You are on page 1of 8

Intensivo Damásio 2015

Matéria: Direito Ambiental

Professor: Luiz Antônio

AULA 1 - 15/04/2015

Lei da política nacional do Meio Ambiente: 6938/81;

Está lei criou o SISNAMA e também estruturou os princípios.

CF/88 traz o Meio Ambiente como direito fundamental, é o texto maior,


protege a CF.

Nota-se que antes do século XX, durante quase 80 anos não havia essa
preocupação com Meio Ambiente.

SEC. XX

Lei 6938/81; SISNAMA e princípios.

ANOS 80 CF/88

1980

TUTELA CONSTITUCIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONCEITO: CF, não traz este conceito e sim a LEI 6938/81 em seu
artigo 3º, inciso I. ”Para os fins dessas leia entende-se como MEIO
AMBIENTE: (...)”

IMPORTANTE: Ler os incisos de I a V da LEI acima.

NATUREZA JURIDICA DO MEIO AMBIENTE: Artigo 225, CF. O meio


ambiente é um direito difuso de toda coletividade; bem de uso comum
do povo (função coletiva); direito fundamental (essencial para o
humano, sendo preservado para todas as pessoas); direito
intergeracional. Único ramo do direito que pensa em quem não esta em
vida ainda. Deve protegê-lo para todas as gerações.

PRINCIPIOS DE DIREITO AMBIENTAL:

Artigo 225: “TODOS” (coletividade), têm direito a que? Direito ao meio


ambiente ecologicamente equilibrado; “de uso comum do povo”, logo é
impropriável e indisponível, sendo da coletividade; “essencial a
qualidade de vida”, direito fundamental, PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO do
retrocesso (ambiental/ecológico/retrocesso ambiental) – uma lei nova
não pode diminuir proteção instaurada (quando alterada não pode
piorar); “cabendo ao poder público e a coletividade”, principio da
intervenção estatal obrigatória (poder publico) e o principio da
participação (que a coletividade compartilhe como poder público);
“defender, proteger, preservar o meio ambiente para presentes e futuras
gerações”, tem o sentido de proteger – PRINCIPIO DE PRECAUÇÃO
(quando o dano e incerto, você não tem certeza que ele vai acontecer,
não há certeza cientifica. Tem duvida? Deve ser resolvida em favor do
meio ambiente e da pessoa humano, não do empreendedor) E
PRINCIPIO DE PREVENÇÃO (evitar dano que é certo para o futuro –
toda medida adota pelo poder publico).

INDUBIO PRO NATURA: na duvida beneficia o meio ambiente e a


pessoa humana.

E o dano passado, aquele que já aconteceu? PRINCIPIO DO POLUIDOR


PAGADOR, ele deve recuperar o dano ou indenizar aquilo que não tem
mais como reparar.

Código Florestal diminuiu a proteção – Lei 12651/12, interposição de


ADI. Logo, enquanto não julgado é irrelevante. – PRINCIPIO DA
PROIBIÇÃO DO RETROCESSO.

Aquele que utiliza recurso ambiental com fins econômicos deve


contribuir com a coletividade em razão disto. Logo, parte do que você
ganha deve devolver para coletividade. Ex.: a água (sempre pagamos o
abastecimento, hoje pagamos ao liquido, ou seja, há uma cota para se
gastar). – Princípio do usuário pagador: Lei 4.6938/81, artigo 4º, inciso
VII.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

Artigo 225, parágrafo 1º, inciso VI: “TODOS os níveis de ensino” – Lei
Federal 9795/99 (LPNEA).

1ª OPÇÃO: Educar, criar uma sociedade para isso.

2ª OPÇÃO (REGRA): Punir/sancionar o degradador no campo


administrativo, penal e civil.

PREMIAL: Compensação e benefícios para ações positivas ambientais.


Exemplo: A nova conta de água. – PRINCIPIO PROTETOR PROVEDOR
(recebedor).
PRINCIPIO DA SOLIDADERIEDADE OU EQUIDADE
INTERGERACIONAL: (?)

Artigo 170, caput e incisos, CF:

Incisos: III – função social propriedade; IV - defesa do meio ambiente;

PRINCIPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL: o TRIPE,


desenvolvimento econômico, com avanços sociais e sustentabilidade, ou
seja, deve se garantir os recursos naturais para as futuras gerações.

PRINCIPIO DA FUNÇÃO SOCIO ECONOMICO AMBIENTAL: Toda


propriedade absolutamente privada deve ter a função sócio econômico
ambiental. O que tem hoje totalmente privado? NADA, tudo tem a
intervenção do estado.

COMPETENCIA AMBIENTAL:

1) LEGISLATIVA PRIVATIVA (Ex.: Artigo 22, inciso IV, CF - União);


(Artigo 25, parágrafo 3, CF - Estado); (Artigo 31, inciso I, CF -
Município (podem fazer legislação local quando há interesse)).
COMPETE a União, aos Estados, DF, legislar de forma
concorrente – Artigo 24, inciso I, VI, VII, VIII, CF, ou seja, a União
edita forma geral (que regula a proteção geral do pais), o Estado
pode fazer a suplementação (ou ele mantém a proteção federal ou
aumenta (suplementa), se diminuir e inconstitucional).
OBS: O Município pode legislar privativamente e
suplementalmente, porem deve obedecer à lei federal e estadual.
O principio e sempre da maior proteção, deve manter ou
aumentar.
OBS: HIERARQUIA há uma verticalidade.

2) ADMINISTRATIVA EXECUTIVA MATERIAL: Pode de policia. Na


pratica, o órgão publico fiscaliza o seu “cliente”, atua o seu cliente
e instaura o processo administrativo para impor a sanção.
Artigo 23, CF: Compete a União, aos Estados, ao DF e Municípios
de forma comum fiscalizar as infrações ao meio ambiente.
OBS: NÃO HÁ HERARQUIA, e sim uma horizontalidade. EXCETO:
Ibama.
TODOS PODEM ATUAR/FISCALIZAR, porem não há uma tripla
sanção. – PARAGRAFO ÚNICO do presente artigo.
 ORGAO MUNICIPAL/ESTADUAL/IBAMA – Um só da licença,
mas todos podem fiscalizar. Artigo 17, caput, CF: O órgão
ambiental que deu a licença e a autorização e OBRIGADO e
tem o DEVER de fiscalizar. – os outros podem, não devem (não
há obrigação)

LEITURA COMPLEMENTAR: CF - ARTIGOS 225 parágrafo 1, inciso I a


VII, parágrafo 2

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

CONCEITO: É um procedimento administrativo que vai correr no Poder


Publico, ou seja, no órgão ambiental (que vamos estudar qual e).

OBJETIVO DO EMPREENDEDOR: Receber a licença para operar.

OBJETIVO DO ORGAO E DA COLETIVIDADE: Eles querem saber o


custo ao meio ambiente, custo e beneficio (impacto social/econômico).

PRINCIPIO DO LICENCIMENTO: Principio Do Desenvolvimento


Sustentável e Prevenção (dizer qual impacto vai causar, medidas
preventivas).

LEGISLAÇÃO:

LPNMA – 6938/81

Resolução do CONAMA 237/97

Lei Complementar 140/11 – 8112/2011

(?) QUANDO eu faço o licenciamento? Todo empreendimento, toda


atividade que utilize os recursos ambientais, se forem efetivas ou
potencialmente poluidores ou capazes de qualquer forma de causa
degradação deve passar por licenciamento breve. – Artigo 10 da LPNMA
– 6938/81.

Na resolução do CONAMA 237/97 – ANEXO I (final do artigo 1) – todas


as atividades com licenciamento obrigatório, DEVEM fazer o
licenciamento. Lembre-se que o Estado e Municípios podem editar leis
complementares, AMPLIANDO.

Rol explicativo: TODO órgão devem responder se um empreendimento


precisa de licença.

(?) ONDE eu faço o licenciamento? Órgão de atribuição e que tem


competência, pelo artigo 7, inciso XIV, CF quem faz e a União pelo
IBAMA; há Lei Complementar 140/2011.

TEM QUE VERIFICAR SE O LICENCIAMENTO E FEDERAL, ESTADUAL


OU FEDERAL.
AULA 2 - 29/04/2015

LICENCIAMENTO

Artigos 8º; 14º; 18º; 19 -> RC 237/97

LICENÇA PRÉVIDA – Prazo: ≤ 5 anos 6 a 12

LICENÇA DE INSTALAÇÃO – Prazo: ≤ 6 anos 6 a 12 Prazo máximo.

LICENÇA DE OPERAÇÃO – Prazo: ≤ 4 a 10 anos

Para atingir a classe deve determinar alguns pontos, por isso há prazos,
pelos requisitos necessários para abrir uma empresa.

OBS: O prazo irá depender da demanda, tamanho, e afins. Prorrogar o


prazo pode já ultrapassar o prazo acima escrito não. Caso ultrapasse
inicia-se todo ele novamente.

(?) Estados e Municípios podem mudar este prazo? Sim, apenas não
podem ultrapassar o prazo em que a Constituição Federal prevê (os
transcritos acima).

Há um prazo para “liberar” uma licença a outra, sendo este de seis


(mínimo) a doze (máximo) meses, depende da dificuldade da empresa.

PROCESSSO DE LICENCIAMENTO: Cumpre-se a 1ª, em seguida a 2ª,


por fim a 3ª.

Se o órgão ambiental deixar interar o prazo para decidir pela concessão


ou não da próxima licença, isto não acarretaria a concessão tácita desta
licença e nem autoriza qualquer ato que dela dependa. -> Instaura-se a
competência supletiva. Por exemplo: Licenciamento Estadual (passou p
prazo vai ao Estado, passou novamente vai para União, tendo o prazo
de seis a doze meses.

RENOVAÇÃO DA LICENÇA:

A renovação da licença deve ser requerida com antecedência mínima de


120 dias. Isto garante a “prorrogação do prazo da licença” até que o
órgão ambiental se manifeste,

OBS: Prorroga a licença enquanto o órgão se manifestar, pode ser de


três, cinco, anos por exemplo.

Exemplo: Licença de operação ➪ oito anos ➪ renovação ➪ pode haver


condição para licenças, exigências.

19 RC 237/94 em vigor ➪Quem da licença, também fiscaliza.


Uma lei em vigor o poder público por decisão motivada pode
MODIFICAR; SUSPENDER; REVOGAR a lei em vigor em caso de:

1) Descumprimento: ➪Lei
➪Licença
2) Falsidade no processo de licenciamento: 69–A da Lei 9605/98
3) Superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

RC 237/97.

RESPONSABILIDADE:

Artigo 225, § 3º da CF – Toda atividade/conduta se for lesivo ao meio


ambiente os infratores tanto a pessoa física quando a pessoa jurídica
pode ter a responsabilidade: administrativa; civil; penal. Podendo
acarretar tripla responsabilidade.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA:

Ela resulta no PODER de POLICIA.

Fiscaliza + autua.

INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (primeiro coisa em que deve se encontrar)


– Artigo 70, “caput” da Lei CA 9605/98. ➪ Ação ou omissão que viola
uma regra jurídica de proteção ambiental.

OBS: Não precisa ter dano material, basta ter o dano jurídico violado,
ou seja, violar uma regra. Por exemplo: Precisava licenciar e não
licenciou.

TIPIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES:

Decreto 6514/88 – Artigos 24 aos 93. Este assunto não está na lei e sim
neste decreto.

Legalidade? Há, pelo STJ é ampla e pode ser por via de decreto. Logo, o
conceito e as hipóteses estarão neste decreto.

IMPORTANTE: Se a infração não for crime, o prazo é de três a cinco


anos, sendo crime aplica-se a lei penal.

O artigo 21 desta Lei fala que se ocorrer prescrição penal e


administrativa isso não afasta a obrigação de reparar o dano, ou seja, o
DANO É IMPRESCRITIVEL.
Encerrado o processo administrativo prescreve em cinco anos a
pretensão da administração publica de executar a multa ambiental. –
Súmula 467, STJ.

RESPONSABILIDADE PENAL:

LCA – 9605/98.

A responsabilidade é subjetiva (dolo ou culpa);

O ônus da prova é sempre o acusador, ou seja, o MP.

(?) Os crimes ambientas prescrevem? Sim, todos são passiveis de


prescrição.

PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: STJ aplica em casos de


insignificância.

COMPETÊNCIA:

Regra: Justiça Estadual.

Para a Justiça Federal precisa de interesse individual e imediato a


União, Autarquias e Empresas Públicas Federais.

PESSOA ➡ Responsabilidade➪pessoa física➪representante

JURÍDICA ➡ E em seu beneficio. •Legal/contratual.

•Órgão Colegiado.

INFRAÇÃO DE MENOR POTÊNCIAL OFENSIVO:

Artigo 76 da Lei 9099/95.

Só é possível fazer transação penal e só poderá fazer prévia


compensação de dano material.

SUSPENSÃO:

Artigo 89 da Lei 9099/95.

§ 5º: Extinção de punibilidade: Deve haver reparação do dano


ambiental.

RESPONSABILIDADE CIVIL:
Sempre é objetiva (não há dolo e culpa) e solidária.
Ação de indenização;

Litisconsórcio facultativo. Ou seja, você que escolhe.

Por exemplo: Há quatro empresas poluidoras próximas uma da outra,


são elas: A; B; C; D. Uma cidadão/cliente pode ajuizar uma ação a
todas empresas ou apenas em algumas.

Cliente A B

C D

POLUIDOR: Artigo 3º, inciso IV, Lei 6938/81.

Toda pessoa física ou jurídica de Direito público ou privado, causador


direto ou indireto.

OBS: Denúncia de chamamento “não vale” (o STJ não aceita), depois


cabe de forma regressiva.

DANOS:

a) AMBIENTAIS: Ação Civil Pública -> Não prescreve.


b) INDIVIDUAIS: Ação Individual -> Prescrevem.

NEXO CAUSAL:

Quem pode acionar? Um ou outro, ou os dois.

“Propter rem”, exemplo: A compra o terreno de B com o rio poluído.

INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:

Na Civil se admite apenas nas demandas coletivas.

You might also like