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27/07/2015 O FIM DO CICLO E A DIFICULDADE DO DESAPEGO...

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O FIM DO CICLO E A DIFICULDADE DO
DESAPEGO…
Mensagem de Reflexão, Perfeito

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Agora chega! Você já sofreu o
suficiente, matou no peito as dores
mais corrosivas possíveis, seu
coração bateu feito um tambor por
semanas, gritou por dentro
incessantemente como um bebê
recém­nascido. Você chegou ao
limite e daqui não poderá passar.

Tornar consciente a necessidade de
aproveitar as coisas que a vida lhe ofereceu foi uma espécie de mantra que você
repetiu diariamente. O momento era o agora e o amanhã independia da sua
vontade. Você foi corajoso, hedonista e por isso viveu coisas que outras pessoas
não poderiam sequer sonhar.

Laçou o seu desejo mais íntimo e o transformou em realidade. Viveu a ficção.
Saiu da zona de conforto e de possibilidades. Sentiu­se no controle absoluto,
segurou firme nas rédeas da vida e se convenceu de que o seu futuro estava nas
suas mãos.

Não foram poucas vezes em que sofreu dissabores que se converteram em
lágrimas, mas nesse jogo ganha­ganha­perde­perde da vida o seu bônus era
maior que o ônus. Inclusive essa foi a razão pela qual você chegou até aqui.

Mas agora acabou. O ciclo fechou. A roda girou. E você está com o pescoço
virado para trás, incrédulo de que o presente recente já se converteu em
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passado. Ainda ontem era presente. Uma semana, um dia, uma hora. Na verdade
você não sabia que as coisas acabariam assim tão inesperadamente.

Ou talvez soubesse, mas não estava preparado para encarar a realidade no seu
aspecto mais nevrálgico. Você sabia que nada dura para sempre. Mas e se com
você fosse diferente? Mas e se acabasse e você não ficasse tão mal? E se a vida
realmente não fosse esse monstro de cinquenta cabeças que agora ela parece
ser?

E se… você definitivamente pudesse se desvencilhar daquilo que passou e, por
fim, conseguisse abrir a janela e olhar a beleza do que há lá fora? E se você
descobrisse que o sol está logo ali e que você já está pisando na estrada que te
levará para o mais inesquecível dos verões?

Não.

Não é fácil “desviver” o já vivido. Zerar a conta. Pedir uma nova rodada. Colocar
em prática a velha balela de que o presente deve se construir sobre o passado.
Viver é para os fortes e você é um deles. Se já chegou até aqui, provavelmente
não morrerá disso. Talvez lhe doa entender que o ciclo fechou, mas amanhã (eu
prometo, amanhã) se dará conta que o ciclo não se fechou coisíssima nenhuma.

O que aconteceu foi que outro ciclo se abriu. Você lembrou que não é a primeira
vez. Que já passou por baques mais fortes. Mas você já está na estrada
novamente. Um pouco debilitado, como todo bom soldado que volta da guerra.
Mas está em pé. Pronto para começar uma nova jornada com destino (ainda)
desconhecido.

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Por: Wellington Freire Machado – Via: Obvious

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