ÍNDICE

1.Introdução .................................................................................................................................... 3
2.Referencial teórico ....................................................................................................................... 4
2.1.Banco ..................................................................................................................................... 4
2.1.1.História do Banco ........................................................................................................... 4
2.1.2.Tipos de Bancos.............................................................................................................. 5
2.1.3.Funções de um Banco ..................................................................................................... 6
2.1.4.Outras funções específicas.............................................................................................. 6
2.2.Operações administrativas do Banco .................................................................................... 6
2.2.1.Apresentação .................................................................................................................. 6
2.2.2.Objectivos ....................................................................................................................... 7
2.2.3.Tipos de operações do Banco ......................................................................................... 7
2.3.Exemplos de operações administrativas do Banco ............................................................... 8
2.3.1.Segmentos particulares ................................................................................................... 8
2.3.2.Segmentos empresariais ................................................................................................. 8
3.Caracterização das operações passivas e activas ......................................................................... 8
3.1.As operações activas ............................................................................................................. 8
3.2.As Operações bancárias passivas .......................................................................................... 9
4.Operações com duplicatas............................................................................................................ 9
4.1.Cobrança simples .................................................................................................................. 9
4.2.Duplicatas descontadas ....................................................................................................... 10
4.3.Empréstimo mediante caução de duplicatas........................................................................ 11
4.3.1.Caso prático .................................................................................................................. 11
4.3.2.Resolução...................................................................................................................... 11
Conclusão...................................................................................................................................... 13
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 14

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1.Introdução

O presente trabalho tem como o tema ‘’ Operações Administrativas do Banco’’. Na verdade, o

estudo bancário, enquanto ciência humana, está repleto de ideias diversas, muitas delas opostas
entre si, surgindo assim dicotomias que dão origem a uma enorme pluralidade de pensamentos.
Entre as várias dicotomias existentes, a questão da neutralidade da moeda pode ser vista como
uma das mais significativas, de maneira bastante simplificada.

Posto isso, o objectivo deste trabalho é verificar qual vertente explica mais adequadamente a
interacção referente as operações administrativas efectuadas no banco e o funcionamento da
economia real.

Para isso, irei tratar destas duas visões a partir da literatura pesquisada, recuperando ideias de
diversas correntes e procurando apresentar o pensamento de cada uma. Darei ainda, maior
atenção à ideia da Hipótese da Instabilidade Financeira de Minsky, que norteará este trabalho.

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2.Referencial teórico

2.1.Banco

Banco (do germânico banki, através do latim vulgar) é uma instituição financeira intermediária
entre agentes superavitários e agentes deficitários. Exercem, além de outras funções, a de captar
os recursos dos superavitários e emprestá-los a juros aos deficitários, gerando a margem de
ganho denominada de spread bancário.

Todo banco, público ou privado, apresenta estas características. Os bancos têm, também, por
funções, depositar capital em formas de poupança, financiar automóveis e casas, trocar moedas
internacionais, realizar pagamentos, entre outros.

2.1.1.História do Banco

O surgimento das operações bancárias foi simultâneo ao surgimento da moeda, na medida em

que o surgimento desta logo criou a necessidade de instituições que a guardassem e
emprestassem. O nome "banco", porém, foi criado pelos banqueiros judeus de Florença na época
do Renascimento, designando a mesa onde eram trocadas as moedas.

Em 1406, foi criado aquele que é considerado o primeiro banco moderno: o Banco di San
Giorgio, em Gênova. Em 1983, o Banco da Escócia se tornou o primeiro banco a oferecer
serviços electrónicos, tendência esta que vem se ampliando continuamente desde então no
mundo inteiro.

Na verdade, as primeiras operações bancárias da história ocorreram na civilização fenícia.

Na medida em que ocorreu o surgimento da moeda no período das grandes civilizações, o ato de
emprestar, tomar emprestado e guardar dinheiro de outros foi algo quase inevitável. Acredita-se
que as primeiras operações bancárias da história tenham sido desenvolvidas na civilização
fenícia. Entretanto, o nome banco foi concebido pelos romanos: significava a mesa em que eram
realizadas as trocas de moedas.

Com o florescimento do comércio no fim da Idade Média, a função de banqueiro se tornou algo
muito comum na Europa. Nas feiras da Europa Central, quando as pessoas chegavam com

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valores em ouro para trocar por outro produto, era o banqueiro quem fazia a pesagem de moedas,
avaliação da autenticidade e qualidade dos metais, em troca de uma comissão.

Com o passar do tempo, os banqueiros passaram a aceitar depósitos monetários e, em troca, o

banco emitia uma espécie de certificado. Todavia, foi após a percepção de que nem sempre as
pessoas retiravam tudo o que haviam depositado, ou seja, sempre haveria dinheiro para circular,
que surgiu a ideia de conceder empréstimos mediante o pagamento de juros. Esta foi a base para
o enriquecimento dos banqueiros, que deixaram de ser simplesmente “cambistas”. Contudo, a
cobrança de juros era algo de total desaprovação da Igreja, aspecto que explica o porquê da
existência de muitos judeus no ramo bancário naquela época.

Foram os negócios das famílias de banqueiros que resultaram no surgimento da maioria dos
bancos europeus a partir do século XV. Com a queda do feudalismo, os banqueiros passaram a
receber muitas porções de terras oriundas de dívidas dos senhores feudais, aspecto que os
transformaram em uma classe muito poderosa: a burguesia.

2.1.2.Tipos de Bancos

a) Banco comercial - Instituições de crédito caracterizadas pela captação de fundos, através

de operações passivas como os depósitos à vista, a prazo e com pré-aviso, os certificados
de depósitos e os fundos de investimentos, e pela cedência de fundos (crédito bancário),
através de operações activas de curto, médio e longo prazos, podendo estas serem de
carácter comercial (letras) ou financeiro (relação cliente/banco); finalmente, pela
prestação de serviços (proveitos), como as garantias bancárias, a venda de moeda,
pagamentos periódicos, guarda de valores e custódia de títulos.
b) Banco comunitário - normalmente desenvolvido e operado de forma local, é provedor
de micro crédito para famílias, agricultura, indústria, negócios e serviços locais. Pode
emitir moeda social e/ou privada.
c) Banco de investimento - Instituições que auxiliam pessoas físicas ou jurídicas a alocar o
seu capital nos mais diversos tipos de investimento, como por exemplo no mercado
financeiro ou na Bolsa de Mercadorias e Futuros.
d) Banco de desenvolvimento - Instituições que financiam projectos cuja finalidade é
promover o desenvolvimento económico de uma dada região.

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 e) Banco misto (por exemplo: grande parte das instituições bancárias do Brasil são mistas,
sendo Bancos de Crédito e de Poupança).

2.1.3.Funções de um Banco

 Tesoureiro/Caixa: contacto directo com o cliente ao nível transaccional (levantamentos,

depósitos, transferências, gestão de tesouraria etc.) e comercial.
 Administrativo/Comercial: contacto comercial com o cliente ao nível da venda de
produtos e serviços e atendimento geral.
 Gestor de conta: responsável por uma carteira de clientes, dinamizando a venda de
produtos e serviços direccionados.
 2º Responsável ou Sub-gerente: responsável pelo desenvolvimento comercial e
institucional, na ausência do Gerente, bem como desempenho ao nível comercial de
venda de produtos e serviços financeiros.
 Gerente: responsável pelo desenvolvimento comercial e institucional e elo entre chefias
intermédias.

2.1.4.Outras funções específicas

 A Depósitos: são as contas correntes ou poupança realizadas pelos depositantes;

 A Transacções: aceite de cheques, transferências entre contas correntes e pagamentos;
 A Empréstimos;
 A Cofres: guarda de valores para seus clientes;
 A Câmbio: troca de moedas estrangeiras.

2.2.Operações administrativas do Banco

2.2.1.Apresentação

Administração é todo e qualquer processo ou projecto que se inicia e, se realiza por um

determinado período de tempo. Isso significa que uma boa administração dever ser realizada de
forma equilibrada e sustentável, para que o processo ou projecto inicial seja lucrativo.

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O profissional exerce funções administrativas, como:

a) Arquivamento e organização de contas,

b) Operações bancárias, controle de estoques,
c) Criação de planilhas e controle operacional,
d) Sistema gerencial de folhas de pagamento,
e) Ferramentas básicas de informática no suporte as organizações, entre outras actividades
pertinentes ao sector administrativo.

2.2.2.Objectivos

a) Controlo contabilístico e rotinas administrativas.

b) Preparar diversas rotinas administrativas pertinentes as empresas, escritórios e
estabelecimentos comerciais.
c) Administrar de forma responsável, determinados procedimentos do banco.

As Restrições Administrativas decorrem de vícios do contrato ou de manifestações de

discordância por parte do tomador do crédito na esfera administrativa, ou seja, sem que haja uma
determinação judicial.

2.2.3.Tipos de operações do Banco

a) Operações bancárias de estrangeiro

b) Operações bancárias gerais
c) Operações documentarias no comércio internacional
d) Direito bancário
e) Regime jurídico da letra/livrança
f) Regime jurídico do cheque
g) Garantias bancárias
h) Gestão bancária.

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2.3.Exemplos de operações administrativas do Banco

2.3.1.Segmentos particulares

Produto Prazo Spread

Descobertos autorizados Ate 12 meses Ate: Prime rate + 10%
Empréstimos de curto prazo Ate 36 meses Ate: Prime rate + 10%
Empréstimos de médio Entre 36 a 60 meses Ate: Prime rate + 8%
Empréstimos de longo prazo Acima de 60 meses Ate: Prime rate + 6%
Fonte: Adaptada pela autora, 2018

2.3.2.Segmentos empresariais

Produto Prazo Spread

Descoberto Negociado Ate 12 meses Ate: Prime rate + 8%
Empréstimos de curto prazo Ate 12 meses Ate: Prime rate + 8%
Empréstimos de médio prazo Entre 12 a 36 meses Ate: Prime rate + 6%
Empréstimos de longo prazo Acima de 36 meses Ate: Prime rate + 6%
Fonte: Adaptada pela autora, 2018

NOTA: Spread refere-se à diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta) de uma
acção, título ou transacção monetária. Analogamente, quando o banco empresta dinheiro a
alguém, cobra uma taxa pelo empréstimo uma taxa que será certamente superior à taxa de
captação. A diferença entre as duas taxas é o chamado spread bancário.

3.Caracterização das operações passivas e activas

3.1.As operações activas

a) O desconto
b) O redesconto
c) O reporte
d) A antecipação sobre títulos de mercadorias
e) A abertura de crédito em conta corrente

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 f) O crédito por aceite, por aval e outras garantias.

3.2.As Operações bancárias passivas

a) Os depósitos à ordem, a prazo e com pré-aviso

b) A colocação de títulos
c) A emissão do papel-moeda
d) Outras operações bancárias passivas.

4.Operações com duplicatas

As empresas comerciais, frequentemente, vendem mercadorias a prazo. Quando as vendas são

efectuadas mediante a emissão e aceite de Duplicatas, estas poderão ser negociadas pelas
empresas. Com esses títulos, as empresas efectuam transacções junto aos bancos, seno as mais
comuns: Cobrança Simples de Duplicatas, Descontos de Duplicatas e Empréstimos mediante
Caução de Duplicatas.

4.1.Cobrança simples

É uma operação na qual a empresa envia suas duplicatas ao estabelecimento bancário para que
este efectue a cobrança, prestando-lhe assim, um serviço. A empresa relaciona as duplicatas, e
paga uma taxa ao banco por duplicata a ser cobrada, o banco se encarrega simplesmente de
receber o dinheiro e depositar na conta da empresa, acrescido dos juros de mora ou dos
descontos financeiros concedidos, se ocorrerem. Essa operação não gera lançamento permutativo
ou modificativo por não constituir um fato contabilístico, mas simplesmente um ato
administrativo. O lançamento então é de compensação.

D. Duplicatas c/ Cobrança

C. Endosso p/ Cobrança

N/remessa dupls p/cobrança conf. Borderô___________________________________ 1.500,00

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4.2.Duplicatas descontadas

Desconto é um recebimento realizado antecipadamente, mediante a transferência da propriedade

de um título de crédito contra terceiros para uma instituição financeira; nessa hipótese, o direito
de recebimento do título não mais pertence à sociedade que o emitiu, mas sim a quem o
descontou (instituição financeira).

Entretanto, caso o devedor do título não honre o pagamento do mesmo, cabe à instituição
financeira o direito de regresso contra a empresa que o descontou, ou seja, esta deverá pagar ao
banco o valor do título não quitado pelo devedor.

Classificação: a conta “Duplicatas Descontadas” deve ser classificada como redutora da conta
“Duplicatas a Receber” no activo circulante (AC) ou no activo realizável a longo prazo (ARLP).

Encargos Financeiros: os encargos financeiros cobrados pelo banco representam despesas

antecipadas e devem também ser classificadas no AC ou no ARLP, sendo apropriados
(contabilizados) em conta de resultado à medida que forem sendo incorridos, proporcionalmente
ao prazo do desconto.

Duplicatas descontadas – exemplo de operações

a) Posição patrimonial em 01/04/x1

A ct i v o Passivo

Caixa 200,00

Banco Sul C/Mov 800,00

Dupl. a Receber 4.000,00 Capital 5.000,00

B) Situação das duplicatas a receber

Dupl. Valor Venc. Situação

A 1.000,00 30.04.X1 Carteira

B 1.000,00 30.05.X1 Carteira

Autor: Sergio Alfredo Macore - 846458829 Página 10

C 1.000,00 30.06.X1 Carteira

D 1.000,00 30.07.X1 Carteira

4.3.Empréstimo mediante caução de duplicatas

Caução é uma operação de empréstimo que a empresa efectua junto a um banco, na qual o banco
exige que a beneficiada lhe entregue títulos em garantia. O valor dos títulos caucionados é
sempre superior ao valor liberado.

O banco poderá exigir a emissão de uma Nota Promissória no valor total do empréstimo.

É lavrado um contrato entre a empresa e o banco, onde ficam estabelecidos, pelo menos:

a) O valor do numerário a que a empresa terá direito por um determinado período de tempo.
b) O valor de títulos que a empresa oferecerá ao banco, em cobrança caucionada, que, ao
mesmo tempo que representa a garantia da dívida assumida, é o termómetro para
liberação do total do empréstimo.
c) O percentual que poderá sacar, o qual ficará entre 70 e 80% dos títulos caucionados.
d) Os encargos da empresa em relação ao contrato e aos títulos caucionados.

4.3.1.Caso prático

Considerando que a empresa contraiu um empréstimo de 10.000,00 em 10/03/08 e que o banco

cobrou um encargo antecipado de 18% pelo prazo de 3 meses (vencimento em 08/06/08), mais
uma taxa de cadastro de 150,00 e o IOF de 300,00, teremos:

4.3.2.Resolução

Em 10/03/08

C- Banco Sul C/Financiamentos

D- Banco Sul c/ Movimento ________________ 8.150,00

D- Despesas Financeiras a Apropriar _________ 1.800,00

D- IOF _________________________________ 30,00

Autor: Sergio Alfredo Macore - 846458829 Página 11

D- Despesas Bancárias ____________________ 20,00 10.000,00

Os encargos diferidos (Desp. Financeiras a Apropriar) devem ser apropriados de acordo com o
tempo transcorrido.

Assim teremos:

18.000,00 / 90 dias = 20,00 p/ dia

No caso de dar um valor com mais de duas casas, devemos arredondar para menos e ajustar o
valor da última parcela

Março/08 = 20,00 X 21 dias = 420,00

Abril/08 = 20,00 X 28 dias = 600,00

Maio/08 = 20,00 X 31 dias = 620,00

Junho/08 = 208002 X 9 dias = 160,00

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Conclusão

Chegando o fim deste trabalho, conclui-se que, um banco é uma instituição financeira que, por
um lado, administra o dinheiro que seus clientes deixam em custódia, e por outro, utiliza este
para emprestar a outros indivíduos ou empresas aplicando-lhes juros, o que consiste em uma das
mais variadas formas de fazer negócio e aplicar dinheiro em seus cofres.

Dai que, nas operações administrativas do banco representa o emprego temporário de

disponibilidades, a redução eventual do custo actualizado ao mercado, pois não precisa ser feita
aplicações por aplicação mas sim, no global de todas as aplicações. Dessa forma, considerando
que a aplicação em diversos tipos diferentes de títulos de renda, a empresa poderá ter valores de
mercado abaixo do custo corrigido para alguns títulos, sem que haja a obrigatoriedade de
constituir a provisão, desde que tenha outras aplicações com valores de mercado superiores que
compensem tais prejuízos.

Autor: Sergio Alfredo Macore - 846458829 Página 13

Referências bibliográficas

A História dos Bancos. Disponível em http://seuhistory.com/infograficos/historia-dos-bancos.

Acesso em 24 de Março de 2018.

CARVALHO, F. et ai. Economia Monetária e Financeira: teoria e política. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2000.

CINTRA, M. A reestruturação patrimonial do sistema bancário e os ciclos de crédito entre 1995

e 2005. Política Económica em foco, Campinas, n. 7, 2006.

FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª Edição. Rio de Janeiro. Nova

Fronteira. 1986. p. 227.

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Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore

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