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TERESINA
2017
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TERESINA
2017
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Orientador do TCC – Profª. Débora Mendonça
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EXAMINADOR 1
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EXAMINADOR 2
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ANTONIA ROSA VALÉRIO DA SILVA
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EDIMAR FERNANDES DA SILVA
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MARIA ALVES DA SILVA PAIVA E SOUZA
RESUMO
O presente trabalho aborda uma análise acerca da ergonomia nos postos de trabalho dos operadores de
caixa de supermercado. As práticas inadequadas no ambiente de trabalho acabam gerando problemas
de ordem física e mental. A ergonomia vem como uma ferramenta de facilitação na relação do homem
com seu ambiente. Tem-se como objetivo geral da pesquisa, analisar ergonomicamente a atividade
desenvolvida pelos operadores de caixa, analisando os agentes ergonômicos pertinentes à atividade
desenvolvida. Como objetivos específicos, buscou-se compreender o que é a ergonomia do trabalho e
seus objetivos através de uma análise ergonômica do trabalho; conhecer as reais condições em que
atualmente o operador de caixa realiza suas atividades; identificar o grau de satisfação dos
trabalhadores que compõem a população e de estudo em relação às condições físicas de trabalho;
entender a percepção dos trabalhadores relacionados aos aspectos de saúde e sua relação na execução
das tarefas; Propor sugestões dos trabalhadores para a melhoria da qualidade de vida no trabalho.
Concluiu-se que os postos de trabalho dos operadores de caixa de supermercado precisam ser
modificados a medida em que começam a afetar sua saúde e bem-estar, para que haja uma melhor
produtividade, evitando lesões e doenças crônicas futuras.
ABSTRACT
The present work addresses an analysis of the ergonomics in the workplaces of the
supermarket cashiers. Ergonomics comes as a facilitating tool in man's relationship with his
environment. The general objective of the research is to analyze ergonomically the activity
developed by the cash operators, analyzing the ergonomic agents pertinent to the activity
developed. As specific objectives, we sought to understand what is the ergonomics of work
and its objectives through an ergonomic analysis of the work; Know the actual conditions in
which the cash operator currently carries out its activities; To identify the degree of
satisfaction of the workers that compose the population and of study in relation to the physical
conditions of work; Understand the perception of workers related to health aspects and their
relation in the execution of tasks; Propose workers' suggestions for improving the quality of
life at work. It was concluded that the jobs of supermarket cashiers need to be modified as
they begin to affect their health and well-being, so that there is better productivity, avoiding
future injuries and chronic diseases.
1 E-mail: antoniarosavalerio@hotmail.com
2 E-mail: edimarfernandespmt@gmail.com
3 E-mail: jesuspaivasouza@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
Para citar como exemplo, a lesão por esforço repetitivo é uma doença que afeta aquele
profissional que exerce movimentos repetitivos durante sua jornada de trabalho, ainda que
exerça uma função leve ou mesmo uma profissão sedentária, que não exija muitos
movimentos bruscos. O risco de lesões por si já evidencia um problema que pode gerar graves
consequências tanto ao trabalhador quanto ao empresário.
Como consequência a esses movimentos repetitivos, ou mesmo à falta de estruturas e
equipamentos adequados de trabalho, a dor e o desconforto tornam a produtividade do
trabalhador cada vez mais baixa. A qualidade de vida influencia diretamente na qualidade das
funções exercidas. Como qualidade de vida, deve-se entender fatores como educação, saúde,
bem-estar físico, fatores psicológicos, emocionais, expectativa de vida etc.
Para se tratar diretamente com a dor e o desconforto, é necessário atuar na base do
problema. Uma Análise ergonômica do trabalho é a melhor opção para se combater e prevenir
as consequências de um ambiente de trabalho deficiente em estrutura de apoio ao trabalhador.
É necessário identificar, atingir e eliminar os fatores que provocam o problema. As lesões
decorrentes de movimentos repetitivos, ou de um ambiente de trabalho inadequado são
previsíveis e podem ser combatidas facilmente através do conhecimento das causas do
problema.
Como exemplo a ser tomado no presente artigo, optou-se por estudar a ergonomia no
trabalho realizado pelos operadores de caixa de supermercado. Esses profissionais estão
sempre expostos a problemas posturais. Além disso, muitos ruídos no ambiente interno e
externo do trabalho, o mobiliário que a empresa dispõe para a execução das funções, e até
mesmo a temperatura do ambiente, são alguns dos problemas enfrentados pela classe, que
precisa encontrar estrutura adequada para a execução de sua intensa jornada de trabalho.
Com objetivo geral da pesquisa, busca-se identificar ergonomicamente a atividade
desenvolvida pelos operadores de caixa, analisando os agentes ergonômicos pertinentes à
atividade desenvolvida.
Como objetivos específicos, busca-se compreender o que é a ergonomia do trabalho e
seus objetivos através de uma análise ergonômica do trabalho; conhecer as reais condições em
que atualmente o operador de caixa realiza suas atividades; identificar o grau de satisfação dos
trabalhadores que compõem a população e de estudo em relação às condições físicas de
trabalho; Conhecer a percepção dos trabalhadores relacionados aos aspectos de saúde e sua
relação na execução das tarefas; Propor sugestões dos trabalhadores para a melhoria da
qualidade de vida no trabalho.
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O termo ergonomia foi oficializado pelo inglês Murrel, em 1949, quando criou a
primeira sociedade de ergonomia do mundo, chamada de Ergonomic Research Society. A
descrição, dada, por esta sociedade, sobre o que viria a ser ergonomia é a de que seria um
estudo acerca do relacionamento do homem com o seu trabalho, relacionando-se ambiente e
equipamentos, e, de maneira multidisciplinar, aplicando conceitos básicos de fisiologia,
psicologia e anatomia, na solução dos problemas que surgem dessa relação. (FRANCESCHI,
2013, p. 15).
Identifica-se, de uma maneira um pouco mais aprofundada, que a palavra ergonomia
tem natureza no grego: ergon (trabalho) e nomos (normas, regras, leis). A disciplina, portanto,
aborda de maneira sistemática a atividade humana (FRANCESCHI, 2013, p. 14). São diversos
os conceitos existentes, apesar de a ergonomia apontar para um mesmo objetivo. Em 1960, por
exemplo, a Organização Internacional do Trabalho − OIT conceituou a ergonomia como a prática
das ciências biológicas em conjunto com a engenharia, para alcançar uma adaptação do homem ao
seu trabalho, assegurando-lhe a eficiência, saúde e o bem-estar necessários. (SOBRAL, 2014, p. 4).
De acordo com Couto (1995, p. 32), a referida ciência trata de um conjunto de estudos
e tecnologias que busca, de forma organizada, adaptar confortavelmente o ser humano ao
trabalho, auxiliando em sua produtividade e saúde. Segundo a Associação Internacional de
Ergonomia (IEA, 2000 apud Souza, 2007, p. 16), a ciência ergonômica trata da compreensão
sobre o convívio do homem e os elementos que compõem um sistema, visando otimizar o
bem-estar humano e o desempenho global dos sistemas.
Entretanto, para se entender melhor esse conceito, destaca-se a concepção de
Vidal (2002), para o conceito de Ergonomia, tratando-a, inicialmente como uma atitude
profissional que poderá vir a se conectar com a prática diária de determinada função.
Nas palavras do autor, a própria definição dada pela Associação Brasileira de Ergonomia
permite visualizar tal atitude, quando nessa definição aponta-se o objetivo de se
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Com tantos problemas, gerados por uma falta de organização e cuidado para com os
trabalhadores, era de se esperar que ao longo do tempo várias consequências fossem surgindo,
principalmente sobre a saúde dos trabalhadores. Pouco a pouco, a ergonomia no trabalho foi
se tornando de extrema importância para se estudar o impacto de determinadas posições,
equipamentos, horários, mobiliários etc. tanto em nível internacional quanto nacional, o
estudo desses impactos de uma má relação entre o homem e seu ambiente de trabalho tornou-
se cada vez mais necessário.
Desse modo, a Análise Ergonômica do Trabalho insere a ergonomia e aplica seus
conceitos dentro do ambiente de trabalho. Assim, destaca-se que a importância de tal análise é
a de produzir diagnósticos através dos estudos realizados no local e então emitir sugestões e
recomendações para as modificações necessárias ao ambiente, levando em consideração a
demanda do trabalho, a tarefa executada, e a atividade em si. (IIDA, 2005, p. 23).
Nesse sentido, os órgãos reguladores facilitam a percepção de determinadas
necessidades, por parte dos trabalhadores e das empresas. Assim, em 1990, o Ministério do
Trabalho e Previdência Social, na época, instituiu a Portaria nº 3.751 – Norma
Regulamentadora número 17 (NR17), que estabeleceu padrões e direcionamentos explícitos
para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de forma segura e confortável. Assim estabelece a norma em seus dois
primeiros itens:
Propõe-se, assim, que seja feita uma análise no local de trabalho para que os problemas sejam
identificados e a empresa possa tomar precauções e medidas para minimizar e solucionar
problemas referentes a ergonomia, por isso a importância de uma Análise Ergonômica do
Trabalho.
Observou-se que o interesse das empresas brasileiras pela ergonomia despertou através
da referida norma. Porém, lá fora, a realidade dessa preocupação já era bem estabelecida. Na
década de 1970, os Estados Unidos da América, criaram um regulamento que exigia das
empresas um ambiente saudável e seguro para os trabalhadores. (GOMES et al., 2010).
A evolução gradativa da ergonomia desde então é cada vez mais evidente. Nesse
sentido, a Análise Ergonômica do Trabalho desenvolve papel fundamental na compreensão do
ambiente de trabalho. Sobre os equipamentos, sobre a postura, sobre o mobiliário, sobre os
movimentos repetitivos causadores de diversas lesões, enfim, a análise completa pode
proporcionar mudanças que ajudem o trabalhador a melhor se adaptar ao ambiente.
(ALMEIDA, 2012, p. 2)
Assim, o objetivo principal da Análise Ergonômica do Trabalho é desenvolver um
processo de diagnóstico em um ambiente de trabalho, buscando corrigir, através dos
resultados obtidos, as falhas estruturais que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador.
Para isso, é necessário aplicar os conceitos da ergonomia, analisando cada caso de acordo com
suas peculiaridades, trata-se de uma ergonomia corretiva, técnica desenvolvida por
pesquisadores franceses. (ALMEIDA, 2012, p. 2).
Para Carmello (2007), é através da Análise Ergonômica do Trabalho que a
ergonomia do trabalho se desenvolve. Com ela, torna-se possível a promoção de uma melhor
qualidade de vida para os trabalhadores, pois, em um ambiente saudável, adaptado às
exigências físicas e psicológicas de cada um, exerce influência direta nos aspectos emocionais,
intelectuais, profissionais e sociais, tornando possível uma melhor qualidade de vida.
Diante do exposto, é necessário entender que a Qualidade de vida a que se refere, é
um termo utilizado para conceituar a qualidade existente nas condições de vida de alguém,
considerando-se, para isso, fatores como saúde, bem-estar físico, psicológico e emocional,
educação, expectativa de vida, etc. Mas, além disso, é estar de bem com a própria vida,
com as relações com as pessoas queridas e com o trabalho (CARMELLO, 2007).
Ainda sobre o conceito e as características de uma Análise Ergonômica do Trabalho,
Julião (2001), trata-se não só de uma análise simples, mas sim, de um conjunto de ações que
uma empresa pratica, diagnosticando e implementando melhorias e inovações de gerência.
As mudanças físicas no ambiente, além das tecnológicas e estruturais, dentro ou fora do
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Existe toda uma complexidade ergonômica que gira em torno do operador de caixa.
Por muitos, é considerada uma das atividades mais difíceis de se fazer uma análise
ergonômica, pois o ambiente de trabalho de um operador de caixa é muito complexo e
engloba diversos problemas em um único ambiente. (MELO JUNIOR E RODRIGUES,
2005).
De acordo com Sobral (2014), existem particularidades em torno de diferentes funções
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Para pegar os produtos o operador muitas vezes fica curvado. Além disto, os
repetidos estiramentos e torções do tronco resultam em posturas incorretas, tensões
musculares e queixas de dores, já que o corpo humano não está preparado para as
sucessivas compressões e trações de nervos ocorridas neste tipo de atividade. Com
isso, estes trabalhadores estão sujeitos a adquirir lesões que podem comprometer a
capacidade de realizar movimentos de forma parcial ou até total. (STÔPA;
DABDAB; e MELO 2005, p. 4).
Para a medição do nível dos ruídos, considere-se o que diz a NR15, que indica para
uma jornada de trabalho de 8 horas, para que não seja necessário equipamento de proteção,
uma exposição a 85 dB(A). Em um estudo realizado em campo, os autores constataram que a
taxa pode variar de acordo com o local, horário e dia da semana. (GOMES et al., 2010, p. 2).
Observa-se, ainda, um outro elemento que faz parte da análise ergonômica do
ambiente de trabalho de um operador de caixa de supermercado: a temperatura. Esse
elemento afeta diretamente o trabalho a ser realizado, tendo em vista que o conforto térmico
também exerce influência sobre a concentração e consequente execução correta das funções.
Atualmente, a maioria dos estabelecimentos e supermercados possuem um bom sistema de
ventilação, muitos deles na casa dos 22° C, o que é considerado segundo a NR15, como ideal
para o ser humano (GOMES et al., 2010, p. 2).
Desse modo, pode ser considerado como termicamente confortável, o ambiente que
permite o balanço das trocas de calor entre a pele e o meio externo. O que se verifica em
jogo é a satisfação do trabalhador com o ambiente térmico em que está inserido e onde
deverá passar por uma longa jornada de trabalho. Nesse sentido, a percepção de bem-estar
dentro do ambiente de trabalho pode gerar uma satisfação capaz de aumentar potencialmente
a produtividade do trabalhador.
Em sua pesquisa, Fortes (2007) constatou exatamente isso, a autora então explica
que:
Através das observações pode-se constatar que as rotações de tronco eram os
movimentos mais realizados durante a jornada de trabalho, sendo no caixa rápido
ou no normal seguida das flexões laterais. Com base no estudo e na afirmação
acima, verificamos que as posturas sentadas acompanhadas de erros posturais
aumentam os riscos de lesões na coluna, podendo afastar o funcionário do seu
setor de trabalho. (FORTES, 2007, p. 44).
Nos estudos realizados por Santos (2004), tem-se a percepção clara de que o operador
de caixa de supermercado, na maioria das redes, trabalha sentado a maior parte do tempo, ou
seja, necessita de uma cadeira que não lhe proporcione apenas conforto, mas que seja
anatomicamente criada para evitar problemas de ordem física. A cadeira do caixa de
supermercado, portanto, deve ser adaptada para a função, levando-se em consideração todos
os movimentos que ele precisa realizar durante o atendimento aos clientes.
Nesse sentido, as cadeiras adequadas para operadores de caixa de supermercados são
aquelas consideravelmente mais altas, possuindo cinco patas sem rodízio. Nesse exemplo,
temos uma cadeira equipada com pés fixos, para que não haja risco de queda ao subir e
descer, caso houvesse rodízios. A cadeira deve possuir também um aro para apoio dos pés, de
altura regulável (BRANDIMILLER, 2002).
Neste contexto, para Grandjean (1998 apud SOUZA, 2007), as cadeiras altas
possibilitam que o operador de caixa de supermercado alterne a execução do seu trabalho,
podendo permanecer sentado ou em pé, de acordo com sua percepção de conforto. Essa
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
psicologia e anatomia, na busca por uma melhor relação entre o homem e o seu trabalho,
envolvendo ambiente e equipamentos, objetivando diminuir os elementos que interferem
diretamente na produtividade, através do cansaço, das lesões e da debilitação da saúde e do
bem-estar dos trabalhadores.
O estudo foi feito de acordo com os principais conceitos e pesquisas realizadas na
área de ergonomia e análise ergonômica do trabalho, onde se verificou a importância da
ergonomia para o desenvolvimento do homem, principalmente em seu local de trabalho.
Além disso, a compreensão de que a Análise Ergonômica do Trabalho configura uma
ferramenta indispensável para a compreensão e diagnóstico de problemas relacionados ao
ambiente de trabalho trouxe o entendimento de que é necessário aplicar os conceitos de
ergonomia no local onde as atividades de um trabalhador são exercidas, para a proteção da
sua saúde e segurança e para uma melhor produtividade do mesmo, auxiliando as empresas
na concepção da ideia de que o espaço físico em volta precisa ser modificado quando
interfere no bem-estar de seu empregado.
Os objetivos perseguidos foram sendo alcançados: pôde-se analisar os estudos
relacionados a ergonomia na atividade desenvolvida pelos operadores de caixa, identificando
os agentes ergonômicos pertinentes à atividade desenvolvida, bem como compreendeu-se o
conceito de ergonomia do trabalho e seus objetivos.
As reais condições em que o operador de caixa realiza suas atividades são
preocupantes, pois o que se observou, nas várias pesquisas relacionadas no estudo, foi que os
mesmos possuem uma jornada de trabalho muito intensa e que, durante essa jornada,
utilizam-se de movimentos repetitivos desfavoráveis a saúde da coluna e de outras regiões do
corpo. A região lombar é a que mais recebe indicadores de problemas.
Com tantas dificuldades o grau de satisfação dos operadores de caixa de
supermercado se verificou muito baixo em relação ao ambiente de trabalho e o que se
identificou foi que boa parte deles já possuem problemas médicos relacionados a suas
atividades diárias.
Constatou-se, ainda, que a ergonomia permite proporcionar ações que auxiliam a
organização do trabalho e aceleração do mesmo, aumentando, assim, a produtividade. O
cumprimento das normas vigentes ajuda a promover sempre uma política interna voltada ao
bem-estar do trabalhador e, consequentemente, à sua satisfação no ambiente de trabalho.
produção, prejudicando até mesmo a produtividade, pode gerar problemas de ordem física,
psíquica e motora. Dentro de um supermercado encontra-se diversos elementos, como
espaços inapropriados, cadeiras impróprias, movimentação limitada nos postos de trabalho,
temperaturas, ruídos de toda natureza. São elementos que interferem diretamente nas funções
exercidas pelo operador, tornando o ambiente hostil para a saúde destes.
Acentos com regulagem, com movimentos de rotação, apoio para os pés,
posicionamento diferente do teclado de computador, são algumas das soluções apontadas
pelas análises ergonômicas feitas em supermercados e utilizadas para esta pesquisa.
Constatou-se, assim, que modificações físicas na estrutura dos locais de execução das tarefas
podem proporcionar ao trabalhador um ambiente mais seguro e confortável, capaz de evitar
danos a sua saúde e provocar maiores consequências tanto para o indivíduo quanto para a
empresa.
Conclui-se, portanto, que a ergonomia, enquanto ciência, preocupa-se com o bem-
estar do indivíduo em relação ao ambiente, inserindo-o de maneira segura e confortável. A
análise Ergonômica feita em um ambiente de trabalho representa a aplicação dos conceitos
chave da ergonomia nos elementos que compõem o cotidiano dos trabalhadores de
determinada empresa, analisando, identificando, diagnosticando e recomendando mudanças
estruturais e organizacionais capazes de promover transformações significativas na relação
entre o trabalhador e o seu ambiente de trabalho.
Os operadores de caixa vêm enfrentando sérias consequências de sua rotina de
trabalho. A repetição massiva de movimentos tem provocado, como se constatou, lesões que
podem se agravar com o tempo. O cansaço impede que o trabalho seja realizado com máxima
concentração e foco. Cada vez mais se faz necessário observar e tratar as dificuldades
enfrentadas pelo trabalhador em seu dia a dia. As análises ergonômicas proporcionam uma
oportunidade de se diagnosticar à tempo esses problemas e evitar que a saúde, a segurança e
o bem-estar do trabalhador sejam comprometidos.
REFERÊNCIAS
DUL, Jan & WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia prática. Tradução por Itiro Iida. São
Paulo: Edgar Blücher, 2004. 137 p.
REBELO, Francisco – Ergonomia no dia a dia. Lisboa: Edições Sílabo, 2004. ISBN 972-
618-328-6.