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SALVADOR-BA
2017
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SALVADOR/BA
2017
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….3
5. ESTUDO DE CASO………………………………………………………………...9
6. CONCLUSÃO……………………………………………………………………….12
REFERÊNCIAS………………………………………………………………..15
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1. INTRODUÇÃO
desse contexto e nunca como um sujeito que propõe a erradicação desse problema.
inicialmente, como aquela de ordem física; e local de trabalho por um espaço com
(FERREIRA, 2011).
“qualquer ação, incidente ou comportamento tido como fora dos padrões aceitáveis
como conduta normal, onde o trabalhador, durante o seu trabalho ou como resultado
documento assume violência como evento representado por ações realizadas por
relata que a discussão no nosso país começa na década de 1980, com abertura
política no país.
Organização Mundial da Saúde (OMS) e conceituada como qualquer ato que resulta
sexual e incesto.
na Escócia, revelou que 30% foram esbofeteadas ou chutadas por um cliente, 11%
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denunciaram à polícia.
ambientes violentos de trabalho, quais são os tipos de violência que podem ocorrer
com trabalhadores, quais são os órgãos que se preocupam com essa temática,
seus subordinados, tratando o ser humano como coisa e não como sujeito.
superiores. Os atos que são identificados como criminosos, realizados por pessoas
externas, internas ou que tenham algum tipo de relação com o trabalho é conhecida
ação, incidente ou comportamento tido como fora dos padrões aceitáveis como
conduta normal, onde o trabalhador, durante o seu trabalho ou como resultado direto
esquecer de que a violência externa também é fator que corrobora para com os
Assim, podemos considerar que todo e qualquer tipo de injúria para com o
trabalhador, seja ela ameaças, agressões físicas e verbais; assédio moral e sexual
violentas, por menores que sejam, como infrações graves dentro das organizações.
“causas externas”, pois tal autor apresenta uma tipologia diferente das formas de
que sofrem com os reflexos da violência são depressão (mesmo não sendo pré
trabalho. Segundo Minayo (1994, 1997), essa categoria é muito limitada para o
estudo da violência, pois sua operacionalização ocorre apenas através dos efeitos
violação dos direitos humanos e gera problemas de ordem social, de saúde pública
5. ESTUDO DE CASO
produzidos por meio da entrevista aberta, conduzida por um roteiro com perguntas
roteiro com perguntas acerca da vivência como prostituta e sua relação com a
pessoas que passam por ali de carro, são universitários, tudo filho de
"papaizim", jogando xixi na gente.
Esse comportamento da sociedade parece ser reforçado pelas
representações preconceituosas que o senso comum detém da
imagem da prostituta e estão relacionadas aos comportamentos
considerados como imorais pela sociedade, conforme mostram as
depoentes. [...] todo mundo, do maior ao menor, sabe o que a gente
faz, tem muitos que não gosta da gente, não fala, não encosta perto,
acha que vamos roubá-los, dizem que estamos com HIV, doente .
[...] Nos discursos, as mulheres consideram a rua um espaço ruim e
expressam que todos sabem de suas atividades. Diariamente, são
chamadas de vagabundas e desocupadas, o que torna evidentes, no
discurso, a discriminação e o preconceito nas relações vividas por
elas na prática da prostituição. [...] os policiais são os mais
preconceituosos, muitas vezes não quer transar, acha que a mulher
prostituta é vagabunda [...] .
Essa atividade é percebida como espaço de sofrimento e verbalizada
pela maioria como perigosa para exercer essa prática. Algumas
deixam claro que diante das dificuldades, das agressões e do
desrespeito vivenciados no mundo circundante, gostariam de exercer
outra atividade, mas, por falta de qualificação, não visualizam
possibilidades, sendo obrigadas a permanecer na atividade de
prostituta. A gente sofre, sofre mesmo. Se eu pudesse sair dessa vida
aqui eu sairia. Aqui é uma bola-de-neve. A gente não escolhe esse
caminho (D 8). [...] na hora que eu arrumar um serviço, algo que saiba
fazer, eu saio e não quero nem lembrar que isso existe. (MOREIRA,
MONTEIRO, 2012)
pela grande maioria. Fica evidente a partir dos dados expostos acima a violência
que esse grupo sofre e está exposto. Com isso, as profissionais do sexo preferem
devido ao receio de se expor para uma sociedade que as condenam por exercerem
sua função.
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ser também contexto para que ela exista. A mulher, sendo profissional do sexo ,não
trabalho também a deixa mais vulnerável, pois, na rua, está sujeita às agressões
trabalho desta mulher são coercitivas e dados comprovam o assédio também moral
sofridas por elas por parte de seus “chefes”. O que vale ressaltar aqui é que essas
agressões ainda não são contabilizadas nos serviços de saúde deixando assim a
6. CONCLUSÃO
são eficazes e na maioria das vezes inexistentes, o que promulga uma ideia de que
locais de trabalho que possuem maior exposição a violência externa, ou seja, além
moral, precisam lidar com o medo advindo da sociedade violenta que os cercam,
troca de remuneração e vão, aos poucos, perdendo seu 'corpo' e seu 'destino',
surgindo, nesse cenário, os fatores de risco. Entre os vários riscos, estão aqueles
nesse cenário é constante, tanto física como abusos sexuais, tráfico de mulheres,
ofensas verbais e morais. Outro risco pelo qual passa essas profissionais, diz
Há, ainda, o risco da quebra do sigilo de sua atividade, pois muitas delas escondem
como trivialidade.
REFERÊNCIAS
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Krug EG, Dahlberg JA, Merci AB. Zwi RL.World report on violence and health.
Geneva: World Health Organization; 2002.