendo com que os contratos, antes de servirem de meio
de enriquecimento pelo contratante mais forte, prestem-se como
veículo de harmonização dos interesses de ambos os pactuantes" (p.
62).

E continua seu brilhante ensinamento:

"No campo contratual, a tutela desfechada pelo CDC se sustém


basicamente em quatro princípios cardeais, atuando na formação e
no cumprimento da avença, quais sejam a transparência, a boa-fé, a
eqüidade contratual e a confiança" (p. 76).

Cláudia Lima Marques, atenta ao surgimento de um novo modelo


contratual, propala haver "uma revalorização da palavra empregada
e do risco profissional, aliada a uma grande censura intervencionista
do Estado quanto ao conteúdo do contrato, é um acompanhar mais
atento para o desenvolvimento da prestação, um valorizar da
informação e da confiança despertada. Alguns denominam de
renascimento da autonomia da vontade protegida. O esforço deve ser
agora para garantir uma proteção da vontade dos mais fracos, como
os consumidores. Garantir uma autonomia real da vontade do
contratante mais fraco, uma vontade protegida pelo direito."
(Contratos bancários em tempos pós-modernos - primeiras reflexões.
Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, v. 25, p. 26, jan./mar.,
1998). (grifo nosso).

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O Estatuto do Consumidor acoima de nulidade as cláusulas que


estabeleçam obrigações iníquas, abusivas, que coloquem o
consumidor em desvantagem exagerada ou sejam incompatíveis com
a boa-fé e reprime, genericamente, as desconformes com o sistema
protetivo do Codex, senão vejamos:

Art. 51º. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas


contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

IV. Estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que


coloquem o consumidor desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa fé ou a eqüidade;

XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao


consumidor;

O novo enfoque da boa-fé vista como princípio geral de direito,


"permite a concreção de normas impondo que os sujeitos de uma
relação se conduzam de forma honesta, leal e correta" (Maria
Cristina Cereser Pezzella. O princípio da boa-fé objetiva no direito
privado alemão e brasileiro. Revista de Direito do Consumidor, São
Paulo, v. 23/4, p. 199, jul./set., 1997).

No aspecto objetivo, a bona fides é incompatível com as cláusulas


abusivas, opressoras ou excessivamente onerosas, e abrange um
controle jurídico corretivo da relação negocial (v. Luis Renato
Ferreira da Silva. Cláusulas abusivas: natureza do vício e decretação
de ofício. Revista de Direito do Consumidor. São Paulo, v. 23/4, p.
128, 1997).

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A teor do disposto no art. 3º, § 2º, da Lei n. 8.078 de 11.09.1990,


considera-se a atividade bancária alcançada pelas normas do Código
de Defesa de Consumidor, incluída a entidade bancária ou instituição
financeira no conceito de "fornecedor" e o aderente no de
"consumidor".

E para que não reste dúvida acerca da aplicação do CDC basta a


citação da Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça, que assim
dispõe:

Súmula 297. "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às


instituições financeiras."

Com efeito, sendo aplicado o Código de Defesa do Consumidor ao


presente contrato, também passa a ser possível a modificação ou
revisão das cláusulas contratuais onerosas, com base no art. 6º, inc.
V, do mesmo codex, que estabelece:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

V. A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam


prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

Acerca das possibilidades de modificação dos contratos


excessivamente onerosos no âmbito das relações de consumo,
NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA ANDRADE NERY, p. 1352,
anotam:

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"Modificação das cláusulas contratuais. A norma garante o direito de


modificação das cláusulas contratuais ou de sua revisão,
configurando hipótese de aplicação do princípio da conservação dos
contratos de consumo. O direito de modificação das cláusulas
existirá quando o contrato estabelecer prestações desproporcionais
em detrimento do consumidor. Quando houver onerosidade excessiva
por fatos supervenientes à data da celebração do contrato, o
consumidor tem o direito de revisão do contrato, que pode ser feita
por aditivo contratual, administrativamente ou pela via judicial".

"Manutenção do contrato. O CDC garante ao consumidor a


manutenção do contrato, alterando as regras pretorianas e
doutrinárias do direito civil tradicional, que prevêem a resolução do
contrato quando houver onerosidade excessiva ou prestações
desproporcionais".

"Onerosidade excessiva. Para que o consumidor tenha direito à


revisão do contrato, basta que haja onerosidade excessiva para ele,
em decorrência de fato superveniente. Não há necessidade de que
esses fatos sejam extraordinários nem que sejam imprevisíveis. A
teoria da imprevisão, com o perfil que a ela é dado pelo CC italiano
1467 e pelo Projeto n. 634-B/75 de CC brasileiro 477, não se aplica
às relações de consumo. Pela teoria da imprevisão, somente os fatos
extraordinários e imprevisíveis pelas partes por ocasião da formação
do contrato é que autorizariam, não sua revisão, mas sua resolução.
A norma sob comentário não exige nem a extraordinariedade nem a
imprevisibilidade dos fatos supervenientes para conferir, ao

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consumidor, o direito de revisão efetiva do contrato; não sua


resolução".

NELSON ABRÃO em Direito bancário, 6. ed. rev. atual. ampl.. São


Paulo: Saraiva, 2000, p. 339, esclarece:

"Reputam-se abusivas ou onerosas as cláusulas que impedem uma


discussão mais detalhada do seu conteúdo, reforçando seu caráter
unilateral, apresentando desvantagem de uma parte, e total
privilegiamento d'outra, sendo certo que a reanálise é imprescindível
na revisão desta anormalidade, sedimentando uma operação
bancária pautada pela justeza de sua função e o bem social que deve,
ainda que de maneira indireta, trilhar o empresário do setor."

Portanto, admite-se a revisão das cláusulas do contrato em discussão


com a conseqüente nulidade daquelas tidas como abusivas, a teor do
disposto no art. 6º, inc. V, do Código de Defesa do Consumidor, não
se cogitando de prevalência do princípio do pacta sunt servanda.

DA ABUSIVIDADE DA TAXA DE JUROS

Somente é possível descobrir a taxa de juros utilizada no contrato


ora discutido com uma calculadora financeira nas mãos e com o
conhecimento prévio do valor inicial da dívida, da quantidade de
parcelas e do valor das parcelas.

Entretanto, é obvio que os consumidores em geral, inclusive o Autor


da presente demanda, não tem como hábito o transporte de
calculadoras financeiras consigo, e muito menos o conhecimento

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prévio da operação de tal equipamento, o que certamente prejudica


o conhecimento da taxa utilizada. Além do mais, na prática se
verifica que os contratos de financiamento, como o presente, são
assinados em branco e posteriormente encaminhados para o
preenchimento dos valores.

Com efeito, a Lei 8.078/90 é clara ao desobrigar o Autor ao


cumprimento de contratos confusos, e principalmente se expressa
previsão das obrigações, sempre interpretando as disposições de
forma mais favorável ao consumidor, neste sentido:

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não


obrigam os consumidores, se não lhe for dada à oportunidade de
conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de
seu sentido e alcance.

Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira


mais favorável ao consumidor.

Desta feita, tem-se que a taxa de juros convencionadas não foi


aplicada dentro da conformidade com o que a Lei prevê;

É cediço que as Instituições financeiras podem cobrar juros acima de


1%. No entanto, devem se ater aos juros aplicados no mercado à
ocasião da assinatura do instrumento de adesão, o que no caso em
voga não ocorreu, chegando a incríveis 4,95% a. m., o que no final
acarreta somente de juros MAIS DO QUE O VALOR FINANCIADO,
conforme corrobora planilha em anexo;

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Isto sem falar em demais cominações que acarretam cobranças


excessivas, tomando como exemplo uma simples folha de papel A4
feita pelo autor que comprova a cobrança exagerada de R$ 104,38
(cento e quatro reais e trinta e oito centavos) apenas pelo atraso no
pagamento, que foi de só e tão somente 21 (vinte e um) dias;

Fora o restante das cobranças de caráter abusivo, que estão sendo


detalhadamente demonstradas em anexo;

DOS JUROS CAPITALIZADOS E DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA

A Súmula n. 121 do STF, estabelece que: "É vedada à capitalização


de juros, ainda que expressamente convencionada".

Infelizmente a Medida Provisória 1.963 trouxe algumas


considerações acerca da capitalização de juros, a saber:

Art. 5º. Nas operações realizadas pelas instituições integrantes do


Sistema Financeiro Nacional, é admissível a capitalização de juros
com periodicidade inferior a 1 ano;

Todavia, o eminente jurista PAULO BROSSARD em artigo intitulado


Juros com Arroz, dá uma verdadeira aula do que efetivamente vem
ocorrendo com esta atitude adotada pelo governo, abaixo:

"Enquanto isso, a generosidade oficial para com as instituições


financeiras continua sem limite. Ao serem divulgados os resultados
dos bancos no ano passado, quando a nação inteira sofreu duros

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efeitos da recessão, viu-se que atingiram índices jamais vistos,


chegando a mais de 500% em certos casos. Pois exatamente agora, o
impagável governo do reeleito, invocando ‘relevância e urgência’,
editou mais uma medida provisória oficializando o anatocismo, que o
velho Código Comercial, o código de 1850, já vedava de maneira
exemplar, e que a nossa tradição jurídica condenou ao longo de
gerações. Aliás, na linha da lei de usura, de 1933, é a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Súmula 121, segundo a
qual ‘é vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente
convencionada’. Sabe o leitor a fundamentação da medida ‘urgente e
relevante’? É que a cobrança de juros sobre juros vinha sendo
praticada pelos bancos. Em vez de condenar o abuso,
pressurosamente, o governo homologou o abuso mediante medida
provisória. É um escárnio. A medida apareceu na 17ª edição da MP
nº 1.963; na calada da noite foi gerada."
Esta "generosidade oficial para com as instituições financeiras" vem
de há muito tempo, desde a edição da Medida Provisória nº 1.367
reeditada sob o nº 1.410 (isto já em 1996) que pretendia aniquilar
com as regras legais já consagradas pela doutrina e pelo Poder
Judiciário, liberando a capitalização de juros ao mês, semestre ou
ano, além de outras barbaridades.

Ocorre que esta Medida Provisória, que só vem a “ajudar” as


instituições financeiras, afronta diretamente os ditames da Lei de
Usura e a Súmula 121 do STF, agredindo moral e economicamente
uma sociedade que vem durante anos tentando se recuperar de
problemas financeiros, tais como: inflação, desvalorização de moeda,
estagnação econômica, entre outras coisas;

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Apesar desta atitude adotada pelo governo num primeiro momento


vir a prejudicar e muito a sociedade, deve-se levar em consideração
os comentários e a hermenêutica que deve envolver o Código de
Defesa do Consumidor;

O CDC, em seu art. 46 disciplina:

Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não


obrigarão os consumidores se não lhes for dada a oportunidade de
tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de
seu sentido e alcance. (grifo nosso)

Conforme o que se disciplina acima, os contratos de adesão, aonde a


capitalização de juros é informada, devem explicitar O PRÉVIO
CONHECIMENTO DE SEU CONTEÚDO;

Fácil é de entender o que ocorre nos contratos firmados com as


instituições financeiras. Em uma simples olhadela em qualquer
contrato de adesão observa-se uma cláusula dizendo: capitalização
de juros, MENSAL;

No entanto, as cláusulas contratuais neste tipo de obrigação devem,


facilmente, explicar ao Aderente o que significa a capitalização de
juros, pois a legislação prevê que qualquer homem médio deveria ter
como entender esta situação;

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Ocorre que apesar de a lei ser bastante objetiva, as instituições


financeiras não se dão ao luxo de adequar seus contratos a esta
situação;

Neste momento é oportuno questionar: “Quantos sabem o que é


capitalizar juros”?

Poucos atualmente sabem o que significa capitalizar juros


mensalmente, pois a única coisa a que lhe é dado conhecimento no
momento da contratação é a quantidade de parcelas e o valor de
cada prestação;

Neste enfoque, é claro e cristalino que empresas como a Requerida


não tentam de forma alguma esclarecer aos seus clientes as reais
situações de seus contratos, o que garante um enriquecimento ainda
maior por parte deste tipo de empresa, que se aproveita da diferença
na relação de consumo para a cada dia obter mais e mais valores
econômicos aos seus cofres;

Razões pelas quais, não pode o Autor ser obrigado a arcar com um
valor calculado de forma ilegal, devendo ser recalculado os valores,
mediante a aplicação da taxa de juros contratada de forma simples.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA N.


1.963/2000 E DA MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.170-36/2001

A Medida Provisória n. 1.963, de 30 de março de 2000, inovou ao


autorizar a capitalização de juros em periodicidade inferior a um
ano, bem como a edição da nova Medida Provisória, de n. 2.170-36,

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de 23 de agosto de 2001, cujo artigo 5º manteve a possibilidade de


capitalização de juros em período inferior a um ano, dispositivo esse
que ainda estaria em vigor em razão do disposto na Emenda
Constitucional n. 32/01.

No entanto, o MINISTRO SYDNEI SANCHES proferiu voto favorável


à suspensão dos efeitos do artigo 5º da Medida Provisória nº 2.170-
36/01 nos autos da ADIN 2316-1, em trâmite perante o EGRÉGIO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Basta uma rápida consulta à página do SUPREMO TRIBUNAL


FEDERAL, no endereço http://www.stf.gov.br, para que se observe na
íntegra a decisão que transcrevo abaixo, grifando a parte que
entendo mais importante, senão vejamos:

ADIN 2316-1, DECISÃO DA LIMINAR:

“Após o voto do Senhor Ministro Sydney Sanches, Relator,


suspendendo a eficácia do artigo 5º, cabeça e parágrafo único da
Medida Provisória nº 2170 – 36, de 23 de agosto de 2001, pediu vista
o Senhor Ministro Carlos Velloso. Ausente, justificadamente, neste
julgamento, o Senhor Ministro Maurício Corrêa. Presidência do
Senhor Ministro Marco Aurélio.” Plenário, 03.04.2002.

E realmente, são várias as inconstitucionalidades em torno do


dispositivo. Primeiro porque não atendem aos requisitos de urgência
e relevância descritos no artigo 62, "caput", da Constituição Federal.

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Com efeito, não se pode reputar urgente uma disposição que trate de
matéria há muito discutida na jurisprudência nacional que, por sua
vez, manifesta entendimento francamente contrário a essa
possibilidade.

Logo, deveria haver a análise do Poder Legislativo e a


implementação dos debates necessários em razão dos reflexos que a
medida leva à sociedade como um todo.

Ademais, a inexistência de urgência e relevância também se reflete


no fato de que a capitalização de juros mencionada no dispositivo
está restrita às instituições financeiras.

Quer dizer que a urgência só se verifica para os próprios


beneficiados da norma (Bancos), já que, para todos os demais,
representa verdadeiro descompasso entre a prestação e a
contraprestação, além de onerar um contrato que por natureza
desiguala os contratantes (de adesão).

Num segundo momento também temos a inconstitucionalidade da


referida Medida Provisória, porque a matéria tratada é de
competência do Congresso Nacional, segundo o inciso XII, do artigo
48 da Constituição Federal, que se refere a “matéria financeira,
cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações”.

Não sendo possível o Presidente da República, como se fosse um


Ditador, baixar seu Decreto, estabelecendo a sua vontade, como quer
e de qualquer matéria, ao menos num Estado Democrático de Direito

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como o nosso, onde o ordenamento jurídico e a Constituição devem


ser respeitados.

Neste sentido os Tribunais vem declarando a inconstitucionalidade


do artigo 5º da Medida Provisória 2.170/01, que teria autorizado à
capitalização de juros em períodos inferiores a um ano, a exemplo do
primeiro caso (líder case) julgado pela 3ª TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO, nos autos da APELAÇÃO
CÍVEL n.º 2001.71.00.004856-0, com Relatório do
DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON,
publicado do DJU 11 de fevereiro de 2004, às páginas 386/387.

No mesmo sentido líder case acompanham outros julgados:

1600127567 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - AUSÊNCIA DE


OMISSÃO - MP 2170/90 - A decisão afastou a capitalização dos juros
em período inferior a um ano, autorizando a capitalização anual.
Especificamente quanto à Medida Provisória nº 1.963, houve
manifestação expressa já que "a Corte Especial do TRF da 4ª Região
acolheu, por maioria, o incidente de inconstitucionalidade da MP nº
2.170-63, de 23/08/2001 (última edição da MP nº 1.963-17, publicada
em 31/03/2000)". (TRF 4ª R. - EDcl 2002.71.04.008019-6 - 3ª T. - Relª
Juíza Fed. Vânia Hack de Almeida - DJU 03.08.2005 - p. 635)

Seguindo o mesmo entendimento: (TRF 4ª R. – EDcl


2002.71.00.028168-3 – 3ª T. – Relª Juíza Fed. Vânia Hack de Almeida
– DJU 15.06.2005 – p. 725) E inúmeros outros julgados da mesma
Corte Federal.

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Razão pela qual, mesmo após a publicação as fatídicas Medidas


Provisórias, ainda não é possível à aplicação da forma capitalizada de
juros no presente contrato, devendo ser declarada a
inconstitucionalidade do artigo 5º do citado Remédio Provisório,
sendo mantido o entendimento clássico dos Tribunais brasileiros, no
sentido de continuar proibindo os abusos das instituições financeiras,
em capitalizar os juros cobrados.

Sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor, os contratos com a


natureza adesiva são contratos pré-formulados, aonde a única
manifestação de vontade do agente adquirente é a assinatura, sob
forma de coação, haja vista o mesmo só tem duas possibilidades: ou
assina, e sai com o bem; ou não assina, e sai sem o bem.

Desta forma, a adesividade do contrato fica claramente demonstrada,


pois o consumidor que pretende adquirir determinada coisa ou valor
tem como única e exclusiva atribuição a fazer a assinatura do
contrato.

Neste sentido, deve-se entender que mesmo convencionada, a


aplicabilidade da capitalização de juros também faz parte das
cláusulas contratuais abusivas, e deve se operar sua nulidade de
pleno direito, pois o consumidor de forma alguma pode optar ou
discutir a incidência deste encargo dentro da relação
fornecedor/consumidor.

É por demais oneroso garantir a instituição financeira o direito de


efetuar a cobrança dos valores referentes à capitalização de juros,
pois o consumidor conforme já narrado acima, somente tem a

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obrigação de duas coisas quando contrata com um banco. Assinar e


pagar o que lá está inserido.

Não é preciso nem analisar o contrato realizado para saber que


ocorreu a aplicação dos juros de forma capitalizada, prática esta
reiterada pelas instituições financeiras, apesar da constante
proibição da legislação e dos Tribunais brasileiros.

Além da prática de juros abusivos, existe ainda a cumulação de


comissão de permanência juntamente com outros encargos, o que é
sabido ser proibido inclusive com decisões pacificadas a respeito
desta matéria.

DA PRETENSÃO LIMINAR

Com base nas ilegalidades argüidas e demonstradas no contrato que


acompanha, fica claro que o Autor tem o direito de ver reduzido às
parcelas que lhe são exigidas mensalmente.

Num segundo momento também se percebe o perigo na demora, pois


com os abusos do Requerido dificulta a quitação total do
empréstimo, o que pode acarretar o atraso no pagamento e a
inscrição do nome do Autor nos cadastros negativistas.

Mesmo porque, a devolução dos valores indevidamente exigidos é


muito demorada, o que importaria em excessiva vantagem ao Réu,
em detrimento da hipossuficiencia natural do Autor;

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Além do mais, o Autor pretende fazer o pagamento dos valores que


entende devido em juízo (mediante a taxa de juros correta e a
aplicação de forma simples), evitando desta forma o enriquecimento
ilícito do Requerente, com base nas suas práticas abusivas
(utilizando taxa maior do que a contratada e ainda de forma
capitalizada).

DEMAIS ILEGALIDADES

No presente caso existe ainda a ilegalidade das taxas exigidas para


emissão dos boletos e da análise de crédito, o que continua sendo
exigido pelas instituições financeiras.

Tais tarifas apresentam-se manifestamente abusivas ao consumidor,


pois tanto a análise necessária à concessão do crédito como os
gastos com a emissão dos boletos de pagamento traduzem despesas
administrativas da instituição financeira com a outorga do crédito,
não se tratando de serviços prestados em prol do consumidor. Até
porque questiona-se como seria se por um acaso o crédito não fosse
autorizado, seria o valor administrativo cobrado? O que
objetivamente não ocorre, sendo este valor atribuído apenas àqueles
a quem o crédito é permitido, o que é claramente errado ser feito.

Ademais, os juros remuneratórios já correspondem aos lucros da


operação de crédito, não podendo a instituição financeira impor ao
consumidor as despesas inerentes a sua própria atividade sem
qualquer contrapartida.

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Desse modo, nos termos do art. 51, inciso IV, do Diploma


Consumerista, tem-se que a cobrança de tais tarifas caracteriza
vantagem exagerada da instituição financeira e, portanto, nulas as
cláusulas que as estabelecem.

Nesse diapasão:

COBRANÇA DE TARIFA E/OU TAXA NA CONCESSÃO DO


FINANCIAMENTO. ABUSIVIDADE. Encargo contratual abusivo,
porque evidencia vantagem exagerada da instituição financeira,
visando acobertar as despesas de financiamento inerentes à
operação de outorga de crédito. Inteligência do art. 51, IV do CDC.
Disposição de ofício (...) (TJRS, Apelação Cível n. 70012679429, rel.
Desa. Angela Terezinha de Oliveira Brito, julgado em 06.04.2006).

Logo, não há o que se falar em cobrança de tarifas que objetivam


concessão ou manutenção da conta, uma vez que se transformam em
vantagens excessivas ao fornecedor, consoante demonstrado acima.

ANTE O EXPOSTO, REQUER EM TUTELA ANTECIPADA:

A) Seja concedido ao Autor o direito a SUSPENSÃO do pagamento


das parcelas restantes até a apresentação do contrato de
financiamento firmado entre as partes pelo banco réu, pois o mesmo
no ato do financiamento já deveria ter entregue uma cópia ao Autor e
não o fez, dificultando o acesso ao questionamento do contrato
judicialmente, num claro ato que trará maior demora por parte do
poder judiciário, com fulcro, ainda, nos artigos 46, 47 e 74 (por
interpretação) do Código de Defesa do Consumidor;

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B) Em caso de V. Exa., entender por não suspender o pagamento,


requer-se que seja concedido ao Autor o direito a depósito judicial do
valor apurado como sendo o correto para o presente contrato,
aplicando os juros da taxa SELIC, conforme disposto pelo Banco
Central, em cima do valor financiado, conforme planilha em anexo,
com fulcro, ainda, no Princípio Geral de Cautela (CPC, artigo 798),
posto que é ressabido que “Da mihi facto dabo tibi jus” (dá-me os
fatos e te darei o direito). “Quem vem a juízo tem, em princípio, o
direito de uma prestação judiciária quanto ao mérito. Assim toda
ênfase deve ser posta em tal sentido, evitando-se, tanto quanto
possível, destruir o processo com questões prejudiciais e nulidades
que destroem a seiva que dá vida ao processo, com prejuízo para as
partes e desprestígio para o Judiciário (AC 53.895, TARJ, Relator
Severo da Costa, RF 254/288) – Compêndio Jurídico Marcus Cláudio
Aquaviva, Editora Jurídica Brasileira, fl. 409 – grifamos”.

C) Em caso de negativa da suspensão do pagamento e do déposito


judicial a menor, requer-se ALTERNATIVAMENTE o pedido de
DEPÓSITO JUDICIAL do valor integral das parcelas, no montante de
R$ 240,65 (duzentos e quarenta reais e sessenta e cinco centavos),
iniciando o depósito dos valores a partir da citação da parte ré, sem
acarretar juros até a data de início do depósito, a serem depositados
mensalmente na conta a ser aberta no poder judiciário, valor este
atualmente cobrado pelo Requerido como parcela do financiamento,
conforme cópia de folha do carnê em anexo;

D) Conforme pedido acima exposto, pede-se que seja a Requerida


citada, na pessoa de seu representante legal, sobre o depósito do

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valor judicial, impedindo o mesmo de negativar o nome do Autor nos


órgãos de crédito SPC/SERASA, bem como impedindo o Requerido
de exigir outro valor a título de pagamento das parcelas do contrato
ora em contenda, ambos os pedidos sob pena de multa diária a ser
arbitrada pelo juízo.

E) Requer também que na citação seja o Requerido IMPEDIDO de


envio de correspondências ou qualquer outro tipo de meio coercitivo
para tentar, FORÇOSAMENTE, fazer com que o autor desista de seu
direito ou pague o valor devido que não através de depósito judicial,
pois este ato configura um ASSÉDIO MORAL desnecessário por
parte do Requerido;

F) Requer ainda que no momento da citação do Requerido para


apresentação do contrato de financiamento celebrado entre as
partes, seja citado o mesmo no sentido IMPEDITIVO de ajuizamento
de ação acautelatória de BUSCA E APREENSÃO, ou qualquer outra
que tenha por objetivo a remoção do bem, o que configura
claramente LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ, pois o Autor está depositando os
valores em juízo, não pedindo que seja eximido desta
responsabilidade e haja vista a presente ação estar trazendo em seu
bojo exatamente a discussão acerca do contrato referente ao bem
móvel financiado;

REQUER AINDA:

A) Em caso de negativa do direito a tutela antecipada, requer-se que


tenha o Autor o direito a manter o pagamento via depósito judicial,

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do valor integral das parcelas, até o trânsito em julgado da presente


ação;

B) A citação do Requerido, na pessoa de seu representante legal


para, querendo, contestar a presente, dentro do prazo processual
permitido, sob pena de confesso quanto a matéria de fato e de
direito.

C) Seja julgada totalmente procedente a presente demanda, para a


revisão integral da relação contratual, e declarar a nulidade das
cláusulas abusivas, bem como a consignação, com o conseqüente
expurgo dos encargos que se considerarem onerosos, tudo calculado
na forma simples e sem capitalização mensal.

D) Seja aplicado a inversão do ônus da prova, consoante art. 6º, VIII


do CDC, obrigando o Requerido a apresentar o original do
financiamento, assinado pelo Autor, bem como a provar em juízo que
deu ao Autor o direito de conhecer o que é capitalização de juros,
bem como explicações ao Autor referente a outras cláusulas de
caráter adesivo, como antecipação de vencimento, comissão de
permanência, TAC, TEC;

E) Protesta pela prova documental que acompanha e as demais que


se fizerem necessárias no decorrer da instrução processual; todas
em direito admitidas, sem a exclusão de nenhuma, pericial caso
houver necessidade devendo ser esta arcada pelo Requerido.

F) A condenação do Requerido a rever a taxa de juros e a forma de


aplicação dos juros, bem como o expurgo da cobrança de juros sobre

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a TAC e a eliminação da própria TAC, e demais encargos de


administração (emissão de carnê, etc), recalculando o valor das
parcelas fixas, devolvendo os valores indevidamente exigidos,
devidamente atualizados (INPC), mais os juros moratórios (taxa
selic) e os devidos honorários advocatícios, estes últimos conforme
de praxe.

F) Caso não seja deferida a TUTELA ANTECIPADA, em sendo


exigidos valores indevidos, combatidos nesta actio, o Requerido,
também deve ser condenado à devolução dos valores exigidos e
pagos em dobro, atualizados e com juros.

G) Requer seja concedido o benefício da justiça gratuita em favor


Autor, por se tratar de pessoa sem condições de arcar com custas
processuais, sem prejuízo de seu sustento e de seus filhos, consoante
declaração de insuficiência financeira que a esta acompanha (doc.
Anexo); em caso de negativa do pedido supra, então que se conceda
o período de 06 (seis) meses, para que se possa fazer o pagamento
das custas processuais, sem prejuízo de julgamento.

H) seja condenado o Requerido ao pagamento das custas processuais


e honorários advocatícios na base legal de 20% (vinte por cento) do
valor da condenação, bem como os honorários de sucumbência, após
o trânsito em julgado.

Dá-se a causa o valor de (coloque o valor final do contrato, pois se


colocar a menor o juiz irá, ex officio, corrigir);

Nestes Termos,

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Pede deferimento.

Blumenau, 22 de outubro de 2008.

JÚLIO CESAR PEREIRA RIBEIRO,


brasileiro, casado comerciante, inscrito no
CPF nº. 110.039.444-34 e RG nº. 571668 SSP
– DF e sua esposa MARIA APARECIDA
MOREIRA RIBEIRO, advogada , inscrita
sobre o CPF de nº. 238.190.814-53 e RG de
nº. 238.190.814-53, residentes e domiciliados
na QL. 04, bl. A, lt. 04, subsolo, Guará 1 - DF,
CEP 11037-802, por seu advogado que esta
subscreve (doc. 01), com endereço
profissional na Rua Barão do Rio Branco nº
254, altos, Centro, CEP nº 65.900-430, nesta,
onde receberá intimações, vem à presença de
Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE


LIMINAR

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Em face de JUVENAL, brasileiro, instalador


de banheira de Hidromassagens e instalador de Piscinas, telefone de
nº. 8113-6019, localizado a Rua Carolina, nº. 08, Pq. Alvorada,
Imperatriz - MA, pelos motivos de fato e de direito a seguir exposto:
DOS FATOS

Os Requerentes trabalham em Brasília, onde


nesta cidade também mantêm residência são possuidores legítimos
do imóvel situado nesta cidade de matricula de nº. 33.818, registrado
no Cartório do 6º Ofício Extrajudicial de Imperatriz – MA, livro 2-GV,
fls. 076. Recentemente teve o referido imóvel invadido pelo
requerido, sempre vinha à cidade ou por meio de seu preposto o Sr.
Flavio Ricardo Fernandes de Araújo, para a manutenção e controle da
propriedade do imóvel em questão, entretanto no inicio do mês de
março deste ano seu preposto Flavio Ricardo esteve no imóvel para
providenciar a limpeza do terreno, e se deparou com o Requerido lhe
impedindo de adentrar na propriedade. Logo se dirigiu a Delegacia
Regional 10º DRPC, onde realizou o boletim de ocorrência
informando tal fato e posteriormente tentou conversa com o
requerido e este veio com alegações que o imóvel se encontrava
abandonado.
Em conversa com os vizinhos este lhes
informou que o Sr. Juvenal estava vendendo os lotes da propriedade.
Urge informar a urgência na tomada de
providencias, vez que o requerido continuar a oferecer o imóvel à
venda.
Inconformados com toda esta situação, não
restou outra alternativa aos autores senão a busca da tutela
jurisdicional para reaver a posse de seu imóvel, tendo em vista que as

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tentativas de resolver o conflito amigavelmente restaram-se


infrutíferas.

DO DIREITO
O legislador Pátrio, ao disciplinar a
organização social brasileira, entendeu por bem assegurar a todo
aquele que tiver sido privado de sua posse, injustamente, por
violência, clandestinidade ou precariedade, o direito de nela ser
restituído, nos termos do Código Civil vigente, vejamos:

“Art.1196. Considera-se possuidor todo


aquele que tem de fato o exercício, pleno
ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade”.

“Art.1210. O possuidor tem direito a ser


mantido na posse em caso de turbação,
restituído no de esbulho, e segurado de
violência iminente, se tiver justo receito
de ser molestado”.

O Código de Processo Civil, por sua vez,


confirma a vontade do legislador conferindo ao possuidor esbulhado
o direito de ser reintegrado na posse perdida injustamente, in
verbis:

“Art.926. O possuidor tem direito a ser


mantido na posse em caso de turbação e
reintegrado no de esbulho”.

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Para que alguém seja considerado possuidor


de determinado bem, não é necessário que exerça a posse direta
sobre ele, sendo completamente aceitável que pratique somente
alguns dos poderes inerentes ao domínio. Portanto, no caso em tela,
os autores é, juridicamente, possuidores do aludido imóvel, posto
que, apesar de passar algum tempo sem o ocupar, podia dele dispor,
tendo, por conseguinte, legitimidade para propor ação possessória
sempre que temer ou sofrer moléstia em sua posse.
Dá-se o esbulho quando o possuidor é,
injustamente, privado de sua posse por violência, clandestinidade ou
precariedade. No primeiro caso, o esbulhador adquire a posse pela
força física ou violência moral. Tem-se a clandestinidade quando o
esbulhador se estabelece na posse às ocultas daquele que tem
interesse em conhecê-la. Por fim, a posse precária é aquela originada
do abuso de confiança por parte de quem recebe a coisa com o dever
de restituí-la. No presente caso, a posse injusta do requerido se
reveste do vício da clandestinidade.
O fato do autor ter se ausentado,
temporariamente, do imóvel em litígio visando facilitar o seu
trabalho, não acarretou a perda de sua posse, pois não houve
nenhuma intenção de abandonar a posse do imóvel. O abandono de
um determinado bem, e a conseqüente perda de sua posse, somente
ocorre, segundo a Ilustre Doutrinadora Maria Helena Diniz, “quando
o possuidor, intencionalmente, se afasta do bem com o objetivo de se
privar de sua disponibilidade física e de não mais exercer sobre ele
quaisquer atos possessórios”, o que, conforme o exposto acima, não
ocorreu no caso em tela. Neste sentido, o aresto abaixo:

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AÇÃO POSSESSÓRIA. REINTEGRAÇÃO


DE POSSE. ABANDONO DO IMÓVEL.
LIMINAR. PRESENÇA DOS REQUISITOS.
A simples ausência dos possuidores do
imóvel, mesmo que prolongada, não
caracteriza o seu abandono. Presentes os
requisitos do artigo 927 do CPC, quais
sejam, a sua posse, o esbulho praticado
pelo Agravante, bem como a data da
perda da posse, concomitantemente com
os requisitos da fumaça do bom direito e
do perigo da demora, é de se confirmar a
liminar de reintegração. Agravo não
provido. (AGRAVO N° 1.0687.07.056796-
5/001, 10ª Câmara Cível, Tribunal de
Justiça de Minas Gerais, Relator: Des.
Cabral da Silva, Data do Julgamento
19/02/2008)

Os autores vêm a Juízo, por meio da presente


ação de reintegração de posse, pleitear o direito de ser restituída na
posse do imóvel em questão, em virtude de tê-la perdido
injustamente pela prática de atos clandestinos por parte do
requerido, haja vista que, como bem enfatiza a supracitada
doutrinadora Maria Helena Diniz: “ação de reintegração de posse é a
movida pelo esbulhado, a fim de recuperar a posse perdida em razão
de violência, clandestinidade ou precariedade”.
Ressalta-se que as alegações do requerido de
que ocupa o imóvel por este esta abandonado é insubsistente, uma

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vez que o imóvel configura-se num bem de propriedade exclusiva dos


autores, tendo em vista que o terreno foi adquirido no ano de 1997.
Pelo exposto acima, afigura-se clarividente
que os requerentes estão sofrendo esbulho na posse do aludido
imóvel configurado na conduta ilícita por parte do requerido.

DA MEDIDA LIMINAR
Como foi exposto, os requerentes apresentam
todos os requisitos legais para propositura da ação, ficando evidente
a posse injusta e de má-fé do réu.
Preceitua o artigo 928 do Código de Processo
Civil:

“Art.928. Estando a petição inicial


devidamente instruída, o juiz deferirá,
sem ouvir o réu, a expedição do mandado
liminar de manutenção ou de
reintegração; no caso contrário,
determinará que o autor justifique
previamente o alegado, citando-se o réu
para comparecer à audiência que for
designada”.

Ademais, trata-se o caso em questão de ação


de força nova, pois o esbulho foi praticado logo após o Requerente
ter viajado no final do ano de 2011, datando, portanto, de menos de
ano e dia. Desta forma, é cabível e necessária a concessão da liminar.
Neste sentido, destaca-se o pensamento da
doutrinado Maria Helena Diniz “se o esbulho datar menos de ano e

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dia essa ação recebe também a designação de ação de força nova


espoliativa, iniciando-se pela expedição do mandado liminar, a fim de
reintegrar o possuidor imediatamente. Se é de mais de um ano e dia
temos a ação de força velha espoliativa, na qual o magistrado fará
citar o réu para que ofereça sua defesa, confrontando as suas provas
com as do autor, decidindo quem terá a posse”.

DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se a Vossa
Excelência:
a) A citação do requerido, para o
comparecimento a todas as audiências que se fizerem necessárias,
apresentando, se quiserem, resposta no momento devido sob pena de
decretação dos efeitos da revelia.
b) A concessão da medida liminar inaudita
altera pars, com a conseqüente expedição do mandado, a fim de que
os requerentes sejam imediatamente reintegrados na posse do bem.
c) A procedência do pedido, para o fim de
reintegração definitiva dos autores na posse do imóvel, vez que são
legítimos possuidores.
d) A CONDENAÇÃO do réu ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatícios a serem fixados nos ter
mos do art. 20, §3º, CPC.

Protesta provar o alegado por todos os meios


de prova em direito admitidos, especialmente pelos documentos
colacionados, depoimento pessoal das partes, oitivas de testemunhas,
sem prejuízo de quaisquer outros que se fizerem necessários no
curso da instrução processual.

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Imperatriz - Maranhão
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Página 34
de 34
Lula Almeida Lucas Gama
OAB/MA OAB/MA
4.66 10.30

Dá-se a causa o valor de R$ 6.000,00 (seis mil


reais).

Nestes Termos,
Pede Deferimento
Imperatriz/Ma, 13 de abril de 2012.

Lucas de Souza Gama


OAB/MA 10.307

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