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DIREITO INTERNACIONAL

1) A par de constantes mudanças verificadas na sociedade internacional, com o surgimento de


novos atores e de renovadas demandas, também o direito das gentes se atualiza em
terminologias e em conceitos, de modo a abranger novas fronteiras, como o comércio, o meio
ambiente e os direitos humanos.

No que concerne a esse fenômeno, julgue (C ou E) o item a seguir.

O acesso direto de indivíduos a tribunais internacionais é lege lata, podendo ocorrer tanto na
Corte Europeia de Direitos Humanos quanto na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

ERRADO, PORQUE NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS OS ATORES OS INDIVÍDUOS NÃO TEM


ACESSO AOS TRIBUNAIS SOZINHOS – INDIVIDUALMENTE.

2) No que se refere à criação de organizações internacionais, assinale a opção correta.

a) Tais organizações podem ser criadas por apenas dois Estados.

b) Somente Estados podem criar esse tipo de organização.

c) Essas organizações são criadas por normas internacionais convencionais ou consuetudinárias.

d) Em alguns casos, essas organizações podem adquirir capacidades jurídicas para além das
reconhecidas nas normas que as tenham criado

e) Tratados que criam organizações internacionais de direitos humanos são autoaplicáveis, não
sendo necessária sua ratificação pelos Estados.

A) CORRETA.

B) ERRADA. Em regra, uma organização internacional é formada apenas por Estados, mas já
se admite que esta seja constituída por outras Organizações Internacionais. Como exemplo,
podemos citar o caso da OMC (Organização Mundial de Comércio), criada pelo Protocolo de
Marrakesh em 1994, que teve como uma das partes signatárias a União Européia.

C) ERRADA. A organização internacional deve ser instituída por ato internacional, que é
denominado tratado ou convenção.

D) ERRADA. A organização goza, no território de cada um de seus membros, da capacidade


jurídica que lhe é necessário para exercer as suas funções e alcançar os seus fins (Art. 104 da
Carta das Nações Unidas).

3) Os tratados incorporados ao sistema jurídico brasileiro, dependendo da matéria a que se


refiram e do rito observado no Congresso Nacional para a sua aprovação, podem ocupar três
diferentes níveis hierárquicos: hierarquia equivalente à das leis ordinárias federais; hierarquia
supralegal; ou hierarquia equivalente à das emendas constitucionais

Justificativa

Em relação à hierarquia dos tratados no sistema jurídico brasileiro, é preciso observar a


especificidade dos tratados relativos a direitos humanos.
Sobre o tema, vislumbramos a seguinte evolução:

Até 1977

Todos os tratados revestiam-se de caráter SUPRALEGAL. Esse era o posicionamento majoritário,


muito embora houvesse precedentes no caminho da tese da lei ordinária e do status
constitucional.

Entre 1997 e 1988

Nessa época, os tratados eram equiparados a LEI ORDINÁRIA. Tal visão era calcada no art. 102,
III, “b”, da CRFB/88, que prevê a competência do STF para julgar RE que tenha como objeto
decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado.

Atualmente (CF/88)

Doutrina è Constitucionalidade material dos tratados de DH, independentemente do


procedimento de aprovação.

Jurisprudência è

a) Até 2007: lei ordinária;

b) Jurisprudência majoritária atual: supralegalidade (Gilmar mendes), salvo se aprovado com


o procedimento das emendas constitucionais – quórum qualificado de 3/5 e votação em 2
turnos em ambas as casas, caso em que o status passa a ser constitucional (art. 5º, 2º);

Atualmente, portanto, esses tratados possuirão, como regra, caráter supralegal, salvo se
aprovados através do procedimento específico previsto para as emendas constitucionais,
quando também eles passarão a gozar desse status.

Como a alternativa não tece maiores considerações sobre o status ou o procedimento, tem-se
que ela, em sua generalidade, está correta.

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